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Hildeanne Rodrigues
Medicina Veterinária
Teresina
“Falar dos frutos sem lembrar as flores é fazer a história sem vivê-la”
A. A. Alves
2009
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA
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5. BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
ESTUDO DIRIGIDO
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• Identificar a importância e papel da Sociedade Brasileira de Zootecnia para a
estabilização da Zootecnia no Brasil como atividade produtiva e como ciência;
• A partir de um artigo publicado na Revista Brasileira de Zootecnia, identificar à luz
do Método Científico o problema de pesquisa, os objetivos, hipóteses, metodologia,
principais resultados de impacto na produção animal e conclusões. O que pode ser
sugerido como pesquisa na área em que foi conduzido o experimento, para as
condições do Estado do Piauí.
• Tecer comentários acerca dos efetivos dos principais rebanhos brasileiros de
expressão econômica em relação aos demais países e das regiões e Estados do Brasil,
com ênfase para a Região e Estado onde pretende exercer atividades profissionais.
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
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CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA
1. ESPÉCIE
Diante destes critérios, seria denominada espécie legítima aquela que apresentasse
fórmula MEI, entretanto, como na natureza nem sempre é possível ocorrência destes
três critérios, admite-se como espécie distinta de uma outra qualquer, aquele grupo de
indivíduos que satisfizer a pelo menos dois desses critérios. Dessa forma, as espécies
bovinas Bos taurus e Bos indicus são consideradas diferentes por apresentarem fórmula
ME.
Quanto à distribuição geográfica, as espécies podem ser classificadas em:
• SIMPÁTRIDAS: Espécies que convivendo em um mesmo território se mantêm
infecundas. Ex.: Bubalus bubalis e Bos sp.
• ALOPÁTRIDAS: Espécies diferentes quanto ao isolamento ecológico. Ex.: Os
hemípteros Notonecta glauca e Notonecta furcata são infecundos no norte e fecundos
no sul do continente europeu.
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2. RAÇA
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2.2 PUREZA RACIAL E PUREZA GENÉTICA
• QUANTO À ORIGEM
a) Primitiva - Raça natural de determinada região, formada por seleção natural,
submetida ou não, posteriormente à seleção artificial. Ex.: Bovinos Schwyz.
b) Derivada - Raça que provém de outras, ditas primitivas ou naturais, por variabilidade
espontânea ou cruzamento (Derivada sintética). Ex.: Raças bovinas Santa Gertrudis,
Canchim, Pitangueira.
c) Nativa - Raça natural ou mesológica, formada em determinada região por seleção
natural, acompanhada ou não de ação seletiva e conservadora do homem. É dita
"nativa melhorada" quando sujeita à seleção artificial, no sentido de seu
melhoramento genético, com aperfeiçoamento econômico. Ex.: Raça caprina
Moxotó.
d) Exótica - Raça introduzida em região diferente da região de origem. Ex.: Raça
bovina holandesa, no Brasil.
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• QUANTO À FILIAÇÃO ÉTNICA: Considera os troncos étnicos de origem. Ex.:
Bos taurus aquitanicus - Caracu; Bos taurus batavicus - Holandesa.
9. FORMA: É o conjunto de animais cuja herança ainda é uma incógnita. A fixação dos
caracteres não está comprovada. É um termo geral, servindo para designar um
grupo que ainda não pode ser considerado raça.
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um meio de distinguí-los, pois as variações se fazem notar. Quanto mais fixa e
homogênea for a raça, menos diferenças são notadas. Nos gêmeos univitelinos e
clones há alto grau de igualdade.
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
ESTUDO DIRIGIDO
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I - CLASSE MAMMALIA
*Corpo coberto de pêlos; respiração pulmonar; coração com quatro câmaras;
endotérmicos; fêmeas com glândulas mamárias.
Ordem: PERISSODACTYLA
*Mamíferos ungulados de dedos ímpares. Grandes, pernas longas, pés com
número ímpar de artelhos dentro de um casco córneo; o eixo funcional da perna
passa através do artelho médio (terceiro artelho); estômago simples.
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O1. Família: Equidae
*Cavalos, asnos e zebras. Um dedo funcional com casco em cada membro; habitam
planícies abertas ou desertos, alimentam-se basicamente de gramíneas.
Espécies: Equus caballus – CAVALO
Equus asinus - ASININO
Ordem: ARTIODACTYLA
*Mamíferos ungulados de dedos pares. Tamanho variado; pernas geralmente
longas, dois (raramente quatro) artelhos funcionais em cada pé, cada um
envolvido por um casco cornificado; eixo da perna entre os artelhos; muitos com
chifres ou cornos; todos, com exceção dos suínos, com dentição reduzida; a
maioria, com estômago com quatro compartimentos, ruminam.
A - Subordem: Suiformes
*Porcos e semelhantes. Sem cornos ou chifres, 38 a 44 dentes, caninos grandes
como presas curvas.
O2.Família: Suidae
*Porcos do Velho Mundo. Muitos no Sul da África.
Espécie: Sus domesticus - SUÍNO
B - Subordem: Tylopoda
O3.Família: Camelidae
*Pés macios, largos (sem cascos); um par de incisivos superiores; estômago
com três partes, ruminam.
Espécies: Camelus bactrianus - CAMELO
Camelus dromedarius - DROMEDÁRIO
Lama glama - LHAMA
Lama pacos - ALPACA
C - Subordem: Ruminantia
*Ruminantes. Pés com cascos, ruminam.
O4.Família: Cervidae
*A espécie doméstica Rangifer tarandus, das regiões setentrionais, apresenta em
ambos os sexos um par de chifres sólidos, calcários.
Espécie: Rangifer tarandus - RENA
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O5.Família: Bovidae
*Ruminantes com cornos ocos, pares, não ramificados, de queratina, com
crescimento lento e contínuo na base, sobre bases ósseas dos ossos frontais, geralmente
em ambos os sexos, maiores nos machos.
a)Subfamília: Caprinae
Espécies: Capra hircus - CAPRINO
Ovis aries - OVINO
b)Subfamília: Bovinae
Espécies: Bos taurus - TAURINO
Bos indicus - ZEBUÍNO
Bubalus bubalis - BUBALINO
Ordem: CARNIVORA
*Carnívoros, pequenos a grandes; geralmente com cinco artelhos (pelo menos
quatro artelhos), todos com garras; pernas móveis, rádio e cúbito, tíbia e perônio
completos e separados; incisivos pequenos, geralmente 3/3; caninos 1/1, delgadas
presas; útero bicórneo; placenta zonária.
O6.Família: Felidae
Espécie: Felis domestica - GATO
O7.Família: Canidae
Espécie: Canis familiaris - CÃO
Ordem: LAGOMORPHA
*Lebres e coelhos. Tamanho moderado a pequeno; artelhos com garras; cauda curta
e grossa; incisivos em bisel; sem caninos; molares sem raiz, movimento das
mandíbulas apenas lateral.
O8.Família: Leporidae
Espécie: Oryctolagus cuniculus - COELHO
Ordem: RODENTIA
*Roedores. Geralmente pequenos; pernas geralmente com cinco artelhos e garras;
incisivos em bisel, sem raiz; desprovidos de caninos; movimento das mandíbulas
tanto para a frente e para trás, como para as laterais.
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O9.Família: Cavidae
*Cauda curta ou ausente.
Espécie: Cavia cobaya - COBAIA
II-CLASSE AVES
*Corpo coberto de penas; membros anteriores transformados em asas para vôo;
membros posteriores para nadar, andar ou empoleirar-se; geralmente quatro
artelhos, nunca mais; boca distendida em bico, sem dentes; respiração pulmonar;
coração com quatro câmaras; ovíparas.
SUB-CLASSE: Neornithes
*Aves verdadeiras. Apresentam o segundo dedo como mais longo.
Ordem: ANSENIFORMES
*Patos, gansos e cisnes. Bico alargado com "unha" ou capa mais dura na
extremidade; pernas curtas; pés com palmouras (palmípedes); filhotes cobertos de
penas quando eclodem.
1O.Família: Anatidae
*Patos de superfície, mergulham apenas a cabeça e não o corpo ao se
alimentarem.
Espécies: Anser domesticus - GANSO
Anas boschas - MARRECO
Cairina moschata - PATO
Cygnus olor - CISNE
Ordem: GALLIFORMES
*Bico curto; pés geralmente adaptados para ciscar e correr; filhotes cobertos com
plumas ao eclodirem.
11.Família: Phasianidae
Espécies: Gallus domesticus - GALINHA
Phasianus colchicus - FAISÃO
Numida galeata - CAPOTE
Pavo cristatus - PAVÃO
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12.Família: Penelopidae
Espécie: Meleagris gallopavo - PERU
Ordem: COLUMBIFORMES
*Bico geralmente curto e delgado, com pele mole e grossa na base (ceroma);
filhotes nus; cosmopolitas.
13.Família: Columbidae
Espécie: Columba livia - POMBO
Ordem: STRUTHIONIFORMES
*Aves andadoras que não voam; asas reduzidas; cabeça, pescoço e pernas com
penas escassas.
14.Família: Struthionidae
Espécie: Struthio camelus - AVESTRUZ
III-CLASSE PISCES
*Animais com respiração branquial; aquáticos; coração com uma aurícula.
SUB-CLASSE: Actinopterygii
*Peixes de nadadeiras com raios.
Ordem: OSTARIOPHYSI
*Grupo dominante de peixes de água doce.
15.Família: Cyprinidae
Espécie: Cyprinus carpio - CARPA
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Ordem: LEPIDOPTERA
*Mariposas e borboletas. Tamanho variado; peças bucais nas larvas para mastigar e
nos adultos para sugar (espiritromba); antenas longas; quatro asas membranosas
cobertas por escamas finas.
16.Família: Bombycidae
Espécie: Bombyx mori - BICHO-DA-SEDA
Ordem: HYMENOPTERA
*Vespas, formigas, abelhas, etc. Peças bucais mastigadoras ou mastigadoras-
lambedoras; dois pares de asas pequenas (ou ausentes), membranosas, poucas
nervuras; base do abdômen geralmente estreita; fêmeas com ovipositor para
serrar, perfurar ou picar; larvas em forma de lagarta ou ápodes; metamorfose
completa; algumas espécies vivem em colônia.
17.Família: Apidae
*Abelhas. Olhos peludos; operárias com cestas de pólen (corbículas) nas
patas posteriores.
Espécie: Apis mellifera - ABELHA
Subespécies: Apis mellifera mellifera - ALEMÃ
Apis mellifera ligustica - ITALIANA
Apis mellifera adansonii - AFRICANA
Apis mellifera carnica - CARNICA
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
DOMINGUES, O. Introdução à Zootecnia. 3.ed. Rio de Janeiro, MA/SIA, 1968. 392p.,
Cap.4, p.83-151.
DOMINGUES, O. Elementos de Zootecnia Tropical. 5.ed. São Paulo, Nobel, 1981.
143p.
STORER, T.I.; USINGER, R. L.; STEBBINS, R.C. et al. Zoologia Geral. 6. ed. São
Paulo, Nacional, 1986. 816 p.
ESTUDO DIRIGIDO
• Descrever quanto à importância do sistema estabelecido por Lineu para
classificação das espécies.
• Caracterizar o sistema binomial para nomenclatura científica das espécies.
• Identificar as espécies de interesse zootécnico quanto aos nomes científicos.
• Apresentar a classificação zoológica das espécies de interesse zootécnico
destacando particularidades que permitam classificação e inclusão em grupos
distintos.
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Domesticado inicialmente na China, cerca de 4.000 anos a.C.
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10. OVINO (Ovis aries)
Domesticado na Ásia no mesmo período que os caprinos.
São destacadas três fontes remotas das modernas raças:
1-Ovis musimon, Musimão, Mouflon, ou carneiro selvagem da Europa;
2-Ammontragus tragelaphus, pseudovino que deve ter originado os carneiros
africanos;
3-Ovis arkal ou Arcal, de cauda longa, das estepes asiáticas. Ancestral mais antigo.
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15. CÃO (Canis familiaris)
A mais antiga espécie doméstica é o cão. Domesticada no Neolítico, no
Velho Mundo, e utilizada possivelmente, no início, para alimentação e depois como
auxiliar do homem na caça.
