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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG

INSTITUTO DE ESTUDOS SÓCIOAMBIENTAIS - IESA


CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS AMBIENTAIS

MARIA JOSÉ BARRETO DA SILVA LIMA

Conservação do solo em áreas de agricultura no entorno da FLONA- Floresta Nacional de


Silvânia - Goiás

Goiânia - GO
2019
Maria José Barreto da Silva Lima

Conservação do solo em áreas de agricultura no entorno da FLONA- Floresta Nacional de


Silvânia - Goiás

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de


Graduação em Ciências Ambientais do Instituto de Estudos
Socioambientais (IESA) da Universidade Federal de Goiás
(UFG), para obtenção do título de bacharel em Ciências
Ambientais.
Orientação: Profa. Dra. Andrelisa Santos de Jesus
Coorientador: Prof. Dr. Carlos de melo e Silva Neto

Goiânia - GO
2019
Maria José Barreto da Silva Lima

Conservação do solo em áreas de agricultura no entorno da FLONA- Floresta Nacional de


Silvânia - Goiás

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de


Graduação em Ciências Ambientais do Instituto de Estudos
Socioambientais (IESA) da Universidade Federal de Goiás
(UFG), para obtenção do título de bacharel em Ciências
Ambientais.
Orientação: Profa. Dra. Andrelisa Santos de Jesus
Coorientador: Prof. Dr. Carlos de Melo e Silva Neto

Data de defesa: 24 de Junho de 2019


Resultado: 90

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________________________
Orientadora Profa. Dra. Andrelisa Santos de Jesus (IESA/UFG)

_____________________________________________________________
Coorientador Prof. Dr. Carlos de Melo e Silva Neto (IFG/UEG)

_____________________________________________________________
Profa. Dra. Ana Paula de Oliveira (IESA/UFG)
(Examinadora)

_____________________________________________________________
Profa. Dra. Hélida Ferreira da Cunha (UEG)
(Examinadora)
„‟Dedico este trabalho aos meus avós maternos „In
Memoriam‟ e paternos. A meu esposo e meus pais,
que não tiveram oportunidade de terminar o ensino
médio mas com muito amor e incentivo não
mediram esforços para que eu chegasse até aqui. A
meus irmãos que ainda não conseguiram ingressar
em uma faculdade, mas com muito carinho me
deram forças para prosseguir.‟‟
Agradecimentos

A Deus por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades. Aos meus Pais, agradeço por
terem me criado com amor e dignidade, apesar de todas as dificuldades, e pelo incentivo para
sempre estudar.
Aos meus irmãos e sobrinhos que sempre me apoiaram e me admiram, de onde muitas vezes tirei
forças para continuar a jornada, a todos demais familiares que de alguma forma me auxiliou.
Ao meu esposo Marcus agradeço pelo amor, carinho, dedicação, apoio, preocupação e acima de
tudo pela compreensão.
A minha orientadora Prof. Dra. Andrelisa Santos de Jesus, agradeço por sua confiança e
incansável dedicação, gratidão eterna por compartilhar sua sabedoria, o seu tempo e sua
experiência.

Ao meu coorientador Prof. Dr. Carlos de melo e Silva Neto, agradeço pelos esclarecimentos
dedicação e experiência compartilhada.

A coordenadora do projeto PELD- Programa de Pesquisa Ecológica de Longa duração, Rosane


Garcia Collevatti por nos proporcionar o desenvolvimento deste lindo trabalho.

A Universidade Federal de Goiás-UFG e ao Instituto de Estudos Sóciosambientais-IESA, a todo


seu corpo docente, a compreensão de alguns me confortou, e os obstáculos impostos por outros
me desafiou, minha gratidão por terem sido verdadeiros mestres, a direção e administração que
oportunizaram a janela que hoje vislumbro um horizonte superior.

Ao corpo técnico de funcionários da Floresta Nacional de Silvânia, Gestor Renato Cézar de


Miranda, pelo alojamento e por tornar nossa locomoção na Flona viável, a Maria Luz Lobo por
nos doar água potável, gratidão eterna ao motorista Raimundo Carvalhos Gusmães com muita
paciência e entusiasmo nos deslocou em todos os caminhos necessários, ao Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade por tornar tudo isso possível.

Ao professor de engenharia civil e ambiental Renato Resende Angelin, pelo tempo a nós
dedicado e concedido o uso de um equipamentos solicitado e sua boa vontade em sempre nos
ajudar.
Ao laboratório de análise de solos Solocria laboratório agropecuário LTDA, que fez todo ensaio
laboratorial do nosso solo coletado. Ao Vinicius Daígaro Dias da R. de Andrade engenheiro
agrônomo da Solocria pela cordialidade e prontidão em me receber e esclarecer dúvidas.

Ao laboratório Ecologia Florestal coordenado pela professora Francine Neves Calil, pelo espaço
cedido para analise de nossas amostras, ao prof. Guilherme Murilo de Oliveira do laboratório de
alometria Florestal agradeço pela atenção e esclarecimento de dúvidas.

Aos colegas e amigos de campo, Bruna Lima, Evellyn Teles, Breno Wilson e Lucas Magre,
pessoas especiais, obrigada por fazerem parte da minha História, para sempre os lembrarei. Ao
Joelson Sousa passos pela colaboração no trabalho e dedicação. A todos que tem por mim
confiança e sempre acreditaram e torcem pelo meu sucesso, meu eterno agradecimento.
„’Há apenas uma maneira de evitar críticas: não falar, não
fazer e não ser nada.’’
(Aristóteles).
RESUMO

A presente pesquisa trata-se de um estudo sobre a conservação do solo em áreas de agricultura


no entorno da Flona de Silvânia Goiás. A pesquisa aborda características do meio físico bem
como análises da temperatura do solo, serrapilheira, análises morfológicas do solo, ensaios
químicos e físicos dos solos. Correlacionando a influência sob os bioindicadores edáficos, que
podem interferir na riqueza da fauna edáfica e consequentemente influenciar na conservação do
solo e sua qualidade. Foram observados teores elevados de temperaturas e estruturas dos solos
impactados em áreas de agricultura o que interfere na ocorrência da fauna edáfica afetando a
qualidade do solo. O que conversa bem com o objetivo geral apresentado que é analisar a
conservação do solo e sua relação com a riqueza biológica e uso agrícola do solo. Foi possível
observar por meio das análises a diferença dos ambientes antropizados e ambientes naturais e sua
possível influência na conservação do solo. Verificou-se que em áreas de vegetação natural a
riqueza da fauna edáfica é maior, e a qualidade dos solos são equilibrados, com índices de
serrapilheira considerável bem como temperaturas amenas o que contribuiu com o equilíbrio
físico e químico dos solos naturais. Para os solos de agricultura notou-se que os sistemas de
manejo mostram-se ineficientes ou, apresentando solos mais impactados fisicamente e
biologicamente. Constatou-se, a falta ou pouca cobertura vegetal dos solos e temperaturas mais
elevadas, isso os tornam suscetíveis a perdas de nutrientes , perda de bioindicadores edáficos
bem como o surgimento de erosões nos solos de agricultura. Foi possível verificar uma grande
diferença nas áreas de agricultura e as áreas de controle sendo elas Floresta estacional
semidecidual e Área de preservação permanente. Os indicadores de degradação para o solo
foram, as análises físicas, químicas e biológicos sendo a presença e ausência da fauna edáfica.

