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Amenorreia

Prof Carlos Eduardo


CRM: 175773
@dr.carlosmartins
@papodeginecologia
Prof Carlos Eduardo
Primeiro dia do ciclo –> primeiro dia
da menstruação

Prof Carlos Eduardo


Conceitos

•Ausência de menstruação
•Amenorreia é um sintoma e não uma
doença

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Não teve
Primária
menarca
Amenorreia
Cessou a
Secundária
menstruação
DEVIDO A ALGUMA PATOLOGIA
CLINICA A PACIENTE NAO
MENSTRUA MAIS

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Compartimento Acometido

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Padrão das Gonadotrofinas
GONADOTROFINAS COMPARTIME
ESTROGÊNIO
(FSH e LH) NTO
Hipogonadismo
hipogonadotrófico Baixas Baixo III ou IV

Hipogonadismo
hipergonadotrófico Altas Baixo II

Eugonadismo ou
normogonadismo Normal Normal Vários

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AMENORREIA
PRIMÁRIA

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Desenvolvimento Puberal Normal

ESTIRÃO DO
TELARCA PUBARCA MENARCA
CRESCIMENTO

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Definição

14 anos sem
caracteres sexuais
secundários
Amenorreia
Não teve menarca
PRIMÁRIA
16 anos, mesmo
com caracteres
sexuais secundários

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A FEBRASGO considera amenorreia primária aos 13 anos,
quando não há caracteres sexuais secundários, ou aos 15
anos,
mesmo na presença de caracteres sexuais secundários!

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Quando investigar também?
• 1. a menarca não ocorreu até
cinco anos após o início do
desenvolvimento das mamas, se
isso se deu antes dos dez anos
de idade;
• 2. meninas com idade inferior a
15 anos e com caracteres sexuais
secundários presentes que não
apresentaram a menarca e
apresentam dor pélvica cíclica
(risco de obstrução do trato
genital);
• 3. meninas com estigmas de
síndrome de Turner devem ser
investigadas em qualquer idade

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Cai na Prova
PB - UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB
A menarca ocorre com o amadurecimento do eixo
córtico-hipotalâmico-hipofisárioovário. A ausência da primeira menstruação
espontânea deve ser investigada quando:
I. A menarca não ocorreu aos 15 anos de idade em meninas com caracteres
sexuais secundários presentes.
II. A menarca não ocorreu cinco anos após o início do desenvolvimento das
mamas se a telarca ocorreu antes de 10 anos de idade.
III. A menarca não ocorreu em meninas de 13 anos de idade, em que se
verifique completa ausência de caracteres sexuais secundários.
IV. Na presença de estigmas genéticos sugestivos, independentemente da
faixa etária.
Marque a alternativa correta:
A) Apenas I e III estão corretas
B) I, lI e lll estão corretas
C) I, II e IV estão corretas
D) Apenas l está correta
E) Todas estão corretas

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Cai na Prova
PB - UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB
A menarca ocorre com o amadurecimento do eixo
córtico-hipotalâmico-hipofisárioovário. A ausência da primeira menstruação
espontânea deve ser investigada quando:
I. A menarca não ocorreu aos 15 anos de idade em meninas com caracteres
sexuais secundários presentes.
II. A menarca não ocorreu cinco anos após o início do desenvolvimento das
mamas se a telarca ocorreu antes de 10 anos de idade.
III. A menarca não ocorreu em meninas de 13 anos de idade, em que se
verifique completa ausência de caracteres sexuais secundários.
IV. Na presença de estigmas genéticos sugestivos, independentemente da
faixa etária.
Marque a alternativa correta:
A) Apenas I e III estão corretas
B) I, lI e lll estão corretas
C) I, II e IV estão corretas
D) Apenas l está correta
E) Todas estão corretas

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PRINCIPAIS ETIOLOGIAS DE AMENORREIA PRIMÁRIA

COMPARTIMENTO CAUSAS
Hímen imperfurado (<1%)
Septo vaginal (3%)
I. ÚTERO E VAGINA Malformações mullerianas (15%)
Deficiência de 5-alfa-redutase
Agenesia congênita de endométrio
Síndrome de Morris
II. OVÁRIO Disgenesia gonadais – Síndrome deTurner (43%)
Síndrome de Savage

