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Processo nº 0001490.84.2010.9.13.0002
Termos em que,
ADVOGADO
OAB
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RAZÕES DE APELAÇÃO
Processo nº
Origem: ___ª Vara Criminal da Comarca de XXXXX
Ação Criminal
EGRÉGIO TRIBUNAL
ÍNCLITOS DESEMBARGADORES
1 – DA ADMISSIBILIDADE
Além disso, o presente recurso é tempestivo, vez que o prazo para Apelação,
conforme a legislação processual vigente, é de 5 (cinco) dias, contados a partir
da data da sentença que se deu no dia 28 de junho de 2013. Portanto,
tempestivo o presente recurso.
2 – DA SENTENÇA
Com efeito, a palavra policial não pode servir de sustentáculo para um grave
édito condenatório. Neste sentido:
“Por outro lado, é de bom senso e cautela que o magistrado dê valor relativo
ao depoimento, pois a autoridade policial, naturalmente, vincula-se ao que
produziu investigando o delito, podendo não ter a isenção dispensável
para narrar os fatos, sem uma forte dose de interpretação. Outros policiais
também podem ser arrolados como testemunhas, o que, via de regra, ocorre
com aqueles que efetuaram a prisão em flagrante. Nesse caso, podem narrar
importantes fatos, embora não deva o juiz olvidar que eles podem estar
emocionalmente vinculados à prisão que realizaram, pretendendo validá-la e
consolidar o efeito de suas atividades. Cabe, pois, especial atenção para a
avaliação da prova e sua força como meio de prova totalmente isento” (Entre
várias testemunhas uma delas Roberto Alexandre Seixas,
consequentemente reconheceu todas as assinaturas das testemunhas,
concretizando todo ato falado na audiência, por tanto sobre o crime é
certo afirmar que no ato de sua prisão tenha se desentendido e
ocasionando um desacato ao colega de profissão e autoridade que ali
estava presente).
Por mais idôneo que seja o policial, por mais honesto e correto, se participou
da diligência, servindo de testemunha, no fundo está procurando legitimar
sua própria conduta, o que juridicamente não é admissível. A legitimidade
de tais depoimentos surge, pois, com a corroboração por testemunhas
estranhas aos quadros policiais. (Sendo assim fica claro,que não teve como
fraudar, manipular ou mudar nenhuma fala sobre testemunhas que
estavam no local,o interrogatório que foi feito sobre o ocorrido é coletado
todas as faladas ouvidas das testemunhas que não há nenhum tipo de
mudança em relação as falas e que todos estavam de acordo e relataram
o que ouviram e viram no dia).
No caso em apreço, apenas para o belo debate jurídico, caso entenda-se que o
Apelante, de fato, estivesse participando do tráfico de drogas, deve-se
reconhecer a atipicidade da conduta.
Assim, não é coerente afirmar que o simples fato de uma pessoa estar no
portão de uma casa e supostamente gritar “polícia, polícia...” possa constituir
um delito. Ou seja, o simples fato de o agente se localizar numa residência
onde indiscutivelmente se consome droga não justifica a imposição de uma
sanção penal, já que não se constata um perigo imediato de lesão a qualquer
bem jurídico.
De fato, o Direito Penal não pode se preocupar com condutas que sequer
geram dano em abstrato à sociedade, não havendo tipicidade material, sendo
que a conduta do Apelante é atípica. Nesse sentido, este Egrégio Tribunal de
Justiça mineiro:
5 – DOS PEDIDOS
Termos em que,
Uberlândia/MG, data.
ADVOGADO
OAB