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RESOLUCAO DO QUESTIONARIO

NOME : Moises Mussaravana Mandunde Dachavaia

1.O que entendem por reforma do sector público?

A Reforma é o conjunto de acções de carácter transversal ou horizontal e processos de mudanças


que devem ser empreendidos para que os serviços públicos prestados nos diferentes sectores
sejam melhorados. Quem implementa as reformas são os próprios sectores. A Reforma desejada
vai para além das simples mudanças nas estruturas do Aparelho do Estado e no fluxo de papeis.
O principal desafio da reforma, refere-se à mudança da função dos serviços públicos e sobretudo
à mudança da cultura, da atitude e do comportamento dos funcionários públicos perante o seu
trabalho

2.Em que instituição a reforma do sector público ocorre?

A Reforma ocorre no Sector Público e que é entendido como sendo o conjunto de instituições e
agências que directa ou indirectamente financiadas pelo Estado têm como objectivo final a
provisão de bens e serviços públicos. No sentido mais amplo, é falar da actividade que é
realizada pelo Governo Central, Ministérios, Governos Provinciais, Direcções Provinciais,
Administrações de Distritos, Direcções Distritais, Postos Administrativos, Autarquias, as
Empresas Públicas, os Institutos Públicos e outras Agências do Estado, todos trabalhando para o
benefício da sociedade Moçambicana. Serão ainda objecto da acção da reforma, as formas de
relações entre o Estado, a Sociedade Civil e o Sector Privado no sentido de desenvolvê-las e de
potenciar a participação destes na geração e distribuição da riqueza, segundo critérios de boa
governação.

3.Porque os governos fazem reformas constantemente?

Os governos fazem reformas constantemente por causa da necessidade de adequar o conjunto das
organizações que integram o sector público para fazer face aos desafios que se colocam ao
Estado moçambicano. A permanente legitimação do Estado de Direito nas suas relações com a
sociedade como factor de garantia da soberania, da moçambicanidade e do progresso nacional
4.Quais são as principais reformas que aconteceram em Moçambique após a independência
nacional?

As principais reformas que aconteceram em Moçambique após a independência nacional são:

A primeira (1975), decorrente da luta de libertação, foi a da constituição do novo Estado,


optando-se, por razões por demais conhecidas, por um modelo centralizado e centralizador
apoiado num partido forte, único e hegemónico.

A segunda fase (1986), início das reformas económicas, revisão profunda do modelo então
vigente e mudança dos princípios básicos que o norteavam, resultando mais tarde a
implementação do Programa de Reabilitação Económica (PRE) que gerou uma mudança
profunda do próprio papel definido para o Estado. Num curto período, o País passou de um
modelo de economia centralizada com base na iniciativa do Estado, para uma economia de
mercado com base na iniciativa privada. Transitou-se de um modelo de Estado unitário
centralizado para um Estado unitário, gradualmente descentralizado e no qual foram
consolidadas as relações regulares entre o Executivo e o Parlamento.

A terceira fase, iniciada em 1990, com a aprovação da nova constituição e consolidação do


modelo político e económico assumido. Esta fase, prolonga-se até hoje e pode ser caracterizada
como um período de ajustamento do sector público ao modelo político, actualmente vigente
visando a sua consolidação e aperfeiçoamento

5.Quais são os principais problemas do sector público moçambicano que foram


identificados no diagnóstico realizado durante nos finais da década de 1990?

Os principais problemas do Secor Púbico são:

 Papel do Sector Público;


 Política de Desenvolvimento de Recursos Humanos;
 Políticas de Descentralização e Desconcentração;
 Boa Governação e Combate à corrupção;
 Gestão dos Processos de Políticas Públicas, e
 Gestão Financeira.

6.Como surge a Estratégia Global da Reforma do Sector Público 2001-2011?