Hiperprolactinemia
Tumor
III. HIPÓFISE
Síndrome da sela vazia

Causas funcionais (ex. anorexia nervosa) - 2%


Hiperprolactinemia
Deficiência isolada de GnRH - 5%
Síndrome de Kallman
IV. HIPOTÁLAMO Atraso fisiológico da puberdade (atraso constitucional da puberdade, doença
sistêmica crônica, doença aguda) -14%
Doenças inflamatórias ou infiltrativas
Tumor (Ex. craniofaringioma)
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AMENORREIA
PRIMÁRIA DE CAUSA
UTERINA/VAGINAL

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Síndrome de Rokitansky
• 46 XX
• Agenesia dos ductos de Muller
• Vagina curta + amenorreia
primária
• Genitália externa feminina
• Ovários normais
• Caracteres secundários normais
• Tratamento: neovagina
• Gravidez

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Síndrome de Morris

•Distúrbio recessivo ligado ao X


•46 XY + defeito no receptor de androgênios
(resistência a ação da testosterona)
•Fenótipo feminino

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Síndrome de Morris

SEM AÇÃO DA GENITÁLIA


TESTOSTERON EXTERNA
A FEMININA
46 XY TESTÍCULO
AUSÊNCIA DE
COM
ÚTERO, TROMPAS
PRODUÇÃO
E 2/3 SUPERIORES
DO HAM
DA VAGINA

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Síndrome de Morris
• Magras, altas, quadril
estreito
• Mamas pequenas
• Pelos escassos ou
ausentes
• Diagnóstico: exame físico +
ultrassonografia (ausência
de útero + testículos) +
cariótipo 46 XY
• Valores de testosterona
• Tratamento: TH
(estrogênio) + psicoterapia
+ neovagina +
gonadectomia

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APRESENTAÇÃO SÍNDROME DE ROKITANSKY SÍNDROME DE MORRIS
CARACTERÍSTICA COMUM AMENORREIA PRIMÁRIA + VAGINA CURTA
CARIÓTIPO 46 XX 46 XY
PADRÃO DE HERANÇA Esporádica Recessiva ligada ao X
Defeito no receptor de
DEFEITO Ausência dos ductos de Muller androgênios-> ausência de ação
da testosterona
DESENVOLVIMENTO DOS
Sim Sim (mamas pequenas)
SEIOS
PELOS AXILARES E
Sim Escassos ou ausentes
PUBIANOS
ÚTERO, TROMPAS E 2/3
Não Não
SUPERIORES DA VAGINA
GÔNADAS Ovários Testículos
GENITÁLIA EXTERNA Feminina Feminina, porém pré-pubere
TESTOSTERONA Níveis femininos Níveis masculinos
ANOMALIAS ASSOCIADAS Renais e esqueléticas Não
TRATAMENTO Terapia hormonal + neovagina +
Neovagina
gonadectomia
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Cai na Prova
RS - ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO RIO GRANDE DO SUL - AMRIGS

Uma paciente de 23 anos que apresenta a síndrome da insensibilidade aos


androgênios na sua forma mais completa apresentará:

A) Uma doença ligada ao cromossomo Y, com uma genitália infantil.


B) Mamas em estágio M3 de Tanner e pelos pubianos no estágio P5.
C) Alterações müllerianas, como útero unicorno.
D) A produção do hormônio antimülleriano pelas células de Sertoli.

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Cai na Prova
RS - ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO RIO GRANDE DO SUL - AMRIGS

Uma paciente de 23 anos que apresenta a síndrome da insensibilidade aos


androgênios na sua forma mais completa apresentará:

A) Uma doença ligada ao cromossomo Y, com uma genitália infantil.


B) Mamas em estágio M3 de Tanner e pelos pubianos no estágio P5.
C) Alterações müllerianas, como útero unicorno.
D) A produção do hormônio antimülleriano pelas células de Sertoli.

