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Goiânia, GO
2019
Bruna Lima Macedo
Goiânia, GO
2019
Bruna Lima Macedo
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________________________
Orientadora Profa. Dra. Andrelisa Santos de Jesus (IESA/UFG)
_____________________________________________________________
Co-orientador Prof. Dr. Carlos de Melo e Silva Neto (UEG)
_____________________________________________________________
Profa. Dra. Ana Paula de Oliveira (IESA/UFG)
(Examinadora)
_____________________________________________________________
Profa. Dra. Hélida Ferreira da Cunha (UEG)
(Examinadora)
Agradecimentos
Agradeço em primeiro lugar a Deus, que me deu forças nos momentos de maior aflição me
proporcionou um dose de animô para fechar mais um ciclo da minha vida.
À minha família, que sempre me deram todo amor e suporte, me incentivando a crescer,
instruindo a ter calma e paciência para com todas as fases que vivencio.
Ao meu psicanalista que deu suporte e compreensão para lidar com uma diversidade de situações
e emoções ao longo de toda essa etapa.
A Universideda Federal de Goiás, que me permitiu ingressar ao ensino público e me tornar uma
profissional de nível superior atraves de uma base de conhecimento e ensino de qualidade.
Agradeço imensamente a Professora Andrelisa Santos de Jesus, que contribuiu para o meu
crescimento ao longo da acadêmia e com muita sabedoria compartilhou seus conhecimentos. Sou
grata pela paciência e disposição em orientar o tranbalho com tanto amor.
Ao professor Carlos de Melo e Silva Neto que orientou e deu suporte ao longo da pesquisa.
Aos professores do Instituto de Estudos SocioAmbientais que tiveram imensa contribuição longo
da minha experiência acadêmica. As professoras Ana Paula de Oliveira e Hélida Ferreira da
Cunha que se dispuseram a compor a banca examinadora e compartilhar desse momento.
Aos colegas Breno Wilson, Lucas Magre que deram apoio e suporte durante a atividade de campo
e laboratório, a Maria José e Evellyn Teles, Breno que compartilharam comigo toda essa
experiência, vivenciando as etapas de construção deste trabalho.
Ao Projeto de Pesquisa Ecológica de Longa Duração -PELD, que devido a sua linha de pesquisa
proporcionou a abordagem da temática sobre a fauna edáfica do solo.
Àqueles que ajudaram de forma direta ou indiretamente para finalização deste trabalho.
RESUMO
Figura 9- Cobertura do solo das paisagens amostradas; Parcela 1, Pastagem (a); Parcela
1, Área de Preservação Permanente (b); Parcela 2, Pastagem (c); Parcela 2, Floresta
Estacional Semidecidual (d); Parcela 3, Pastagem (e), Parcela 3, Área de Preservação
Permanente (f); Parcela 4, Pastagem (g) ; Parcela 4, Estacional Semidecidual (h); Parcela
5, Pastagem (i); Parcela 5, Estacional Semidecidual (j); Parcela 6, Pastagem (k); Parcela
6, Estacional Semidecidual (l)............................................................................................ 31
Figura 10- Gráficos da temperatura média das áreas amostradas; (a) Temperatura média
da parcela 1; (b) Temperatura média da parcela 2; (c) Temperatura média da parcela 3;
(d) Temperatura média da parcela 4; (e) Temperatura média da parcela 5; (f) Temperatura
média da parcela 6. (FE) Floresta Estacional Semidecidual, (APP) Área de Preservação
Permanente; (PEC) Pecuária ............................................................................................... 33
Figura 11– Peso da serapilheira por ponto de amostragem. (PEC) Pecuária, (APP) Área
de Preservação Permanente,(FE) Floresta Estacional Semidecidual
.............................................................................................................................................. 36
Figura 12 – Gráfico de Média da Serrapilheira e Desvio padrão por uso e cobertura do
solo...................................................................................................................................... 37
Figura 13- Média e desvio padrão do pH nas áreas de pecuária (PEC), Áreas de
Preservação Permanente (APP) e Floresta Estacional Semidecidual (FES)
............................................................................................................................................. 53
Figura 14- Média e desvio padrão das concentrações de cálcio e magnésio nas áreas
amostradas (a); Média e desvio padrão da acidez potencial (Al+H) nas áreas amostradas
(b), Média e desvio padrão das concentrações de fósforo nas áreas amostradas (c); Média
e desvio padrão das concentrações de potássio nas áreas amostradas. Pecuária (PEC), Área
de Preservação Permanente (APP), Floresta Estacional Semidecidual
(FES).................................................................................................................................... 56
Figura 15- Média e desvio padrão das concentrações das concentrações dos elementos
minerais cálcio, magnésio e fósforo (a); Média e desvio padrão das concentrações de
carbono nas áreas amostradas (b), Média e desvio padrão das concentrações de zinco nas
áreas amostradas (c); Média e desvio padrão das concentrações de matéria orgânica nas
áreas amostradas. Pecuária (PEC), Área de Preservação Permanente (APP), Floresta
Estacional Semidecidual
(FES).................................................................................................................................... 59
Figura 16– Média e desvio padrão da saturação por base nas áreas amostradas (a); Média
e desvio padrão da saturação por alumínio nas áreas amostradas (b), Média e desvio
padrão da capacidade catiônica nas áreas amostradas (c); Média e desvio padrão dos
elementos minerais com capacidade de troca catiônica nas áreas amostradas. Pecuária
(PEC), Área de Preservação Permanente (APP), Floresta Estacional Semidecidual 61
(FES)....................................................................................................................................
Figura 18 –Mapa de unidade geológica (a), mapa de geomorfologia (b), mapa de solos
(c), mapa de altimetria (d), mapa de declividade (e), mapa de orientação das vertentes (f),
mapa de temperaturas da superfície (g), mapa carta imagem (h); mapa de uso do solo
(i)......................................................................................................................................... 67
Figura 19 - Gráfico das temperaturas do solo nas áreas de pastagem e vegetação natural
amostradas............................................................................................................................
68
Figura 20- Percentual da declividade e relevo nos pontos amostrados (a), Percentual da
altimetria nos pontos amostrado
(b)......................................................................................................................................... 69
Tabela 10- Atividade da fauna edáfica e demais características das áreas de pastagem........ 65
Tabela 11- Atividade da fauna edáfica e demais características das áreas de vegetação
natural...................................................................................................................................... 66
10
ecossistemas brasileiros já alcançou grandes dimensões, sendo consequentes as formações de
cultivos agrícolas, pastagens ou expansão de áreas urbanas. Tendo em vista a problemática
abordada pelo estudo, este é investigado a partir do levantamento da seguinte hipótese:
Acredita-se que com a implantação de pastagem exista uma alteração no dossel de cobertura do
solo e na incorporação de biomassa que pode influenciar na infiltração, retenção de umidade e
na variação de temperatura afetando a fauna edáfica local. Essa interferência pode-se acentuar
no contexto de pastagens mal manejadas e como consequência resultar na degradação do solo
O objetivo geral do trabalho tem como finalidade a avaliar a fauna edáfica como indicador
de degradação do solo em áreas de pastagem. Dentre os objetivos específicos contemplados são
identificar indicadores de degradação da fauna edáfica predominantes em pastagem;
correlacionar os parâmetros físicos, químicos do solo com a presença e ausência da fauna
edáfica e analisar possíveis impactos de práticas da pecuária sobre a fauna edáfica.
Ainda se tem um conhecimento muito restrito quanto a diversidade de organismos e seu
biofuncionamento, fazendo com que a fauna edáfica do solo se enquadre a uma fronteira da
ciência, apresentando grandes desafios (GARDI et al., 2014). Ao considerar a correlação e
influência da biota do solo sobre os diversos sistemas ambientais, estudos científicos vêm sendo
ampliados, com a finalidade de aprofundar os conhecimentos sobre os organismos, antes que
os mesmos se percam. Para Lepsch (2011) o solo apresenta grande riqueza sendo descrito como
um reservatório de biodiversidade por conter diversos grupos de organismos que apresentam
ligações com o solo ao longo do seu ciclo de vida.
Quando se trata da fauna do solo, aspecto importantes precisam ser considerados quanto
à fragilidade dos organismos ali presente, principalmente em detrimento de alterações, ou seja,
processos de antropização e alteração da paisagem natural têm influência direta sobre esse
sistema. Antoniolli et al. (2006) salienta o quão vulnerável a população da fauna edáfica se
encontra a mudanças da cobertura vegetal e atividades culturais, são alterações no solo que
seguem interferindo diretamente sobre as espécies.
A partir do momento que estudos vão sendo desenvolvidos e disseminados nessa área,
tem se então a compreensão quanto a importância de aderir alternativas que viabilizem/
assegurem a conservação da fauna. Permitindo então a aquisição do conhecimento científico
por parte dos proprietários, para que os mesmos busquem desenvolver um manejo ecológico e
sustentável deste solo. Segundo Primavesi (2002) a circunstância em que o mundo se encontra
poderia ser revestida caso o manejo desenvolvido respeitasse as leis naturais, entretanto
para se desenvolver um bom manejo precisa-se conhecer tais leis. Contudo o seguinte
11
estudo se sustenta com a finalidade de compreender os processos pela qual a fauna edáfica está
inserido e associa-las como bioindicadores de solos degradados, para que então seja possível
tomar as medidas mais adequadas para garantir o desenvolvimento da vida no solo.
12
2 EMBASAMENTO TEÓRICO
2.1 SOLOS
Para Lepsch (2011) como consequência de um conjunto de fatores determinantes de
formação, tais como clima, relevo, organismos, material de origem e tempo, origina-se o solo.
Sendo este elemento constituído por horizontes e caracterizados sobre diversas formas (Figura
1).
13
de organismos. Fatores determinantes como a presença de vida é consagrador para que este
recurso seja considerado em sua essência como solo.
A biota do solo apresenta efeito direto em vários processos que ocorrem no
ecossistema, particularmente naqueles relacionados a ciclagem de nutrientes e de estrutura do
solo (BALOTA, 2017). O autor ainda afirma que afirma que o papel mais importante da fauna
do solo é acelerar a degradação dos resíduos orgânicos através da fragmentação destes e
misturá-los ao solo, contribuir no aumento da agregação das partículas e atuar como predadores
de microrganismos.
14
organismos presentes na microfauna, correspondendo a animais microscópicos (nematóides,
rotíferos e tardígrados) presentes em partículas bem pequenas de água contida no solo.
14
está na deposição de excreções que tem influência sobre a estrutura e fertilidade. Alguns
exemplos desses indivíduos são destacados por BROWN (2015), destacando organismos
maiores como os ácaros (Acari), colêmbolos (Collembola), diplura, protura, enquitreídeos,
sínfilos, pseudo-escorpiões e outros animais (como micro-coleópteros, formigas e outros
pequenos animais que geralmente são considerados na macrofauna) que se alimentam
principalmente de matéria orgânica em decomposição, fungos e outros organismos menores
(especialmente nematóides e protozoários).
Swift et al (1979) reafirma está importância da macrofauna ao destacar que fauna do solo,
particularmente a macrofauna, exerce um papel fundamental na fragmentação dos resíduos
vegetais e na regulação indireta dos processos biológicos do solo, estabelecendo interações em
diferentes níveis com os microrganismos
Com um enfoque na biota do solo, a fauna se expressa de forma primordial, capaz de
influenciar incisivamente nas características e funcionalidade do solo, CRAGG et al. (2001)
destaca a consistência do conjunto de organismos, correspondendo a fatores correlacionados,
ou seja, o equilíbrio natural entre a microfauna proporcionando a seleção dos organismos,
juntamente com a decomposição da matéria orgânica influenciando na disponibilidade de
minerais para a fora local desempenhada pela macrofauna. Os microrganismos apresentam uma
imensa diversidade genética e desempenham funções únicas e cruciais na manutenção de
ecossistemas, como componentes fundamentais de cadeias alimentares e ciclos biogeoquímicos
(CANHOS et. al, 1998).
Contudo, os organismos têm influencias marcantes sobre o solo, estas podem ser
desencadeadas de forma direta, através de alteração da forragem e condições do solo (umidade,
temperatura, nutrientes disponíveis, Ph), ou até mesmo indiretamente, por meio da interação
da comunidade microbiana. Os organismos da fauna edáfica são capazes, ainda, de modificar
as características físicas, químicas e biológicas do solo, constituindo-se em componentes
importantes para a avaliação da organização e funcionamento do mesmo (STEFFEN et al.
2007). Quando se trata dos organismos do solo, em especial sobre o desempenho da
macrofauna, Swift et al (1979) afirma que as espécies que compõem esse grupo atuam sobre a
fragmentação dos diversos resíduos presente no solo, e indiretamente é capaz de regular os
processos biológicos que ocorrem internamente, sendo assim encontra-se conectada com a
diversa biota do solo.
Quando Gonzalez et al (2001) menciona a sensibilidade dos organismos quanto
alteração da forragem, Primavesi (2014) contempla a ideia ao destacar a importância da
15
diversidade da flora sobre a fauna edáfica, quanto maior for a presença de plantas diversas no
solo, maior será a presença do micro e mesossseres do solo. Mesmo diante da sua extrema
funcionalidade e importância para o solo, a fauna encontra-se comprometida devido à grande
fragilidade mediante as alterações, Lavelle et al (1993) afirma que a fauna edáfica é fortemente
influenciada pela ação antrópica que pode modificar consideravelmente a abundância e a
diversidade da comunidade, principalmente pela perturbação do ambiente físico e pela
modificação da quantidade e qualidade de matéria orgânica.
A fauna do solo mostra-se sensível a modificações ocorridas no ambiente, tanto as
biológicas, físicas e químicas, como resultantes das práticas de manejo do solo e de cultivo
empregadas. Dependendo do tipo e intensidade do impacto promovido ao ambiente, tais
práticas podem ter efeitos sobre determinadas populações, ou seja, podem aumentar diminuir
ou não influir na diversidade de organismos edáficos (BARETTA, et al 2011)
Um destaque importe quanto alterações antrópicas e usos diversos do solo são
ressaltados por Baretta, et al (2011) expressando a interferência de alterações no ecossistema
desencadeando um desequilíbrio na distribuição da fauna do solo. O autor destaca a relação
direta entre a disponibilidade de alimentos e as interações ecológicos, ou seja, conforme ocorre
alterações na oferta de nutrientes consequentemente as interações ecológicas intra e
interespecíficas sobrem modificações. De acordo com Primavesi (2014) considerando
primordialmente os solos tropicais, destaca a importância do cuidado com estes solos com o
intuito de protegê-los contra os impactos da água da chuva e aquecimento excessivo da
superfície, a fim de preservar/ dispor de matéria orgânica capaz de nutrir 20 milhões de
microrganismos.
Segundo Primavesi (2016) dentre os diversos benefícios da presença de matéria
orgânica está a proteção da superfície do solo; a nutrição dos micro-organismos, que através de
suas ações mobilizam nutrientes para as plantas permitindo então que estas tenham
disponibilidade e obtenham nutrientes para sua formação e desenvolvimento; além desta função
desempenhada pela fauna edáfica, está também atua sobre a matéria orgânica tendo
influenciando na agregação das partículas do solo, na entrada de ar, água e retenção da água.
Entretanto, os solos e seus organismos podem ser afetados pela maneira como o
homem cuida deste recurso natural. A atividade agrícola predatória, o desmatamento
exacerbado, a poluição e as mudanças globais podem ter feitos deletérios sobre a biodiversidade
e os processos ecológicos do solo, com consequências nefastas para o homem e o seu ambiente.