Palavras chave: Indicador de degradação. Serrapilheira. Mesofauna. Solos. Paisagem.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Processos Pedogenéticos permitem entender o ambiente de formação dos solos, bem
como a ocorrência das classes de solos. Adições, remoções constitui em translocações do
material dos solos e junto a transformações desenvolve o tipo de solo que ocorrerá. Fonte:
Embrapa
solos...............................................................................................................................................19

Figura 2 - Perfil dos solos em camadas e suas características de horizontes. Fonte: OLIVEIRA,
Luciane C;
2017...............................................................................................................................................22
Figura 3 - Classificação dos organismos do solo microfauna, mesofauna e macrofauna por
diâmetro. Fonte:(SWIFT et
al;1979)..........................................................................................................................................23
Figura 4 - Organograma da metodologia realizada para o desenvolvimento do trabalho, dividido
em três etapas, pré-campo, trabalho de campo e pós-campo Figura 5- Mapa de localização da
Flona Silvânia-
Goiás..............................................................................................................................................27
Figura 5 - Mapa de localização FLONA Silvânia – Goiás. Elaborado por ARRUDA NETO
2018...............................................................................................................................................28
Figura 6 - Instrumento de observação utilizado para anotações em
campo.............................................................................................................................................29
Figura 7 - Instrumento de observação (a); Gabarito
(b)...................................................................................................................................................30
Figura 8 - Formulário de descrição; Elaborado por: LIMA; TELES e
LIMA.............................................................................................................................................31
Figura 9 - Mapa de espacialização das parcelas e pontos amostrais.............................................34
Figura 10 - Esquema da primeira fase do trabalho em campo com as parcelas
amostradas................................................................................... ...........................................................35
Figura 11- Esquema da segunda fase do trabalho em campo com as parcelas
amostradas...................................................................................................................................................36
Figura 12 - Coleta na chuva (a); Ferramentas utilizadas em campo (b); Instrumento de
observação quadrado (c); Gabarito auxilio ao quadrado (d); aferição de temperatura (e);
Serrapilheira sendo coletada em campo
(f)...................................................................................................................................................38
Figura 13- Trado do solo (a); Trincheira aberta e observação de Raízes (b); Torrões coletados em
campo (c) identificação de Bioporos (d)........................................................................................39
Figura 14 - Serrapilheira em laboratório antes de ir para estufa (a); Serrapilheira sendo pesada
após processo de secagem(b). Amostras em bandejas (c); Carta Mussell e torrões (d); Análise
morfológica (e); ); Triângulo textural, EMBRAPA,2008. (e).......................................................41
Figura 15 - Paisagem amostradas; Parcela 1, Pós colheita sorgo (a), FES (b); Parcela 2, Pós
cultivo sorgo (c), Floresta estacional semidecidual (d); Parcela 3, Pós cultivo Milho (e), Área de
preservação permanente (f); Parcela 4, solo arado (g), Área de preservação permanente (h);
Parcela 5, solo arado (i), APP (j); Parcela 6, solo arado (l), Área de preservação permanente
(m)..................................................................................................................................................45
Figura 16- Gráficos de média das temperaturas. Média de temperaturas parcela 1(a); Média de
temperaturas parcela 2 (b); Média de temperaturas parcela 3 (c); Média de temperaturas parcela
4 (d); Floresta estacional semidecidual - FES ,Pós colheita de Milho –PCM Solo Arado -SA,
Área de preservação permanente -
APP................................................................................................................................................47
Figura 16.1 - Média de temperaturas parcela 5 (e); Média de temperaturas parcela 6 (f). (SA)
Solo Arado, Área de preservação Permanente -
APP................................................................................................................................................50
Figura 17 - Gráfico de serrapilheira, média e desvio padrão em
barras..............................................................................................................................................52

Figura 18 - Média da serapilheira/ PCS- Pós-colheita de sorgo/ PCM-Pós-colheita de Milho/ SA-


Solo Arado, Floresta estacional semidecidual - FES, Área de Preservação Permanente -
APP................................................................................................................................................53

Figura 19 - Média com desvio padrão de pH nas áreas amostrais, Floresta estacional
semidecidual - FES, área de preservação permanente -APP, pós-colheita de sorgo -PCS, pós-
colheita de milho - PCM e solo arado - SA
.......................................................................................................................................................69

Figura 20- Média e desvio padrão de cálcio(a) e magnésio(b) nas áreas amostradas. Floresta
estacional semidecidual - FES, área de preservação permanente -APP, Pós-colheita de sorgo -
PCS, Pós-colheita de milho e solo arado -
SA................................................................................................................................................71

Figura 21 - Média e desvio padrão de Potássio (a) e Fósforo (b) nas áreas amostrais. E
elementos minerais em agricultura (c) e elementos minerais em
FES.................................................................................................................................................75

Figura 22- Média e desvio padrão de Zinco (a), carbono (c), e matéria orgânica (d) nas áreas
amostradas. ...................................................................................................................................77

Figura 23 - Média e desvio padrão de CTC (a), SB (b), SA(c) em áreas


amostradas.....................................................................................................................................79

Figura 24- CTC em áreas de agricultura(a), CTC em áreas de FES e APP (b), elementos
minerais..........................................................................................................................................82

Figura 25 - Mapas da área amostral. Mapa de unidade geológica (a), mapa de geomorfologia (b),
mapa de solos (c), mapa de altimetria (d), mapa de declividade (e), mapa de orientação das
vertentes (f), mapa de temperaturas da superfície (g), mapa carta imagem (h) e mapa de uso do
solos (i)..........................................................................................................................................88

Figura 26 - Gráficos de porcentagens. Altimetria das áreas amostradas (a), declividade das áreas
amostradas (b), relevo das áreas amostradas (c) e classe de temperaturas das áreas
amostradas.....................................................................................................................................89

Figura 27 - Presença e ausência de Biondicadores edáficos nas áreas


amostradas.....................................................................................................................................91
Figura 28 - Gráficos de classe dos solos em analise textural de granulometria, para áreas
amostradas.....................................................................................................................................93
LISTAS DE TABELAS

Tabela 1 - Influência fauna edáfica sobre a qualidade do solo e produtividade do mesmo,


melhorando fisicamente o solo e potencializando os nutrientes. Fonte: (AQUINO,
2006)..............................................................................................................................................24
Tabela 2- Análises morfológica do solo, parcela
1.....................................................................................................................................................61
Tabela 3- Análises morfológica do solo, parcela 2
...................................................................................................................................................... 61
Tabela 4- Análises morfológica do solo, parcela
3.....................................................................................................................................................62
Tabela 5- Análises morfológica do solo, parcela 4 Solo
arado...............................................................................................................................................62
Tabela 6- Análises morfológica do solo, parcela 4
APP................................................................................................................................................63
Tabela 7- Análises morfológica do solo, parcela 5 Solo
arado...............................................................................................................................................63
Tabela 8- Análises morfológica do solo, parcela 5
APP................................................................................................................................................64
Tabela 9- Análises morfológica do solo, parcela 6 solo
arado...............................................................................................................................................64
Tabela 10- Análises morfológica do solo, parcela 6
APP................................................................................................................................................65
Tabela 11- Análise Textural seguindo ensaios de
granulometria.................................................................................................................................66

Tabela 12- Dados de analises dos ensaios químicos em Áreas de Agricultura.............................68


Tabela 12.1- Dados de resultados dos ensaios químicos de solos de áreas de vegetação
natural...........................................................................................................................................68
Tabela 13 - Características do meio físico dos pontos amostrados em área de
agricultura......................................................................................................................................85

Tabela 13.1 - Características do meio físico dos pontos amostrados em área de vegetação
natural............................................................................................................................................86
Tabela 14- Bioindicadores edáficos e interações com demais características em área de
agricultura.....................................................................................................................................96
Tabela 14.1 - Bioindicadores edáficos e interações com demais características em áreas de
cobertura vegetal
Natural...........................................................................................................................................97
Sumário

1.INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................15
2. EMBASAMENTO TEÓRICO................................................................................................................18
2.1 Solos.......................................................................................................................................................18
2.2 Fauna do solo........................................................................................................................................22
2.3 Indicadores de degradação....................................................................................................................25
3. MATERIAIS E METÓDOS...................................................................................................................27
3.1 Área de Estudo......................................................................................................................................27
3.2 Pré-campo..............................................................................................................................................28
3.3 Trabalho de Campo..............................................................................................................................32
3.4 Análises Laboratoriais...........................................................................................................................39
3.5 Delineamento estatisticos.....................................................................................................................42
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES..........................................................................................................43
4. 1 Cobertura vegetal das áreas amostradas...............................................................................................43
4.2 Temperatura..........................................................................................................................................46
4.3 Serrapilheira...........................................................................................................................................51
4.4 Morfologia do solo...............................................................................................................................55
4.5 Aspectos Físico e química dos Solos...................................................................................................66
4.5.1 Análise física dos solos......................................................................................................................66
4.5.2 Análise química dos solos..................................................................................................................67
4.6 Parâmetros do meio físico.....................................................................................................................83
4.7 Presença e ausência de Atividade da fauna edáfica.............................................................................90
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................................................98
5.1 Sugestões trabalhos futuros..................................................................................................................100
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS...................................................................................................101
7. APÊNDICE............................................................................................................................................105
15

