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DIRETORA

Profa. Odília Dantas Moliterni

DIRETORA ACADÊMICA
Profa. Dra. Iracema Rebeca de Medeiros Fazio

COORDENADOR DO CURSO DE MEDICINA


Prof. Dr. Paulo Benigno Pena Batista

ASSESSORA PEDAGÓGICA
Profa. Cleyse Dagmar Santos Araújo Bianchi
Profa. Sheyla Maria de Almeida Couto Pastori

TUTORES

Andréa Monteiro de Amorim


Cristiane Metzker Santana de Oliveira
Edvana dos Santos Ferreira
Isis Nunes Veiga
Jorgas Marques Rodrigues
Jorge Raimundo Lins Ribas
Marcia Cristina Graça Marinho
Viviana Nilla Olavarria Gallazzi
Viviane Rech
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...................................................................................................... 5
ÁRVORE TEMÁTICA............................................................................................ 6
OBJETIVOS PEDAGÓGICOS.............................................................................. 7
CONTEÚDOS DE APRENDIZAGEM................................................................... 8
COMPONENTES CURRICULARES PARTICIPANTES....................................... 11
CARGA HORÁRIA................................................................................................ 12
CONSULTORIAS.................................................................................................. 12
CRONOGRAMA.................................................................................................... 11
LABORATÓRIO MORFOFUNCIONAL (LMF)..................................................... 12
LABORATÓRIO DE PRÁTICAS INTEGRADAS (LPI)......................................... 13
PALESTRAS......................................................................................................... 14
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO............................................................................... 15
AUSÊNCIA NA SESSÃO TUTORIAL.................................................................. 16
PROBLEMAS........................................................................................................ 17
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA....................................................................... 30
ANEXOS............................................................................................................... 32

Saúde da mulher, sexualidade humana e planejamento familiar – Caderno do Tutor – UNIME 2022 4
INTRODUÇÃO

Estimados(as) Tutores(as).

Neste momento de pandemia ocasionada pelo COVID-19 as Sessões Tutoriais


deste componente curricular continuarão remotas, por meio da Plataforma Microsoft
Teams. É importante ressaltar o compromisso com o horário nas pré-tutorias, pois
este momento pedagógico é de fundamental relevância para nortear as atividades a
serem desenvolvidas na Tutoria.

No componente curricular Concepção e Formação do Ser Humano foi discutido o


processo de fecundação e o desenvolvimento do ser humano intrauterino, no
componente Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento, a evolução do ser
humano, no componente Percepção, Consciência e Emoção, o funcionamento do
sistema nervoso e neste componente será abordado a saúde da mulher em sua
plenitude.

Os conteúdos deste componente serão discutidos nos cenários de aprendizagem do


PINESC, Habilidades Médicas, LPI e LMF de forma interdisciplinar. Por isso, é
premente que todos os docentes estejam engajados com as atividades realizadas
em cada Componente Curricular do semestre, convalidando o ensino em espiral.

Destarte, a efetividade pedagógica deste componente ocorrerá com o envolvimento,


cumplicidade, parceria e escuta ativa de cada um de vocês. O papel do
Coordenador é realizado nos bastidores acadêmicos, pois o protagonismo é do
Tutor na formação do Médico competente, ético e humano.

Conto com vocês!


Dr. Paulo Oliveira

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ÁRVORE TEMÁTICA

MULHER

ASPECTOS SEXUALIDADE ASPECTOS


PSICOSSOCIAIS BIOLÓGICOS

ADOLESCÊNCIA PUBERDADE

FASE
ADULTA
FISIOLÓGICA ASPECTOS
PATOLÓGICOS
CICLO
FASE
GRAVÍDICO
REPRODUTIVA
Pré-parto, Parto

Fisiológico Patológico
FISIOLOGIA e PREVENÇÃO de
CLIMATÉRIO DOENÇAS

DIAGNÓSTICO E
CONDUTA

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OBJETIVOS PEDAGÓGICOS

• Conhecer as modificações fisiológicas e os distúrbios da saúde da mulher,


nas diferentes fases da vida.
• Identificar as estratégias de promoção da saúde, prevenção e conduta de
possíveis intercorrências.
• Reconhecer os aspectos éticos e biopsicossociais da sexualidade humana,
contracepção e direitos reprodutivos.
• Identificar os aspectos biopsicossociais das fases de vida da mulher e os
distúrbios mais prevalentes.
• Analisar como ocorre a assistência humanizada à gravidez, ao parto e ao
puerpério.
• Compreender o perfil epidemiológico de mortalidade materna e as estratégias
de prevenção.
• Identificar a origem de doenças nas mulheres em situação de vulnerabilidade
social e sua relação com a comunidade em que está inserida.

Saúde da mulher, sexualidade humana e planejamento familiar – Caderno do Tutor – UNIME 2022 7
CONTEÚDOS DE APRENDIZAGEM

• Assistência Obstétrica Humanizada: parto e puerpério.


• Atendimento ginecológico em nível primário.
• Bacia obstétrica, placenta e cordão umbilical: morfologia, histologia e
fisiologia.
• Canal de parto: anatomia e mecanismo do parto.
• Cânceres de mama, de endométrio, ovário, do colo de útero e cólon.
• Climatério e doenças crônicas: hipertensão arterial, depressão, aterosclerose,
diabetes e osteoporose.
• Ciclo menstrual e principais distúrbios: adolescência: etiologia e diagnóstico
diferencial.
• Qualidade de vida: conceito
• Contracepção e anticoncepcionais orais: critérios de elegibilidade, indicações,
contraindicações, sinais de alerta, efeitos adversos e benefícios não
contraceptivos.
• Corrimento vaginal: etiologia, diagnóstico diferencial e princípios terapêuticos:
candidíase, tricomoníase, clamidiose e vaginose bacteriana.
• Citologia cérvico-vaginal: normal e alterada.
• Diagnóstico e primeiro atendimento às situações de risco materno e fetal:
hipertensão arterial crônica, pré-eclâmpsia e associações; amniorrexe; distócias
de parto; sofrimento fetal agudo e crônico; diabetes gestacional; descolamento
prematuro de placenta; placenta prévia.
• Dor pélvica: principais fatores etiopatológicos e diagnóstico diferencial:
malformações do trato genital; infecções genitais sexualmente transmissíveis ou
não: etiopatogenia, microbiologia e quadro clínico; infecção urinária baixa na
mulher; endometriose; massas anexiais: cistos foliculares e lúteos e teratomas;
doença inflamatória pélvica: etiopatogenia e princípios terapêuticos e gravidez
tópica e ectópica.
• Ética médica e Bioética: confidencialidade, autonomia, vulnerabilidade e
proteção; documentos: Carta de Princípios Éticos sobre Direitos Sexuais e
Reprodutivos-FEBRASGO, Pareceres e Resoluções do CFM e CRM-BA sobre