16
Araújo et al (2012) considera principalmente a composição natural do solo como
elemento condicionante para determinar o manejo a serem implantado, além da extensão pela
qual o uso ocupará, correlacionando então estes elementos com as práticas intervencionistas
aplicadas pelo ser humano. Considerando a fauna edáfica que compõem o ecossistema do solo
e sua sensibilidade a alterações ambientais, Baretta et al (2006) infere esta sensibilidade a
modificações no ambiente, cuja natureza pode ser física, química, ou biológica, sendo possível
determinar a qualidade do solo com base nesses indicadores, considerando estes elementos
diretamente ligados ao sistema de manejo. Indicadores de qualidade do solo são propriedades
mensuráveis (quantitativas ou qualitativas) do solo ou da planta acerca de um processo ou
atividade e que permitem caracterizar, avaliar e acompanhar as alterações ocorridas num dado
ecossistema.
18
3. MATERIAIS E MÉTODOS
O presente estudo teve como foco propriedades rurais com pastagens localizadas no
entorno da Floresta Nacional de Silvânia, no município de Silvânia (Figura 2) o mapa conta
com a espacialização de todas as parcelas amostradas e seus respectivos pontos distribuídos nas
áreas de pastagens predominantes a montante da área urbana na porção sudeste e menores
concentrações na porção sul e norte.
19
METODOLOGIA
Carta Imagem
Registro Fotográfico do Secagem/Pesagem Das
Declividade/ Altimetria
instrumento de observação Amostras de Serapilheira
Uso do solo
• Laboratório Ecoflor -UFG
Temperatura de Superfícies
Preenchimento do formulário • Laboratório de Alometria
Esboço de Solos
Florestal - UFG
Orientação das vertentes
Preparativo dos Aferição de temperatura
Elaboração de Banco de
materiais para Campo dados
Registro de evidência de
Elaboração do formulário atividades biológicas/fauna
Espacialização dos pontos
de registro edáfica, riqueza de amostrados em campo
indivíduos , bioporos,
Construção do Instrumento fungos, plântulas e raízes.
Tratamento Estatístico dos
e Gabarito de Observação
Coleta de amostras de solo dados
Criação do checklist das e serapilheira
ferramentas e etapas in loco Correlação dos parâmetros
Acondicionamento e avaliados
Adquirição e
etiquetagem das amostras Solo
Organização do kit de
ferramentas para campo Temperatura
Abertura da mini trincheira Fauna edáfica
Treinamento com a equipe Serrapilheira
Armazenamento dos dados Parâmetros do meio Físico
de campo
coletados diariamente em
Visita de cada ponto de amostragem
reconhecimento da área
de estudo
20
em avaliar os elementos que compõem a paisagem sobre uma perspectiva pedológica, por meio
da avaliação in loco, analisando a biodiversidade do solo, ou seja, presença ou ausência de
fauna, bioporos fungos, plântulas e raízes. Após a definição metodológica selecionou-se as
áreas de interesse, sendo estas denominadas de parcelas, caracterizando então seis propriedades
rurais no entorno da FLONA, inserida no município de Silvânia- GO, cujo uso do solo é voltado
para atividade pecuária.
Para a seleção das áreas de pastagem foram priorizadas as áreas de pastagem no entono
da FLONA, principalmente aquelas que apresentavam fácil acesso e logística para o
desenvolvimento da atividade. Com a finalidade de uma melhor compreensão e integralização
a respeito dos elementos que compõem a paisagem, desenvolveu-se um banco de dados
cartográficos (carta imagem declividade, altimetria, uso do solo, temperatura de superfícies,
esboço de solos, orientação das vertentes), proporcionando um conhecimento aprofundamento
da área de estudo.
21
Figura 4- Formulário de Registo de campo.
22
X10 cXX X 1
X 4
X X 7
A B C D E F G
70 cm
23
Carlos de Melo de Silva Neto.
Foram realizadas avaliações nas áreas especificas de estudo, dentre elas, a Floresta
Nacional de Silvânia e propriedades rurais no entorno da FLONA voltadas para uso agrícola e
pecuário. A campanha de campo contou com atividades diárias, cuja duração contabilizou sete
dias, sendo realizados entre as datas 24 a 26/09 e 08 a 11/10, apresentando índices de precipitação
no segundo período de campanha.
O levantamento in loco consistiu na seleção de 6 pontos de amostragens em cada parcela,
estabelecendo 3 pontos no uso pecuário e 3 na área de vegetação natural (Área de Preservação
Permanente – APP e Floresta Estaciona Semidecidual - FES), variando entre 50 e 100 metros a
distância de cada ponto, consequente ao tamanho da área. As áreas de vegetação natural
correspondem a validações, permitindo assim obtenção de valores referenciais para o estudo. As
coletas dos dados foram realizadas nos horários entre 8 e 19 h, em algumas parcelas houve divisão
das atividades entre dois dias.
Após as medições e seleção da área de amostragem o gabarito de observação é lançado
de forma aleatória sobre o solo sem que haja escolha do ponto por parte do lançador.
Sequencialmente o instrumento de observação é alocado sob o gabarito, e realiza-se os registros
das coordenadas com o auxílio do GPS e registros fotográficos com a câmera digital. O
preenchimento do formulário de campo inicia-se em conjunto com a análise dos pontos, sendo
transcritos todas as informações levantadas em campo (caracterização da área e análise do ponto
específico em que se encontra o instrumento de observação).
No primeiro momento realiza-se a aferição da temperatura Figura 6 (b) em 5 quadrantes
demarcados no instrumento, nos horizontes superficiais do solo e a uma profundidade de 20
centímetros, As medições foram realizadas através de um termômetro digital no formato de espeto,
com haste de penetração de aço inox à prova d’agua, garantindo assim medições mais precisas, e
o cabo é composto por material plástico ABS. Conseguinte inicia-se a observação de alguns
elementos presentes na área de amostragem do instrumento como observado na Figura 6 (c), sendo
estes elementos: presença e ausência de fauna, plântulas, bioporos e raízes, seguindo como
referência o manual do solo vivo (PRIMAVESI, 2009), e para avaliação do cheiro baseou-se na
Cartilha de inspeção do solo (PRIMAVESI, 2009).
Após todos os registros serem transcritos no formulário, retira-se o gabarito de
observação permanecendo apenas o gabarito base, possibilitando assim a demarcação do ponto
amostrado e coleta da amostra de serapilheira com a assistência do rastelo e luvas Figura 6 (d).
Posteriormente para coleta de solo retira-se totalmente a serapilheira do ponto exato a ser tradado,
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com auxílio da enxada e a coleta das amostras deformadas de solo são perpetradas a 20 cm de
profundidade com trado manual Figura 6 (e). A seleção da profundidade para coleta de solo se dá
através da caracterização pelo acumulo de matéria orgânica e elevada atividade biológica.
Por fim, a última etapa contou com a manipulação da mini enxada para abertura (Figura
6 (f)) da mini trincheira de 20 centímetros Figura 6 (g), permitindo assim avaliar com maior
presteza a detecção de raízes, bioporos, e fauna edáfica. Nessa etapa foram coletadas amostras
indeformadas de solo Figura 6 (h) conforme para análises morfológicas. Após todos os processos
a trincheira e ponto de tradagem foram recobertos por solo e a área de amostragem coberta por
serapilheira, mantendo ao máximo a integridade do ambiente antes das coletas.
Todas as amostras coletas em campo foram armazenadas em sacos plásticos e etiquetadas
adequadamente com informações referente ao número da parcela, ponto, e tipo de uso e cobertura
do solo amostrado e acondicionadas em caixas de isopor para posteriormente serem encaminhadas
aos laboratórios específicos.
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(a) (b)
(c) (d)
(e) (f)
(g) (h)
Figura 6- Etapas desenvolvidas na campanha de campo. (a) Instrumentos utilizados em campo; (b)
Medição da temperatura do solo; (c) Observação da fauna edáfica e registros da área amostrada; (d)
Tradagem para coleta de amostra deformadas de solo; (e) Coleta das amostras de serapilheira; (f) Abertura
da mini trincheira; (g) Mini trincheira a 20 cm de profundidade; (h) Amostra indeformada de solo.
26
4.3 ANÁLISES LABORATORIAIS
Todas as amostras de solo e serrapilheira coletadas em campo foram triadas e
acondicionadas no Núcleo de Solos do Laboratório de Análise da Atmosfera e da Paisagem do
IESA para serem direcionadas aos laboratórios correspondentes as análises necessárias, sendo
estas as análises químicas e físicas para amostras de solo e para as amostras de serapilheira a
pesagem e secagem.
As amostras deformadas de solo foram encaminhadas para o laboratório credenciado pela
EMBRAPA Solocria. Ao todo foram analisadas a química e textura de 34 amostras. As análises
químicas contemplaram ph, potássio, cálcio, fosforo, magnésio, matéria orgânica, carbono, zinco,
alumínio e hidrogênio, conforme os métodos adota pela Embrapa (normas técnicas da
EMBRAPA). Para as análises físicas foram determinadas as granulometrias, apresentando o
percentual da fração argila, silte e areia para cada solo amostrado.
As amostras de serapilheiras foram destinadas ao Laboratórios de Alometria e Inventário
Florestal e Laboratório de Ecologia Florestal – Ecoflor da Universidade Federal de Goiás- UFG,
para o processo de secagem e pesagem das amostras (Figura 7) com base na metodologia de Lima
et al. (2015).
27
(Figura 8 (a)), avaliando as propriedades referente a estrutura, poros, textura, cor, presença de
cascalho, consistência, seguindo como referência o Manual Técnico de Pedologia (IBGE, 2007).
Para a classificação da textura contamos com o conjunto de dados obtidos através da análise física,
em que foram apresentados a granulometria, sendo estes dados lançados no triângulo textural
Figura 8 (b), permitindo então sua classificação. A classificação da cor do solo se deu através do
Sistema Munsell de cores (MUNSELL SOIL COLOR COMPANY, 1950) .
(a) (b)
Figura 8- Material de referência e análise morfológica dos solos. Amostras indeformadas de solo para análise (a)
morfológica; Triângulo textural (b) Fonte: IBGE, 2007).
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
29
interior da floresta estacional, registrou-se a presença de vegetação densa, com árvores de grande
e pequeno porte, além de cipós e grande quantidade de cobertura vegetal.
Na Figura 9 (i) apresenta características semelhantes as pastagens anteriores quanto a
predominância de vegetação verde e menores percentuais de extensões com cobertura seca, além
de alguns pontos com solo exposto e presença de cupinzeiro em quantidades sucintas. A área da
floresta estacional da parcela 5 representada na Figura 9 (j), apresenta árvores espaçadas, de grande
porte, com espessuras pequenas e médias.
A Figura 9 (k) representa uma das pastagens com característica distintas, uma vez que
apresenta cobertura vegetal predominantemente verde, mas porções consideráveis de vegetação
seca. Por toda a extensão nota-se variações da altura da vegetação, sendo o entrono composta por
forragem pequena e áreas sem cobertura mescladas com forragens grandes, ressaltando a
probabilidade de não ser pastado a um tempo. A floresta estacional representada na Figura 9 (l), é
comporta por arvores de grande e pequeno porte, compondo uma densidade média de arvores e
grande quantidade de rochas e fragmentos rochoso.
30
(a) (b) (c) (d)
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4.2TEMPERATURA
Considerando a temperatura do solo um elemento de grande influência sobre os processos
físicos, químicos e biológicos do solo, as medições foram feitas sob as pastagens e áreas de
vegetação natural sob condições diversas. As medições foram aferidas em superfície e a 20 cm de
profundidade, observando queda da temperatura em profundidade, predominância de temperaturas
amenas em coberturas naturais, e horários no período da manhã e fim da tarde apresentaram
menores temperaturas, como contemplado nos gráficos da Figura 10.
A Figura 10 (a) apresenta temperaturas superficiais maiores que as registradas em
profundidade, sendo essas variações maiores no período da tarde. Observa-se em determinado
horários do dia (9:25) há uma queda das temperaturas e aproximação das temperaturas na área de
pastagem. Nota-se que os solos na área de pastagem apresentam temperaturas mais elevadas que
no solo da APP, e as medição superficial e profunda são próximas, em média 2°C de diferença.
As variações podem estar associadas a fatores externos como a presença da cobertura
vegetal que protejo o solo uma vez que infere diretamente sobre as variações térmicas e intensidade
da radiação solar ao longo do perfil do solo (PEREIRA et al. 2007). Outro fator de influência
destacado pelos autores é a temperatura do ar, sendo está condicionada pelo balanço de energia na
superfície. Alguns fatores como a cobertura do terreno resultam em alterações no balanço
energético e consequentemente variações da temperatura do ar.
Ou seja, os pontos amostrados (pastagem, área de preservação permanente e floresta
estacional) apresentam balanços energéticos distintos decorrente do tipo de cobertura do solo,
apresentando assim uma influência direta sobre a temperatura do ar e, por conseguinte sendo
fatores determinantes nas variações de temperatura no solo. Os horários das medições quando
associados as variações dos ângulos de incidência dos raios solares ao longo do dia, também pode
ser um fator determinante nas variações da temperatura.
As temperaturas representadas na Figura 10 (b) segue o mesmo padrão da parcela
anterior, onde as medições na área de pastagem são maiores que na APP, entretanto as
temperaturas superficiais e profundas apresentam valores aproximados. Nota-se na área de
vegetação natural temperaturas praticamente iguais, certamente situação proveniente do horário
da medição, fim de tarde (17:03), com menor incidência de radiação, resfriamento da superfície
do solo. Na Figura 10 (c) as temperaturas em profundidade são maiores que as superficiais para
as áreas de pastagem, no período da tarde entre os horários (17 às 18 h). Observa-se que os valores
apresentam uma inversão dos registros anteriores, devido as maiores temperaturas estarem
associadas a profundidade de 20 cm.
32
Temperatura Média – Parcela 1 Temperatura Média – Parcela 2
40 40
GRAUS CELSIUS ° C
GRAUS CELSIUS ° C
Superfície Superfície
35 35
20 cm 20 cm
30 30
25 25
20 20
15 15
10 10
PONTO 1 PONTO 2 PONTO 3 PONTO 4 PONTO 1 PONTO 2 PONTO 3 PONTO 1 PONTO 2 PONTO 3
PEC PEC PEC APP PEC PEC PEC APP APP APP
15:49 h 16:37 h 09:25 h 17:01 h 09:14 h 09:46 h 10:24 h 10:24 h 17:03 h 17:51 h
PONTOS E HORAS PONTOS E HORAS
(a) (b)
GRAUS CELSIUS ° C
GRAUS CELSIUS ° C
Superfície Superfície
35 35
20 cm 20 cm
30 30
25 25
20 20
15 15
10 10
PONTO 1 PONTO 2 PONTO 3 PONTO 1 PONTO 2 PONTO 3 PONTO 1 PONTO 2 PONTO 3 PONTO 1 PONTO 2 PONTO 3
PEC PEC PEC APP APP APP PEC PEC PEC APP APP APP
17:02 h 17:36 h 18:00 h 15:12 h 15:50 h 16:28 h 08:22 h 08:54 h 09:20 h 09:30 h 10:29 h 11:07 h
PONTOS E HORAS PONTOS E HORAS
(c) (d)
GRAUS CELSIUS ° C
GRAUS CELSIUS ° C
Superfície Superfície
35 35
20 cm 20 cm
30 30
25 25
20 20
15 15
10 10
PONTO 1 PONTO 2 PONTO 3 PONTO 1 PONTO 2 PONTO 3 PONTO 1 PONTO 2 PONTO 3 PONTO 1 PONTO 2 PONTO 3
PEC PEC PEC FES FES FES PEC PEC PEC FES FES FES
17:33 h 17:55 h 08:01 h 08:33 h 09:01 h 09:28 h 11:32 h 12:12 h 12:54 h 13:36 h 14:15 h 14:51 h
PONTOS E HORAS PONTOS E HORAS
(e) (f)
Figura 10- Gráficos da temperatura média das áreas amostradas; (a) Temperatura média da parcela 1; (b) Temperatura média da parcela
2; (c) Temperatura média da parcela 3; (d) Temperatura média da parcela 4; (e) Temperatura média da parcela 5; (f) Temperatura média
da parcela 6. (FE) Floresta Estacional Semidecidual, (APP) Área de Preservação Permanente; (PEC) Pecuária.