1. INTRODUÇÃO

Detectar indicadores de degradação no solo e conhecer a biodiversidade pedológica da


área de estudo é necessário, bem como sabemos que a qualidade destes recursos tem uma
correlação entre si. Geralmente os seus arredores influenciam na sua eficácia do ecossistema,
podendo, contudo interferir para o bem ou para o mal funcionamento que são atingidos de forma
direta ou indireta, uma vez que o mau uso do solo como o desmatamento, a implantação de
agricultura sem um manejo adequado, pecuária e atividades que acarretam a degradação do solo.
Como bem colocado, segundo BARETTA et al. (2011), a fauna do solo mostra-se
sensível a modificações ocorridas no ambiente, tanto as biológicas, físicas e químicas, como
resultantes das práticas de manejo do solo e de cultivo empregadas. Por ser uma área de entorno
a uma Unidade de Conservação a Floresta Nacional de Silvânia Goiás FLONA, é necessário que
haja um uso prudente dos recursos naturais, pois a má gestão pode influenciar na qualidade dos
mesmos, interferindo assim na conservação da unidade de conservação.
FLONA é uma unidade de conservação UC, do grupo de uso sustentável, segundo
Instituto Chico Mendes de conservação da biodiversidade ICMBio ,Floresta Nacional é uma
Área com cobertura florestal de espécies predominantemente nativas, criadas com o objetivo
básico de uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e pesquisa científica, voltada para a
descoberta de métodos de exploração sustentável destas florestas nativas.

Da mesma maneira que a agricultura e pastagens podem apresentar algumas das práticas
ameaçadoras para a integridade do meio ambiente natural, prejudiciais também à biodiversidade
do solo, sendo assim, o uso de agrotóxicos e igualmente a correção feita para o cultivo podem ser
prejudiciais para a fauna e flora pedológica. Conforme PAUL et al. (2003) a temperatura do solo
tem influência no crescimento das plantas, com seu efeito na atividade fisiológica e,
indiretamente, na disponibilidade de nutrientes do solo. Sendo assim, a implantação da
agricultura pode interferir negativamente nas temperaturas dos solos. Porém, é possível
minimizar os impactos, sabendo que a agricultura não pode simplesmente acabar, LEPSCH
(1983) afirma que o uso adequado do solo é o primeiro passo para se estabelecer agricultura
correta e a terra deve ser utilizada de maneira prudente visando sempre a sua capacidade de
sustentação e produtividade econômica.

Partindo do que é observado, a presente pesquisa tem o intuito de responder a seguinte


pergunta, o uso do solo para fins agrícolas, sobretudo o cultivo de milho e soja no entorno da
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FLONA de Silvânia possuem um manejo que desencadeia processos impactantes capazes de


alterar as condições físicas e morfológicas do solo, influenciando sobre a biodiversidade edáfica
e consequentemente resultando em degradação ambiental? Segundo MERTEN e MINELLA
(2002) o uso do solo pelas atividades agrícolas promove alterações nos processos biológicos,
físicos e químicos do ambiente, e devido essas modificações é necessário que tenha um
monitoramento sendo avaliadas, a fim de que ações corretivas da degradação que por ventura
exista possam ser implementadas. Segundo DEVIDE e CASTRO (2009) a fauna do solo tem um
importante papel na regulação dos sistemas agrícolas e, desde os anos 1980, vem sendo
pesquisada no Brasil como indicador de sustentabilidade do manejo dos solos tropicais. Diante
disso a hipótese levantada é que a implantação da agricultura causa alteração na cobertura do
solo e na incorporação de biomassa que podem influenciar na infiltração e retenção da umidade e
variação de temperatura afetando a fauna edáfica e consequentemente a qualidade do solo.

A conservação do solo não está ligada apenas na produção agrícola. Algumas formas de
manejo insustentável prejudicam de forma vitalícia a qualidade do terreno, inviabilizando o
desenvolvimento dos microrganismos indispensáveis para a manutenção da qualidade na terra
PLANTIER, (2009).
Este trabalho apresenta os resultados da pesquisa desenvolvida sobre Conservação do
solo em áreas de agricultura no entorno da Floresta Nacional de Silvânia, FLONA Goiás,
inserido ao projeto Sítio PELD Programa de Pesquisa Ecológica de Longa duração, que tem
como proposta Conectividade funcional e antropização da paisagem: estudo de caso da Flona
Silvânia e microbacia do rio vermelho.

Neste trabalho teremos como objetivo geral: Analisar a conservação do solo e sua
relação com a riqueza biológica e uso agrícola do solo. Para isso destaca-se como objetivos
específicos: Correlacionar os parâmetros físicos, químicos e fauna edáfica do solo com a
qualidade do solo; Analisar possíveis impactos de práticas agrícolas sobre conservação do solo e
identificar quais indicadores de degradação do solo mais presentes.

Diante de tal declaração o estudo proposto é uma contribuição para que se conheça a real
situação do solo assim como sua riqueza edáfica, fazendo de conhecimento de todos o estudo
empregado, visto que é dever de todos contribuir para que haja um equilíbrio ao meio ambiente,
com a realização do estudo é um modo de assegurar a saúde do solo garantindo assim toda
biodiversidade biológica presente. Com a realização da pesquisa o agricultor conseguira
compreender e identificar os indicadores de degradação, possibilitando assim uma intervenção
para o melhor funcionamento do seu cultivo e consequentemente garantindo um solo melhor
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conservado, diminuído assim processos erosivos desencadeados por um uso sem manejo,
lixiviações, solos compactados e sem vida.
18

2. EMBASAMENTO TEÓRICO

2.1 Solo
O solo é um recurso assim como os outros muito utilizados, a história nos revela que
desde o início da nossa existência, ainda primitivos o solo vem sendo explorado de várias formas
uma delas é a expressão artística. Existem registros em cavernas de desenhos com diferentes
colorações, nos mostrando que um dos materiais usados foi o solo, pois as diferentes colorações
e textura dos solos permitiu que essas obras fossem feitas.

Já no que diz sobre agricultura, segundo LEPSCH (2002) há algumas evidências


arqueológicas que apontam que desde o início da agricultura os homens sabiam quais tipos de
solos eram mais produtivos, conhecimentos adquiridos devido a possíveis e diversas tentativas
de cultivo.

Diante do que foi descrito observa-se que a necessidade de cultivo desde os primórdios era
fundamental, o que diferencia aos tempos atuais é o crescimento acelerado e o uso constante de
agrotóxicos que afeta diretamente a qualidade dos alimentos e do solo, alterando a fauna do solo
existente além da possibilidade de contaminação ao nível freático do local disseminando assim
impactos ambientais. E se tratando de agricultura segundo PRIMAVESI (2002) é lógico que a
agricultura não pode conservar os ecossistemas naturais, no entanto, pode tentar instalar
ecossistemas simplificados próprios aos trópicos, e que afetam ao mínimo os serviços
ecossistêmicos essenciais á produção e á vida superior. Ainda com o pensamento da
PRIMAVESI (2002) a agricultura com manejo mais natural, com menos usos de produtos
químicos seja para o plantio e colheita, só tem a agregar benefícios ao solo, seja por aumentar a
biodiversidade edáfica até a sua produtividade por mais tempo. Segundo CATANOZI (2010), o
solo pode ser considerado, a partir de uma construção histórica, como um corpo natural,
constituído por partes sólidas, líquidas e gasosas, sendo tridimensionais, dinâmico, cuja
formação é material orgânico e mineral.

Sobre a formação do solo a Figura 1, apresenta os processos pedogenéticos que permite


entender o solo no ambiente de ocorrência.
19

Figura 1: Processos Pedogenéticos permitem entender o ambiente de formação dos solos, bem como a
ocorrência das classes de solos. Adições, remoções constitui em translocações do material dos solos e
junto a transformações desenvolve o tipo de solo que ocorrerá. Fonte: Embrapa solos.

