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Código Civil:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187),
causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Chamamento ao processo
Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do
fornecedor de produtos e serviços, sem prejuízo do
disposto nos Capítulos I e II deste título, serão
observadas as seguintes normas:
II - o réu que houver contratado seguro de
responsabilidade poderá chamar ao processo o
segurador, vedada a integração do contraditório pelo
Instituto de Resseguros do Brasil. Nesta hipótese, a
sentença que julgar procedente o pedido condenará
o réu nos termos do art. 80 do Código de Processo
Civil. Se o réu houver sido declarado falido, o síndico
será intimado a informar a existência de seguro de
responsabilidade, facultando-se, em caso afirmativo,
o ajuizamento de ação de indenização diretamente
contra o segurador, vedada a denunciação da lide ao
Instituto de Resseguros do Brasil e dispensado o
litisconsórcio obrigatório com este.
b) FATO DO SERVIÇO
FATO DO SERVIÇO
Obrigação de meio x Obrigação de resultado
Resultado: obriga-se o devedor a realizar um fato
determinado, adstringe-se a alcançar certo objetivo;
(culpa PRESUMIDA)
Meio: o devedor obriga-se a empregar diligência a
conduzir-se com prudência, para atingir a meta
colimada pelo ato.
Artigo 12;
Art. 14
§ 3° O fornecedor de serviços só não será
responsabilizado quando provar:
I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
(fortuito externo)
Culpa exclusiva de terceiro ou da vítima
Serviços de transporte
1
Caso adaptado: Carlos adquiriu um automóvel.
Ainda dentro da garantia contratual, o veículo
simplesmente parou de funcionar e, em seguida,
começou a pegar fogo, o que ocasionou a destruição
quase integral do carro. Felizmente, Carlos conseguiu
se salvar com vida. Carlos ajuizou ação de
responsabilidade pelo fato do produto em face da
concessionária e da fabricante. Foi realizada perícia,
mas o laudo pericial foi inconclusivo, não apontando
a causa do incêndio, além de não ter identificado a
existência de defeito na fabricação do produto. Em
primeira e segunda instâncias, o pedido
indenizatório não foi acolhido sob fundamento de
1
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. A inexistência de responsabilidade solidária por fato do produto
entre os fornecedores da cadeia de consumo impede a extensão do acordo feito por um réu em
benefício do outro. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/
7bee424db269e7f9c5d0a68c7a635018>. Acesso em: 14/08/2022
que o consumidor não se desincumbiu do ônus
probatório.
O Tribunal de 2ª instância não agiu corretamente.
O consumidor satisfaz o seu ônus probatório quando
demonstra o vínculo causal entre o evento danoso e
o produto. No caso, o consumidor satisfez esse ônus
considerando que ficou demonstrado que o
automóvel incendiou. Embora as perícias realizadas
não tenham identificado a causa do incêndio, a
inexistência de defeito no veículo deveria ter sido
comprovada pelas fornecedoras rés, que, não o
fazendo, não se eximem de responsabilidade pelo
fato do produto.
STJ. 3ª Turma. REsp 1955890-SP, Rel. Min. Nancy
Andrighi, julgado em 05/10/2021 (Info 714).
o A pretensao não pode ser algo exercitável
indefinidamente no tempo, e importante que haja
um limite para a exigibilidade do cumprimento da
obrigação para se garantir a paz social e a segurança
das relações jurídicas. Por isso que existe um prazo
fixado para que a pessoa possa exigir a reparação.
3
Pretensão: é a possibilidade de se exigir de outrem,
em um determinado prazo, o adimplemento de uma
2
CHIOVENDA. Giuseppe. Instituições de Direito Processual Civil. Tradução de Paolo Caopitiano. 4 ed.
Campinas: Bookseller, 2008.
3
PONTES DE MIRANDA. Francisco Cavalcante. Tratado das Ações. Tomo I. São Paulo: RT, 1972.P 52.
determinada obrigação, sob pena de execução
patrimonial dos bens do devedor.
Para Pontes de Miranda “Pretensão é a posição
subjetiva de poder exigir de outrem alguma
prestação positiva ou negativa”.
Risco do desenvolvimento
TRANSGÊNICOS:
I Jornada de Direito Civil: 43 – Art. 931: a
responsabilidade civil pelo fato do produto, prevista
no art. 931 do novo Código Civil, também inclui os
riscos do desenvolvimento.
https://anaclarasuzart.com.br/produtos-essenciais-sob-a-otica-do-codigo-de-defesa-do-consumidor/
§ 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa do
inciso I do § 1° deste artigo, e não sendo possível a
substituição do bem, poderá haver substituição por
outro de espécie, marca ou modelo diversos,
mediante complementação ou restituição de
eventual diferença de preço, sem prejuízo do
disposto nos incisos II e III do § 1° deste artigo.
§ 5° No caso de fornecimento de produtos in natura,
será responsável perante o consumidor o fornecedor
imediato, exceto quando identificado claramente seu
produtor.
SERVIÇOS PÚBLICOS
Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas,
concessionárias, permissionárias ou sob qualquer
outra forma de empreendimento, são obrigados a
fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e,
quanto aos essenciais, contínuos.
Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total
ou parcial, das obrigações referidas neste artigo,
serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e
a reparar os danos causados, na forma prevista neste
código.
Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os vícios
de qualidade por inadequação dos produtos e
serviços não o exime de responsabilidade.
Art. 24. A garantia legal de adequação do produto ou
serviço independe de termo expresso, vedada a
exoneração contratual do fornecedor.
Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláusula
que impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de
indenizar prevista nesta e nas seções anteriores.
7.1 Decadência
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes
ou de fácil constatação caduca em:
I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço
e de produtos não duráveis;
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de
serviço e de produtos duráveis.
§ 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a
partir da entrega efetiva do produto ou do término
da execução dos serviços.
§ 2° Obstam a decadência:
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo
consumidor perante o fornecedor de produtos e
serviços até a resposta negativa correspondente, que
deve ser transmitida de forma inequívoca;
III - a instauração de inquérito civil, até seu
encerramento.
§ 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial
inicia-se no momento em que ficar evidenciado o
defeito.
JURISPRUDÊNCIA – VÍCIO
Dano moral decorrente de carro 0 km que
apresentou inúmeros problemas
QUESTÕES
GABARITO
1–A
2–C
3–E
4–B
5–E
Leitura complementar:
https://www.conjur.com.br/2022-mar-03/agencia-
nao-responde-dano-material-moral-emite-bilhete
https://www.migalhas.com.br/quentes/382542/
mercado-livre-indenizara-consumidor-por-compra-
nao-entregue
https://www.migalhas.com.br/quentes/339967/
agencia-de-viagens-e-responsabilizada-por-
cancelamento-de-voo