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Deficiência de 5-alfa-redutase

•Herança autossômica
Testosterona recessiva
•46 XY -> genitália interna
5-ALFA-REDUTASE MASCULINA
•Ausência de DHT ->
genitália externa feminina
DHT ou ambígua
•Virilização na puberdade

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Hímen Imperfurado
• Persistência da porção central
da membrana urogenital
• 46XX + caracteres sexuais
secundários normais
• Clássico nas provas:
amenorreia primária + dor
pélvica crônica + massa
pélvica dolorosa +
abaulamento da membrana
himenal
• Diagnóstico: clínico
• Tratamento: abertura
cirúrgica

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Septo Vaginal Transverso
• Falha de canalização da
placa vaginal no ponto que
o seio urogenital encontra o
ducto de Muller
• 46XX + caracteres sexuais
secundários normais
• Dor abdominal cíclica,
amenorreia, hematocolpo
• Tratamento: ressecção do
septo

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AMENORREIA
PRIMÁRIA DE CAUSA
OVARIANA

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Disgenesias Gonadais
•Formação incompleta ou
defeituosa das gônadas
Síndrome de Disgenesia •Manifestações clínicas
Turner gonadal pura distintas
•Gônada “em fina” ->
tecido fibroso -> oócitos
se esgotam
Síndrome de prematuramente ->
Swyer queda de estradiol e
inibina B -> aumento de
FSH

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Síndrome de Turner
• Disgenesia gonadal mais
comum
• Atresia acelerada dos
folículos -> amenorreia
primária SEM caracteres
sexuais secundários
• 45 X0
• Genitália externa e interna
feminina (pré-púbere)
• Estigmas da síndrome
• Diagnóstico: cariótipo
• Anormalidade cardíacas,
renais e autoimunes
• Tratamento: TH

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Disgenesia Gonadal Pura
•Não há estigmas somáticos da doença;
•Maioria 46 XX
•Amenorreia primária SEM caracteres
sexuais secundários
•Genitália interna e externa feminina
(pré-púbere)
•20% dos casos são 46 XY: Síndrome de
Swyer

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Síndrome de Swyer
•Mutações no gene SRY
•Tem Y -> tem testículo
•Testiculos disgenéticos -> não produzem HAM
(hormônio antimulleriano) nem testosterona;
•Sem HAM -> Ducto de Muller
(paramesonéfrico) se desenvolve -> forma
útero, trompas e 2/3 superiores da vagina
•Sem testosterona -> genitália externa feminina

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Cai na Prova
SP - FACULDADE DE MEDICINA DO ABC

Menina de 17 anos que ainda não apresentou menarca procurou o ambulatório


que a considerou como portadora de amenorréia primária. Fez cariótipo que
revelou 46XX, Tem 1,60 m de altura, mamas estádio de Turner 1, vulva de
aspecto infantil, e identificou-se vagina e útero. Ao exame ultrassonográfico
não se observaram os ovários. Frente a esse quadro, a hipótese diagnóstica é

A) Sindrome de Down.
B) Síndrole de Turner.
C) Síndrome de Morris.
D) Disgenesia gonadal pura.
E) Síndrome de Rokitansky.

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Cai na Prova
SP - FACULDADE DE MEDICINA DO ABC

Menina de 17 anos que ainda não apresentou menarca procurou o ambulatório


que a considerou como portadora de amenorréia primária. Fez cariótipo que
revelou 46 XX, Tem 1,60 m de altura, mamas estádio de Turner 1, vulva de
aspecto infantil, e identificou-se vagina e útero. Ao exame ultrassonográfico
não se observaram os ovários. Frente a esse quadro, a hipótese diagnóstica é

A) Sindrome de Down.
B) Síndrole de Turner.
C) Síndrome de Morris.
D) Disgenesia gonadal pura.
E) Síndrome de Rokitansky.