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ganso europeu, e mais importante descendente. Sua domesticação deve ter ocorrido em
vários locais, como China, Índia e Egito.
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26. PERU (Meleagris gallopavo)
Descende da espécie selvagem americana Meleagris gallopavo, das regiões
montanhosas dos EUA e México. Domesticada provavelmente pelos índios Astecas do
México, antes de 2.000 anos a.C.
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BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
ESTUDO DIRIGIDO
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• ATIVOS: Representados pelos músculos.
• PASSIVOS: Representados pelos ossos e suas ligações, cartilagens, bolsas sinoviais
e tendões.
A dinâmica corporal ou movimentos são agrupados em:
• MOVIMENTOS LOCAIS: Não aparecem na locomoção, sem deslocamento:
decubitar, levantar, escoicear, etc.
• MOVIMENTOS COM DESLOCAMENTO: Constituem o ato da locomoção,
envolvendo passo, trote, galope e marcha, como também os movimentos especiais,
como recuar, saltar, escalar, nadar, bem como os de "alta escola".
c) DE REPRODUÇÃO: Responsável pela perpetuação das espécies.
d) DE LACTAÇÃO: O colostro e o leite são indispensáveis à vida dos mamíferos.
As funções produtivas variam com a espécie, raça e sexo do animal, e com o tipo de
exploração, ocorrendo os seguintes tipos de funções produtivas:
a) Produção de alimentos: carnes e derivados (vísceras, toucinho, gorduras), leites e
derivados (queijo, manteiga), ovos, mel e correlatos (própolis, geléia real), etc.
Espécies: Bovina, bubalina, suína, ovina, caprina, coelhos, aves, abelhas, e
também eqüídeos em certas regiões. Na Bolívia e Peru, a cobaia constitui fonte
alimentar.
b) Matéria-prima para a indústria manufatureira: lã, pêlos, cerdas, crinas, seda,
peles, couros, cornos, cascos, gorduras não comestíveis (sebo), penas, plumas, bile, etc.
Espécies: Ovina, caprina, bicho-da-seda, coelho, bovina, bubalina, eqüídeos,
alpaca e aves.
c) Força motriz: trabalho e esporte.
Espécies: Eqüídeos, bovina, bubalina, camelo, lhama, rena e cão.
d) Despojos e adornos.
Espécies: Neste particular se inclui a função das aves domésticas, cujas
plumas são usadas como adorno ou na confecção de objetos de uso doméstico. O
avestruz é a mais importante das aves quanto à produção de plumas, pelo seu valor,
já que as demais produzem plumas utilizadas como despojos em almofadas,
travesseiros, colchões, etc.
e) Adubo orgânico: detritos e excreções. Deve-se ressaltar que o esterco da lhama não
é utilizado como adubo e sim como combustível.
Espécies: Bovina, bubalina, eqüídeos, ovina, caprina e aves.
f) Função afetiva.
Espécies: Cão e gato, podendo-se ainda incluir ainda aves ornamentais, como
os pavões e cisnes.
g) Faro e segurança: Explora-se o olfato dos cães (faro), bastante eficiente dentre as
espécies domésticas, e a coragem, notável qualidade moral seja para caça, seja para
auxiliar às ações policiais e na defesa do próprio homem.
Espécie: Cão.
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h) Função humanitária: Serviço prestado pelos animais de laboratório.
Espécies: Cobaia, coelho, eqüina.
i) Capital vivo: Em concomitância com a função produtiva, certos animais aumentam
de valor com a idade, e nisso reside uma das grandes diferenças entre a “máquina
viva” e a máquina propriamente dita. Enquanto esta só pode funcionar a partir do dia
em que esteja pronta e acabada, o animal pode produzir e trabalhar sem ter alcançado
ainda o seu completo desenvolvimento. A seguir, são apresentados dados referenciais
da valorização de algumas espécies com a idade:
Tipo étnico é o tipo referente à raça. Nada mais é do que o tipo racial. A
fisionomia, o conjunto dos caracteres exteriores e hereditários de uma raça. É uma
expressão da etnografia.
Tipo zootécnico constitui uma expressão de exterior, designando uma
conformação que corresponde a certa utilização do animal. Portanto, nada tem a ver
com a noção de raça, e tão somente à de rendimento zootécnico. Como exemplo, "tipo
leiteiro", refere-se à conformação do animal cuja função é produzir leite, não
importando qual a raça.
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c) Misto (Sela e Tração): Cavalos com características intermediárias entre os tipos sela e
tração.
Ex.: Andaluz.
2. SUÍNA
a) Banha: Também conhecidos como "lard type". Apresentam o corpo largo, profundo,
simétrico, baixo e compacto.
Ex.: Raças nativas brasileiras Canastra e Piau.
b) Carne magra: Também conhecidos como "bacon type". Apresentam o corpo longo,
profundo, bem equilibrado ou com quartos posteriores predominantes.
Ex.: Wessex.
c) Carne e toucinho: Suínos intermediários entre os tipos banha e carne magra.
Ex.: Landrace.
3. BOVINA
a) Leite: Apresentam tendência leiteira, ou seja, atributos indicativos de aptidão leiteira.
Demonstram forma de cunha, quando observados sob três ângulos:
• Visto de lado, a linha inferior se mostra descendente da frente para trás.
• Visto de frente, as linhas das paletas se abrem para baixo;
• Visto de cima, as linhas laterais apertadas na frente, se afastam nos quartos
posteriores.
A aparência geral, em comparação com a dos bovinos de corte, é de um
animal menos musculoso, com ângulos e costelas mais salientes, porém revelando
vivacidade, vigor e saúde. Apresentam um bom desenvolvimento das glândulas
mamárias.
Ex.: Holandesa, Jersey, Guernsey.
b) Corte: Apresentam tendência à engorda, ou seja, atributos relacionados com a
capacidade de ganhar peso. Possuem corpo em forma de cilindro compacto, profundo
e moderadamente comprido. Deve ser tão liso quanto possível na união das diversas
regiões, sem saliências nas espáduas, sacro e base da cauda; sem depressões no
cilhadouro e flancos; bem proporcionados e devem se locomover com facilidade.
A linha superior deve ser retilínea, larga e bem musculosa desde o pescoço até a base da
cauda. O quarto anterior deve ser largo, profundo, cheio e apresentar bom espaço
entre os membros, denotando boa capacidade respiratória, e o quarto posterior deve
ser comprido, largo e profundo.
O corpo tem a forma cilíndrica, conforme a raça, com os quartos anteriores e posteriores
igualmente desenvolvidos, preferindo-se maior volume muscular nos posteriores.
Ex.: Hereford, Nelore, Indubrasil.
c) Tração: Os bovinos tipo tração apresentam conformação compacta, forte e
musculatura bem desenvolvida, principalmente no dorso e quartos posteriores.
Pernas curtas e fortes, possuindo peito largo. O peso do corpo apoia-se cerca de 60%
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nos membros anteriores e 40% nos membros posteriores. O temperamento deve ser
dócil, calmo e sem vícios.
Ex.: Mestiços nativos.
d) Misto (Leite e carne): Apresentam atributos intermediários aos bovinos tipo carne e
tipo leite
Ex.: Pardo suíço, Sindi.
4. CAPRINA
a) Leite: Muito semelhantes às características gerais da vaca leiteira, possuindo
conformação geral tendendo às formas clássicas de cunha. Aspecto descarnado,
feminilidade acentuada nas matrizes e, sobretudo, úbere desenvolvido e glanduloso.
Ex.: Saanen, Parda Alpina.
b) Corte: Corpo comprido e profundo, largo no dorso, espáduas bem desenvolvidas e
com amplas e bem distribuídas massas musculares. Peito amplo, largo, com boa
profundidade e com uma profunda e larga massa muscular. Linha dorso-lombar
retilínea e ampla. Tórax profundo, com costados bem arqueados e musculosos, e com
costelas bem separadas. Ancas bem separadas, musculosas e arredondadas. Garupa
ampla e comprida, com inclinação suave e boa cobertura muscular.
Ex.: Boer.
c) Pêlo: Caprinos com pelo brilhoso, fino, suave e uniforme. São preferidos os animais
de pelos cacheados e enovelados, sendo rejeitados os fios muito lisos, curtos,
untuosos, esponjosos e grosseiros.
Ex.: Angorá.
d) Misto (leite e carne): Caprinos que apresentam, em geral, baixa capacidade para
produzir leite e carne. Devem ser melhorados visando maior grau de especialização
para o tipo desejado.
Ex.: Moxotó, Anglo-nubiana.
5. OVINA
a) Lã: Apresentam pequeno porte e corpo menos profundo que os demais tipos. O corpo
apresenta como contorno desejável o mais cilíndrico, envolto por uma densa
cobertura de lã, ocorrendo os tipos de lã fina, média ou forte. É característica a
presença de maior ou menor número de rugas na pele, especialmente no pescoço e
peito.
Ex.: Lã fina a forte - Merinos.
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Lã forte - Corriedale, Ideal, Romney Marsh e Suffolk.
Fina 16 a 20 Merina
Média 20 a 22 Merina
Forte 23 a 26 Amerinada, Prima A e
Prima B
6. BUBALINA
a) Leite.
Ex.: Murrah, Mediterrânea.
b) Misto:
Leite e Carne.
Ex.: Jaffarabadi.
Carne e Tração.
Ex.: Carabao.
7. AVES
a) Postura.
As boas poedeiras apresentam cristas, barbelas e patas descoradas e pouco
desenvolvimento corporal, mostrando aparência sadia.
b) Corte.
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BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
ESTUDO DIRIGIDO
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1 - INTRODUÇÃO
2.1 - CABEÇA
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• Posterior - Onde localizam-se a ganacha e entre-ganacha.
• Laterais -(direita e esquerda) - Onde estão as orelhas, olhais, olhos,
bochechas, narinas e fontes.
II) As extremidades são:
• Superior - Limitada pela nuca, parótida e pela garganta.
• Inferior - Constituída pela boca.
FRONTE, FRONTAL ou TESTA - Região ímpar que tem por base anatômica os ossos
frontais, parietais e face anterior do occipital, localizada na parte ântero-
superior da cabeça. Limitada posteriormente pela nuca, inferiormente pelo
chanfro, e lateralmente pelos olhos, olhais, fontes e orelhas.
MARRAFA ou TOPETE - Região ímpar correspondente ao bordo caudal da fronte,
situada medianamente à inserção dos cornos. Anatomicamente denominada
protuberância intercornual. Nos animais mochos, a marrafa é saliente e
arredondada. "Nimburi" é o termo usado na Índia para designar a eminência
frontal. Na marrafa, às vezes está presente o topete ou tufo de pelos.
CHANFRO ou CANA DAS VENTAS - Região ímpar que tem por base anatômica os
ossos nasais. Seu limite caudal é a fronte; o oral, o espelho e as narinas; e os
laterais, as bochechas. O perfil da fronte juntamente com o do chanfro
caracterizam o perfil da cabeça, que segundo Neiva (1998) pode ser retilínea,
concavilínea e convexilínea, sendo as duas últimas sub-divididas em
ultracôncavo e subcôncavo e ultraconvexo e subconvexo, respectivamente. A
título de exemplo, destacam-se os perfís ultra-convexo no Gir; sub-convexo
no Indubrasil, no Sindi e no Nelore; e, sub-côncavo no Guzerá.
CORNO, ASPA ou ARMA - Região par formada pelo estojo córneo que recobre o
processo cornual. Varia quanto à inserção, diâmetro, comprimento, seção
transversal, forma e coloração, o que tem grande importância na
caracterização das raças, devido à alta hereditariedade dessas variações.
Podem estar ausentes em algumas raças, denominadas mochas, em inglês
"polled". Outra variação é o corno chamado "banana", móvel e pendente,
onde a cavilha óssea na sua conjunção com a marrafa interrompe-se e um
tecido fibro-cartilaginoso liga o corno à cabeça, explicando-se, assim, sua
mobilidade, aliás muito variável, podendo chegar a ser nula. O animal que
apresenta cornos é denominado aspado. Por batoque se entende os tocos de
cornos (em inglês, "scurs"), rudimentos de aspas, protuberâncias, botões, não
aderidos ao tecido ósseo da caixa craniana, diferentemente dos cornos
verdadeiros.
