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ALEX AGUIAR NUNES, AMÁBILE REGINA DE SOUZA MENDES, BRAIAN
BISPO DO AMOR DIVINO, KAROLAYNE NEGREIROS JUSTO, MAILSON
COSTA DE QUEIROZ, SHUELLEN JHENYFER JOSÉ SAMASQUINI
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................3
2. HISTÓRICO........................................................................................................................4
3. INTERAÇÃO DAS PRINCIPAIS BIOTECNOLOGIAS DA REPRODUÇÃO NO
MELHORAMENTO GENÉTICO..............................................................................................5
3.1.Inseminação artificial (IA)...............................................................................................5
3.2.Produção in vitro de embriões (PIVE).............................................................................6
3.3.Transferência de embriões (TE).......................................................................................7
3.4.Criopreservação...............................................................................................................8
3.5.Clonagem.........................................................................................................................9
3.6.Animais transgênicos.....................................................................................................11
3.7.Sexagem de embriões....................................................................................................11
4. PRINCIPAIS OBJETIVOS DO USO DAS BIOTECNOLOGIAS PARA O
MELHORAMENTO GENÉTICO............................................................................................14
5. AVANÇOS GERADOS....................................................................................................15
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................18
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................18
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1. INTRODUÇÃO
2. HISTÓRICO
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As biotecnologias da reprodução animal, surgiram a mais de um século, inicialmente, se
conhecia muito pouco sobre a reprodução animal e consequentemente as biotecnologias eram
feitas de forma rudimentar, não possuindo eficiência, eficácia e efetividade como na
atualidade (VIEIRA, 2012).
No final do século XIX, diversos avanços na reprodução animal levaram a ascensão do
melhoramento e do aperfeiçoamento das biotecnologias existentes, além da descoberta de
novas biotecnologias. Tais avanços possibilitaram diversos benefícios para o melhoramento
genético, reduzindo centenas de anos que seriam gastos caso as pesquisas fossem baseadas
apenas usando a monta natural (RODRIGUES e BERTOLINI, 2019).
A transferência de embriões e a clonagem são os marcos das biotecnologias da
reprodução, já que mostraram o avanço da ciência aplicada à reprodução animal. Diversos
foram os experimentos feitos em cobaias de laboratório, Walter Heape conseguiu realizar com
sucesso a transferência de embriões em coelhas, tais estudos foram o marco para a criação de
novas ferramentas reprodutivas aplicadas em fêmeas (SALVADOR, 2019).
Ilya Ivanovich Ivanov, biólogo renomado por seus feitos, aperfeiçoou a técnica de
inseminação artificial para uso prático, o objetivo era melhorar a eficiência reprodutiva de
rebanhos equinos, porém tal aprimoramento foi aproveitado para uso em bovinos e outras
espécies de reprodução, respeitando a particularidade de cada espécie (RODRIGUES e
BERTOLINI, 2019).
Os avanços feitos por Ilya Ivanovich Ivanov, foram transmitidos a técnicos russos que
disseminaram tais conhecimentos ao resto do mundo. Posteriormente, houve grande evolução
com o aumento nos números de confecção de palhetas, melhorias na conservação de materiais
de multiplicação e aprimoramento nas técnicas de coleta (VIEIRA, 2012).
Para fins de pesquisa surgiram novas técnicas e associada a elas as ferramentas que a
ciência proporcionou, como a transferência nuclear de células somáticas popularmente
conhecidas como clonagem, graças a essa ferramenta é possível clonar os genes de um animal
e ter um animal semelhante geneticamente, apesar de que fenotipicamente o animal poderá
apresentar alguns traços de diferença, pois é impossível replicar as mesmas condições
ambientais que o indivíduo original teve durante toda a sua vida, desde a gestação até o
nascimento, o ambiente uterino é diferente inclusive se for feito a partir da mesma barriga de
aluguel (RODRIGUES e BERTOLINI, 2019).
A década de 1990 foi repleta de avanços, Virgil foi o primeiro bezerro fruto da
fecundação in vitro, tal biotecnologia veio para revolucionar o melhoramento genético, uma
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vez que graças a tal ferramenta é possível aproveitar ao máximo o potencial genético e
zootécnico de fêmeas bovinas, tal biotécnica apresenta bons resultados em bovinos da raça
nelore, mostrando efetividade e eficácia e até mesmo eficiência se empregado em animais de
alto valor zootécnico (RODRIGUES e BERTOLINI, 2019).