Para entender melhor as classificações e características dos solos, segundo EMBRAPA


(2006) existem 13 classes de solo em nível categórico (ordem) são eles: Argissolo, cambissolo,
chernossolo, Espondossolo, Gleissolo, Latossolo, Luvissolo, Neossolo, Nitossolo, Organossolo,
Planossolo, Plintossolo e Vertissolo. Argilosso são solos constituídos por material mineral,
apresentando horizonte B textural imediatamente abaixo do A ou E, com argila de atividade
baixa ou com argila de atividade alta. Cambissolos são solos constituídos por material mineral
com horizonte B incipiente subjacente a qualquer tipo de horizonte superficial (exceto hístico
com 40 cm ou mais de espessura) ou horizonte A chernozêmico, quando o B incipiente
apresentar argila de atividade alta e saturação por bases alta. Chernossolo são solos constituídos
por material mineral, que apresentam horizonte A chernozêmico seguido por:
Horizonte B incipiente ou B textural. Horizonte cálcico, petrocálcico ou caráter carbonático
coincidindo com o horizonte A chernozêmico.Contato lítico desde que o horizonte A
chernozêmico contenha 150 g kg-1 de solo ou mais de carbonato de cálcio equivalente.
Espondossolos são solos constituídos por material mineral, apresentando horizonte B
espódico imediatamente abaixo de horizonte E, A, ou horizonte hístico. Gleissolos são solos
constituídos por material mineral com horizonte glei iniciando-se dentro dos primeiros 150 cm
da superfície do solo ou a profundidades entre 50 cm e 150 cm. Latossolos são solos constituídos
20

por material mineral, apresentando horizonte B latossólico precedido de qualquer tipo de


horizonte A.
Luvissolos São solos constituídos por material mineral, apresentando horizonte B
textural com argila de atividade alta e saturação por bases alta na maior parte dos primeiros 100
cm do horizonte B. Neossolos são solos pouco evoluídos constituídos por material mineral ou
por material orgânico com menos de 20 cm de espessura, não apresentando qualquer tipo de
horizonte B diagnóstico. Nitossolos são solos constituídos de material mineral, com 350 g kg-1
ou mais de argila, inclusive no horizonte A, que apresentam horizonte B nítico abaixo do
horizonte A.
Organossolos são solos constituídos por material orgânico, que apresentam horizonte
hístico. Planossolos são solos constituídos por material mineral com horizonte A ou E seguidos
de horizonte B plânico. Horizonte plânico sem caráter sódico perde em precedência taxonômica
para o horizonte plíntico. Plintossolos são solos constituídos por material mineral, apresentando
horizonte plíntico ou litoplíntico ou concrecionário, em uma das seguintes condições. Vertissolos
são solos constituídos por material mineral com horizonte vértico entre 25 e 100 cm de
profundidade e relação textural insuficiente para caracterizar um B textural.
Feito isso, ao estudar as classificações de solo existe a caracterização morfológica, que é
o estudo da aparência do solo no meio ambiente natural, descrição de sua aparência seguindo as
características visíveis ao olho nu ou perceptíveis aos sentidos do manuseio, o que permite
enquadrar em uma das classes citadas. Então a partir dos processos pedogenéticos, segundo
SANTOS et al. (2013) às características mais observadas são: Cor, estrutura, consistência,
porosidade, cerosidade, Nódulos e concreções minerais, minerais magnéticos, manganês,
carbonatos, sulfetos, eflorescências e coesão.

Para a determinação da cor utiliza-se a Carta de Cores de Munsell (Munsell Color


Charts), que considera as variações da cor em escalas de três componentes: matiz, valor e croma.
Textura - No Brasil o padrão seguido para a classificação de tamanho de partículas é o disposto
pela Embrapa (1979): Argila (< 0,002 mm), Silte (0,002 - 0,05 mm), Areia fina (0,05 - 0,2 mm),
Areia grossa (0,2 - 2 mm), as frações mais grosseiras do que a fração areia são: Cascalho (2 - 20
mm), Calhau (20 - 200 mm), Matacão (> 200 mm).
A estrutura é caracterizada conforme três aspectos: Tipo, tamanho e grau de
desenvolvimento. Quanto ao tipo pode ser laminar, prismática, colunar, blocos angulares, blocos
sub angulares, granular. Já quanto ao tamanho pode ser muito pequena, pequena, média, grande
muito grande. Com relação ao grau de desenvolvimento pode ser caracterizada como solta, fraca,
21

moderada, forte. Já para consistência pode encontrar, consistência seca, consistência úmida e
consistência molhada.
Quanto à porosidade se dá conforme a quantidade e tamanho dos poros, existe a
quantidade poucos, comuns ou muitos e também identifica os tamanhos sendo eles pequenos,
médios grandes ou muito grandes. Já para Cerosidade a classificação e feita conforme aspectos
segundo grau de desenvolvimento sendo eles fraca, moderada ou forte identificando também por
quantidade, pouco, comum ou abundante.
No que se refere aos nódulos e concreções minerais na descrição de campo, considera se
diversos aspectos dos nódulos ou concreções, como quantidade, tamanho, dureza, forma, cor e
natureza. Na classificação de minerais magnéticos é feita análise do grau de atração magnética à
um imã de bolso, realizada no campo.

Para carbonatos é a observação do grau de efervescência da superfície do material


quando em contato com um pequeno volume de ácido clorídrico a 10 %. Em identificação a
manganês também é observado o grau de efervescência da superfície do material quando em
contato com um pequeno volume de peróxido de hidrogênio de 20 volumes.

Quanto aos sulfetos pelo fato de que os compostos de sulfetos apresentam coloração
amarelo-dourada e odor característicos, é mais observado em área de mangues ou restrição
hídrica. Já em eflorescências se dá pelo resultado do acúmulo de sais após evaporação, portanto
são encontradas em condições de solo seco.

No aspecto coesão é uma característica observada em campo pela dureza sendo, duro,
muito duro ou extremamente duro de horizontes subsuperficiais quando secos, friabilidade
sendo, friável a firme quando úmidos. São descritos também dois graus de coesão em campo,
Moderadamente coeso, quando o material resistente à penetração de faca, martelo pedológico e
trado, consistência dura quando é seco e friável a firme quando úmido e fortemente coeso
quando o material resiste fortemente à penetração de faca, martelo pedológico e trado sendo
consistência muito dura a extremamente dura quando seco e friável a firme quando úmido.

Seguindo na contextualização da classificação do solo há diferenciações por horizontes e


suas camadas conforme OLIVEIRA, et al,(2015) o horizonte do solo deve-se entender uma
seção de constituição mineral ou orgânica, à superfície do terreno ou aproximadamente paralela
a esta, parcialmente exposta no perfil e dotada de propriedades geradas por processos formadores
do solo. Figura 2 mostra como essas camadas são divididas.
22

Figura 2: Perfil dos solos em camadas e suas características de horizontes. Fonte:


OLIVEIRA, Luciane C; 2017.

Segundo TEIXEIRA et al. (2009), horizonte são subseções do perfil do solo,


aproximadamente paralelas à superfície do solo, que apresentam características morfológicas e
atributos físicos, químicos e mineralógicos suficientemente distintos para individualizá-las
segundo critérios morfogenéticos.

Conforme citação de BARRETA et al. (2011), da mesma maneira que em outros


ecossistemas, significativa gama de organismos pode habitar os solos. A abundância e a diversidade dos
diferentes grupos estão geralmente associadas às características inerentes aos ambientes, tais
como: tipo de solo, clima e vegetação predominante (Lavelle& Pashanasi, 1989).

2.2 Fauna do solo


A fauna do solo, também conhecida como fauna edáfica é constituinte fundamental do
solo, sendo responsável tanto pela fragmentação dos resíduos orgânicos, aumentando assim a
área superficial para a atividade microbiana, como pela produção de enzimas responsáveis pela
quebra de biomoléculas complexas em compostos mais simples, auxiliando na formação do
húmus AITA et al. (2014).
23

Consequentemente, a presença destes organismos proporciona melhorias nos processos


de aeração e infiltração de água no solo, facilitando assim o desenvolvimento radicular das
plantas , BARETTA, et al (2011). Assim sendo podemos dividir o agrupamento da fauna do solo
em 3 classes de tamanhos sendo a microfauna, mesofauna e macrofauna. A Figura 3 apresenta a
classificação dos organismos do solo com base no diâmetro do corpo.

