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1. Introdução...................................................................... 3
2. Conceitos....................................................................... 4
3. Fisiopatologia............................................................... 4
4. Fatores influenciadores............................................ 9
5. Sintomas do climatério...........................................10
6. Diagnóstico.................................................................15
7. Tratamento .................................................................15
Referências bibliográficas .........................................22
CLIMATÉRIO 3
Puberdade
Menopausa
Idade (anos)
Figura 1. Secreção de estrogênio durante toda a vida sexual da mulher . Fonte: Guyton et al. Tratado de fisiologia mé-
dica. 13 ed. Rio de Janeiro. (2017)
CLIMATÉRIO
± 40 anos ± 65 anos
NASCIMENTO SENILIDADE
Tuba Fimbrias
Tuba
Pavilhão
Tubário Pavilhão
Tubário
1 2
Figura 4. Diferença entre fase secretora menstrual e endométrio atrófico. Imagem 1 representa a fase secretora mens-
trual, com glândulas tortuosas grandes, contendo secreção. Imagem 2 representa o endométrio atrófico, com glându-
las em pequena quantidade, algumas muito pequenas, outras dilatadas. Fonte: https://bit.ly/319eJ2O
↓ Inibina e estrógeno
↓ Androstenediona
↑ GnRH, FH e FSH
↓ SDHEA
Alterações do Eixo
Hipotálamo-Hipófise-Ovários
Atresia de folículos ↓ Pregnenolona
↑ Estrogênio e testosterona
Endométrio atrófico
livres ou não ligados
Deficiência nutricional
Estresse Auto-imune
SAIBA MAIS!
Os fogachos se caracterizam por aumento na pressão arterial sistólica tanto na vigília quan-
to durante o sono. Além disso, a frequência cardíaca aumenta entre 7 e 17 batimentos por
minuto, aproximadamente no mesmo período em que ocorrem vasodilatação periférica e su-
dorese. Sua duração é variável e ocorre principalmente à noite, atrapalhando o sono e apre-
sentando um efeito dominó sobre o humor, podendo surgir irritação, insônia e depressão.
Oligo ou
Osteoporose
polimenorreia
Ósseos Menstruais
↓ HDL Perda de elasticidade
Dificuldade de
Distúrbios do sono
concentração Dispareunia ↓ Colágeno
Prolapsos genitais
CLIMATÉRIO 15
Exames
complementares:
Colonoscopia e sangue
Perfil lipídico Glicemia
oculto nas fezes
7. TRATAMENTO
SE LIGA! Poucas alterações hormonais
no eixo hipotálamo-hipófise-ovários O tratamento é focado no alivio de
apresentam variações suficientemente sintomas climatéricos, sendo os
distintas para serem usadas como mar- principais sintomas tratados os foga-
cadores séricos da transição para a me-
chos e a secura vaginal. A terapia de
nopausa. Na pós-menopausa, entretan-
to, em razão do aumento acentuado nos reposição hormonal (TRH) continua
níveis de FSH que foi descrito, esta go- sendo uma possibilidade terapêutica
nadotrofina se torna um marcador mais importante para mulheres no climaté-
confiável.
rio, devendo-se sempre lembrar que
CLIMATÉRIO 16
quando bem indicada, ela deve fazer Janela de oportunidade para início da terapia de
parte de uma estratégia global que reposição hormonal
inclua recomendações concernentes
a atividade física, alimentação saudá- Vias de administração da terapia de reposição
vel, combate ao tabagismo e ao ex- hormonal
cesso de peso, entre outros.
A orientação é tratar as sintomáti- Esquemas de terapia de reposição hormonal
propriamente ditos
cas com menopausa menor que 10
anos ou abaixo dos 60 anos, sen-
do contraindicada nos casos de cân-
cer de mama, doença hepática ativa, Janela de Oportunidade
Ca de mama e endométrio, porfiria, A Associação Brasileira de Climatério
sangramento vaginal de causa des- (SOBRAC) cunhou em 2004 o termo
conhecida, doenças coronarianas ou “janela de oportunidade”, indicando
cerebrovascular, LES, meningioma, que haveria um momento propício
histórico de trombose venosa profun- para o início da terapia de reposição
da, tromboembolismo pulmonar, in- hormonal após a menopausa. Dessa
farto agudo do miocárdio ou acidente forma, a terapia de reposição hormo-
vascular cerebral. nal deveria ser iniciada nos primeiros
O principal hormônio utilizado na te- meses ou anos após a menopausa
rapêutica é o estrogênio, que é o para que se pudesse pensar em au-
melhor para minimizar os fogachos. A sência de risco cardiovascular.