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contracepção, Recomendações Éticas do atendimento à Adolescente-CREMESP
e a Constituição Federativa do Brasil, no Artigo 226 § 7°.
• Ética médica: responsabilidade profissional, relação médico-paciente e entre
colegas e erro médico (conceito, prevenção, má prática, acidente imprevisível e
resultado incontrolável).
• Efeitos do estrogênio: SNC, humor, libido, pele, mamas, sistema
cardiovascular, ossos, sistema urinário e órgãos genitais.
• Farmacologia em ginecologia e obstetrícia: ocitocina, ergotamina, sulfato de
magnésio, gluconato de cálcio, metildopa, nifedipina e hidralazina - grupo
farmacológico e mecanismo de ação.
• Licença maternidade e atestado doença durante a gestação.
• Maturidade fetal: métodos diagnósticos.
• Menopausa e climatério: definição, aspectos biopsicossociais e função
ovariana: insuficiência gametocítica e alterações na esteroidogênese e
modificações anatomo-histológicas do organismo feminino no climatério.
• Mortalidade materna: conceito, epidemiologia e prevenção.
• Partos eutócico e distócico.
• Partograma normal e alterado: importância clínica.
• Prevenção, rastreamento e tratamento de doenças crônicas.
• Prevenção e detecção precoce de neoplasias malignas: colpocitologia
oncótica, mamografia, ultrassonografia transvaginal e pesquisa de sangue oculto
nas fezes.
• Programas Nacionais de Redução do Índice de Cesarianas.
• Programas governamentais de prevenção em saúde na adolescência:
educação sexual, prevenção de IST, gravidez não planejada e aborto clandestino
e políticas públicas para juventude.
• Puerpério normal: duração, involução uterina, lactação e orientações
higienodietéticas.
• Puerpério patológico: hemorragias e infecções puerperais: atonia uterina,
acretismo placentário, roturas de trajeto e rotura uterina.
• Sangramento uterino anormal: disfunções hormonais, miomatose, adenomiose,
hiperplasia endometrial e neoplasias.
• Saúde preventiva.

Saúde da mulher, sexualidade humana e planejamento familiar – Caderno do Tutor – UNIME 2022 9
• SINAN: notificação compulsória de IST.
• Síndrome dos ovários policísticos.
• Sofrimento fetal agudo e crônico: causas, consequências à saúde da criança,
ao seu desenvolvimento psicomotor e intelectual, familiar e social.
• Tensão pré-menstrual e transtorno disfórico pré-menstrual: epidemiologia,
fisiopatologia, diagnóstico e aspectos psicossociais.
• Terapia hormonal: indicações, contraindicações, riscos e benefícios, principais
produtos, vias de administração e seguimento das pacientes.
• Terceiro trimestre de gravidez: duração, queixas finais, aspectos emocionais,
medo do parto e blues puerperal.
• Vias de parto normal e cesárea: indicações, vantagens e desvantagens,
epidemiologia.
• Vitalidade fetal: movimentação fetal, ultrassonografia, cardiotocografia, Doppler
e avaliação da frequência cardíaca fetal.

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COMPONENTES CURRICULARES PARTICIPANTES

• Anatomia
• Anatomia patológica
• Cardiologia
• Clínica médica
• Embriologia
• Epidemiologia
• Endocrinologia
• Ética médica e Bioética
• Fisiologia
• Ginecologia
• Histologia
• Obstetrícia
• Patologia clínica
• Psicologia
• Radiologia
• Saúde coletiva
• Semiologia
• Sexologia
• Sociologia
• Urologia

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CARGA HORÁRIA

ATIVIDADES CARGA HORÁRIA

Tutorias 48h

Palestras 10h

Laboratório de Práticas Integradas 10h

Laboratório Morfofuncional 20h

Consultorias 12h

Estudo Autodirigido 68h

Carga Horária Total do Módulo 160h

Obs. Os discentes que não obtiverem 75% de presença nas atividades remotas,
incluindo as Tutorias, Palestras, Consultorias, Laboratório Morfofuncional e
Laboratório de Práticas Integradas serão reprovados.

CONSULTORIAS

DATA HORÁRIO

CRONOGRAMA DO MÓDULO

Atividades Data
Abertura do problema 08/02/2022
Última sessão tutorial 11/03/2022
Devolutiva da prova Consultoria após a prova

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ATIVIDADES DO LABORATÓRIO MORFOFUNCIONAL (LMF)
As aulas práticas do LMF e LPI abordam a anatomia, histologia, fisiologia,
embriologia, fisiopatologia, imaginologia, imunologia, microbiologia, parasitologia,
bioquímica básica e bioquímica clínica.
Equipe Docente do LMF
• Anatomia: Profa. Naiara Pimentel e Prof. Tiago Cadidé.
• Histologia: Profa. Simone Cucco e Taise Peneluc.
Coordenação Geral do LMF
• Profa. Simone Cucco.

As aulas práticas de Anatomia e de Histologia serão repostas quando as atividades


presenciais forem autorizadas pelos Governos Estadual e Municipal

ATIVIDADES DO LABORATÓRIO MORFOFUNCIONAL

ESTAÇÃO 01:
ANATOMIA -
CONTEÚDO: Sistema reprodutor feminino, vascularização e inervação.
OBJETIVO DE APRENDIZAGEM: Reconhecer a vascularização e inervação dos
órgãos do sistema reprodutor feminino.
HISTOLOGIA -
CONTEÚDO: Aspectos histológicos do útero, vagina e tuba.
OBJETIVO DE APRENDIZAGEM: Identificar os tecidos do útero, vagina e da tuba
uterina.

ESTAÇÃO 02:
HISTOLOGIA: Mama em período normal e de lactação e estrutura do cordão
umbilical.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Identificar os tecidos da mama em período de lactação e normal.
Caracterizar as estruturas do cordão umbilical.

