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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG

INSTITUTO DE ESTUDOS SOCIOAMBIENTAIS - IESA


CURSO DE GRADUÇÃO EM CIÊNCIAS AMBIENTAIS

BRUNA LIMA MACEDO

Indicadores de degradação do solo em áreas de pastagem no entorno da FLONA- Floresta


Nacional de Silvânia – Goiás

Goiânia, GO
2019
Bruna Lima Macedo

Indicadores de degradação do solo em áreas de pastagem no entorno da FLONA- Floresta


Nacional de Silvânia – Goiás

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de


Graduação em Ciências Ambientais do Instituto de Estudos
Socioambientais (IESA) da Universidade Federal de Goiás
(UFG), para obtenção do título de bacharel em Ciências
Ambientais.

Orientação: Profa. Dra. Andrelisa Santos de Jesus

Co-orientador: Profo Dro Carlos de Melo e Silva Neto

Goiânia, GO
2019
Bruna Lima Macedo

Indicadores de degradação do solo em áreas de pastagem no entorno da FLONA- Floresta


Nacional de Silvânia – Goiás

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de


Graduação em Ciências Ambientais do Instituto de Estudos
Socioambientais (IESA) da Universidade Federal de Goiás
(UFG), para obtenção do título de bacharel em Ciências
Ambientais.

Orientação: Profa. Dra. Andrelisa Santos de Jesus


Co-orientador: Profo Dro Carlos de Melo e Silva Neto

Data de defesa: 24 de junho de 2019


Resultado: _____________

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________________________
Orientadora Profa. Dra. Andrelisa Santos de Jesus (IESA/UFG)

_____________________________________________________________
Co-orientador Prof. Dr. Carlos de Melo e Silva Neto (UEG)

_____________________________________________________________
Profa. Dra. Ana Paula de Oliveira (IESA/UFG)
(Examinadora)

_____________________________________________________________
Profa. Dra. Hélida Ferreira da Cunha (UEG)
(Examinadora)
Agradecimentos

Agradeço em primeiro lugar a Deus, que me deu forças nos momentos de maior aflição me
proporcionou um dose de animô para fechar mais um ciclo da minha vida.

À minha família, que sempre me deram todo amor e suporte, me incentivando a crescer,
instruindo a ter calma e paciência para com todas as fases que vivencio.

Ao meu psicanalista que deu suporte e compreensão para lidar com uma diversidade de situações
e emoções ao longo de toda essa etapa.

A Universideda Federal de Goiás, que me permitiu ingressar ao ensino público e me tornar uma
profissional de nível superior atraves de uma base de conhecimento e ensino de qualidade.

Agradeço imensamente a Professora Andrelisa Santos de Jesus, que contribuiu para o meu
crescimento ao longo da acadêmia e com muita sabedoria compartilhou seus conhecimentos. Sou
grata pela paciência e disposição em orientar o tranbalho com tanto amor.

Ao professor Carlos de Melo e Silva Neto que orientou e deu suporte ao longo da pesquisa.

Aos professores do Instituto de Estudos SocioAmbientais que tiveram imensa contribuição longo
da minha experiência acadêmica. As professoras Ana Paula de Oliveira e Hélida Ferreira da
Cunha que se dispuseram a compor a banca examinadora e compartilhar desse momento.

Aos colegas Breno Wilson, Lucas Magre que deram apoio e suporte durante a atividade de campo
e laboratório, a Maria José e Evellyn Teles, Breno que compartilharam comigo toda essa
experiência, vivenciando as etapas de construção deste trabalho.

Ao Projeto de Pesquisa Ecológica de Longa Duração -PELD, que devido a sua linha de pesquisa
proporcionou a abordagem da temática sobre a fauna edáfica do solo.

A toda equipe de profissionais da Floresta Nacional de Silvânia – FLONA, em especial ao gestor


Renato Cézar de Miranda, que autorizou o desenvolvimento da pesquisa na área, pelo suporte
logístico, hospedagem e translado durante o levantamento. Ao senhor Raimundo Carvalho
Gusmão, técnico Administrativo, que nos acompanhou durante toda locomoção interna ao longo
dos dias de campo, sempre muito prestativo e entusiasmado.

Ao professor de engenharia civil e ambiental Renato Resende Angelin pela disponibilidade e


prontidão.

Ao Laboratório de Alometria Florestal, na pessoa do professor Guilherme Murilo de Oliveira que


nos orientou e e compartilhou de seus conhecimentos. Ao Laboratório de Ecologia Florestal,
Ecoflor, na pessoa de professora Francine Neves Calil, por ceder o espaço físico para análises
das amostras. Ao Joelson Sousa pela coboração no trabalho.

Àqueles que ajudaram de forma direta ou indiretamente para finalização deste trabalho.
RESUMO

Ao considerar a alteração da paisagem natural decorrentes das atividades antrópicas o


presente trabalho investiga o uso do solo para fins pastoris, sobretudo, de criação de gado no
entorno da FLONA de Silvânia. Os manejos inadequados dessas áreas podem desencadear
processos impactantes capazes de alterar a condições físicas e morfológicas do solo e influenciar
sobre a biodiversidade edáfica e consequentemente resultar em degradação ambiental. O trabalho
contou com etapa de campo em áreas de pastagem e vegetação natural para análise e avaliação
de indicadores de degradação do solo através de coletas in loco de solo e serapilheira,
caracterização da cobertura vegetal, temperatura do solo, presença da macrofauna, análise
química e morfológica do solo e parâmetros do meio físico. Tornou-se possível observar as
diferentes condições ambientais sobre uso da pastagem e vegetação natural e correlacionar com
a presença da fauna edáfica no solo. Verificou-se que o tipo de uso e cobertura do solo infere
diretamente sobre a ocorrência da fauna edáfica e em especial nas pastagens quando o manejo é
realizado de forma inadequada tendem a apresentar condições ambientais que afetam diretamente
na presença de organismos no solo. A fauna edáfica contribui para melhor qualidade e
desenvolvimento do solo, uma vez que infere diretamente e indiretamente e nas condições físicas,
químicas e morfológicas do solo.

Palavras-chave: Paisagem, solo, macrofauna, manejo, degradação.


Lista de Figuras

Figura 1- Esquema ilustrativo do processo de formação do


solo....................................................................................................................................... 13

Figura 2- Mapa de Localização dos pontos


amostrados........................................................................................................................... 19

Figura 3- Fluxograma de Metodologia


.............................................................................................................................................. 20

Figura 4- Formulário de Registo de campo


............................................................................................................................................. 22

Figura 5- Esquema ilustrativo e Instrumento de


Observação........................................................................................................................... 23

Figura 6- Etapas desenvolvidas na campanha de campo. (a) Instrumentos utilizados em


campo; (b) Medição da temperatura do solo; (c) Observação da fauna edáfica e registros
da área amostrada; (d) Tradagem para coleta de amostra deformadas de solo; (e) Coleta
das amostras de serapilheira; (f) Abertura da mini trincheira; (g) Mini trincheira a 20 cm
de profundidade; (h) Amostra indeformada de
solo....................................................................................................................................... 26

Figura 7 – Amostras de serapilheira para secagem e pesagem. (a) Amostra de serapilheira


da área de APP; (b) Amostra de serapilheira da área de pastagem; (c) Pesagem das
amostras ............................................................................................................................... 27

Figura 8- Material de referência e análise morfológica dos solos. Amostras indeformadas


de solo para análise (a) morfológica; Triângulo textural
(b)......................................................................................................................................... 28

Figura 9- Cobertura do solo das paisagens amostradas; Parcela 1, Pastagem (a); Parcela
1, Área de Preservação Permanente (b); Parcela 2, Pastagem (c); Parcela 2, Floresta
Estacional Semidecidual (d); Parcela 3, Pastagem (e), Parcela 3, Área de Preservação
Permanente (f); Parcela 4, Pastagem (g) ; Parcela 4, Estacional Semidecidual (h); Parcela
5, Pastagem (i); Parcela 5, Estacional Semidecidual (j); Parcela 6, Pastagem (k); Parcela
6, Estacional Semidecidual (l)............................................................................................ 31

Figura 10- Gráficos da temperatura média das áreas amostradas; (a) Temperatura média
da parcela 1; (b) Temperatura média da parcela 2; (c) Temperatura média da parcela 3;
(d) Temperatura média da parcela 4; (e) Temperatura média da parcela 5; (f) Temperatura
média da parcela 6. (FE) Floresta Estacional Semidecidual, (APP) Área de Preservação
Permanente; (PEC) Pecuária ............................................................................................... 33

Figura 11– Peso da serapilheira por ponto de amostragem. (PEC) Pecuária, (APP) Área
de Preservação Permanente,(FE) Floresta Estacional Semidecidual
.............................................................................................................................................. 36
Figura 12 – Gráfico de Média da Serrapilheira e Desvio padrão por uso e cobertura do
solo...................................................................................................................................... 37

Figura 13- Média e desvio padrão do pH nas áreas de pecuária (PEC), Áreas de
Preservação Permanente (APP) e Floresta Estacional Semidecidual (FES)
............................................................................................................................................. 53

Figura 14- Média e desvio padrão das concentrações de cálcio e magnésio nas áreas
amostradas (a); Média e desvio padrão da acidez potencial (Al+H) nas áreas amostradas
(b), Média e desvio padrão das concentrações de fósforo nas áreas amostradas (c); Média
e desvio padrão das concentrações de potássio nas áreas amostradas. Pecuária (PEC), Área
de Preservação Permanente (APP), Floresta Estacional Semidecidual
(FES).................................................................................................................................... 56

Figura 15- Média e desvio padrão das concentrações das concentrações dos elementos
minerais cálcio, magnésio e fósforo (a); Média e desvio padrão das concentrações de
carbono nas áreas amostradas (b), Média e desvio padrão das concentrações de zinco nas
áreas amostradas (c); Média e desvio padrão das concentrações de matéria orgânica nas
áreas amostradas. Pecuária (PEC), Área de Preservação Permanente (APP), Floresta
Estacional Semidecidual
(FES).................................................................................................................................... 59

Figura 16– Média e desvio padrão da saturação por base nas áreas amostradas (a); Média
e desvio padrão da saturação por alumínio nas áreas amostradas (b), Média e desvio
padrão da capacidade catiônica nas áreas amostradas (c); Média e desvio padrão dos
elementos minerais com capacidade de troca catiônica nas áreas amostradas. Pecuária
(PEC), Área de Preservação Permanente (APP), Floresta Estacional Semidecidual 61
(FES)....................................................................................................................................

Figura 17- Mapa de localização da Floresta Nacional de Silvânia-


Goiás................................................................................................................................... 62

Figura 18 –Mapa de unidade geológica (a), mapa de geomorfologia (b), mapa de solos
(c), mapa de altimetria (d), mapa de declividade (e), mapa de orientação das vertentes (f),
mapa de temperaturas da superfície (g), mapa carta imagem (h); mapa de uso do solo
(i)......................................................................................................................................... 67

Figura 19 - Gráfico das temperaturas do solo nas áreas de pastagem e vegetação natural
amostradas............................................................................................................................
68
Figura 20- Percentual da declividade e relevo nos pontos amostrados (a), Percentual da
altimetria nos pontos amostrado
(b)......................................................................................................................................... 69

Figura 21- Gráfico das parcelas com a presença de atividade de indicadores


edáficos................................................................................................................................ 70
Lista de Tabelas

Tabela 1 - Classificação da fauna edáfica do solo................................................................. 15

Tabela 2- Análise morfológica da parcela 1.......................................................................... 43

Tabela 3- Análise morfológica da parcela 2.......................................................................... 44

Tabela 4- Análise morfológica da parcela 3.......................................................................... 45

Tabela 5- Análise morfológica da parcela 4.......................................................................... 46

Tabela 6 - Análise morfológica da parcela 5......................................................................... 47

Tabela 7- Análise morfológica da parcela 6.......................................................................... 48

Tabela 8 - Porcentagem da granulometria do solo em cada ponto amostrado....................... 49

Tabela 9- Análises químicas dos solos amostrados................................................................ 52

Tabela 10- Atividade da fauna edáfica e demais características das áreas de pastagem........ 65

Tabela 11- Atividade da fauna edáfica e demais características das áreas de vegetação
natural...................................................................................................................................... 66

Tabela 12- Indicadores edáficos e interações com demais características em área de


pastagem................................................................................................................................. 72
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................... 10
2 EMBASAMENTO TEÓRICO ..................................................................................................................... 16
2.1 Solos......................................................................................................................................................... 16
2.2 Fauna do solo ............................................................................................................................................ 17
3. MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................................................................ 22
3.1 Etapa Pré Campo....................................................................................................................................... 21
3.1.2 Seleção Metodológica e Pontos de Amostragem...................................................................................... 21
3.1.3 Preparativo dos Materiais para Campo .................................................................................................... 23
3.2 Campanha de Campo ................................................................................................................................ 24
3.3 Análises Laboratoriais ............................................................................................................................... 28
3.4 Delineamento estatístico ............................................................................................................................ 29
4 RESULTADOS E DISCUÇÕES..........................................................................................................................29
4.1 Cobertura Vegetal das Áreas Amostradas .................................................................................................. 29
4.2 Temperatura .............................................................................................................................................. 28
4.3 Serrapilheira ............................................................................................................................................. 30
4.4 Aspectos Morfológicos do Solo ................................................................................................................. 30
4.5 Física e Química do Ssolo ......................................................................................................................... 50
4.5.1 Análise Física do Solo ............................................................................................................................ 50
4.5.2 Análise Química do Solo ........................................................................................................................ 50
4.6 Parâmetros do Meio Físico ........................................................................................................................ 50
4.7 Presença e Ausência da Atividade da Fauna Edáfica .................................................................................. 51
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................... 50
5.1 Sugestões para Trabalhos Futuros .............................................................................................................. 50
6 REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICO ............................................................................................................ 50
7 APÊNDICE ................................................................................................................................................. 50
1 INTRODUÇÃO
A interação da sociedade com os recursos naturais torna-se cada vez mais intensa, sendo
estes elementos um conjunto indispensável para o desenvolvimento da vida. Dentre os diversos
avanços associados à manipulação, gestão e manejo, somos capazes de desfrutar dos recursos
que nos cercam. Entretanto uma interação erronia, seja através de um uso desordenado ou
inadequado, acaba suprimindo as condições naturais destes recursos e consequentemente
gerando diversas alterações no meio.
A dinâmica dos ecossistemas culturais, agrícolas e urbanos sofreram uma adaptação
maior ou menor ao impacto antrópico ou antropogênico, ou seja, a modificação pelo homem.
Um fator que sobre alteração na natureza interfere nos demais elementos, se trata de um ciclo
onde todos sofrem com as modificações e se rearranjam em conjunto para buscar um novo
equilibro (PRIMAVESI, 2014). Verifica-se que as alterações das condições ambientais são
recorrentes em meio a um ambiente tão dinâmico, e quando associado ao processo de
urbanização e avanços ocupacionais, estes se tornam ainda mais acentuados. Ao adentrarmos
sobre os ambientes rurais e urbanos observamos usos diversos do solo, sendo este recurso uma
base primordial para a sustentação dos sistemas urbanísticos e de produções agrícolas e
industriais.
Ao considerar a alteração da paisagem natural decorrentes das atividades antrópicas o
seguinte trabalho está vinculado ao Programa de Pesquisa Ecológica de longa Duração – PELD,
apresentando a proposta titulada como “Conectividade Funcional e Antropização da Paisagem:
Estudo de Caso na FLONA de Silvânia e Micro bacia do Rio Vermelho”. O projeto aborda a
fragilidade dos ecossistemas quando inserido nesse cenário de fragmentação das vegetações,
destacando os diversos impactos sobre a biodiversidade da fauna, flora e recursos naturais que
englobam todo o sistema.
O conjunto de aspectos relacionados ao processo de antropização desencadeia uma serie
de impactos negativos sobre os ecossistemas, atingindo diretamente a biodiversidade.
Decorrente a este cenário, desencadeia-se interferências nos recursos naturais, dentre eles o
solo, um componente primordial para a manutenção dos ecossistemas e equilíbrio ambiental,
tornando assim indispensável seu estudo.
Ao ponderar o cenário de ocupação e manejo, umas diversidades de impactos negativos
são ressaltadas, para Baretta et al. (2011) a degradação ambiental dos diferentes

10
ecossistemas brasileiros já alcançou grandes dimensões, sendo consequentes as formações de
cultivos agrícolas, pastagens ou expansão de áreas urbanas. Tendo em vista a problemática
abordada pelo estudo, este é investigado a partir do levantamento da seguinte hipótese:
Acredita-se que com a implantação de pastagem exista uma alteração no dossel de cobertura do
solo e na incorporação de biomassa que pode influenciar na infiltração, retenção de umidade e
na variação de temperatura afetando a fauna edáfica local. Essa interferência pode-se acentuar
no contexto de pastagens mal manejadas e como consequência resultar na degradação do solo
O objetivo geral do trabalho tem como finalidade a avaliar a fauna edáfica como indicador
de degradação do solo em áreas de pastagem. Dentre os objetivos específicos contemplados são
identificar indicadores de degradação da fauna edáfica predominantes em pastagem;
correlacionar os parâmetros físicos, químicos do solo com a presença e ausência da fauna
edáfica e analisar possíveis impactos de práticas da pecuária sobre a fauna edáfica.
Ainda se tem um conhecimento muito restrito quanto a diversidade de organismos e seu
biofuncionamento, fazendo com que a fauna edáfica do solo se enquadre a uma fronteira da
ciência, apresentando grandes desafios (GARDI et al., 2014). Ao considerar a correlação e
influência da biota do solo sobre os diversos sistemas ambientais, estudos científicos vêm sendo
ampliados, com a finalidade de aprofundar os conhecimentos sobre os organismos, antes que
os mesmos se percam. Para Lepsch (2011) o solo apresenta grande riqueza sendo descrito como
um reservatório de biodiversidade por conter diversos grupos de organismos que apresentam
ligações com o solo ao longo do seu ciclo de vida.
Quando se trata da fauna do solo, aspecto importantes precisam ser considerados quanto
à fragilidade dos organismos ali presente, principalmente em detrimento de alterações, ou seja,
processos de antropização e alteração da paisagem natural têm influência direta sobre esse
sistema. Antoniolli et al. (2006) salienta o quão vulnerável a população da fauna edáfica se
encontra a mudanças da cobertura vegetal e atividades culturais, são alterações no solo que
seguem interferindo diretamente sobre as espécies.
A partir do momento que estudos vão sendo desenvolvidos e disseminados nessa área,
tem se então a compreensão quanto a importância de aderir alternativas que viabilizem/
assegurem a conservação da fauna. Permitindo então a aquisição do conhecimento científico
por parte dos proprietários, para que os mesmos busquem desenvolver um manejo ecológico e
sustentável deste solo. Segundo Primavesi (2002) a circunstância em que o mundo se encontra
poderia ser revestida caso o manejo desenvolvido respeitasse as leis naturais, entretanto
para se desenvolver um bom manejo precisa-se conhecer tais leis. Contudo o seguinte

11
estudo se sustenta com a finalidade de compreender os processos pela qual a fauna edáfica está
inserido e associa-las como bioindicadores de solos degradados, para que então seja possível
tomar as medidas mais adequadas para garantir o desenvolvimento da vida no solo.

12
2 EMBASAMENTO TEÓRICO
2.1 SOLOS
Para Lepsch (2011) como consequência de um conjunto de fatores determinantes de
formação, tais como clima, relevo, organismos, material de origem e tempo, origina-se o solo.
Sendo este elemento constituído por horizontes e caracterizados sobre diversas formas (Figura
1).

Figura 1 - Esquema ilustrativo do processo de formação do solo Fonte: Lepsch (2011).


O solo é estudado por muitas ciências, e adquire significados diversos de acordo com
as áreas do conhecimento que vão considerar o objeto de estudo sobre uma determinada
perspectiva e finalidade. Teixeira et al (2009) considerada a definição do solo muito complexa,
uma vez que este é um recurso complexo e multifuncional, apresentando assim conceituações
em função da sua utilização.
Sobre uma perspectiva de natureza pedológica, o autor Lepcsh (2011), enfatiza que o
solo corresponde a um material mineral ou orgânico inconsolidado, imediatamente abaixo da
superfície da terra e que serve como meio natural para o crescimento das plantas terrestres.
Entretanto não se trata somente de um conjunto de minerais, matéria orgânica, água, ar, mas o
produto dessas interações, as quais podem ser estudadas em várias escalas de resolução:
microscópica, horizontes, paisagens, regiões e global.
Um outro olhar voltado para o solo, evidenciando uma perspectiva de produção é
apresentado pelo autor Brown et al (2015) que considera a utilidade do solo como um substrato
necessário para o desenvolvimento da flora e produção de alimentos, entretanto é importante
destacar que o recurso solo também se trata de um elemento vivo por conter uma biota diversa

13
de organismos. Fatores determinantes como a presença de vida é consagrador para que este
recurso seja considerado em sua essência como solo.
A biota do solo apresenta efeito direto em vários processos que ocorrem no
ecossistema, particularmente naqueles relacionados a ciclagem de nutrientes e de estrutura do
solo (BALOTA, 2017). O autor ainda afirma que afirma que o papel mais importante da fauna
do solo é acelerar a degradação dos resíduos orgânicos através da fragmentação destes e
misturá-los ao solo, contribuir no aumento da agregação das partículas e atuar como predadores
de microrganismos.

2.2 FAUNA DO SOLO


A fauna do de acordo com Balota (2017), é composta pela comunidade de invertebrados
pertencentes a uma diversidade de grupos taxonômicos, que se mantem no solo de forma
permanente ou durante alguns ciclos de vida. O solo apresenta uma riqueza de espécies, Dance
(2008) ressalta estudos que estimam um número aproximado entre 10 mil a 50 mil espécies por
grada de solo. Toda a diversidade de espécies de organismos presentes no solo é responsável
pela formação da fauna edáfica, e influencia diretamente nos componentes físicos, químicos e
biológicos do solo.
Vários grupos da fauna do solo trabalham como engenheiros do ecossistema,
produzindo estruturas que podem alterar as propriedades físicas do solo e modificar a
disponibilidade e acessibilidade de recursos para outros organismos (LAVELLE, 1996). Com
a finalidade de alocar os organismos em classes representativas no ecossistema, modelos de
classificação dos organismos podem variar de acordo com alguns autores, entretanto todos
consideram a vasta diversidade biológica e suas respectivas importâncias.
Dentre as classificações, estas podem ser com base no tamanho dos organismos;
localização espacial e mobilização; hábitos alimentares (Tabela 1). Brown et al (2015) infere
uma divisão das espécies de invertebrados presentes no solo de acordo com o tamanho, sendo
assim distinguidos por micrometros (microfauna) a metros de comprimento (macrofauna),
apresentando sequências de vida que variam em um espaço de tempo entre dias e até anos.
Ainda sobre uma perspectiva de classificação da fauna, Swift et al (1979) destaca a
classificação em três grupos principais, comumente considerados pela ciência, tendo como base
no comprimento corporal dos organismos, microfauna (0,2 mm), mesofauna (0,2-2,0 mm) e
macrofauna (> 2,0 mm). Com o intuito de especificar as classes, Brown et al (2015) enfoca os

14
organismos presentes na microfauna, correspondendo a animais microscópicos (nematóides,
rotíferos e tardígrados) presentes em partículas bem pequenas de água contida no solo.