ORELHA - Região par implantada entre a fronte, a nuca e a parótida. Anatomicamente
corresponde ao pavilhão auricular. Tem por base anatômica cartilagem e
músculos. Serve para distinguir as raças, visto serem a forma, dimensão e
posição altamente hereditárias. Nos bovinos europeus, não há grande variação
em seu formato e tamanho, que normalmente são curtas e médias e de pontas
arredondadas. O posicionamento da orelha é fator indicativo de
temperamento e estado de higidez dos animais.
OLHO ou VISTA - Região par, situada entre a fronte, o chanfro e a bochecha. Consiste
do globo ocular, protegidos pelas pálpebras e pestanas; devem ser simétricos.
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Constitui-se fator indicativo do tipo étnico e da saúde dos animais. São
elípticos (Guzerá e Nelore) e mais aproximados da forma circular nas outras
raças.
BOCA - Região ímpar. Limita-se com o focinho, as narinas e bochechas. Tem por base
anatômica os intermaxilares, maxilares e palatinos. Nela encontram-se os
lábios, os dentes, as gengivas, o céu da boca, palato ou palatino e a língua.
Nos bovinos, os incisivos superiores e os caninos são ausentes, onde se
verifica uma cartilagem dura revestindo a gengiva, denominada almofada
dentária.
GANACHA ou PARTE POSTERIOR DO QUEIXO - Região par, situada abaixo da
bochecha, tem por base anatômica as bordas ventrais das mandíbulas.
GARGANTA, GORJA ou GOLA - Região ímpar, situada entre o pescoço e a fauce.
Deve ser larga, correspondendo a um bom desenvolvimento da laringe e ao
afastamento dos ramos do mandibular. Quando a garganta é larga, a boca é
espaçosa e o animal comedor.
ESPELHO - Situado entre as narinas e acima do lábio superior. Corresponde
anatomicamente à região naso-labial. As rugosidades do espelho apresentam
variações individuais que permitem identificação específica, tal qual
impressões digitais dos humanos. A coloração do espelho constitui-se em
indicativo da pureza racial e também pode caracterizar o estado sanitário do
animal, devendo apresentar-se úmido e brilhoso. Nos zebuínos, o espelho
deve ser preto.
NUCA - Região ímpar que tem por base anatômica a articulação atlóideo-occipital. Está
situada entre as orelhas, posteriormente à crista nucal (marrafa) e
anteriormente ao bordo superior do pescoço. Deve ser espaçosa.
PARÓTIDA - Região par compreendida pela glândula do mesmo nome. Situa-se entre a
orelha, garganta, bochecha e tábua do pescoço. Deve apresentar ligeira
depressão.
FONTE ou TÊMPORA - Região par, em saliência, situada entre a orelha, a fronte, o
olho e a bochecha. Tem por base anatômica a fossa temporal.
BOCHECHA - Região par, situada entre a fonte, o chanfro, o olho, a parótida, a boca e
a ganacha. Divide-se em "chato da bochecha" e "bolsa" que têm por base
anatômica, respectivamente, os músculos masseter e bucinador.
NARINA ou VENTA - Região par, correspondente à abertura externa das vias
respiratórias ou aberturas nasais. Tem por base anatômica cartilagens e
músculos. Devem estar sempre bem abertas e saudáveis.
FAUCE, ENTRE GANACHAS ou CALHA - Região ímpar, limitada lateralmente pelas
ganachas, posteriormente pela garganta e anteriormente pelo lábio inferior.
Tem por base anatômica o hióide e músculos.
GARGANTA, GORJA ou GOLA - Região ímpar, situada entre o pescoço e a fauce.
Deve ser larga, correspondendo a um bom desenvolvimento da laringe e ao
afastamento dos ramos do mandibular. Quando a garganta é larga, a boca é
espaçosa e o animal comedor.
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2.2-PESCOÇO - Liga-se anteriormente à nuca, parótidas e garganta; posteriormente à
cernelha, escápula e peito. Tem por base anatômica as vértebras cervicais,
ligamentos cervicais e músculos. As tábuas direita e esquerda, apresentam a
"goteira da jugular", depressão longitudinal por onde passa a veia de mesmo
nome. As tábuas apresentam, ainda, dobras da pele que a reveste e que se
mostra frouxa. No bordo superior ocorre, nos machos taurinos, uma massa
músculo-gordurosa denominada cangote, diferente do cupim dos zebuínos.
No bordo inferior insere-se a barbela ou papada, prolongamento da pele que
reveste este bordo, muito desenvolvida nos zebuínos. Forma na parte anterior
a papada e desce ao longo do pescoço até a extremidade deste.
BARBELA - A barbela se inicia discretamente bifurcada em dois pequenos ramos que
se juntam, até alcançar a inter-axila e atingir o refego, ou seja, a dobra de pele
que percorre o esterno e liga, na maioria dos casos, a barbela ao umbigo. O
desenvolvimento do refego, às vezes, acompanha o da barbela.
2.3-TRONCO
37
tuberosidades isquiáticas entre si e os ângulos externos dos íleos. Sua beleza
está em ser ampla, em plano horizontal. Normalmente é considerada "teto do
úbere".
PEITO - Região ímpar, situada entre a base do pescoço, a ponta das escápulas e as inter-
axilas. Tem por base anatômica a extremidade anterior do esterno e
respectivos músculos, denominada região pré-esternal. Deve ser largo e
musculoso nos bovinos de corte e mais discreto nos bovinos leiteiros. Em
ambos os casos, deve apresentar o couro pregueado e frouxo.
AXILA ou SOVACO - Região entre o membro anterior e as inter-axilas. Nessa região a
pele é mais flácida e os pelos mais ralos.
INTER-AXILA - Região situada entre as axilas, posteriormente ao peito e adiante do
cilhadouro. Tem por base anatômica a porção média do osso esterno e
músculos.
COSTADO ou COSTELAS - Região par abaixo do dorso, atrás da paleta, adiante do
flanco e acima do ventre. Tem por base anatômica oito a nove pares de
costelas e músculos correspondentes, denominada região toráxica lateral.
Deve apresentar-se largo, profundo, longo e convexo, com costelas
arqueadas, determinando amplitude torácica e abdominal. Envolve os
principais órgãos respiratórios e circulatórios. Nos bovinos de corte, deve ser
bem revestido por massa muscular.
FLANCO, VAZIO, ILHAL ou ILHARGA - Região par situada posteriormente ao
costado, adiante da anca e da coxa, abaixo do lombo e acima do ventre,
anatomicamente denominada fossa paralombar.
CILHADOURO, CINCHA ou PASSAGEM DA CILHA - Região ímpar, situada entre
as inter-axilas e o ventre, abaixo do costado. Corresponde à parte posterior do
esterno, mais cartilagens e músculos.
VENTRE, BARRIGA, PANÇA ou ABDOMEM - Região ímpar, abaixo do costado e
do flanco, adiante da região inguinal, atrás do cilhadouro. Tem por base
anatômica os músculos abdominais.
UMBIGO - Ponto da linha média onde se localiza a cicatriz umbilical.
VIRILHA - Região par formada pela prega cutânea que une o ventre ao membro
pélvico. Anatomicamente corresponde à região inguinal.
REGIÃO INGUINAL - Região ímpar, situada entre o ventre e o períneo. Nesta região
estão localizados os órgãos reprodutivos externos dos machos.
FONTE DO LEITE - Região par, onde a veia mamária penetra no interior do abdômen.
Sua forma e calibre podem estar associados à capacidade circulatória do
aparelho mamário.
CAUDA, RABO ou COLA - Região ímpar inserida na porção mediana e distal da
garupa, continuidade da linha dorso-lombar, na extremidade posterior do
tronco, constituída pelas vértebras coccigianas (18 a 20) e respectivos
músculos. A cauda possui duas partes: "sabugo" ou parte vertebrada e
"vassoura da cauda" formada por um tufo de pelos longos, abundante no gado
indiano. A inserção da cauda, na garupa, pode ser alta (sacro elevado), ou
baixa, quando se insere entre os ísquios, ao dobrar-se para baixo.
38
ÂNUS - Região ímpar, correspondente à abertura posterior do tubo digestivo. Localiza-
se sob a cauda, acima do períneo, nos machos; nas fêmeas situa-se acima da
vulva. Deve ter coloração escura.
PERÍNEO ou REGO - Situa-se entre as nádegas. Nos machos localiza-se do anus ao
escroto. Nas fêmeas, entre a vulva e o úbere.
NÁDEGAS - Região par, situada posteriormente à coxa, estendendo-se da tuberosidade
isquiática ao tendão do jarrete. Tem como base anatômica a tuberosidade do
ísquio e músculos. Deve ser saliente, espessa, descida, polpuda e
arredondada.
ESCROTO - Situado entre as coxas, na região inguinal dos reprodutores. Não deve ser
muito desenvolvido e deve conter dois testículos, também conhecidos
vulgarmente como bagos, grãos ou ovos, onde são produzidos os
espermatozóides, os quais devem apresentar simetria e bom desenvolvimento,
além de mobilidade.
BAINHA, FORRO, BOLSA ou PREPÚCIO - Formada pela dobra de pele que recobre a
verga em repouso. Nos zebuínos, caracteriza-se pelo seu desenvolvimento. É
incorreto denominá-la de umbigo. Quando demasiadamente longa, corre o
risco de traumatizar-se podendo surgir, em conseqüência, a acrobustite e a
fimose.
VERGA, PÊNIS, MEMBRO ou PEÇA - Acha-se envolto pela bainha, quando em
repouso.
VULVA ou VASO - Região ímpar das fêmeas. Localiza-se abaixo do ânus, entre as
nádegas. Mostra dois lábios ligados por comissuras em sentido vertical.
Compõem a abertura externa das vias genito-urinárias. Quando apresenta
pelos demonstra baixa fertilidade.
ÚBERE ou MAMAS - Está situado na região inguinal das fêmeas. Anatomicamente
corresponde às glândulas mamárias. Nas raças leiteiras, projeta-se para o
ventre e para o posterior, atingindo a região média do períneo. Subdivide-se
em quatro quartos, cada qual com uma teta, simétricas, normais, cada uma
com um pequeno orifício na sua face inferior, onde há um esfíncter
responsável pela liberação do leite. É um órgão globoso, em forma de taça, de
volume variável com o estado em que a vaca se encontra, isto é, produzindo
leite ou seca, e ainda, apresenta-se bastante desenvolvido nas raças
especializadas na produção de leite.
2.4-MEMBROS
II) Pélvicos - Apresentam as seguintes regiões: coxa, patela, perna, jarrete, canela,
boleto, quartela e pé.
39
ESCÁPULA, PÁ, APA ou PALETA - Região par situada abaixo da cernelha, acima do
braço, entre a base do pescoço e o costado. Está justaposta ao tórax. Tem
como base anatômica o omoplata e músculos da região, correspondendo à
região escapular. Nos bovinos de corte, deve apresentar-se bem revestida por
músculos.
BRAÇO - Região par localizada entre a paleta e o antebraço. Seu limite posterior é o
codilho. A base anatômica é constituída pelo osso úmero e músculos. A
beleza desta região, nos bovinos de corte, está no desenvolvimento muscular.
CODILHO ou COTOVELO - Limite entre o braço e o antebraço. Corresponde
anatomicamente ao olécrano.
ANTEBRAÇO - Região par que se limita, superiormente, com o braço e o codilho e,
inferiormente, com o joelho. Tem como base anatômica os ossos rádio e ulna.
Deve apresentar-se musculoso nos bovinos de corte.
JOELHO - Região par localizada entre o antebraço e a canela. Tem como base
anatômica os ossos do carpo.
COXA - Região par, limitada proximalmente com a garupa, distalmente com a perna,
anteriormente com o flanco e posteriormente com a nádega. No limite com a
perna, anteriormente, fica a patela. Tem como base óssea a articulação fêmur-
tíbio-patelar e músculos da região. Deve ser bem desenvolvida e musculosa
nos bovinos de corte.
PERNA - Região par localizada abaixo da coxa e da patela, acima do jarrete. Tem por
base anatômica tíbia, fíbula e músculos respectivos. É bela quando
musculosa.