ESTAÇÃO 03:
CONTEÚDO: Anatomia do parto.

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MEDIADOR: Prof. Dr. James Cadidé.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Reconhecer as estruturas ósseas e ligamentares do canal do parto.
Reconhecer a importância da anatomia básica para a clínica do parto vaginal.

ESTAÇÃO 04:
CONTEÚDO: Climatério, alterações hormonais, ovário, útero, humor, libido,
temperatura e colo.
MEDIADORA: Profa. Maria da Luz Campos.
OBJETIVO DE APRENDIZAGEM: Associar as alterações hormonais à
sintomatologia clínica no período do climatério.

ATIVIDADES DO LABORATÓRIO DE PRÁTICAS INTEGRADAS (LPI)

Equipe Docente
• Prof. Jorge Ribas, Prof. Tiago Landim, Profa. Cristiane Metzker, Profa Amanda
Silva, Profa Edvana Ferreira.
Coordenação Geral:
• Profa. Simone Cucco.

ESTAÇÃO 01:
HORÁRIO: 8h às 10h
CONTEÚDO: Diagnóstico citopatológico e processos laboratoriais.
OBJETIVO DE APRENDIZAGEM: Conhecer os processos citopatológicos,
constituintes, alterações celulares e variações associadas ao diagnóstico
laboratorial.

ESTAÇÃO 02:
HORÁRIO: 8h às 10h
CONTEÚDO: Diagnóstico citopatológico e processos laboratoriais.
OBJETIVO DE APRENDIZAGEM: Conhecer os processos citopatológicos,
constituintes, alterações celulares e variações associadas ao diagnóstico
laboratorial.

Saúde da mulher, sexualidade humana e planejamento familiar – Caderno do Tutor – UNIME 2022 14
ESTAÇÃO
HORÁRIO: 8h às 10h
CONTEÚDO: Principais infecções sexualmente transmissíveis
OBJETIVO DE APRENDIZAGEM: Correlacionar as principais infecções
sexualmente transmissíveis aos sinais clínicos e achados laboratoriais.

ESTAÇÃO 04:
HORÁRIO: 8h às 10h
CONTEÚDO: Biotecnologia e saúde da mulher.
OBJETIVO DE APRENDIZAGEM: Identificar as principais estratégias e ferramentas
biotecnológicas utilizadas na medicina reprodutiva e saúde da mulher.

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PALESTRAS

Palestra 01:
Horário:
Tema: Endocrinologia ginecológica: SOP, hiperprolactinemia, hiperandrogenismo,hiper e
hipotireoidismo e climatério.
Objetivo de aprendizagem: Descrever a fisiopatologia das principais
endocrinopatias relacionadas com o ciclo menstrual.
Palestrante: Prof. Dr. Edson O’Dwyer
Link para acesso:

Palestra 02:
Horário:
Tema: Farmacologia aplicada à prática ginecológica no tratamento de infecções do trato
genital feminino.
Palestrante: Prof. Dr. Everton Tenório
Objetivos de aprendizagem: Descrever os princípios farmacológicos dos antifúngicos e
antiparasitários mais utilizados na prática ginecológica, classes do medicamento,
mecanismo de ação, indicações, contraindicações e via administração.
Compreender a aplicação dos antifúngicos e antiparasitários utilizados na ginecologia e
obstetrícia.
Link para acesso:

Palestra 03:
Horário: 18h
Tema: Assistência ao parto e puerpério.
Palestrante: Prof. Dr. Omar Darzé
Objetivos de aprendizagem: Descrever a fisiologia do trabalho de parto.
Interpretar o partograma normal e alterado.Identificar as condições de risco
materno e fetal na assistência ao parto e no puerpério.
Link para acesso:

Palestra 04. 24 de novembro de 2021


Horário: 18h
Tema: Vitalidade fetal e sofrimento fetal.
Palestrante: Prof. Dr. David Nunes
Objetivos de aprendizagem: Correlacionar os achados clínicos e os examespartograma,
cardiotocografia ao diagnóstico das principais situações de risco fetal.
Link para acesso:

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AUSÊNCIA NA SESSÃO TUTORIAL

Na ausência do Discente será atribuída nota zero na Sessão Tutorial, seja abertura,
intermediária ou fechamento de um problema.

Nas situações de doença comprovada por atestado médico, atestado de óbito dos
genitores, cônjuge e filhos, ou a falta de conexão da rede de internet que
impossibilite a presença na Tutoria remota, o discente será pelos critérios descritos
no barema. Para garantir o direito a esta avaliação, os atestados e imagens de tela
que comprovem a falta de conexão da rede de internet deverão ser enviados para o
e-mail do Tutor, na sessão seguinte após a ausência.

O discente deverá enviar para o e-mail do Tutor os seguintes materiais:


Abertura
Listagem dos conceitos chave do problema;
Mapa conceitual manuscrito ou elaborados em aplicativos;
Síntese de ideias do brainstorm digitada;
Listagem dos objetivos propostos na sessão.

Intermediária e fechamento
Mapa conceitual manuscrito ou elaborados em aplicativos;
Resumo explicativo do mapa conceitual digitado, com as citações
Referências de acordo com a norma da ABNT NBR 6023.

Obs. Caso seja verificado plágio nestes materiais, o discente deverá ser
comunicado da nota zero.

Critérios avaliados no BAREMA


ABERTURA

Listou os Apresentou o mapa Listou os objetivos Sintetizou as


conceitos chave conceitual de forma clara, propostos na ideias do seu TOTAL
do problema com os conectivos sessão brainstorm
0,0 – 0,5 0,0 – 3,0 0,0 – 0,5 0,0 – 3,0 7,0

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INTERMEDIÁRIA / FECHAMENTO

Citou e informou
Apresentou o mapa Explicou de forma Contemplou os
as referências de
conceitual de sintética os objetivos
acordo com as TOTAL
forma clara, com conceitos chave do propostos na
normas da ABNT
os conectivos mapa conceitual sessão
NBR 10520 e 6023

0,0 – 3,0 0,0 – 2,5 0,0 – 1,0 0,0 – 0,5 7,0

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PROBLEMAS

Abertura: 08/02/2022
PROBLEMA 1
Intermediária: 11/02/2022
Fechamento: 15/02/2022

“O QUE SERÁ QUE EU TENHO?”