CLASSIFICAÇÃO DA FAUNA EDÁFICA DO SOLO


CLASSIFICAÇÃO TAMANHO CARACTERISTICAS EXEMPLOS
NEMATOIDES E
MICROFAUNA < DE 0,2 MM P OUCA MOBILIDADE
PROTOZOÁRIOS
ACARI; COLLEMBOLA;
S E MOVIMENTA NAS P ALPIGRADI; P RETURA;
DE 0,2 A 2
MESOFAUNA FISSURAS E POROS DO P AUROPODA;, DIPLURA
MM
SOLO ENCHYTRAEIDAE E
S YMPHYLA
P OSSUI HABILIDADES ANELÍDEOS; TÉRMITAS;
PARA CAVAR E CRIAR
MOLUSCOS
MACROFAUNA > DE 2 MM ESTRUTURAS ESPECÍFICAS
PARA MANTER SUA
ARACNÍDEOS; MINHOCAS;
SOBREVIVÊNCIA NO SOLO
FORMIGAS
Tabela 1 - Classificação da fauna edáfica do solo. Fonte: Swift et al (1979).
O tempo de vida desses organismos é extremamente curto e correspondem a uma
alimentação baseada em base alimentar outros animais, raízes (a) e micro-organismos
(bactérias, protozoários, fungos, algas, actinomicetos). Dando continuidade à descrição da
classificação dos organismos.
Dentre a funcionalidade destes organismos presente no solo, Primavesi (2016) afirma
que, para a existência das mesmas é preciso condições capazes de mantê-las, ou seja, deve
conter presença de matéria orgânica no solo e uma proteção contra o ressecamento. Dentre a
diversidade de organismos da macrofauna, a autora destaca as minhocas, afirmando que estas
são capazes de produzir agregados com diâmetro de 4mm, além de túneis com até 1m de
profundidade, graças ao trato intestinal que fornece nutrientes durante o processo digestivo,
resultando assim na agregação e permeabilidade do solo.
Segundo Balota (2010) além das minhocas os cupins, formigas e besouros tem sua
funcionalidade na porosidade e textura do solo, devido a criação de túneis e galerias provindas
do processo de ingestão, transporte de solo, juntamente com ciclagem dos nutrientes que se dá
através da atuação desses organismos sobre a matéria orgânica e controle biológico. O autor
ainda destaca a ação de tatus e larvas de inseto que agem sobre a serapilheira e restos dos tecidos
mortos de plantas, através da transformação e fragmentação destes.
Para Barreta et al (2015) a função desenvolvida por esses organismos tem uma funcionalidade
importante para o solo, considerando suas características de locomoção e tamanho, são capazes
formar buracos, galerias e ninhos no solo por meio da escavação, outros aspectos destacados

14
está na deposição de excreções que tem influência sobre a estrutura e fertilidade. Alguns
exemplos desses indivíduos são destacados por BROWN (2015), destacando organismos
maiores como os ácaros (Acari), colêmbolos (Collembola), diplura, protura, enquitreídeos,
sínfilos, pseudo-escorpiões e outros animais (como micro-coleópteros, formigas e outros
pequenos animais que geralmente são considerados na macrofauna) que se alimentam
principalmente de matéria orgânica em decomposição, fungos e outros organismos menores
(especialmente nematóides e protozoários).
Swift et al (1979) reafirma está importância da macrofauna ao destacar que fauna do solo,
particularmente a macrofauna, exerce um papel fundamental na fragmentação dos resíduos
vegetais e na regulação indireta dos processos biológicos do solo, estabelecendo interações em
diferentes níveis com os microrganismos
Com um enfoque na biota do solo, a fauna se expressa de forma primordial, capaz de
influenciar incisivamente nas características e funcionalidade do solo, CRAGG et al. (2001)
destaca a consistência do conjunto de organismos, correspondendo a fatores correlacionados,
ou seja, o equilíbrio natural entre a microfauna proporcionando a seleção dos organismos,
juntamente com a decomposição da matéria orgânica influenciando na disponibilidade de
minerais para a fora local desempenhada pela macrofauna. Os microrganismos apresentam uma
imensa diversidade genética e desempenham funções únicas e cruciais na manutenção de
ecossistemas, como componentes fundamentais de cadeias alimentares e ciclos biogeoquímicos
(CANHOS et. al, 1998).
Contudo, os organismos têm influencias marcantes sobre o solo, estas podem ser
desencadeadas de forma direta, através de alteração da forragem e condições do solo (umidade,
temperatura, nutrientes disponíveis, Ph), ou até mesmo indiretamente, por meio da interação
da comunidade microbiana. Os organismos da fauna edáfica são capazes, ainda, de modificar
as características físicas, químicas e biológicas do solo, constituindo-se em componentes
importantes para a avaliação da organização e funcionamento do mesmo (STEFFEN et al.
2007). Quando se trata dos organismos do solo, em especial sobre o desempenho da
macrofauna, Swift et al (1979) afirma que as espécies que compõem esse grupo atuam sobre a
fragmentação dos diversos resíduos presente no solo, e indiretamente é capaz de regular os
processos biológicos que ocorrem internamente, sendo assim encontra-se conectada com a
diversa biota do solo.
Quando Gonzalez et al (2001) menciona a sensibilidade dos organismos quanto
alteração da forragem, Primavesi (2014) contempla a ideia ao destacar a importância da

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diversidade da flora sobre a fauna edáfica, quanto maior for a presença de plantas diversas no
solo, maior será a presença do micro e mesossseres do solo. Mesmo diante da sua extrema
funcionalidade e importância para o solo, a fauna encontra-se comprometida devido à grande
fragilidade mediante as alterações, Lavelle et al (1993) afirma que a fauna edáfica é fortemente
influenciada pela ação antrópica que pode modificar consideravelmente a abundância e a
diversidade da comunidade, principalmente pela perturbação do ambiente físico e pela
modificação da quantidade e qualidade de matéria orgânica.
A fauna do solo mostra-se sensível a modificações ocorridas no ambiente, tanto as
biológicas, físicas e químicas, como resultantes das práticas de manejo do solo e de cultivo
empregadas. Dependendo do tipo e intensidade do impacto promovido ao ambiente, tais
práticas podem ter efeitos sobre determinadas populações, ou seja, podem aumentar diminuir
ou não influir na diversidade de organismos edáficos (BARETTA, et al 2011)
Um destaque importe quanto alterações antrópicas e usos diversos do solo são
ressaltados por Baretta, et al (2011) expressando a interferência de alterações no ecossistema
desencadeando um desequilíbrio na distribuição da fauna do solo. O autor destaca a relação
direta entre a disponibilidade de alimentos e as interações ecológicos, ou seja, conforme ocorre
alterações na oferta de nutrientes consequentemente as interações ecológicas intra e
interespecíficas sobrem modificações. De acordo com Primavesi (2014) considerando
primordialmente os solos tropicais, destaca a importância do cuidado com estes solos com o
intuito de protegê-los contra os impactos da água da chuva e aquecimento excessivo da
superfície, a fim de preservar/ dispor de matéria orgânica capaz de nutrir 20 milhões de
microrganismos.
Segundo Primavesi (2016) dentre os diversos benefícios da presença de matéria
orgânica está a proteção da superfície do solo; a nutrição dos micro-organismos, que através de
suas ações mobilizam nutrientes para as plantas permitindo então que estas tenham
disponibilidade e obtenham nutrientes para sua formação e desenvolvimento; além desta função
desempenhada pela fauna edáfica, está também atua sobre a matéria orgânica tendo
influenciando na agregação das partículas do solo, na entrada de ar, água e retenção da água.
Entretanto, os solos e seus organismos podem ser afetados pela maneira como o
homem cuida deste recurso natural. A atividade agrícola predatória, o desmatamento
exacerbado, a poluição e as mudanças globais podem ter feitos deletérios sobre a biodiversidade
e os processos ecológicos do solo, com consequências nefastas para o homem e o seu ambiente.

16
Araújo et al (2012) considera principalmente a composição natural do solo como
elemento condicionante para determinar o manejo a serem implantado, além da extensão pela
qual o uso ocupará, correlacionando então estes elementos com as práticas intervencionistas
aplicadas pelo ser humano. Considerando a fauna edáfica que compõem o ecossistema do solo
e sua sensibilidade a alterações ambientais, Baretta et al (2006) infere esta sensibilidade a
modificações no ambiente, cuja natureza pode ser física, química, ou biológica, sendo possível
determinar a qualidade do solo com base nesses indicadores, considerando estes elementos
diretamente ligados ao sistema de manejo. Indicadores de qualidade do solo são propriedades
mensuráveis (quantitativas ou qualitativas) do solo ou da planta acerca de um processo ou
atividade e que permitem caracterizar, avaliar e acompanhar as alterações ocorridas num dado
ecossistema.

18
3. MATERIAIS E MÉTODOS

O presente estudo teve como foco propriedades rurais com pastagens localizadas no
entorno da Floresta Nacional de Silvânia, no município de Silvânia (Figura 2) o mapa conta
com a espacialização de todas as parcelas amostradas e seus respectivos pontos distribuídos nas
áreas de pastagens predominantes a montante da área urbana na porção sudeste e menores
concentrações na porção sul e norte.

Figura 2: Mapa de Localização dos pontos amostrados

Para o desenvolvimento do estudo dotou-se uma metodologia capaz de traçar as etapas


necessárias para alcançar o objetivo desejado, sendo estas dividas em três: pré- campo,
campanha de campo e análise laboratorial, demostrado na Figura 3.

19
METODOLOGIA

PRÉ CAMPO CAMPANHA DE CAMPO ANÁLISE LABORATORIAL

Levantamento Levantamento in loco Envio das amostras de solo


bibliográfico para realização das análises
Registro das coordenada físicas e químicas
Adaptação da de cada ponto amostrado
metodologia • GPS Análise Química do Solo
adotada pelo estudo • Laboratório Agropecuário
Registro Fotográfico da Solocria
Seleção das áreas paisagem
amostradas • Câmera Fotográfica Análise Morfológica do
Solo
Banco de Dados Lançamento do • Laboratório Núcleo de
Cartográficos Instrumento de observação Solos - IESA

Carta Imagem
Registro Fotográfico do Secagem/Pesagem Das
Declividade/ Altimetria
instrumento de observação Amostras de Serapilheira
Uso do solo
• Laboratório Ecoflor -UFG
Temperatura de Superfícies
Preenchimento do formulário • Laboratório de Alometria
Esboço de Solos
Florestal - UFG
Orientação das vertentes
Preparativo dos Aferição de temperatura
Elaboração de Banco de
materiais para Campo dados
Registro de evidência de
Elaboração do formulário atividades biológicas/fauna
Espacialização dos pontos
de registro edáfica, riqueza de amostrados em campo
indivíduos , bioporos,
Construção do Instrumento fungos, plântulas e raízes.
Tratamento Estatístico dos
e Gabarito de Observação
Coleta de amostras de solo dados
Criação do checklist das e serapilheira
ferramentas e etapas in loco Correlação dos parâmetros
Acondicionamento e avaliados
Adquirição e
etiquetagem das amostras Solo
Organização do kit de
ferramentas para campo Temperatura
Abertura da mini trincheira Fauna edáfica
Treinamento com a equipe Serrapilheira
Armazenamento dos dados Parâmetros do meio Físico
de campo
coletados diariamente em
Visita de cada ponto de amostragem
reconhecimento da área
de estudo

Figura 3 – Fluxograma de Metodologia. Fonte: Elaboração própria


3.1 ETAPA PRÉ CAMPO
3.1.2 SELEÇÃO METODOLÓGICA E PONTOS DE AMOSTRAGEM
A primeira etapa da pesquisa contou com a definição da metodologia a ser adotada e
suas respectivas adaptações. O estudo tem como base a metodologia utilizada por Lammoglia
e Longo (2013), que avalia a biodiversidade do solo como indicar de degradação. Este consiste

20
em avaliar os elementos que compõem a paisagem sobre uma perspectiva pedológica, por meio
da avaliação in loco, analisando a biodiversidade do solo, ou seja, presença ou ausência de
fauna, bioporos fungos, plântulas e raízes. Após a definição metodológica selecionou-se as
áreas de interesse, sendo estas denominadas de parcelas, caracterizando então seis propriedades
rurais no entorno da FLONA, inserida no município de Silvânia- GO, cujo uso do solo é voltado
para atividade pecuária.
Para a seleção das áreas de pastagem foram priorizadas as áreas de pastagem no entono
da FLONA, principalmente aquelas que apresentavam fácil acesso e logística para o
desenvolvimento da atividade. Com a finalidade de uma melhor compreensão e integralização
a respeito dos elementos que compõem a paisagem, desenvolveu-se um banco de dados
cartográficos (carta imagem declividade, altimetria, uso do solo, temperatura de superfícies,
esboço de solos, orientação das vertentes), proporcionando um conhecimento aprofundamento
da área de estudo.

3.1.3 PREPARATIVO DOS MATERIAIS PARA CAMPO


Após os primeiros levantamentos de dados a respeito da área de estudo, o
planejamento da campanha de campo se tornou indispensável uma vez que este permitiu maior
precisão das ações a serem realizadas. Dentre os materiais elaborados, está o Formulário de
Registro (Figura 4), cuja execução tomou como referência ao modelo de ficha para descrição
morfológica do solo em campo presente no Manual Técnico de Pedologia – IBGE (2007) e
Cartilha do Solo, como reconhecer e sanar seus problemas (PRIMAVESI ,2009). Sendo estas
referências adaptadas para a criação do formulário de acordo com as particularidades do estudo.
No esboço do instrumento observado acima, contem números e letras que permitem
auxiliar nos registros realizados em campo consequente das observações, além das cinco
demarcações (quatro no extremo e uma no centro) para medição de temperatura. O material
arquitetado para a avaliação da biodiversidade do solo consiste em um quadrado de madeira
com dimensões de 70 cm por 70 cm, composto por barbantes que são inseridos em todas as
extremidades do quadrado com um espaçamento de 10 cm.
Este processo resulta na criação de 36 nós no instrumento, criando assim pontos de
observação para cada elemento destacado no estudo. Juntamente com o gabarito quadriculado
foi elaborado o gabarito de observação, uma moldura de madeira com as mesmas dimensões
anteriores, sendo utilizado como suporte no momento das coletas para delimitação do ponto
amostrado (Figura 5).

21
Figura 4- Formulário de Registo de campo.

22
X10 cXX X 1

X 4

X X 7
A B C D E F G

70 cm

Figura 5- Esquema ilustrativo e Instrumento de Observação.


O esboço do instrumento representado pela ilustração acima, contem números na base
inferior e letras na base lateral que permitem auxiliar nos registros realizados em campo
consequente das observações, além das cinco demarcações distribuídas de forma homogenia
(quatro no extremo e uma no centro) para medição de temperatura.
Após a consolidação dos materiais anteriores elaborou-se o checklist das ferramentas a
serem trabalhadas em campo e com a finalidade de qualificar a equipe para execução e dispor de
instruções e reajustes nas atividades práticas em campo, realizou-se um treinamento das etapas a
serem cumpridas durante as ações em campo. O treinamento contou com a orientação da
Professora Andrelisa de Jesus, sendo realizado no entorno do Instituto de Estudo Socioambiental-
IESA, cuja seleção dos pontos tiveram como finalidade representar as condições do uso e cobertura
e diversidade dos cenários que seriam encontrados em campo.
Foram selecionados três pontos com diferentes tipos de cobertura vegetal, sendo dois nas
imediações do IESA, o primeiro com cobertura vegetal composta por gramíneas, o segundo
parcialmente coberto com gramíneas, mas com presença de solo exposto em determinadas áreas e
o terceiro área de borda do Bosque August Saint Hilaire do campus II da Universidade Federal de
Goiás- UFG. Dentre as adequações para atividade de campo, a criação do gabarito de observação,
se deu a partir desta etapa de treinamento, quando se avaliou a necessidade de um instrumento
para delimitação da área.

4.2 CAMPANHA DE CAMPO


A atividade de campo foi composta por uma equipe de cinco discentes, sendo estes do
curso de ciências ambientais e ecologia, contando com a orientação e supervisão da Professora
Andrelisa Santos de Jesus do Instituto de Estudo Socioambientais juntamente com o professor

23
Carlos de Melo de Silva Neto.
Foram realizadas avaliações nas áreas especificas de estudo, dentre elas, a Floresta
Nacional de Silvânia e propriedades rurais no entorno da FLONA voltadas para uso agrícola e
pecuário. A campanha de campo contou com atividades diárias, cuja duração contabilizou sete
dias, sendo realizados entre as datas 24 a 26/09 e 08 a 11/10, apresentando índices de precipitação
no segundo período de campanha.
O levantamento in loco consistiu na seleção de 6 pontos de amostragens em cada parcela,
estabelecendo 3 pontos no uso pecuário e 3 na área de vegetação natural (Área de Preservação
Permanente – APP e Floresta Estaciona Semidecidual - FES), variando entre 50 e 100 metros a
distância de cada ponto, consequente ao tamanho da área. As áreas de vegetação natural
correspondem a validações, permitindo assim obtenção de valores referenciais para o estudo. As
coletas dos dados foram realizadas nos horários entre 8 e 19 h, em algumas parcelas houve divisão
das atividades entre dois dias.
Após as medições e seleção da área de amostragem o gabarito de observação é lançado
de forma aleatória sobre o solo sem que haja escolha do ponto por parte do lançador.
Sequencialmente o instrumento de observação é alocado sob o gabarito, e realiza-se os registros
das coordenadas com o auxílio do GPS e registros fotográficos com a câmera digital. O
preenchimento do formulário de campo inicia-se em conjunto com a análise dos pontos, sendo
transcritos todas as informações levantadas em campo (caracterização da área e análise do ponto
específico em que se encontra o instrumento de observação).
No primeiro momento realiza-se a aferição da temperatura Figura 6 (b) em 5 quadrantes
demarcados no instrumento, nos horizontes superficiais do solo e a uma profundidade de 20
centímetros, As medições foram realizadas através de um termômetro digital no formato de espeto,
com haste de penetração de aço inox à prova d’agua, garantindo assim medições mais precisas, e
o cabo é composto por material plástico ABS. Conseguinte inicia-se a observação de alguns
elementos presentes na área de amostragem do instrumento como observado na Figura 6 (c), sendo
estes elementos: presença e ausência de fauna, plântulas, bioporos e raízes, seguindo como
referência o manual do solo vivo (PRIMAVESI, 2009), e para avaliação do cheiro baseou-se na
Cartilha de inspeção do solo (PRIMAVESI, 2009).
Após todos os registros serem transcritos no formulário, retira-se o gabarito de
observação permanecendo apenas o gabarito base, possibilitando assim a demarcação do ponto
amostrado e coleta da amostra de serapilheira com a assistência do rastelo e luvas Figura 6 (d).
Posteriormente para coleta de solo retira-se totalmente a serapilheira do ponto exato a ser tradado,
24
com auxílio da enxada e a coleta das amostras deformadas de solo são perpetradas a 20 cm de
profundidade com trado manual Figura 6 (e). A seleção da profundidade para coleta de solo se dá
através da caracterização pelo acumulo de matéria orgânica e elevada atividade biológica.
Por fim, a última etapa contou com a manipulação da mini enxada para abertura (Figura
6 (f)) da mini trincheira de 20 centímetros Figura 6 (g), permitindo assim avaliar com maior
presteza a detecção de raízes, bioporos, e fauna edáfica. Nessa etapa foram coletadas amostras
indeformadas de solo Figura 6 (h) conforme para análises morfológicas. Após todos os processos
a trincheira e ponto de tradagem foram recobertos por solo e a área de amostragem coberta por
serapilheira, mantendo ao máximo a integridade do ambiente antes das coletas.
Todas as amostras coletas em campo foram armazenadas em sacos plásticos e etiquetadas
adequadamente com informações referente ao número da parcela, ponto, e tipo de uso e cobertura
do solo amostrado e acondicionadas em caixas de isopor para posteriormente serem encaminhadas
aos laboratórios específicos.

25
(a) (b)

(c) (d)

(e) (f)

(g) (h)
Figura 6- Etapas desenvolvidas na campanha de campo. (a) Instrumentos utilizados em campo; (b)
Medição da temperatura do solo; (c) Observação da fauna edáfica e registros da área amostrada; (d)
Tradagem para coleta de amostra deformadas de solo; (e) Coleta das amostras de serapilheira; (f) Abertura
da mini trincheira; (g) Mini trincheira a 20 cm de profundidade; (h) Amostra indeformada de solo.

26
4.3 ANÁLISES LABORATORIAIS
Todas as amostras de solo e serrapilheira coletadas em campo foram triadas e
acondicionadas no Núcleo de Solos do Laboratório de Análise da Atmosfera e da Paisagem do
IESA para serem direcionadas aos laboratórios correspondentes as análises necessárias, sendo
estas as análises químicas e físicas para amostras de solo e para as amostras de serapilheira a
pesagem e secagem.
As amostras deformadas de solo foram encaminhadas para o laboratório credenciado pela
EMBRAPA Solocria. Ao todo foram analisadas a química e textura de 34 amostras. As análises
químicas contemplaram ph, potássio, cálcio, fosforo, magnésio, matéria orgânica, carbono, zinco,
alumínio e hidrogênio, conforme os métodos adota pela Embrapa (normas técnicas da
EMBRAPA). Para as análises físicas foram determinadas as granulometrias, apresentando o
percentual da fração argila, silte e areia para cada solo amostrado.
As amostras de serapilheiras foram destinadas ao Laboratórios de Alometria e Inventário
Florestal e Laboratório de Ecologia Florestal – Ecoflor da Universidade Federal de Goiás- UFG,
para o processo de secagem e pesagem das amostras (Figura 7) com base na metodologia de Lima
et al. (2015).

(a) (b) (c)


Figura 7 – Amostras de serapilheira para secagem e pesagem. (a) Amostra de serapilheira da área de APP;
(b) Amostra de serapilheira da área de pastagem; (c) Pesagem das amostras.
As amostras foram inseridas em bandejas para separação máxima da serapilheira dos
resquícios de solo, uma vez que estes podem interferir no resultado. Após o peneiramento inseriu-
se a serapilheira em sacos de papel Kraft para secagem na estufa, onde estas permaneceram
aproximadamente 96 horas a uma temperatura de 65° C. A secagem se deu para que submergisse
toda umidade possibilitando a obtenção da massa seca e consequentemente o registro da mesma
através da pesagem.
As amostras indeformadas de solo foram armazenadas no Núcleo de Solos do Laboratório
de Análise da Atmosfera e da Paisagem do IESA, para realização da análise morfológica do solo

27
(Figura 8 (a)), avaliando as propriedades referente a estrutura, poros, textura, cor, presença de
cascalho, consistência, seguindo como referência o Manual Técnico de Pedologia (IBGE, 2007).
Para a classificação da textura contamos com o conjunto de dados obtidos através da análise física,
em que foram apresentados a granulometria, sendo estes dados lançados no triângulo textural
Figura 8 (b), permitindo então sua classificação. A classificação da cor do solo se deu através do
Sistema Munsell de cores (MUNSELL SOIL COLOR COMPANY, 1950) .