Historicamente, o uso das biotecnologias foi moldado em busca de geração de ganhos
econômicos. Atualmente as grandes fazendas e centrais utilizam as biotécnicas da reprodução
com o objetivo de maximizar os seus lucros e desenvolver ao máximo a genética dos rebanhos
produzindo animais de elite, popularmente conhecidos como geneticamente superiores
(SALVADOR, 2019).
Atualmente foi possível melhorar a inseminação artificial, e com associação da
sincronização de estro consegue-se desenvolver a IATF, que tem como principal vantagem a
possibilidade de inseminar os animais sem a necessidade de detecção de cio. Tal ferramenta
possibilita a produção de um número maior de bezerros em menos tempo e a possibilidade de
ser aplicada perfeitamente em propriedade com mais de 1000 vacas (VIEIRA, 2012).
Mas, para que as ferramentas fossem aprimoradas, os processos de preservação foram
aprimorados ao longo do tempo. O processo de criopreservação possibilitou a criopreservação
de materiais de multiplicação por décadas, algo que com a refrigeração ou sêmen a fresco
seriam impossíveis de serem realizados (SALVADOR, 2019).
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Mesmo com tantos benefícios, a inseminação artificial ainda é pouco utilizada nos
países da América Latina. Os principais limitantes da difusão dessa biotécnica nessa região
em relação a produção bovina é a grande carência de mão de obra capacitada para seu bom
emprego; infraestrutura pouco eficiente das propriedades; a grande imprecisão e ineficiência
na detecção do cio; e o tempo de anestro pós-parição das vacas (NOGUEIRA et al., 2013).
No Brasil, o limitante que se destaca é a dificuldade de detecção de cio das vacas, o
que está atrelado diretamente aos programas de inseminação artificial, diminuindo bastante a
sua eficiência. Essa dificuldade está relacionada aos sistemas de criações locais, em sua
maioria as vacas são criadas a pasto. As técnicas habituais que detectam o cio (observação
visual, marcador e buçal) tem baixa eficiência, cerca de 60% (SILVA, 2011).
Esses cios não detectados acrescentam diretamente no número de tempo improdutivo
dos animais além de, aumentar a curva entre intervalos de partos, assim então concluindo em
um decréscimo na quantidade de bezerros paridos. A partir dessa premissa, técnicas que não
carecem da detecção do cio, que é o caso da inseminação em tempo fixo, contribuem no
avanço e eficácia no emprego da técnica e suas vantagens no melhoramento genético dos
animais (NOGUEIRA et al., 2013).
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de produção e manutenção de embriões com potencial de sobrevivência que mais se
assemelham aos números observados em embriões gerados in vivo. Essas variáveis possuem
aspectos morfológicos e também podem ser caracterizadas por modificações nas expressões
gênicas, que se relacionam diretamente no desenvolvimento embrionário, e na sanidade e
bem-estar futuramente desse indivíduo (RODRIGUES e RODRIGUES, 2009; NOGUEIRA et
al., 2013).
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seleção animal, além de facilitar a difusão dos genes de animais geneticamente superiores
(SOUZA, 2008).
3.4. Criopreservação
O principal objetivo da criopreservação é manter o metabolismo celular em estado de
quiescência, ou seja, em baixa atividade metabólica, o que torna possível que sejam
armazenadas células e tecidos por um período ilimitado de tempo. A criopreservação então se
dá pela desidratação das células, antes de se fazer o resfriamento, para que as células não
formem cristais de gelo e consequentemente cause danos às mesmas, afetando suas estruturas
celulares, para que seja possível a retomada do metabolismo celular, após ser armazenada em
baixas temperaturas (ONGARATTO, 2009).
Sendo utilizado tanto para a preservação de sêmens, quanto de embriões, a
criopreservação é uma tecnologia bastante utilizada na indústria agropecuária, principalmente
na bovinocultura, visto que a reprodução animal se faz uso da inseminação artificial cada vez
mais, sendo uma importante fonte para o melhoramento genético (ONGARATTO, 2009).
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desacelerado neste processo, e para que tenha um bom resultado a criopreservação vai
depender inteiramente da velocidade da congelação das células e da composição da solução
utilizada (FALEIRO, 2011).
3.5. Clonagem
A clonagem é um processo decorrente da reprodução assexuada, onde são obtidas
cópias genéticas idênticas de um mesmo organismo, seja ele vegetal ou animal. A técnica de
clonagem é vista como um grande avanço tecnológico, porém é uma técnica que necessita de
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aperfeiçoamento para que seja mais difundida e utilizada, já que apresenta uma alta taxa de
mortalidade, causando um grande alarde no meio agropecuário e social (BENTO, 2005).