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AMENORREIA
PRIMÁRIA DE CAUSA
HIPOTALÂMICA

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Atraso fisiológico da puberdade
•Principal causa de amenorreia primária
hipotalâmica
- Constitucional (primário): mais comum em meninos
- Secundário à doenças crônicas
•Fisiopatologia: ativação tardia dos pulsos de GnRH
•Quadro clínico: retardo global do desenvolvimento
•Dosagem de gonadotrofinas baixa para idade, mas
em níveis normais para infância
•Deve ser diagnóstico de exclusão

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Deficiência Isolada de GnRH
•Causa rara de amenorreia hipotalâmica
•Defeito na produção ou secreção de GnRH
ou resistência à sua ação na hipórfise
•RNM de hipotálamo e hipófise normal
•Em 50-60% dos casos: Síndrome de
Kallman
•Deficiência de GnRH + anosmia
•Tratamento: TH

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Deficiência Isolada de GnRH

Amenorreis
Gonadotrofinas Esteroides sexuais primária sem
GnRH baixo
baixas baixos caracteres sexuais
secundários

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ROTEIRO
DIAGNÓSTICO

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Anamnese

Principal Detalhe:

Desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários!

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Exame Físico

•Procurar alterações anatômicas e estigmas


de doenças
•Estadiamento puberal de Tanner

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Exame Físico

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EXAMES COMPLEMENTARES NA AMENORREIA PRIMÁRIA
EXAME INDICAÇÃO
FSH Todas as pacientes
Prolactina Todas as pacientes

TSH e T4 livre Na suspeita de tireoidopatias

Ultrassonografia pélvica Se não identificar útero/vagina ao exame físico

FSH alto
Cariótipo OU
Ausência de útero

RM de crânio FSH baixo

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Exames Complementares

•Teste do GnRH
Teste do GnRH Positivo -> amenorreia
hipotalâmica
Teste do GnRH Negativo -> amenorreia
hipofisária

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Teste do GnRH

•Teste do GnRH Positivo


-> amenorreia
hipotalâmica
•Teste do GnRH Negativo
-> amenorreia hipofisária

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Síndrome
45 X0
de Turner
Disgenesia
FSH Disgenesi Cariótip 46 XX gonadal
ALTO a gonadal o pura
SEM
caracteres Síndrome
Dosagem 46 XY
sexuais de Swyer
de FSH
secundário
s Teste
Teste do Hipófise
negativo
FSH GnRH +
BAIXO imagem
do SNC Teste
Hipotálamo
Amenorreia positivo
primária
Malformaçõe
46 XX
Ultrassonografi s mullerianas
SEM
COM a pélvica +
útero/vagina
caracteres cariótipo Síndrome de
46 XY
sexuais Morris
secundário Investigar
s COM como
útero/vagina amenorreia
Prof Carlos Eduardo secundária
Cai na Prova
SP - SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS SP
Uma menina de dezesseis anos de idade está preocupada porque,
diferentemente de suas amigas, ainda não apresentou menstruação. Ela
possui fenótipo feminino, apesar de a genitália ser levemente infantilizada, o
que a dificulta a ter relações sexuais. Procurou um ginecologista, que solicitou
uma
beta-hCG, uma ultrassonografia pélvica e uma dosagem de FSH. O primeiro
mostrou-se negativo, o segundo revelou a presença de útero tópico de 20 cm³
de volume e o terceiro apresentou valor sérico de 40 mUI/mL.

Com base nesse caso hipotético, é correto afirmar que:

A) se trata de um caso de hipogonadismo hipogonadotrófico.


B) se faz necessária a realização de cariótipo para afastar o diagnóstico de
síndrome de Morris.
C) o diagnóstico mais provável é o de disgenesia gonadal.
D) se trata de síndrome de Swyer, em sendo o cariótipo XX.
E) o quadro é compatível com síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser

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Cai na Prova
SP - SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS SP
Uma menina de dezesseis anos de idade está preocupada porque,
diferentemente de suas amigas, ainda não apresentou menstruação. Ela
possui fenótipo feminino, apesar de a genitália ser levemente infantilizada, o
que a dificulta a ter relações sexuais. Procurou um ginecologista, que solicitou
uma
beta-hCG, uma ultrassonografia pélvica e uma dosagem de FSH. O primeiro
mostrou-se negativo, o segundo revelou a presença de útero tópico de 20 cm³
de volume e o terceiro apresentou valor sérico de 40 mUI/mL.