(a) (b)
Figura 8- Material de referência e análise morfológica dos solos. Amostras indeformadas de solo para análise (a)
morfológica; Triângulo textural (b) Fonte: IBGE, 2007).

4.4. DELINEAMENTO ESTATÍSTICO


Para melhor avaliação dos resultados obtidos, foram elaborados gráficos e tabelas com a
finalidade de melhor representação e permitindo assim correlacionar todos os dados levantados.
Os dados de solo foram analisados a partir da estatística descritiva, criando médias e desvio padrão

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 COBERTURA VEGETAL DAS ÁREAS AMOSTRADAS


As áreas selecionadas para amostragem correspondem a pastagens e áreas de vegetação
natural, especificamente área de preservação permanente (APP) e floresta estacional (FE), sob
diferentes condições e influencias de diversos fatores ambientais. Destaca-se cenários diversos,
uma vez que algumas áreas de vegetação natural apresentam grande quantidade de cobertura
vegetal e extremos em que se nota a proteção vegetal mínima no entorno do curso hídrico, em
28
pastagens as condições variam desde áreas com forragem curta homogenia e verde a forragens
secas, altas e cumpridas, extensões de solos sem cobertura, áreas compactadas, perda de partículas
de solo, dentre outros elementos observados.
A figura 9 (a) apresenta a cobertura vegetal da área de pastagem da parcela 1, sendo está
caracterizada por uma vegetação predominantemente seca e heterogênea, cuja altura das forragens
variam entre pequena e mediana. No entorno do pasto determinados pontos encontram-se
desprovidos de qualquer cobertura vegetal, especificamente extensões que ligam o centro aos
extremos da área, formam uma espécie de caminhos preferenciais, com solos exposto. Observou-
se a distribuição de cupinzeiros em pequenas quantidades na área.
As extensões com solo exposto caracterizam visualmente um solo compactado, e nota-se a
perda de partículas de solo em determinados pontos, consequentemente são áreas vulnerabilidade
a processos erosivos e sujeitas a alteração das características físicas e químicas do solo. A Figura
9 (b) corresponde a APP, validação da parcela 1, com dimensões reduzidas, de difícil acesso ao
centro decorrente de um processo erosivo e sendo contemplada com curso hídrico de pequena
vazão cuja cobertura vegetal no entorno encontrava-se extremamente simplória.
Um cenário diferente é observado na Figura 9 (c), correspondente a parcela 2,
apresentando uma pastagem homogênea, com cobertura predominantemente verde e vegetação de
altura pequena, além da distribuição de árvores ao longo de todo o pasto. Não se ressaltou solo
exposto na área, entretanto há ocorrência mínima de cupinzeiro. Na APP, representada pela Figura
9 (d), tornou-se possível o acesso ao centro devido a maior extensão da área., permitindo observar
grande dossel, arvores de grande e pequeno porte, cipós e quantidades de matéria orgânica sobre
o solo.
Nas parcelas 3 e 4 apresentadas na Figura 9 (e) e (g), as condições das pastagens são bem
semelhantes, sendo estas heterogenias com grandes extensões de solo exposto. Em relação a
vegetação da 3, está encontra-se predominantemente verde, mas com presença considerável de
vegetação seca com altura pequena, enquanto (Figura 9 (g)) ressalta vegetação seca com
distribuição inferior de forragem verde. Para ambas as áreas observa-se presença de cupinzeiro e
caminhos demarcados sem cobertura vegetal.
Para a APP apresentada na Figura 9 (f), verificou-se uma densidade maior de árvores de
grande e pequeno porte na borda e no centro pequenas quantidades de árvore de pequeno porte e
predominância de remanescentes da vegetação do entorno. A APP apresentou larguras inferiores
ao seu cumprimento e um desnível da borda ao centro. O mesmo cenário foi ressaltado na Figura
9 (h) quanto as dimensões e o desnível acentuado, dificultando o acesso ao centro. Entretanto no

29
interior da floresta estacional, registrou-se a presença de vegetação densa, com árvores de grande
e pequeno porte, além de cipós e grande quantidade de cobertura vegetal.
Na Figura 9 (i) apresenta características semelhantes as pastagens anteriores quanto a
predominância de vegetação verde e menores percentuais de extensões com cobertura seca, além
de alguns pontos com solo exposto e presença de cupinzeiro em quantidades sucintas. A área da
floresta estacional da parcela 5 representada na Figura 9 (j), apresenta árvores espaçadas, de grande
porte, com espessuras pequenas e médias.
A Figura 9 (k) representa uma das pastagens com característica distintas, uma vez que
apresenta cobertura vegetal predominantemente verde, mas porções consideráveis de vegetação
seca. Por toda a extensão nota-se variações da altura da vegetação, sendo o entrono composta por
forragem pequena e áreas sem cobertura mescladas com forragens grandes, ressaltando a
probabilidade de não ser pastado a um tempo. A floresta estacional representada na Figura 9 (l), é
comporta por arvores de grande e pequeno porte, compondo uma densidade média de arvores e
grande quantidade de rochas e fragmentos rochoso.

30
(a) (b) (c) (d)

(e) (f) (g) (h)

(i) (j) (k) (l)


Figura 9- Cobertura do solo das paisagens amostradas; Parcela 1, Pastagem (a); Parcela 1, Área de Preservação Permanente (b); Parcela 2, Pastagem (c); Parcela
2, Floresta Estacional Semidecidual (d); Parcela 3, Pastagem (e), Parcela 3, Área de Preservação Permanente (f); Parcela 4, Pastagem (g) ; Parcela 4, Estacional
Semidecidual (h); Parcela 5, Pastagem (i); Parcela 5, Estacional Semidecidual (j); Parcela 6, Pastagem (k); Parcela 6, Estacional Semidecidual (l).

31
4.2TEMPERATURA
Considerando a temperatura do solo um elemento de grande influência sobre os processos
físicos, químicos e biológicos do solo, as medições foram feitas sob as pastagens e áreas de
vegetação natural sob condições diversas. As medições foram aferidas em superfície e a 20 cm de
profundidade, observando queda da temperatura em profundidade, predominância de temperaturas
amenas em coberturas naturais, e horários no período da manhã e fim da tarde apresentaram
menores temperaturas, como contemplado nos gráficos da Figura 10.
A Figura 10 (a) apresenta temperaturas superficiais maiores que as registradas em
profundidade, sendo essas variações maiores no período da tarde. Observa-se em determinado
horários do dia (9:25) há uma queda das temperaturas e aproximação das temperaturas na área de
pastagem. Nota-se que os solos na área de pastagem apresentam temperaturas mais elevadas que
no solo da APP, e as medição superficial e profunda são próximas, em média 2°C de diferença.
As variações podem estar associadas a fatores externos como a presença da cobertura
vegetal que protejo o solo uma vez que infere diretamente sobre as variações térmicas e intensidade
da radiação solar ao longo do perfil do solo (PEREIRA et al. 2007). Outro fator de influência
destacado pelos autores é a temperatura do ar, sendo está condicionada pelo balanço de energia na
superfície. Alguns fatores como a cobertura do terreno resultam em alterações no balanço
energético e consequentemente variações da temperatura do ar.
Ou seja, os pontos amostrados (pastagem, área de preservação permanente e floresta
estacional) apresentam balanços energéticos distintos decorrente do tipo de cobertura do solo,
apresentando assim uma influência direta sobre a temperatura do ar e, por conseguinte sendo
fatores determinantes nas variações de temperatura no solo. Os horários das medições quando
associados as variações dos ângulos de incidência dos raios solares ao longo do dia, também pode
ser um fator determinante nas variações da temperatura.
As temperaturas representadas na Figura 10 (b) segue o mesmo padrão da parcela
anterior, onde as medições na área de pastagem são maiores que na APP, entretanto as
temperaturas superficiais e profundas apresentam valores aproximados. Nota-se na área de
vegetação natural temperaturas praticamente iguais, certamente situação proveniente do horário
da medição, fim de tarde (17:03), com menor incidência de radiação, resfriamento da superfície
do solo. Na Figura 10 (c) as temperaturas em profundidade são maiores que as superficiais para
as áreas de pastagem, no período da tarde entre os horários (17 às 18 h). Observa-se que os valores
apresentam uma inversão dos registros anteriores, devido as maiores temperaturas estarem
associadas a profundidade de 20 cm.

32
Temperatura Média – Parcela 1 Temperatura Média – Parcela 2
40 40

GRAUS CELSIUS ° C
GRAUS CELSIUS ° C
Superfície Superfície
35 35
20 cm 20 cm
30 30
25 25
20 20
15 15
10 10
PONTO 1 PONTO 2 PONTO 3 PONTO 4 PONTO 1 PONTO 2 PONTO 3 PONTO 1 PONTO 2 PONTO 3
PEC PEC PEC APP PEC PEC PEC APP APP APP
15:49 h 16:37 h 09:25 h 17:01 h 09:14 h 09:46 h 10:24 h 10:24 h 17:03 h 17:51 h
PONTOS E HORAS PONTOS E HORAS
(a) (b)

Temperatura Média – Parcela 3 Temperatura Média – Parcela 4


40 40

GRAUS CELSIUS ° C
GRAUS CELSIUS ° C

Superfície Superfície
35 35
20 cm 20 cm
30 30
25 25
20 20
15 15
10 10
PONTO 1 PONTO 2 PONTO 3 PONTO 1 PONTO 2 PONTO 3 PONTO 1 PONTO 2 PONTO 3 PONTO 1 PONTO 2 PONTO 3
PEC PEC PEC APP APP APP PEC PEC PEC APP APP APP
17:02 h 17:36 h 18:00 h 15:12 h 15:50 h 16:28 h 08:22 h 08:54 h 09:20 h 09:30 h 10:29 h 11:07 h
PONTOS E HORAS PONTOS E HORAS

(c) (d)

Temperatura Média - Parcela 5 Temperatura Média- Parcela 6


40 40

GRAUS CELSIUS ° C
GRAUS CELSIUS ° C

Superfície Superfície
35 35
20 cm 20 cm
30 30
25 25
20 20
15 15
10 10
PONTO 1 PONTO 2 PONTO 3 PONTO 1 PONTO 2 PONTO 3 PONTO 1 PONTO 2 PONTO 3 PONTO 1 PONTO 2 PONTO 3
PEC PEC PEC FES FES FES PEC PEC PEC FES FES FES
17:33 h 17:55 h 08:01 h 08:33 h 09:01 h 09:28 h 11:32 h 12:12 h 12:54 h 13:36 h 14:15 h 14:51 h
PONTOS E HORAS PONTOS E HORAS
(e) (f)
Figura 10- Gráficos da temperatura média das áreas amostradas; (a) Temperatura média da parcela 1; (b) Temperatura média da parcela
2; (c) Temperatura média da parcela 3; (d) Temperatura média da parcela 4; (e) Temperatura média da parcela 5; (f) Temperatura média
da parcela 6. (FE) Floresta Estacional Semidecidual, (APP) Área de Preservação Permanente; (PEC) Pecuária.

33
Entretanto os resultados sofrem influência do processo de precipitação pluviométrica
na área, horas antes dos levantamentos. Consequentemente a umidade altera o fluxo térmico da
superfície e gradativamente as camadas mais profundas vão se resfriando. Segundo Carneiro et
al. (2013) é importante ressaltar que as características físicas do solo e a variação temporal de
suas trocas de calor e água com o subsolo e com a atmosfera determinam preponderantemente
os seus perfis de temperatura e umidade, observados no ponto amostrado.
Verifica-se na Figura 10 (d) variações de 1º a 2º C entre as temperaturas, sendo a
profunda de maior valor para a área de pastagem, enquanto na APP as variações são mínimas e
ao longo dos pontos as temperaturas se igualam. O cenário é marcado pela ocorrência de
precipitação pluviométrica na região no dia em que foram realizadas as aferições, alterando a
umidade do solo e consequentemente reduzindo a temperatura superficial. Conforme o tempo
se passa a água se infiltra nas camadas mais profundas do solo, aumenta a umidade e, por
conseguinte reduzindo a temperatura, igualando os valores ao longo do perfil do solo, como é
observado na área de APP.
O gráfico representado na Figura 10 (e) apresenta pequenas variações entre as
temperaturas superficiais e a 20 centímetros. Na área de pastagem as medições realizadas no
fim da tarde apontam temperaturas semelhantes para o ponto 1 e variações mínimas das
temperaturas nos demais pontos da pastagem. Nota-se uma redução das temperaturas na área
de APP quando comparada a pastagem, e valores aproximados no período da manhã e um
aumento da temperatura e das variações ao longo das horas.
Na Figura 10 (f) nota-se uma variação das temperaturas superficiais e profundas, sendo
todas as superficiais acima de 30°C, e os maiores registros às 14:54 horas, decorrente do ângulo
de incidências dos raios, direcionados para superfície. Nas áreas de vegetação natural nota-se
uma redução extrema da temperatura, onde apenas o primeiro ponto apresenta temperaturas
acima de 25°C, posteriormente os valores se igualam conforme os horários vão se passando.
As propriedade térmicas do solo apresenta influencia diretamente sobre o crescimento e
desenvolvimento da vegetação, processos físicos e químicos no solo, atividades biológicas,
sendo então necessário condições de temperatura adequada para o desenvolvimento desses
processos, e quando alterada compromete todo o sistema , Primavesi, (2009) ressalta a
importância da cobertura do solo contra a radiação solar direta e excessiva, e impactos das
gostas da chuva, principalmente para os solos tropicais, por comprometer seu funcionamento.
Na parcela 1 as temperaturas médias superficiais no pasto apresentaram 29ºC, e em
profundidade 26ºC, enquanto na APP os valores foram 24ºC e 22ºC respectivamente.
34
A temperatura superficial apresentada na parcela 2, na área de pastagem corresponde a
25,6ºC e quando profunda 24,6ºC, na área da APP as temperaturas são 22,6ºC superficial e 22ºC
a 20 cm. Temperaturas diferentes são observadas na pastagem da parcela 3, uma vez que a
temperatura superficial é de 26,3ºC e profunda 27ºC, na APP os padrões de temperatura
retornam, superfície com 23ºC e quando profunda 22,3ºC.
O mesmo cenário na pastagem da parcela anterior é observado na parcela 4, onde a
temperatura superficial conta com 23ºC e 24º C em profundidade, e APP com 21,3ºC e em
profundidade com 21,6ºC. A parcela 5 apresenta 24,6ºC na superfície do pasto e 24ºC quando
aferidas em profundidade, o fragmento florestal apresenta respectivamente 22,6ºC e 22ºC. As
maiores médias são destacadas na parcela 6, na pecuária as temperaturas médias superficiais
alcançaram 33ºC e em profundidade 29,3ºC e no fragmento florestal os valores respectivos são
de 23,6ºC e 23,3ºC.

4.3 SERRAPILHEIRA
Considerando a serapilheira um elemento de extrema importância para o
desenvolvimento da fauna edáfica, nota-se através dos dados apresentado na Figura 11, o peso
da serapilheira para as parcelas de vegetação natural e pastagem. As áreas de pastagem
apresentam valores semelhantes quanto ao peso da serrapilheira, nota-se pesos inferiores a 100
g para a maioria das parcelas, enquanto a maioria das áreas de vegetação naturais se destacam
pela presença de serrapilheira, apresentando peso médio de 256g.
Para as áreas de amostragem da pastagem, as parcelas 2 ,5 e 6 correspondem aos 16,5%
que apresentam pontos com peso superior a 100g. O maior valor apresentado no gráfico é de
183,60g de serapilheira representado na parcela 2. Pesos expressivos, superiores a 50g são
observados para todos os pontos desta parcela, destacando-a como a pastagem de melhor
resultado apresentado para serapilheira. As parcelas 5 e 6 também compõem o percentual de
pesos superiores, sendo ambas responsáveis por apresentar pontos cujos pesos são variáveis
entre 20g a 120g, destacando-os como pastagens medianas quanto a serapilheira.
A diferença dos cenários pode estar associada a condição em que se encontram as
coberturas vegetais de cada parcela, a parcela 2 apresentou pastagens conservadas, enquanto
notou-se uma variação para as parcelas 5 e 6, decorrentes de pequenas extensões de solos sem
cobertura, vegetação seca e verde, elementos estes que interferem na qualidade do solo,
consequentemente da cobertura vegetal, resultado em valores inferiores de serapilheira.

35
Serrapilheira
600,00
500,00
400,00
Peso (g)

300,00
200,00
100,00
0,00
PEC 1 APP 1 PEC 2 APP 2 PEC 3 APP 3 PEC 4 APP 4 PEC 5 FES 5 PEC 6 FES 6

Áreas de Amostragem

Figura 11– Peso da serapilheira por ponto de amostragem. (PEC) Pecuária, (APP) Área de Preservação
Permanente, (FE) Floresta Estacional Semidecidual

Inseridas nos percentuais de valores inferiores a 50g de serapilheira estão os pontos


das parcelas 1,3 e 4. Na parcela 1 os valores foram crescentes ao longo dos pontos de
amostragem, variando entre 15g a 47g, e o ponto 4 apresentou um aumento do primeiro ponto
para o segundo e posteriormente uma constância dos pesos para os demais pontos. A parcela 4
se caracteriza predominantemente com o percentual inferior a 50g, entretanto algumas
particularidades são ressaltadas, uma vez que um dos pontos apresenta 53,20g de serapilheira e
valor zerado para determinado ponto. Esta pastagem se destaca com o menor peso de
serapilheira, sendo este de 62,5g para toda a parcela.
Contrapondo o cenário observado nas pastagens, os pesos apresentados nas áreas
compostas por vegetações naturais são extremamente superiores. Apenas um único ponto
apresenta peso inferior a 100g, ou seja, aproximadamente 94% dos pontos apresentam peso
superior, sendo aproximadamente 77% a mais do valor obtido para as pastagens.
Predominantemente os valores para APP e FE foram superiores, porem variaram
consideravelmente para cada ponto.
As parcelas 1, 4, 5 e 6 apresentaram diferenças acentuadas nos pesos das pastagens e
área de vegetação natural. A parcela 1, contou com peso de 97 g na pastagem, em contrapartida
um único ponto da APP apresentou 255g, uma diferença de 158 g. Na parcela 4, o ponto
amostrado na pastagem apresentou 103.5g, enquanto na APP 744.3g. A parcela 5 corresponde
ao maior extremo, apresentando 196,3g para a pastagem e 1.340g de serapilheira nos pontos de
reserva legal. A parcela 6 apresenta 177,3g para pecuária e 746.9g na FE.
As parcelas 2 e 3 se destacam devido as proximidades dos pesos apresentados nas
APPs e nos pastos, mesmo as APPs contando com valores superiores. Na parcela 2, o peso
mínimo na APP (170,10g) se aproxima ao peso máximo da pastagem (183,60g), variando na
36
parcela 346g de serapilheira entre pecuária e vegetação natural. A parcela 3 contas com 62,5g
na pastagem e 356.9 g na APP, o menor peso de serapilheira para ambos os ecossistemas.
A partir da avaliação da média de cada segmento (Figura 12), torna-se possível
averiguar com maior perceptibilidade as diferenças. Nota-se que os pesos médios para as áreas
de pastagem são de 50 g, quando comparado com as áreas de vegetação natural apresentam
uma diferença de peso de 300 g de serapilheira. As áreas de APP e FE, apresentam um média
de 550 g, o peso médio para as áreas de pastagem corresponder menos de 10% desse valor. No
desvio padrão observou –se que para a pecuária a dispersão dos dados é extremamente
significativa, de tal forma que o valor se aproxima no máximo a 200g.

Média da Serrapilheira e Desvio Padrão


500
450
400
350
Peso (g)

300
250
200
150
100
50
0
Área de Preservação Floresta Estacional Pecuária
Permanente Semidecidual
Uso e cobertura do solo

Figura 12 – Gráfico de Média da Serrapilheira e Desvio padrão por uso e cobertura do solo.

