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NA GESTAÇÃO
Mini Curriculum
Introdução...........................................................1
Redução de atividade física................................2
Recomendações.................................................4
Exercícios resistidos...........................................6
Motivos...............................................................6
Atividades ocupacionais.....................................7
Exercícios resistidos na gravidez.......................8
Pilates na gravidez.............................................9
Apreciações finais.............................................10
Para você que quer mais..................................12
Referência Bibliográficas..................................13
Mídias Sociais...................................................15
Introdução
Os exercícios físicos são bem vindos durante a gestação,
pois são capazes de promover diversos benefícios para a
mãe e para o bebê, como mostrado na figura abaixo
(ACOG 2015).
A Sociedade Canadense de Fisiologia do Exercícios
(CSEP) enfatiza que a gravidez é uma fase ótima para a
mulher iniciar um programa de exercícios, que passa a ter
um estilo de vida ativo, podendo assim, estimular toda a
família. No entanto, a maioria das recomendações estão
relacionadas ao exercício aeróbico. As mulheres que
realizam a musculação, por exemplo geralmente são
desestimuladas a continuar nesta modalidade e são muitas
vezes obrigadas a mudar de atividade. Assim, este e-book
tem o objetivo de descrever sobre os exercícios resistidos
na gravidez.
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Redução de atividade física
Apesar das recomendações feitas para a prática de
exercícios durante a gestação, são várias as objeções para
sua realização. Algumas das alterações ocorridas na
fisiologia da mulher grávida, refletem nas barreiras à
prática de exercícos como: como desconforto respiratórios,
dores musculares, lombare,s e preguiça (Romero 2014).
O aumento de progesterona proporciona a sensação de
cansaço e sonolência, reduzindo assim o desejo de
realizar tarefas com maior gasto energético.
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No estudo de Tavares et al., (2009), analisando 118
gestantes em Campina Grande, nas semanas 16, 24 e 32,
utilizando questionário para avaliar o nível de atividade
física em METs. obsertvaram 85% de atividades leves no
primeiro trimestre (16a), seguindo de total (98% e 100%,
respectivamente) sedentarismo nos seguintes (24a e 32a
semanas).
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Em pesquisa de Coll et al., (2017) com a mesma
população de Domingues, 10 anos após observou que as
grávidas desta população continuam reduzindo suas
atividade durante a gestação. No entanto, observou uma
mudança nos tipos de atividades. reduzindo o número de
gestantes que realizavam caminhada de 77% para 47,4%
enquanto que o treinamento de força aumentou
aproximadamente 245%.
Recomendações
As recomendações de atividade física para gestantes
iniciaram na década de 80. Nesta época, as pesquisas
eram bastante raras e com animais experimentais. Assim,
O ACOG fez a primeira publicação com as
recomendações, e atualmente, desde 2002 tem
recomendado como prioridade 150 minutos de atividades
físicas moderadas por semana para a manutenção da
saúde das grávidas.
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Os exercícios físicos aeróbicos podem ser prescritos
seguindo a recomendação abaixo do ACOG (2020).
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Exercícios resisitidos
Os exercícios resistidos são pouco recomendados, pois
existem poucas pesquisas utilizando os exercícios físicos
de força em gestantes. Os estudos ainda se resumem em
avaliar o fortalecimento do assoalho pélvico e
incontinência urinária. Assim, não existem recomendações
de exercícios de força das instituições oficiais de
Ginecologia e Obstetrícia.
De acordo com American College of Sports Medicine as
gestantes podem realizar 1 a 3 séries com 10 a 12
repetições para atividades dos membros superiores e 10 a
15 repetições para exercícios dos membros inferiores, com
intensidade a partir da percepção subjetiva de esforço
(PSE) (9-14). As atividades devem ser em dias alternados
e com o avanço da gestação reduzir a carga e/ou as
repetições.
As recomendações de exercícios durante a gestação para
o ACOG (2020) ainda são prioritariamente atividades
aeróbicas como vimos no quadro anterior.
Motivos
Existem algumas objeções à realização e prescrição de
exercícios resistidos durante a gestação. As alterações
musculoesqueléticas relacionadas a frouxidão ligamentar
e alteração no centro de gravidade aumentam os riscos de
lesão. Além, do número reduzido de estudos experimentais
que utilizem os exercícios resistidos.
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Atividades ocupacionais
Existem evidências que associam parto prematuro baixo
peso ao nascer, bebê pequeno para idade gestacional,
pré-eclâmpsia e hipertensão gestacional às 5 atividades
ocupacionais (jornada de trabalho, trabalho por turnos,
elevação, em pé e carga física (Palmer et al., 2013).