Com base nesse caso hipotético, é correto afirmar que:

A) se trata de um caso de hipogonadismo hipogonadotrófico.


B) se faz necessária a realização de cariótipo para afastar o diagnóstico de
síndrome de Morris.
C) o diagnóstico mais provável é o de disgenesia gonadal.
D) se trata de síndrome de Swyer, em sendo o cariótipo XX.
E) o quadro é compatível com síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser

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AMENORREIA
SECUNDÁRIA

Prof Carlos Eduardo


Definição

3 ciclos menstruais
(se ciclos anteriores
regulares)
Amenorreia Ausência de
SECUNDÁRIA menstruação
6 meses (se ciclos
anteriores
irregulares)

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A FEBRASGO considera a amenorreia secundária como
ausência de menstruação por três meses ou quando ocorrem
menos de nove menstruações ao longo do ano, em mulheres
que já tiveram a menarca.

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Compartimento Acometido

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PRINCIPAIS ETIOLOGIAS DE AMENORREIA PRIMÁRIA

COMPATIMENTO CAUSAS
I. ÚTERO E VAGINA Aderência/Síndrome de Asherman
Estenose cervical

Síndrome dos Ovários Policísticos (30%)


II. OVÁRIO Insuficiência ovariana prematura (10%)
Tumores
Síndrome de Savage

Hiperprolactinemia (13%)
Síndrome da sela vazia (1,5%)
III. HIPÓFISE Síndrome de Sheehan (1,5%)
Tumores
Doença de Cushing
Doença inflamatória ou infiltrativa
Causas funcionais
Pseudociese
Doença inflamatória, infiltrativa, tumoral ou traumática
IV. HIPOTÁLAMO Radioterapia craniana
Hiperprolactinemia
Doenças crônicas (diabetes mellitus, insuficiência hepática, doença renal
crônica...)
AMENORREIA
SECUNDÁRIA DE CAUSA
UTERINA/VAGINAL

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Síndrome de Asherman
• Sinéquias intrauterinas
• Procedimentos
intrauterinos ou processos
inflamatórios
• Sintomas: amenorreia,
infertilidade, dor pélvica
cíclica, perda gestacional
recorrente ou sem sintomas
• Todas dosagens hormonais
normais
• Diagnóstico: histeroscopia
• Tratamento: lise das
sinéquias

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Cai na Prova
SP - SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS SP
Mulher, 28 anos, refere ter sido submetida à curetagem uterina por
abortamento de 3 meses de gestação, há 6 meses. Desde o procedimento,
não apresentou menstruações. Nega gestações anteriores, nega uso de
medicamentos ou procedimentos cirúrgicos. Qual é a imagem compatível com
a principal hipótese diagnóstica?

A) B)

C) D)
Cai na Prova
SP - SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS SP
Mulher, 28 anos, refere ter sido submetida à curetagem uterina por
abortamento de 3 meses de gestação, há 6 meses. Desde o procedimento,
não apresentou menstruações. Nega gestações anteriores, nega uso de
medicamentos ou procedimentos cirúrgicos. Qual é a imagem compatível com
a principal hipótese diagnóstica?

