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DAIANE FERREIRA BEZERRA – RA 202000197

DA ACORDO COM O APRESENTADO, A MEDIDA CABÍVEL SER TOMADA É

A INTERPOSIÇÃO DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (SEGUE ABAIXO),

CONTIDO NO ARTIGO 581, INCISO I, DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL,

PARA DESTRANCAMENTO DA DENÚNCIA E SEGUIMENTO DA QUEIXA

CRIME , UMA VEZ QUE NÃO ESTÃO PRESENTES OS REQUISITOS DO

ARTIGO 395 DO CPP.

Art. 581.  Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou

sentença:

I - que não receber a denúncia ou a queixa;

Art. 395.  A denúncia ou queixa será rejeitada quando:            

I - for manifestamente inepta;       

II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação


penal; ou         

III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. 


PEÇA - RESE – ART 591, I DO CPP

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA

CRIMINAL DA COMARCA DE __________, ESTADO DE __________.

Processo nº

NOME, já qualificado nos autos em epígrafe,

por intermédio de seu advogado que esta subscreve, vem, à presença de

Vossa Excelência, com fulcro no artigo 581, inciso I, do Código de Processo

Penal, interpor o presente RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, por não se

conformar com a respeitável decisão que não recebeu a queixa-crime ajuizada

pelo Recorrente, requerendo o recebimento e processamento do presente,

com as anexas razões recursais.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Local e data

Advogado / OAB.
RAZÕES DE RECURSO EM SENTINDO ESTRITO

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, DO ESTADO DE ______

Processo nº __/__

Comarca de __________

Apelante:

Apelado: Justiça Pública do Estado de _______

DOUTO PROCURADOR,

COLENDA CÂMARA.

A r. Decisão de fl. X, não traz aos autos a

correta e eficaz aplicação da Justiça, conforme será demonstrado pelos fatos e

fundamentos a seguir aduzidos:

1. DOS FATOS.

O Recorrente, em __________, ajuizou

Queixa-Crime contra o Sr. _________ a fim de apurar a prática dos crimes

tipificado no artigo 140 do Código Penal, descrevendo de forma clara e precisa

a conduta praticada, juntando as provas incontestes de autoria e materialidade,


além de indicar outras provas tidas como indispensáveis para a perfeita

caracterização da conduta criminosa, principalmente a oitiva de testemunhas

(fls.).

Ocorre que após a análise dos autos o Ilmo.

Magistrado a quó, mesmo estando evidente a autoria delitiva, consubstanciada

na coleta de provas testemunhais que confirmam a versão da Recorrente,

rejeita a denúncia, praticando conduta conflitante com o ordenamento jurídico

aplicado.  

Deste modo, o presente recurso é medida

cabível para reformar a r. decisão do Ilmo. Magistrado de primeiro grau, para

então dar seguimento à queixa crime da recorrente, diante de estarem

conforme será demostrado a seguir:

2 – DA TEMPESTIVIDADE.

Conforme se nota a intimação da sentença

condenatória foi disponibilizada no DJE em xx/xx/xx., sendo o início do prazo o

dia subsequente da publicação conforme previsto os artigos 798, §1º.

Deste modo, considerando o contido o artigo

593 do CPP que prevê prazo de 5 cinco dias, para interposição de apelação,

findar-se á o prazo em xx.xx.xx sendo o presente recurso tempestivo, uma

vez que está sendo interposto antes desta data.


3. DO DIREITO.

Ao contrário do r. Entendimento deste Douto

Juízo, não se configura no caso em tela o disposto no artigo 395, do Código de

Processo Penal, uma vez que, na Queixa-Crime, estão presentes todos os

elementos indicadores de autoria e materialidade julgados necessários para

que os delitos de calúnia e difamação fossem consolidados.

De acordo com o doutrinador Tourinho Filho, “a

justa causa estaria ligada ao interesse de agir, pois “o ‘interesse legítimo’ ou

‘interesse de agir’ descansa na idoneidade do pedido, [...] o titular da ação

deve formular um pedido idôneo, arrimado em elementos que convençam o

Magistrado da seriedade do que se pede. ”

Ou seja, pelos pontos trazidos na Queixa-

Crime, é inegável a idoneidade do pedido, já que os indícios de autoria e

materialidade trazidos pelo Requerente dão ao seu pleito interesse legítimo.