33
Entretanto os resultados sofrem influência do processo de precipitação pluviométrica
na área, horas antes dos levantamentos. Consequentemente a umidade altera o fluxo térmico da
superfície e gradativamente as camadas mais profundas vão se resfriando. Segundo Carneiro et
al. (2013) é importante ressaltar que as características físicas do solo e a variação temporal de
suas trocas de calor e água com o subsolo e com a atmosfera determinam preponderantemente
os seus perfis de temperatura e umidade, observados no ponto amostrado.
Verifica-se na Figura 10 (d) variações de 1º a 2º C entre as temperaturas, sendo a
profunda de maior valor para a área de pastagem, enquanto na APP as variações são mínimas e
ao longo dos pontos as temperaturas se igualam. O cenário é marcado pela ocorrência de
precipitação pluviométrica na região no dia em que foram realizadas as aferições, alterando a
umidade do solo e consequentemente reduzindo a temperatura superficial. Conforme o tempo
se passa a água se infiltra nas camadas mais profundas do solo, aumenta a umidade e, por
conseguinte reduzindo a temperatura, igualando os valores ao longo do perfil do solo, como é
observado na área de APP.
O gráfico representado na Figura 10 (e) apresenta pequenas variações entre as
temperaturas superficiais e a 20 centímetros. Na área de pastagem as medições realizadas no
fim da tarde apontam temperaturas semelhantes para o ponto 1 e variações mínimas das
temperaturas nos demais pontos da pastagem. Nota-se uma redução das temperaturas na área
de APP quando comparada a pastagem, e valores aproximados no período da manhã e um
aumento da temperatura e das variações ao longo das horas.
Na Figura 10 (f) nota-se uma variação das temperaturas superficiais e profundas, sendo
todas as superficiais acima de 30°C, e os maiores registros às 14:54 horas, decorrente do ângulo
de incidências dos raios, direcionados para superfície. Nas áreas de vegetação natural nota-se
uma redução extrema da temperatura, onde apenas o primeiro ponto apresenta temperaturas
acima de 25°C, posteriormente os valores se igualam conforme os horários vão se passando.
As propriedade térmicas do solo apresenta influencia diretamente sobre o crescimento e
desenvolvimento da vegetação, processos físicos e químicos no solo, atividades biológicas,
sendo então necessário condições de temperatura adequada para o desenvolvimento desses
processos, e quando alterada compromete todo o sistema , Primavesi, (2009) ressalta a
importância da cobertura do solo contra a radiação solar direta e excessiva, e impactos das
gostas da chuva, principalmente para os solos tropicais, por comprometer seu funcionamento.
Na parcela 1 as temperaturas médias superficiais no pasto apresentaram 29ºC, e em
profundidade 26ºC, enquanto na APP os valores foram 24ºC e 22ºC respectivamente.
34
A temperatura superficial apresentada na parcela 2, na área de pastagem corresponde a
25,6ºC e quando profunda 24,6ºC, na área da APP as temperaturas são 22,6ºC superficial e 22ºC
a 20 cm. Temperaturas diferentes são observadas na pastagem da parcela 3, uma vez que a
temperatura superficial é de 26,3ºC e profunda 27ºC, na APP os padrões de temperatura
retornam, superfície com 23ºC e quando profunda 22,3ºC.
O mesmo cenário na pastagem da parcela anterior é observado na parcela 4, onde a
temperatura superficial conta com 23ºC e 24º C em profundidade, e APP com 21,3ºC e em
profundidade com 21,6ºC. A parcela 5 apresenta 24,6ºC na superfície do pasto e 24ºC quando
aferidas em profundidade, o fragmento florestal apresenta respectivamente 22,6ºC e 22ºC. As
maiores médias são destacadas na parcela 6, na pecuária as temperaturas médias superficiais
alcançaram 33ºC e em profundidade 29,3ºC e no fragmento florestal os valores respectivos são
de 23,6ºC e 23,3ºC.
4.3 SERRAPILHEIRA
Considerando a serapilheira um elemento de extrema importância para o
desenvolvimento da fauna edáfica, nota-se através dos dados apresentado na Figura 11, o peso
da serapilheira para as parcelas de vegetação natural e pastagem. As áreas de pastagem
apresentam valores semelhantes quanto ao peso da serrapilheira, nota-se pesos inferiores a 100
g para a maioria das parcelas, enquanto a maioria das áreas de vegetação naturais se destacam
pela presença de serrapilheira, apresentando peso médio de 256g.
Para as áreas de amostragem da pastagem, as parcelas 2 ,5 e 6 correspondem aos 16,5%
que apresentam pontos com peso superior a 100g. O maior valor apresentado no gráfico é de
183,60g de serapilheira representado na parcela 2. Pesos expressivos, superiores a 50g são
observados para todos os pontos desta parcela, destacando-a como a pastagem de melhor
resultado apresentado para serapilheira. As parcelas 5 e 6 também compõem o percentual de
pesos superiores, sendo ambas responsáveis por apresentar pontos cujos pesos são variáveis
entre 20g a 120g, destacando-os como pastagens medianas quanto a serapilheira.
A diferença dos cenários pode estar associada a condição em que se encontram as
coberturas vegetais de cada parcela, a parcela 2 apresentou pastagens conservadas, enquanto
notou-se uma variação para as parcelas 5 e 6, decorrentes de pequenas extensões de solos sem
cobertura, vegetação seca e verde, elementos estes que interferem na qualidade do solo,
consequentemente da cobertura vegetal, resultado em valores inferiores de serapilheira.
35
Serrapilheira
600,00
500,00
400,00
Peso (g)
300,00
200,00
100,00
0,00
PEC 1 APP 1 PEC 2 APP 2 PEC 3 APP 3 PEC 4 APP 4 PEC 5 FES 5 PEC 6 FES 6
Áreas de Amostragem
Figura 11– Peso da serapilheira por ponto de amostragem. (PEC) Pecuária, (APP) Área de Preservação
Permanente, (FE) Floresta Estacional Semidecidual
300
250
200
150
100
50
0
Área de Preservação Floresta Estacional Pecuária
Permanente Semidecidual
Uso e cobertura do solo
Figura 12 – Gráfico de Média da Serrapilheira e Desvio padrão por uso e cobertura do solo.
37
Bruno-Avermelhado escuro (2.5YR 3/4) quando úmidas, e reproduzem as mesmas colorações
quando úmida amassada. As texturas correspondentes são argilosas e quanto a coesão, o solo
se apresentaram fortemente coesos em todos os pontos amostrados. Ao avaliar a consistência
seca, os pontos 1 e 2 apresentaram fraca resistência a pressão sendo classificados como
ligeiramente dura, e para o ponto 3 sob uma pressão leve os torrões apresentam fraca resistência
e elevada fragilidade, caracterizando-os com consistência macia. Quando úmidas suas
consistências são soltas para todos os pontos, além de serem plásticas e pegajosas.
Na área de vegetação natural representada no ponto 4, nota-se características
extremamente semelhantes as relatadas nos pontos amostrados da pastagem, diferenças
consideráveis são destacadas na coloração e no cheiro. A cor do solo não variou sobre condições
seca, úmida e amassada, permanecendo a cor Bruno-Avermelhado. O elemento cheiro, segundo
Primavesi (2016) pode indicar algumas condições do solo, como o cheiro fresco e agradável
avaliado no solo do ponto 4, indicando condições saudáveis e desenvolvimento da vida. Assim
como a ausência de cheiro no solo deve despertar algumas atenções quanto a sua qualidade.
Notou-se na Tabela 3, características semelhantes para todos os pontos da parcela 2 na
área de pastagem, dentre elas o grau das estruturas, classificadas como fracas, de tamanhos
médio, grandes e muito grandes, sendo observados a presença de blocos angulares e grumosos.
As raízes seguiram um padrão, sendo classificadas como finas e abundantes e sistema radicular
fascicular. Os poros são de tamanhos pequenos e predominantemente abundantes.
Quanto a coloração, observou-se variações mínimas quando submetidas as condições
secas, úmidas e amassadas. No ponto 1 a cor bruno amarelo escuro (10 YR 4/6) permaneceu
sobre as três condições, no ponto 2 apresentou classificação Bruno Forte (7.5 YR4/6) estando
seca e amassada, quando úmida modificou sendo Bruno Amarelo Escuro (10 YR 4/6), a mesma
semelhança de cores se repetiu na parcela 3, sendo Bruno (7.5 YR 4/4) para todas situação.
Os solos apresentam texturas franco-argiloarenosa em todos os pontos, e são
caracterizados como fortemente coesos. Ao avaliar a consistência observou-se mínimas
distinções quando secas e úmidas no ponto 1, denominando-a solta e para os pontos 2 e 3,
macia, quando úmida se apresenta muito firme, enquanto para os demais pontos se apresentou
muito friável. Entretanto a plasticidade e pegajosidade foram semelhantes entre os pontos,
sendo estas plásticas e ligeiramente pegajosas. Para todas os pontos, o solo não apresentou
cheiro.
Os pontos de amostragem na APP da parcela 2 apresentaram estruturas fracas, com
tamanhos pequenos e presença de blocos subangulares. As raízes apresentam diâmetros que
38
variam de finos a médios, sendo abundantes em toda parcela, e sistema radicular pivotante. Os
poros variam entre tamanhos pequenos, médios e grandes, em quantidades abundantes e
comuns.
A predominância de colorações classificadas como Preto (5 YR 2.5/1) quando úmidas,
secas e amassadas, contando apenas com uma diferença no ponto 2, quando seco apresentou
coloração cinzento muito escuro (5 YR 3/1). Verifica-se solos com textura argiloarenosa, como
nos pontos 1 e 2, e franco-argiloarenosa nono ponto 3. A coesão do solo varia de fortemente
coeso a moderadamente coeso, e sua consistência é macia quando está seco e solta quando
úmido, além de apresentar muita plasticidade e ligeira pegajosidade. Ao avaliar o cheiro notou-
se no ponto 3 um cheiro fresco, e para os demais não ouve identificação de cheiro.
Na Tabela 4, a propriedade morfológica da pastagem 3 contam com estrutura de grau
fraco, de tamanhos médios a muito grandes, sendo estes do tipo bloco subangulares e grumosos.
Notou-se que as raízes seguem um padrão nos tamanhos, sendo finas e distribuídas em
quantidades comuns no ponto 1 e abundantes nos outros dois pontos, além do sistema radicular
ser fasciculado para todos os pontos. Os poros observados no solo são de tamanhos pequenos
e observados em pouca quantidade, exceto no ponto 3 em que são abundantes.
Os solos são classificados como Vermelho (2.5 YR4/6) variando apenas nos pontos 2
e 3 quando as amostras estão úmidas. As texturas são muito argilosas e argilosas, manifestando
forte coesão, consistência macia quando seco e muito friável quando submetidas a umidade. As
propriedades de plasticidade e pegajosidade indicaram solos muito plásticos e pegajosos para
os três pontos e não se identificou qualquer tipo de cheiro no solo.
Para o solo que compõe a APP, a estrutura se apresenta com grau fraco, tamanhos
muito pequenos, sendo o tipo classificado como blocos subangulares. Verificou-se raízes de
tamanhos finos e médios, em quantidade abundante e sistema radicular pivotante. Para os
pontos 1 e 3 notou-se a presença de poros, sendo estes de tamanho pequeno e quantidade
abundante no ponto 1 e pouco no ponto 3 e para o ponto 2, este não apresentou poros visíveis.
A cor Bruno-Avermelhado escuro se destacou em todos os pontos amostrados, e para
esta parcela verificou-se a presença de cascalho. Quanto a ocorrência do cascalho no solo está
é classificada como pouco cascalhenta. A textura do solo varia entre argiloarenosa para os dois
primeiros pontos e argilosa para o último, são fortemente coesos, apresentando consistência
macia quando seca, solta quando úmida. Ainda considerando os aspectos da consistência, o solo
se caracteriza como plástico a muito plásticos variando de ligeiramente pegajoso a pegajoso.
Não foi identificado qualquer cheiro nos solos amostrado.
39
A estrutura do solo representada na Tabela 5, apresenta um grau fraco, com tamanhos
médios e muito grande, e estruturas em blocos subangulares e grumosos. Notou-se a presença
de raízes finas em quantidade abundante e sistema radicular fascicular. Os poros observados
são pequenos e se apresentam em quantidades comuns. As colorações dos solos variam de
vermelho e vermelho-escuro a Bruno-Avermelhado. A textura muito argilosa predomina em
todos os pontos, se trata de um solo fortemente coesão, de consistência macia quando seco, e
friável quando submetido a umidade, sendo muito plástica e pegajosa. O solo não apresenta
cheiro.
Na APP da parcela 4, o solo apresentou características estruturais semelhantes à da
pastagem, com estruturas de grau fraco, tamanhos médios a muito grande. O tipo de estrutura
variou para cada ponto, sendo no ponto 4 tipos granulares e grumosos, nos pontos 5 e 6,
granulares e blocos subangulares. As raízes apresentam um diferencial das demais parcelas
sendo esta composta por sistema radicular fascicular e pivotante para os pontos 4 e 5 e apenas
fascicular para o ponto 6. Os poros observados são pequenos, sendo predominantemente
poucos, e abundantes apenas no ponto 4.
As cores permaneceram com padrão, sendo Bruno- avermelhado quando solo está
seco e Bruno-Avermelhado-Escuro sobre condições de umidade. O ponto 6 apresentou
variações na coloração, sendo vermelho-amarelo (5 YR 4/6) quando úmida e amassada, os
demais permaneceram iguais. As texturas também variam para cada ponto, sendo muito
argilosa no ponto 1, argiloarenosa no ponto 2 e franco-argiloarenosa no ponto 3. A área
apresenta solos fortemente coesos e consistência distintas, quando seco apresenta ligação dura
a macia e quando úmido é friável/muito friável, são solos com muita plasticidade e ligeiramente
pegajosos a pegajosos.
Observa-se na Tabela 6 a representação da morfologia para parcela 5, a pastagem
apresenta um solo cujas estruturas são fracas, de tamanhos distintos, desde pequenos a muito
grande, as estruturas são classificadas como granulares e blocos subangulares. Notou-se quanto
as raízes, tamanhos finos e quantidades abundantes, como observado nos registros fotográficos
das estruturas, e estrutura radicular fascicular. Os poros não foram identificados visualmente
durante o tratamento morfológico.
A cores do solo foram semelhantes para todo ponto amostrado, variando de vermelho
a vermelho-escuro quando seco, úmidos apresentaram colorações vermelho-escuro e Bruno-
Avermelhado-Escuro, e úmidas amassadas predominou a cor vermelha para todos. A textura
apresentou variações entre argilosa e muito argilosa. As partículas de solo apresentaram forte
40
coesão e consistência macia quando seco, variando de friável a muito friável estando úmida.
Quanto a plasticidade, notou-se que são muito plásticas e pegajosas. O solo não apresentou
cheiro para nenhum dos pontos.