A) B)

C) D)
AMENORREIA
SECUNDÁRIA DE CAUSA
OVARIANA

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Síndrome dos Ovários Policísticos
(SOP)
•Principal causa de amenorreia
secundária
•Disfunção ovulatória, hiperandrogenismo
•Mecanismo para a amenorreia, resistência
insulínica e ovários de aspecto policístico
•Dosagem de gonadotrofinas normais,
porém LH>FSH
•Diagnóstico: critérios de Rotterdam
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Falência Ovariana Prematura

•Perda de oócitos antes dos 40 anos


•Perda de oócitos -> hipodonadismo -> aumento de FHS
e LH
•Causas genéticas ou adquiridas
•Diagnóstico: duas dosagens de FSH > 25 mUl/mL
•Tratamento: TH
Gravidez: indução de ovulação ou FIV com ovodoação
•Quadro clássico: amenorreia + sintomas vasomotores
+ FSH elevado + associação com doenças autoimunes

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Síndrome de Savage
•Resistência à ação das gonadotrofinas ou
ausência dos seus receptores ovarianos
•Primária ou adquirida
•Resistência à ação das gonadotrofinas ->
aumento de FSH e LH
•46 XX
•Sintomas semelhantes a FOP
•Diferenciação: biópsia de ovário
•Tratamento: TH

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Cai na prova
SP - PUC SOROCABA
Adelina tem 32 anos e há 2 anos não tem mais menstruação. Ela contou que teve a menarca
com 14 anos, nunca engravidou, a despeito de jamais ter evitado filhos. Aos 29 anos, notou
as menstruações com intervalos maiores e duração menor. Teve a última menstruação com
30 anos e, desde então, tem notado dificuldade para manter a atividade sexual, tanto porque
não apresenta mais desejo sexual quanto porque sua vagina está muito seca, o que produz
dor na penetração. Tem importantes ondas de calor e sente-se muito deprimida. Com base no
breve resumo clínico apresentado, assinale a alternativa CORRETA entre as relacionadas
abaixo:
A) A hipótese diagnóstica deInsuficiência Ovariana Prematura (IOP) poderá ser confirmada se
o exame de ultrassonografia transvaginal verificar os ovários com dimensões inferiores a 9,0
cm³.
B) Serão necessárias avaliações de gonadotrofinas (que devem estar elevadas) e dos
esteroides ovarianos (que devem estar reduzidos) em 2 dosagens mensais sucessivas para
confirmar o diagnóstico.
C) Os níveis séricos das gonadotrofinas e dos esteroides ovarianos, na presente situação em
que se encontra Adelina, deverá caracterizar uma amenorreia hiperestrogênica e
hipogonadotrófica.
D) A caracterização descrita no resumo clínico sugere que Adelina é paciente com risco
elevado para o desenvolvimento de câncer de endométrio, pois nunca engravidou e teve
menopausa muito cedo
Cai na prova
SP - PUC SOROCABA
Adelina tem 32 anos e há 2 anos não tem mais menstruação. Ela contou que teve a menarca
com 14 anos, nunca engravidou, a despeito de jamais ter evitado filhos. Aos 29 anos, notou
as menstruações com intervalos maiores e duração menor. Teve a última menstruação com
30 anos e, desde então, tem notado dificuldade para manter a atividade sexual, tanto porque
não apresenta mais desejo sexual quanto porque sua vagina está muito seca, o que produz
dor na penetração. Tem importantes ondas de calor e sente-se muito deprimida. Com base no
breve resumo clínico apresentado, assinale a alternativa CORRETA entre as relacionadas
abaixo:
A) A hipótese diagnóstica deInsuficiência Ovariana Prematura (IOP) poderá ser confirmada se
o exame de ultrassonografia transvaginal verificar os ovários com dimensões inferiores a 9,0
cm³.
B) Serão necessárias avaliações de gonadotrofinas (que devem estar elevadas) e dos
esteroides ovarianos (que devem estar reduzidos) em 2 dosagens mensais sucessivas
para confirmar o diagnóstico.
C) Os níveis séricos das gonadotrofinas e dos esteroides ovarianos, na presente situação em
que se encontra Adelina, deverá caracterizar uma amenorreia hiperestrogênica e
hipogonadotrófica.
D) A caracterização descrita no resumo clínico sugere que Adelina é paciente com risco
elevado para o desenvolvimento de câncer de endométrio, pois nunca engravidou e teve
menopausa muito cedo
AMENORREIA
SECUNDÁRIA DE CAUSA
HIPOFISÁRIA