Marta, 16 anos, moradora do bairro de Itinga, está cursando o primeiro ano do


ensino médio em um colégio estadual próximo a sua casa e namora um colega de
turma, sem o conhecimento de sua mãe. Mostrou-se preocupada, pois embora
tivesse vários parceiros, nunca fez uso regular de método contraceptivo e não usa
preservativo durante a relação sexual.
Revelou ter menstruado muito cedo, ter ciclos irregulares e sentir cólicas de forte
intensidade durante a menstruação. O período menstrual está atrasado, embora não
lembre com precisão, quando foi a data da última menstruação.
Foi ao atendimento em uma Unidade de Saúde da Família e solicitou ao médico a
prescrição de “pílulas para não engravidar”, mas não queria que sua mãe soubesse
de sua intenção.

OBJETIVOS PARA ABERTURA:


1. Identificar os riscos de IST e gravidez na adolescência, considerando o
ambiente familiar e o meio social em que vive
Observação: ressaltar a importância dos determinantes sociais e econômicos
e acesso à saúde
2. Elaborar uma proposta de atendimento ginecológico para a adolescente com
atraso menstrual.
3. Explicar as principais disfunções hormonais que provocam alteração do ciclo
menstrual na adolescência, correlacionando-as com o eixo HHO.

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4. Identificar os principais problemas éticos no atendimento da adolescente
(autonomia, confidencialidade, vulnerabilidade e proteção), considerando seu
contexto social e histórico.
Observação: Relacionar às Diretrizes Éticas da Adolescência e Contracepção
(SBP e FEBRASGO) e a Carta de Princípios Éticos e Reprodutivos –
FEBRASGO).
5. Descrever os métodos contraceptivos que podem ser indicados na
adolescência.
6. Elaborar proposta de assistência integral à saúde da adolescente, abordando
a prevenção e conduta diante das IST, educação sexual e contracepção.
Observação: Contextualizar os aspectos socioculturais, econômicos e
psicológicos.

PERGUNTAS PARA ORIENTAR A TUTORIA ABERTURA


● Por que os primeiros ciclos menstruais geralmente são irregulares?
● Quais as principais patologias que causam a irregularidade menstrual na
adolescência?
● Como ocorre o amadurecimento do eixo hipotálamo-hipófise-ovariano?
● Por que o atendimento ginecológico à mulher se altera com a idade?
● É permitido ao médico realizar atendimento eletivo à adolescente, sem a
presença e autorização do responsável legal?
● É permitido ao médico prescrever anticoncepcionais? Existem
documentos/legislação que respaldam a conduta do médico?
● De que forma a condição socioeconômica e a baixa escolaridade podem
interferir na tomada de decisões sobre saúde sexual e reprodutiva? Como essas
condições podem aumentar o risco de adquirir IST e gestação não desejada?
● A contracepção de emergência pode ser prescrita para adolescentes? O
médico pode não prescrever o contraceptivo de emergência por motivos religiosos
ou pessoais?
● O médico deve informar à genitora se a paciente tiver risco de IST e gravidez
indesejada?
● É permitido à adolescente tomar decisões sobre o uso de contraceptivos se a
permissão dos genitores?

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● Como é realizada a assistência integral à saúde de uma adolescente?
Observação: É importante levantar os conhecimentos prévios necessários sobre
ciclo menstrual, amadurecimento do eixo HHO.

CONTEÚDOS DA ABERTURA DO PROBLEMA 1


● Perturbações do ciclo menstrual: etiologia e diagnóstico diferencial
(síndrome dos ovários policísticos, hiperprolactinemia, hipotireoidismo,
hipertireoidismo e hiperandrogenismo).
● Contraceptivos: critérios de elegibilidade, indicações, contraindicações,
sinais de alerta e efeitos adversos.
● Programas de prevenção na adolescência: educação sexual, prevenção de
IST, de gravidez não planejada e do aborto clandestino, políticas públicas para
juventude – “projeto Juventude”. (www.presidente.gov.br)
● Atendimento ginecológico em nível primário.
● Ética médica e Bioética: confidencialidade, autonomia, vulnerabilidade e
proteção; documentos: Carta de Princípios Éticos sobre Direitos Sexuais e
Reprodutivos - FEBRASGO, Pareceres e Resoluções do CFM e CRM-BA sobre
contracepção, Constituição Federativa do Brasil, no Artigo 226 § 7° e Estatuto da
Criança e Adolescente.

INTERMEDIÁRIA
Durante a consulta médica, Marta relatou que estava com “corrimento vaginal de
odor desagradável” há quatro meses e que havia percebido, há seis dias, algumas
feridas dolorosas nos pequenos lábios e ardor ao urinar. Revelou dor em baixo
ventre de intensidade variável, que se acentua durante a atividade sexual.
Após o exame, o médico informou a Marta que ela estava com uma infecção que se
transmite por meio da relação sexual e, em seguida, solicitou exames. A médica
orientou que seu parceiro realizasse uma avaliação médica.

Exame físico:
Inspeção

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Presença de múltiplas lesões ulceradas e coalescentes em face medial de pequenos
lábios, dolorosas ao toque associadas a hiperemia e edema de pequenos lábios e
região periuretral.

Exame especular
Hiperemia de paredes vaginais, presença de fluxo vaginal de aspecto acinzentado,
abundante, bolhoso e com odor desagradável. Colo hiperemiado, banhado por fluxo

Toque
Colo fibroelástico e doloroso a mobilização. Útero em retroversão, de tamanho e
consistência normais, discreta dor à mobilização e anexos não palpáveis.

Exames laboratoriais
Secreção vaginal corada a Gram: bacilos de Döderlein ausentes, moderada
quantidade de leucócitos e presença de clue-cells.

Urina I: Ligeiramente turva com densidade: 1020, pH: 5,0, depósito escasso, nitrito:
negativo, leucócitos: 1p/c, eritrócitos: 1p/c e bactérias: raras.

ΒHCG quantitativo: 2 mUI /mL

Ultrassonografia pélvica (transvaginal)


Útero em retroversão, de contornos regulares, textura homogênea, volume 67cm³,
endométrio centrado, regular, homogêneo com 12 mm espessura. Ovários de
formatos regulares, textura heterogênea, com mais de 10 folículos periféricos,
menores de 10 mm de diâmetro, em cada ovário. Volumes: OD 11,3 cm³, OE 12,5
cm³. Pequena quantidade de líquido livre em fundo de saco posterior.

