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Dos Fatos
A ré é acusada por suposto crime ocorrido na data de 18/04/2018 quando contava com a
idade de 19 (dezenove) anos, em virtude de um desentendimento juvenil com a amiga da
suposta vítima, Amanda. Seguido posteriormente de uma alegada lesão em Carolina realizada
pela ré, que almejava acertar Amanda, mas confundiu-se e acertou Carolina, nas costas, com
um chute, que estava comprovadamente grávida.
Estando sozinha com Gisele no momento da conduta, Carolina, supostamente,dirigiu-se
até a casa da amiga Amanda para ser “socorrida”.
Logo após a vítima realizou uma viagem de intercâmbio, e assim que retornou da
viagem, convencida por Amanda, realizou a representação contra a ré na data de 18/10/2018,
tendo sido recebida denúncia somente na data de 31/10/2018.
Dando-se prosseguimento ao processo, vagarosamente, ocorrendo a primeira audiência
somente em 20/08/2020.
Sendo este o breve exposto.
Preliminar
A pena proposta no artigo 129 do CP em que é acusada a ré, estabelece uma pena de
detenção de três meses a um ano, computando-se portanto o prazo de prescrição de 3 (três)
anos para o presente caso.
Contudo, verifica-se que a ré no momento dos fatos que lhe foram imputados se
encontrava com a idade de 19 (dezenove) anos, motivo que possibilita a diminuição do prazo
de prescrição pela metade, tornando o prazo de três anos em um ano e meio, manifestando-se
assim a prescrição, impossibilitando a punição da acusada.
Segue abaixo o artigo do Código Penal que possibilita a redução para o presente caso:
Mérito
Subsidiariamente
Caso Vossa Excelência não veja a legitimidade dos fundamentos expostos anteriormente,
negando as preliminares e as questões de mérito, e para evitar o que considero uma injustiça
maior contra a ré, subsidiariamente, evocando o que é justo e direito pede-se que seja retirada
a qualificadora das punições, por se constituir de erro de pessoa.
Comprovadamente, a parte ré não quis acertar a vítima, sendo fato indiscutível e
manifesto pela própria vítima, portanto não se pode qualificar, punindo mais severamente a
ré, em conformidade com os casos de erro de pessoa presentes no Código Penal, exposto
abaixo:
§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não
isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades
da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o
crime.
Pedido