A microfauna do solo constituem, os protozoários, rotíferos, copépodes, tardígrados,


nematódeos e outros, cujo diâmetro corporal é inferior a 0.2mm (Swift et al., 1979). A
mesofauna do solo apresenta um diâmetro corporal entre 0.2mm e 4mm e compreende ácaros,
colêmbolos, miriápodes, aracnídeos e alguns oligoquetos e crustáceos, CORREIA e OLIVEIRA
(2000). Os animais da macrofauna do solo apresentam diâmetro corporal maior que 4mm e
podem pertencer a quase todas as ordens encontradas na mesofauna, excetuando-se ácaros,
colêmbolos, proturos e dipluros, CORREIA e OLIVEIRA (2000).

Figura 3: Classificação dos organismos do solo microfauna, mesofauna e macrofauna por diâmetro.
Fonte: (SWIFT et al;1979)

As atividades exercidas por estes determinam, em grande parte, as propriedades físicas,


químicas e biológicas do solo (NUNES, 2010). A atividade biológica desses organismos é
concentrada na camada superficial, com profundidade até 15 cm, nos solos tropicais, e até 30 cm,
24

nos solos de clima temperado (PRIMAVESI, 1990).

Os indivíduos da mesofauna e macrofauna que contribuem especificamente para o


melhoramento do solo, com estimulação de nutrientes, pelo meio de enzimas, e o aprimoramento
da estrutura por meio do estimulo da micro vida. Segundo PRIMAVESI (2002) apesar do Brasil
ser um dos maiores exportadores de minhocas (Rio grande do Sul e Pernambuco), geralmente
existe muito poucas minhocas em seus solos porque não suportam a insolação direta e as
queimadas. São seres sensíveis e em áreas com grande compactação do solo assim como sem
vegetação elas não são encontradas isso devido a necessidade de umidade no solo, como bem
colocado PRIMAVESE (2002). É importante mostrar de outra maneira como se da à influência
dos microrganismos e dos diferentes grupos de tamanho da fauna do solo nos processos do
ecossistema, conforme mostra a Tabela 1.

Tabela 1: Influência fauna edáfica sobre a qualidade do solo e produtividade do mesmo,


melhorando fisicamente o solo e potencializando os nutrientes.
Ciclagem de nutrientes Estrutura do solo
Catalisa a matéria Produz compostos orgânicos que ligam agregados
orgânica mineraliza e
Microflora
imobiliza nutrientes
Regula as populações de Pode afetar a agregação do solo por meio das
bactéria e fungos, altera interações com a microflora
Microfauna
o turnover de nutrientes
Regula as populações de Produz pellets fecais, cria bioporos, promove a
fungos e da microfauna humificação
Mesofauna
Fragmenta os resíduos Mistura partículas minerais e orgânicas,
de plantas, estimula a redistribui matéria orgânica e microrganismos,
Macrofauna
atividade microbiana cria bioporos, promove humificação, produz
pellets fecais
Fonte: (AQUINO, 2006).
Ainda sobre solos tropicais destaca se também a importância das raízes, PRIMAVESI
(2016) ressalta que, a presença de raízes no solo não somente permite a exploração de um
volume muito grande de terra, mas também proporciona água fresca (abaixo de 50 cm o solo
raramente passa de 25C e dificilmente seca).
Em áreas enormes desmatadas plantam-se monoculturas sem uso de matéria orgânica
com três nutrientes quimicamente refinados (NPK), após correção do pH do solo para o neutro,
por meio da calagem, usando herbicidas e defensivos químicos. Em função disso ainda morre a
maior parte da micro vida permanecendo somente algumas poucas espécies que conseguem
utilizar as excreções radiculares e a palha desta monocultura, desequilibrando os nutrientes
25

PRIMAVESI (2016). Desta maneira a atividade biológica no solo pode ser um indicador de
qualidade do solo bem como sua ausência pode indicar solos degradados.

2.3 Indicadores de degradação

Pensando em indicadores de degradação dos solos o trabalho aborda indicadores físicos


químicos e biológicos. Sabendo da importância que tem a qualidade do solo, e que importantes
aspectos que apontam a qualidade do solo são identificáveis por meio das características físicas
como: facilidade de infiltração por meio do crescimento radicular, armazenamento e ciclagem de
nutrientes importantes para o crescimento de vegetação, atividade biológica e outras. A
utilização de indicadores de qualidade do solo, relacionados à sua funcionalidade, constitui uma
maneira indireta de mensurar a qualidade dos solos, sendo úteis para o monitoramento de
mudanças no ambiente, ARAÚJO et al. (2012).

Os principais indicadores físicos normalmente utilizados são textura; espessura;


densidade do solo; resistência à penetração; porosidade; capacidade de retenção d‟água;
condutividade hidráulica; e estabilidade de agregados, ARAÚJO et al. (2012). Segundo
ARAÚJO et al. (2012) Os indicadores químicos são, habitualmente agrupados em variáveis,
como o teor de matéria orgânica do solo, a acidez do solo, o conteúdo de nutrientes, elementos
fitotóxicos (Al3+, por exemplo) e determinadas relações como a saturação de bases (V%) e de
alumínio (m).

Segundo DUDA et al (1999), o ambiente degradado é caracterizado pela remoção do


horizonte superficial do solo e da matéria orgânica, alterando as propriedades físicas, químicas e
biológicas do mesmo. No entanto para BERG (2001), degradação envolve a deterioração da
diversidade biológica e o rompimento dos processos biológicos, além da fragilização do solo.

Com base nas descrições nos leva a imaginar quais são as atividades que podem
acarretar a uma degradação, para DIAS e MELLO (1988) destacam que entre as atividades
degradantes do solo, o superpastejo colabora para degradar 34,5% das áreas mundiais, seguidos
pelo desmatamento que degrada em torno de 30%, atividades agrícolas (28,1%), exploração
intensa da vegetação para fins domésticos (6,8%) e atividades industriais ou bioindustriais
(1,2%).

Para KOBIYAMA et al (2001), as atividades degradantes do solo são: a agricultura, o


uso do solo fora da sua aptidão natural, o sistema de preparo e irrigação inadequados, a
26

monocultura, o superpastejo, a mineração e a urbanização. Estes mesmos autores também


compartilham a afirmação que na América do Sul o desmatamento é o principal responsável pela
degradação do ambiente respondendo com 41,0% do total, seguido do superpastejo com 27,9% e
as atividades agrícolas com 26,2%. Segundo AQUINO (2006) a atividade, e potencialmente a
diversidade, da fauna do solo determinada por uma série de fatores bióticos e abióticos é
hierarquicamente organizada. Clima, condições de solo e atividades do homem e animal são
fatores essenciais que influenciam diretamente a produtividade e a estrutura da vegetação. Sendo
os invertebrados e microrganismos influenciados através da vegetação pela quantidade e
qualidade da matéria orgânica produzida.
27

3.MATERIAIS E METÓDOS

Este trabalho foi desenvolvido com base em três etapas, Pré-campo, trabalho de campo e
análises Laboratoriais, conforme descrita na Figura 4 organograma, especificando cada passo
realizado para a conclusão do trabalho contém todos os passos para a realização da pesquisa.

Figura 4: Organograma da metodologia realizada para o desenvolvimento do trabalho, dividido em três


etapas, pré-campo, trabalho de campo e pós-campo.

3.1 Área de Estudo

O presente trabalho está inserido ao projeto Sítio PELD - Programa de Pesquisa


28

Ecológica de Longa duração, que tem como proposta Conectividade funcional e antropização da
paisagem: estudo de caso da Flona Silvânia e microbacia do rio vermelho, que está sendo
desenvolvido por uma equipe multidisciplinar. A Floresta Nacional de Silvânia está localizada
na porção leste do Estado de Goiás, município de Silvânia, com uma área total de 486,67
hectares (ha). O município de Silvânia possui uma área de 2.345,94 km² e 19.089 habitantes
(IBGE, 2010), sendo 12.669 urbanos e 6.420 na área rural, que significa uma densidade
demográfica de 8,2 habitantes por km². Figura 5, o mapa de localização da Floresta Nacional de
Silvânia.