Na área da floresta estacional da parcela 5, as características morfológicas
representadas na Tabela 6, apresentaram estruturas de grau fraco, tamanhos médios a muito
grande, variando as tipologias entre granulares, grumosos e blocos subangulares. A raiz
evidenciada nas estruturas permite visualizar tamanhos finos e médios, sendo destacado em
campo diâmetros grandes, em quantidades abundantes e sistema radicular fascicular e
pivotante. Os poros são pequenos e distribuídos em pequenas quantidades.
A cor do solo apresentou variações entre o ponto quando seca, bruno – avermelhado
para o ponto 4 e bruno- avermelhado escuro nos pontos 5 e 6. Quando úmidas as amostras
apresentaram a mesma coloração Bruno-Avermelhado escuro e vermelho quando úmidas e
amassadas. A textura variou apenas no ponto 1 sendo argiloarenosa e argilosa nos demais
pontos. Se trata de solos fortemente coesos, quando secos apresentam consistência de ligação
dura e quando úmidas são muito friáveis. Ainda sobre a consistência, os solos apresentaram
grande plasticidade e pegajosidade.
As análises morfológicas da Tabela 7, apresentaram pastagens desenvolvidas sob solos
cujas estruturas são de grau fraco, tamanhos médios e grandes e tipos subangulares. Observou-
se raízes finas em pouca quantidade e o enraizamento fasciculada. Quanto aos poros, estes não
foram visíveis. A cor se assemelhou úmida e seca para os pontos 1 e 2, sendo Bruno-Amarelo
-escuro (10 YR 4/4), para o ponto três a coloração é Bruno Amarelo (10 YR 5/4) quando seca
e úmida apresentaram a mesma cor Bruno (10 YR 5/3).
Dentre as características morfológicas observadas na parcela 6, destacou-se a presença
de cascalhos, no solo da pastagem. Os pontos 1, 2 e 3 apresentaram uma ocorrência acentuada
de cascalho no solo, classificando-o como muita cascalhenta. A textura destacada dos solos são
franco-argiloarenosa. São solos com forte coesão e consistência macia quando seca e muito
friável quando úmida. Apresentam características plásticas e ligeiramente pegajosa.
Na formação florestal da parcela 6, os solos apresentam estruturas de grau fraco, com
tamanhos médios e muito grandes e tipologia predominantemente granular grumoso. As raízes
apresentam tamanhos que variam entre finas e média, em quantidade abundante, e quanto ao
enraizamento este é fasciculado. Durante o tratamento morfológico não ressaltou a presença de
poros.
Para a parcela em questão as colorações foram distintas das demais, sendo registradas
41
no ponto 4 cinzentos muito escuro (5 YR 3/1) quando seco, preto (5 YR 2.5/1) quando
submetido a umidade e cinzento muito escuro quando úmido amassado. O ponto 5 apresentou
cores idênticas sobre as diferentes condições, sendo bruno-acinzentado muito escuro (10YR
3/2), e para o ponto 6 as cores variaram minimamente, sendo Bruno quando seco e bruno escuro
para as demais condições.
As texturas dos solos na reserva foram iguais da pastagem, franco-argiloarenosa, o
mesmo se deu para a característica de coesão, fortemente coesos. Quanto a consistência,
caracterizou-se como macia quando seca, muito friável estando úmida. Os solos amostrados
são plásticos e ligeiramente pegajosos. Assim como a maioria dos solos, não identificou cheiro
característico no solo.
42
Tabela 2- Análise morfológica da parcela 1
Parcela 1_Ponto 1 Data: 27/09/2018 Hora: Parcela 1_Ponto 2 Data: 27/09/2018 Hora: 16:37 Parcela 1_Ponto 3 Data: 29/09/2018 Hora: Parcela 1_Ponto 4_APP Data: 27/09/2018
15:49 UTM: 753475 8157456 Altitude: 876m UTM: 753471 8157372 Altitude: 878m Uso 09:25 UTM: 753478 8157335 Altitude: 888m Hora:12:51 UTM: 753477 8157336 Altitude: 885m
Uso predominante: Pecuária predominante: Pecuária Uso predominante: Pecuária Cobertura Natural: Mata de Galeria
43
arcela: 02_PEC Parcela: 02 APP
ANALISE MORFOLÓGICAS Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 ANALISE MORFOLÓGICAS Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03
Grau Fraca Fraca Fraca Grau Fraca Fraca Fraca
Média - Média - Tamanho Pequena Pequena Pequena
Grande/Muito
Tamanho Grande/Muito Grande/Muito ESTRUTURA Blocos Blocos Blocos
Grande Tipos
ESTRUTURA Grande Grande subangulares subangulares subangulares
Blocos angulares - Blocos angulares - Blocos angulares - Quantidade Abundantes Comum Abundantes
Tipos
Grumosos Grumosos Grumosos Tamanho Fina e medias Finas Finas e medias
Quantidade Abundantes Abundantes Abundantes RAIZES
Enraizamento Pivotante Pivotante Pivotante
Tamanho Fina Fina Fina
RAIZES Médios e
Enraizamento Fasciculada Fasciculada Fasciculada Tamanho Pequenos e médios Pequenos
grandes
Tamanho Pequenos Pequenos Pequenos POROS
POROS Quantidade Abundantes Comuns Abundantes
Quantidade Abundantes Comuns Abundantes
Bruno-Amarelado- Preto Cinzento muito Preto
Bruno Forte Bruno Seca (5YR 2.5/1) escuro (5YR 2.5/1)
Seca Escuro
(7.5YR 4/6) (7.5YR 4/4) (5YR 3/1)
(10YR 4/6)
Bruno-Amarelado- Bruno-Amarelado- Preto Preto Preto
Bruno Úmida (5YR 2.5/1) (5YR 2.5/1) (5YR 2.5/1)
Úmida Escuro Escuro CORES
(10YR 4/4) (7.5YR 4/3)
CORES (7.5YR 4/4) Úmida Preto Preto Preto
Bruno-Amarelado- Amassada (5YR 2.5/1) (5YR 2.5/1) (5YR 2.5/1)
Úmida Bruno Forte Bruno
Escuro Franco-
Amassada (7.5YR 4/6) (7.5YR 4/4) TEXTURA Argiloarenosa Argiloarenosa
(10YR 4/6) Argiloarenosa
TEXTURA
Franco- Franco- Franco- Moderadamente Moderadamente
Argiloarenosa Argiloarenosa Argiloarenosa COESÃO Fortemente coeso
coeso coeso
COESÃO Fortemente coeso Fortemente coeso Fortemente coeso Seca Macia Macia Macia
Seca Solta Macia Macia Úmida Solta Solta Solta
Úmida Muito Firme Muito Friável Muito Friável CONSISTÊNCIA Plasticidade Muito plástica Muito plástica Muito plástica
CONSISTÊNCIA Plasticidade Plástica Plástica Plástica Pegajosidade Lig. Pegajosa Lig. Pegajosa Lig. Pegajosa
Pegajosidade Lig. Pegajosa Lig. Pegajosa Lig. Pegajosa CHEIRO Sem cheiro Sem cheiro Fresco/raízes
CHEIRO Sem cheiro Sem cheiro Sem cheiro
Parcela 2_Ponto_4 AOO Data:08/10/2018 Parcela 2_Ponto_5 APP Data: 08/10/2018 Parcela 2_Ponto_6 APP Data: 08/10/2018
Hora: 16:21 UTM:749686 8160161 Altitude: Hora: 17:03 UTM: 749733 8160150 Altitude: Hora: 17:51 UTM: 749657 8160137 Altitude:
Parcela 2_Ponto 1 Data:09/10/2018 Parcela 2_Ponto 2 Data: 09/10/2018 Parcela 2_Ponto 3 Data: 09/10/2018
931 m Cobertura Vegetal: Mata de galeria 936 m Cobertura Natural: Mata de Galeria 936 m Cobertura Natural: Mata de Galeria
Hora: 09:14 UTM: 750143 8160760 Hora: 09:46 UTM: 750070 8160683 Hora: 10:24 UTM: 749975 8160685
Altitude: 975 m Uso predominante: Pecuária Altitude: 965 m Uso predominante: Pecuária Altitude: 956 m Uso predominante: Pecuária
44
Tabela 4- Análise morfológica da parcela 3
Parcela: 03_PEC Parcela: 03 _ APP
ANALISE MORFOLÓGICAS Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 ANALISE MORFOLÓGICAS Ponto 04 Ponto 05 Ponto 06
Grau Fraca Fraca Fraca Grau Fraca Fraca Fraca
Média - Média - Tamanho Muito Pequena Muito Pequena Muito Pequena
Grande/Muito ESTRUTURA
Tamanho Grande/Muito Grande/Muito Tipos Blocos subangulares Blocos subangulares Blocos subangulares
Grande
ESTRUTURA Grande Grande Tamanho Media Finas e medias Finas
Blc. Subangulares - Blc. Subangulares - Blc. Subangulares – Quantidade Abundantes Abundantes Abundantes
Tipos RAIZES
Grumosos Grumosos Grumosos Enraizamento Pivotante Pivotante Pivotante
Tamanho Finas Finas Finas Tamanho Pequenos Sem poros visíveis Pequenos
Quantidade Comuns Abundantes Abundantes POROS Quantidade Abundantes Sem poros visíveis Pouco
RAIZES
Enraizamento Fasciculada Fasciculada Fasciculada Bruno-Avermelhado- Bruno-Avermelhado- Bruno-Avermelhado-
Tamanho Pequenos Pequenos Pequenos Seca Escuro Escuro Escuro
POROS Quantidade Poucos Poucos Abundantes (2.5YR 2.5/4) (2.5YR 2.5/3) (2.5YR 2.5/3)
Vermelho Vermelho Vermelho Bruno-Avermelhado- Bruno-Avermelhado- Bruno-Avermelhado-
Seca Úmida Escuro Escuro Escuro
(2.5YR 4/8) (2.5YR 4/8) (2.5YR 4/6)
CORES (2.5YR 2.5/3) (2.5YR 2.5/4) (2.5YR 2.5/3)
Vermelho Bruno-Amarelo Bruno-Amarelo
Úmida Bruno-Avermelhado- Bruno-Avermelhado- Bruno-Avermelhado-
(2.5YR 4/6) (2.5YR 4/4) (2.5YR 4/4)
CORES Úmida Amassada Escuro Escuro Escuro
Úmida Vermelho Vermelho Vermelho (2.5YR 2.5/3) (2.5YR 2.5/4) (2.5YR 2.5/3)
Amassada (2.5YR 4/6) (2.5YR 4/6) (2.5YR 4/6) CASCALHO Pouco cascalhento
TEXTURA Muito Argilosa Muito Argilosa Argilosa TEXTURA Argiloarenosa Argiloarenosa Argilosa
COESÃO Fortemente coeso Fortemente Coeso Fortemente Coeso COESÃO Fortemente coeso fortemente coeso Fortemente coeso
Seca Macia Macia Macia Seca Macia Macia Macia
Úmida Muito Friável Muito Friável Friável Úmida Solta Solta Solta
CONSISTÊNCIA Plasticidade Muito Plástica Muito Plástica Muito Plástica CONSISTÊNCIA Plasticidade plástica plástica Muito plástica
Pegajosidade Pegajosa Pegajosa Pegajosa Pegajosidade Ligação Pegajosa Pegajosa Pegajosa
CHEIRO Sem cheiro Sem cheiro Sem cheiro CHEIRO Sem cheiro Sem cheiro Sem cheiro
Parcela 3_Ponto_1 Data: 09/10/2018 Parcela 3_Ponto_2 Data: 08/10/2018 Parcela 3_Ponto_3 Data: 09/10/2018 Parcela 3_ponto 4_APP Data: 09/10/2018 Parcela 3_Ponto_5 APP Data: 09/10/2018 Parcela 3_Ponto_6 _APP Data: 09/10/2018
Hora: 17:02 UTM:753100 8157524 Hora:17:36 UTM: 753106 8157475 Hora:18:00 UTM: 753106 8157416 Hora:15:12 UTM: 753225 8157420 Altitude: Hora:15:50 UTM: 753145 8157528 Altitude: Hora:15:50 UTM: 753145 8157528 Altitude:
Altitude:883 m Uso Predominante: Pecuária Altitude:884 m Uso Predominante: Pecuária Altitude:878 m Uso Predominante: Pecuária 898 m Cobertura Natural: Mata de Galeria 885 m Cobertura Natural: Mata de Galeria 885 m Cobertura Natural: Mata de Galeria
45
Tabela 5 - Análise morfológica da parcela 4
Parcela 4_ponto 1 Data: 10/10/2018 Hora: Parcela 4_Ponto_2 Data: 10/10/2018 Hora: Parcela 4_Ponto_3 Data: 10/10/2018
08:22 UTM: 754122 8156837 Altitude: 892 m 08:54 UTM: 754019 8156874 Altitude: 890 Hora: 09:20 UTM: 754039 8156983
Uso Predominante: Pecuária m Uso Predominante: Pecuária Altitude: 883 m Uso Predominante: Pecuária
Parcela 4_ponto 4_APP Data:10/10/2018 Parcela 4_Ponto_5_APP Data: 10/10/2018 Parcela 4_Ponto_6_APP Data: 10/10/2018
Hora: 09:30 UTM:754007 8156995 Altitude:879 Hora: 10:29 UTM: 753976 8157049 Altitude: Hora: 11:07 UTM: 753998 8157091 Altitude:
m Cobertura Natural: Mata de Galeria 919 m Cobertura Natural: Mata de Galeria 883 m Cobertura Natural: Mata de Galeria
46
Tabela 6- Análise morfológica da parcela 5
Parcela 5_ponto 1 Data: 10/10/2018 Hora: Parcela 5_Ponto_2 Data: 10/10/2018 Hora: Parcela 5_Ponto_3 Data: 10/10/2018 Hora:
17:33 UTM: 752319 8159227 Altitude: 964 m 17:55 UTM: 752333 8159128 Altitude: 961 m 08:01 UTM: 752299 8158929 Altitude: 958 m
Uso Predominante: Pecuária Uso Predominante: Pecuária Uso Predominante: Pecuária
Parcela 5_Ponto _4_FE Data: 11/10/2018 Parcela 5_Ponto_5_FE Data: 11/10/2018 Parcela 5_Ponto_6_FE Data: 11/10/2018
Hora: 08:33 UTM: 752358 8158827 Altitude: Hora: 09:01 UTM: 752411 8158830 Altitude: Hora: 09:28 UTM: 752417 8158848 Altitude:
954 m Cobertura Natural: Mata de Galeria 817 m Cobertura Natural: Mata de Galeria 939 m Cobertura Natural: Mata de Galeria
47
Tabela 7 - Análise morfológica da parcela 6
Parcela 6_Ponto _4_FE Data: 11/10/2018 Hora: Parcela 6_Ponto_5_FE Data: 11/10/2018 Parcela 6_Ponto_6_FE Data: 11/10/2018
13:36 UTM: 750519 8155650 Altitude: 961 m Hora: 14:15 UTM: 750555 8155635 Altitude: Hora: 14:51 UTM: 750648 8155554 Altitude:
Parcela 6_Ponto _1 Data: 11/10/2018 Hora: Parcela 6_Ponto_2 Data: 11/10/2018 Hora: Parcela 6_Ponto_3 Data: 11/10/2018 Hora: Cobertura Natural: Mata de Galeria 979 m Cobertura Natural: Mata de Galeria 975 m Cobertura Natural: Mata de Galeria
11:32 UTM: 750554 8155182 Altitude: 1010 m Uso 12:12 UTM: 750594 8155296 Altitude: 985 12:54 UTM: 750568 8155460 Altitude: 975 m
Predominante: Pecuária m Uso Predominante: Pecuária Uso Predominante: Pecuária
48
4.5 FÍSICA E QUÍMICA DO SOLO
4.5.1 ANÁLISE FÍSICA DO SOLO
Considerando a influência das propriedades físicas do solo no seu funcionamento, a Tabela 8 a
apresenta a textura dos solos para cada ponto amostrado. Observa-se que das trinta e quatro amostras
coletadas, 32% apresenta textura fraco-argiloarenosa, 29% argilosa, 23% muito argilosa e 16%
argiloarenosa. A presença da fração areia nos solos amostrados variou entre 17% a 70% e argila de 23%
a 71%, as frações de silte foram significativamente baixas variando de 7% a 13%.