O estudo de Range et al. (2013) ofereceu resultados
bastante interessantes ao analisar os dados de 62.000
mulheres dinamarquesas. Ele relatou uma relação dose-
resposta entre a carga diária total elevada e a
prematuridade com cargas superiores a 1.000 kg por dia.
Neste estudo, o levantamento de cargas pesadas (mais de
20 kg) mais de 10 vezes por dia foi associado a um
aumento do risco de parto prematuro.
Um exemplo de atividades
inadequadas na gestação
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Exercícios resistidos na gravidez
De acordo co White et al., (2014) cerca de 10% de
gestantes ativas realizam exercícios resistidos. Existem
diversos estudos que utilizam exercícios de fortalecimento
dos músculos do assoalho pélvico (MAPs) durante a
gestação. Uma revisão sistemática realizada por Schreiner
et al., (2018) concluíram que o fortalecimento dos MAPs
durante a gravidez é benéfico para o parto e para reduzir a
incontinência urinária.
White et al., (2014) compararam 3 grupos de gestantes:
com exercícios aeróbicos, com exercícios aeróbicos e
resistidos e sem exercícios. Os resultados mostraram que
as síndromes hipertensivas e diabetes gestacional foram
significativamente menores no grupo que realizou
exercícios resistidos.
Sklempe Kokic et al., (2018) encontraram reduções
glicêmicas entre gestantes que realizaram um programa de
exercícios aeróbicos e resistidos. O mesmo foi encontrado
por Barros et al., (2010) utilizando apenas dos exercícios
resistidos por meio de elásticos.
Em estudo de Pontes Jr (2006) comparou o efeito do
exercício isométrico com carga de 30 e 50% da contração
voluntária máxima por 3 minutos em massa muscular
pequena e grande na pressão arterial (PA) de gestantes e
não gestantes. Foi observado maior incremento de PA com
maior carga e grupo muscular. No entanto, não houve
diferenças na PA em grávidas e não grávidas. Desta
forma, parece que não haver riscos de elevação de PA em
exercícios resistidos isométricos ou isotônicos com cargas
moderadas.
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Pilates na gravidez
O Método Pilates foi uma das atividades físicas
recomendadas pelo ACOG (2015), desde que não fosse
intenso e também é uma das atividades mais realizadas
como a caminhada, hidroginástica e yoga.
Alguns estudos encontraram benefícios do pilates como a
redução de incontinência urinária e fortalecimento pélvico.
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Apreciações finais
Apesar de pouco recomendado, o exercício resistido é uma
realidade no mundo fitness e de saúde e bem estar.
Levando em consideração o que encontramos nos estudos
e nas recomendações, devemos então conhecer as
contraindicações ao exercício físico, sinais de alerta para
cessar o exercício e alterações fisiológicas da gravidez.
As articulações das gestantes ficam frouxas, aumentando
o risco de quedas e lesões. Deve-se evitar flexões e
extensões exageradas, além de atividades com muito
impacto. A mudança no centro de gravidade também
promove aumento no risco de quedas por redução no
equilíbrio. Além disso, a redistribuição sanguínea que
privilegia a musculatura durante a realização dos
exercícios, reduzem o aporte de nutrientes e oxigênio para
órgãos, como o útero, levando o bebê à hipoglicemia e
hipóxia, caso o exercício seja de alta intensidade. Assim,
as atividades devem ser de intensidade leve a moderada, e
nunca vigorosa (ACOG 2020).
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As contraindicações relativas e absolutas e sinais de alerta
para interromper o exercício físico (ACOG), estão abaixo.
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Para você que quer mais!
Temos uma Certificação na Prescrição de Exercícios na
Gestação e no pós-parto. Essa certificação tem 68 horas
com 5 módulos:
1. Bases fisiológicas da gestação e como prescrever a
partir delas, recomendações de exercícios aeróbicos e
resistidos
2. Obesidade, Diabetes gestacional e doenças
hipertensivas na gravidez seus riscos materno-fetais e
benefícios dos exercícios
3. Como prescrever exercícios para gestates e puérpuras
atletas ou mulheres treinadas
4. Prescrição de exercícios no pós-parto, necessidade e
recomendações
5. Incontinência urinária
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Referências Bibliográficas
ACOG Committee Opinion No. 650: Physical Activity and Exercise
During Pregnancy and the Postpartum Period. Obstet Gynecol.
2015 Dec;126(6):e135-42.
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Runge SB, Pedersen JK, Svendsen SW, Juhl M, Bonde JP, Nybo
Andersen AM. Occupational lifting of heavy loads and preterm birth:
a study within the Danish National Birth Cohort. Occup Environ Med
. 2013;70:782–8.
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Mídias Sociais
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