Figura 5: Mapa de localização FLONA,Silvânia – Goiás. Elaborado por ARRUDA NETO 2018.

3.2 Pré-campo
Essa etapa foi realizada com antecedência semanas antes de ir a campo, consistiu em
preparo para o campo sendo definido a área de estudo, escolha e a adaptação da metodologia.
Elaboração do formulário de preenchimento, elaboração de protocolos como lista de tarefas e
fichas de identificação. Construção do instrumento de observação em forma de desenho para
preencher em campo, construção do mesmo em madeira para inserir ao solo, orçamento de
29

ferramentas e alimentos, compra dos mesmos. Para o instrumento de observação o método


aderido foi da LAMMOGLIA e LONGO (2013) os dados para análise da riqueza biológica
foram coletados com o auxílio de um gabarito quadriculado de madeira com dimensões de 70
cm por 70 cm, com espaçamentos de 10 cm entre as linhas de barbante totalizando 36 nós.

A Figura 6 mostra o gabarito quadriculado em forma de desenho onde foram anotadas


informações observadas diretamente sobre os nós utilizados, cuja intenção foi dispor e organizar
melhor informações coletadas, na legenda ao lado esclarece o que foi averiguado no local, isso
por intermédio de siglas, cada sigla representa um aspecto, determinando assim um padrão de
avaliação, material levado para o campo para anotações.

Figura 6: Gabarito quadriculado, instrumento de observação utilizado para anotações em campo.

Por fim efetuou-se um treinamento no entorno do Instituto de Estudos Sociosambientais,


sendo selecionado 3 paisagens diferentes, com a finalidade de simular ambientes que iria ser
encontrado em campo, permitindo a adoção da melhor maneira de locomoção dentro do campo.
As paisagens selecionadas foi primeira em uma área de vegetação de gramíneas, segunda
localizada na borda de uma área de cobertura vegetal natural (Floresta estacional semidecidual)
terceira paisagem dentro da Floresta.
Com este treinamento identificou se a necessidade de melhorar a metodologia aderida,
sendo necessária a construção de um gabarito de madeira (um quadrado sem numerações e
barbante delimitando os nos) um gabarito 70cm por 70cm para ser auxilio na observação.
Visando facilitar na hora de coletar o solo, obtendo uma nítida demarcação da área após retirada
do gabarito quadriculado com as numerações, coletando exatamente no local onde foram
observados as atividades biológica. Alterações concluídas realizou-se um ultimo treinamento
30

onde tudo ocorreu muito bem tornando-se prontos para o trabalho no campo. Figura 7a e 7b
mostra o gabarito quadriculado e o gabarito.

(a) (b)
Figura 7: Gabarito quadriculado (a); Gabarito (b).

A Figura 8 mostra o formulário elaborado o qual foi utilizado para anotações em campo,
esse modelo de formulário foi elaborado com base no formulário de descrição morfológica do
manual técnico de pedologia OLIVEIRA et al. (2015) bem como PRIMAVESE (2009).
A base cartográfica de todos os mapas apresentado no trabalho são mapas obtidos a partir
do banco geral de dados do projeto Sítio PELD, Programa de Pesquisa Ecológica de Longa
duração PELD, mapa de localização foi elaborado por ARRUDA NETO 2018 utilizando o banco
geral. Todos os demais mapas também foram elaborados a partir da base geral do PELD e
organizados por PASSOS, (2019).
31

Figura 8: Formulário de descrição; Elaborado por: LIMA; TELES e LIMA.


32

3.3 Trabalho de Campo


Esta fase ocorreu em duas etapas de campo sendo a primeira viagem a campo no dia 24 de
setembro 2018 com o término dia 28 de setembro de 2018, estava em tempo de seca e durante a
pesquisa não ocorreu incidência de chuva. Na segunda etapa de campo aconteceu nos dias 08 de
outubro ao dia 11 de outubro de 2018, com intervalo de 9 dias de uma fase para a outra, nesse
intervalo de tempo começou a incidência de chuva na área de estudo e durante o próprio campo teve
a presença da chuva, nos dias 09 e 10, e em algumas coletas de solo foi necessário o uso do guarda-
chuva, a Figura 12a representa conforme citado.

Para o desenvolvimento do trabalho no campo foi necessário o uso de alguns materiais


específicos o que tornou o trabalho viável, foram seguidas normas técnicas para a pesquisa proposta,
bem como uma planilha de descrições do que foram observado e tomado notas no campo além das
normas do manual de pedologia.

Sendo portado para trabalho no campo as seguintes ferramentas: Trena a qual foi utilizada
para medir a distância dos pontos na parcela e medir a profundidade das trincheiras. Trado manual
utilizado para tradar o solo. Pá de jardinagem, usada para auxiliar nas coletas de serapilheira. Pinças
utilizada para tocar a mesofauna e melhor identificá-los. Tesoura de poda, utilizada para cortar
possíveis galhos que ultrapassavam a área delimitada do instrumento de observação. Faca, utilizada
para fazer furos na parede da trincheira. Rastelo de jardinagem utilizado para rastelar a serapilheira
agrupando, coletando toda serapilheira da área. Luvas, foram usadas em todo o processo de coleta
na área amostral. Enxada utilizada para abrir a trincheira de 20cm. Etiquetas foram utilizadas para
identificação das amostras de solos e serrapilheira coletada. Termômetro de aço inoxidável,
utilizado para aferir a temperatura dos solos. Os barbantes usados para lacrar as amostras. Os
saquinhos plásticos foram usados para acondicionar as amostras de solos e serapilheira. Instrumento
de observação/gabarito quadriculado e gabarito, foram utilizado para delimitar a área amostral.
Formulário de registro, utilizados para as anotações de todas as observações, analises e dados
coletados em campo. GPS utilizado para locomoção dentro das parcelas, a partir dele foram
coletados os dados de coordenadas e altitude. Carta Munsell, foi usada em uma pré-análise de solos
no campo. Caixa de isopor/térmica, acondicionamento das amostras de solos. Banquinho serviu de
apoio para quem estava anotando os dados em campo. Guarda sol utilizado para proteção do sol ou
33

chuva nas áreas as quais não era sombreada foi muito utilizado e em dias de chuva. Perneira usada o
tempo todo para evitar acidentes com animais peçonhentos. Câmera fotográfica usada para registros
fotográficos da paisagem e área amostral do quadrante quadriculado bem como todos os passos que
foram realizados. Na Figura 12b mostra alguns desses ferramentas em campo, bibliografias e todas
as planilhas construídas no pré-campo

Ao chegar a área de coleta o primeiro passo era lançar o instrumento de observação para
seleção da área de trabalho, 2 passo registros fotográficos da paisagem e do instrumento de
observação, 3 passo anotar informações no formulário de descrição conforme Figura 7. Passo 4, 5
minutos de observação da fauna edáfica no quadrado e fazer as anotações conforme Figura 8. Passo
5 aferir a temperatura. Passo 6 coletar a serrapilheira. Passo 7, verificar mais uma vez a presença de
plântulas pois a serapilheira podia estar cobrindo as mesmas e mais registros fotográficos do
quadrado. Passo 8, fazer a trincheira, sempre com o cuidado de nivelar e com a faca fazer furinhos
na parede da trincheira pois a enxada disfarça as características do perfil do solo, nessa fase também
foi observado a presença de raízes, poros e estrutura dos torrões , nesta fase foi coletado o solo para
análise morfológica, sendo os torrões indeformados. Passo 9 tradar o solo, e então coletar o solo e
acondicionar em isopor para os ensaios químicos. Passo 10, tampar a trincheira e a área tradada,
deixar o mais próximo do natural encontrado.
Para a coleta das amostras bem como toda a observação dentro do gabarito quadriculado foi
selecionado uma parcela de 20x50 metros, sendo 6 parcelas dentro da área de agricultura e com
replicas de validação em área de vegetação natural como Floreta estacional semidecidual -FES e
Área de Preservação Permanente - APP. Com distância de 100m de um ponto para o outro, em
alguns poucos pontos insolados devido a dificuldade de adentrar a mata, a distância de um ponto
para outro foi 50m. No que se refere à localização dos pontos amostrais a Figura 9 apresenta o
mapa de localização com as informações de coordenadas bem como a espacialização das parcelas e
pontos amostrais. Percebe-se as parcelas um, dois, três, cinco e seis estão localizados na margem Sul
do Ribeirão vermelho a jusante da FLONA e a montante da área urbana. A parcela quatro está mais
na porção norte.
34

Figura 9: Mapa de espacialização das parcelas e pontos amostrais.