4.4 ASPECTOS MORFOLÓGICOS DO SOLO


Quanto as morfologias foram analisadas os seguintes parâmetros morfológicos:
estrutura, raízes, poros, cores, textura, coesão, cheiro e consistência e para alguns solos a
presença de cascalho. Esses parâmetros são fundamentais para identificação e classificação e
tem sido utilizado também para análise da qualidade do solo quanto a eventuais degradações.
As características morfológicas apresentadas na Tabela 2, correspondem a parcela 1,
cujo propriedades estruturais são semelhantes para os pontos amostrados, sendo estas
classificadas com fraco grau de separação das unidades estruturais, estruturas que variam entre
tamanhos médios e grandes, classificados como blocos subangulares e grumosos. As raízes
apresentam diâmetros muito finos e médios, distribuídas em quantidades comuns e abundantes,
e sistema radicular fascicular. Os poros são pequenos e observados em quantidades comuns e
abundantes.
Quanto as cores os solos são classificados como Vermelho (2.5 YR 4/6) quando secas,

37
Bruno-Avermelhado escuro (2.5YR 3/4) quando úmidas, e reproduzem as mesmas colorações
quando úmida amassada. As texturas correspondentes são argilosas e quanto a coesão, o solo
se apresentaram fortemente coesos em todos os pontos amostrados. Ao avaliar a consistência
seca, os pontos 1 e 2 apresentaram fraca resistência a pressão sendo classificados como
ligeiramente dura, e para o ponto 3 sob uma pressão leve os torrões apresentam fraca resistência
e elevada fragilidade, caracterizando-os com consistência macia. Quando úmidas suas
consistências são soltas para todos os pontos, além de serem plásticas e pegajosas.
Na área de vegetação natural representada no ponto 4, nota-se características
extremamente semelhantes as relatadas nos pontos amostrados da pastagem, diferenças
consideráveis são destacadas na coloração e no cheiro. A cor do solo não variou sobre condições
seca, úmida e amassada, permanecendo a cor Bruno-Avermelhado. O elemento cheiro, segundo
Primavesi (2016) pode indicar algumas condições do solo, como o cheiro fresco e agradável
avaliado no solo do ponto 4, indicando condições saudáveis e desenvolvimento da vida. Assim
como a ausência de cheiro no solo deve despertar algumas atenções quanto a sua qualidade.
Notou-se na Tabela 3, características semelhantes para todos os pontos da parcela 2 na
área de pastagem, dentre elas o grau das estruturas, classificadas como fracas, de tamanhos
médio, grandes e muito grandes, sendo observados a presença de blocos angulares e grumosos.
As raízes seguiram um padrão, sendo classificadas como finas e abundantes e sistema radicular
fascicular. Os poros são de tamanhos pequenos e predominantemente abundantes.
Quanto a coloração, observou-se variações mínimas quando submetidas as condições
secas, úmidas e amassadas. No ponto 1 a cor bruno amarelo escuro (10 YR 4/6) permaneceu
sobre as três condições, no ponto 2 apresentou classificação Bruno Forte (7.5 YR4/6) estando
seca e amassada, quando úmida modificou sendo Bruno Amarelo Escuro (10 YR 4/6), a mesma
semelhança de cores se repetiu na parcela 3, sendo Bruno (7.5 YR 4/4) para todas situação.
Os solos apresentam texturas franco-argiloarenosa em todos os pontos, e são
caracterizados como fortemente coesos. Ao avaliar a consistência observou-se mínimas
distinções quando secas e úmidas no ponto 1, denominando-a solta e para os pontos 2 e 3,
macia, quando úmida se apresenta muito firme, enquanto para os demais pontos se apresentou
muito friável. Entretanto a plasticidade e pegajosidade foram semelhantes entre os pontos,
sendo estas plásticas e ligeiramente pegajosas. Para todas os pontos, o solo não apresentou
cheiro.
Os pontos de amostragem na APP da parcela 2 apresentaram estruturas fracas, com
tamanhos pequenos e presença de blocos subangulares. As raízes apresentam diâmetros que

38
variam de finos a médios, sendo abundantes em toda parcela, e sistema radicular pivotante. Os
poros variam entre tamanhos pequenos, médios e grandes, em quantidades abundantes e
comuns.
A predominância de colorações classificadas como Preto (5 YR 2.5/1) quando úmidas,
secas e amassadas, contando apenas com uma diferença no ponto 2, quando seco apresentou
coloração cinzento muito escuro (5 YR 3/1). Verifica-se solos com textura argiloarenosa, como
nos pontos 1 e 2, e franco-argiloarenosa nono ponto 3. A coesão do solo varia de fortemente
coeso a moderadamente coeso, e sua consistência é macia quando está seco e solta quando
úmido, além de apresentar muita plasticidade e ligeira pegajosidade. Ao avaliar o cheiro notou-
se no ponto 3 um cheiro fresco, e para os demais não ouve identificação de cheiro.
Na Tabela 4, a propriedade morfológica da pastagem 3 contam com estrutura de grau
fraco, de tamanhos médios a muito grandes, sendo estes do tipo bloco subangulares e grumosos.
Notou-se que as raízes seguem um padrão nos tamanhos, sendo finas e distribuídas em
quantidades comuns no ponto 1 e abundantes nos outros dois pontos, além do sistema radicular
ser fasciculado para todos os pontos. Os poros observados no solo são de tamanhos pequenos
e observados em pouca quantidade, exceto no ponto 3 em que são abundantes.
Os solos são classificados como Vermelho (2.5 YR4/6) variando apenas nos pontos 2
e 3 quando as amostras estão úmidas. As texturas são muito argilosas e argilosas, manifestando
forte coesão, consistência macia quando seco e muito friável quando submetidas a umidade. As
propriedades de plasticidade e pegajosidade indicaram solos muito plásticos e pegajosos para
os três pontos e não se identificou qualquer tipo de cheiro no solo.
Para o solo que compõe a APP, a estrutura se apresenta com grau fraco, tamanhos
muito pequenos, sendo o tipo classificado como blocos subangulares. Verificou-se raízes de
tamanhos finos e médios, em quantidade abundante e sistema radicular pivotante. Para os
pontos 1 e 3 notou-se a presença de poros, sendo estes de tamanho pequeno e quantidade
abundante no ponto 1 e pouco no ponto 3 e para o ponto 2, este não apresentou poros visíveis.
A cor Bruno-Avermelhado escuro se destacou em todos os pontos amostrados, e para
esta parcela verificou-se a presença de cascalho. Quanto a ocorrência do cascalho no solo está
é classificada como pouco cascalhenta. A textura do solo varia entre argiloarenosa para os dois
primeiros pontos e argilosa para o último, são fortemente coesos, apresentando consistência
macia quando seca, solta quando úmida. Ainda considerando os aspectos da consistência, o solo
se caracteriza como plástico a muito plásticos variando de ligeiramente pegajoso a pegajoso.
Não foi identificado qualquer cheiro nos solos amostrado.

39
A estrutura do solo representada na Tabela 5, apresenta um grau fraco, com tamanhos
médios e muito grande, e estruturas em blocos subangulares e grumosos. Notou-se a presença
de raízes finas em quantidade abundante e sistema radicular fascicular. Os poros observados
são pequenos e se apresentam em quantidades comuns. As colorações dos solos variam de
vermelho e vermelho-escuro a Bruno-Avermelhado. A textura muito argilosa predomina em
todos os pontos, se trata de um solo fortemente coesão, de consistência macia quando seco, e
friável quando submetido a umidade, sendo muito plástica e pegajosa. O solo não apresenta
cheiro.
Na APP da parcela 4, o solo apresentou características estruturais semelhantes à da
pastagem, com estruturas de grau fraco, tamanhos médios a muito grande. O tipo de estrutura
variou para cada ponto, sendo no ponto 4 tipos granulares e grumosos, nos pontos 5 e 6,
granulares e blocos subangulares. As raízes apresentam um diferencial das demais parcelas
sendo esta composta por sistema radicular fascicular e pivotante para os pontos 4 e 5 e apenas
fascicular para o ponto 6. Os poros observados são pequenos, sendo predominantemente
poucos, e abundantes apenas no ponto 4.
As cores permaneceram com padrão, sendo Bruno- avermelhado quando solo está
seco e Bruno-Avermelhado-Escuro sobre condições de umidade. O ponto 6 apresentou
variações na coloração, sendo vermelho-amarelo (5 YR 4/6) quando úmida e amassada, os
demais permaneceram iguais. As texturas também variam para cada ponto, sendo muito
argilosa no ponto 1, argiloarenosa no ponto 2 e franco-argiloarenosa no ponto 3. A área
apresenta solos fortemente coesos e consistência distintas, quando seco apresenta ligação dura
a macia e quando úmido é friável/muito friável, são solos com muita plasticidade e ligeiramente
pegajosos a pegajosos.
Observa-se na Tabela 6 a representação da morfologia para parcela 5, a pastagem
apresenta um solo cujas estruturas são fracas, de tamanhos distintos, desde pequenos a muito
grande, as estruturas são classificadas como granulares e blocos subangulares. Notou-se quanto
as raízes, tamanhos finos e quantidades abundantes, como observado nos registros fotográficos
das estruturas, e estrutura radicular fascicular. Os poros não foram identificados visualmente
durante o tratamento morfológico.
A cores do solo foram semelhantes para todo ponto amostrado, variando de vermelho
a vermelho-escuro quando seco, úmidos apresentaram colorações vermelho-escuro e Bruno-
Avermelhado-Escuro, e úmidas amassadas predominou a cor vermelha para todos. A textura
apresentou variações entre argilosa e muito argilosa. As partículas de solo apresentaram forte

40
coesão e consistência macia quando seco, variando de friável a muito friável estando úmida.
Quanto a plasticidade, notou-se que são muito plásticas e pegajosas. O solo não apresentou
cheiro para nenhum dos pontos.
Na área da floresta estacional da parcela 5, as características morfológicas
representadas na Tabela 6, apresentaram estruturas de grau fraco, tamanhos médios a muito
grande, variando as tipologias entre granulares, grumosos e blocos subangulares. A raiz
evidenciada nas estruturas permite visualizar tamanhos finos e médios, sendo destacado em
campo diâmetros grandes, em quantidades abundantes e sistema radicular fascicular e
pivotante. Os poros são pequenos e distribuídos em pequenas quantidades.
A cor do solo apresentou variações entre o ponto quando seca, bruno – avermelhado
para o ponto 4 e bruno- avermelhado escuro nos pontos 5 e 6. Quando úmidas as amostras
apresentaram a mesma coloração Bruno-Avermelhado escuro e vermelho quando úmidas e
amassadas. A textura variou apenas no ponto 1 sendo argiloarenosa e argilosa nos demais
pontos. Se trata de solos fortemente coesos, quando secos apresentam consistência de ligação
dura e quando úmidas são muito friáveis. Ainda sobre a consistência, os solos apresentaram
grande plasticidade e pegajosidade.
As análises morfológicas da Tabela 7, apresentaram pastagens desenvolvidas sob solos
cujas estruturas são de grau fraco, tamanhos médios e grandes e tipos subangulares. Observou-
se raízes finas em pouca quantidade e o enraizamento fasciculada. Quanto aos poros, estes não
foram visíveis. A cor se assemelhou úmida e seca para os pontos 1 e 2, sendo Bruno-Amarelo
-escuro (10 YR 4/4), para o ponto três a coloração é Bruno Amarelo (10 YR 5/4) quando seca
e úmida apresentaram a mesma cor Bruno (10 YR 5/3).
Dentre as características morfológicas observadas na parcela 6, destacou-se a presença
de cascalhos, no solo da pastagem. Os pontos 1, 2 e 3 apresentaram uma ocorrência acentuada
de cascalho no solo, classificando-o como muita cascalhenta. A textura destacada dos solos são
franco-argiloarenosa. São solos com forte coesão e consistência macia quando seca e muito
friável quando úmida. Apresentam características plásticas e ligeiramente pegajosa.
Na formação florestal da parcela 6, os solos apresentam estruturas de grau fraco, com
tamanhos médios e muito grandes e tipologia predominantemente granular grumoso. As raízes
apresentam tamanhos que variam entre finas e média, em quantidade abundante, e quanto ao
enraizamento este é fasciculado. Durante o tratamento morfológico não ressaltou a presença de
poros.
Para a parcela em questão as colorações foram distintas das demais, sendo registradas

41
no ponto 4 cinzentos muito escuro (5 YR 3/1) quando seco, preto (5 YR 2.5/1) quando
submetido a umidade e cinzento muito escuro quando úmido amassado. O ponto 5 apresentou
cores idênticas sobre as diferentes condições, sendo bruno-acinzentado muito escuro (10YR
3/2), e para o ponto 6 as cores variaram minimamente, sendo Bruno quando seco e bruno escuro
para as demais condições.
As texturas dos solos na reserva foram iguais da pastagem, franco-argiloarenosa, o
mesmo se deu para a característica de coesão, fortemente coesos. Quanto a consistência,
caracterizou-se como macia quando seca, muito friável estando úmida. Os solos amostrados
são plásticos e ligeiramente pegajosos. Assim como a maioria dos solos, não identificou cheiro
característico no solo.

42
Tabela 2- Análise morfológica da parcela 1

Parcela: 01_PEC e APP


ANALISE MORFOLÓGICAS Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 Ponto 4 APP
Grau Fraca Fraca Fraca Fraca
Tamanho Média /Grande Média Pequena/Média Média/Grande
ESTRUTURA
Blocos Angulares - Blocos Angulares - Blocos Angulares - Blocos Angulares –
Tipos
Grumosos Grumosos Grumosos Grumosos
Tamanho Muito Finas/ Finas Fina Média Média
RAIZES Quantidade Abundante Comuns Abundantes Abundantes
Enraizamento Fasciculada Fasciculada Fasciculada Fasciculada
Tamanho Pequenos Médios Pequenos Pequenos
POROS
Quantidade Comuns Abundantes Comuns Abundantes
Vermelho Vermelho Vermelho Bruno – Avermelhado
Seca
(2.5YR 4/6) (2.5YR 4/8) (2.5YR 4/6) (2.5YR 4/4)
Bruno-Avermelhado- Bruno-Avermelhado- Bruno -Avermelhado- Bruno-Avermelhado-
Úmida Escuro Escuro Escuro Escuro
CORES
(2.5YR 3/4) (2.5YR 3/4) (2.5YR 3/3) (2.5YR 3/3)
Bruno-Avermelhado-
Vermelho Vermelho Bruno -Avermelhado
Úmida Amassada Escuro
(2.5YR 4/8) (2.5YR 4/6) (2.5YR 4/4)
(2.5YR 3/3)
TEXTURA Argilasa Argilasa Argilasa Argilasa
COESÃO Fortemente Coeso Fortemente Coeso Fortemente Coeso Fortemente Coeso
Seca Ligação Dura Ligação Dura Macia Macia
Úmida Solta Solta Solta Solta
CONSISTÊNCIA
Plasticidade Muito Plástica Muito Plástica Muito Plástica Muito Plástica
Pegajosidade Pegajosa Pegajosa Pegajosa Pegajosa
CHEIRO Sem cheiro Sem cheiro Sem cheiro Cheiro Fresco

Parcela 1_Ponto 1 Data: 27/09/2018 Hora: Parcela 1_Ponto 2 Data: 27/09/2018 Hora: 16:37 Parcela 1_Ponto 3 Data: 29/09/2018 Hora: Parcela 1_Ponto 4_APP Data: 27/09/2018
15:49 UTM: 753475 8157456 Altitude: 876m UTM: 753471 8157372 Altitude: 878m Uso 09:25 UTM: 753478 8157335 Altitude: 888m Hora:12:51 UTM: 753477 8157336 Altitude: 885m
Uso predominante: Pecuária predominante: Pecuária Uso predominante: Pecuária Cobertura Natural: Mata de Galeria

43
arcela: 02_PEC Parcela: 02 APP
ANALISE MORFOLÓGICAS Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 ANALISE MORFOLÓGICAS Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03
Grau Fraca Fraca Fraca Grau Fraca Fraca Fraca
Média - Média - Tamanho Pequena Pequena Pequena
Grande/Muito
Tamanho Grande/Muito Grande/Muito ESTRUTURA Blocos Blocos Blocos
Grande Tipos
ESTRUTURA Grande Grande subangulares subangulares subangulares
Blocos angulares - Blocos angulares - Blocos angulares - Quantidade Abundantes Comum Abundantes
Tipos
Grumosos Grumosos Grumosos Tamanho Fina e medias Finas Finas e medias
Quantidade Abundantes Abundantes Abundantes RAIZES
Enraizamento Pivotante Pivotante Pivotante
Tamanho Fina Fina Fina
RAIZES Médios e
Enraizamento Fasciculada Fasciculada Fasciculada Tamanho Pequenos e médios Pequenos
grandes
Tamanho Pequenos Pequenos Pequenos POROS
POROS Quantidade Abundantes Comuns Abundantes
Quantidade Abundantes Comuns Abundantes
Bruno-Amarelado- Preto Cinzento muito Preto
Bruno Forte Bruno Seca (5YR 2.5/1) escuro (5YR 2.5/1)
Seca Escuro
(7.5YR 4/6) (7.5YR 4/4) (5YR 3/1)
(10YR 4/6)
Bruno-Amarelado- Bruno-Amarelado- Preto Preto Preto
Bruno Úmida (5YR 2.5/1) (5YR 2.5/1) (5YR 2.5/1)
Úmida Escuro Escuro CORES
(10YR 4/4) (7.5YR 4/3)
CORES (7.5YR 4/4) Úmida Preto Preto Preto
Bruno-Amarelado- Amassada (5YR 2.5/1) (5YR 2.5/1) (5YR 2.5/1)
Úmida Bruno Forte Bruno
Escuro Franco-
Amassada (7.5YR 4/6) (7.5YR 4/4) TEXTURA Argiloarenosa Argiloarenosa
(10YR 4/6) Argiloarenosa
TEXTURA
Franco- Franco- Franco- Moderadamente Moderadamente
Argiloarenosa Argiloarenosa Argiloarenosa COESÃO Fortemente coeso
coeso coeso
COESÃO Fortemente coeso Fortemente coeso Fortemente coeso Seca Macia Macia Macia
Seca Solta Macia Macia Úmida Solta Solta Solta
Úmida Muito Firme Muito Friável Muito Friável CONSISTÊNCIA Plasticidade Muito plástica Muito plástica Muito plástica
CONSISTÊNCIA Plasticidade Plástica Plástica Plástica Pegajosidade Lig. Pegajosa Lig. Pegajosa Lig. Pegajosa
Pegajosidade Lig. Pegajosa Lig. Pegajosa Lig. Pegajosa CHEIRO Sem cheiro Sem cheiro Fresco/raízes
CHEIRO Sem cheiro Sem cheiro Sem cheiro

Parcela 2_Ponto_4 AOO Data:08/10/2018 Parcela 2_Ponto_5 APP Data: 08/10/2018 Parcela 2_Ponto_6 APP Data: 08/10/2018
Hora: 16:21 UTM:749686 8160161 Altitude: Hora: 17:03 UTM: 749733 8160150 Altitude: Hora: 17:51 UTM: 749657 8160137 Altitude:
Parcela 2_Ponto 1 Data:09/10/2018 Parcela 2_Ponto 2 Data: 09/10/2018 Parcela 2_Ponto 3 Data: 09/10/2018
931 m Cobertura Vegetal: Mata de galeria 936 m Cobertura Natural: Mata de Galeria 936 m Cobertura Natural: Mata de Galeria
Hora: 09:14 UTM: 750143 8160760 Hora: 09:46 UTM: 750070 8160683 Hora: 10:24 UTM: 749975 8160685
Altitude: 975 m Uso predominante: Pecuária Altitude: 965 m Uso predominante: Pecuária Altitude: 956 m Uso predominante: Pecuária

44
Tabela 4- Análise morfológica da parcela 3
Parcela: 03_PEC Parcela: 03 _ APP
ANALISE MORFOLÓGICAS Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 ANALISE MORFOLÓGICAS Ponto 04 Ponto 05 Ponto 06
Grau Fraca Fraca Fraca Grau Fraca Fraca Fraca
Média - Média - Tamanho Muito Pequena Muito Pequena Muito Pequena
Grande/Muito ESTRUTURA
Tamanho Grande/Muito Grande/Muito Tipos Blocos subangulares Blocos subangulares Blocos subangulares
Grande
ESTRUTURA Grande Grande Tamanho Media Finas e medias Finas
Blc. Subangulares - Blc. Subangulares - Blc. Subangulares – Quantidade Abundantes Abundantes Abundantes
Tipos RAIZES
Grumosos Grumosos Grumosos Enraizamento Pivotante Pivotante Pivotante
Tamanho Finas Finas Finas Tamanho Pequenos Sem poros visíveis Pequenos
Quantidade Comuns Abundantes Abundantes POROS Quantidade Abundantes Sem poros visíveis Pouco
RAIZES
Enraizamento Fasciculada Fasciculada Fasciculada Bruno-Avermelhado- Bruno-Avermelhado- Bruno-Avermelhado-
Tamanho Pequenos Pequenos Pequenos Seca Escuro Escuro Escuro
POROS Quantidade Poucos Poucos Abundantes (2.5YR 2.5/4) (2.5YR 2.5/3) (2.5YR 2.5/3)
Vermelho Vermelho Vermelho Bruno-Avermelhado- Bruno-Avermelhado- Bruno-Avermelhado-
Seca Úmida Escuro Escuro Escuro
(2.5YR 4/8) (2.5YR 4/8) (2.5YR 4/6)
CORES (2.5YR 2.5/3) (2.5YR 2.5/4) (2.5YR 2.5/3)
Vermelho Bruno-Amarelo Bruno-Amarelo
Úmida Bruno-Avermelhado- Bruno-Avermelhado- Bruno-Avermelhado-
(2.5YR 4/6) (2.5YR 4/4) (2.5YR 4/4)
CORES Úmida Amassada Escuro Escuro Escuro
Úmida Vermelho Vermelho Vermelho (2.5YR 2.5/3) (2.5YR 2.5/4) (2.5YR 2.5/3)
Amassada (2.5YR 4/6) (2.5YR 4/6) (2.5YR 4/6) CASCALHO Pouco cascalhento
TEXTURA Muito Argilosa Muito Argilosa Argilosa TEXTURA Argiloarenosa Argiloarenosa Argilosa
COESÃO Fortemente coeso Fortemente Coeso Fortemente Coeso COESÃO Fortemente coeso fortemente coeso Fortemente coeso
Seca Macia Macia Macia Seca Macia Macia Macia
Úmida Muito Friável Muito Friável Friável Úmida Solta Solta Solta
CONSISTÊNCIA Plasticidade Muito Plástica Muito Plástica Muito Plástica CONSISTÊNCIA Plasticidade plástica plástica Muito plástica
Pegajosidade Pegajosa Pegajosa Pegajosa Pegajosidade Ligação Pegajosa Pegajosa Pegajosa
CHEIRO Sem cheiro Sem cheiro Sem cheiro CHEIRO Sem cheiro Sem cheiro Sem cheiro

Parcela 3_Ponto_1 Data: 09/10/2018 Parcela 3_Ponto_2 Data: 08/10/2018 Parcela 3_Ponto_3 Data: 09/10/2018 Parcela 3_ponto 4_APP Data: 09/10/2018 Parcela 3_Ponto_5 APP Data: 09/10/2018 Parcela 3_Ponto_6 _APP Data: 09/10/2018
Hora: 17:02 UTM:753100 8157524 Hora:17:36 UTM: 753106 8157475 Hora:18:00 UTM: 753106 8157416 Hora:15:12 UTM: 753225 8157420 Altitude: Hora:15:50 UTM: 753145 8157528 Altitude: Hora:15:50 UTM: 753145 8157528 Altitude:
Altitude:883 m Uso Predominante: Pecuária Altitude:884 m Uso Predominante: Pecuária Altitude:878 m Uso Predominante: Pecuária 898 m Cobertura Natural: Mata de Galeria 885 m Cobertura Natural: Mata de Galeria 885 m Cobertura Natural: Mata de Galeria