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Hiperprolactinemia

Prolactina Dopamina

•Inibição tônica pela


dopamina
•Hormônio sintetizado na
adenohipófise
GnRH

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Hiperprolactinemia
PRINCIPAIS FÁRMACOS QUE CURSAM COM
HIPERPROLACTINEMIA •Sempre dosas
clorpromazina, haloperidol, prolactina na
antipsicóticos atípicos
Antidepressivos tricíclicos e
amenorreia
tetracíclicos, inibidores da secundária!
Antagonistas MAO, inibidores da
recaptação de serotonina
•Principal causa de
dopaminérgicos
Metoclopramida, sulpiride, hiperprolactinemia:
veralipride fármacos
Cimetidina, inibidores de
protease
•Se prolactina > 100
ng/mL -> procurar
Alfa-metildopa, reserpina,
Depleção de dopamina
verapamil tumores
Estrogênios, opiáceos,
Outros mecanismos
cocaína
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Adenomas Hipofisários
•Mecanismo de
amenorreia:
•Efeito de massa🡪
destruição do
gonadotrofo
•Desvio de haste
hipofisária 🡪
hiperprolactinemia
•Geralmente benignos
•Sintomas

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Síndrome de Sheehan
•Pan-hipopituitarismo devido a necrose
hiporfisária relacionada a hemorragia pós parto
•Hipotensão aguda e grave 🡪 isquemia e necrose
da hipófise 🡪 danos nas células hipofisárias
•Amenorreia
•Agalactia
•Ganho de peso
•Perda dos pelos
•Pele fria

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AMENORREIA
SECUNDÁRIA DE CAUSA
HIPOTALÂMICA

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Amenorreia Funcional

•Diminuição dos pulsos de GnRH


•Transtornos alimentares
•Exercícios físicos extenuantes
•Estresse

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Amenorreia Funcional

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Cai na Prova
PE - SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO - SES
PE
Mulher de 30 anos encaminhada ao ambulatório de ginecologia pelo psiquiatra
com quem se trata de anorexia nervosa. Revela não apresentar menstruação há
oito meses. Não usa medicações, nega passado cirúrgico e demais queixas.
Informa ser sedentária e não usar métodos contraceptivos. G2P2 (cesarianas
eletivas sem complicações). Já traz consigo o beta-HCG negativo. Considerando
o exposto acima, assinale a alternativa CORRETA quanto à fisiopatologia da
amenorreia.
A) A anorexia nervosa estimula o sistema límbico a produzir dopamina, o que
bloqueia a secreção de LH.
B) A situação acima promove aumento do neuropeptídeo Y que interfere na
secreção pulsátil de GnRH.
C) O distúrbio alimentar que está associado à amenorreia é a bulimia que
proporciona uma diminuição da leptina e do cortisol.
D) A anorexia nervosa estimula o aumento da atividade da leptina no SNC por
aumentar o número de receptores.
E) O distúrbio alimentar descrito acima é responsável pelo aumento de TSH
refratário, o que estimula os lactotrofos, resultando em
hiperprolactinemia

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Cai na Prova
PE - SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO - SES
PE
Mulher de 30 anos encaminhada ao ambulatório de ginecologia pelo psiquiatra
com quem se trata de anorexia nervosa. Revela não apresentar menstruação
há oito meses. Não usa medicações, nega passado cirúrgico e demais queixas.
Informa ser sedentária e não usar métodos contraceptivos. G2P2 (cesarianas
eletivas sem complicações). Já traz consigo o beta-HCG negativo. Considerando
o exposto acima, assinale a alternativa CORRETA quanto à fisiopatologia da
amenorreia.
A) A anorexia nervosa estimula o sistema límbico a produzir dopamina, o que
bloqueia a secreção de LH.
B) A situação acima promove aumento do neuropeptídeo Y que interfere na
secreção pulsátil de GnRH.
C) O distúrbio alimentar que está associado à amenorreia é a bulimia que
proporciona uma diminuição da leptina e do cortisol.
D) A anorexia nervosa estimula o aumento da atividade da leptina no SNC por
aumentar o número de receptores.
E) O distúrbio alimentar descrito acima é responsável pelo aumento de TSH
refratário, o que estimula os lactotrofos, resultando em
hiperprolactinemia