35

A área de controle foi para verificar a possível diferença entre uma área de cobertura natural
e uma área que sofreu ação de antropização. As áreas de controle chamadas, Área de preservação
permanente – APP com fitofisionomia de mata de galeria e Floresta estacional semidecidual - FES
foi dada a partir da observação visual em campo, não sendo consultados cartas de mapeamento.
Para as FES, foi observado que eram pequenos fragmentos de vegetação natural sem a ocorrência de
cursos d‟água. Para APP foi dada esse nome quando observado algum curso de rio próximo, com
uma distância mínima de 30 metros. A Figura 10 apresenta o esquema da primeira fase de parcelas
amostradas.

Figura 10: Esquema da primeira fase do trabalho em campo com as parcelas amostradas.

No entanto, as primeiras 3 parcelas não teveram réplicas de 3 pontos na área de validação,


foram 3 pontos em áreas de agricultura mais 1 ponto na área de validação, totalizando 4 pontos em
cada parcela.As últimas 3 parcelas houve a réplica de 3, sendo 3 pontos em áreas de agricultura e
mais 3 pontos em área de validação, sendo 6 pontos em cada parcela, totalizando 30 pontos
amostrados de pesquisa. Nas áreas amostradas foi observado que existe lavouras que aparentemente
36

segue o Sistema do plantio direto (SPD), como as áreas de pós-colheitas, milho e sorgo e existem
lavouras que não tem esse manejo, segue o plantio convencional, como as áreas de Solo Arado.
Figura 11 apresenta a segunda fase com as parcelas amostrais.

Figura 11: Esquema da segunda fase do trabalho em campo com as parcelas amostradas.

Para a observação de (presença e ausência) de fauna edáfica foram realizadas dentro de um


espaço amostral de 36 nós (100%). Para cada nó foi identificado se havia presença de atividade de
bioindicadores edáficos sendo eles: bioporos, fungos, flora (plântulas e raízes) e serrapilheira
LAMMOGLIA e LONGO (2013). Se a cobertura vegetal fosse intensa após a coleta da serrapilheira
era observado a presença de bioporos sobre a superfície do solo, bem como para observar fungos e
plântulas. As raízes expostas eram observadas nessa fase anterior, no entanto, quando não visíveis
na superfície do solo, após a abertura da trincheira de 20cm era observado a presença de raízes.
Dentro do gabarito quadriculado apenas as plântulas foram anotadas suas respectivas marcações, as
observações de bioporos, fungos e raízes foram anotadas apenas a sua presença e ausência dentro da
área amostral, no gabarito quadriculado de medições 70cm por 70cm.
37

A Figura 12c e 12d mostra a imagem do gabarito quadriculado e gabarito, o qual foram o
instrumento de observação em campo, o gabarito quadriculado está sinalizado por meio de números
e letras facilitando assim a identificação de cada quadrado e consequentemente a coleta e
observação de presença e ausência da atividade da fauna edáfica. Posteriormente, a observação de
presença e ausência da fauna edáfica no que se refere a mesofauna, para a identificação dos nomes
da mesofauna foram obtidos a partir dos nomes popularmente conhecidos e então pesquisado a
taxonomia de cada indivíduo presente.

Para a aferição de temperatura foi criado um protocolo onde foram selecionados


previamente alguns nós do gabarito quadriculado a fim de padronizar a aferição de temperatura no
solo, sendo determinado também que a aferição seria na superfície do solo em 5cm e em
profundidade de 20cm. Os quadrados selecionados foram (1A), (1G), (4D), (7A) e (7G), que
também estão pintados de vermelho na Figura 12c. A aferição foi obtida por um termômetro digital
tipo espeto, de aço inoxidável. A escolha desse termômetro se deu em relação a maior facilidade a
penetração do solo, sabemos que a temperatura superficial pode ter sofrido alguma alteração devido
a parte externa do termômetro ficar fora do solo, porém, essa possível alteração é mínima devido o
tempo pelo qual é necessário para se ter a aferição da temperatura, Figura 12e anexada
anteriormente, demonstra como aferimos a temperatura em campo.

Depois das observações o gabarito quadriculado era removido, deixando apenas o gabarito
de madeira e então munidos com um pequeno rastelo de jardinagem , luvas e sacos plásticos, foram
feita a coleta da serapilheira, dentro do quadrante, foi repetido o mesmo processo em todos os
pontos e então as amostras eram identificadas e acondicionadas apropriadamente, na Figura 12f
mostra a coleta. Conforme CARVALHO, et al. (2019) foram coletados 30 pontos amostrais de
serrapilheira em cada área de estudo utilizando uma moldura de madeira com 70 cm x 70 cm, exceto
nas áreas onde não apresentou presença de serrapilheira. Posteriormente encaminhada para o
laboratório para análises, logo mais descritas, Figura 14a, b.
38

(a) (b)

(c) (d)

(e) (f)
Figura 12: Coleta na chuva (a); Ferramentas utilizadas em campo (b); Instrumento de observação quadrado
(c); Gabarito auxilio ao quadrado (d); aferição de temperatura (e); Serrapilheira sendo coletada em campo (f).

Para a coleta de amostras de solo, foi utilizado a enxada e o trado manual, a enxada para
39

fazer trincheiras de 20cm, em alguns pontos onde era solo arado as trincheiras eram de 30cm,
conforme a trincheira ia criando forma foi possível analisar, além das analises feitas anteriormente,
alguns aspectos do solo, como uma prévia das formas de torrões. A abertura das trincheiras em
20cm ou 30cm foram determinados como uma forma de verificar por meio dessa trincheira o perfil
do solo bem como observar poros e raízes na área amostral.

Conforme ilustra a Figura 13a tradagem do solo, a Figura 13b apresenta a trincheira em
campo, quando cavava a trincheira torrões indeformados eram coletados, observações de raízes e
poros, a Figura 13c e 13d apresenta os torrões coletados no campo e bioporos observados.

(a) (b)

(c) (d)
Figura 13: Trado do solo (a); Trincheira aberta e observação de Raízes (b); Torrões coletados em campo (c)
identificação de Bioporos (d).

3.4 Análises Laboratoriais


Após a etapa de campo teve a fase laboratorial, as amostras coletadas foram enviadas para
realizações dos devidos ensaios laboratoriais. O solo deformado, coletado a partir da tradagem foi
encaminhado para o laboratório credenciado pela EMBRAPA, Solocria Laboratório Agropecuário
LTDA onde foram feitos os ensaios químicos do solo sendo eles: pH (potencial hidrogeniônico),
40

Cálcio, Manganês, alumínio, hidrogênio, Fosforo, Potássio, zinco, CTC (capacidade de troca
catiônica), saturação em base, saturação em alumínio, carbono e matéria orgânica. Além dos ensaios
químicos fez se também a granulometria dos solos, para todos estes ensaios foram seguido
restritamente o manual técnico da Embrapa.

A serrapilheira coletada foi para 2 laboratórios diferentes, isso devido não ter número de
estufas suficiente disponíveis em um laboratório. Os laboratórios utilizados foram Laboratório de
Alometria Florestal e o Laboratório de Ecologia Florestal. Ambos os laboratórios ficam localizados
no prédio de engenharia Florestal e são coordenados pela professora Francine Neves Callil.