JARRETE, GARRÃO ou CURVILHÃO - Região par, situada inferiormente à perna e
acima da canela. Anatomicamente a ponta do jarrete corresponde à
tuberosidade do calcâneo.
CANELA ou CANA - Nos membros torácicos, está situada abaixo do joelho e acima do
boleto. Nos membros pélvicos, fica abaixo do jarrete e acima do boleto. Tem
por base anatômica os ossos do metacarpo, no primeiro caso, e do metatarso,
no segundo caso. Para ser bela, deve ser bem dirigida, em aprumo, curta,
larga e espessa, apresentando bons ligamentos paralelos.
BOLETO - Região par localizada entre a canela e a quartela. Tem por base anatômica a
articulação metacarpo-falangeana no membro anterior e metatarso-falangeana
no membro posterior e os ossos grandes sesamoideanos em ambos os casos.
Deve ser largo, espesso, seco e bem dirigido.
QUARTELA ou MIÚDO - Região par, situada entre o boleto e a coroa que circunscreve
o casco. Tem por base anatômica as duas primeiras falanges ou falanges
proximais. Apresenta uma forma estrangulada, em comparação com as
regiões limítrofes. Deve ser larga e espessa, seca, não alongada e bem
40
dirigida. O exagerado comprimento acarreta sobrecarga dos ligamentos e, se
estes não forem resistentes, o animal pode se tornar "sapateiro" isto é, baixo-
juntado. A quartela deve formar um ângulo de 45 a 50° com o solo.
COROA - Região que circunscreve o casco. É uma parte da quartela que se articula com
o casco. Está dividida em duas por um sulco que separa os dois dedos. Tem
por base anatômica a porção da segunda falange que está fora do estojo
córneo do casco.
SOBRE-UNHAS - Rudimentos de unhas, localizados posteriormente aos boletos,
apresentam-se duplos em cada membro. Anatomicamente corresponde aos
paradígitos.
UNHA, PÉ ou CASCO - É o estojo córneo que recobre e protege a extremidade de cada
membro. Apresenta-se dividido em duas metades, constituindo as unhas com
um espaço central, denominado espaço interdigital. Pode ser dividido em
perioplo, muralha e sola. Perioplo é a parte córnea que contorna o bordo
superior da muralha. Muralha é a região visível do casco, abaixo do perioplo.
Sola ou palma é a concavidade da face plantar. A coloração das unhas deve
ser sempre preta ou escura nos zebus. As unhas posteriores são mais
desenvolvidos que as anteriores. Os posteriores formam um ângulo de 55°
com a horizontal e os anteriores são menos inclinados (50°). As unhas
externas são mais largas e um pouco mais curtas que as internas. A
denominação "casco" não é adequada no caso dos bovinos.
NUCA - Região ímpar que tem por base anatômica o occipital e músculos. Está situada
entre a fronte, orelha e bordo superior do pescoço. Nela se implanta o topete.
Deve ser alta, cheia e larga.
GARGANTA - Região ímpar situada no ponto de ligação da cabeça com o pescoço,
entre as parótidas. Deve ser larga correspondendo a um bom desenvolvimento
da laringe e ao afastamento dos ramos do mandibular. Quando a garganta é
larga, a boca é espaçosa e o animal comedor.
PARÓTIDA - Região par compreendida pela glândula do mesmo nome. Situa-se de
cada lado da cabeça, em depressão entre as orelhas, garganta, bochecha e
pescoço. Deve apresentar-se longa, lisa e moderadamente reentrante.
FRONTE - Região ímpar que tem por base anatômica os ossos frontais, parietais e face
anterior do occipital. Situa-se entre nuca, chanfro, olho, fonte e orelha. Deve
ser comprida, larga e chata, com perfil retilíneo.
CHANFRO - Região ímpar que tem por base anatômica os ossos nasais. Seu limite
caudal é a fronte, o lateral são bochechas, olhos e narinas e o oral é o focinho.
FOCINHO - Está situado entre o chanfro, as narinas e a boca. Deve apresentar-se com
aparência delicada, suavidade ao tato e íntegro.
ORELHA - Região par implantada entre a nuca, o topete e a parótida. Tem por base
anatômica cartilagem e músculos. Devem ser curtas, delicadas, simétricas e
41
bem dirigidas. São conhecidas as orelhas dos tipos de lebre, de porco,
cabanas, corajosas, medrosas e más.
FONTE - Região par, em saliência reentrante, situada entre orelha, fronte, olho e
bochecha. Tem por base anatômica a região têmpro-maxilar. Deve apresentar
profundidade reduzida.
OLHO ou VISTA - Região par situada entre fronte, chanfro e bochecha. Os olhos são
formados pelo globo ocular, protegido pelas pálpebras e pestanas. As
pálpebras devem ser finas, lisas, rasgadas, móveis, bem dirigidas e mostrando
conjuntiva rosada. Os globos oculares devem ser grandes, simétricos, bem
aflorados, medianamente convexos e brilhantes.
BOCHECHA - Região par situada entre a fonte, o focinho e a ganacha. Deve apresentar
pele fina e musculatura lisa e firme.
NARINA - Região par correspondente à abertura externa das vias respiratórias. Tem por
base anatômica cartilagens e músculos. Localizam-se nas laterais do focinho,
limitada pelo chanfro e lábio superior.
GANACHA - Região par que tem por base anatômica o bordo inferior do ramo
mandibular. Situada aos lados da fauce, acima da barba e abaixo da garganta.
Devem ser secas e bem afastadas.
FAUCE - Região ímpar limitada pelas ganachas, garganta e barba. Deve ser larga, seca
e cavada.
BARBA - Situada entre o lábio inferior e a ganacha, adiante da fauce. Deve ser larga,
arredondada e limpa.
BOCA - Limita-se com focinho, narina e bochecha. Tem por base os intermaxilares,
maxilares e palatinos. Nela encontram-se os lábios, os dentes, as gengivas, o
céu da boca ou palatinos e a língua. É a porção inicial do aparelho digestivo.
PESCOÇO - Liga-se anteriormente à nuca, parótidas e garganta; posteriormente à
cernelha, escápula e peito. Tem por base anatômica as vértebras cervicais,
ligamentos cervicais e músculos. As tábuas direita e esquerda, apresentam a
"goteira da jugular", depressão longitudinal por onde passa a veia de mesmo
nome.
CRINEIRA - Situada no bordo superior do pescoço. Pode ser simples ou dupla,
podendo ser cortada ou trançada. Deve apresentar fios lustrosos, não muito
abundantes, macios e relativamente finos.
CERNELHA - Região ímpar situada entre o bordo superior do pescoço e o dorso, acima
das escápulas. Deve ser alta, longa, seca, musculosa, limpa, bem dirigida e
dotada de base larga.
DORSO - Região ímpar localizada entre a cernelha e o lombo, acima dos costados. Tem
por base anatômica as últimas vértebras torácicas e músculos
correspondentes. Deve ser direito, curto, largo e musculoso.
LOMBO - Situado entre o dorso e a garupa, acima dos flancos e adiante das ancas. Tem
por base anatômica as vértebras lombares e os músculos correspondentes.
Deve ser horizontal, curto, largo, musculoso, bem ajustado e flexível.
42
ANCA - Região par, situada no limite entre lombo e garupa, acima dos flancos.
Anatomicamente, corresponde ao ângulo externo do osso ílio. Devem ser
salientes, simétricas e bem musculosas.
GARUPA - Está situada entre o lombo e a base da cauda, separada da coxa pela linha
que liga a anca à ponta da nádega. Tem por base anatômica o osso sacro, o
coxal e músculos correspondentes. Vista de cima, deve mostrar forma
aproximada de um quadrado.
PEITO - Situa-se entre a base do pescoço, a ponta das escápulas e as inter-axilas. Tem
por base anatômica a extremidade anterior do esterno e respectivos músculos.
Deve ser largo e forte, como indícios de tórax e músculos bem desenvolvidos.
AXILA - Região situada entre as faces internas dos membros torácicos e o tronco. Deve
apresentar pele fina, macia e elástica, livre de irritações.
INTER-AXILA - Região situada entre as axilas, abaixo do peito e adiante do
cilhadouro. Tem por base anatômica o osso esterno e músculos. Deve ser
larga e saliente.
COSTADOS - Região par abaixo do dorso, atrás da paleta, adiante do flanco e acima do
cilhadouro e ventre. Tem por base anatômica oito a nove pares de costelas e
músculos correspondentes. Deve apresentar-se alto, longo e convexo.
FLANCO - Região par situada atrás do último par de costelas, adiante da anca e da
coxa, abaixo do lombo, acima da virilha e do ventre. Deve ser curto e cheio,
com movimentos vagarosos e compassados.
CILHADOURO - Região situada entre a inter-axila e o ventre, abaixo do costado.
Corresponde à parte posterior do esterno, mais cartilagens e músculos. Deve
ser largo e achatado, mas com as partes laterais convexas, indicando tórax
largo e musculoso.
VENTRE - Região situada na face inferior do tronco, abaixo do costado e do flanco,
adiante da virilha e dos órgãos genitais, atrás do cilhadouro. Deve apresentar
volume médio, forma cilíndrica e ligações corretas com regiões adjacentes.
VIRILHA - Região par formada pela prega da pele que une a coxa ao ventre. Deve ser
íntegra, com pele fina e elástica, recoberta por pelos curtos e delicados.
CAUDA OU COLA - Região que se insere na extremidade posterior do tronco,
implantada na garupa. A beleza desta região depende das partes que a
constituem, isto é, do sabugo e das crinas.
ÂNUS - Abertura posterior do tubo digestivo, localiza-se sob a cauda. Deve ser
arredondado, saliente, rijo, bem fechado, apresentando superfície untosa,
glabra e escura.
PERÍNEO - Situa-se entre as nádegas e vai do ânus ao escroto nos machos e da vulva às
mamas nas fêmeas. Deve apresentar pele macia, fina, lisa e íntegra, com pelos
delicados e curtos.
ESCROTO - Localizado entre as coxas, na região inguinal, tem a função de alojar e
proteger os testículos. Deve ser fino, macio, elástico, untoso e recoberto por pelos
curtos e delicados.
BAINHA - Formada pela dobra de pele que cobre a verga em repouso. Deve ser fina,
macia, elástica, ampla, íntegra e isenta de verrugas.
43
VERGA ou PÊNIS - Acha-se envolto pela bainha, quando em repouso.
VULVA - Parte posterior do aparelho genital das fêmeas. Localiza-se abaixo do ânus,
entre as nádegas. Mostra dois lábios ligados por comissuras. Deve apresentar
lábios serrados, firmes, sem verrugas, apresentando pele macia, fina, elástica,
untosa, glabra e de cor escura.
MAMAS - Situadas na região inguinal, entre as coxas, formando duas saliências
arredondadas. Cada mama é prolongada por uma teta, cujo ápice apresenta
dois ou mais orifícios para saída do leite. Devem apresentar volume de
acordo com a idade e estado da fêmea, mostrando pele fina, lisa, macia e de
cor escura. As tetas devem apresentar tamanho regular, forma perfeita e
simétrica.
ESCÁPULA, PÁ ou PALETA - Região par situada abaixo da cernelha, acima do braço,
entre a base do pescoço e o costado. Tem como base anatômica o omoplata e
músculos da região. Deve ser longa, bem dirigida, musculosa e dotada de
movimentos amplos.
BRAÇO - Região par localizada entre a paleta e o antebraço. Seu limite posterior é o
codilho. Deve ser longo, musculoso, embora esta musculatura deva ser seca
nos cavalos galopadores.
CODILHO - Região par, situada entre o braço e o antebraço, na parte posterior do
primeiro. Deve ser longo, alto e bem dirigido.
ANTEBRAÇO - Região par que se limita, superiormente, com o braço e,
inferiormente, com o joelho. Tem como base anatômica os ossos rádio e
cúbito. Deve ser longo, largo, musculoso e bem dirigido.
JOELHO - Região par localizada entre o antebraço e a canela. Tem como base
anatômica os ossos do carpo. Deve ser volumoso, seco e bem sustentado.