Prof Carlos Eduardo


AMENORREIA
SECUNDÁRIA POR
DESORDENS
ENDOCRINOLÓGICAS

Prof Carlos Eduardo


Doenças da Tireoide

•Prevalência alta e aumenta com a idade 🡪


dosar em TODAS as pacientes

Prof Carlos Eduardo


Doenças da Tireoide

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ROTEIRO
DIAGNÓSTICO

Prof Carlos Eduardo


Roteiro Diagnóstico

•PRIMEIRO PASSO: excluir gestação!


•SEGUNDO PASSO: dosar prolactina e TSH
•TERCEIRO PASSO: dosagem de FSH
FSH alto = hipogonadismo hipergonadotrófico 🡪
pensar principalmente em FALÊNCIA OVARIANA
PREMATURA
FSH baixo = hipogonadismo hiponadotrófico 🡪
CAUSAS CENTRAIS
FSH normal = eugonadismo 🡪 pesquisar causas
ANATÕMICAS e outras ENDOCRINOPATIAS

Prof Carlos Eduardo


Teste da Progesterona

•Avaliar status estrogênico e patência do


trato genital

Prof Carlos Eduardo


Teste da Progesterona

(+) sangramento Anovulação


TESTE DA
PROGESTERONA
(-) ausência de Prosseguir
sangramento investigação

Prof Carlos Eduardo


Teste do Estrogênio +
Progesterona

•Avaliar patência do trato genital

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Teste do Estrogênio +
Progesterona

Prosseguir
(+) sangramento
investigação
TESTE DO
ESTROGÊNIO
(-) ausência de
Causa úterovaginal
sangramento

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Amenorreia
secundária
Afastar
gravidez
Anamnese + Dosagem de
exame físico FSH/PRL/TSH
TSH PRL alta PRL
PRL PRL
alterado normal
FSH normal normal normal
ou baixo FSH
Tratar FSH FSH alto normal
tireoidopatia Hiperprolactinem baixo Teste da
ia Disfunção Insuficiênci progestero
Hipotalâmica a ovariana na
ou (+) (-)
Hipofisária
Neuroimage Anovulaçã Teste do
m o crônica estrogênio

(+) (-) (+)


Estrutur
Teste do (-) causa
al do
GnRH úterovagin
SNC
al
(+) (-)

Hipotalâmica Hipofisária
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Cai na Prova
SP - FACULDADE DE MEDICINA DE MARÍLIA - FAMEMA

Mulher com 33 anos procura seu ginecologista com falha menstrual de 3 meses e
é dito a ela que se trata de amenorreia secundária. Nessa linha de diagnóstico, a
investigação correta é que se:

A) o FSH e LH estiverem elevados, a etiologia mais provável é hipofisária.


B) o teste com estrogênio e progesterona for positivo, isso direciona que existe
estímulo estrogênico e o
provável fator é ovariano.
C) deva solicitar dosagens hormonais e não utilizar testes com administração de
hormônios na investigação.
D) o teste de progesterona for positivo, afasta fator canalicular e garante que
existe o estímulo estrogênico

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Cai na Prova
SP - FACULDADE DE MEDICINA DE MARÍLIA - FAMEMA

Mulher com 33 anos procura seu ginecologista com falha menstrual de 3 meses e
é dito a ela que se trata de amenorreia secundária. Nessa linha de diagnóstico, a
investigação correta é que se:

A) o FSH e LH estiverem elevados, a etiologia mais provável é hipofisária.


B) o teste com estrogênio e progesterona for positivo, isso direciona que existe
estímulo estrogênico e o provável fator é ovariano.
C) deva solicitar dosagens hormonais e não utilizar testes com administração de
hormônios na investigação.
D) o teste de progesterona for positivo, afasta fator canalicular e garante que
existe o estímulo estrogênico

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Obrigado!!!

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