Tabela 8 – Porcentagem da granulometria do solo em cada ponto amostrado
Amostra Argila% Silte% Areia% Textura
Parcela 1.1 Pastagem 50,00 11,00 39,00 Argilosa
Parcela 1.2 Pastagem 47,00 11,00 42,00 Argilosa
Parcela 1.3 Pastagem 51,00 11,00 38,00 Argilosa
Parcela 1.4 Pastagem/APP 52,00 12,00 36,00 Argilosa
Parcela 2.1 Pastagem 28,00 8,00 64,00 Franco Argiloarenosa
Parcela 2.2 Pastagem 30,00 8,00 62,00 Franco Argiloarenosa
Parcela 2.3 Pastagem 31,00 8,00 61,00 Franco Argiloarenosa
Parcela 2.4 Pastagem/APP 37,00 9,00 54,00 Argiloarenosa
Parcela 2.5 Pastagem/APP 36,00 9,00 55,00 Argiloarenosa
Parcela 2.6 Pastagem/APP 29,00 8,00 63,00 Franco Argiloarenosa
Parcela 3.1 Pastagem 61,00 12,00 27,00 Muito Argilosa
Parcela 3.2 Pastagem 62,00 13,00 25,00 Muito Argilosa
Parcela 3.3 Pastagem 57,00 12,00 31,00 Argilosa
Parcela 3.4 Pastagem/APP 34,00 8,00 58,00 Argiloarenosa
Parcela 3.5 Pastagem/APP 37,00 9,00 54,00 Argiloarenosa
Parcela 3.6 Pastagem/APP 50,00 11,00 39,00 Argilosa
Parcela 4.1 Pastagem 71,00 11,00 18,00 Muito Argilosa
Parcela 4.2 Pastagem 63,00 12,00 25,00 Muito Argilosa
Parcela 4.3 Pastagem 63,00 12,00 25,00 Muito Argilosa
Parcela 4.3 Pastagem/APP 64,00 13,00 23,00 Muito Argilosa
Parcela 4.4 Pastagem/APP 41,00 10,00 49,00 Argiloarenosa
Parcela 4.5 Pastagem/APP 34,00 9,00 57,00 Franco Argiloarenosa
Parcela 5.1 Pastagem 57,00 11,00 32,00 Argilosa
Parcela 5.2 Pastagem 61,00 12,00 27,00 Muito Argilosa
Parcela 5.3 Pastagem 67,00 13,00 20,00 Muito Argilosa
Parcela 5.4 Pastagem/FE 55,00 12,00 33,00 Argilosa
Parcela 5.5 Pastagem/FE 50,00 11,00 39,00 Argilosa
Parcela 5.6 Pastagem/FE 44,00 10,00 46,00 Argiloarenosa
Parcela 6.1 Pastagem 28,00 8,00 64,00 Franco Argiloarenosa
Parcela 6.2 Pastagem 32,00 9,00 59,00 Franco Argiloarenosa
Parcela 6.3 Pastagem 30,00 8,00 62,00 Franco Argiloarenosa
Parcela 6.4 Pastagem/FE 27,00 7,00 66,00 Franco Argiloarenosa
Parcela 6.5 Pastagem/FE 24,00 7,00 69,00 Franco Argiloarenosa
Parcela 6.6 Pastagem/FE 23,00 7,00 70,00 Franco Argiloarenosa
Observa-se que a maioria das parcelas apresentam predominância das frações argilas nos solos,
os valores para silte são bem simplórios para todas as parcelas e areias são dominantes em apenas duas
parcelas especificas. Mesmo simplório os valores do silte, eles se apresentam superiores quando
associados a áreas com maior percentual de argila, o valor se reduz com a predominância de frações areia
49
na parcela. As áreas de pastagens e vegetação natural apresentaram texturas semelhantes para a maioria
das parcelas, em alguns casos notou-se variação entre texturas argilas nas pastagens e influência das
frações de areia nas extensões compostas por vegetação natural, como no caso de texturas argiloarenosas
e franco-argiloarenosa nas parcelas 2,3,4 e 6.
A parcela 1 apresenta característica textural predominantemente argilosa, para área de pastagem
e APP, consequente dos valores referentes a porção argila, sendo estes superiores a 45% e silte com 10 a
11%, enquanto os percentuais de areia são inferiores a 43%. Um extremo é observado na parcela 2, uma
vez que todos os valores para a fração argila são inferiores a 38%, o silte varia entre 8 e 9%, e areia se
destaca com valores superiores. Entretanto nota-se variações dos percentuais para área de pastagem e
APP. No pasto as frações de areia são superiores a 60%, argila inferiores a 31% e silte mantem o padrão
de 8%, caracterizando os solos com textura franco-argiloarenosa. Para as áreas de APP os percentuais
são superiores a 50% alcançando no máximo 63% de areia, aumentando a fração de argila e silte,
classificando-os assim com textura argiloarenosa, e franco-argiloarenosa.
Vale salientar que para a classificação textural franco, indica distribuição das propriedades
granulométricas de argila, silte e areia semelhantes, não estando associado o mesmo percentual de
partículas. A ideia consiste ao elevado grau de influência das propriedades da partícula de argila sobre o
solo, ou seja, um pequeno percentual exerce diferença, em contrapartida pequenas quantidade de silte e
areia não apresenta a mesma ação.
A diferença textural para a área de pasto e vegetação natural também ressaltam na parcela 3,
sendo menores as concentrações de argila na área de pastagem e concentrações elevadas de areia na APP.
A pastagem apresenta textura argilosa (entre 35 a 60%)e muito argilosa (partículas de argila superior a
60%), consequente do percentual silte que varia entre 12 e 13% e areia com valores inferiores a 32%.
Alterações são observados nos pontos 1 e 2 da área de APP, em que a argila se apresenta inferior a 38%
o silte reduz para 8 e 9% enquanto a areia apresenta proporções superiores a 50%, resultando em texturas
argiloarenosas. O último ponto (3) permaneceu com a mesma textura argilosa destacada nas áreas de
pastagens decorrente da predominância de argila (50%) no solo.
Na parcela 4 os solos são muito argilosos, uma vez que o percentual de argila se apresenta
superior a 60% e areia inferiores a 26%. Nota-se modificações texturais nos pontos 2 e 3 da APP, em que
os solos contam com maiores frações de areia, apresentando textura argiloarenosa e franco argiloarenosa.
A parcela 5, conta com solos muito argilosos a argilosos tanto no pasto quanto no fragmento florestal,
composto por frações de argila superiores a 50%. Um único ponto da floresta estacional (3) apresenta
influência da fração areia caracterizando um solo argiloarenoso.
De todas as amostragens a parcela 6 apresentou textura diferente das demais, uma vez que
50
predomina solos de textura franco-argiloarenosa. Para as áreas de pastagem e reserva legal. Todos os
valores referentes a fração areia foram superiores a 58%, silte variou entre 7 e 9%, e os percentuais para
argila foram inferiores a 35%. A parcela com maior fração argila, contanto com solos com até 70%.
As características de cada partícula acabam por influenciar diretamente o comportamento do
solo. As partículas de areia são caracterizadas pela baixa capacidade de retenção de água, ou seja, a água
é drenada com maior rapidez no interior do solo proporcionando consequentemente a entrada de ar, tal
processo está associado ao maior diâmetro dos poros. Outro fator são as superfícies da área, decorrente
do maior diâmetro dos poros superfície especifica é maior dificultando assim a retenção da água,
consequentemente menor umidade, caracterizando solos aerados, soltos e vulneráveis a seca. O mesmo
se aplica para os nutrientes, logo solos mais arenosos tendem a ser mais inférteis.
As partículas de argila apresentam propriedades diferentes da areia, por se tratar de uma partícula
extremamente pequena sua superfície de contato é maior e contam com grandes quantidades de poros,
permitindo assim maior absorção e contenção de água e nutrientes. A circulação da água e do ar no
interior do solo são lentas devido a presença de poros extremamente pequenos entre uma partícula e outra.
Outro fator que deve ser ressaltado nos resultados amostrados são os baixos valores da fração silte.
Considerando o grau de intemperismo do solo, os minerais que apresentam maior resistência aos processos
intempéricos apresentaram tamanhos de areia ou silte, consequentemente solo menos intemperados
apresentam valores elevados destas partículas.
51
Tabela 9- Análises químicas dos solos amostrados
Parcelas e
CA MG CA/MG AL H+AL K P MO % CO ZN CTC SB % SA % CA ÷MG CA ÷K1 MG ÷K1 CA÷CTC MG÷CTC K÷CTC HAL÷CTC pH
pontos
1.1 PEC 2,60 0,60 3,20 0,10 2,20 0,11 2,10 3,10 17,98 0,80 5,51 60,07 2,93 4,33 23,64 5,45 47,19 10,89 2,00 39,93 4,90
1.2 PEC 2,70 0,90 3,60 0,20 3,30 0,16 4,00 3,50 20,30 1,80 7,06 53,26 5,05 3,00 16,87 5,62 38,24 12,75 2,27 46,74 4,50
1.3 PEC 4,30 0,80 5,10 0,00 3,20 0,10 2,10 4,80 27,84 3,20 8,40 61,90 5,37 43,00 8,00 51,19 9,52 1,19 38,10 4,90
2.1 PEC 2,20 1,00 3,20 0,00 1,10 0,06 1,80 2,00 11,60 0,20 4,36 74,77 2,20 36,67 16,67 50,46 22,94 1,38 25,23 5,60
2.2 PEC 1,70 0,80 2,50 0,00 1,00 0,27 2,10 1,60 9,28 0,30 3,77 73,47 2,13 6,30 2,96 45,09 21,22 7,16 26,53 5,80
2.3 PEC 1,00 0,50 1,50 0,00 2,10 0,05 3,00 1,90 11,02 0,30 3,65 42,47 2,00 20,00 10,00 27,40 13,70 1,37 57,53 5,10
3.1 PEC 0,70 0,20 0,90 0,10 1,80 0,06 0,80 2,10 12,18 0,20 2,76 34,78 9,43 3,50 11,67 3,33 25,36 7,25 2,17 65,22 4,60
3.2 PEC 1,20 0,30 1,50 0,00 1,70 0,04 0,80 2,20 12,76 0,20 3,24 47,53 4,00 30,00 7,50 37,04 9,26 1,23 52,47 5,10
3.3 PEC 1,10 0,50 1,60 0,10 2,60 0,09 0,80 2,40 13,92 0,60 4,29 39,39 5,59 2,20 12,22 5,56 25,64 11,66 2,10 60,61 4,70
4.1 PEC 1,50 0,70 2,20 0,00 1,30 0,05 1,20 2,40 13,92 0,50 3,55 63,38 2,14 30,00 14,00 42,25 19,72 1,41 36,62 5,60
4.2 PEC 1,60 0,70 2,30 0,00 1,40 0,06 0,80 2,30 13,34 0,20 3,76 62,77 2,29 26,67 11,67 42,55 18,62 1,60 37,23 5,70
4.3 PEC 1,50 0,60 2,10 0,00 1,40 0,05 1,20 2,70 15,66 0,20 3,55 60,56 2,50 30,00 12,00 42,25 16,90 1,41 39,44 5,60
5.1 PEC 2,10 1,40 3,50 0,00 1,60 0,65 1,20 2,50 14,50 2,10 5,75 72,17 1,50 3,23 2,15 36,52 24,35 11,30 27,83 5,50
5.2 PEC 0,90 0,60 1,50 0,30 2,40 0,07 1,20 2,70 15,66 1,10 3,97 39,55 16,04 1,50 12,86 8,57 22,67 15,11 1,76 60,45 4,50
5.3 PEC 0,80 0,60 1,40 0,30 2,70 0,22 0,80 2,80 16,24 0,80 4,32 37,50 15,63 1,33 3,64 2,73 18,52 13,89 5,09 62,50 4,60
6.1 PEC 3,20 1,00 4,20 0,00 1,50 0,34 6,70 2,70 15,66 2,40 6,04 75,17 3,20 9,41 2,94 52,98 16,56 5,63 24,83 5,50
6.2 PEC 3,10 1,10 4,20 0,00 1,50 0,37 4,30 3,10 17,98 1,30 6,07 75,29 2,82 8,38 2,97 51,07 18,12 6,10 24,71 5,50
6.3 PEC 2,00 0,60 2,60 0,00 1,20 0,33 16,00 1,70 9,86 8,60 4,13 70,94 3,33 6,06 1,82 48,43 14,53 7,99 29,06 5,40
1.4 APP 4,30 2,10 6,40 0,00 1,90 0,38 1,50 4,60 26,68 1,60 8,68 78,11 2,05 11,32 5,53 49,54 24,19 4,38 21,89 5,20
2.4 APP 3,40 2,00 5,40 0,20 4,60 0,17 2,10 4,00 23,20 5,90 10,17 54,77 3,47 1,70 20,00 11,76 33,43 19,67 1,67 45,23 4,40
2.5 APP 4,70 3,30 8,00 0,10 3,50 0,29 2,40 5,40 31,32 3,30 11,79 70,31 1,19 1,42 16,21 11,38 39,86 27,99 2,46 29,69 4,90
2.6 APP 3,40 1,10 4,50 0,50 5,10 0,10 1,80 3,50 20,30 2,40 9,70 47,42 9,80 3,09 34,00 11,00 35,05 11,34 1,03 52,58 4,30
3.4 APP 1,20 0,60 1,80 0,00 1,70 0,22 1,20 1,90 11,02 1,00 3,72 54,30 2,00 5,45 2,73 32,26 16,13 5,91 45,70 5,00
3.5 APP 1,40 0,80 2,20 0,00 1,60 0,30 0,80 2,00 11,60 1,40 4,10 60,98 1,75 4,67 2,67 34,15 19,51 7,32 39,02 5,60
3.6 APP 4,30 1,90 6,20 0,00 1,90 0,32 0,80 2,90 16,82 2,50 8,42 77,43 2,26 13,44 5,94 51,07 22,57 3,80 22,57 5,50
4.4 APP 3,80 2,70 6,50 0,00 2,40 1,30 33,50 5,90 34,22 1,50 10,20 76,47 1,41 2,92 2,08 37,25 26,47 12,75 23,53 5,00
4.5 APP 2,90 1,10 4,00 0,00 1,80 0,17 2,40 2,90 16,82 2,90 5,97 69,85 2,64 17,06 6,47 48,58 18,43 2,85 30,15 5,40
4.6 APP 2,60 1,10 3,70 0,00 1,70 0,11 3,00 3,50 20,30 12,70 5,51 69,15 2,36 23,64 10,00 47,19 19,96 2,00 30,85 5,00
5.4 FES 3,90 2,20 6,10 0,00 2,30õ 0,82 2,40 5,40 31,32 1,70 9,22 75,05 1,77 4,76 2,68 42,30 23,86 8,89 24,95 5,20
5.5 FES 10,00 2,30 12,30 0,00 2,20 0,74 2,40 6,30 36,54 1,20 15,24 85,56 4,35 13,51 3,11 65,62 15,09 4,86 14,44 5,30
5.6 FES 8,70 2,60 11,30 0,00 2,60 0,73 1,50 5,90 34,22 1,70 14,63 82,23 3,35 11,92 3,56 59,47 17,77 4,99 17,77 5,20
6.4 FES 4,50 1,60 6,10 0,10 2,60 0,36 2,70 4,80 27,84 1,40 9,06 71,30 1,52 2,81 12,50 4,44 49,67 17,66 3,97 28,70 4,90
6.5 FES 1,50 1,10 2,60 0,50 4,50 0,62 7,40 5,70 33,06 2,60 7,72 41,71 13,44 1,36 2,42 1,77 19,43 14,25 8,03 58,29 4,20
6.6 FES 3,90 2,40 6,30 0,00 2,70 0,83 16,00 6,50 37,70 4,20 9,83 72,53 1,63 4,70 2,89 39,67 24,42 8,44 27,47 5,10
52
Média e Desvio Padrão do PH
5,80
5,60
Grau de acidez
5,40
5,20
5,00
4,80
4,60
PEC APP FES
Áreas amostradas
Figura 13- Média e desvio padrão do pH nas áreas de pecuária (PEC), Áreas de Preservação Permanente (APP) e
Floresta Estacional Semidecidual (FES)
Quanto a presença dos macronutrientes cálcio e magnésio nas áreas amostradas, a Figura 14 (a)
apresenta variações consideráveis entre as concentrações destes elementos nas pastagens quando
comparados as áreas de vegetação natural. Os valores correspondentes para a concentração de cálcio nos
solos ficaram entre 0,70 a 10cmolc/dm3para as áreas amostradas, nas pastagens o valor médio
apresentando é inferior a 2cmolc/dm3, enquanto na APP o valor é superior a 3cmolc/dm3 e em destaque
está a área de floresta estacional com as maiores concentrações sendo superior a 5cmolc/dm3.