A clonagem pode ser desenvolvida de duas formas: 1. Por transferência nuclear, onde
os oócitos receptores são recuperados de ovários de animais abatidos ou animais vivos por
aspiração vaginal e são maturados in vitro, e as células doadoras de núcleo possuem origem
de células fetais ou embrionárias. Esses embriões serão cultivados até o estágio de mórula, e
então serão congelados ou transferidos para as receptoras para o processo de reclonagem. 2.
Por bipartição de embriões, onde a separação das células irá produzir novos indivíduos, que
serão exatamente iguais ao patrimônio genético. Essa é a maneira mais simples de clonagem e
é a mais utilizada na reprodução animal (BENTO, 2005).
A clonagem de animais possui uma grande importância tanto para a ciência como para
a indústria, e essa biotécnica possui diversos tipos de aplicações, sendo eles a conservação de
espécies em extinção, recuperação de espécies já extintas, melhoramento genético, produção
de clones transgênicos (para fins terapêuticos principalmente), ou até mesmo para
“ressuscitar” animais de estimação, fato que se tornou uma realidade nos Estados Unidos
(BENTO, 2005).
Os animais clonados geralmente acabam morrendo pouco tempo após o seu
nascimento, pela ocorrência de defeitos genéticos e anomalias cromossômicas. Um dos casos
mais famosos foi a clonagem da ovelha Dolly em 1997, porém a mesma nasceu com
alterações cromossômicas que causou seu envelhecimento acelerado. O mesmo ocorre com
diversos animais e gera discussão sobre a eficácia do procedimento (BENTO, 2005).
Em bovinos, uma pequena proporção dos animais clonados é fenotipicamente normais
e cresce de forma saudável, podendo inclusive produzir e se reproduzir normalmente. Alguns
estudos indicam inclusive a possibilidade da produção desses animais e sua aplicação
comercial, onde indicam que não há riscos à saúde humana associado ao consumo de produtos
provenientes de clones, sendo um passo importante para a produção desses animais (SOUSA,
2015).
O procedimento precisa, no entanto, ser aprimorado para a aplicação adequada da
tecnologia, necessária não somente para a recuperação de espécies ameaçadas de extinção, o
aumento da produção animal e aplicações terapêuticas para terapias celulares e regenerativas
(MIGLINO, 2004).
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3.6. Animais transgênicos
Segundo a Federação Europeia das Associações de Ciência em Animais de
Laboratório denomina-se como animal transgênico, “animal que possui seu genoma
modificado artificialmente pelo homem, quer por meio da introdução, quer da alteração ou da
inativação de um gene (uma sequência definida de DNA). Esse processo deve culminar na
alteração da informação genética contida em todas as células desse animal, até mesmo nas
células germinativas (óvulos e espermatozoides), fazendo com que essa modificação seja
transmitida aos descendentes." (RAIANY et al., 2017).
Os benefícios diretos e biotecnológicos do uso de animais transgênicos podem ser
divididos no mínimo em três grupos: agropecuária, medicina e indústria. Na agropecuária, a
transgenia possibilita a criação de animais de produção com características de interesse
comercialmente, cuja produção por técnicas tradicionais de cruzamentos e seleção são
extremamente demoradas (OLIVEIRA, 2015).
Assim, produzindo vacas transgênicas que produzem mais leite, ou leite com menos
lactose ou colesterol, porcos e gado transgênicos com maior produção de carne e ovelhas
transgênicas que produzem mais lã, além de haver um grande esforço para produzir animais
resistentes a doenças, como a gripe suína ou a febre aftosa em bovinos (PEREIRA, 2008).
O uso da transgênese em animais têm trazido vários benefícios, alguns bem
ambicionados envolvem a construção de modelos genéticos para o estudo de doenças, o
aumento da eficiência na pecuária, sendo considerada uma ótima ferramenta de pesquisa, na
aplicação biotecnológica em relação a produção de proteínas de interesse comercial em
grande escala, desta forma melhorando a qualidade de vida humana. No entanto, todas estas
questões acerca da viabilidade e segurança desta técnica, é considerada nova, circundando
aspectos éticos e legais que ainda necessita de melhores esclarecimentos pela comunidade
científica (através de mais pesquisas) aos consumidores finais, cabendo a eles decidirem se
consomem ou não tais produtos (RAIANY et al., 2017).
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A sexagem de sêmen é uma biotecnologia que consiste na separação do sêmen em
duas populações, uma contendo espermatozóides com cromossomos X (feminino), e a outra
com cromossomos Y (masculino), o que possibilita a seleção do sexo do futuro embrião, e
desta forma obtendo maior quantidade do sexo desejado (NEVES et al., 2009).