COXA - Região par que se limita superiormente com a garupa, inferiormente com a
perna, anteriormente com o flanco e a patela e, posteriormente, com a nádega.
No seu limite com a perna, anteriormente, fica a patela, cuja base óssea é a
rótula. Tem como base anatômica o fêmur e músculos da região. Deve ser
longa, musculosa e bem desenvolvida.
NÁDEGAS - Região par situada posteriormente à coxa, estendendo-se da tuberosidade
isquiática ao tendão do jarrete. Tem como base anatômica a tuberosidade do
ísquio e músculos. Deve ser saliente, musculosa e seca.
PATELA - Região par, situada na parte anterior da união entre a coxa e a perna. A
dobra da perna que forma a patela deve ser fina, macia e elástica.
PERNA - Região par localizada abaixo da coxa e da patela, acima do jarrete. Tem por
base anatômica a tíbia, a fíbula e músculos respectivos. Sua beleza está em
ser musculosa, longa e bem dirigida.
JARRETE - Região par situada abaixo da perna e acima da canela. A ponta do jarrete
corresponde à tuberosidade do calcâneo. Deve ser volumoso, seco, com boa
abertura e bem movimentado.
3.1 - REGIÕES COMUNS AOS MEMBROS TORÁCICOS E PÉLVICOS
44
CANELA - Nos membros torácicos, está situada abaixo do joelho e acima do boleto.
Nos membros pélvicos, fica abaixo do jarrete e acima do boleto. Tem por
base anatômica os ossos do metacarpo no primeiro caso e do metatarso no
segundo caso. Para ser bela, deve ser bem dirigida, em aprumo, curta, larga,
espessa e apresentar bons tendões.
BOLETO - Região par localizada entre canela e quartela. Tem por base anatômica a
articulação metacarpo-falangeana no membro anterior e metatarso-falangeana
no membro posterior, e os ossos grandes sesamoideanos em ambos os casos.
Deve ser largo, espesso, seco e bem sustentado.
QUARTELA - Região par situada entre o boleto e a coroa que circunscreve o casco.
Deve ser volumosa, seca, regularmente longa, flexível e bem dirigida.
COROA - Região que coroa o casco, situada entre a quartela e o casco. Deve ser larga,
seca e bem ajustada à quartela.
CASCO - É o estojo córneo que recobre e protege a extremidade de cada membro. Os
cascos anteriores são mais desenvolvidos que os posteriores. São
caracterizados quanto ao volume, à forma, à qualidade da matéria córnea e
aos aprumos.
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
45
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA
I - CONSIDERAÇÕES GERAIS
46
II - CATEGORIAS DE BOVINOS QUANTO À IDADE
1 - Elementos primários
a) Dentes
a) Dentição caduca
b) Dentição definitiva
47
São denominados caducos ou "de leite", os incisivos da primeira dentição, e
definitivos os da segunda. A diferença entre os dentes caducos e definitivos é dada,
principalmente, pelo volume, pois os primeiros são bem menores e não apresentam
estrias longitudinais.
O aparecimento dos incisivos substitutos coincide praticamente com a queda
dos caducos correspondentes. Por ocasião da irrupção, o bordo anterior dos incisivos é a
primeira parte a aparecer e, somente depois de algum tempo surge o restante do dente.
O dente incisivo apresenta as seguintes regiões anatômicas: coroa, que se
mostra livre, em forma de pá, convexa na face labial e côncava na face lingual,
apresentando a mesa dentária; colo bem acentuado, ainda mais no dente caduco; raiz,
relativamente alongada e de secção circular, implantada no alvéolo dentário, recoberta
pela gengiva e um tanto móvel, conforme sua implantação, evitando traumatismos na
almofada gengival.
Na mesa dentária de cada incisivo há uma depressão oval, mais ou menos
profunda, denominada cavidade dentária externa ou corneto dentário externo.
No interior da cavidade dentária externa há depósito de uma substância
escura, conhecida por germe de fava.
O dente é constituído por dentina (substância fundamental), esmalte e
cimento (substâncias de revestimento) e polpa dentária. O esmalte, transparente e
muito duro, recobre e protege a coroa, dando brilho e rigidez ao dente. Abaixo do
esmalte, na coroa, e do cimento, na raiz, nota-se a dentina, substância dura e
ligeiramente amarelada que predomina na constituição do dente, na qual estão as
cavidades dentárias externa e interna; a dentina de neoformação é de um amarelo
mais escuro. Envolvendo a raiz encontra-se o cimento, amarelo sujo e menos duro que a
dentina, serve para dar maior consolidação ao dente no alvéolo. Enchendo a cavidade
dentária interna, está a polpa dentária, de cor avermelhada e incluindo vasos sangüíneos
e filetes nervosos (substância vásculo-nervosa), que gera a dentina de neoformação.
A eminência ou saliência avale é representada pela saliência cônica
existente na face lingual da coroa e está diretamente relacionada ao nivelamento
dentário.
48
relevo sobre a mesa dentária, e ao desaparecer caracteriza a fase de nivelamento do
dente.
A forma da mesa dentária sofre modificações com a usura, e passa de
elíptica a oval, desta a arredondada, depois triangular, e, finalmente, biangular.
INFLUÊNCIA DA PRECOCIDADE
49
QUADRO 2 - Idade aproximativa dos bovinos pela arcada dentária
Pi M C Pi M Can
nças édios antos nças édios tos
Ao nascer 2 2 - - - -
Aos 20 dias 2 4 2 - - -
Aos 2 anos - 4 2 2 - -
Aos 3 anos - 2 2 2 2 -
Aos 3 ½ anos - - 2 2 4 -
Aos 5 anos - - - 2 4 2
b) Cornos
50
somando-se dois ao número de sulcos existentes no corno. Por exemplo, cornos com
seis sulcos indicam oito anos de idade.
Nos animais velhos, o crescimento dos cornos é lento, conseqüentemente, os
sulcos ficam muito aproximados. Neste caso, a palpação é mais conveniente que a
visão, para o exame e a contagem dos sulcos pouco nítidos.
O desgaste dos cornos sobre superfícies ásperas e a limagem dos mesmos
dificultam a apreciação.
Períodos prolongados de doença podem provocar confusão, pois
determinam a formação de sulcos secundários mais ou menos profundos.
Nas vacas mantidas em regime de estabulação, com alimentação
suplementar permanente, os sulcos correspondem mais a períodos de gestação que à
escassez temporária e intermitente de alimentação. Mesmo assim, a contagem dos
sulcos deve ser feita da forma já recomendada, pois, em geral, a primeira gestação
ocorre até três anos de idade e as subseqüentes, se sucedem anualmente, sob condições
normais.
2 - Elementos secundários
51
V - PROCESSOS PARA DETERMINAÇÃO DA IDADE DOS OVINOS E
CAPRINOS
2o Período: Nivelamento dos dentes caducos que, embora se processe com certa
irregularidade, segundo as raças, a natureza das forragens consumidas,
etc., apresentam características ligadas à conformação e ao tamanho dos
dentes, as quais concorrem para uma determinação aproximada.
52
7 anos - primeiros médios nivelados;
8 anos - segundos médios nivelados;
9 anos - cantos nivelados.
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
CAMARGO, M.X., CHIEFFI, A. Ezoognósia. São Paulo: Instituto de Zootecnia, 1971.
320p.
GUIA RURAL. Cavalos. São Paulo: Abril, 1991. 170p.
JARDIM, V.R. Curso de Bovinocultura. 4. ed. Campinas: Instituto Campineiro de
Ensino Agrícola, 1988. 525p.
MILLEN, E. Zootecnia & Veterinária: teoria e práticas gerais. Campinas: Instituto
Campineiro de Ensino Agrícola, 1975. 409p.
RIBEIRO, D.B. O Cavalo: raças, qualidades e defeitos. Rio de Janeiro: Globo, 1988.
318p.
SEIXAS, V.N.C.; CARDOSO, E.C.; ARAÚJO, C.V. et al. Determinação da cronologia
dentária dos machos bubalinos (Bubalus bubalis) criados no estado do Pará. Ciência
Animal Brasileira, v.8, n.3, p.529-535, 2007.
SILVA, A. L. Manual do Criador. São Paulo: J. L. Gráfica Editora. 1963. 204p.
TORRES, A.D.P., JARDIM, W.R. Criação do Cavalo e de outros Eqüinos. São Paulo:
Nobel, 1977. 654p.
VAL, L.J.L. Exterior dos Eqüídeos. Belo Horizonte: Escola de Veterinária da UFMG,
1982. 95p.
ESTUDO DIRIGIDO
53
• Identificar os elementos que caracterizam a idade aproximativa dos animais.
• Caracterizar as fases da vida dos animais.
• Identificar as categorias animais quanto às fases da vida.
• Identificar elementos primários e secundários para determinação da idade
aproximativa dos animais.
• Identificar os tipos de dentes como elementos primários envolvidos na determinação
da idade aproximativa dos animais.
• Apresentar as fórmulas dentárias das espécies difiodontes de interesse zootécnico.
• Identificar a idade de animais quanto à cronologia dentária, considerando os
processos de irrompimento, mudas e usura dos dentes.
• Discutir quanto aos fatores que limitam a precisão de idade aproximativa.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
54
DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA
b) Aprumos irregulares:
⇒ Desvios totais:
• Para diante - Acampado-de-diante (estacado). O animal se torna
impróprio para o serviço de sela.
• Para trás - Sobre-si-de-diante (debruçado). Provoca o
abaixamento dos talões ou o levantamento da pinça.
⇒ Desvios parciais:
• Nos joelhos
Para diante: ajoelhado
Para trás: transcurvo. É tolerável no cavalo de tração.
• Nos boletos
55
Para diante: boletado (acarreta fraqueza extrema dos anteriores e anula o
amortecimento das reações).
• Nas quartelas
Para diante: longe de quartela ou sapateiro (baixo de quartela). Sobrecarrega
os talões e ligamentos.
Para trás: curto de quartela (fincado-sobre-a-quartela).
• Nos pés
Para diante: pé comprido (oferece mau apoio).
Para trás: pé pinçadeiro (recai sobre a pinça e acarreta andamentos
encurtados).
Para trás: pé boto (reúne inconvenientes do boletado e pinçadeiro,
apresentando ainda retração dos tendões flexores).
b) Aprumos irregulares:
⇒ Desvios totais:
• Para fora - Aberto-de-frente. Provoca má distribuição de pressões
nas superfícies articulares e os ligamentos externos são sobrecarregados.
• Para dentro - Fechado-de-frente. Torna o equilíbrio instável e
expõe o animal a lesões.
• Desvios parciais:
• Nos joelhos e boletos
Para fora: arqueado
Para dentro: cambaio
Nestes casos há comprometimento da firmeza de apoio e da beleza dos
andamentos.
• Nos pés
Para fora: arqueados
Para dentro: cambaios
Nestes casos há frequência de lesões, principalmente nos pés cambaios.
• Torções
Para fora: esquerdo. Apresenta torção para fora, isto conduz ao desgaste
prematuro.
Para dentro: caravanho.
Nestes casos há freqüência de lesões, principalmente nos pés cambaios.
56
2.1. APRUMOS POSTERIORES VISTOS DE PERFIL
a) Aprumos regulares:
• Quando a linha do aprumo baixada da ponta da nádega, passa pela
ponta do jarrete, tangencia a porção posterior na parte superior e alcança o solo
a 5 cm atrás das unhas.
b) Aprumos irregulares:
⇒ Desvios totais:
• Para frente - sobre-si-de-trás (acurvilhado). Sobrecarrega os talões
e as articulações do jarrete e do boleto, facilitando o aparecimento de
exostoses.
• Para trás - acampado-de-trás. O animal torna-se facilmente selado
com as pinças e mamas sobrecarregadas e os andamentos prejudicados.
⇒ Desvios parciais:
• Nos jarretes
Para trás: jarrete aberto (maior que 160o)
Para diante: jarrete fechado (menor que 140o)
Nos boletos, quartelas e pés, os desvios recebem as mesmas
denominações e apresentam os mesmos inconvenientes já identificados em
relação aos membros anteriores.
• Desvios parciais:
• Nos jarretes
Para fora: jarretes arqueados. Apresenta má sustentação, jarretes vacilantes,
má impulsão, etc.