As variações do cálcio nas áreas de pastagem foram de 0,70 a 4,30cmolc/dm3 apresentando uma
média de 1,90cmolc/dm3, para as áreas de vegetação natural os valores foram consideravelmente maiores,
nas APPs as concentrações variaram de 1,20 a 4,70cmolc/dm3, apresentando uma média de 3,2cmolc/dm3
os maiores valores são observados nas áreas de floresta estacional em que a variação se deu entre 1,50 a
10cmolc/dm3, com uma média correspondente a 5,43cmolc/dm3. Nota-se que os teores médios de Ca
obtido através das análises apresentam valores inferiores a 6cmolc/dm3, deficiência do elemento
consequente do pH mais ácido do solo.
Verifica-se que as concentrações de magnésio na pecuária apresentam valores mínimos de
0,20cmolc/dm3 alcançando o máximo de 1,80cmolc/dm3, a média para a pastagem é de 0,70cmolc/dm3,
enquanto nas APPs o valor mínimo apresentado é de 0,60cmolc/dm3alcançando 3,30cmolc/dm3
apresentando variações consideráveis ao longo das amostragens, resultando em uma média de
1,67cmolc/dm3 para as áreas de floresta estacional os valores mínimos são de 1,10cmolc/dm3 apresentando
concentrações máximas de 2,60cmolc/dm3 , além de variações nessas concentrações ao longo dos pontos,
resultando em média 2,03cmolc/dm3 de magnésio nas áreas.
Consequente aos resultados observados as concentrações conjuntas de cálcio e magnésio se
apresentam com menores valores nas pastagens, com valores médio de 2,63cmolc/dm3 nas APPs e
53
fragmentos florestais as concentrações são mais significativas e variáveis, apresentando uma média de
4,87cmolc/dm3 nas APPs e 7,45cmolc/dm3 nas florestas estacionais. Quando comparado as concentrações
de cálcio e magnésio, a distribuição do magnésio no solo é inferior para todas as áreas amostradas,
apresentando valores predominantemente abaixo de 2cmolc/dm3³, para Lopes (1998) essa diferença
geralmente ocorre decorrente da baixa adsorção do magnésio pelas argilas e matéria orgânica,
consequentemente apresenta maior exposição a lixiviação, ou podem estar associados a composição do
material de origem que geralmente apresentam concentrações mais elevadas de cálcio. Ao avaliar as
concentrações de magnésio é ressaltado o mesmo cenário quanto ao cálcio, as áreas de vegetação natural
apresentam concentrações maior de magnésio em seus solos, enquanto as pastagens apresentam valores
menores e com poucas variações.
A Figura 14 (b) destaca a acidez potencial dos solos, a variação média da acidez é de 1,89 a
2,82cmolc/dm3 para todas as áreas amostradas. Os valores são crescentes, sendo a pastagem representada
pelo menor valor de 1,89cmolc/dm3, com variações entre 1 a 3,30cmolc/dm3 nos pontos amostrados,
enquanto as APPs apresentaram média de 2,62cmolc/dm3 com variações acentuadas entre os pontos, sendo
registrado valor mínimos de 1,60cmolc/dm3 e máximo de 5,10cmolc/dm3, já para as áreas de floresta
estacional a acidez média registrada de 2,82cmolc/dm3 com variações de 2,20 a 4,50cmolc/dm3. Logo
verifica-se que as áreas de vegetação natural contam com solos que dispõem de grande quantidade de íons
de hidrogênio trocáveis que podem ser liberados para a solução do solo.
Os nutrientes primários potássio e fosforo também são contemplados apresentando interações
significativas na fertilidade do solo. Os teores de potássio (Figura 14 (c)) no solo foram inferiores a
1cmolc/dm3, apresentando médias crescentes entre as áreas de pastagem e área de vegetação natural. A
pastagem apresentou a menor média de 0,17cmolc/dm3, com variações de 0,04 a 0,65cmolc/dm3, ouve
um aumento do elemento nas áreas de vegetação natural com valor médio para a APPs de 0,34cmolc/dm3,
entretanto se destacou com as maiores variações do teor de potássio nos pontos amostrados sendo de 0,10
a 1,30cmolc/dm3, e as FES apresentou maior valor médio com 0,68cmolc/dm3, com menor valor registrado
nos pontos igual a 0,36cmolc/dm3 e o maior 0,83cmolc/dm3.
Como observado para a maioria dos solos amostrados, quando muito intemperizados apresentam
menores teores de potássio no solo (LOPES, 1998) além de outros fatores decorrentes da acidez do solo
que reduz a capacidade de fixação do potássio, textura do solo pois quando muito arenosos e orgânicos
podem sofrer processo de lixiviação, além de apresentar menor capacidade de reservas de potássio.
Quanto ao fosforo Figura 14 (d), os valores médios foram inferiores a 6mg/dm³, variando o teor
desse elemento nos pontos amostrados e apresentando um crescimento nas áreas de vegetação natural
quando comparados a pastagem. Em média a pastagem apresentou teores de 2,83mg/dm³, contanto com
54
teores mínimos de 0,80mg/dm³ em determinados pontos, alcançando até 16mg/dm³, as APPs apresentaram
médias maiores de 4,95mg/dm³, registrando variações extremas de 0,80 a 32,50mg/dm³, as FES apontam
o maior teor médio de fosforo com 5,40mg/dm³, com variações entre 1,50mg/dm³ a 16mg/dm³.
Considerando as análises laboratoriais o solo pode apresentar concentrações de fosforo proveniente dos
processos de intemperismo ou até mesmo adubação, a perda desse elemento por lixiviação é muito
pequena devido à baixa mobilização do elemento no solo, processos associados a degradação do solo
como erosão podem se destacar como fatores que favorecem a perda deste elemento.
55
Média e Desvio Padrão deas concentrações de Ca e Mg Média e Desvio Padrão do Al e Acidez Potencial nas
10 Áreas Amostradas
CA 4
ACIDEZ POTENCIAL
MG
8
Por CmolC/dm3
Por CmolC/dm3
3
6
2
4
2 1
0 0
PEC APP FES PEC APP FES
Área amostrada Áreas Amostradas
(a) (b)
Média e Desvio Padrão das concentrações de Potássio Média e Desvio Padrão das concentrações de Fósforo
1,00 16,00
K P
0,80
12,00
Por cmolc/ dm3
Por mg/dm3
0,60
8,00
0,40
4,00
0,20
0,00 0,00
PEC APP FES PEC APP FES
Área amostrada Área amostrada
(c) (d)
Figura 14- Média e desvio padrão das concentrações de cálcio e magnésio nas áreas amostradas (a); Média e desvio padrão da acidez potencial (Al+H) nas áreas
amostradas (b), Média e desvio padrão das concentrações de fósforo nas áreas amostradas (c); Média e desvio padrão das concentrações de potássio nas áreas
amostradas. Pecuária (PEC), Área de Preservação Permanente (APP), Floresta Estacional Semidecidual (FES).
56
A presença do carbono nos solos são representados na Figura 15 (b), observa-se que
os valores se apresentam de forma crescente, sendo registrados as menores concentrações na
pecuária e aumentando nas áreas de vegetação natural, a média varia entre 14,98g/dm³ para
áreas de pastagem, APPs com 21,23g/dm³ e os maiores valores na FES com 33,45g/dm³.As
variações para os pontos da pecuária e FES foram mínimas, entretanto variações mais
significativas foram observadas na APP, as concentrações oscilaram nos pontos amostrados
desde 11 a 36g/dm³. As maiores concentrações em áreas de vegetação podem estar associadas
a maior preservação da matéria orgânica, e por se tratar de um nutriente não mineral que compõe
o solo, sua presença está associada a decomposição da biomassa, consequentemente áreas com
menor interferência sobre o solo tendem a apresentar maior concentrações de carbono.
A Figura 15 (c) apresenta as concentrações médias de zinco presente no solo, nota-se
que para as três classes amostradas o Zn está inferior a 4mg/dm³, e apresenta variações
significativas para cada área. A pecuária se destaca com menor valor médio de 1,38mg/dm³, as
áreas de vegetação natural são compostas por solos com concentrações mais elevadas de Zn, as
APPs apresentam o maior valor registrado 3,52mg/dm³ e FES com 3mg/dm³. As variações do
Zn nos pontos amostradas da pastagem foram de 0,20 a 8,60mg/dm³, entretanto as maiorias do
ponto apresentaram valores aproximados, já para as APPs as oscilações foram mais acentuadas,
destacando valores entre 1 a 12 mg/dm³, para as FES o cenário se assemelha ao observado na
pecuária, com registros entre 1,20 a 4,20 m g/dm³.
Destacado como um micronutriente e essencial para as plantas as concentrações de Zn
no solo, solos mais argilosos e com pH mais ácido tendem a apresentar mais ; outro aspecto que
deve ser considerado são as interações entre P e Zn, solos com maiores concentrações de um
dos nutrientes tendem a inibir a ocorrência do outro, sendo necessário um equilíbrio; o Zn pode
estar associado a matéria orgânica no solo, quando se tem quantidade inferiores de MO
consequentemente se tem indicativos de menor concentração de Zn ( LOPES, 1998).
Considerando a matéria orgânica como um componente importante para fertilidade do
solo devido os diversos efeitos que tem sobre a propriedade do solo, a Figura 15 (d) apresenta
o percentual médio de MO para cada área. Observa-se que as concentrações médias são
inferiores a 6%, apresentando valores crescente das pastagens para área de vegetação natura, o
menor valor registrado é 2,58% nas pastagens, com aumento nas APPs com 3,55. %. Em geral
solo com maior percentual de argila tendem a ter maiores concentrações de MO que solos
arenosos, outro aspecto que deve ser ressaltado é a contribuição da serapilheira .que a partir da
57
sua decomposição biológica torna-se produto da MO. Sendo assim as áreas que apresentaram
maiores quantidade de matéria orgânica como as vegetações naturais tendem a apresentar
concentrações de MO maiores.
58
Média e Desvio Padrão dos Elementos Minerais Média e Desvio Padrão das concentrações de Carbono
35,00 40,00
CA÷MG
CA÷K 35,00 C
30,00
MG÷K
30,00
Porcentagem
25,00
Por g/dm3
25,00
20,00
20,00
15,00
15,00
10,00
10,00
5,00 5,00
0,00 0,00
PEC APP FES PEC APP FES
Áreas amostradas Área amostrada
(a) (b)
Média e Desvio Padrão das concentrações de Zinco Média e Desvio Padrão das concentrações de Materia
8,00 Orgânica
Zn 7,00
7,00 MO
6,00
6,00
5,00
Por mg/dm3
Porcentagem
5,00
4,00
4,00
3,00
3,00
2,00 2,00
1,00 1,00
0,00 0,00
PEC APP FES PEC APP FES
Área amostrada Áreas amostradas
(c) (d)
Figura 15- Média e desvio padrão das concentrações das concentrações dos elementos minerais cálcio, magnésio e fósforo (a); Média e desvio padrão das
concentrações de carbono nas áreas amostradas (b), Média e desvio padrão das concentrações de zinco nas áreas amostradas (c); Média e desvio padrão das
concentrações de matéria orgânica nas áreas amostradas. Pecuária (PEC), Área de Preservação Permanente (APP), Floresta Estacional Semidecidual (FES).
59
A Saturação por base indicada na Figura 16 (a) permite identificar o percentual de cátions
básicos trocais, ou seja, a capacidade do solo em proporcionar a troca de cátions, consequentemente
inferindo na fertilidade do solo e classificando-os como solos estróficos ou distróficos
(RONQUIN,2010) para os solos amostrados todos apresentam percentual médio de saturação por base
superior a 50%, sendo crescente esse valor nas áreas de vegetação natural. De acordo com a
caracterização indicada anteriormente, os solos se classificam como estróficos (férteis). As áreas de
pastagem apresentaram 58% de saturação, enquanto nas APPs os valores aumentaram para 65,8%, os
maiores registros foram nas áreas das FES com 71,4%.
Os valores para cada ponto amostrado nas áreas voltadas para a pecuária apresentaram valores
entre 42% a 75%, a maioria das parcelas apresentaram variações mínimas nos pontos, ressaltando apenas
duas parcelas com variações acentuadas. Para as APPs as variações foram de 47 a 78% com
predominância de valores aproximados para cada ponto das parcelas, enquanto nas FES os percentuais
observados foram de 41 a 85%, com variações mais acentuadas entre os pontos das parcelas.
Complementando os aspecto avaliados anteriormente, foram analisados os valores médios da
saturação por alumínio Figura 16 (b), e quanto maior o teor de Ca, Mg e K, menor são os percentuais de
saturação por alumínio. Os percentuais registrados em cada ponto foram inferiores a 10%, apresentando
variações extremas para cada área amostrada uma vez que se notou a predominância de valores de
saturação por base igual a 0. A média para as áreas foram inferiores a 4%, sendo a maior registrada nas
pastagens com 3,04%, sendo registrado saturação por alumínio em apenas 3 parcelas, o menor
percentual registrado se destaca nas APPs com 1,45%, sendo registrado saturação apenas em 1 parcela,
e as áreas de FES com percentual médio de 2,49%. Com registros de saturação em 1 parcela.
A CTC registrada nas áreas amostradas está representada na Figura 16 (c), observa-se valores
médios inferiores a 11cmolc/dm³, sendo o menor valor representado pela pecuária com 4,68cmolc/dm³,
nota-se um aumento considerável da CTC nas áreas de vegetação natural, sendo registrado
7,83cmolc/dm³ nas APPs e valor superior de 10,95cmolc/dm³ nas FES. Os dados apresentados indicam
a capacidade do solo de apresentar argilas, humos, que são denominados de coloides, com superfícies
que realizem trocas e retenções de cátions, de acordo com Mello et al. (1983) solos com baixa CTC
indicam capacidade pequenas para a retenção dos cátions em forma trocável.