Na medicina veterinária, está biotecnologia tem se destacado na área de produção
animal, e a maioria das aplicações de sexagem são realizadas em bovinos, tanto na literatura
quanto na área científica a maioria dos estudos diz respeito a essas espécies. Principalmente
por despertar um grande interesse comercial, devido à possibilidade de aumentar a
rentabilidade de um empreendimento (SEIDEL, 1999; BRITO et al., 2018).
Com a evolução da genética e a busca por progressos na produtividade, as técnicas de
sexagem têm sido otimizadas e estudadas, com o intuito de aumentar a lucratividade com o
custo menor, consequentemente, o uso do sêmen sexado, tem avançado em pesquisas,
principalmente em escalas comerciais. Com a evolução dos estudos de sexagem, espermáticas
descobriu-se duas técnicas avançadas que são eficientes no processo de sexagem espermáticas
a citometria de fluxo e a centrifugação por gradiente de densidade, essas duas técnicas de
separação dos espermatozoides são as mais utilizadas comercialmente, ambas possuem
vantagens e desvantagens (VILLADIEGO et al., 2018).
Essas duas técnicas de sexagem espermáticas estão disponíveis comercialmente em
vários países, sendo que, no caso de sêmen bovino, o método mais divulgado de sexagem é a
citometria de fluxo, devido sua acurácia média está em torno de 92,3% na determinação do
sexo, sendo o método com maior sensibilidade e eficiência, porem para que haja segurança na
comercialização do produto a garantia mínima é de 85% (OLIVEIRA, 2011).
Em quanto que a centrifugação por gradiente de densidade, apesar ser um método com
menor custo e sem causar danos à viabilidade espermática, foram observados vários
problemas que dificultam sua comercialização, pois tem somente 70% de acurácia na
determinação do sexo, impossibilidade de armazenamento do gradiente, sendo necessário
utilizar o sêmen sexado logo após a coleta ou descongelação, e a dificuldade de preparar
várias camadas, podendo ocorre aumento da variabilidade das amostras (BRITO et al., 2018).
A utilização da sexagem espermática permite ao produtor ter diversas vantagens como:
Melhorar a programação das populações do rebanho; melhorar a genética e reduz de tempo na
seleção de plantéis; alta produtividade; facilitar a reposição das matrizes, melhorar o bem-
estar dos animais ao evitar castrações e reduz o impacto ambiental ao evitar nascimento de
animais de sexo indesejado (ARAUJO et al., 2013; DUARTE, 2019). A escolha do sexo
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também permite ao produtor maximizar seus lucros por tornar os sistemas de produção
flexíveis em relação as exigências do mercado, sendo para produção de carne ou leite
(JUNIOR et al., 2016).
Para a produção de gado de corte os machos são mais valorizados, levando em
consideração que as fêmeas são reservadas para reprodução, e são encaminhadas para o abate
somente em idade mais avançada, quando a rigidez das fibras musculares é maior, diminuindo
a qualidade da carne (SILVA, 2016). Outra diferença entre os sexos são as características de
carcaça - o peso morto do macho, aos 24 meses é cerca de 25 % maior que o peso morto da
fêmea da mesma idade, porém a seleção de fêmea para repor o rebanho é uma vantagem
quando necessário (LIMA, 2007).
A escolha do sexo dos bezerros é de interesse dos produtores de leite, tendo em vista
que, há necessidade de reposição das novilhas do seu rebanho, e devido à valorização de
novilhas leiteiras serem três vezes maior em dinheiro, quando comparadas aos filhotes
machos desvantagens (VILLADIEGO et al., 2018). Ao reduzir o nascimento de machos na
pecuária leiteira, diminuindo os gastos com os mesmos e investimento apenas em fêmeas,
otimizando assim os custos de produção (BRITO et al., 2018).
A sexagem espermática tem algumas limitações como a baixa fertilidade, quando
comparada com a fertilidade do sêmen não sexado, em geral, a taxa de prenhez obtida pela IA
com sêmen sexado é aproximadamente 70% da obtida pelo sêmen não sexado (ROJAS,
2015). Outro fator limitante e alto custo do sêmen sexado em relação ao sêmen não sexado, e
os custos extra da dose de sêmen sexado, devido a menor capacidade de fertilização (NEVES
et al., 2009).