OBJETIVOS PARA INTERMEDIÁRIA


• Descrever a epidemiologia, agente etiológico, patogenia e quadro clínico das
principais IST e corrimento vaginal, propondo uma conduta de investigação a
partir dos exames solicitados à paciente.

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Observação: verificar as Diretrizes do Ministério da Saúde e os exames necessários
(colpocitologia oncótica, Ultrassonografia pélvica/transvaginal, beta HCG, Gram da
secreção vaginal, colposcopia e urina I), solicitando justificativas para sua
realização.

• Descrever os princípios terapêuticos dos fármacos utilizados no tratamento do


corrimento vaginal e das principais IST.
• Elaborar uma proposta de atendimento à mulher com queixa de dor pélvica.
• Definir a etiologia e o quadro clínico das principais causas de dor pélvica na
mulher (endometriose, dismenorreia, doença inflamatória pélvica, colites,
malformação, hímen perfurado, cistos ovarianos torcidos, miomatose,
gravidez ectópica).
• Descrever a propedêutica do exame ginecológico.

PERGUNTAS PARA ORIENTAR A TUTORIA INTERMEDIÁRIA


1. Existe algum protocolo/fluxograma para dor pélvica na mulher? Cite as IST de
notificação compulsória.
2. Que exames complementares e ginecológicos são necessários para
investigar a dor pélvica?
3. Que sinais e sintomas diferenciam o fluxo vaginal normal do fluxo patológico?
4. Quais os agentes microbiológicos são mais prevalentes nas IST? Quais
exames complementares podem auxiliar no diagnóstico?
5. O parceiro deve ser tratado? Explique.
6. Quais os riscos ocasionados na demora do tratamento de uma IST?

CONTEÚDOS DA INTERMEDIÁRIA
Dor pélvica:
• Principais fatores etiopatológicos e diagnóstico diferencial:
o Malformações do trato genital;
o Infecções genitais sexualmente transmissíveis ou não
(etiopatogenia, microbiologia, quadro clínico);

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o Infecção urinária na mulher;
o Endometriose;
o Massas anexiais (cistos foliculares e lúteos, teratomas);
o Doença inflamatória pélvica (etiopatogenia e princípios
terapêuticos);
o Gravidez (tópica e ectópica);

Corrimentos vaginais:
• Etiologia, diagnóstico diferencial e princípios terapêuticos, (candidíase,
tricomoníase, clamidiose, vaginose bacteriana, outras).

Citologia cérvico-vaginal
• Tipos: normal e alterada

SINAN –
• Notificação Compulsória (IST);

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PROBLEMA 2 Abertura: 15/02/2022
Intermediária: 18/02/2022
Fechamento: 22/02/2022

UM MOMENTO MUITO ESPERADO

Janete, 28 anos, comerciária, está grávida e ao realizar os exames do primeiro


trimestre apresentou glicemia de 90mg/dl. O médico da USF informou que, caso
tenha dores de parto, deverá procurar o hospital imediatamente, pois a criança já
estava pronta para nascer. Janete ficou ansiosa, pois seu obstetra não realizará o
parto. Ele havia solicitado complementação de honorários para fazer seu parto pelo
SUS, pois iria ao hospital só para atendê-la. Ela ficou preocupada com o parto ser
realizado pelo médico que não acompanhou seu pré-natal e se o marido poderia
ficar com ela durante o parto.

OBJETIVOS PARA ABERTURA


1. Identificar os exames de rotina do primeiro trimestre da gestação.
2. Descrever como é realizado o atendimento à gestante ao final da gravidez, nas
USF.
3. Descrever os riscos maternos relacionados ao diabetes gestacional.
4. Explicar a fisiopatologia do diabetes gestacional.
5. Elaborar fluxograma de atendimento à gestante com alteração da glicemia.
6. Elaborar uma proposta de assistência às gestantes do final da gravidez até o
parto (rede cegonha, medo do parto, aspectos emocionais e blues puerperal).
7. Descrever a assistência humanizada ao parto.
8. Relatar os aspectos éticos no atendimento obstétrico e na dupla cobrança de
honorários médicos.

PERGUNTAS PARA ORIENTAR A ABERTURA


1. Quais são os exames de rotina que devem ser realizados durante a
assistência pré-natal, de acordo com o Ministério da Saúde?
2. Quais são os critérios utilizados para definir uma gestação de alto risco?

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3. Como interpretar o resultado da glicemia de Janete? Qual a conduta deve ser
adotada para a paciente?
4. Que garantias de assistência são asseguradas à gestante e à parturiente para
ter o parto humanizado? (Rede cegonha)
5. Que aspectos emocionais são envolvidos no parto e puerpério?

CONTEÚDOS DA ABERTURA
• Avaliação laboratorial de rotina do primeiro trimestre da gravidez.
• Protocolo de atendimento da gestante no final da gravidez nas USF.
• Diabetes Gestacional: fisiopatologia e repercussões clínicas na gestante.
• Fluxograma de acompanhamento de glicemia durante a gravidez.
• Assistência às gestantes do terceiro trimestre da gravidez até o parto: rede
cegonha e aspectos emocionais: medo do parto, blues puerperal.
• Assistência obstétrica humanizada: trabalho de parto, parto e puerpério.
• Aspectos éticos no acompanhamento obstétrico.

INTERMEDIÁRIA
Janete solicitou licença maternidade, pois estava no final da gravidez de seu
primeiro filho. Há 2 dias queixou-se que o bebê tem mexido menos, apresentava dor
nas costas, endurecimento da barriga e perda de secreção vaginal mucosa. Ela
questionou se deveria ir ao hospital e tomar injeção para deixar o pulmão do bebê
maduro.
O parto de Janete evoluiu sem intercorrências e, ao ir à USF para a primeira
consulta após o parto, perguntou ao médico se poderia usar o mesmo
anticoncepcional, pois não queria engravidar novamente.

OBJETIVOS PARA INTERMEDIÁRIA


1. Explicar os aspectos legais da licença maternidade
2. Descrever métodos clínicos e laboratoriais de avaliação de maturidade,
vitalidade fetal e indicação do corticoide (mobilograma).
3. Descrever os sinais e períodos do trabalho parto (dilatação- contração-
expulsão – delivramento - (saída da placenta) e do período de Greemberg (uma hora
pós-parto).
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4. Explicar os mecanismos do trabalho de parto.
5. Elaborar uma orientação anticonceptiva no período puerperal.