A Estratégia Global da Reforma do Sector Público 2001-2011, surge das análises resultantes dos
projectos de reforma parciais e, em especial, os consensos decorrentes das acções preparatórias
da estratégia da reforma do sector público. Destacam-se as acções subsequentes à criação da
Comissão Interministerial da Reforma do Sector Público (CIRESP), a 28 de Março de 2000,
designadamente a estruturação da Unidade Técnica da Reforma do Sector Público (UTRESP) e a
consulta aos parceiros (representantes da sociedade civil e do sector privado, titulares de cargos
políticos e funcionários de organizações do sector público)

7.Quais foram as fases de implementação da Estratégia Global da Reforma do Sector


Público 2001-2011? Quais são as suas componentes?

As fases de implementação da Estratégia Global da Reforma do Sector Público 2001-2011 da


reforma desenvolver-se-á em duas fases que se interligam. A primeira fase (2001-2004), destina-
se à criação das condições básicas para a transformação do sector público. Assim serão lançados
nesta fase os fundamentos da organização, planificação e gestão, assim como detalhados os
instrumentos técnicos necessários ao desenvolvimento da reforma no período subsequente. Nesta
fase, também se lançam acções de curto prazo destinadas a produzir resultados de impacto
imediato. O compromisso do Governo com a reforma do sector público e a urgência com que se
colocam certas mudanças, conduziu a que se adoptasse o conceito de programas de impacto
imediato e com ampla visibilidade. Esses programas serão elaborados pelos diferentes sectores,
com a assistência técnica e coordenação da UTRESP. A primeira fase será avaliada até ao seu
termo, prevendo-se nessa ocasião o detalhamento do programa e orçamento para a segunda fase
da reforma.

A segunda fase (2004 a 2011) destina-se a rever e/ou desenvolver os programas e projectos
realizados ou experimentados na primeira fase, bem como a ampliar os efeitos da reforma
iniciada através de programas e projectos de impacto mais amplo ou maior aprofundamento
especifico. Nesta fase, as características do sector público referenciadas a título de paradigma
deverão, algumas delas, já ter expressão e consolidar-se. O desempenho de organizações
seleccionadas do sector público será já por objectivos e, qualitativamente, muito melhor do que
no início da reforma. No geral, esta evolução deverá ter um impacto global no sector público de
tal modo que as suas características essenciais já consubstanciem, claramente uma mudança
irreversível no sentido dos parâmetros qualitativos anteriormente referidos como paradigmáticos.

Os componentes são:

 Racionalização e descentralização de estruturas, e processos de prestação de serviços;


 Melhoria do processo de formulação e monitoria de políticas públicas;
 Profissionalização dos funcionários do sector público;
 Melhoria da gestão financeira e prestação de contas;
 Boa Governação e Combate à corrupção

8.Quais foram os principais avanços na implementação das reformas do sector público no


período entre 2001-2011? Quais são os pontos críticos?

Os Principais Avanços na implementação das Reformas do sector Público foram:

Na Componente I

 Consolidada a natureza do Estado enquanto Estado Unitário e de gestão descentralizada e


participativa;
 Consolidado o papel do Estado entanto que órgão central de políticas públicas;
 Consolidado o papel do Estado enquanto regulador dos processos de provisão de serviços
públicos de qualidade na perspectiva de uma administração pública centrada no cidadão;
 Consolidadas as relações entre o Estado e os diversos intervenientes sociais, políticos e
económicos num quadro global de democracia participativa.

Na Componente II

 Consolidação de um processo sistemático de formulação de políticas públicas;


 Consolidação de um processo sistemático de planificação e monitoria da implementação
de políticas públicas tendo como enfoque o distrito.

Na Componente III
 Consolidada a capacidade do Governo de fazer a Gestão Estratégica de Recursos
Humanos do Estado;
 Melhorada a qualidade dos Funcionários e agentes do Estado;
 Actualizado e consolidado o quadro Jurídico-legal regulador das relações laborais na
função pública;
 Melhorados os sistemas de remuneração e benefícios dos funcionários e agentes do
Estado; Aprofundada a base de valores que norteiam a função pública, com enfoque para
a meritocracia, prestação de contas e responsabilização;
 Melhorada a capacidade de provisão de recursos humanos para o nível local.