Para os elementos minerais Mg, Ca, K e acidez potencial (Figura 16 (d)) também foram
analisados associados a capacidades de troca catiônica nas áreas amostradas, observou-se que os valores
médios da CTC com os elementos variaram de forma decrescente respectivamente para Ca, Mg e K. Os
menores valores foram registrados na pecuária apresentando percentual de 39,16% para CTC com Ca,
15,39% para Mg e 3,51% para K, o maior valor é representado pela acidez potencial alcançando 41,9%.
Para as áreas de vegetação natural os valores referentes a CTC com elementos minerais foram maiores
com exceção da acidez potencial que reduziu consideravelmente, as APPs contaram com percentual de
40,84% da CTC com Ca, 18,84% com Mg e 6,53% com K, quanto a acidez potencial o percentual médio
60
registrado foi 34,12%. As maiores médias de CTC com elementos minerais foram registrados nas FES,
apresentando 46% da CTC com Ca, o valor da CTC com Mg registrou 18,84%, percentual reduzido se
comparado ao registro na APP, e 6,53% da CTC média com K, quanto a acidez potencial o menor valor
registrado observado na FES com 28,60%.
60
Média e Desvio Padrão da Saturação por Base Média e Desvio Padrão da Saturação por Alumínio
10,00
SB SA
80,00
8,00
60,00
Porcentagem
6,00
Porcentagem
40,00
4,00
20,00 2,00
0,00 0,00
PEC APP FES PEC APP FES
Áreas amostradas Áreas Amostradas
(a) (b)
Média e Desvio Padrão da CTC Média e Desvio Padrão dos Elementos Mineriais com CTC
16,00
CTC 60,00 Ca÷CTC
14,00
MG÷CTC
12,00 50,00
K÷CTC
Por Cmolc/dm3
Porcentagem
10,00 H+AL÷CTC
40,00
8,00
30,00
6,00
20,00
4,00
2,00 10,00
0,00
0,00
PEC APP FES
PEC APP FES
Áreas amostradas Áras amostradasea
(c) (d)
Figura 16– Média e desvio padrão da saturação por base nas áreas amostradas (a); Média e desvio padrão da saturação por alumínio nas áreas amostradas (b),
Média e desvio padrão da capacidade catiônica nas áreas amostradas (c); Média e desvio padrão dos elementos minerais com capacidade de troca catiônica nas
áreas amostradas. Pecuária (PEC), Área de Preservação Permanente (APP), Floresta Estacional Semidecidual (FES).
61
4.6 P ARÂMETROS DO MEIO FÍSICO
A FLONA está representada na Figura 17, sendo este situado na região sudeste do
estado de Goiás.
No que se refere as características do meio físico as Tabelas 10 e 11 apresentam um conjunto
de informações obtidas através do levantamento cartográfico realizado para área de estudo,
permitindo caracterização abrangente e especificas de cada ponto amostrado, dentre os
elementos descritos estão: o tipo de uso e cobertura, unidade geológica, geomorfologia, tipos o
de solo, textura, orientação das vertentes, relevo, declividade, altimetria e temperatura de
superfície.
Figura 17- Mapa de localização da Floresta Nacional de Silvânia- Goiás. Fonte: Elaborado por
NETO,2018.
As características geológicas estão representadas na Figura 18 (a), está possui uma
predominância da unidade geológica referente a Granulitos Paraderivados distribuídos em uma
faixa que vai da região noroeste para região sudeste da área de estudo. Tais granulitos possuem
como principal litotipo os gnaisses aluminosos e tem como unidade de contato uma faixa.
62
Metavulcano Sedimentar ao norte e Granulitos Ortoderivados ao sul. Sobre essas duas últimas
unidades existe a ocorrência de Coberturas Detrito Lateriticas associadas a Chapadões
Residuais do Alto Tocantis Paranaíba enquanto sobre os Granulitos Paraderivados predomina
Planalto Dissecados da Alta Bacia do Piracanjuba como destacado na Figura 18 (b), onde
localizam-se as nascentes do Ribeirão Vermelho. Sobre os referidos relevos, existe uma ampla
distribuição e Latossolos com manchas de Cambissolos Figura 18 (c) nas áreas mais dissecadas.
Numa abordagem em escala mais detalhada do relevo da área de estudo é possível
verificar no mapa da Figura 18 (d) que a área pesquisada apresenta altitudes variando entre
1.097 a 798, ocupando uma das porções mais elevadas da região de Silvânia. As altitudes são
maiores a montante da FLONA e vão decrescendo para leste com o entalhamento do Ribeirão
Vermelho. As declividades destacadas na Figura 18 (e) predominantemente vão de 0 a 8%
correspondendo a um relevo plano a levemente ondulado. As declividades mais acentuadas
superiores a 20% estão próximas as cabeceiras de drenagem e pontualmente no terço inferior
das vertentes margeando vales fluviais.
As observações de campo revelaram a presença de Plintossolos Petricos
Concrecionários nos topos elevados e planos, Latossolo nas declividades entre 8% e 20%, com
pequenas manchas de associação com argissolo, cambissolo, neossolo restritas as áreas mais
declivosas. Gleissolos também foram observados restritos a pequenas planícies e vales fluviais
No que se refere a orientação das vertentes (Figura 18(F)) considerando que o curso d’agua
principal da área, o Ribeirão Vermelho, está orientado de noroeste para sudeste, seus tributários
ao sul estão orientados de sudoeste a nordeste, enquanto que seus tributários da margem norte
estão orientado de noroeste a sudeste.
Sendo assim na margem norte do Ribeirão Vermelho seus tributos se orientam
predominantemente ao sul e oeste. Na Figura 18 (g) verificou-se que a temperatura de
superfície na área de estudo, observando temperaturas que variam de 20 a 32°C. Ao associar as
temperaturas ao tipo de uso e cobertura do solo, verifica-se que na porção norte nos pontos mais
próximos da FLONA as temperaturas são mais ameninas quando associadas a cobertura natural
alcançando temperaturas de 20 a 23ºC, ponto amostrados no entorno que ocupam áreas de
pastagem apresentaram valores mais elevados de 23 a 24°C.
Nas porções nordeste e sudeste os pontos amostrados se encontram sobre áreas de
pastagens consequentemente as temperaturas se apresentam mais elevadas variando de 24 a
27°C e quando sobre áreas naturais contam com temperaturas reduzidas. Quando observado os
pontos na porção ao sul nota-se predominância destes com temperaturas entre 24 e 25°C sobre
63
o uso de pastagem e mesmo em áreas de vegetação natural o menor valor da temperatura está
entre 23 a 24°C
Os tipos de uso e cobertura na área de estudo (Figura 18(i)) apresentam predominância
da agricultura nas porções noroeste, sudeste e sul, e pastagens nas porções nordeste e leste com
menores ocupações se comparado a agricultura, sua predominância é mais acentuada no entorno
da área urbana com extensões consideráveis de cobertura natural. Quanto a distribuição da
cobertura natural na área de estudo, sua maior concentração ocorre na FLONA, e ao longo dos
cursos hídricos, fragmentos de cobertura natural também são observados em áreas de pastagem
e agricultura. Uma pequena porção é representada pela silvicultura entre áreas de pasto,
agricultura e vegetação natural, além do mosaico de ocupações que se encontra próximos da
FLON
64
Tabela 10- Atividade da fauna edáfica e demais características das áreas de pastagem
Uso do Solo Paisagem Uso e Cob. Classe de
Parcela Coord. Coord. Grupo da Unidade Textura Orientação de Altimetria Temperatura
na Área da Área do Solo Litotipo Geomorfolologia Solo EMATER Relevo Declividade % Temperatura
e Ponto X Y Coleta Geológica do Solo Vertentes (m) do Solo ºC
Amostrada Amostrada (Terraclass) do Solo ºC
1.1 753475 8157456 Pastagem Pastagem Pecuária Pastagem Granulitos Gnaisse aluminoso, Gondito, Planaltos Dissecados das Latossolo med./arg. Leste Ondulado 8 - 20 870 - 918 20 - 23 22
Paraderivados Mármore, Rocha calcissilicática Altas Bacias do Piracanjuba Vermelho Ácrico
65
Tabela 11- Atividade da fauna edáfica e demais características das áreas de vegetação natural
67
Figura 18 –Mapa de unidade geológica (a), mapa de geomorfologia (b), mapa de solos (c), mapa de altimetria (d), mapa de declividade (e), mapa de orientação das vertentes (f), mapa de temperaturas da superfície (g),
mapa carta imagem (h) e mapa de uso do solos (i).
67
Com base nos dados obtidos das temperatura do solo uma representação mais específica dos
pontos está representada na Figura 19 , verifica-se que cerca de 38% dos pontos apresentaram
temperaturas mínimas entre 20 a 23°C, 26% dos pontos apresentaram temperaturas entre 23 e 24°C, e os
menores percentuais com 18% foram referentes as temperaturas mais elevadas de 24 a 27°C, entretanto
por mais que tenham representados apenas 18% dos pontos com maiores temperaturas a junção destes
percentuais totalizam 36% de pontos com temperaturas elevadas, ou seja, semelhante ao menores registros
de temperatura do solo.
18% 20 - 23 ºC
38% 23 - 24 ºC
18% 24 - 25 ºC
25 - 27 ºC
26%
Figura 19 - Gráfico das temperaturas do solo nas áreas de pastagem e vegetação natural amostradas.
No que se refere a declividade e relevo nas áreas amostradas a Figura 20(a), cerca de 38% dos
pontos encontram-se sobre declividades entre 8 a 20% com relevos ondulados, 29% sob declividades entre
3 a 8% com relevo levemente ondulado, 12% sob declividades entre 0 a 3% com relevos planos, o mesmo
percentual para declividade entre 45 a 75% com relevos montanhosos e o menor percentual de 9%
representado por declividade entre 20 a 45% caracterizados como fortemente ondulados. Quanto a
altimetria observada na Figura 20 (b), 44% dos pontos prenominam em áreas cuja altimetria varia entre
870 a 918m, 35% com altimetrias entre 871 a 918m, 18% dos pontos contam com altimetrias entre 872 a
918m e o menor percentual de 3% é representado pelas altimetrias entre 798 a 870m.
69
Declividade e Relevo nas Áreas Amostradas Altimetria (m)
0 - 3% Plano 3%
12% 12%
18%
9%
3 - 8% Levemente
Ondulado 798 - 870m
(a) (b)
Figura 20- Percentual da declividade e relevo nos pontos amostrados (a), Percentual da altimetria nos pontos
amostrado (b).
69
Atividade de Indicadores
20
Presença Observada por ponto
FUNGOS
15
FAUNA
10
BIOPOROS
5
RAIZES
0
PEC APP FES
Paisagem amostrada
Figura 21- Gráfico das parcelas com a presença de atividade de indicadores edáficos
A atividade da fauna edáfica variou consideravelmente nas áreas amostradas, vale salientar que
as variações se deram em consequência de quantidades distintas de pontos amostrados na pecuária, e nas
áreas de vegetação natural. Quando analisados individualmente, a pecuária conta com 18 pontos
amostrais, sendo observados apenas em 1 ponto a presença de fungo e de bioporos, representando cerca
de 5% da pecuária, para todos os pontos foram identificados a presença de raízes, e quanto a macro e
mesofauna apontaram presença em 11 pontos, representando cerca de 61% da pecuária. As áreas de
vegetação natural apresentaram 10 pontos de validação nas APPs, sendo observado a presença de fungos
em 1 ponto, sendo representado por apenas 2,9% das APPs e nenhuma visualização de bioporos,
entretanto a presença de mesofauna foi identificada em 9 pontos, sendo presentado por 90% das APPs,
cenário semelhante é observado nas FES onde foram validados 6 pontos ao todo, não destacando a
presença de fungos e bioporos para nenhum dos pontos, porém em 5 pontos foram observados a presença
de mesofauna, ou seja, 90% das FES.
A Tabelas 12 apresenta a biodiversidade edáfica associadas as demais características das áreas
amostradas, nota-se além da presença de espécies algumas áreas apresentaram uma diversidade destes
organismos. A pecuária apresentou indivíduos de 4 ordens, sendo estes Anelídeo, Chilopoda, Formicidae
e Isoptera, para as áreas de vegetação natural observou-se maiores incidências de indivíduos por ponto,
sendo possível identificar nas APPs indivíduos de 5 ordens distintas, Anelídeo, Aracnídeos, Chilopoda,
Coleoptera, Diplópode, as áreas da FES apresentaram a maior variação de indivíduos, classificados em
6 ordens, sendo estas Anelídeo, Chilopoda, Coleoptera, Diplópode, Lepidoptera, Orthoptera.
Considerando a condição variáveis da cobertura vegetal das áreas amostradas, as pastagens
apresentaram extensões de áreas conservadas que favoreceu temperaturas do solo mais amenas, maior
presença de plântulas e serrapilheira, e incidência da fauna edáfica. Entretanto predominou-se áreas com
70
indícios de degradação com solos compactados comprometendo assim sua aeração, além de solos
expostos com vegetações secas e serrapilheira reduzida. Consequentemente tal cenário favoreceu a
incidências dos raios solares sobre a superfície menos protegida e acarretou o aumento da temperatura
do solo, favorecendo assim a perda de umidade, limitando o desenvolvimento da cobertura vegetal e o
que acarretou na redução da serrapilheira. A disponibilidade de matéria orgânica fica comprometida
sobre tais condições, para os autores Buckman e Brady (1996) a disponibilidade de matéria orgânica no
solo é um dos fatores determinantes para o melhor desenvolvimento dos indivíduos e sua ausência acaba
por limitar o suprimento de nutrientes necessário para os mesmos, logo o processo de decomposição dos
resíduos de vegetais e plantas, fornecimento e ciclagem de nutrientes será reduzido.
As áreas de vegetação natural apresentaram condições distintas e contrastantes das pastagens,
a presença de cobertura vegetal favoreceu temperaturas mais amenas para todas as áreas amostradas com
exceção dos postos que sofreram influência da precipitação, elevando as temperaturas superficiais. As
temperaturas amenas, e a grande quantidade de serrapilheira favorece a cobertura do solo, mantendo o
teor de umidade do mesmo e consequentemente favorecendo a ocorrência de alguns indivíduos que
apresentam preferência para estes ambientes. Outro aspecto que deve ser considerado como facilitados
para ocorrência da fauna é quantidade de serrapilheira, matéria orgânica e raízes nessas áreas,
favorecendo a presença de organismos que atuem na decomposição e ciclagem desse material além de
proporcionar nutrientes para o solo. Um bom exemplo de tais interferências, é destacado por SILVA et
al., (2012) nos processos de manipulação e preparação do solo. O sistema biológico do solo fica exposto
a essas ações e acabam por sofrerem danos diretos pelo processo de abrasão e esmagamento, ou pela
alteração do microclima quando a serapilheira se encontra ausente. Quando se fala da matéria orgânica
proporcionada através cobertura vegetal presente no solo, destacar a importância deste nas diversas
características e funcionalidades do solo é indispensável para possamos compreender o quão necessário
é manter uma cobertura vegetal. Uma vez que o solo se encontra com uma vegetação, está é capaz de
alimentar o sistema de matéria orgânica, tornando-se possível manter a vida dos microrganismos
presentes.