Para dentro: jarretes ganchudos. Apresenta andamentos defeituosos e gasto
normal do casco.
• Nos boletos e pés
Para fora: zambro. Apresenta soldra afastada, jarretes ganchudos e pinças
desviadas para fora.
57
Para dentro: cambaio. Torna os andamentos defeituosos e expõe o animal à
ruína.
Obs.: O cambaio pode ocorrer a partir dos jarretes e boletos, ou
somente nos pés.
3 - ESTAÇÃO
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
• Caracterizar aprumos.
• Identificar os aprumos regulares e irregulares dos animais e as conseqüências que
podem acarretar sobre seu desempenho produtivo.
58
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1 - BELEZA
a) Beleza absoluta
Indispensável a todos os animais, tornando-os eficientes a qualquer fim
utilitário, não importando a aptidão, raça ou idade.
Ex.: Aprumos perfeitos, olhos normais.
b) Beleza relativa
Exigida para um determinado fim utilitário. Determinada em função do tipo
zootécnico.
Ex.: O cavalo de tração deve apresentar tronco amplo, peito largo, pescoço
musculoso, garupa maciça, membros curtos e grossos; enquanto, o cavalo de sela deve
apresentar tronco delgado, cabeça pequena, pescoço fino e longo, membros longos e
com canelas delgadas. O bovino tipo carne deve apresentar culote cheio e o tipo leite,
corpo anguloso.
59
c) Beleza convencional
Imposta pela moda, ou apresentada para fim comercial. Determinada apenas
pela preferência pessoal.
Ex.: Pelagens exóticas ou raras, andamentos naturais ou adquiridos.
2 - DEFEITO
Conformação imprópria ou má qualidade física do animal. É um atributo
antagônico à beleza.
O defeito pode ser classificado em absoluto, relativo, convencional,
congênito e adquirido.
a) Defeito absoluto
Prejudica o animal em qualquer fim utilitário. Não pode ser compensado.
Ex.: Cegueira, maus aprumos, cifose (coluna vertebral convexa), lordose
(coluna vertebral côncava, selada), escoliose (curvatura lateral da coluna vertebral, que
pode ser única ou múltipla).
b) Defeito relativo
Prejudica parcialmente o animal, não influenciando muito no seu fim
utilitário. Pode ser compensado, segundo a utilização do animal.
Ex.: Cavalo de sela com pescoço grosso devido à castração tardia.
c) Defeito convencional
Determinado pela moda ou fim comercial, levando o animal à rejeição pela
preferência pessoal.
Ex.: Pelagens que não se enquadram na pretensão do indivíduo.
d) Defeito congênito
São anomalias do crescimento e da forma do esqueleto, devidas a fatores
que atuam em um momento qualquer do desenvolvimento do embrião ou do feto, desde
a diferenciação dos segmentos mesodérmicos até o nascimento. O defeito congênito
ocorre por inibição de um ou mais estágios da complexa seqüência do desenvolvimento
fetal e poderá afetar uma simples estrutura anatômica ou funcional, ou um sistema como
um todo, ou ainda poderá haver combinação, tanto de alterações estruturais como
funcionais ou sistêmicas (DENNIS & LEIPOLD, 1986 e LEIPOLD, 1986).
Ex.: Agnatismo (ausência de maxilar inferior), Prognatismo (maxilar
inferior proeminente), Criptorquidismo (ausência de testículos), Monorquidismo
(presença de apenas um testículo na bolsa escrotal), Hipoplasia testicular (testículos
pouco desenvolvidos), etc.
e) Defeito adquirido
60
Surge após o nascimento. Adquirido durante a fase de vida pós-natal do
animal.
Ex.: Cegueira por acidente ou doença.
3 - OBJEÇÃO
4 - VÍCIO
5 - VÍCIO REDIBITÓRIO
61
[O contrato oneroso permite a ação redibitória nas seguintes bases: salvo
cláusula expressa, a ignorância de tais vícios pelo vendedor não o exime de
responsabilidade; se o vendedor conhecia o vício ou o defeito, restituirá o que recebeu
com perdas e danos; se não o conhecia, tão somente restituirá o valor recebido, mais as
despesas do contrato; a responsabilidade do vendedor subsiste ainda que o animal
pereça em poder do comprador, se perecer de vício oculto já existente à época da
transação; quando o vício não inutiliza por completo o animal, o comprador pode
reclamar abatimento no preço, em vez de rescindir o contrato; se o animal for vendido
em hasta pública, não cabe ação redibitória, nem a de pedir abatimento no preço;
quando os animais forem comercializados em conjunto, parelhas ou lotes, o defeito
oculto de um não autoriza a rejeição de todos; a ação redibitória, ou pedido de
abatimento no preço, só podem ser intentada dentro do prazo de quinze dias, contados a
partir da data da transação.]
Como exemplos de vícios redibitórios, previstos em Medicina Legal
Veterinária, podem ser citados:
• Enfermidade ou defeito transmitido hereditariamente;
• Enfisema pulmonar;
• Asma determinada por alterações crônicas do aparelho
respiratório ou do circulatório;
• Esterilidade (180 a 200 dias de garantia);
• Claudicação crônica intermitente.
6 - FRAUDE
7 - TARA
62
É qualquer sinal visível exteriormente que deprecia o animal. Tumores
moles ou duros que se desenvolvem geralmente nos membros, ao longo dos raios ósseos
e em torno das articulações. São provocados por esforço em trabalho ou por acidente.
Muitas vezes determinam manqueiras, conforme a localização. Algumas cicatrizes
acidentais ou cirúrgicas são denominadas taras.
Quanto à textura, as taras podem ser classificadas em tara mole e tara dura.
a) Tara mole
Provocada pelo derrame de sinóvia articular ou tendinosa (líquido existente
na bainha sinovial articular ou tendinosa). Constitui-se de tumores flutuantes, tomando
as denominações de hidartose ou hidropisia. São denominadas vulgarmente de ovas ou
ventos, quando localizadas na região do boleto.
b) Tara dura
Ocorre notadamente nos membros. Provocada por osteíte ou periostite,
proveniente de traumatismos violentos nos ossos ou de origem hereditária, de fadiga ou
de trabalho exagerado em animais novos ou predispostos. São denominadas exostoses,
pois resultam de tumores ósseos de tamanho variável.
A origem hereditária das taras duras é um tanto controvertida. Embora seja
mais aceitável a hipótese de que não há transmissão hereditária direta do tumor ósseo e
sim uma predisposição para o surgimento da tara nos primeiros esforços ou
traumatismos.
8 - CONSTITUIÇÃO
63
lisos, finos, macios e brilhantes, em cobertura uniforme; tendões nítidos e fortes;
aprumos regulares; olhar vivo e atento; atitudes alertas; movimentos fáceis, vivos,
enérgicos e elegantes; boas ligações e harmonia geral.
A má constituição pode ser dividida em grosseira e débil. A constituição
grosseira é revelada por cabeça empastada; olhos encovados e pálpebras grossas; ossos
volumosos e articulações bem definidas; tendões pouco nítidos; pele grossa; pelos
grosseiros e irregularmente distribuídos; musculatura sem relevos salientes; más
ligações entre as regiões do corpo; falta de harmonia geral; atitudes indiferentes e
movimentos pouco enérgicos.
A constituição débil pode ser caracterizada por cabeça estreita; olhos
apáticos; orelhas finas; pescoço longo e fraco; tórax estreito e ossatura débil;
articulações salientes; musculatura geral deficiente; regiões mal definidas e mal
conformadas; aprumos irregulares; pele fina e pelos mal assentados, com falhas visíveis
em torno das cavidades naturais; má simetria geral; predisposição a adquirir vícios;
fraca resistência a doenças e ao ambiente desfavorável; baixa capacidade reprodutiva.
9 - TEMPERAMENTO
10 - DISPOSIÇÃO
11 - QUALIDADE
64
lisura das superfícies do corpo são indícios de qualidade. Os animais podem ser
considerados de boa ou má qualidade. Nos bovinos tipo corte, considera-se de boa
qualidade, o animal que apresentar pouco desenvolvimento nas regiões que apresentam
cortes de carcaça de baixo valor comercial.
12 - SUBSTÂNCIA
13 - CONFORMAÇÃO
14 - SIMETRIA
15 - TIPO ZOOTÉCNICO
16 - TIPO SEXUAL
É evidenciado pela integridade e desenvolvimento normal dos órgãos
genitais, assim como pela presença de caracteres sexuais secundários bem definidos,
dos quais resulta a aparência masculina ou feminina. É importante no julgamento de
reprodutores.
17 - ESTILO
Envolve as atitudes e a estética das regiões do corpo do animal e de seu
conjunto.
65
Atitudes imponentes, linhas elegantes, andamentos regulares, assim como
aparência de força e energia, são indispensáveis ao estilo.
18 - APARÊNCIA GERAL
É a soma dos diversos atributos do animal, principalmente altura e peso
segundo a idade, conformação, estado de saúde, condição, temperamento, disposição,
estilo e qualidade.
19 - INTEGRIDADE
Ausência de taras e defeitos.
20 - ESTADO DE SAÚDE
21 - CONDIÇÃO
Estado geral do indivíduo em relação ao fim a que se destina por ocasião de
sua apreciação.
66
22 - DESEMPENHO, PERFORMANCE OU RENDIMENTO
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
ESTUDO DIRIGIDO
67
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Quanto à adaptação dos animais aos trópicos, a cor da pele é tão importante
quanto a coloração dos pelos. Os pelames branco amarelo ou vermelho, com uma pele
preta, constituem uma combinação ideal para tornar o animal resistente à temperatura
ambiente elevada, radiação intensa de calor e radiação ultravioleta nos trópicos. Essa
68
combinação é encontrada entre as raças de bovinos e eqüinos dos trópicos, como por
exemplo, as raças zebuínas e os eqüinos da raça árabe.
GRUPOS TIPOS
69
Pelagens conjugadas ou justapostas Pampa ou tobiano
Persa
Apaloosa
70
intenso ou retinto; alazão escuro, vermelho escuro quase castanho, porém com crinas
e extremidades dos membros da mesma cor do corpo.
a) TIPO BAIO – Apresenta pelos amarelos com crinas, cauda e extremidades dos
membros escuras ou pretas. Variedades: baio sujo, pelos amarelos sem brilho; baio
claro, pelos amarelos cor de palha de milho; baio escuro ou baio encerado, pelos
amarelos enegrecidos ou cor de bronze; baio apatacado, quando a tonalidade baia
apresenta manchas mais claras ou escuras, de formato circular.
b) TIPO CASTANHO – Apresenta pelos vermelhos com crinas, cauda e extremidades
dos membros escuras ou pretas. Variedades: castanho claro, pelos vermelho intenso;
castanho tostado ou escuro, vermelho quase preto, com reflexos avermelhados no
ventre, axilas, flancos e região perineal.
c) TIPO CARDÃO – Apresenta pelos brancos uniformes com crinas, cauda e
extremidades dos membros escuras ou pretas.
IV - PELAGENS CONJUGADAS
71
a) TIPO PAMPA, TOBIANO, OVEIRO (no RS), REMENDADO ou MALHADO –
Conjugação da cor branca com a preta, castanha, baia ou alazã, sendo necessário
citar a cor que predomina. Quando predomina a cor branca, o termo pampa é citado
primeiro: pampa preto, pampa castanho, pampa baio, pampa alazão; quando as
demais cores predominam, cita-se no início a cor que assume maior área no corpo do
animal: preto pampa, castanho pampa, baio pampa, alazão pampa.
Há estudos que revelam a existência de comportamento diferente sob o ponto
de vista genético desta pelagem. Admite-se que se comporta como dominante
hereditariamente a pelagem pampa em que o branco predomina sobre a face dorsal
do corpo, sendo recessiva aquela em que as malhas brancas se distribuem na face
inferior do tronco.
A. PARTICULARIDADES NA CABEÇA
Alguns pelos brancos - Apresentam-se na fronte pelos brancos esparsos ou em forma de
coroa ou pena.