reposição hormonal pode ser por es- Enquanto isso, a International Me-
quema puro estrogênico ou com- nopause Society (IMS) publicou re-
binado a progesterona. Em pacien- comendações em 2007 que consi-
tes histerectomizadas a reposição deraram a existência de tal “janela
deve-se apenas por estrogênio, em de oportunidade”. Segundo a posi-
contra partida, mulheres com útero ção oficial da IMS, não há evidência
a terapêutica é combinação do es- de benefício da terapia de reposição
trogênio e da progesterona, já que a hormonal em doença cardiovascular
progesterona é usada para proteção instalada, mas existe potencial para
endometrial. prevenção se iniciada na transição
Ao se indicar e escolher a forma apro- menopáusica, no entanto, não se re-
priada de reposição hormonal a cada comenda a indicação da terapêuti-
caso deve-se levar em conta os se- ca apenas com a finalidade de pro-
guintes parâmetros fundamentais: teção cardiovascular.
CLIMATÉRIO 17
↑ Triglicérides
Esquemas de Estrogênios Puros
Maior associação com TEV Esse esquema apresenta indicação
exclusivamente para mulheres his-
ORAL terectomizadas. Pela via oral, podem
ser utilizados o estradiol ou os estro-
gênios conjugados, enquanto que
pela via transdérmica, percutânea ou
EFEITO DAS subdérmica, o estradiol é o esteroide
VIAS DE
ADMINISTRAÇÃO
disponível.
O estrogênio deve ser administrado
de forma contínua, uma vez que po-
dem ocorrer sintomas climatéricos
PARENTERAL nos intervalos de esquemas cíclicos.
Os esquemas com dose baixa são os
Intramuscular preferidos para iniciar o tratamento,
pois apresentam grande eficácia no
Vaginal
controle dos sintomas, e é recomen-
dado que seja utilizada a menor dose
para atingir o efeito desejado.
Subdérmico
Menor
Percutânea associação com Esquemas Estroprogestativos/
AVC Combinados
Não interfere no
Transdérmica triglicérides
Podem ser realizados em esquemas
contínuos ou cíclicos, sendo recomen-
Menor
associação com dado um mínimo de 12 ou 14 dias
TEV de administração de progestagênio
por ciclo, a fim de se reduzir o risco
CLIMATÉRIO 19
Anticonvulsivantes
Tibolona
Inibidores seletivos da
recaptação da serotonina
Outras opções
TERAPÊUTICA
Janela de
Esquemas HORMONAL DO
Oportunidade
CLIMATÉRIO
Combinados
Vaginal
Pacientes Oral
histerectomizadas Transdérmica
Parenteral Percutânea
Intramuscular
Subdérmica
SAIBA MAIS!
A Síndrome geniturinária da menopausa surge muitas vezes após a menopausa e caracteri-
za-se pela secura vaginal, irritação e flacidez da mucosa, diminuição da líbido, dores durante
o ato sexual e associação com incontinência urinária de urgência. A principal causa é a dimi-
nuição dos estrogénios. À medida que os estrogénios diminuem, as paredes da vagina ficam
mais finas, mais secas e menos elásticas, provocando frequentemente ardor. Também pode
ocorrer um desequilíbrio da flora vaginal, aumentando o risco de infeções vaginais e urinárias.
A terapêutica utiliza-se de estrogénios locais, com aplicação vaginal na forma de creme, gel,
ou comprimidos, existe também hidratantes vulvovaginais.
CLIMATÉRIO 21
Irritabilidade Osteoporose
Anticonvulsivantes
Diagnostico clinico
Estrogênio puro Esquemas Histerectomia prévia
Fatores socioeconômicos
Período compreendido entre o final do Fatores influenciadores
período reprodutivo até a senilidade no climatério
Genética/antecedente
familiar
Ocorre em média entre Menopausa é um marco
40 a 65 anos do climatério Fisiopatologia Insuficiência
ovariana primária
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Aarão Mendes Pinto Neto et al. FEBRASGO: Manual de Orientação em Climatério. 2010.
Guyton et al. Tratado de fisiologia médica. 13 ed. Rio de Janeiro. (2017)
Hoffman et al. Ginecologia de Williams. Tradução: Ademar Valadares Fonseca et al. 2. ed.
Porto Alegre: AMGH, 2014.
PRIMO Walquíria Quida Salles Pereira, et al. Manual de Ginecologia da Sociedade de Gi-
necologia e Obstetrícia de Brasília. 2. ed. Brasília: Editora Luan Comunicação, 2017.
URBANETZ, Almir Antônio. Ginecologia e obstetrícia Febrasgo para o médico residente.
São Paulo. 2016.
WENDER, Maria Celeste Osório et al. Consenso Brasileiro de Terapêutica Hormonal da
Menopausa. Associação Brasileira de Climatério (SOBRAC). São Paulo: Leitura Médica,
2014.
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