Na Componente IV

 Fortalecimento da capacidade do Estado de promover uma gestão rigorosa dos fundos


públicos, através de um sistema de planificação, orçamentação e execução orçamental
íntegro e eficaz;
 Fortalecimento da capacidade de alocação dos fundos de acordo com as prioridades de
desenvolvimento com enfoque nos órgãos locais.

Na Componente IV

 Melhorada a qualidade da prestação de serviços ao cidadão e ao sector privado,


simplificando os procedimentos e reduzindo as oportunidades de prática de actos de
corrupção;
 Fortalecidos os mecanismos de controlo interno e externo;
 Fortalecida a cultura de Estado de Direito através da melhoria do acesso à justiça;
 Fortalecidas as bases para a prevalência de uma cultura de integridade.

Na Componente V

 A criação, em 2007, do Ministério da Função Pública com o mandato de proceder à


superintendência das reformas ceio a contribuir para acelerar o ímpeto das reformas em
particular no que tange às reformas na área da função pública;
 Um dos aspectos que caracterizou a gestão das reformas ao longo da implementação da
estratégia global prende-se com a comunicação e divulgação dos resultados da reforma
através de canais múltiplos de informação, e o envolvimento de outros intervenientes tais
como a sociedade civil, as comunidades, o sector privado, os parceiros de cooperação e
os mídias;
 O diálogo entre o Governo e os parceiros de cooperação centrou-se no mecanismo do
fundo comum criado para o efeito, através do qual os parceiros disponibilizaram os
recursos financeiros e se procedeu a planificação e monitoria do progresso na
implementação do programa.

Na Componente VI

 Reestruturação dos governos provinciais;


 Aprovação e implementação da política e Estratégia de Descentralização;
 Elaboração e implementação de Códigos de Conduta do Sector Provado

9.Quais são as áreas que fazem parte das reformas da gestão de finanças
públicas/administração financeira do Estado?

As áreas que fazem parte das reformas da gestão de finanças públicas/administração financeira
do Estado são: ária de planificação, orçamentação e execução orçamental íntegro, que se prende
com a implementação do SISTAFE; o fortalecimento da capacidade de alocação dos fundos de
acordo com as prioridades de desenvolvimento com enfoque nos órgãos locais através das
metodologias de planificação introduzidas pelo Ministério de Planificação e Desenvolvimento

10.O que é Estratégia para a Reforma para o Desenvolvimento da Administração Pública e


quais são as suas componentes?

Estratégia para a Administração Pública é um instrumento que traz consigo novos paradigmas de
relacionamento entre o Estado e o cidadão, no qual dirigentes, funcionários e agentes do Estado
são todos chamados a renovar o seu compromisso de melhor servir a Administração Pública
moçambicana e a sociedade no geral.

As sua componentes são:

Componente 1 – Profissionalização dos Funcionários e Agentes do Estado


Componente 2 – Descentralização e Desconcentração

Componente 3 – Melhoria da Prestação de Serviços

Componente 4 – Consolidação e Coordenação das Estruturas da AP

Componente 5 – Reforço da Integridade na Administração Pública

Adicionalmente, a estratégia é suportada por 2 Componentes transversais que representam os


elementos de aceleração e concretização de todo o Plano:

Componente Transversal A – Modernização Tecnológica e Inovação

Componente Transversal B – Monitoria, Comunicação e Avaliação

11.Qual é o ponto de situação da implementação do novo documento da reforma em


Moçambique, a ERDAP?

O ponto de situação da implementação do novo documento da reforma em Moçambique, a


ERDAP é positivo visto que com o envolvimento de todos os sectores, incluindo os actores
externos (parceiros sociais e de cooperação) contribuiu significativamente no desenvolvimento
do País e as acções levados a cabo possibilitaram a melhoria da prestação de serviços ao cidadão
e ao sector privado.

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