Estrela ou flor - Malha ou mancha branca na fronte, que recebe denominações variadas
de acordo com a intensidade e a forma: estrela apagada, quando há apenas um
vestígio; estrela pequena ou estrelinha; estrela grande; estrela irregular; estrela
redonda; estrela triangular; estrela em losango; estrela em meia lua; estrela em "V";
estrela piriforme; estrela cordiforme; estrela bordada ou rendilhada, quando forma
desenhos em seus bordos; estrela arminhada, quando mostra pintas pequenas,
escuras, dentro da estrela; etc.
Luzeiro - Quando a mancha branca toma proporções maiores que a estrela, abrangendo
quase toda a fronte.
72
Frente aberta - Quando o eqüino apresenta listra branca da fronte até o lábio superior,
tomando toda a região frontal da cabeça ou quando a mesma se dirige para um dos
lados (direito ou esquerdo), o que diferencia do Malacara.
Malacara ou mascarado - Eqüino com mais de dois terços da cabeça branca, incluindo
face lateral, chanfro, fronte e focinho, apresentando o restante do corpo escuro.
Segundo alguns autores, basta apresentar a fronte branca abrangendo os olhos, com
uma larga lista da mesma cor até o focinho, para ser considerado Malacara.
Nilo - Eqüino com cabeça branca e o resto do corpo de cor mais escura, lembrando a
pelagem dos bovinos Hereford.
Cabeça de mouro - Quando o eqüino apresenta a pelagem da face anterior ou de toda a
cabeça negra, em contraste com a pelagem do corpo, característica do tipo de
pelagem moura.
Cabeçada de mouro - Se a mancha preta abrange apenas a extremidade inferior da
cabeça.
Lista no chanfro ou cordão - Faixa branca, percorrendo o chanfro até as narinas, que
pode ser estreita (denominada filete), larga, interrompida, prolongada, bordada e
arminhada.
Façalvo - Quando a malha abrange uma ou as duas faces.
Ladre ou beta - Quando as manchas brancas ou despigmentadas estão localizadas entre
as narinas.
Bebe em branco do lábio superior ou inferior - Quando o ladre ou beta abrange um dos
lábios.
Bocalvo ou boca de leite - Quando o ladre ou beta atinge os dois lábios.
Celhado - Quando tem sobrancelhas brancas.
Bornal, embornal branco ou bico branco - Quando apresenta mancha esbranquiçada ou
descorada envolvendo a extremidade inferior da cabeça, ou seja, o focinho (freqüente
nos muares castanhos-escuros ou pretos mal-tintos).
Afogueado - Quando os pelos descorados, amarelados ou avermelhados circundam os
olhos e o focinho nas variedades escuras dos tipos preto, castanho e baio.
B. PARTICULARIDADES NO PESCOÇO
Crinalvo ou crinas lavadas - Quando as crinas são, total ou parcialmente, bem mais
claras, em pelagens mais escuras, comum no amarilho ou douradilho.
Ruano - Idêntico ao caso anterior, mas só se emprega esta designação a certas
variedades do tipo alazão ou na variedade baio amarilho ou amarelo, também
chamado de palomino.
C. PARTICULARIDADES NO TRONCO
Lista de mulo ou de burro - Lista escura acentuada ou apagada, larga ou estreita,
prolongada ou interrompida, que vai da crineira à inserção da cauda, freqüente nos
muares.
73
Banda crucial, faixa crucial, raia crucial ou lista crucial - Faixa escura acentuada ou
apagada, larga ou estreita, prolongada ou interrompida, franjeada ou regular, que
cruza a cernelha descendo pelas espáduas, de modo a formar quase sempre com a
lista de mulo uma cruz.
Obs.: Quando o eqüino apresenta a pelagem baio com a particularidade lista de mulo,
recebe a denominação especial de "Baio Isabel".
Meia banda crucial - Quando a faixa está presente em um dos lados do tronco.
Ventrilavado, ventre-de-veado ou pangaré – Quando há descoramento dos pelos da
região ventral, notadamente em algumas variedades dos tipos castanho, baio e
alazão.
Caudalvo ou branco-crinado – Apresenta cola branca, contrastando com o resto da
pelagem.
Rabicão – Animal de pelagem uniforme que apresenta a cauda mesclada de pelos
brancos.
Tigrado – Quando o animal apresenta listas pretas alongadas e irregulares.
Marca de fogo - Caracterizada por manchas vermelhas, maiores ou menores, na região
ventral.
74
k) Calçamento lateral – São calçados um membro anterior e um posterior do mesmo
lado.
GRUPOS TIPOS
I - PELAGENS SIMPLES
75
a) TIPO PRETO – Constituído por pelos pretos. Variedades: mal tinto ou macaco, um
tanto descorada; azeviche, de coloração carregada e brilhante; murzelo, reflexos
arroxeados.
Formada por duas cores no mesmo pelo ou por diversas cores distribuídas
em pelos diferentes.
76
fundo for branco; ou amarela malhada, preta malhada ou vermelha malhada, quando
o branco constituir malhas.
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
77
CAMARGO, M.X., CHIEFFI, A. Ezoognósia. São Paulo: Instituto de Zootecnia, 1971.
320p.
GUIA RURAL. Cavalos. São Paulo: Abril, 1991. 170p.
RIBEIRO, D. B. O Cavalo: raças, qualidades e defeitos. Rio de Janeiro: Globo, 1988.
318p.
VAL, L.J.L. Exterior dos Eqüídeos. Belo Horizonte: Escola de Veterinária da UFMG,
1982. 95p.
ESTUDO DIRIGIDO
78
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO
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DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA
RESOLVE:
Aprovar as normas, anexas a esta portaria, para a execução dos serviços de
registro genealógico aplicáveis aos bovinos e bubalinos, elaboradas pela Secretaria de
Produção Animal - SPA.
Revogar a Portaria no 20, de 05 de setembro de 1977- DNPA -publicada no
D.O.U. de 20 de janeiro de 1978.
79
NORMAS PARA A EXECUÇÃO DE SERVIÇOS DE REGISTROS
GENEALÓGICOS
1. CATEGORIAS E REGISTROS
80
Artigo 4o - Serão inscritos no livro aberto os animais de ambos os sexos pertencentes a
agrupamentos étnicos em variação, desde que portadores de caracterização
racial definida, de produção e tipo, dentro das exigências estabelecidas pelas
entidades detentoras do registro genealógico, devidamente homologadas
pelo Ministério da Agricultura.
Artigo 6o - São considerados puros por cruzamento os animais que não podendo ser
incluídos na categoria de puros de origem (PO), sejam, entretanto,
portadores de caracterização racial definida de tipo, dentro das exigências
estabelecidas pelas entidades detentoras do registro genealógico, e
devidamente homologadas pelo Ministério da Agricultura.
§ 2o - Serão inscritos como puros por cruzamento de origem conhecida (PCOC), com
identificação das gerações controladas (CG 1, CG 2, etc.), os machos e
fêmeas, filhos de fêmeas puras por cruzamento e de reprodutores puros de
origem.
81
§ 4o - Se a seleção de animais puros por cruzamento de uma raça o exigir, com a
finalidade de dar objetivo certo ao registro do PC, poderão as entidades
instituir um agrupamento de animais, estabelecido entre as faixas do PO e PC,
dando-lhe identificação que julgarem adequada, encaminhando a respectiva
regulamentação ao Ministério da Agricultura para a necessária aprovação.
DOS REGISTROS
DO REGISTRO INDIVIDUAL
- REGISTRO DEFINITIVO
82
Sistema "ORDEM E PROGRESSO", instituído pelo Ministério da
Agricultura.
DO REGISTRO SELETIVO
RAÇAS LEITEIRAS
83
Artigo 17 - Para as raças zebuínas, serão adotadas as normas de registro seletivo, a
partir de 1980.
RAÇAS DE CORTE
ESTUDO DIRIGIDO
84
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I - CONSIDERAÇÕES GERAIS
A) BOVINOS
a) Extensivo
É o predominante no Brasil. Caracteriza-se pelo máximo aproveitamento
dos recursos naturais, objetivando economia de instalações, equipamentos e mão-de-
85
obra. Consiste em manter os animais em liberdade durante todo o ano, divididos em
lotes. Em geral, os animais são mestiços e dotados de baixa aptidão produtiva. Quando
bovinos leiteiros, realiza-se uma ordenha diária, em virtude da qualidade dos animais e
da não suplementação alimentar. O rebanho é levado ao curral duas vezes ao dia, pela
manhã para ordenha e à tarde para separação dos bezerros. As condições higiênicas são
precárias e os cuidados profiláticos mínimos. Em geral, é procedida apenas vacinação
contra o carbúnculo sintomático. Neste sistema predominam as pastagens de gramíneas
e o pastejo é contínuo, de modo que a alimentação é insuficiente durante a maior parte
do ano. A mineralização é à base de sal comum e quase sempre com irregularidades no
fornecimento. Os animais são ordenhados no próprio curral ou em galpões rústicos,
quase sempre sem a devida higiene. A ordenha é procedida com brezerro ao pé, ficando
este com o leite mais gorduroso ou, na maioria dos casos, se retirando todo o leite,
prejudicando o desenvolvimento ponderal da cria. O touro permanece em
promiscuidade com o rebanho, ocorrendo coberturas descontroladas e fecundações fora
de época. Este sistema de criação é susceptível de grande melhoramento, não sendo
aconselhável para raças especializadas, cujas exigências são grandes. Os principais
fatores que afetam a produção de leite ou carne no sistema extensivo são mês de
parição, idade da vaca, época do ano, período de lactação, período de serviço e a
proteção contra as altas temperaturas.
b) Semi-intensivo
Aproveita em menor quantidade os recursos naturais e exige mais capital,
mais mão-de-obra, rebanho aperfeiçoado e pessoal habilitado. De maneira geral, os
animais são mantidos no estábulo nas horas mais quentes do dia, saindo para o pasto nas
horas mais frias, pela manhã e ao final da tarde. Em alguns casos, as vacas são presas
somente para ordenha e para a distribuição de rações, duas vezes ao dia. Exige que os
pastos disponham de boas sombras nas zonas quentes. Neste sistema a suplementação
alimentar com volumosos e concentrados é mais cuidadosa. São feitas duas ordenhas
por dia. As coberturas são controladas, de modo que as parições podem ser distribuídas
de maneira racional durante o ano. Os cuidados higiênicos e profiláticos são maiores.
c) Intensivo
Só é admissível em casos especiais, quando há falta de espaço e o preço da
terra é muito elevado. É recomendável somente para vacas de alta produção, pois toda a
alimentação volumosa e concentrada deve ser fornecida no cocho. Os animais são
mantidos presos durante todo o dia. As condições de boa higiene e sanidade são mais
difíceis de serem mantidas. O requerimento de mão-de-obra é muito maior e é próprio
de zonas urbanas.
B) EQÜINOS
a) "Em regime de campo" ou "a campo"
O animal permanece praticamente todo o tempo em liberdade no pasto. É o
melhor para o animal e mais saudável, pois o cavalo neste sistema de criação pode
movimentar-se à vontade. O acesso à ração suplementar (fenos e/ou concentrados),
86
quando necessários, pode ser feito por meio de cochos colocados no pasto, podendo
serem colocados vários cochos individuais ou um só cocho com divisórias para
alimentação individual. Às vezes, quando não muito caro, é viável cobertura da área de
cochos. O sistema de criação a campo pode ser adotado por criadores que disponham de
estábulos já construídos, devendo os animais, durante as horas em que não estejam se
alimentando, sendo tratados, etc., estarem em liberdade no campo ou no piquete. Neste
sistema de criação podem ser construídos abrigos de proteção contra o frio ou calor,
devendo o cavalo ter livre acesso a estes locais.
b) Em regime de semi-estabulação
O cavalo permanece recolhido às instalações durante a noite e/ou durante as
horas de sol quente, passando o restante do tempo a campo.
C) SUÍNOS
a) "A campo" ou "solta controlada"
O exercício ao ar livre é importante fonte de vigor para suínos, enquanto a
criação em pocilgas fechadas faz com que o animal viva em ambiente viciado e
atmosfera úmida. Este sistema é muito recomendado na cria e engorda de suínos.
