PEÇA – REVISÃO CRIMINAL – ART 621, III DO CPP

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE

DO EGREGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE .......

Tício, nacionalidade, estado civil, profissão,

residente e domiciliado no endereço..., portador da cédula de identidade RG

nº... E inscrito no CPF/MF sob o nº..., atualmente recolhido junto ao presídio

estadual..., por sua advogada e bastante procuradora que esta subscreve, que

inconformado com a respeitável sentença transitada em julgado da ação penal

n° ... Que o condenou pelo crime de roubo majorado pelo emprego de arma

branca (art. 157, parágrafo 2, inciso VII, do Código Penal), vem,

respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente

REVISÃO CRIMINAL com fulcro no artigo 621, III do Código de Processo

Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:

I –DOS FATOS E FUNDAMENTOS JUÍDICOS

Tício, condenado definitivamente, com

trânsito em julgado pela prática do crime de e roubo majorado pelo emprego de

arma branca (art. 157, parágrafo 2, inciso VII, do Código Penal), com uma pena
a cumprir de xx anos de reclusão em regime fechado, uma vez ter sido

realizado reconhecimento pessoal pela vítima a qual apontou o autor como

sendo o indivíduo que a praticou o crime.

Ocorre que, decorrido 6 meses do início da

pena privativa de liberdade, foi encontrada prova categórica de que na data e

na hora dos fatos Tício, estava acompanhado de Fulana de Tal, testemunha

arrolada em questão, em um shopping da cidade de …, para assistirem um

filme no cinema, conforme se nota através das fotos e bilhete comprado na

data e horário em que ocorreu o crime.

Partindo daí, de acordo com o narrado nos

fatos, podemos constatar que é injustiça pura é o que ocorre com o autor, pois

jamais cometeu o crime que lhe foi imputado, estando na data dos fatos

acompanhado da testemunha para assistirem um filme no cinema da cidade

xxxx.

Assim, evidente que a condenação foi

baseada em prova nula, de modo que esta merece ser totalmente revisionada

para a consequente absolvição do Autor e a sua liberdade, uma vez que este

encontra-se preso.

Outro fundamento para acolher este pedido

está disposto no art. 621, inciso III, CPP, que tem a seguinte dicção:

"III - quando, após a sentença, se

descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de

circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena".

 A nova prova de inocência do condenado é a

nova análise verídica de toco o conteúdo probatório, tendo em vista, que o

reconhecimento da vítima em situação de extremo stress não pode ser

considera válida.

Pelas provas produzidas fica claro a

insubsistência da imputação penal proferida na denúncia contra o Autor, ante a

inexistência do fato alegado na denúncia. Afinal, não houve a ocorrência de

crime de modo que o Autor deve ser absolvido imediatamente.

Portanto, em razão da ação penal... já ter

transitado em julgado, o art. 621, III do Código de Processo Penal autoriza a

revisão de processo findo, quando após a sentença, se descobrirem novas

provas de inocência do condenado, como ocorrido no caso, visto que agora há

a prova testemunhal que comprova que não houve o crime.

Inexistindo o fato criminoso, é de rigor a

absolvição do acusado, conforme o art. 386, I do CPP c/c art. 626 do CPP.

Deste modo, tendo em vista a existência de

fatos e provas novas, a corrobora com a tese de que Tício, não teria cometido

tal crime, é medida cabível a presente demanda para ser revista a condenação
atribuída ao autor e sendo o mesmo inocente, deve ser de imediato absolvido e

expedido o seu alvará de soltura.

II – DOS PEDIDOS

Pelas razões expostas, requer seja julgado

procedente o pedido contido nesta ação de revisão criminal, de forma a

absolver o Autor, desconstituindo assim a condenação já transitada em julgado.

Ademais pleiteia-se seja reconhecido ao Autor

o direito à indenização (art. 630, § 1º CPP), de logo seja arbitrada da forma que

o juízo entender cabível, tudo corrigido de forma legal.

Requer-se também a expedição do Alvará

de Soltura, para que esta seja feita de pronto, uma vez que o Autor está

privado de sua liberdade devido a erro.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Local e data

Advogado / OAB.