45
Tabela 5 - Análise morfológica da parcela 4

Parcela: 04_PEC Parcela: 04 _APP


ANALISE MORFOLÓGICAS Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 ANALISE MORFOLÓGICAS Ponto 04 Ponto 05 Ponto 06
Grau Fraca Fraca Fraca Grau Fraca Fraca Fraca
Média - Média - Média - Média -
Grande/Muito Grande/Muito
Tamanho Grande/Muito Tamanho Grande/Muito Grande/Muito Grande/Muito
Grande Grande
ESTRUTURA Grande ESTRUTURA Grande Grande Grande
Blocos Angulares - Granular - Granular - Granular - Blc. Granular - Blc.
Tipos Blocos Angulares Tipos
Grumos Blc.Subangular Grumoso Subangulares Subangulares
Tamanho Finas Finas Finas Fina - Média -
Enraizamento Fasciculada Fasciculada Fasciculada Tamanho Fina - Média Fina
RAIZES Grande
Quantidade Abundantes Abundantes Abundantes Quantidade Abundantes Abundantes Comuns
RAIZES
Tamanho Pequenos Pequenos Pequenos Fasciculada/ Fasciculada/
Enraizamento Fasciculada
POROS Quantidade Comuns Comuns Comuns Pivotante Pivotante
Vermelho Vermelho Escuro Vermelho Tamanho Pequenos Pequenos Pequenos
Seca POROS Quantidade Abundantes Poucos Poucos
(2.5 YR 4/8) (2.5 YR 3/6) (2.5 YR 4/8)
Bruno - Bruno-
Vermelho Escuro Avermelhado - Vermelho Escuro Bruno- Avermelhado Bruno- Avermelhado
Úmida Seca Avermelhado
(2.5 YR 3/6) Escuro (2.5 YR 3/6) (5 YR 4/4) (5 YR 4/4)
CORES (2.5 YR 4/4)
(2.5 YR 2.5/4)
Vermelho Vermelho Vermelho Bruno-
Úmida Amassada Bruno-
(2.5 YR 4/8) (2.5 YR 4/8) (2.5 YR 5/6) Avermelhado- Bruno- Avermelhado
CORES Úmida Avermelhado-Escuro
TEXTURA Muito Argilosa Muito Argilosa Muito Argilosa Escuro (5 YR 4/4)
(5YR 3/4)
(2.5 YR 2.5/3)
COESÃO Fortemente coeso Fortemente Coeso Fortemente Coeso
Vermelho Vermelho- Amarelo Bruno- Avermelhado
Seca Macia Macia Macia Úmida Amassada
(2.5 YR 4/8) (5YR 4/6) (5 YR 4/4)
Úmida Friável Friável Friável TEXTURA Muito Argilosa Argiloarenosa Franco-argiloarenosa
CONSISTÊNCIA Plasticidade Muito Plástica Muito Plástica Muito Plástica COESÃO Fortemente coeso Fortemente Coeso Fortemente Coeso
Pegajosidade Pegajosa Pegajosa Pegajosa Seca Ligação Dura Macia Macia
CHEIRO Sem cheiro Sem cheiro Sem cheiro Úmida Friável Muito Friável Muito Friável
CONSISTÊNCIA Plasticidade Muito Plástica Muito Plástica Muito Plástica
Pegajosidade Lig. Pegajosa Pegajosa Pegajosa
CHEIRO Sem cheiro Sem cheiro Sem cheiro

Parcela 4_ponto 1 Data: 10/10/2018 Hora: Parcela 4_Ponto_2 Data: 10/10/2018 Hora: Parcela 4_Ponto_3 Data: 10/10/2018
08:22 UTM: 754122 8156837 Altitude: 892 m 08:54 UTM: 754019 8156874 Altitude: 890 Hora: 09:20 UTM: 754039 8156983
Uso Predominante: Pecuária m Uso Predominante: Pecuária Altitude: 883 m Uso Predominante: Pecuária

Parcela 4_ponto 4_APP Data:10/10/2018 Parcela 4_Ponto_5_APP Data: 10/10/2018 Parcela 4_Ponto_6_APP Data: 10/10/2018
Hora: 09:30 UTM:754007 8156995 Altitude:879 Hora: 10:29 UTM: 753976 8157049 Altitude: Hora: 11:07 UTM: 753998 8157091 Altitude:
m Cobertura Natural: Mata de Galeria 919 m Cobertura Natural: Mata de Galeria 883 m Cobertura Natural: Mata de Galeria

46
Tabela 6- Análise morfológica da parcela 5

Parcela: 05_PEC Parcela: 05_FES


ANALISE MORFOLÓGICAS Ponto 04 Ponto 05 Ponto 06
ANALISE MORFOLÓGICAS Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 Grau Fraca Fraca Fraca
Grau Fraca Fraca Fraca Grande/Muito Grande/Muito
Tamanho Média
Pequena - Média - Grande Grande
Média - Grande/ Grande/ Muito ESTRUTURA
Tamanho Grande/ Muito Granular - Grumoso - Blc.
Muito Grande Grande Tipos Granular - Grumoso
ESTRUTURA Grande Grumoso Subangulares
Granular - Blc. Granular - Blc. Grumoso - Blocos Fina - Média - Fina - Média -
Tipos Tamanho Fina - Média
Subangular Subangular Angulares Grossa Grossa
Tamanho Finas Finas Finas Quantidade Abundantes Abundantes Abundantes
RAIZES
Quantidade Abundantes Abundantes Abundantes Fasciculada/ Fasciculada/ Fasciculada/
RAIZES Enraizamento
Enraizamento Fasciculada Fasciculada Fasciculada Pivotante Pivotante Pivotante
Tamanho Sem poros visíveis Sem poros visíveis Sem poros visíveis Tamanho Pequenos Pequenos Pequenos
POROS POROS
Quantidade Sem poros visíveis Sem poros visíveis Sem poros visíveis Quantidade Pequenos Pequenos Pequenos
Vermelho Vermelho Escuro Vermelho Bruno - Bruno -
Seca Bruno -
(2.5YR 4/8) (2.5YR 3/6) (2.5YR 4/6) Avermelhado- Avermelhado-
Seca Avermelhado
Bruno-Vermelhado- Escuro Escuro
Vermelho Escuro Vermelho Escuro (2.5YR 4/3)
Úmida Escuro (2.5YR 3/3) (2.5YR 3/3)
(2.5YR 3/6) (2.5YR 3/6) Bruno - Bruno - Bruno -
CORES (2.5YR 2.5/4)
Vermelho Vermelho Vermelho Avermelhado- Avermelhado- Avermelhado-
Úmida Amassada CORES Úmida
(2.5YR 5/6) (2.5YR 5/6) (2.5YR 4/8) Escuro Escuro Escuro
TEXTURA Argilosa Muito Argilosa Muito Argilosa (2.5YR 3/4) (2.5YR 2.5/3) (2.5YR 2.5/3)
Vermelho Vermelho Vermelho
COESÃO Fortemente coeso Fortemente Coeso Fortemente Coeso Úmida Amassada
(2.5YR 4/6) (2.5YR 4/6) (2.5YR 4/6)
Seca Macia Macia Macia TEXTURA Argilosa Argilosa Argiloarenosa
Úmida Muito Friável Friável Friável COESÃO Fortemente coeso Fortemente Coeso Fortemente Coeso
CONSISTÊNCIA Plasticidade Muito Plástica Muito Plástica Muito Plástica Seca Ligação Dura Ligação Dura Macia
Pegajosidade Pegajosa Pegajosa Pegajosa Úmida Muito Friável Muito Friável Muito Friável
CHEIRO Sem cheiro Sem cheiro Sem cheiro CONSISTÊNCIA Plasticidade Muito Plástica Muito Plástica Muito Plástica
Pegajosidade Lig. Pegajosa Pegajosa Pegajosa
CHEIRO Sem cheiro Sem cheiro Cheiro fétido

Parcela 5_ponto 1 Data: 10/10/2018 Hora: Parcela 5_Ponto_2 Data: 10/10/2018 Hora: Parcela 5_Ponto_3 Data: 10/10/2018 Hora:
17:33 UTM: 752319 8159227 Altitude: 964 m 17:55 UTM: 752333 8159128 Altitude: 961 m 08:01 UTM: 752299 8158929 Altitude: 958 m
Uso Predominante: Pecuária Uso Predominante: Pecuária Uso Predominante: Pecuária
Parcela 5_Ponto _4_FE Data: 11/10/2018 Parcela 5_Ponto_5_FE Data: 11/10/2018 Parcela 5_Ponto_6_FE Data: 11/10/2018
Hora: 08:33 UTM: 752358 8158827 Altitude: Hora: 09:01 UTM: 752411 8158830 Altitude: Hora: 09:28 UTM: 752417 8158848 Altitude:
954 m Cobertura Natural: Mata de Galeria 817 m Cobertura Natural: Mata de Galeria 939 m Cobertura Natural: Mata de Galeria

47
Tabela 7 - Análise morfológica da parcela 6

Parcela: 06_PEC Parcela: 06_ FES


ANALISE MORFOLÓGICAS Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 ANALISE MORFOLÓGICAS Ponto 04 Ponto 05 Ponto 06
Grau Fraca Fraca Fraca Grau Fraca Fraca Fraca
Média - Média - Média - Média - Média - Média -
Tamanho Grande/Muito Grande/Muito Grande/Muito Tamanho Grande/Muito Grande/Muito Grande/Muito
ESTRUTURA
Grande Grande Grande ESTRUTURA Grande Grande Grande
Tipos Bloco Angulares Bloco Angulares Bloco Angulares Tipos Granular - Grumoso Granular - Grumoso Granular
Tamanho Finas Finas Finas Tamanho Finas - Médias Finas - Médias Finas
Quantidade Poucas Poucas Poucas Quantidade Abundantes Abundantes Poucas
RAIZES RAIZES
Enraizamento Fasciculada Fasciculada Fasciculada Enraizamento Fasciculada Fasciculada Fasciculada
Tamanho Sem poros visíveis Sem poros visíveis Sem poros visíveis Tamanho Sem poros visíveis Pequenas Sem poros visíveis
POROS
Quantidade Sem poros visíveis Sem poros visíveis Sem poros visíveis POROS Quantidade Sem poros visíveis Abundantes Sem poros visíveis
Bruno-Amarelo- Bruno-Amarelo- Cinzento Muito Bruno-Acinzentado
Bruno-Amarelado Bruno
Seca Escuro Escuro Seca Escuro Muito Escuro
(10YR 5/4) (10YR 4/3)
(10YR 4/4) (10YR 4/4) (5YR 3/1) (10YR 3/2)
Bruno-Amarelo- Bruno-Amarelo- Bruno-Acinzentado
Bruno Preto Bruno Escuro
Úmida Escuro Escuro Úmida Muito Escuro
CORES (10YR 4/3) (5YR 2.5/1) (10YR 3/3)
CORES (10YR 3/2)
(10YR 3/4) (10YR 3/4)
Bruno Bruno Bruno Cinzento Muito Bruno-Acinzentado
Úmida Amassada Bruno Escuro
(10YR 4/3) (10YR 4/3) (10YR 5/3) Úmida Amassada Escuro Muito Escuro
(10YR 3/3)
(5YR 3/1) (10YR 3/2)
CASCALHO Muito cascalhenta Muito cascalhenta Cascalhenta
TEXTURA Franco-argiloarenosa Franco-argiloarenosa Franco-argiloarenosa
TEXTURA Franco-argiloarenosa Franco-argiloarenosa Franco-argiloarenosa
COESÃO Fortemente coeso Fortemente Coeso Fortemente Coeso
Moderadamente
COESÃO Fortemente Coeso Fortemente Coeso Seca Macia Macia Macia
Coeso
Úmida Muito Friável Muito Friável Muito Friável
Seca Macia Macia Macia
CONSISTÊNCIA Plasticidade Plástica Plástica Plástica
Úmida Muito Friável Muito Friável Muito Friável
CONSISTÊNCIA Pegajosidade Lig. Pegajosa Lig. Pegajosa Lig. Pegajosa
Plasticidade Plástica Plástica Plástica
CHEIRO Sem cheiro Sem cheiro Sem cheiro
Pegajosidade Lig. Pegajosa Lig. Pegajosa Lig. Pegajosa
CHEIRO Sem cheiro Abundante Comum

Parcela 6_Ponto _4_FE Data: 11/10/2018 Hora: Parcela 6_Ponto_5_FE Data: 11/10/2018 Parcela 6_Ponto_6_FE Data: 11/10/2018
13:36 UTM: 750519 8155650 Altitude: 961 m Hora: 14:15 UTM: 750555 8155635 Altitude: Hora: 14:51 UTM: 750648 8155554 Altitude:
Parcela 6_Ponto _1 Data: 11/10/2018 Hora: Parcela 6_Ponto_2 Data: 11/10/2018 Hora: Parcela 6_Ponto_3 Data: 11/10/2018 Hora: Cobertura Natural: Mata de Galeria 979 m Cobertura Natural: Mata de Galeria 975 m Cobertura Natural: Mata de Galeria
11:32 UTM: 750554 8155182 Altitude: 1010 m Uso 12:12 UTM: 750594 8155296 Altitude: 985 12:54 UTM: 750568 8155460 Altitude: 975 m
Predominante: Pecuária m Uso Predominante: Pecuária Uso Predominante: Pecuária

48
4.5 FÍSICA E QUÍMICA DO SOLO
4.5.1 ANÁLISE FÍSICA DO SOLO
Considerando a influência das propriedades físicas do solo no seu funcionamento, a Tabela 8 a
apresenta a textura dos solos para cada ponto amostrado. Observa-se que das trinta e quatro amostras
coletadas, 32% apresenta textura fraco-argiloarenosa, 29% argilosa, 23% muito argilosa e 16%
argiloarenosa. A presença da fração areia nos solos amostrados variou entre 17% a 70% e argila de 23%
a 71%, as frações de silte foram significativamente baixas variando de 7% a 13%.
Tabela 8 – Porcentagem da granulometria do solo em cada ponto amostrado
Amostra Argila% Silte% Areia% Textura
Parcela 1.1 Pastagem 50,00 11,00 39,00 Argilosa
Parcela 1.2 Pastagem 47,00 11,00 42,00 Argilosa
Parcela 1.3 Pastagem 51,00 11,00 38,00 Argilosa
Parcela 1.4 Pastagem/APP 52,00 12,00 36,00 Argilosa
Parcela 2.1 Pastagem 28,00 8,00 64,00 Franco Argiloarenosa
Parcela 2.2 Pastagem 30,00 8,00 62,00 Franco Argiloarenosa
Parcela 2.3 Pastagem 31,00 8,00 61,00 Franco Argiloarenosa
Parcela 2.4 Pastagem/APP 37,00 9,00 54,00 Argiloarenosa
Parcela 2.5 Pastagem/APP 36,00 9,00 55,00 Argiloarenosa
Parcela 2.6 Pastagem/APP 29,00 8,00 63,00 Franco Argiloarenosa
Parcela 3.1 Pastagem 61,00 12,00 27,00 Muito Argilosa
Parcela 3.2 Pastagem 62,00 13,00 25,00 Muito Argilosa
Parcela 3.3 Pastagem 57,00 12,00 31,00 Argilosa
Parcela 3.4 Pastagem/APP 34,00 8,00 58,00 Argiloarenosa
Parcela 3.5 Pastagem/APP 37,00 9,00 54,00 Argiloarenosa
Parcela 3.6 Pastagem/APP 50,00 11,00 39,00 Argilosa
Parcela 4.1 Pastagem 71,00 11,00 18,00 Muito Argilosa
Parcela 4.2 Pastagem 63,00 12,00 25,00 Muito Argilosa
Parcela 4.3 Pastagem 63,00 12,00 25,00 Muito Argilosa
Parcela 4.3 Pastagem/APP 64,00 13,00 23,00 Muito Argilosa
Parcela 4.4 Pastagem/APP 41,00 10,00 49,00 Argiloarenosa
Parcela 4.5 Pastagem/APP 34,00 9,00 57,00 Franco Argiloarenosa
Parcela 5.1 Pastagem 57,00 11,00 32,00 Argilosa
Parcela 5.2 Pastagem 61,00 12,00 27,00 Muito Argilosa
Parcela 5.3 Pastagem 67,00 13,00 20,00 Muito Argilosa
Parcela 5.4 Pastagem/FE 55,00 12,00 33,00 Argilosa
Parcela 5.5 Pastagem/FE 50,00 11,00 39,00 Argilosa
Parcela 5.6 Pastagem/FE 44,00 10,00 46,00 Argiloarenosa
Parcela 6.1 Pastagem 28,00 8,00 64,00 Franco Argiloarenosa
Parcela 6.2 Pastagem 32,00 9,00 59,00 Franco Argiloarenosa
Parcela 6.3 Pastagem 30,00 8,00 62,00 Franco Argiloarenosa
Parcela 6.4 Pastagem/FE 27,00 7,00 66,00 Franco Argiloarenosa
Parcela 6.5 Pastagem/FE 24,00 7,00 69,00 Franco Argiloarenosa
Parcela 6.6 Pastagem/FE 23,00 7,00 70,00 Franco Argiloarenosa
Observa-se que a maioria das parcelas apresentam predominância das frações argilas nos solos,
os valores para silte são bem simplórios para todas as parcelas e areias são dominantes em apenas duas
parcelas especificas. Mesmo simplório os valores do silte, eles se apresentam superiores quando
associados a áreas com maior percentual de argila, o valor se reduz com a predominância de frações areia
49
na parcela. As áreas de pastagens e vegetação natural apresentaram texturas semelhantes para a maioria
das parcelas, em alguns casos notou-se variação entre texturas argilas nas pastagens e influência das
frações de areia nas extensões compostas por vegetação natural, como no caso de texturas argiloarenosas
e franco-argiloarenosa nas parcelas 2,3,4 e 6.
A parcela 1 apresenta característica textural predominantemente argilosa, para área de pastagem
e APP, consequente dos valores referentes a porção argila, sendo estes superiores a 45% e silte com 10 a
11%, enquanto os percentuais de areia são inferiores a 43%. Um extremo é observado na parcela 2, uma
vez que todos os valores para a fração argila são inferiores a 38%, o silte varia entre 8 e 9%, e areia se
destaca com valores superiores. Entretanto nota-se variações dos percentuais para área de pastagem e
APP. No pasto as frações de areia são superiores a 60%, argila inferiores a 31% e silte mantem o padrão
de 8%, caracterizando os solos com textura franco-argiloarenosa. Para as áreas de APP os percentuais
são superiores a 50% alcançando no máximo 63% de areia, aumentando a fração de argila e silte,
classificando-os assim com textura argiloarenosa, e franco-argiloarenosa.
Vale salientar que para a classificação textural franco, indica distribuição das propriedades
granulométricas de argila, silte e areia semelhantes, não estando associado o mesmo percentual de
partículas. A ideia consiste ao elevado grau de influência das propriedades da partícula de argila sobre o
solo, ou seja, um pequeno percentual exerce diferença, em contrapartida pequenas quantidade de silte e
areia não apresenta a mesma ação.
A diferença textural para a área de pasto e vegetação natural também ressaltam na parcela 3,
sendo menores as concentrações de argila na área de pastagem e concentrações elevadas de areia na APP.
A pastagem apresenta textura argilosa (entre 35 a 60%)e muito argilosa (partículas de argila superior a
60%), consequente do percentual silte que varia entre 12 e 13% e areia com valores inferiores a 32%.
Alterações são observados nos pontos 1 e 2 da área de APP, em que a argila se apresenta inferior a 38%
o silte reduz para 8 e 9% enquanto a areia apresenta proporções superiores a 50%, resultando em texturas
argiloarenosas. O último ponto (3) permaneceu com a mesma textura argilosa destacada nas áreas de
pastagens decorrente da predominância de argila (50%) no solo.
Na parcela 4 os solos são muito argilosos, uma vez que o percentual de argila se apresenta
superior a 60% e areia inferiores a 26%. Nota-se modificações texturais nos pontos 2 e 3 da APP, em que
os solos contam com maiores frações de areia, apresentando textura argiloarenosa e franco argiloarenosa.
A parcela 5, conta com solos muito argilosos a argilosos tanto no pasto quanto no fragmento florestal,
composto por frações de argila superiores a 50%. Um único ponto da floresta estacional (3) apresenta
influência da fração areia caracterizando um solo argiloarenoso.
De todas as amostragens a parcela 6 apresentou textura diferente das demais, uma vez que

50
predomina solos de textura franco-argiloarenosa. Para as áreas de pastagem e reserva legal. Todos os
valores referentes a fração areia foram superiores a 58%, silte variou entre 7 e 9%, e os percentuais para
argila foram inferiores a 35%. A parcela com maior fração argila, contanto com solos com até 70%.
As características de cada partícula acabam por influenciar diretamente o comportamento do
solo. As partículas de areia são caracterizadas pela baixa capacidade de retenção de água, ou seja, a água
é drenada com maior rapidez no interior do solo proporcionando consequentemente a entrada de ar, tal
processo está associado ao maior diâmetro dos poros. Outro fator são as superfícies da área, decorrente
do maior diâmetro dos poros superfície especifica é maior dificultando assim a retenção da água,
consequentemente menor umidade, caracterizando solos aerados, soltos e vulneráveis a seca. O mesmo
se aplica para os nutrientes, logo solos mais arenosos tendem a ser mais inférteis.
As partículas de argila apresentam propriedades diferentes da areia, por se tratar de uma partícula
extremamente pequena sua superfície de contato é maior e contam com grandes quantidades de poros,
permitindo assim maior absorção e contenção de água e nutrientes. A circulação da água e do ar no
interior do solo são lentas devido a presença de poros extremamente pequenos entre uma partícula e outra.
Outro fator que deve ser ressaltado nos resultados amostrados são os baixos valores da fração silte.
Considerando o grau de intemperismo do solo, os minerais que apresentam maior resistência aos processos
intempéricos apresentaram tamanhos de areia ou silte, consequentemente solo menos intemperados
apresentam valores elevados destas partículas.

4.5.2 ANÁLISE QUÍMICA DO SOLO


A análise química realizada para cada ponto amostrado apresenta-se na Tabela 8, os elementos são
cálcio (Ca), magnésio (Mg), acidez potencial (H+Al), potássio (K), fósforo (P), MO (matéria orgânica),
carbono (CO), zinco (Zn), capacidade de troca catiônica (CTC), saturação em base (SB), saturação em
alumínio (SA), potencial hidrogeniônico (pH).
Os graus de acidez dos solos amostrados são observados na Figura 13, sendo observado que para
as três classes de áreas amostradas os valores do pH apresentam variação mínimas, sendo superiores a 4
e inferiores 6, entretanto predomina o caráter de acidez devido o pH reduzido. Notou-se variações mais
expressivas entre as áreas de vegetação natural com maior acidez se comparada as extensões de pastagens.