Requer bons pastos em combinação com concentrados. Devem ser tomadas
providências, no sentido de evitar enfermidades no rebanho, mediante rotação de
pastagens. O regime de pastoreio tem como vantaqens: o exercício é fator importante
para o desenvolvimento dos animais; a criação a campo proporciona melhores
condições higiênicas aos animais, que se beneficiam dos raios solares; o pastejo
proporciona redução na distribuição de alimentos concentrados, resultando em
economia de 3O a 4O%, se os animais utilizam pastos de gramíneas e leguminosas; e, o
suíno restitui grande parte dos nutrientes necessários à fertilidade do próprio pasto.
As plantas forrageiras devem ser tenras, recomendando-se a leguminosa
alfafa e as gramíneas capim pangola, grama de burro, quicuio e capim rhodes, entre
outras.
b) Semi-confinamento
Utiliza instalações e equipamentos em menor escala e aproveita as
vantagens do sistema de criação a campo. Os animais são criados em piquetes
gramados, dotados de um abrigo, que serve também de maternidade. Machos e fêmeas
são criados em piquetes separados, para evitar a excitação sexual. Em geral, são
mantidos lotes de doze matrizes e três reprodutores.
87
Tem como vantagem aumentar a eficiência de produção e prevenir ou
controlar as doenças, requerendo alto custo com equipamentos e instalações. Os suínos
são criados em instalações específicas conforme a fase de vida. Assim, são necessárias
repartições (para gestantes, maternidade, creche, recria, engorda, terminação e para
reprodutores). Essas instalações são construídas em alvenaria, e suas dimensões
dependem do tamanho do plantel, da área aproveitável da propriedade, etc.
D) CAPRINOS
a) Extensivo
Consiste basicamente na criação a pasto, com baixa lotação e alimentação
obtida exclusivamente no pastoreio direto. A produtividade, em geral, é baixa. No caso
de cabras leiteiras, o leite é insuficiente para a comercialização, na maioria dos casos.
Este sistema é mais apropriado à produção de carne e pele.
b) Semi-intensivo ou semi-confinamento
Parte da alimentação é obtida no pastoreio direto e parte nos cochos. Os
animais passam a noite e parte do dia confinados no aprisco. É recomendável a rotação
de pastagens. Se obtém boa produção de leite, sendo recomendadas as raças tropicais,
como a anglo-nubiana.
c) Intensivo ou confinado
Os animais não têm acesso aos pastos. Possui a vantagem de utilização de
pequenas áreas (o suficiente para a construção do aprisco, solários, capineiras, áreas de
beneficiamento de leite e depósito de alimentos), melhor controle do fornecimento de
alimentos e maior controle de doenças. Porém, exige mais mão-de-obra e só compensa
se a criação for de cabras altamente produtivas, de raças leiteiras especializadas.
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TÓPICO: CONTENÇÃO
I - CONSIDERAÇÕES GERAIS
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II - MÉTODOS DE CONTENÇÃO
1. Contenção de animais em pé
a) Bovinos
b) Eqüídeos
90
o uso de peias ou de nós corrediços: são fixadas duas cordas às canelas ou quartelas
posteriores, levadas para a frente, cruzadas sobre o peito, conduzidas para cima de
ambos os lados do pescoço, e amarradas ao nível da cernelha por um nó de roseta
(FIGURA 4). É óbvio que, para maior facilidade de execução dessa operação, o animal
deve estar de olhos vendados.
Outro processo, muito usado, é o chamado "pé de amigo": com a ponta de
uma corda terminada em anel, é formada uma alça passada em volta do pescoço e
novamente para dentro do anel. Para suspensão do membro, basta puxar a corda
(FIGURA 5).
Em vez de flexionar o membro posterior para a frente, este pode ser contido
flexionando-se para trás. Para isso, é amarrada uma corda à crina da cauda, a qual é
passada pelo anel de uma peia livre aplicada na quartela e puxada cautelosamente
(FIGURA 6).
c) Ovinos e caprinos
d) Suínos
e) Caninos
f) Felinos
91
O melhor método de contenção do gato, de modo que o operador fique
protegido de suas garras, se dá pela cobertura de suas unhas por meio de esparadrapo
(FIGURA 8) e imobilizá-lo com a ajuda de um ou dois auxiliares, para contenção dos
membros anteriores e posteriores.
a) Bovinos
b) Eqüídeos
92
c) Ovinos e caprinos
Segurar com a mão direita o animal pelo membro posterior oposto ao lado
sobre o qual pretendemos deitá-lo; prender, em seguida, com a mão esquerda, o
membro anterior do mesmo lado, suspendendo-o do chão e, por um movimento de
balanço, deitar o animal. Manter em posição deitado, por uma ligeira pressão contra o
solo, e amarrar os membros.
Em se tratando de animais menos dóceis, para maior segurança e, a fim de
evitarmos acidentes, devemos recorrer a outro tipo de contenção. Com uma corda
grossa ou correia de couro, são amarrados os dois membros, cruzando-os em X e
passando também a corda sobre estes membros cruzados. É feita idêntica contenção dos
membros opostos e ficam sustentadas por um nó as duas pontas da corda ou da correia.
Mais simplesmente: os quatro membros podem ser reunidos em X com uma só corda,
imobilizando-os com maior rapidez.
d) Suínos
93
4. Contenção através de relaxantes musculares
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
ESTUDO DIRIGIDO
94
DESCORNA
a) FÍSICOS
Essa é a descorna mais comum, por ter baixo custo, ser eficiente e de aplicação
relativamente simples e rápida. Utiliza-se um “ferro” de descorna, de ferro ou,
preferencialmente, de cobre, em forma de martelo, com duas pontas, uma côncava (para
queimar a bordadura do botão), e a outra convexa (para queimar a parte central), ou com
apenas uma ponta, na mesma direção do cabo, aquecido em uma fonte de calor (uma
fogueira, braseiro, fogão ou lança-chamas).
95
A descorna em cabritos deve ser feita precocemente, com cinco a dez dias de
idade, no máximo 20, pois será menos traumática para o animal. Em bezerros
recomenda-se a descorna quando não apresentarem mais de três meses de idade,
devendo-se ser realizada nas primeiras semanas de vida.
Para se efetuar a descorna, o animal deve ser bem contido. Uma vez
determinada a posição exata do botão, os pêlos ao redor devem ser aparados
(tricotomia). Quando o corno ainda não apontou, pode ser cauterizado diretamente,
sendo recomendável o seu corte com uma lâmina (um canivete, por exemplo), quando
esse botão estiver um pouco maior. Em seguida, cauterizar segurando o ferro de forma
firme, inicialmente com a extremidade côncava e depois com a convexa ou plana.
Ao concluir a cauterização, passa-se uma pomada para queimadura e um
repelente cicatrizante ao redor do local, para evitar a formação de miíases.
A cauterização deve ser realizada de forma segura e definitiva, evitando-se crescimento
do corno e a necessidade de repetição da intervenção, o que será muito mais doloroso
para o animal, e caso não seja repetida deixará a apresentação do animal bastante
prejudicada.
Embora dolorosa no momento em que é efetuada, essa descorna apresenta bons
resultados e rapidamente os animais estarão recuperados. Não se pode esquecer de
deixar um ferro de reserva preparado, muito útil em caso de hemorragias ocorridas
quando os cornos estão um pouco maiores.
• Eletrocauterização
b) QUÍMICO
96
o tempo suficiente para uma ligeira escarificação da pele. Esta prática será mais fácil se
o bezerro estiver imobilizado.
Os cornos de bezerros de dois a três meses de idade, também podem ser
removidos pelo processo cáustico, mas a operação é mais difícil e exige mais cautério.
Para cauterizar os cornos de bezerros mais idosos, se faz um círculo em torno da base de
cada corno, junto à inserção. Isto impede o crescimento dos cornos, que se nutrem a
partir da pele do animal. Ao aplicar o cautério, usa-se pouca água, para que não escorra
pela cabeça do animal e lhe cause danos.
Depois da cauterização, o bezerro deve ser resguardado da chuva por uns dois
dias, devendo ficar isolado de outros animais para evitar lesões. Os bastões cáusticos
absorvem umidade, devendo serem guardados em vidros de boca larga e bem tampados.
c) CIRÚRGICO
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
ESTUDO DIRIGIDO
97
CASTRAÇÃO
• Facilidade de manejo
Os animais castrados tornam-se mais dóceis e, sendo indiferentes para com
as fêmeas, podem ser criados juntos com as mesmas.
98
Trabalhos de CHAMPAGNE et al. (1969), SEIDEMAN et al. (1982) e
RESTLE et al. (1993, 1996), demonstraram que bovinos inteiros apresentam maior
rendimento de carcaça, em função da maior musculatura e menor deposição de gordura
interna (pélvica) removível.
• Coloração e maciez da carne
A caracaça de bovinos inteiros se apresenta mais escura ao resfriamento, em
decorrência da deficiente cobertura de gordura (RESTLE et al., 1994).
A carne de bovinos inteiros é menos macia, devido ao menor teor de
gordura intramuscular, à maior velocidade de maturidade fisiológica, que acelera a
formação de colágeno insolúvel, e maior atividade de inibidores enzimáticos durante o
processo de maturação (ARTHAUD et al., 1977; SEIDEMAN et al., 1982; BURSON et
al., 1986; GERRARD et al., 1987 e MORGAN et al., 1983).
Segundo RESTLE et al. (1996) e MORAIS et al. (1993), bovinos castrados
produzem maior proporção de traseiro, explicada pelo efeito hormonal da testosterona
nos machos inteiros; maior quantidade de porção comestível, devido à menor proporção
de ossos na carcaça; e carne de melhor textura e maciez, também relatada por
MÜLLER; RESTLE (1983).
I - MÉTODOS DE CASTRAÇÃO
99
III - CASTRAÇÃO DE BOVINOS
IV - CASTRAÇÃO DE SUÍNOS
ESTUDO DIRIGIDO
100
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA
TÓPICO: ALIMENTOS
101
{
{ Carboidratos
Água
Lipídeos
Orgâ
Proteínas
nica
ALIMENTO
Vitaminas
Matéria
seca
Inorg
ânica: Matéria mineral
6) Refeição - Parte da ração distribuída para ser consumida de cada vez ao dia.
7) Dieta - É tudo que o animal ingere em 24 horas, capaz de atender ou não as suas
necessidades.
102
Como já estabelecido, os alimentos são fontes de nutrientes, os quais
desempenham funções específicas ou em conjunto no organismo. Assim, destaca-se o
papel dos principais nutrientes contidos nos alimentos:
Os carboidratos e os lipídeos são utilizados de forma relativamente
semelhante. Após a absorção pelo organismo, são utilizados para produção de calor e
energia. Os lipídeos são mais importantes na alimentação de monogástricos, devido à
baixa disponibilidade nas plantas forrageiras. As fibras, carboidratos de elevado peso
molecular, são parcialmente digeridas por monogástricos, tendo maior importância na
alimentação de ruminantes, devido à simbiose destes com a microflora ruminal.
As proteínas têm função específica. Nos animais jovens servem para formar
novos tecidos ou desenvolvê-los. Nas reprodutoras, para formação do feto e do leite.
Nos adultos, servem para refazer as perdas constantes dos tecidos. Uma relação
adequada entre o total de proteína digestível da ração e o seu teor em nutrientes
digestíveis totais é necessária para seu melhor aproveitamento.
Os minerais da ração geralmente satisfazem as necessidades em condições
normais, exceto para o cálcio e o fósforo, que costumam faltar. O déficit observado
deve ser suprido com um suplemento que pode ser o calcário (só para o cálcio), a
farinha de ossos ou o fosfato bicálcico, ressalvando-se a proibição de uso de fontes
alimentares de origem de ruminantes para esta classe de animais. As misturas de
alimentos são também deficientes em cloreto de sódio ou sal, que é sempre incorporado
às rações ou fornecido separadamente.
Entre as vitaminas, apenas o caroteno (uma provitamina A) costuma ser
incluída nas Tabelas, porque é a vitamina que freqüentemente pode faltar em
determinados regimes alimentares.
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*0 De origem vegetal - sementes de oleaginosas e seus subprodutos (algodão, soja,
girassol, amendoim, gergelim, linho e cocos);
*1 De origem animal - farinhas de carne, sangue, pescado, penas, crisálidas e leite
em pó.
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