A utilização do sêmen sexado ainda está pouco acessível para realidade de pequenos e
médios produtores devido ao alto custo, entretanto, o aumento do uso do sêmen sexado
depende de metodologias compatíveis com as características desejadas garantido o aumento
da produtividade, o avanço genético, tais como não afetar a capacidade fecundação, ser
produzido em larga escala, obter taxa de prenhez satisfatória, permitir a congelamento com
diminuição das perdas e lesões espermáticas, apresentar separação eficiente dos
espermatozóides em sêmen descongelado e apresentar baixo custo, devendo ter alta acurácia
no processamento e viabilidade após a descongelamento. Sendo necessário dar
prosseguimento às pesquisas, a fim de melhorar ou desenvolver novas tecnologias que irão
servir para o desenvolvimento de metodologias mais eficazes e acessíveis aos produtores
(BRITO et al., 2018).
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4. PRINCIPAIS OBJETIVOS DO USO DAS BIOTECNOLOGIAS PARA O
MELHORAMENTO GENÉTICO
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animais superiores como doadores, e animais inferiores como receptores ou para o descarte
(FALEIRO et al., 2011).
Esse processo, refere-se a um outro objetivo visado, a mitigação de atributos que não
agregam valores zootécnicos. Onde os animais que possuem essas características não são
utilizados para geração de proles, evitando a disseminação desse fenótipo no rebanho e
reduzindo o surgimento de alterações genética indesejáveis e até mesmo doenças associados a
genética como o criptorquidismo (ROSA et al., 2013).
Tabela 1. Principais objetivos do uso de biotecnologias reprodutivas aplicadas ao
melhoramento genético animal
PRINCIPAIS OBJETIVOS VISADOS
Fortalecimento do setor pecuário
Pecuária nacional mais competitiva
Eficiência e rentabilidade produtiva
Seleção de características de interesse econômico
Seleção e classificação do rebanho (superiores, medianos e inferiores)
Rápido incremento de características genéticas de interesse no rebanho
Aceleração do melhoramento genético
Mitigação de características que não geram ganhos zootécnicos
Fonte: Criada a partir de FALEIRO et al., 2011; OLIVEIRA et al., 2014.
5. AVANÇOS GERADOS
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Isso além de facilitar o manejo e a coleta de informações do rebanho, promove uma
diminuição do intervalo entre partos, uma vez que direciona mais rapidamente uma grande
quantidade dos animais para a fase reprodutiva. Ademais, por influência disso, se aumenta a
vida útil do animal doador, já que reduz o intervalo entre gerações e intensifica o uso dos seus
gametas (GONÇALVES et al., 2008).
Outro avanço gerado é a troca de material genético de animais geneticamente
superiores em todo o mundo de maneira facilitada. Com elas se tornou possível inserir
características de um animal de um continente muito distante sem a necessidade de ter o
animal fisicamente, eliminando a necessidade do deslocamento do animal por uma longa
distância e gerando um alto custo. Atualmente, esse material genético pode ser transportado
em forma de sêmen e/ou embrião congelado, com uma logística mais prática e favorável
(ROSA et al., 2013; SOLLECITO et al., 2019).
Por fim, o principal avanço gerado é o alto e rápido incremento de características
superiores nos rebanhos, por meio da seleção do material genético. O melhoramento genético
ocorre de forma natural entre os animais, porém é de forma aleatória e com replicação lenta.
Quando se pensa em um touro com genética superior é fácil imaginar que ele pode, por monta
natural, replicar de maneira rápida a sua genética em várias receptoras (OLIVEIRA et al.,
2014).
No entanto, quando se imagina uma vaca com genética superior, por via natural, essa
rápida disseminação de material genético pouco ocorre. E ainda mais, são subutilizadas,
gerando no máximo um bezerro por ano. Por outro lado, quando neste mesmo animal é
aplicado alguma biotecnologia, como a PIVE, TE ou criopreservação, se observa um salto no
número total de bezerros que podem ser gerados. Pois, o que antes seria um bezerro por ano,
agora pode ser replicado para milhares de bezerros com a mesma genética da doadora
(GUIMARÃES et al., 2020).
Dessa forma, é notável a rápida disseminação desse material genético e em ampla
escala, unindo a genética conjunta de touros e vacas superiores. Além disso, essa vantagem
ainda colabora na utilização dos animais chamados de “animais de fundo” ou “geneticamente
inferiores”, que podem ser usados como receptoras para o desenvolvimento de um embrião de
pais melhorados (FALEIRO et al., 2011).
Todo esse cenário de rápido incremento genético, melhoramento dos índices
produtivos e zootécnicos e aumento da eficiência da atividade pecuária nas perspectivas de
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produtividade e faturamento, não ocorre naturalmente, muito menos sem o uso das
biotecnologias reprodutivas (GONÇALVES et al., 2008; WOLTER, 2017).
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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