51
Tabela 9- Análises químicas dos solos amostrados

Parcelas e
CA MG CA/MG AL H+AL K P MO % CO ZN CTC SB % SA % CA ÷MG CA ÷K1 MG ÷K1 CA÷CTC MG÷CTC K÷CTC HAL÷CTC pH
pontos
1.1 PEC 2,60 0,60 3,20 0,10 2,20 0,11 2,10 3,10 17,98 0,80 5,51 60,07 2,93 4,33 23,64 5,45 47,19 10,89 2,00 39,93 4,90
1.2 PEC 2,70 0,90 3,60 0,20 3,30 0,16 4,00 3,50 20,30 1,80 7,06 53,26 5,05 3,00 16,87 5,62 38,24 12,75 2,27 46,74 4,50
1.3 PEC 4,30 0,80 5,10 0,00 3,20 0,10 2,10 4,80 27,84 3,20 8,40 61,90 5,37 43,00 8,00 51,19 9,52 1,19 38,10 4,90
2.1 PEC 2,20 1,00 3,20 0,00 1,10 0,06 1,80 2,00 11,60 0,20 4,36 74,77 2,20 36,67 16,67 50,46 22,94 1,38 25,23 5,60
2.2 PEC 1,70 0,80 2,50 0,00 1,00 0,27 2,10 1,60 9,28 0,30 3,77 73,47 2,13 6,30 2,96 45,09 21,22 7,16 26,53 5,80
2.3 PEC 1,00 0,50 1,50 0,00 2,10 0,05 3,00 1,90 11,02 0,30 3,65 42,47 2,00 20,00 10,00 27,40 13,70 1,37 57,53 5,10
3.1 PEC 0,70 0,20 0,90 0,10 1,80 0,06 0,80 2,10 12,18 0,20 2,76 34,78 9,43 3,50 11,67 3,33 25,36 7,25 2,17 65,22 4,60
3.2 PEC 1,20 0,30 1,50 0,00 1,70 0,04 0,80 2,20 12,76 0,20 3,24 47,53 4,00 30,00 7,50 37,04 9,26 1,23 52,47 5,10
3.3 PEC 1,10 0,50 1,60 0,10 2,60 0,09 0,80 2,40 13,92 0,60 4,29 39,39 5,59 2,20 12,22 5,56 25,64 11,66 2,10 60,61 4,70
4.1 PEC 1,50 0,70 2,20 0,00 1,30 0,05 1,20 2,40 13,92 0,50 3,55 63,38 2,14 30,00 14,00 42,25 19,72 1,41 36,62 5,60
4.2 PEC 1,60 0,70 2,30 0,00 1,40 0,06 0,80 2,30 13,34 0,20 3,76 62,77 2,29 26,67 11,67 42,55 18,62 1,60 37,23 5,70
4.3 PEC 1,50 0,60 2,10 0,00 1,40 0,05 1,20 2,70 15,66 0,20 3,55 60,56 2,50 30,00 12,00 42,25 16,90 1,41 39,44 5,60
5.1 PEC 2,10 1,40 3,50 0,00 1,60 0,65 1,20 2,50 14,50 2,10 5,75 72,17 1,50 3,23 2,15 36,52 24,35 11,30 27,83 5,50
5.2 PEC 0,90 0,60 1,50 0,30 2,40 0,07 1,20 2,70 15,66 1,10 3,97 39,55 16,04 1,50 12,86 8,57 22,67 15,11 1,76 60,45 4,50
5.3 PEC 0,80 0,60 1,40 0,30 2,70 0,22 0,80 2,80 16,24 0,80 4,32 37,50 15,63 1,33 3,64 2,73 18,52 13,89 5,09 62,50 4,60
6.1 PEC 3,20 1,00 4,20 0,00 1,50 0,34 6,70 2,70 15,66 2,40 6,04 75,17 3,20 9,41 2,94 52,98 16,56 5,63 24,83 5,50
6.2 PEC 3,10 1,10 4,20 0,00 1,50 0,37 4,30 3,10 17,98 1,30 6,07 75,29 2,82 8,38 2,97 51,07 18,12 6,10 24,71 5,50
6.3 PEC 2,00 0,60 2,60 0,00 1,20 0,33 16,00 1,70 9,86 8,60 4,13 70,94 3,33 6,06 1,82 48,43 14,53 7,99 29,06 5,40
1.4 APP 4,30 2,10 6,40 0,00 1,90 0,38 1,50 4,60 26,68 1,60 8,68 78,11 2,05 11,32 5,53 49,54 24,19 4,38 21,89 5,20
2.4 APP 3,40 2,00 5,40 0,20 4,60 0,17 2,10 4,00 23,20 5,90 10,17 54,77 3,47 1,70 20,00 11,76 33,43 19,67 1,67 45,23 4,40
2.5 APP 4,70 3,30 8,00 0,10 3,50 0,29 2,40 5,40 31,32 3,30 11,79 70,31 1,19 1,42 16,21 11,38 39,86 27,99 2,46 29,69 4,90
2.6 APP 3,40 1,10 4,50 0,50 5,10 0,10 1,80 3,50 20,30 2,40 9,70 47,42 9,80 3,09 34,00 11,00 35,05 11,34 1,03 52,58 4,30
3.4 APP 1,20 0,60 1,80 0,00 1,70 0,22 1,20 1,90 11,02 1,00 3,72 54,30 2,00 5,45 2,73 32,26 16,13 5,91 45,70 5,00
3.5 APP 1,40 0,80 2,20 0,00 1,60 0,30 0,80 2,00 11,60 1,40 4,10 60,98 1,75 4,67 2,67 34,15 19,51 7,32 39,02 5,60
3.6 APP 4,30 1,90 6,20 0,00 1,90 0,32 0,80 2,90 16,82 2,50 8,42 77,43 2,26 13,44 5,94 51,07 22,57 3,80 22,57 5,50
4.4 APP 3,80 2,70 6,50 0,00 2,40 1,30 33,50 5,90 34,22 1,50 10,20 76,47 1,41 2,92 2,08 37,25 26,47 12,75 23,53 5,00
4.5 APP 2,90 1,10 4,00 0,00 1,80 0,17 2,40 2,90 16,82 2,90 5,97 69,85 2,64 17,06 6,47 48,58 18,43 2,85 30,15 5,40
4.6 APP 2,60 1,10 3,70 0,00 1,70 0,11 3,00 3,50 20,30 12,70 5,51 69,15 2,36 23,64 10,00 47,19 19,96 2,00 30,85 5,00
5.4 FES 3,90 2,20 6,10 0,00 2,30õ 0,82 2,40 5,40 31,32 1,70 9,22 75,05 1,77 4,76 2,68 42,30 23,86 8,89 24,95 5,20
5.5 FES 10,00 2,30 12,30 0,00 2,20 0,74 2,40 6,30 36,54 1,20 15,24 85,56 4,35 13,51 3,11 65,62 15,09 4,86 14,44 5,30
5.6 FES 8,70 2,60 11,30 0,00 2,60 0,73 1,50 5,90 34,22 1,70 14,63 82,23 3,35 11,92 3,56 59,47 17,77 4,99 17,77 5,20
6.4 FES 4,50 1,60 6,10 0,10 2,60 0,36 2,70 4,80 27,84 1,40 9,06 71,30 1,52 2,81 12,50 4,44 49,67 17,66 3,97 28,70 4,90
6.5 FES 1,50 1,10 2,60 0,50 4,50 0,62 7,40 5,70 33,06 2,60 7,72 41,71 13,44 1,36 2,42 1,77 19,43 14,25 8,03 58,29 4,20
6.6 FES 3,90 2,40 6,30 0,00 2,70 0,83 16,00 6,50 37,70 4,20 9,83 72,53 1,63 4,70 2,89 39,67 24,42 8,44 27,47 5,10

52
Média e Desvio Padrão do PH
5,80

5,60
Grau de acidez
5,40

5,20

5,00

4,80

4,60
PEC APP FES
Áreas amostradas

Figura 13- Média e desvio padrão do pH nas áreas de pecuária (PEC), Áreas de Preservação Permanente (APP) e
Floresta Estacional Semidecidual (FES)
Quanto a presença dos macronutrientes cálcio e magnésio nas áreas amostradas, a Figura 14 (a)
apresenta variações consideráveis entre as concentrações destes elementos nas pastagens quando
comparados as áreas de vegetação natural. Os valores correspondentes para a concentração de cálcio nos
solos ficaram entre 0,70 a 10cmolc/dm3para as áreas amostradas, nas pastagens o valor médio
apresentando é inferior a 2cmolc/dm3, enquanto na APP o valor é superior a 3cmolc/dm3 e em destaque
está a área de floresta estacional com as maiores concentrações sendo superior a 5cmolc/dm3.
As variações do cálcio nas áreas de pastagem foram de 0,70 a 4,30cmolc/dm3 apresentando uma
média de 1,90cmolc/dm3, para as áreas de vegetação natural os valores foram consideravelmente maiores,
nas APPs as concentrações variaram de 1,20 a 4,70cmolc/dm3, apresentando uma média de 3,2cmolc/dm3
os maiores valores são observados nas áreas de floresta estacional em que a variação se deu entre 1,50 a
10cmolc/dm3, com uma média correspondente a 5,43cmolc/dm3. Nota-se que os teores médios de Ca
obtido através das análises apresentam valores inferiores a 6cmolc/dm3, deficiência do elemento
consequente do pH mais ácido do solo.
Verifica-se que as concentrações de magnésio na pecuária apresentam valores mínimos de
0,20cmolc/dm3 alcançando o máximo de 1,80cmolc/dm3, a média para a pastagem é de 0,70cmolc/dm3,
enquanto nas APPs o valor mínimo apresentado é de 0,60cmolc/dm3alcançando 3,30cmolc/dm3
apresentando variações consideráveis ao longo das amostragens, resultando em uma média de
1,67cmolc/dm3 para as áreas de floresta estacional os valores mínimos são de 1,10cmolc/dm3 apresentando
concentrações máximas de 2,60cmolc/dm3 , além de variações nessas concentrações ao longo dos pontos,
resultando em média 2,03cmolc/dm3 de magnésio nas áreas.
Consequente aos resultados observados as concentrações conjuntas de cálcio e magnésio se
apresentam com menores valores nas pastagens, com valores médio de 2,63cmolc/dm3 nas APPs e

53
fragmentos florestais as concentrações são mais significativas e variáveis, apresentando uma média de
4,87cmolc/dm3 nas APPs e 7,45cmolc/dm3 nas florestas estacionais. Quando comparado as concentrações
de cálcio e magnésio, a distribuição do magnésio no solo é inferior para todas as áreas amostradas,
apresentando valores predominantemente abaixo de 2cmolc/dm3³, para Lopes (1998) essa diferença
geralmente ocorre decorrente da baixa adsorção do magnésio pelas argilas e matéria orgânica,
consequentemente apresenta maior exposição a lixiviação, ou podem estar associados a composição do
material de origem que geralmente apresentam concentrações mais elevadas de cálcio. Ao avaliar as
concentrações de magnésio é ressaltado o mesmo cenário quanto ao cálcio, as áreas de vegetação natural
apresentam concentrações maior de magnésio em seus solos, enquanto as pastagens apresentam valores
menores e com poucas variações.
A Figura 14 (b) destaca a acidez potencial dos solos, a variação média da acidez é de 1,89 a
2,82cmolc/dm3 para todas as áreas amostradas. Os valores são crescentes, sendo a pastagem representada
pelo menor valor de 1,89cmolc/dm3, com variações entre 1 a 3,30cmolc/dm3 nos pontos amostrados,
enquanto as APPs apresentaram média de 2,62cmolc/dm3 com variações acentuadas entre os pontos, sendo
registrado valor mínimos de 1,60cmolc/dm3 e máximo de 5,10cmolc/dm3, já para as áreas de floresta
estacional a acidez média registrada de 2,82cmolc/dm3 com variações de 2,20 a 4,50cmolc/dm3. Logo
verifica-se que as áreas de vegetação natural contam com solos que dispõem de grande quantidade de íons
de hidrogênio trocáveis que podem ser liberados para a solução do solo.
Os nutrientes primários potássio e fosforo também são contemplados apresentando interações
significativas na fertilidade do solo. Os teores de potássio (Figura 14 (c)) no solo foram inferiores a
1cmolc/dm3, apresentando médias crescentes entre as áreas de pastagem e área de vegetação natural. A
pastagem apresentou a menor média de 0,17cmolc/dm3, com variações de 0,04 a 0,65cmolc/dm3, ouve
um aumento do elemento nas áreas de vegetação natural com valor médio para a APPs de 0,34cmolc/dm3,
entretanto se destacou com as maiores variações do teor de potássio nos pontos amostrados sendo de 0,10
a 1,30cmolc/dm3, e as FES apresentou maior valor médio com 0,68cmolc/dm3, com menor valor registrado
nos pontos igual a 0,36cmolc/dm3 e o maior 0,83cmolc/dm3.
Como observado para a maioria dos solos amostrados, quando muito intemperizados apresentam
menores teores de potássio no solo (LOPES, 1998) além de outros fatores decorrentes da acidez do solo
que reduz a capacidade de fixação do potássio, textura do solo pois quando muito arenosos e orgânicos
podem sofrer processo de lixiviação, além de apresentar menor capacidade de reservas de potássio.
Quanto ao fosforo Figura 14 (d), os valores médios foram inferiores a 6mg/dm³, variando o teor
desse elemento nos pontos amostrados e apresentando um crescimento nas áreas de vegetação natural
quando comparados a pastagem. Em média a pastagem apresentou teores de 2,83mg/dm³, contanto com

54
teores mínimos de 0,80mg/dm³ em determinados pontos, alcançando até 16mg/dm³, as APPs apresentaram
médias maiores de 4,95mg/dm³, registrando variações extremas de 0,80 a 32,50mg/dm³, as FES apontam
o maior teor médio de fosforo com 5,40mg/dm³, com variações entre 1,50mg/dm³ a 16mg/dm³.
Considerando as análises laboratoriais o solo pode apresentar concentrações de fosforo proveniente dos
processos de intemperismo ou até mesmo adubação, a perda desse elemento por lixiviação é muito
pequena devido à baixa mobilização do elemento no solo, processos associados a degradação do solo
como erosão podem se destacar como fatores que favorecem a perda deste elemento.

55
Média e Desvio Padrão deas concentrações de Ca e Mg Média e Desvio Padrão do Al e Acidez Potencial nas
10 Áreas Amostradas
CA 4
ACIDEZ POTENCIAL
MG
8

Por CmolC/dm3
Por CmolC/dm3

3
6

2
4

2 1

0 0
PEC APP FES PEC APP FES
Área amostrada Áreas Amostradas

(a) (b)

Média e Desvio Padrão das concentrações de Potássio Média e Desvio Padrão das concentrações de Fósforo
1,00 16,00
K P

0,80
12,00
Por cmolc/ dm3

Por mg/dm3
0,60
8,00
0,40

4,00
0,20

0,00 0,00
PEC APP FES PEC APP FES
Área amostrada Área amostrada
(c) (d)
Figura 14- Média e desvio padrão das concentrações de cálcio e magnésio nas áreas amostradas (a); Média e desvio padrão da acidez potencial (Al+H) nas áreas
amostradas (b), Média e desvio padrão das concentrações de fósforo nas áreas amostradas (c); Média e desvio padrão das concentrações de potássio nas áreas
amostradas. Pecuária (PEC), Área de Preservação Permanente (APP), Floresta Estacional Semidecidual (FES).

56
A presença do carbono nos solos são representados na Figura 15 (b), observa-se que
os valores se apresentam de forma crescente, sendo registrados as menores concentrações na
pecuária e aumentando nas áreas de vegetação natural, a média varia entre 14,98g/dm³ para
áreas de pastagem, APPs com 21,23g/dm³ e os maiores valores na FES com 33,45g/dm³.As
variações para os pontos da pecuária e FES foram mínimas, entretanto variações mais
significativas foram observadas na APP, as concentrações oscilaram nos pontos amostrados
desde 11 a 36g/dm³. As maiores concentrações em áreas de vegetação podem estar associadas
a maior preservação da matéria orgânica, e por se tratar de um nutriente não mineral que compõe
o solo, sua presença está associada a decomposição da biomassa, consequentemente áreas com
menor interferência sobre o solo tendem a apresentar maior concentrações de carbono.
A Figura 15 (c) apresenta as concentrações médias de zinco presente no solo, nota-se
que para as três classes amostradas o Zn está inferior a 4mg/dm³, e apresenta variações
significativas para cada área. A pecuária se destaca com menor valor médio de 1,38mg/dm³, as
áreas de vegetação natural são compostas por solos com concentrações mais elevadas de Zn, as
APPs apresentam o maior valor registrado 3,52mg/dm³ e FES com 3mg/dm³. As variações do
Zn nos pontos amostradas da pastagem foram de 0,20 a 8,60mg/dm³, entretanto as maiorias do
ponto apresentaram valores aproximados, já para as APPs as oscilações foram mais acentuadas,
destacando valores entre 1 a 12 mg/dm³, para as FES o cenário se assemelha ao observado na
pecuária, com registros entre 1,20 a 4,20 m g/dm³.
Destacado como um micronutriente e essencial para as plantas as concentrações de Zn
no solo, solos mais argilosos e com pH mais ácido tendem a apresentar mais ; outro aspecto que
deve ser considerado são as interações entre P e Zn, solos com maiores concentrações de um
dos nutrientes tendem a inibir a ocorrência do outro, sendo necessário um equilíbrio; o Zn pode
estar associado a matéria orgânica no solo, quando se tem quantidade inferiores de MO
consequentemente se tem indicativos de menor concentração de Zn ( LOPES, 1998).
Considerando a matéria orgânica como um componente importante para fertilidade do
solo devido os diversos efeitos que tem sobre a propriedade do solo, a Figura 15 (d) apresenta
o percentual médio de MO para cada área. Observa-se que as concentrações médias são
inferiores a 6%, apresentando valores crescente das pastagens para área de vegetação natura, o
menor valor registrado é 2,58% nas pastagens, com aumento nas APPs com 3,55. %. Em geral
solo com maior percentual de argila tendem a ter maiores concentrações de MO que solos
arenosos, outro aspecto que deve ser ressaltado é a contribuição da serapilheira .que a partir da

57
sua decomposição biológica torna-se produto da MO. Sendo assim as áreas que apresentaram
maiores quantidade de matéria orgânica como as vegetações naturais tendem a apresentar
concentrações de MO maiores.

58
Média e Desvio Padrão dos Elementos Minerais Média e Desvio Padrão das concentrações de Carbono
35,00 40,00
CA÷MG
CA÷K 35,00 C
30,00
MG÷K
30,00
Porcentagem

25,00

Por g/dm3
25,00
20,00
20,00
15,00
15,00
10,00
10,00

5,00 5,00

0,00 0,00
PEC APP FES PEC APP FES
Áreas amostradas Área amostrada

(a) (b)

Média e Desvio Padrão das concentrações de Zinco Média e Desvio Padrão das concentrações de Materia
8,00 Orgânica
Zn 7,00
7,00 MO
6,00
6,00
5,00
Por mg/dm3

Porcentagem
5,00
4,00
4,00
3,00
3,00

2,00 2,00

1,00 1,00

0,00 0,00
PEC APP FES PEC APP FES
Área amostrada Áreas amostradas
(c) (d)
Figura 15- Média e desvio padrão das concentrações das concentrações dos elementos minerais cálcio, magnésio e fósforo (a); Média e desvio padrão das
concentrações de carbono nas áreas amostradas (b), Média e desvio padrão das concentrações de zinco nas áreas amostradas (c); Média e desvio padrão das
concentrações de matéria orgânica nas áreas amostradas. Pecuária (PEC), Área de Preservação Permanente (APP), Floresta Estacional Semidecidual (FES).

59
A Saturação por base indicada na Figura 16 (a) permite identificar o percentual de cátions
básicos trocais, ou seja, a capacidade do solo em proporcionar a troca de cátions, consequentemente
inferindo na fertilidade do solo e classificando-os como solos estróficos ou distróficos
(RONQUIN,2010) para os solos amostrados todos apresentam percentual médio de saturação por base
superior a 50%, sendo crescente esse valor nas áreas de vegetação natural. De acordo com a
caracterização indicada anteriormente, os solos se classificam como estróficos (férteis). As áreas de
pastagem apresentaram 58% de saturação, enquanto nas APPs os valores aumentaram para 65,8%, os
maiores registros foram nas áreas das FES com 71,4%.
Os valores para cada ponto amostrado nas áreas voltadas para a pecuária apresentaram valores
entre 42% a 75%, a maioria das parcelas apresentaram variações mínimas nos pontos, ressaltando apenas
duas parcelas com variações acentuadas. Para as APPs as variações foram de 47 a 78% com
predominância de valores aproximados para cada ponto das parcelas, enquanto nas FES os percentuais
observados foram de 41 a 85%, com variações mais acentuadas entre os pontos das parcelas.
Complementando os aspecto avaliados anteriormente, foram analisados os valores médios da
saturação por alumínio Figura 16 (b), e quanto maior o teor de Ca, Mg e K, menor são os percentuais de
saturação por alumínio. Os percentuais registrados em cada ponto foram inferiores a 10%, apresentando
variações extremas para cada área amostrada uma vez que se notou a predominância de valores de
saturação por base igual a 0. A média para as áreas foram inferiores a 4%, sendo a maior registrada nas
pastagens com 3,04%, sendo registrado saturação por alumínio em apenas 3 parcelas, o menor
percentual registrado se destaca nas APPs com 1,45%, sendo registrado saturação apenas em 1 parcela,
e as áreas de FES com percentual médio de 2,49%. Com registros de saturação em 1 parcela.
A CTC registrada nas áreas amostradas está representada na Figura 16 (c), observa-se valores
médios inferiores a 11cmolc/dm³, sendo o menor valor representado pela pecuária com 4,68cmolc/dm³,
nota-se um aumento considerável da CTC nas áreas de vegetação natural, sendo registrado
7,83cmolc/dm³ nas APPs e valor superior de 10,95cmolc/dm³ nas FES. Os dados apresentados indicam
a capacidade do solo de apresentar argilas, humos, que são denominados de coloides, com superfícies
que realizem trocas e retenções de cátions, de acordo com Mello et al. (1983) solos com baixa CTC
indicam capacidade pequenas para a retenção dos cátions em forma trocável.
Para os elementos minerais Mg, Ca, K e acidez potencial (Figura 16 (d)) também foram
analisados associados a capacidades de troca catiônica nas áreas amostradas, observou-se que os valores
médios da CTC com os elementos variaram de forma decrescente respectivamente para Ca, Mg e K. Os
menores valores foram registrados na pecuária apresentando percentual de 39,16% para CTC com Ca,
15,39% para Mg e 3,51% para K, o maior valor é representado pela acidez potencial alcançando 41,9%.
Para as áreas de vegetação natural os valores referentes a CTC com elementos minerais foram maiores
com exceção da acidez potencial que reduziu consideravelmente, as APPs contaram com percentual de
40,84% da CTC com Ca, 18,84% com Mg e 6,53% com K, quanto a acidez potencial o percentual médio

60
registrado foi 34,12%. As maiores médias de CTC com elementos minerais foram registrados nas FES,
apresentando 46% da CTC com Ca, o valor da CTC com Mg registrou 18,84%, percentual reduzido se
comparado ao registro na APP, e 6,53% da CTC média com K, quanto a acidez potencial o menor valor
registrado observado na FES com 28,60%.

60
Média e Desvio Padrão da Saturação por Base Média e Desvio Padrão da Saturação por Alumínio
10,00
SB SA
80,00
8,00

60,00

Porcentagem
6,00
Porcentagem

40,00
4,00

20,00 2,00

0,00 0,00
PEC APP FES PEC APP FES
Áreas amostradas Áreas Amostradas
(a) (b)
Média e Desvio Padrão da CTC Média e Desvio Padrão dos Elementos Mineriais com CTC
16,00
CTC 60,00 Ca÷CTC
14,00
MG÷CTC
12,00 50,00
K÷CTC
Por Cmolc/dm3

Porcentagem
10,00 H+AL÷CTC
40,00

8,00
30,00
6,00
20,00
4,00

2,00 10,00

0,00
0,00
PEC APP FES
PEC APP FES
Áreas amostradas Áras amostradasea
(c) (d)
Figura 16– Média e desvio padrão da saturação por base nas áreas amostradas (a); Média e desvio padrão da saturação por alumínio nas áreas amostradas (b),
Média e desvio padrão da capacidade catiônica nas áreas amostradas (c); Média e desvio padrão dos elementos minerais com capacidade de troca catiônica nas
áreas amostradas. Pecuária (PEC), Área de Preservação Permanente (APP), Floresta Estacional Semidecidual (FES).