PERGUNTAS PARA ORIENTAR A INTERMEDIÁRIA

1. Que alterações mecânicas maternas e fetais precedem o trabalho de parto


(insinuação do polo cefálico no estreito superior da bacia)?
2. Quais são os parâmetros que devem ser utilizados para determinar se uma
gravidez está a termo ou não?

3. Como o Diabetes interfere na maturidade fetal?


4. Como avaliar o bem-estar fetal?
5. Como é feito e para que serve o mobilograma?
6. O que é sofrimento fetal? Quais as consequências para o feto? (anatômico-
funcionais, familiares, sociais e econômicas).
7. Como o médico pode evitar o sofrimento fetal da gestante?
8. Como ocorre o trabalho de parto?
9. Quais são os mecanismos e estágios do trabalho de parto?
10. Como ocorre o amadurecimento do pulmão fetal?
11. Quais são os métodos contraceptivos que podem ser utilizados no puerpério?

CONTEÚDOS
• Licença maternidade e atestado de doença durante a gestação.
● Maturidade fetal: métodos de diagnóstico.
● Vitalidade fetal: movimentação fetal, ultrassonografia, cardiotocografia,
Doppler e avaliação da frequência cardíaca fetal.
● Trabalho de parto (determinantes do parto): diagnóstico e conduta.
● Canal de parto: anatomia e mecanismo.
● Bacia obstétrica, placenta e cordão umbilical: morfologia, histologia e
fisiologia.
● Orientação contraceptiva no pós-parto.

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PROBLEMA 3
Abertura: 22/02/2022
Intermediária: 25/02/2022
Fechamento: 04/03/2022

PACIENTE E CUIDADOR: RESPONSABILIDADE SOBRE A VIDA

Dr. Carlos Alberto avaliou as pacientes internadas no Centro Obstétrico às 7 horas


da manhã, sem ter sido informado pelo colega sobre o estado de saúde das
pacientes.
1ª paciente: Carmem, 22 anos, GII PI (PN) A0 e último parto há dois anos. Está com
41 semanas de gestação e bolsa rota há 18 horas. Encontra-se agitada e cansada e
solicitou ao médico que realizasse a cesárea, pois o bebê está demorando para
nascer.
Ao exame:
● Sinais vitais normais;
● 3 contrações de 30 a 40 segundos em 10 minutos (após uso da ocitocina)
● Batimentos cardíaco fetais (BCF): 144 batimentos por minuto
● Toque apresentando colo com 75% apagado, feto com apresentação cefálica,
plano (+2) de De Lee e com 6 cm de dilatação (3 cm na internação). Quatro horas
após, a paciente evoluiu para parto simples, natural em vértice (PSNV), com feto
nativivo e um ápgar no primeiro minuto 8 e no quinto minuto 10.

2ª paciente: Jocelí, 18 anos, primigesta, internada há 6 horas com 38 semanas de


gestação.
Ao exame:
● Anasarca
● PA: 150/90 mmHg (DLE)
● Dinâmica uterina ausente
● BCF: 132 bpm
● Toque vaginal: colo longo, grosso, posterior, pérvio 1 cm, com bolsa íntegra e
a amnioscopia com líquido amniótico meconial.

Exame após 6 horas da admissão

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- PA: 160/110mmHg
- Útero lenhoso
- BCF: 98 bpm
- Presença de sangramento escuro transvaginal.

● Toque vaginal: colo longo, grosso, posterior, pérvio 2 cm, com bolsa íntegra e
tensa e sangramento escuro +/++++.

OBJETIVOS
1. Descrever a fisiologia do trabalho de parto;
2. Interpretar o partograma normal e alterado;
3. Descrever o mecanismo de ação dos ocitócicos durante o trabalho de parto;
4. Identificar condições de risco materno e fetal na assistência ao parto e no
puerpério;
5. Reconhecer aspectos éticos no relacionamento médico-paciente e entre
médicos e existência de erro médico (conceito e prevenção).
6. Diferenciar as formas de apresentação da hipertensão arterial durante a
gestação. Observação: hipertensão cônica, gestacional e doença hipertensiva
específica da gestação (DHEG).
7. Descrever a fisiopatologia, etiologia, quadro clínico e tratamento da DHEG
(pré-eclâmpsia e eclâmpsia).

PERGUNTAS PARA ORIENTAR A ABERTURA

1. O médico pode deixar o plantão antes que chegue o médico substituto?


2. Que duração tem o trabalho de parto normal e como avaliar se a evolução
está sendo satisfatória?
3. Quais as características da hipertensão arterial crônica na gestação, da
DHEG e da hipertensão gestacional?
4. Quais são os anti-hipertensivos indicados no tratamento da DHEG e os
mecanismos de ação?
5. Como se caracteriza a síndrome HELLP? Observação: plaquetopenia,
hemoconcentração, elevação das enzimas hepáticas, anemia hemolítica
microangiopática e icterícia.

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CONTEÚDOS DA ABERTURA DO PROBLEMA 3
● Amniorrexe.
● Parto eutócico X parto distócico.
● Canal de parto: anatomia e mecanismo.
● Partograma normal e alterado: importância clínica.
● Sofrimento fetal agudo e crônico: causas, consequências (à saúde da criança,
ao seu desenvolvimento psicomotor e intelectual, familiar e social).
● Vias de parto: parto normal e cesárea. Observação: aspectos éticos,
indicações, vantagens e desvantagens, índices de cesárea no Brasil e na Bahia e no
mundo.
● Programas Nacionais de Redução do Índice de Cesarianas.
● Diagnóstico e primeiro atendimento às situações de risco fetal.

INTERMEDIÁRIA
Carmem, após 3 dias, retornou ao hospital com queixa de febre, dor abdominal e
secreção vaginal fétida.
Jocelí foi submetida à cesariana de urgência e após a retirada do feto, o médico teve
dificuldade operatória, devido ao sangramento uterino intenso, de difícil controle,
apesar do uso de drogas anti-hemorrágicas. Solicitou sangue para reposição
volêmica, e o hospital não tinha de banco de sangue. Na sala de recuperação a
paciente teve crise convulsiva e Dr. Carlos a classificou como protocolo vermelho.