Assim, os fatos trazem uma clara percepção de

transgressão típica da lei penal, bem como o Requerente arrolou testemunhas

essenciais aos autos, querendo provar a veracidade dos fatos.


Neste sentido vejamos a jurisprudência a creca

do tema em comento…:

PENAL. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. CRIMES CONTRA A

HONRA. QUEIXA-CRIME. REJEIÇÃO. INEXISTÊNCIA DOS

REQUISITOS PREVISTOS NO ART. 41  DO CÓDIGO DE

PROCESSO PENAL. AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA. PROVAS

MÍNIMAS. DECISÃO CASSADA. RECURSO PROVIDO. 1. NÃO HÁ

QUE FALAR EM AFRONTA AO ART. 41 DO CÓDIGO DE

PROCESSO PENAL SE AS CIRCUNSTÂNCIAS DO DELITO

RESTARAM DEVIDAMENTE RELATADAS NA EXORDIAL

ACUSATÓRIA, COM A NARRATIVA DA DATA E LOCAL, DOS

FATOS DELITUOSOS IMPUTADOS AOS QUERELADOS, DA

QUALIFICAÇÃO DOS ENVOLVIDOS, DA CLASSIFICAÇÃO DO

CRIME, ASSIM COMO DA APRESENTAÇÃO DO ROL DE

TESTEMUNHAS. 2. DE IGUAL FORMA, INEXISTENTE A JUSTA

CAUSA PARA A REJEIÇÃO DA QUEIXA-CRIME PREVISTA NO

ATUAL ART. 395, INC. III, DO  CÓDIGO DE PROCESSO PENAL,

SE A INICIAL VEIO INSTRUÍDA DE FORMA A DEMONSTRAR A

PLAUSIBILIDADE DA ACUSAÇÃO, OU SEJA, UM SUPORTE

MÍNIMO DE PROVA E INDÍCIOS DE IMPUTAÇÃO. 3. RECURSO

PROVIDO PARA CASSAR A SENTENÇA, RETORNANDO OS

AUTOS À VARA DE ORIGEM PARA REGULAR PROCESSAMENTO

DO FEITO.” (TJ-DF - RSE: 246160320108070007 DF 0024616-

03.2010.807.0007, Relator: SILVÂNIO BARBOSA DOS SANTOS,

Data de Julgamento: 12/05/2011, 2ª Turma Criminal, Data de

Publicação: 25/05/2011, DJ-e Pág. 247


Portanto, não restam dúvidas de que a

existência dos crimes de injuria foram comprovados através da descrição clara

da prática da conduta prevista no artigo 140 do Código Penal.

Além disso, com o intuito de provar que os

indícios de autoria são concretos, o Requerente indicou todas as provas

necessárias para tanto.

Caso entenda de forma diversa, a falta de

convencimento do julgador acerca da autoria não pode ser limitadora do

acesso à jurisdição, uma vez que o processo penal é o instrumento adequado

para que, dentro de suas regras específicas, o Juiz tome convencimento à luz

das provas da eventual autoria do crime.

Dessa forma, neste primeiro momento, não se

pode falar em “in dubio pro reo”, uma vez que a instrução do processo é o

momento adequado para que a provas sejam produzidas e que a verdade

venha à tona.

Por isso, requer que, se em dúvida, seja

aplicado o Princípio do “In Dubio Pro Societate” para que os fatos sejam

devidamente apurados, atendendo o Princípio do Contraditório e Ampla Defesa


4. DOS PEDIDOS

 Diante do exposto, requer seja conhecido e

provido o presente Recurso em Sentido Estrito, a fim de cassar a r. Decisão

pela ausência dos requisitos para rejeição da Queixa-Crime, contidos no

art. 395 do Código de Processo Penal.

Termos em que

Pede deferimento.

Local e data

Advogado

OAB nº

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