61
4.6 P ARÂMETROS DO MEIO FÍSICO
A FLONA está representada na Figura 17, sendo este situado na região sudeste do
estado de Goiás.
No que se refere as características do meio físico as Tabelas 10 e 11 apresentam um conjunto
de informações obtidas através do levantamento cartográfico realizado para área de estudo,
permitindo caracterização abrangente e especificas de cada ponto amostrado, dentre os
elementos descritos estão: o tipo de uso e cobertura, unidade geológica, geomorfologia, tipos o
de solo, textura, orientação das vertentes, relevo, declividade, altimetria e temperatura de
superfície.

Figura 17- Mapa de localização da Floresta Nacional de Silvânia- Goiás. Fonte: Elaborado por
NETO,2018.
As características geológicas estão representadas na Figura 18 (a), está possui uma
predominância da unidade geológica referente a Granulitos Paraderivados distribuídos em uma
faixa que vai da região noroeste para região sudeste da área de estudo. Tais granulitos possuem
como principal litotipo os gnaisses aluminosos e tem como unidade de contato uma faixa.
62
Metavulcano Sedimentar ao norte e Granulitos Ortoderivados ao sul. Sobre essas duas últimas
unidades existe a ocorrência de Coberturas Detrito Lateriticas associadas a Chapadões
Residuais do Alto Tocantis Paranaíba enquanto sobre os Granulitos Paraderivados predomina
Planalto Dissecados da Alta Bacia do Piracanjuba como destacado na Figura 18 (b), onde
localizam-se as nascentes do Ribeirão Vermelho. Sobre os referidos relevos, existe uma ampla
distribuição e Latossolos com manchas de Cambissolos Figura 18 (c) nas áreas mais dissecadas.
Numa abordagem em escala mais detalhada do relevo da área de estudo é possível
verificar no mapa da Figura 18 (d) que a área pesquisada apresenta altitudes variando entre
1.097 a 798, ocupando uma das porções mais elevadas da região de Silvânia. As altitudes são
maiores a montante da FLONA e vão decrescendo para leste com o entalhamento do Ribeirão
Vermelho. As declividades destacadas na Figura 18 (e) predominantemente vão de 0 a 8%
correspondendo a um relevo plano a levemente ondulado. As declividades mais acentuadas
superiores a 20% estão próximas as cabeceiras de drenagem e pontualmente no terço inferior
das vertentes margeando vales fluviais.
As observações de campo revelaram a presença de Plintossolos Petricos
Concrecionários nos topos elevados e planos, Latossolo nas declividades entre 8% e 20%, com
pequenas manchas de associação com argissolo, cambissolo, neossolo restritas as áreas mais
declivosas. Gleissolos também foram observados restritos a pequenas planícies e vales fluviais
No que se refere a orientação das vertentes (Figura 18(F)) considerando que o curso d’agua
principal da área, o Ribeirão Vermelho, está orientado de noroeste para sudeste, seus tributários
ao sul estão orientados de sudoeste a nordeste, enquanto que seus tributários da margem norte
estão orientado de noroeste a sudeste.
Sendo assim na margem norte do Ribeirão Vermelho seus tributos se orientam
predominantemente ao sul e oeste. Na Figura 18 (g) verificou-se que a temperatura de
superfície na área de estudo, observando temperaturas que variam de 20 a 32°C. Ao associar as
temperaturas ao tipo de uso e cobertura do solo, verifica-se que na porção norte nos pontos mais
próximos da FLONA as temperaturas são mais ameninas quando associadas a cobertura natural
alcançando temperaturas de 20 a 23ºC, ponto amostrados no entorno que ocupam áreas de
pastagem apresentaram valores mais elevados de 23 a 24°C.
Nas porções nordeste e sudeste os pontos amostrados se encontram sobre áreas de
pastagens consequentemente as temperaturas se apresentam mais elevadas variando de 24 a
27°C e quando sobre áreas naturais contam com temperaturas reduzidas. Quando observado os
pontos na porção ao sul nota-se predominância destes com temperaturas entre 24 e 25°C sobre
63
o uso de pastagem e mesmo em áreas de vegetação natural o menor valor da temperatura está
entre 23 a 24°C
Os tipos de uso e cobertura na área de estudo (Figura 18(i)) apresentam predominância
da agricultura nas porções noroeste, sudeste e sul, e pastagens nas porções nordeste e leste com
menores ocupações se comparado a agricultura, sua predominância é mais acentuada no entorno
da área urbana com extensões consideráveis de cobertura natural. Quanto a distribuição da
cobertura natural na área de estudo, sua maior concentração ocorre na FLONA, e ao longo dos
cursos hídricos, fragmentos de cobertura natural também são observados em áreas de pastagem
e agricultura. Uma pequena porção é representada pela silvicultura entre áreas de pasto,
agricultura e vegetação natural, além do mosaico de ocupações que se encontra próximos da
FLON

64
Tabela 10- Atividade da fauna edáfica e demais características das áreas de pastagem
Uso do Solo Paisagem Uso e Cob. Classe de
Parcela Coord. Coord. Grupo da Unidade Textura Orientação de Altimetria Temperatura
na Área da Área do Solo Litotipo Geomorfolologia Solo EMATER Relevo Declividade % Temperatura
e Ponto X Y Coleta Geológica do Solo Vertentes (m) do Solo ºC
Amostrada Amostrada (Terraclass) do Solo ºC
1.1 753475 8157456 Pastagem Pastagem Pecuária Pastagem Granulitos Gnaisse aluminoso, Gondito, Planaltos Dissecados das Latossolo med./arg. Leste Ondulado 8 - 20 870 - 918 20 - 23 22
Paraderivados Mármore, Rocha calcissilicática Altas Bacias do Piracanjuba Vermelho Ácrico

Granulitos Gnaisse aluminoso, Gondito, Planaltos Dissecados das Latossolo Levemente


1.2 753471 8157372 Pastagem Pastagem Pecuária Pastagem med./arg. Leste 3-8 870 - 918 20 - 23 22
Paraderivados Mármore, Rocha calcissilicática Altas Bacias do Piracanjuba Vermelho Ácrico Ondulado
Granulitos Gnaisse aluminoso, Gondito, Planaltos Dissecados das Latossolo Levemente
1.3 753478 8157335 Pastagem Pastagem Pecuária Natural med./arg. Sudeste 3-8 870 - 918 20 - 23 22
Paraderivados Mármore, Rocha calcissilicática Altas Bacias do Piracanjuba Vermelho Ácrico Ondulado
Coberturas Cambissolo
Gnaisse aluminoso, Gondito, Planaltos Dissecados das Levemente
2.1 750143 8160760 Pastagem Pastagem Pecuária Natural Detrito Haplico arg. Sudoeste 3-8 963 - 1006 20 - 23 23
Mármore, Rocha calcissilicática Altas Bacias do Piracanjuba Ondulado
Lateriticas Distrófico
Coberturas Cambissolo
Gnaisse aluminoso, Gondito, Planaltos Dissecados das
2.2 750070 8160683 Pastagem Pastagem Pecuária Pastagem Detrito Haplico arg. Sudoeste Plano 0-3 918 - 963 20 - 23 23
Mármore, Rocha calcissilicática Altas Bacias do Piracanjuba
Lateriticas Distrófico
Cambissolo
Granulitos Gnaisse aluminoso, Gondito, Planaltos Dissecados das
2.3 749975 8160685 Pastagem Pastagem Pecuária Natural Haplico arg. Oeste Montanhoso 45 - 75 918 - 963 20 - 23 22
Paraderivados Mármore, Rocha calcissilicática Altas Bacias do Piracanjuba
Distrófico
Granulitos Gnaisse aluminoso, Gondito, Planaltos Dissecados das Latossolo Levemente
3.1 753100 8157524 Pastagem Pastagem Pecuária Natural med./arg. Noroeste 3-8 870 - 918 20 - 23 22
Paraderivados Mármore, Rocha calcissilicática Altas Bacias do Piracanjuba Vermelho Ácrico Ondulado
Agricultura Granulitos Gnaisse aluminoso, Gondito, Planaltos Dissecados das Latossolo
3.2 753106 8157475 Pastagem Pastagem Pecuária med./arg. Noroeste Ondulado 8 - 20 870 - 918 20 - 23 22
Anual Paraderivados Mármore, Rocha calcissilicática Altas Bacias do Piracanjuba Vermelho Ácrico
Agricultura Granulitos Gnaisse aluminoso, Gondito, Planaltos Dissecados das Latossolo
3.3 753106 8157416 Pastagem Pastagem Pecuária med./arg. Noroeste Ondulado 8 - 20 870 - 918 20 - 23 22
Anual Paraderivados Mármore, Rocha calcissilicática Altas Bacias do Piracanjuba Vermelho Ácrico
Granulitos Gnaisse aluminoso, Gondito, Planaltos Dissecados das Latossolo
4.1 754122 8156837 Pastagem Pastagem Pecuária Pastagem med./arg. Norte Plano 0-3 870 - 918 25 - 27 26
Paraderivados Mármore, Rocha calcissilicática Altas Bacias do Piracanjuba Vermelho Ácrico
Granulitos Gnaisse aluminoso, Gondito, Planaltos Dissecados das Latossolo
4.2 754019 8156877 Pastagem Pastagem Pecuária Pastagem med./arg. Noroeste Plano 0-3 870 - 918 25 - 27 25
Paraderivados Mármore, Rocha calcissilicática Altas Bacias do Piracanjuba Vermelho Ácrico
Granulitos Gnaisse aluminoso, Gondito, Planaltos Dissecados das Latossolo
4.3 754039 8156982 Pastagem Pastagem Pecuária Pastagem med./arg. Nordeste Ondulado 8 - 20 870 - 918 24 - 25 24
Paraderivados Mármore, Rocha calcissilicática Altas Bacias do Piracanjuba Vermelho Ácrico
Granulitos Gnaisse aluminoso, Gondito, Planaltos Dissecados das Latossolo Levemente
5.1 752319 8159227 Pastagem Pastagem Pecuária Pastagem arg. Nordeste 3-8 963 - 1006 25 - 27 25
Paraderivados Mármore, Rocha calcissilicática Altas Bacias do Piracanjuba Vermelho Ácrico Ondulado
Granulitos Gnaisse aluminoso, Gondito, Planaltos Dissecados das Latossolo
5.2 752333 8159128 Pastagem Pastagem Pecuária Pastagem arg. Sul Ondulado 8 - 20 918 - 963 25 - 27 25
Paraderivados Mármore, Rocha calcissilicática Altas Bacias do Piracanjuba Vermelho Ácrico
Granulitos Gnaisse aluminoso, Gondito, Planaltos Dissecados das Latossolo
5.3 752299 8158929 Pastagem Pastagem Pecuária Pastagem arg. Leste Plano 0-3 918 - 963 23 - 24 23
Paraderivados Mármore, Rocha calcissilicática Altas Bacias do Piracanjuba Vermelho Ácrico
Cambissolo
Granulitos Gnaisse aluminoso, Gondito, Chapadões Residuais do Levemente
6.1 750554 8155182 Pastagem Pastagem Pecuária Pastagem Haplico arg. Noroeste 3-8 963 - 1006 24 - 25 24
Paraderivados Mármore, Rocha calcissilicática Alto Tocantins - Paranaíba Ondulado
Distrófico
Cambissolo
Agricultura Granulitos Gnaisse aluminoso, Gondito, Chapadões Residuais do
6.2 750594 8155296 Pastagem Pastagem Pecuária Haplico arg. Noroeste Ondulado 8 - 20 963 - 1006 24 - 25 24
Anual Paraderivados Mármore, Rocha calcissilicática Alto Tocantins - Paranaíba
Distrófico
Gnaisse aluminoso, Gondito, Planaltos Dissecados das Latossolo
Granulitos Levemente
6.3 750568 8155460 Pastagem Pastagem Pecuária Pastagem Mármore, Rocha Altas Bacias do Vermelho arg. Noroeste 3-8 963 - 1006 24 - 25 24
Paraderivados Ondulado
calcissilicática Piracanjuba Ácrico

65
Tabela 11- Atividade da fauna edáfica e demais características das áreas de vegetação natural

Uso do Solo na Paisagem Uso e Cob. Orientação Classe de


Parcela Coord. Coord. Grupo da Unidade Solo Textura Declividade Altimetria Temperatura
Área da Área do Solo Litotipo Geomorfolologia de Relevo Temperatura
e Ponto X Y Coleta Geológica EMATER do Solo % (m) do Solo ºC
Amostrada Amostraa (Terraclas) Vertentes do Solo ºC
Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados Latossolo
Mata de Granulitos Levemente
1.4 753477 8157336 Pastagem Pastagem Natural Gondito, Mármore, das Altas Bacias do Vermelho med./arg. Sudeste 3-8 870 - 918 20 - 23 25
Galeria Paraderivados Rocha calcissilicática Piracanjuba Ondulado
Ácrico
Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados Cambissolo
Mata de Granulitos Fortemente
2.4 749686 8160161 Pastagem Pastagem/APP Natural Gondito, Mármore, das Altas Bacias do Haplico arg. Norte 20 - 45 918 - 963 24 - 25 24
Galeria Paraderivados Ondulado
Rocha calcissilicática Piracanjuba Distrófico
Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados Cambissolo
Mata de Granulitos
2.5 749733 8160150 Pastagem Pastagem/APP Natural Gondito, Mármore, das Altas Bacias do Haplico arg. Nordeste Montanhoso 45 - 75 918 - 963 23 - 24 24
Galeria Paraderivados
Rocha calcissilicática Piracanjuba Distrófico
Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados Cambissolo
Mata de Granulitos
2.6 749657 8160137 Pastagem Pastagem/APP Natural Gondito, Mármore, das Altas Bacias do Haplico arg. Norte Montanhoso 45 - 75 918 - 963 23 - 24 24
Galeria Paraderivados
Rocha calcissilicática Piracanjuba Distrófico
Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados Latossolo
Mata de Granulitos
3.4 753225 8157420 Pastagem Pastagem Natural Gondito, Mármore, das Altas Bacias do Vermelho med./arg. Norte Ondulado 8 - 20 870 - 918 20 - 23 22
Galeria Paraderivados
Rocha calcissilicática Piracanjuba Ácrico
Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados Latossolo
Mata de Granulitos
3.5 753145 8157528 Pastagem Pastagem Natural Gondito, Mármore, das Altas Bacias do Vermelho med./arg. Noroeste Ondulado 8 - 20 870 - 918 20 - 23 22
Galeria Paraderivados
Rocha calcissilicática Piracanjuba Ácrico
Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados Latossolo
Mata de Granulitos
3.6 753103 8157548 Pastagem Pastagem Natural Gondito, Mármore, das Altas Bacias do Vermelho med./arg. Noroeste Ondulado 8 - 20 870 - 918 20 - 23 22
Galeria Paraderivados
Rocha calcissilicática Piracanjuba Ácrico
Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados Latossolo
Mata de Granulitos
4.4 754007 8156995 Pastagem Pastagem/APP Natural Gondito, Mármore, das Altas Bacias do Vermelho med./arg. Nordeste Ondulado 8 - 20 870 - 918 23 - 24 24
Galeria Paraderivados
Rocha calcissilicática Piracanjuba Ácrico
Gnaisse aluminoso,
Planaltos Dissecados
Mata de Granulitos Gondito, Mármore, Latossolo
4.5 753976 8157049 Pastagem Pastagem/APP Natural das Altas Bacias do med./arg. Nordeste Ondulado 8 - 20 870 - 918 23 - 24 23
Galeria Paraderivados Rocha Vermelho
Piracanjuba
calcissilicática Ácrico

67
Figura 18 –Mapa de unidade geológica (a), mapa de geomorfologia (b), mapa de solos (c), mapa de altimetria (d), mapa de declividade (e), mapa de orientação das vertentes (f), mapa de temperaturas da superfície (g),
mapa carta imagem (h) e mapa de uso do solos (i).

67
Com base nos dados obtidos das temperatura do solo uma representação mais específica dos
pontos está representada na Figura 19 , verifica-se que cerca de 38% dos pontos apresentaram
temperaturas mínimas entre 20 a 23°C, 26% dos pontos apresentaram temperaturas entre 23 e 24°C, e os
menores percentuais com 18% foram referentes as temperaturas mais elevadas de 24 a 27°C, entretanto
por mais que tenham representados apenas 18% dos pontos com maiores temperaturas a junção destes
percentuais totalizam 36% de pontos com temperaturas elevadas, ou seja, semelhante ao menores registros
de temperatura do solo.

Percentual da Temperatura do Solo nas Áreas


Amostradas

18% 20 - 23 ºC

38% 23 - 24 ºC

18% 24 - 25 ºC

25 - 27 ºC

26%

Figura 19 - Gráfico das temperaturas do solo nas áreas de pastagem e vegetação natural amostradas.
No que se refere a declividade e relevo nas áreas amostradas a Figura 20(a), cerca de 38% dos
pontos encontram-se sobre declividades entre 8 a 20% com relevos ondulados, 29% sob declividades entre
3 a 8% com relevo levemente ondulado, 12% sob declividades entre 0 a 3% com relevos planos, o mesmo
percentual para declividade entre 45 a 75% com relevos montanhosos e o menor percentual de 9%
representado por declividade entre 20 a 45% caracterizados como fortemente ondulados. Quanto a
altimetria observada na Figura 20 (b), 44% dos pontos prenominam em áreas cuja altimetria varia entre
870 a 918m, 35% com altimetrias entre 871 a 918m, 18% dos pontos contam com altimetrias entre 872 a
918m e o menor percentual de 3% é representado pelas altimetrias entre 798 a 870m.

69
Declividade e Relevo nas Áreas Amostradas Altimetria (m)
0 - 3% Plano 3%
12% 12%
18%

9%
3 - 8% Levemente
Ondulado 798 - 870m

8 - 20% Ondulado 870 - 918m


44%
29% 871 - 918m
20 - 45% Fortemente 872 - 918m
Ondulado 35%
38%
45 - 75%
Montanhoso

(a) (b)
Figura 20- Percentual da declividade e relevo nos pontos amostrados (a), Percentual da altimetria nos pontos
amostrado (b).

4.7 PRESENÇA E AUSÊNCIA DA ATIVIDADE DA FAUNA EDÁFICA


No que se refere as atividades da fauna edáfica, seja através de organismos vegetais ou animais,
estes desempenham papeis fundamentais no solo e consequentemente influenciam diretamente em sua
qualidade, sendo assim os levantamentos realizados permitem avaliar as atividades dos organismos sobre
as áreas amostradas e associa-las ao tipo de uso e cobertura e suas respectivas condições. Há uma
infinidade de organismos nos solos de tamanhos variados, entretanto o número de indivíduos passiveis a
serem observados a olho nu são relativamente pequenos (BUCKMAN E BRADY, 1996) sendo assim, no
estudo foram contemplados os animais do macro e mesofauna, juntamente com organismos vegetais em
especial as raízes e fungos, além de elementos oriundos das atividades biológicas como os bioporos.
Na Figura 21 dentre os 34 pontos de amostragem, os menores registros foram de fungos e
bioporos, sendo observado fungos em apenas 3 pontos e bioporos em 1 único ponto, em contrapartida as
maiores representatividades foram das raízes, sendo identificadas a presença em todos nos 34 pontos e a
macro e mesofauna com destaque em 25 pontos, ou seja em 72% de toda área de estudo foram
identificados presenças de organismos no solo. Ao considerar a distribuição dessas ocorrências aos longos
das áreas, a pecuária apresentou maior quantidade de macro e mesofauna e o único registro de bioporos
se deu na pecuária, com exceção dos fungos que foram visualizados em número menos se comparado as
áreas de vegetação natural. As áreas de vegetação natural apresentaram variações, nas APPs foram
registradas atividades da fauna edáfica com exceção de bioporos, nas FES não se registrou fungos ou
bioporos.

69
Atividade de Indicadores
20
Presença Observada por ponto

FUNGOS
15

FAUNA
10
BIOPOROS

5
RAIZES

0
PEC APP FES
Paisagem amostrada

Figura 21- Gráfico das parcelas com a presença de atividade de indicadores edáficos
A atividade da fauna edáfica variou consideravelmente nas áreas amostradas, vale salientar que
as variações se deram em consequência de quantidades distintas de pontos amostrados na pecuária, e nas
áreas de vegetação natural. Quando analisados individualmente, a pecuária conta com 18 pontos
amostrais, sendo observados apenas em 1 ponto a presença de fungo e de bioporos, representando cerca
de 5% da pecuária, para todos os pontos foram identificados a presença de raízes, e quanto a macro e
mesofauna apontaram presença em 11 pontos, representando cerca de 61% da pecuária. As áreas de
vegetação natural apresentaram 10 pontos de validação nas APPs, sendo observado a presença de fungos
em 1 ponto, sendo representado por apenas 2,9% das APPs e nenhuma visualização de bioporos,
entretanto a presença de mesofauna foi identificada em 9 pontos, sendo presentado por 90% das APPs,
cenário semelhante é observado nas FES onde foram validados 6 pontos ao todo, não destacando a
presença de fungos e bioporos para nenhum dos pontos, porém em 5 pontos foram observados a presença
de mesofauna, ou seja, 90% das FES.
A Tabelas 12 apresenta a biodiversidade edáfica associadas as demais características das áreas
amostradas, nota-se além da presença de espécies algumas áreas apresentaram uma diversidade destes
organismos. A pecuária apresentou indivíduos de 4 ordens, sendo estes Anelídeo, Chilopoda, Formicidae
e Isoptera, para as áreas de vegetação natural observou-se maiores incidências de indivíduos por ponto,
sendo possível identificar nas APPs indivíduos de 5 ordens distintas, Anelídeo, Aracnídeos, Chilopoda,
Coleoptera, Diplópode, as áreas da FES apresentaram a maior variação de indivíduos, classificados em
6 ordens, sendo estas Anelídeo, Chilopoda, Coleoptera, Diplópode, Lepidoptera, Orthoptera.
Considerando a condição variáveis da cobertura vegetal das áreas amostradas, as pastagens
apresentaram extensões de áreas conservadas que favoreceu temperaturas do solo mais amenas, maior
presença de plântulas e serrapilheira, e incidência da fauna edáfica. Entretanto predominou-se áreas com

70
indícios de degradação com solos compactados comprometendo assim sua aeração, além de solos
expostos com vegetações secas e serrapilheira reduzida. Consequentemente tal cenário favoreceu a
incidências dos raios solares sobre a superfície menos protegida e acarretou o aumento da temperatura
do solo, favorecendo assim a perda de umidade, limitando o desenvolvimento da cobertura vegetal e o
que acarretou na redução da serrapilheira. A disponibilidade de matéria orgânica fica comprometida
sobre tais condições, para os autores Buckman e Brady (1996) a disponibilidade de matéria orgânica no
solo é um dos fatores determinantes para o melhor desenvolvimento dos indivíduos e sua ausência acaba
por limitar o suprimento de nutrientes necessário para os mesmos, logo o processo de decomposição dos
resíduos de vegetais e plantas, fornecimento e ciclagem de nutrientes será reduzido.
As áreas de vegetação natural apresentaram condições distintas e contrastantes das pastagens,
a presença de cobertura vegetal favoreceu temperaturas mais amenas para todas as áreas amostradas com
exceção dos postos que sofreram influência da precipitação, elevando as temperaturas superficiais. As
temperaturas amenas, e a grande quantidade de serrapilheira favorece a cobertura do solo, mantendo o
teor de umidade do mesmo e consequentemente favorecendo a ocorrência de alguns indivíduos que
apresentam preferência para estes ambientes. Outro aspecto que deve ser considerado como facilitados
para ocorrência da fauna é quantidade de serrapilheira, matéria orgânica e raízes nessas áreas,
favorecendo a presença de organismos que atuem na decomposição e ciclagem desse material além de
proporcionar nutrientes para o solo. Um bom exemplo de tais interferências, é destacado por SILVA et
al., (2012) nos processos de manipulação e preparação do solo. O sistema biológico do solo fica exposto
a essas ações e acabam por sofrerem danos diretos pelo processo de abrasão e esmagamento, ou pela
alteração do microclima quando a serapilheira se encontra ausente. Quando se fala da matéria orgânica
proporcionada através cobertura vegetal presente no solo, destacar a importância deste nas diversas
características e funcionalidades do solo é indispensável para possamos compreender o quão necessário
é manter uma cobertura vegetal. Uma vez que o solo se encontra com uma vegetação, está é capaz de
alimentar o sistema de matéria orgânica, tornando-se possível manter a vida dos microrganismos
presentes.

