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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO 1º JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE .........

Protocolo ...............
.........................., já qualificado, nos autos do TCO, em epígrafe, via de seu advogado e
defensor in fine assinado, vem perante a conspícua presença de Vossa Excelência, nos
termos do art. 30, 38 e 61 do Có digo de Processo Penal, combinados com art. 107, inc. IV,
do Có digo Penal, requerer seja reconhecido a extinçã o da punibilidade pela incidência da
decadência do direito de açã o, pelos seguintes fatos e fundamentos;
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1 Conforme consta dos autos, petiçõ es de fls..... (representaçã o criminal??), as supostas
vítimas relatam que foram injuriadas e difamadas, no dia ........., ocasiã o em que o
Requerente cometera os delitos previstos nos arts. 139 e 140, do Có digo Penal Brasileiro,
cuja açã o somente se procede mediante queixa-crime.
2 Em que pese, terem, as supostas vítimas, demonstrado interesse em processar o
Requerente criminalmente, porém, em .... expirou o prazo decadencial de seis meses para o
exercício do direito de açã o, por meio de queixa-crime, destarte há que ser declarada a
extinçã o da punibilidade, com o consequente arquivamento do presente feito, para todos os
fins de direito.
DO DIREITO
Conforme édito do art. 145 do Có digo Penal Brasileiro os crimes previstos no art. 139 e 140
somente se procedem mediante queixa-crime, que constitui a peça vestibular da açã o penal
privada, a qual deve intentada, em juízo, no prazo de seis meses a partir do dia em que, o
ofendido ou seu representante legal, vier a saber quem seja o autor do fato (art. 38 CPB),
sob pena de decretaçã o, inclusive, ex officio, da extinçã o da punibilidade (art. 107, IV CPB e
61 do CPP).
No entendimento sedimentado pela doutrina e sumulado por nossa Suprema Corte, o prazo
decadencial é peremptó rio e improrrogá vel, nã o se interrompendo com eventual pedido de
instauraçã o de inquérito policial. [1] Isso porque a “queixa-crime” a que alude a lei deve ser
entendida como ato processual em que o particular ofendido exterioriza ou formula a
acusaçã o, consoante expressã o do art. 100, § 2º, do CP, nã o se confundindo com o uso
vulgar do termo e que traduz comunicaçã o feita a autoridade policial da existência do
crime.
Desta forma, da data em que os supostos ofendidos tomaram conhecimento da autoria do
fato, já transcorreu lapso temporal superior a seis meses, sem que tenha ajuizado queixa-
crime, que é o nomem juris da peça vestibular da açã o penal pú blica [2] de iniciativa
privada, portanto, deve o presente feito ser arquivado mediante o reconhecimento da
ocorrência da decadência do direito de açã o, consoante dispositivos legais retro apontados.
EX POSITIS,
espera o Requerente seja o presente pedido recebido e deferido, dignando Vossa
Excelência, reconhecer a extinçã o da punibilidade, pela ocorrência da decadência do direito
de açã o, inaudita altera pars, determinando o arquivamento do feito.
Termos em pede
e espera deferimento.
LOCAL, DATA
_______________
OAB
[1] STF, RTJ 781/142; RT517/357, RT 511/400, 504/370, 477/319 e 470/394;
RJTACrimSP 19/214;
[2] Paulo Rangel “Direito Processual Penal”, 10ª Ed. 2ª Tiragem, 2005, Lú men Jú ris, pá g.
233;
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