71
Tabela 12- Indicadores e interações com demais características em área de pastagem
B1 E1 G1 A2 C2 E2 G2 F3 D4
2.4 Anelídeo Ausente Pivotante Ausente APP 23 22 170,10 Argila arenosa 4,40 4,00 54,77 10,17 2,10 0,17
E4 F4 F5 B6 F6 E7 F7
C1 G1 B2 C2 D2 E2 A4 A5 B5
2.5 Diplópode Ausente Pivotante Ausente APP 23 22 284,90 Argila arenosa 4,90 5,40 70,31 11,79 2,40 0,29
D5 E5 G5 F6 G6 E7
B1 C1 E1 F1 A3 A4 E4 B5 A6
2.6 Diplópode Ausente Pivotante Ausente APP 22 22 216,00 Franco argilo arenosa 4,30 3,50 47,42 9,70 1,80 0,10
D6 F6 A7 C7 F7
3.4 Coleoptera Ausente Ausente Pivotante Ausente APP 23 23 128,60 Argiloarenosa 5,00 1,90 54,30 3,72 1,20 0,22
Aracnídeos
3.5 D1 D2 D3 Ausente Pivotante Ausente APP 23 22 77,60 Argiloarenosa 5,60 2,00 60,98 4,10 0,80 0,30
Coleoptera
Chilopoda
3.6 Ausente Ausente Pivotante Presente APP 23 22 150,70 Argilosa 5,50 2,90 77,43 8,42 0,80 0,32
Anelídeo
G1 G3 G6 F6 C5 A5 A6 B6 A7
4.4 Coleoptera Ausente Fasciculada Ausente APP 22 23 374,90 Muito argilosa 5,00 5,90 76,47 10,20 33,50 1,30
B7 G7
Aracnídeos C1 C2 C3 D3 E3 F3 E4 D6 A5
4.5 Ausente Fasciculada Ausente APP 21 21 241,00 Argiloarenosa 5,40 2,90 69,85 5,97 2,40 0,17
Anelídeo C7
Aracnídeos
4.6 B4 B5 Ausente Fasciculada Ausente APP 21 21 128,40 Franco argilo arenoso 5,00 3,50 69,15 5,51 3,00 0,11
Anelídeo
Chilopoda Fasciculada/
5.4 A3 C4 C5 D5 Ausente Ausente FE 23 22 198,80 Argilosa 5,20 5,40 75,05 9,22 2,40 0,82
Coleoptera Pivotante
Lepidoptera
5.5 B7 Ausente Fasciculada/ Ausente FE 22 22 600,50 Argilosa 5,30 6,30 85,56 15,24 2,40 0,74
centonpeia
Orthoptera
5.6 D4 Ausente Pivotante Ausente FE 23 22 541,20 Argiloarenosa 5,20 5,90 82,23 14,63 1,50 0,73
Coleoptera
6.4 Diplópode E6 Ausente Fasciculada Ausente FE 24 23 233,90 Franco argilo arenosa 4,90 4,80 71,30 9,06 2,70 0,36
6.5 Anelídeo B2 D5 Ausente Fasciculada Ausente FE 23 23 144,30 Franco argilo arenosa 4,20 5,70 41,71 7,72 7,40 0,62
Franco Argilo
6.6 ausente Ausente Ausente Fasciculada Ausente FE 24 24 368,70 5,10 6,50 72,53 9,83 16,00 0,83
arenosa
72
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sem a necessidade de utilizar os protocolos de coleta da fauna edáfica foi possível
identificar sua presença e correlacionar com a paisagem além de evidencia-se que o tipo de uso
e cobertura da área influencia diretamente sobre processos ambientais que em conjunto acabam
por inferir na ocorrência de organismos no solo. As áreas de pastagens apresentaram números
reduzidos de organismos se comparado as áreas de vegetação natural,
No caso das áreas de pastagens, as condições do solo variou para cada propriedade
permitindo então identificar que as áreas cujo manejo é realizado de forma inadequada
desencadeia impactos negativos sobre o solo. Verificou-se extensões de pastagem elevadas
temperaturas do solo, favorecendo a perda de umidade; extensões sem cobertura vegetal,
contribuindo para perda de partículas do solo favorecendo ocorrência de processos erosivos,
outro ponto observou-se solos expostos sendo demarcados por pisoteio constante, favorecendo
o processo de compactação. No que diz respeito aos aspectos químicos avaliados, os solos da
pecuária apresentaram valores reduzido para Ca, Mg, K, P, C, matéria orgânica e serrapilheira,
além de apresentar acidez baixa. Tais aspectos acabam por influenciar na ocorrência dos
organismos uma vez que estes não encontram suprimentos de nutrientes necessários para seu
desenvolvimento.
Vale salientar que as presenças de organismos no solo favorecem a qualidade e
funcionamento do solo, e quando ausentes existe essa carência de benefícios proporcionada por
estes, inicia-se então um ciclo, quando o ambiente se encontra sob condições de degradação e
manejo inadequado intensifica ainda mais a ausência de organismos e condições precárias do
solo.
Quando comparado os tipos de uso e cobertura do solo as áreas de vegetação natural
sejam elas APPs ou FES apresentam condições distintas as áreas de pastagens. A presença de
cobertura vegetal mais densa e diversidade de espécies tendem a proporcionar condições de
maior proteção contra a radiação solar e impacto das chuvas, resultando em temperaturas do
solo mais amenas, maior retenção da umidade no solo. A análise química também apresentou
acidez reduzida para as áreas, maiores concentrações Ca, Mg, K, P, C, matéria orgânica, além
de grandes quantidades de serrapilheira, disponibilizando assim condições favoráveis para o
desenvolvimento da fauna edáfica.
73
5.1 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
Sugere-se para os trabalhos futuros a classificação das áreas de pastagem e
levantamento de informação por parte do proprietário quanto ao manejo e o tipo de manejo
realizado sobre o terreno. Nas áreas de APPs e FES levantamentos mais aprofundados
quanto ao tipo e qualidade da vegetação que compõem as áreas. Patronizar os horários para
a realização das análises in loco, permitindo então melhor comparação dos dados em uns
determinados horários sem tendências extremas do ângulo de incidência. Ainda sobre a
aferição de temperara, correlacionar estes dados com a temperatura do ar irá contribuir
ainda mais para interpretação e compreensão destes elementos, uma vez que a temperatura
do ar influência sobre a temperatura do solo.
Devido à grande quantidade de material fotográfico, principalmente dos pontos de
observação, o tratamento das imagens em NDVI permitiria melhores interpretações dos
elementos registrados em campo. No que se refere a divulgação do trabalho, através da
educação ambiental enfatizar aos proprietários rurais a importância da fauna edáfica e a
influência da qualidade da área sobre os organismos, utilizando materiais didáticos para
transmitir os resultados obtidos. Para tópico abordado torna-se possível um estudo
aprofundado para cada elemento, permitindo correlações mais profundadas.
74
6. REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICO
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TEIXEIRA, W. et al. Decifrando a Terra – 2ª edição. Companhia Editora Nacional. São Paulo.
2009.
78
7.APÊNDICE
Imagens de coleta Imagens de coleta
Local: Fazenda de Pastagem no entorno da FLONA - Silvânia Goiás Local: Fazenda de Pastagem no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 1_Ponto 1 Parcela 1_Ponto_ 2
Data: 27/09/2018 Hora: 15:59 UTM: 753575 8157556 Altitude: 876m Data: 27/09/2018 Hora: 16:37 UTM: 753571 8157372 Altitude: 878m
Paisagem ao Norte Paisagem ao sul Paisagem ao leste Paisagem ao oeste paisagem ao Norte Paisagem ao Sul Paisagem ao leste Paisagem ao Oeste
Instrumento de observação Gabarito de observação Trincheira 20cm_ solo Instrumento de observação Gabarito de observação Trincheira 20cm_solo
c/ serrapilheira s/serrapilheira compactado c/ serrapilheira s/serrapilheira compactado
Local: Fazenda de Pastagem no entorno da FLONA - Silvânia Goiás Local: Fazenda de Pastagem no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 1_Ponto_3 Parcela 1_Ponto_5_ APP
Data: 28/09/2018 Horário: 09:25 UTM: 753578 8157335 Altitude: 888m Cobertura Natural: Mata de
Data: 28/09/2018 Hora: 09:25 UTM: 753578 8157335 Altitude: 888m
Galeria
Inst. observação c/pouca Gabarito de instrumento Trincheira 20cm_ solo Instrumento de observação Gabarito de instrumento
Fauna edáfica Trincheira 20cm
serrapilheira s/serrapilheira compactado c/ serrapilheira s/serrapilheira
Local: Fazenda de Pastagem no entorno da FLONA - Silvânia Goiás Local: Fazenda de Pastagem no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 2_Ponto 1 Parcela 2_Ponto 1_ APP
Data: 09/10/2018 Hora: 09:15 UTM: 750153 8160760 Altitude: 975m Data: 08/10/2018 Hora: 16:21 UTM: 759686 8160161 Altitude: 931m
Instrumento de observação Gabarito de observação Instrumento de observação Instrumento de observação Instrumento de observação
Trincheira 20cm Fauna edáfica Trincheira 20cm
c/ serrapilheira s/serrapilheira s/serrapilheira c/ serrapilheira s/serrapilheira
Local: Fazenda de Pastagem no entorno da FLONA - Silvânia Goiás Local: Fazenda de Pastagem no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 2_Ponto_ 2 Parcela 2_Ponto_ 2_ APP
Data: 09/10/2018 Hora: 09:56 UTM: 750070 8160683 Altitude: 965m Data: 08/10/2018 Hora: 15:03 UTM: 759733 8160150 Altitude: 936m
Instrumento de observação Instrumento de observação Instrumento de observação Instrumento de observação Instrumento de observação Instrumento de observação
Trincheira 20cm Trincheira 20cm
c/ serrapilheira s/serrapilheira s/serrapilheira c/ serrapilheira s/serrapilheira s/serrapilheira
Imagens de coleta Imagens de coleta
Local: Fazenda de Pastagem no entorno da FLONA - Silvânia Goiás Local: Fazenda de Pastagem no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 3_Ponto 1 Parcela 3_Ponto 1_ Validação APP
Data: 09/10/2018 Hora: 17:02 UTM: 753100 8157524 Altitude: 883m Data: 09/10/2018 Horário: 15:12 UTM: 753225 8157420 Altitude: 898m
Paisagem ao Norte Paisagem ao sul Paisagem ao leste Paisagem ao oeste Paisagem ao Norte Paisagem ao sul Paisagem ao leste Paisagem ao oeste
Instrumento de observação c/ Instrumento de observação Instrumento de observação c/ Instrumento de observação Instrumento de observação
serrapilheira s/serrapilheira Fauna edáfica Trincheira 20cm serrapilheira s/serrapilheira s/serrapilheira Trincheira 20cm
Local: Fazenda de Pastagem no entorno da FLONA - Silvânia Goiás Local: Fazenda de Pastagem no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 3_Ponto_ 2 Parcela 3_Ponto_ 2_ Validação APP
Data: 09/10/2018 Hora: 17:36 UTM: 753106 8157475 Altitude: 884m Data: 09/10/2018 Hora: 15:50 UTM: 753145 81575228 Altitude: 885m
Instrumento de observação c/ Instrumento de observação Instrumento de observação c/ Instrumento de observação Instrumento de observação
serrapilheira s/serrapilheira Trincheira 20cm serrapilheira s/serrapilheira s/serrapilheira Trincheira 20cm
Local: Fazenda de Pastagem no entorno da FLONA - Silvânia Goiás Local: Fazenda de Pastagem no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 3_Ponto_3 Parcela 3_Ponto_3_ Validação APP
Data: 09/10/2018 Hora: 18:00 UTM: 753106 8157516 Altitude: 878m Data: 09/10/2018 Hora: 16:28 UTM :753103 8157558 Altitude: 875m
Instr. observação c/pouca Gabarito de instrumento Instr. observação c/pouca Gabarito de instrumento
serrapilheira s/serrapilheira Trincheira 20cm serrapilheira s/serrapilheira Fauna edáfica Trincheira 20cm
Local: Fazenda Serrinha - Silvânia Goiás Local: Fazenda Serrinha - Silvânia Goiás
Parcela 5_Ponto 1 Parcela 5_Ponto 1_ APP
Data: 10/10/2018 Hora: 17:33 UTM: 752319 8159227 Altitude: 965m Data: 11/10/2018 Hora: 08:33 UTM: 752358 8158827 Altitude: 955m
Instrumento de observação c/ Gabarito de observação Instrumento de observação Instrumento de observação c/ Gabarito de observação Instrumento de observação
serrapilheira s/serrapilheira s/serrapilheira Trincheira 20cm serrapilheira s/serrapilheira s/serrapilheira Trincheira 20cm
Local: Fazenda Serrinha - Silvânia Goiás Local: Fazenda Serrinha - Silvânia Goiás
Parcela 5_Ponto_ 2 Parcela 5_Ponto_ 2_ APP
Data: 10/10/2018 Hora: 17:55 UTM: 752333 8159128 Altitude: 961m Data: 11/10/2018 Hora: 09:01 Altitude: 817m UTM: 752511 8158830
Instrumento de observação c/ Gabarito de observação Instrumento de observação Instrumento de observação c/ Gabarito de observação Instrumento de observação
serrapilheira s/serrapilheira s/serrapilheira Trincheira 20cm serrapilheira s/serrapilheira s/serrapilheira Trincheira 20cm
Local: Fazenda Serrinha - Silvânia Goiás Local: Fazenda Serrinha - Silvânia Goiás
Parcela 5_Ponto_3 Parcela 5_Ponto_3_APP
Data: 11/10/2018 Hora: 08:01 UTM: 752299 8158929 Altitude: 958m Data: 11/10/2018 Hora: 09:28 UTM: 752517 8158858 Altitude: 939m
Paisagem ao Norte Paisagem ao sul Paisagem ao Leste Paisagem ao Norte Paisagem ao sul Entrada da APP
Instr. observação c/pouca Gabarito de instrumento Instrumento de observação Instr. observação c/pouca Gabarito de instrumento Instrumento de observação
serrapilheira s/serrapilheira s/serrapilheira Trincheira 20cm serrapilheira s/serrapilheira s/serrapilheira Trincheira 20cm
Local: Fazenda Serrinha - Silvânia Goiás Local: Fazenda Serrinha - Silvânia Goiás
Parcela 6_Ponto 1 Parcela 6_Ponto 1_ APP
Data: 11/10/2018 Hora: 11:32 UTM: 750555 8155182 Altitude: 1010m Data: 11/10/2018 Hora: 13:36 UTM: 750519 8155650 Altitude: 961m
Instrumento de observação c/ Gabarito de observação Instrumento de observação Instrumento de observação c/ Gabarito de observação Instrumento de observação
serrapilheira s/serrapilheira s/serrapilheira Trincheira 20cm serrapilheira s/serrapilheira s/serrapilheira Trincheira 20cm
Local: Fazenda Serrinha - Silvânia Goiás Local: Fazenda Serrinha - Silvânia Goiás
Parcela 6_Ponto_ 2 Parcela 6_Ponto_ 2_ APP
Data: 11/10/2018 Hora: 12:12 UTM: 753571 8155296 Altitude: 958m Data: 11/10/2018 Hora: 15:15 UTM: 750555 8155635 Altitude: 979m
Instrumento de observação c/ Gabarito de observação Instrumento de observação Instrumento de observação c/ Gabarito de observação Instrumento de observação
serrapilheira s/serrapilheira s/serrapilheira Trincheira 20cm serrapilheira s/serrapilheira s/serrapilheira Trincheira 20cm