71
Tabela 12- Indicadores e interações com demais características em área de pastagem

Fauna Edáfica Temperaturas do solo Ensaios Químicos


Parcelas e pontos
Meso-Macro Plântulas Bioporos Raízes Fungos Uso do solo Superficial °C 20cm°C Serrapilheira(g) Textura ph MO% SB% CTC P k
A2 E2 G2 C4 D4 E4 A5 D5 E5
1.1 Ausente Ausente Fasciculada Ausente Pecuária 30 26 15,50 Argilosa 4,90 3,10 60,07 5,51 2,10 0,11
E7
1.2 Isoptera A2 F1 D5 B6 E6 B7 D7 G7 Ausente Fasciculada Ausente Pecuária 31 28 34,10 Argilosa 4,50 3,50 53,26 7,06 4,00 0,16
Formicidae
1.3 E3 E4 D4 B5 Presente Fasciculada Ausente Pecuária 26 24 47,40 Argilosa 4,90 4,80 61,90 8,40 2,10 0,10
Diplópode
2.1 Isoptera Ausente Ausente Fasciculada Ausente Pecuária 25 24 67,90 Franco- Argiloarenosa 5,60 2,00 74,77 4,36 1,80 0,06
2.2 Formicidae Ausente Ausente Fasciculada Ausente Pecuária 26 25 183,60 Franco- Argiloarenosa 5,80 1,60 73,47 3,77 2,10 0,27
2.3 Diplópode E7 Ausente Fasciculada Ausente Pecuária 26 25 73,70 Franco- Argiloarenosa 5,10 1,90 42,47 3,65 3,00 0,05
Formicidae
3.1 E2 G2 B7 Ausente Fasciculada Ausente Pecuária 27 28 9,30 Muito Argilosa 4,60 2,10 34,78 2,76 0,80 0,06
Isoptera
3.2 Ausente E2 F2 E2 A5 D7 Ausente Fasciculada Ausente Pecuária 26 27 0,00 Muito Argilosa 5,10 2,20 47,53 3,24 0,80 0,04
3.3 Ausente E4 A5 B6 D6 Ausente Fasciculada Ausente Pecuária 26 26 53,20 Argilosa 4,70 2,40 39,39 4,29 0,80 0,09
C1 C2 A2 B2 E4 D4 G4 B5 C6
4.1 Chilopoda Ausente Fasciculada Ausente Pecuária 23 24 12,70 Muito Argilosa 5,60 2,40 63,38 3,55 1,20 0,05
D6 E6 G6 B7 D7
4.2 Formicidae F1 E3 Ausente Fasciculada Ausente Pecuária 23 24 45,50 Muito Argilosa 5,70 2,30 62,77 3,76 0,80 0,06
4.3 Chilopoda D4 Ausente Fasciculada Ausente Pecuária 23 24 45,30 Muito Argilosa 5,60 2,70 60,56 3,55 1,20 0,05
5.1 Ausente Ausente Ausente Fasciculada Ausente Pecuária 24 24 50,20 Argilosa 5,50 2,50 72,17 5,75 1,20 0,65
5.2 Ausente Ausente Ausente Fasciculada Ausente Pecuária 25 24 109,70 Muito Argilosa 4,50 2,70 39,55 3,97 1,20 0,07
5.3 Ausente Ausente Ausente Fasciculada Ausente Pecuária 25 24 36,40 Muito Argilosa 4,60 2,80 37,50 4,32 0,80 0,22
C1 D1 E1 A2 B2 C2 D3 D3 F3
6.1 Formicidae Presente Fasciculada Presente Pecuária 31 28 27,60 Franco Argilo Arenoso 5,50 2,70 75,17 6,04 6,70 0,34
G3 D4 F4 F5 G5 G6 D6 G1
6.2 Ausente D1 D2 B3 E3 B5 B6 D6 G5 Ausente Fasciculada Ausente Pecuária 33 28 118,70 Franco Argilo Arenoso 5,50 3,10 75,29 6,07 4,30 0,37
Plântulas em todos os Franco Argilo
6.3 Formicidae Ausente Fasciculada Ausente Pecuária 35 32 31,00 5,40 1,70 70,94 4,13 16,00 0,33
quadrados Arenoso
0,38
1.4 Ausente A3 B3 G1 B4 C4 A6 F6 F7 Ausente Fasciculada Presente APP 24 22 255,30 Argilosa 5,20 4,60 78,11 8,68 1,50

B1 E1 G1 A2 C2 E2 G2 F3 D4
2.4 Anelídeo Ausente Pivotante Ausente APP 23 22 170,10 Argila arenosa 4,40 4,00 54,77 10,17 2,10 0,17
E4 F4 F5 B6 F6 E7 F7
C1 G1 B2 C2 D2 E2 A4 A5 B5
2.5 Diplópode Ausente Pivotante Ausente APP 23 22 284,90 Argila arenosa 4,90 5,40 70,31 11,79 2,40 0,29
D5 E5 G5 F6 G6 E7
B1 C1 E1 F1 A3 A4 E4 B5 A6
2.6 Diplópode Ausente Pivotante Ausente APP 22 22 216,00 Franco argilo arenosa 4,30 3,50 47,42 9,70 1,80 0,10
D6 F6 A7 C7 F7
3.4 Coleoptera Ausente Ausente Pivotante Ausente APP 23 23 128,60 Argiloarenosa 5,00 1,90 54,30 3,72 1,20 0,22
Aracnídeos
3.5 D1 D2 D3 Ausente Pivotante Ausente APP 23 22 77,60 Argiloarenosa 5,60 2,00 60,98 4,10 0,80 0,30
Coleoptera
Chilopoda
3.6 Ausente Ausente Pivotante Presente APP 23 22 150,70 Argilosa 5,50 2,90 77,43 8,42 0,80 0,32
Anelídeo
G1 G3 G6 F6 C5 A5 A6 B6 A7
4.4 Coleoptera Ausente Fasciculada Ausente APP 22 23 374,90 Muito argilosa 5,00 5,90 76,47 10,20 33,50 1,30
B7 G7
Aracnídeos C1 C2 C3 D3 E3 F3 E4 D6 A5
4.5 Ausente Fasciculada Ausente APP 21 21 241,00 Argiloarenosa 5,40 2,90 69,85 5,97 2,40 0,17
Anelídeo C7
Aracnídeos
4.6 B4 B5 Ausente Fasciculada Ausente APP 21 21 128,40 Franco argilo arenoso 5,00 3,50 69,15 5,51 3,00 0,11
Anelídeo
Chilopoda Fasciculada/
5.4 A3 C4 C5 D5 Ausente Ausente FE 23 22 198,80 Argilosa 5,20 5,40 75,05 9,22 2,40 0,82
Coleoptera Pivotante
Lepidoptera
5.5 B7 Ausente Fasciculada/ Ausente FE 22 22 600,50 Argilosa 5,30 6,30 85,56 15,24 2,40 0,74
centonpeia
Orthoptera
5.6 D4 Ausente Pivotante Ausente FE 23 22 541,20 Argiloarenosa 5,20 5,90 82,23 14,63 1,50 0,73
Coleoptera
6.4 Diplópode E6 Ausente Fasciculada Ausente FE 24 23 233,90 Franco argilo arenosa 4,90 4,80 71,30 9,06 2,70 0,36
6.5 Anelídeo B2 D5 Ausente Fasciculada Ausente FE 23 23 144,30 Franco argilo arenosa 4,20 5,70 41,71 7,72 7,40 0,62
Franco Argilo
6.6 ausente Ausente Ausente Fasciculada Ausente FE 24 24 368,70 5,10 6,50 72,53 9,83 16,00 0,83
arenosa

72
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sem a necessidade de utilizar os protocolos de coleta da fauna edáfica foi possível
identificar sua presença e correlacionar com a paisagem além de evidencia-se que o tipo de uso
e cobertura da área influencia diretamente sobre processos ambientais que em conjunto acabam
por inferir na ocorrência de organismos no solo. As áreas de pastagens apresentaram números
reduzidos de organismos se comparado as áreas de vegetação natural,
No caso das áreas de pastagens, as condições do solo variou para cada propriedade
permitindo então identificar que as áreas cujo manejo é realizado de forma inadequada
desencadeia impactos negativos sobre o solo. Verificou-se extensões de pastagem elevadas
temperaturas do solo, favorecendo a perda de umidade; extensões sem cobertura vegetal,
contribuindo para perda de partículas do solo favorecendo ocorrência de processos erosivos,
outro ponto observou-se solos expostos sendo demarcados por pisoteio constante, favorecendo
o processo de compactação. No que diz respeito aos aspectos químicos avaliados, os solos da
pecuária apresentaram valores reduzido para Ca, Mg, K, P, C, matéria orgânica e serrapilheira,
além de apresentar acidez baixa. Tais aspectos acabam por influenciar na ocorrência dos
organismos uma vez que estes não encontram suprimentos de nutrientes necessários para seu
desenvolvimento.
Vale salientar que as presenças de organismos no solo favorecem a qualidade e
funcionamento do solo, e quando ausentes existe essa carência de benefícios proporcionada por
estes, inicia-se então um ciclo, quando o ambiente se encontra sob condições de degradação e
manejo inadequado intensifica ainda mais a ausência de organismos e condições precárias do
solo.
Quando comparado os tipos de uso e cobertura do solo as áreas de vegetação natural
sejam elas APPs ou FES apresentam condições distintas as áreas de pastagens. A presença de
cobertura vegetal mais densa e diversidade de espécies tendem a proporcionar condições de
maior proteção contra a radiação solar e impacto das chuvas, resultando em temperaturas do
solo mais amenas, maior retenção da umidade no solo. A análise química também apresentou
acidez reduzida para as áreas, maiores concentrações Ca, Mg, K, P, C, matéria orgânica, além
de grandes quantidades de serrapilheira, disponibilizando assim condições favoráveis para o
desenvolvimento da fauna edáfica.

73
5.1 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
Sugere-se para os trabalhos futuros a classificação das áreas de pastagem e
levantamento de informação por parte do proprietário quanto ao manejo e o tipo de manejo
realizado sobre o terreno. Nas áreas de APPs e FES levantamentos mais aprofundados
quanto ao tipo e qualidade da vegetação que compõem as áreas. Patronizar os horários para
a realização das análises in loco, permitindo então melhor comparação dos dados em uns
determinados horários sem tendências extremas do ângulo de incidência. Ainda sobre a
aferição de temperara, correlacionar estes dados com a temperatura do ar irá contribuir
ainda mais para interpretação e compreensão destes elementos, uma vez que a temperatura
do ar influência sobre a temperatura do solo.
Devido à grande quantidade de material fotográfico, principalmente dos pontos de
observação, o tratamento das imagens em NDVI permitiria melhores interpretações dos
elementos registrados em campo. No que se refere a divulgação do trabalho, através da
educação ambiental enfatizar aos proprietários rurais a importância da fauna edáfica e a
influência da qualidade da área sobre os organismos, utilizando materiais didáticos para
transmitir os resultados obtidos. Para tópico abordado torna-se possível um estudo
aprofundado para cada elemento, permitindo correlações mais profundadas.

74
6. REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICO
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TEIXEIRA, W. et al. Decifrando a Terra – 2ª edição. Companhia Editora Nacional. São Paulo.
2009.

78
7.APÊNDICE
Imagens de coleta Imagens de coleta
Local: Fazenda de Pastagem no entorno da FLONA - Silvânia Goiás Local: Fazenda de Pastagem no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 1_Ponto 1 Parcela 1_Ponto_ 2
Data: 27/09/2018 Hora: 15:59 UTM: 753575 8157556 Altitude: 876m Data: 27/09/2018 Hora: 16:37 UTM: 753571 8157372 Altitude: 878m

Paisagem ao Norte Paisagem ao sul Paisagem ao leste Paisagem ao oeste paisagem ao Norte Paisagem ao Sul Paisagem ao leste Paisagem ao Oeste

Instrumento de observação Gabarito de observação Trincheira 20cm_ solo Instrumento de observação Gabarito de observação Trincheira 20cm_solo
c/ serrapilheira s/serrapilheira compactado c/ serrapilheira s/serrapilheira compactado

Local: Fazenda de Pastagem no entorno da FLONA - Silvânia Goiás Local: Fazenda de Pastagem no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 1_Ponto_3 Parcela 1_Ponto_5_ APP
Data: 28/09/2018 Horário: 09:25 UTM: 753578 8157335 Altitude: 888m Cobertura Natural: Mata de
Data: 28/09/2018 Hora: 09:25 UTM: 753578 8157335 Altitude: 888m
Galeria

Entrada da área da APP ao Paisagem das Copas das


Paisagem ao Norte Paisagem ao sul
Paisagem ao Norte Paisagem ao sul Paisagem ao leste Paisagem ao oeste Leste árvores

Inst. observação c/pouca Gabarito de instrumento Trincheira 20cm_ solo Instrumento de observação Gabarito de instrumento
Fauna edáfica Trincheira 20cm
serrapilheira s/serrapilheira compactado c/ serrapilheira s/serrapilheira
Local: Fazenda de Pastagem no entorno da FLONA - Silvânia Goiás Local: Fazenda de Pastagem no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 2_Ponto 1 Parcela 2_Ponto 1_ APP
Data: 09/10/2018 Hora: 09:15 UTM: 750153 8160760 Altitude: 975m Data: 08/10/2018 Hora: 16:21 UTM: 759686 8160161 Altitude: 931m

Paisagem ao oeste das


Paisagem ao Norte Paisagem ao sul Paisagem ao leste Paisagem ao oeste Paisagem ao Norte Paisagem ao sul Paisagem ao leste
Copas das árvores

Instrumento de observação Gabarito de observação Instrumento de observação Instrumento de observação Instrumento de observação
Trincheira 20cm Fauna edáfica Trincheira 20cm
c/ serrapilheira s/serrapilheira s/serrapilheira c/ serrapilheira s/serrapilheira

Local: Fazenda de Pastagem no entorno da FLONA - Silvânia Goiás Local: Fazenda de Pastagem no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 2_Ponto_ 2 Parcela 2_Ponto_ 2_ APP
Data: 09/10/2018 Hora: 09:56 UTM: 750070 8160683 Altitude: 965m Data: 08/10/2018 Hora: 15:03 UTM: 759733 8160150 Altitude: 936m

Paisagem ao Oeste das


Paisagem ao Norte Paisagem ao Sul Paisagem ao leste Paisagem ao Oeste Paisagem ao Norte Paisagem ao Sul Paisagem ao leste
Copas das árvores

Instrumento de observação Instrumento de observação Instrumento de observação Instrumento de observação Instrumento de observação Instrumento de observação
Trincheira 20cm Trincheira 20cm
c/ serrapilheira s/serrapilheira s/serrapilheira c/ serrapilheira s/serrapilheira s/serrapilheira
Imagens de coleta Imagens de coleta
Local: Fazenda de Pastagem no entorno da FLONA - Silvânia Goiás Local: Fazenda de Pastagem no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 3_Ponto 1 Parcela 3_Ponto 1_ Validação APP
Data: 09/10/2018 Hora: 17:02 UTM: 753100 8157524 Altitude: 883m Data: 09/10/2018 Horário: 15:12 UTM: 753225 8157420 Altitude: 898m

Paisagem ao Norte Paisagem ao sul Paisagem ao leste Paisagem ao oeste Paisagem ao Norte Paisagem ao sul Paisagem ao leste Paisagem ao oeste

Instrumento de observação c/ Instrumento de observação Instrumento de observação c/ Instrumento de observação Instrumento de observação
serrapilheira s/serrapilheira Fauna edáfica Trincheira 20cm serrapilheira s/serrapilheira s/serrapilheira Trincheira 20cm

Local: Fazenda de Pastagem no entorno da FLONA - Silvânia Goiás Local: Fazenda de Pastagem no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 3_Ponto_ 2 Parcela 3_Ponto_ 2_ Validação APP
Data: 09/10/2018 Hora: 17:36 UTM: 753106 8157475 Altitude: 884m Data: 09/10/2018 Hora: 15:50 UTM: 753145 81575228 Altitude: 885m

Paisagem ao Oeste das Copas das


Paisagem ao Norte Paisagem ao Sul Paisagem ao leste Paisagem ao Norte Paisagem ao Sul Paisagem ao leste ávores

Instrumento de observação c/ Instrumento de observação Instrumento de observação c/ Instrumento de observação Instrumento de observação
serrapilheira s/serrapilheira Trincheira 20cm serrapilheira s/serrapilheira s/serrapilheira Trincheira 20cm
Local: Fazenda de Pastagem no entorno da FLONA - Silvânia Goiás Local: Fazenda de Pastagem no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 3_Ponto_3 Parcela 3_Ponto_3_ Validação APP
Data: 09/10/2018 Hora: 18:00 UTM: 753106 8157516 Altitude: 878m Data: 09/10/2018 Hora: 16:28 UTM :753103 8157558 Altitude: 875m

Paisagem ao oeste das Copas


Paisagem ao Norte Paisagem ao sul Paisagem ao leste Paisagem ao oeste Paisagem ao Norte Paisagem ao sul Paisagem ao leste das árvores

Instr. observação c/pouca Gabarito de instrumento Instr. observação c/pouca Gabarito de instrumento
serrapilheira s/serrapilheira Trincheira 20cm serrapilheira s/serrapilheira Fauna edáfica Trincheira 20cm
Local: Fazenda Serrinha - Silvânia Goiás Local: Fazenda Serrinha - Silvânia Goiás
Parcela 5_Ponto 1 Parcela 5_Ponto 1_ APP
Data: 10/10/2018 Hora: 17:33 UTM: 752319 8159227 Altitude: 965m Data: 11/10/2018 Hora: 08:33 UTM: 752358 8158827 Altitude: 955m

Paisagem ao sul Entrada da


Paisagem ao Norte Paisagem ao sul Paisagem ao Leste Paisagem ao Norte APP Paisagem ao leste Paisagem ao oeste

Instrumento de observação c/ Gabarito de observação Instrumento de observação Instrumento de observação c/ Gabarito de observação Instrumento de observação
serrapilheira s/serrapilheira s/serrapilheira Trincheira 20cm serrapilheira s/serrapilheira s/serrapilheira Trincheira 20cm

Local: Fazenda Serrinha - Silvânia Goiás Local: Fazenda Serrinha - Silvânia Goiás
Parcela 5_Ponto_ 2 Parcela 5_Ponto_ 2_ APP
Data: 10/10/2018 Hora: 17:55 UTM: 752333 8159128 Altitude: 961m Data: 11/10/2018 Hora: 09:01 Altitude: 817m UTM: 752511 8158830

Paisagem ao Sul Entrada da Paisagem ao Oeste das copas


Paisagem ao Norte Paisagem ao Sul Paisagem ao leste Paisagem ao Oeste Paisagem ao Norte APP das árvores

Instrumento de observação c/ Gabarito de observação Instrumento de observação Instrumento de observação c/ Gabarito de observação Instrumento de observação
serrapilheira s/serrapilheira s/serrapilheira Trincheira 20cm serrapilheira s/serrapilheira s/serrapilheira Trincheira 20cm
Local: Fazenda Serrinha - Silvânia Goiás Local: Fazenda Serrinha - Silvânia Goiás
Parcela 5_Ponto_3 Parcela 5_Ponto_3_APP
Data: 11/10/2018 Hora: 08:01 UTM: 752299 8158929 Altitude: 958m Data: 11/10/2018 Hora: 09:28 UTM: 752517 8158858 Altitude: 939m

Paisagem ao Norte Paisagem ao sul Paisagem ao Leste Paisagem ao Norte Paisagem ao sul Entrada da APP

Instr. observação c/pouca Gabarito de instrumento Instrumento de observação Instr. observação c/pouca Gabarito de instrumento Instrumento de observação
serrapilheira s/serrapilheira s/serrapilheira Trincheira 20cm serrapilheira s/serrapilheira s/serrapilheira Trincheira 20cm
Local: Fazenda Serrinha - Silvânia Goiás Local: Fazenda Serrinha - Silvânia Goiás
Parcela 6_Ponto 1 Parcela 6_Ponto 1_ APP
Data: 11/10/2018 Hora: 11:32 UTM: 750555 8155182 Altitude: 1010m Data: 11/10/2018 Hora: 13:36 UTM: 750519 8155650 Altitude: 961m

Paisagem ao oeste das copas


Paisagem ao Norte Paisagem ao sul Paisagem ao Leste Paisagem ao Norte Paisagem ao sul das árvores

Instrumento de observação c/ Gabarito de observação Instrumento de observação Instrumento de observação c/ Gabarito de observação Instrumento de observação
serrapilheira s/serrapilheira s/serrapilheira Trincheira 20cm serrapilheira s/serrapilheira s/serrapilheira Trincheira 20cm

Local: Fazenda Serrinha - Silvânia Goiás Local: Fazenda Serrinha - Silvânia Goiás
Parcela 6_Ponto_ 2 Parcela 6_Ponto_ 2_ APP
Data: 11/10/2018 Hora: 12:12 UTM: 753571 8155296 Altitude: 958m Data: 11/10/2018 Hora: 15:15 UTM: 750555 8155635 Altitude: 979m

Paisagem ao oeste das copas


Paisagem ao Norte Paisagem ao Sul Paisagem ao leste Paisagem ao Norte Paisagem ao Sul das árvores

Instrumento de observação c/ Gabarito de observação Instrumento de observação Instrumento de observação c/ Gabarito de observação Instrumento de observação
serrapilheira s/serrapilheira s/serrapilheira Trincheira 20cm serrapilheira s/serrapilheira s/serrapilheira Trincheira 20cm

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