OBJETIVOS PARA A INTERMEDIARIA


1. Descrever a etiologia, fisiopatologia e quadro clínico da infecção puerperal,
elaborando fluxograma de atendimento às pacientes.
2. Explicar as principais causas, prevenção e perfil epidemiológico da
mortalidade materna no Brasil, na Bahia e no mundo.
3. Descrever as principais causas de hemorragia da segunda metade da
gravidez. Observação: PP, DPP, vasa prévia, rotura de seio marginal e rotura
uterina.
4. Explicar o mecanismo de ação das drogas utilizadas em urgências obstétricas
hemorrágicas. Observação: ocitocina, ergotamina, ácido tranêxamico e misoprostol.
5. Elaborar fluxograma de atendimento à hemorragia intraparto e pós-parto,
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considerando as diversas instâncias e logísticas necessárias.

PERGUNTAS:
1. Qual o risco de uma mulher morrer de causas provocadas pela gravidez e pelo
parto no Brasil?
2. Quais as principais causas e formas de tratamento de infecção puerperal?
3. O médico poderia ter evitado a crise convulsiva? Quais medicações podem ser
utilizadas na prevenção e tratamento da convulsão?
4. Quais os mecanismos fisiológicos envolvidos na contenção do sangramento
uterino pós-parto e que medidas devem ser adotadas para conter o sangramento
anormal?
5. Que situações clínicas podem causar hemorragia durante e após o parto?
Observação: acretismo placentário, discrasias sanguíneas, rotura uterina e
lacerações de trajeto.
6. Como o médico deve proceder quando uma paciente tem hemorragia pós-parto?
7. Houve erro médico ou má prática médica? Quais os protocolos de atendimento
em obstetrícia?

CONTEÚDOS DA INTERMEDIÁRIA

● Diagnóstico e primeiro atendimento às situações de risco materno.


● Hipertensão arterial: crônica, pré-eclâmpsia e associações.
● Puerpério normal: duração, involução uterina, lactação e orientações higieno-
dietéticas.
● Puerpério patológico: hemorragias e infecções puerperais: atonia uterina,
acretismo placentário, roturas de trajeto e rotura uterina.
● Farmacologia: ocitocina, ergotamina, sulfato de magnésio, gluconato de
cálcio, metildopa, nifedipina, hidralazina, misoprostol e ácido tranexâmico.
Observação: grupo farmacológico, mecanismo de ação e antibioticoterapia
profilática.
● Mortalidade materna: conceito, epidemiologia e prevenção
● Ética médica: responsabilidade profissional, relação médico-paciente e entre
colegas, erro médico (conceito e prevenção), má conduta, acidente imprevisível e
resultado incontrolável.

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PROBLEMA 4 Abertura: 04/03/2022
Intermediária: 08/03/2022
Fechamento: 11/03/2022

EM BUSCA DE QUALIDADE DE VIDA


Vera, 35 anos, tabagista e nuligesta, há seis meses, com menstruações longas,
abundantes e de difícil controle e irritação, nervosismo, dor e inchaço nas mamas,
antes de menstruar.

RESULTADOS DOS EXAMES


Ultrassonografia: Útero em anteversão, de contornos regulares, volume: 105 cm³,
textura discretamente heterogênea com imagem nodular hipoecóica, em parede
anterior fúndica, com 17 x 15 mm, intramural. Endométrio centrado, regular,
homogêneo, com 4,1 mm de espessura. Ovários de formatos regulares e textura
homogênea. Volumes: OD: 3,0 cm³ e OE: 2,1 cm³ e ausência de líquido livre na
pelve.
Citologia Oncótica (Papanicolau): Negativo para malignidade.

OBJETIVOS
1. Elaborar um fluxograma de atendimento para a paciente com sangramento
uterino anormal.
2. Identificar as principais causas de sangramento uterino. Observação:
disfunções hormonais, miomatose, adenomiose, hiperplasia endometrial e
neoplasias.
3. Identificar o quadro clínico, etiopatogenia e tratamento da TPM e TDPM.
4. Descrever os fatores de câncer ginecológico, com proposta de prevenção.
5. Descrever patogenia, epidemiologia, quadro clínico e tratamento da
miomatose uterina.

PERGUNTAS PARA ABERTURA


1. Como o médico deve proceder quando a paciente tem sangramento uterino
anormal? Observação: atendimento, fluxograma

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2. Quais são as causas de sangramento uterino anormal?
3. O mioma uterino deve ser considerado fator de risco para câncer de útero?
4. A TPM deve ser considerada mito, desculpa ou alteração clínica? Quais são
as causas da TPM? Há conduta terapêutica?

CONTEÚDOS
● Sangramento uterino anormal: principais causas (disfunções hormonais,
miomatose, adenomiose, hiperplasia endometrial e neoplasias).
● Tensão pré-menstrual e transtorno disfórico pré-menstrual: epidemiologia,
fisiopatologia, diagnóstico e aspectos psicossociais.
● Saúde preventiva
● Prevenção, rastreamento e tratamento de doenças crônicas.
● Prevenção e detecção precoce de neoplasias malignas: colpocitologia,
mamografia, ultrassonografia transvaginal e pesquisa de sangue oculto nas fezes.

INTERMEDIÁRIA

Vera está preocupada com sua irmã Vânia, 55 anos, com queixas de dispareunia,
diminuição da libido e sem menstruar há quatro anos. Ela procurou o médico que,
antes de lhe prescrever o medicamento, solicitou que realizasse vários exames. O
médico, após a análise dos exames, indagou se Vania tinha histórico de câncer na
família.

RESULTADOS DE EXAMES DE VANIA

Mamografia: BI-RADS 3
CO: Negativo para malignidade.
USG transvaginal: Útero em AVF com ecotextura miometrial homogênea, volume:
100cm³, ovários regulares de textura homogênea. OD: 2,7cm³ e OE: 1,8cm³.

FSH: 80
Colesterol total: 254 mg/dl
HDL: 40 mg/dl

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Triglicérides: 200 mg/dl
Glicemia de jejum: 101mg/dl
Creatinina:1,0
TSH: 2,3
Observação: Fórmula de Friedewald: LDL = colesterol total – HDL – (triglicérides/5)
e VLDL = triglicérides /5
{LDL: 174 e VLDL: 40}

OBJETIVOS
1. Descrever a fisiologia do climatério. Observação: função ovariana e padrão
hormonal na pré, peri e pós-menopausa.
2. Descrever os aspectos clínicos e laboratoriais para o diagnóstico do
climatério.
3. Elaborar uma proposta de atendimento da mulher climatérica, considerando
hábitos de vida, alimentação, aspectos emocionais, sexualidade e prevenção de
doenças neoplásicas e crônico-degenerativas.
4. Descrever as condutas individualizadas e as opções terapêuticas para uma
paciente climatérica, considerando os objetivos, benefícios e riscos da terapia
hormonal.
5. Elaborar uma proposta de acompanhamento clínico e laboratorial do
climatério.

PERGUNTAS PARA INTERMEDIÁRIA

1. Quais as principais modificações do organismo feminino após a menopausa e por


que essas modificações ocorrem? Por que as pacientes têm alterações de humor e
sono? Qual a origem dessas alterações?
2. Quais os critérios utilizados para diagnosticar a menopausa? É necessária
investigação laboratorial, radiológica e USG da mulher no climatério?
3. Por que mulheres menopausadas têm risco maior de doenças cardiovasculares?
Por que ocorre aumento do risco de osteoporose após a menopausa?
4. Que relações podem ocorrer entre terapia hormonal e acidente cardiovascular?
Qual a relação entre terapia hormonal e neoplasias ginecológicas?

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5. Qual o conceito qualidade de vida? Existe instrumento para mensurar ou avaliar
qualidade de vida?
6. Como realizar o acompanhamento desta paciente?

CONTEÚDOS DA INTERMEDIÁRIA
● Menopausa e climatério: definição, aspectos biopsicossociais e função
ovariana. Observação: insuficiência gametocítica e alterações na esteroidogênese.
● Efeitos do estrogênio sobre o SNC, humor, libido, pele, mamas, sistema
cardiovascular, ossos, sistema urinário e órgãos genitais.
● Climatério e doenças crônicas: hipertensão arterial, depressão, aterosclerose,
diabetes e osteoporose.
● Terapia hormonal: indicações, contraindicações, riscos e benefícios, principais
produtos, vias de administração e seguimento das pacientes.
● Modificações anátomo-histológicas do organismo feminino no climatério.
● Câncer de mama, de endométrio, ovário, do colo de útero e cólon.
● Conceito de qualidade de vida.

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REFERÊNCIAS BÁSICAS

FERNANDES, C.E.; SÁ, M.F.S; SILVA FILHO, A.L.; Tratado de Ginecologia


FEBRASGO. 1. ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2019.

FERNANDES, C.E.; SÁ, M.F.S; NETO, C.M; Tratado de obstetrícia FEBRASGO.


1. ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2019.

MONTENEGRO, C.A.B.; REZENDE-FILHO, J. Rezende obstetrícia. 13. ed. Rio de


Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.

NOVAK & Berek. Tratado de Ginecologia.15 ed. Guanabara Koogan, 2014.

SPEROFF, L. Endocrinologia Ginecológica. Clínica e Infertilidade. 8. ed. São


Paulo Editora Manole, 2014.

ZUGAIB, M.; FRANCISCO, R.P.V. Zugaib obstetrícia. 3. ed. Barueri: Manole, 2016.

COMPLEMENTARES

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de


DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para
Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis.
Brasília, DF, 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Controle de cânceres de colo de útero e da mama.


2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Gestação de Alto Risco. 5. ed. Brasília: Ministério da


Saúde, 2012.

BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção ao Pré-Natal de Baixo Risco. Brasília:


Ministério da Saúde, 2012.

BRASIL. Ministério da Saúde. Caderno Humaniza SUS: humanização do parto e


nascimento. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de acolhimento com classificação de risco


em obstetrícia. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.

GILROY, A.M.; MACPHERSON, B.R.; ROSS, L.M. Atlas de anatomia. 2. ed.


Guanabara Koogan, 2015.

GOODMAN, L. S.; GILMAN, A. As bases farmacológicas da terapêutica. 12.ed.


Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2012.

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GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Guyton e Hall: tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2017.

INCA. Diretrizes Brasileiras para o rastreamento do câncer de colo. Rio de


Janeiro: Inca, 2016.

MELO, N. R. Coleção FEBRASGO: medicina fetal. Elsevier, 2012.

SADLER, T. W. Langman embriologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara


Koogan, 2013.
ZUGAIB, M. Medicina fetal. 3. ed. Editora Atheneu, 2012.

ZUGAIB, M Obstetrícia. 2. ed. São Paulo Ed. Manole, 2012.

MANUAIS da FEBRASGO
Manual de Anticoncepção FEBRASGO, 2015
FINOTTI, M. Manual de anticoncepção. São Paulo: Federação Brasileira das
Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), 2015.

Manual de Gestação de Alto Risco – 2011

Manual de Teratogênese em Humanos – 2011

SITES:
WWW.DIABETES.ORG/DIABETESCARE
http://www.aids.gov.br: AIDS e DST
http://www.bireme.br: Bireme
http://www.caism.unicamp.br/index.html: Centro Integral à Saúde da Mulher
http://www.colposcopia.org.br/ Associação Brasileira de Patologia do trato genital
inferior e colposcopia. ABPTGIC
http://www.epub.org.br/principal.htm: Sexualidade
http://www.febrasgo.org.br:Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e
Obstetrícia
http://www.gineco.com.br: Ginecologia
http://www.inca.gov.br: Instituto Nacional do Câncer
http://www.medscape.com: Medscape
http://www.mioma.com.br: Miomas
http://www.sbmastologia.com.br: Sociedade Brasileira de Mastologia
http://www.sogimig.org.br: Sogimig-Links de revistas em gineco-obstetrícia
http://www.vh.org: Hospital Virtual
http://www.partohumanizado.com.br
http://www.maternidadeativa.com.br
http://www.cremesp.org.br
http://www.cfm.org.br
http://www.crmms.org.br
http://www.sbb.org.com.br – Sociedade Brasileira de Bioética

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www.projetodiretrizes.org.br – Projeto Diretrizes AMB/CFM
www.amb.org.br – Associação médica Brasileira
www.portalmedico.org.br – Conselho federal de Medicina- diretrizes
http://bvsms.saude.gov.br/html/pt/home.html

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ANEXOS

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FICHA DE AVALIAÇÃO DOS DISCENTES NAS SESSÕES TUTORIAIS

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40
PROCEDIMENTOS PARA O FEEDBACK

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