As amostras de solo adquiridas por meio da abertura das trincheiras em campo, sendo os
torrões indeformados foram destinados para as analises morfológicas do solo, no laboratório de
analises da atmosfera e da paisagem do IESA.
Assim que os ensaios químicas e granulometria ficaram prontos foi possível conferir as
analises texturais utilizando o triângulo textural da EMBRAPA, conforme ilustração na Figura 14f.
Para os dados dos ensaios químicos foi elaborado gráficos e tabelas que serão apresentados em
resultados físicos e químicas.
Nas analises da serapilheira foi feito uma triagem em laboratório de separação de materiais
que não são serapilheira, como solo, fragmentos e rochas, cada amostra individualmente foram
alocadas em sacos de papel Kraft para levar a estufa, por aproximadamente 92 horas até atingir o
peso constante, as amostras ficaram em estufa de circulação e renovação de ar a 65 C. Para a
secagem do material o mesmo método utilizado por SPERANDIO et al. (2012). Feito isso ocorreu a
pesagem do material em balança digital de (0,1g) de cada amostra, conforme apresenta a Figura 14a
e b.

As análises morfológicas do solo durou 2 semanas no laboratório de analise da atmosfera e


da paisagem, a Figura 14c apresenta amostras em bandejas para ir para analise, a Figura 14d carta de
Mussell e torrões, e Figura 14e analise morfológica sendo analisadas, foram analisadas
individualmente cada ponto, como suporte para analise usou-se o manual técnico de pedologia
OLIVEIRA et al .(2015).
41

(a) (b)

(c) (d)

(e) (f)
Figura 14: Serrapilheira em laboratório antes de ir para estufa (a); Serrapilheira sendo pesada após processo
de secagem(b). Amostras em bandejas (c); Carta Mussell e torrões (d); Analise morfológica (e); ); Triângulo
textural, EMBRAPA,2008. (e).
42

3.5 Delineamento Estatísticos

Os dados coletados em campo foram organizados e tabulados, criando assim uma grande
base de dados, os registros fotográficos foram todos organizados algumas edições foram necessárias.
Os dados de solo foram analisados a partir da estatística descritiva, criando médias e desvio padrão
dos parâmetros observados das características texturais e químicas do solo, serrapilheira e
temperatura.
Os valores das médias e desvios foram comparados entre as parcelas coletadas, os
“tratamentos” de diferentes usos do solo e entre os diferentes horários, no caso dos dados de
temperatura. Para facilitação visual dos resultados foram criados gráficos de barra, denominados box
chart com as médias e desvios padrões. Para a variação da temperatura nos diferentes horários
também foram criados gráficos de linha.
43

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os resultados referentes a cobertura vegetal da área amostrada, os dados de temperatura,


serrapilheira, morfologia dos solos, física e química dos solos, meio físico e presença e ausência de
fauna edáfica investigados nessa pesquisa para as seis parcelas amostrais estão descritos
respectivamente nos tópicos a seguir.

4.1 Cobertura vegetal das áreas amostradas


A Figura 15 apresenta as paisagens das 6 parcelas amostradas em campo. A Figura 15a
refere-se a parcela 1 onde é possível observar o solo recoberto por palhada residual da colheita de
sorgo. Na Figura 15b é possível verificar cobertura vegetal referente a fragmento de formação
florestal associada à Floresta estacional semidecidual.

Pós-colheita, seja de sorgo ou de milho, são paisagens que tenha passado pelo processo da
colheita do cultivo. Na agricultura tem o processo de preparo do solo, plantio do grão a ser
cultivada, colheita do grão que produziu, e a pós-colheita. A lavoura pós-colheita é identificada por
meio da ausência de plantas e em sistema de plantio direto a presença de resíduos de palhadada.

Ainda na Figura 15c ilustra a parcela 2 observa-se o solo com cobertura de palhada residual
da palhada de sorgo menor que a parcela anterior, é possível ver partes do solo exposto. Na Figura
15d observa-se cobertura vegetal referente a fragmento de formação florestal associada a FES. A
Figura 15e apresenta a parcela 3, observa-se o solo recoberto de palhada residual da palhada da
colheita de Milho, é possível observar que é pouco recoberto o solo identificando solo exposto. A
Figura 15f verifica-se cobertura vegetal natural de formação florestal associada à Área de
preservação permanente, cuja fitofisionomia é mata de galeria.

A Figura 15g apresenta a parcela 4, onde é possível observar um solo totalmente desnudo
recém gradeado, é possível observar trios dos traços deixado pelas lâminas da máquina utilizada. A
Figura 15h apresenta cobertura vegetal natural de formação florestal associada a área de preservação
permanente, fitofisionomia é mata de galeria. A Figura 15i ilustra a parcela 5, também constitui
Solos desnudos e arado no entanto não está muito removido como na parcela 4. Figura 15j apresenta
cobertura vegetal natural de formação florestal associada a área de preservação permanente, com
fitofisionomia de mata de galeria.
44

A Figura 15l apresenta a parcela 6, onde foi possível observar solos desnudos, solos bastante
removido apresentando estruturas de torrões grandes na sua superfície. A Figura 15m apresenta
cobertura vegetal natural de formação florestal associada a área de preservação permanente, cuja
fitofisionomia é mata de galeria.
45

(a) (b) (c) (d)

(e) (f) (g) (h)

(i) (j) (l) (m)


Figura 15: Paisagem amostradas; Parcela 1, Pós colheita sorgo (a), FES Floresta estacional semidecidual (b); Parcela 2, Pós cultivo sorgo (c), FES Floresta
estacional semidecidual (d); Parcela 3, Pós cultivo Milho (e), APP- Área de preservação permanente (f); Parcela 4, solo arado (g), APP- Área de preservação
permanente (h); Parcela 5, solo arado (i), APP (j); Parcela 6, solo arado (l), APP- Área de preservação permanente (m).
46

4.2 Temperatura

A Figura 16 apresenta os dados referente à temperatura média em 20cm dentro do solos


e em superfície, de cada uma das parcelas investigadas nesse trabalho. No gráfico apresentado na
Figura 16a, verifica-se que a temperatura da superfície começa baixa no primeiro ponto. No
segundo ponto tanto na temperatura da superfície quanto a de 20cm acontece o mesmo do
primeiro ponto. Já no terceiro ponto foi observado uma considerável elevação na temperatura da
superfície e na temperatura em 20cm, também houve uma elevação menor que a da superfície
ainda sim maior que os dois pontos anteriores. O quarto ponto apresentou a menor temperatura
registrada nos 3 pontos anteriores, temperatura da superfície e em 20cm.

O primeiro ponto foi no meio da lavoura e tinha uma quantidade relativamente alta de
residual de cobertura vegetal da palhada de sorgo, isso pode ter mantido a baixa temperatura da
madrugada, também levando em consideração o horário a qual foi aferido, o mesmo acontece na
aferição profunda. Do primeiro ponto para o segundo ponto não teve grande diferença de
ambiente e o intervalo de medida da temperatura foram apenas 30 minutos. O terceiro ponto já
não era mais no meio da lavoura, e sim na borda da lavoura, não havia grande cobertura do solo.
Foi observado trio de tratores o que justifica o elevado aumento na temperatura, a compactação
do solo e a baixa cobertura do solo pela palhada juntamente com a hora aferida, leva a acreditar
que tudo isso influenciou o resultado final. No quarto e último ponto temos uma paisagem
diferente , Floresta estacional semidecidual, ambiente natural e apesar do horário, sendo a última
a ser analisada, nota-se que é a menor temperatura registrada, comparada aos 3 pontos anteriores,
podemos entender que a cobertura vegetal natural fez toda diferença.

Observou-se que mesmo em horários a pico em áreas de vegetação natural as


temperaturas tende a ser menores, devido ao sombreamento e cobertura do solo com serapilheira,
todos esses fatores ajudam no resultado. Em áreas de agricultura com muita palhada a
temperatura tende a ser menor em alguns horários do dia, no entanto em horários em que o sol
incide muito calor, a cobertura por palhada apenas atenua mas não consegui inibir o aquecimento
da superfície.

Segundo SENTELHAS e ANGELOCCI (2012) durante o dia, a superfície se aquece,


gerando um fluxo de calor para o interior. Á noite, o resfriamento da superfície, por emissão de
radiação terrestre (ondas longas), inverte o sentido do fluxo, que agora passa a ser do interior do
47

solo para a superfície. Sendo assim o resfriamento permanece por algumas horas após o sol
nascer e começar todo o processo novamente.

De acordo com PRIMAVESI (1987), a cobertura do solo tem função de proteção, pois
reduz a temperatura durante as horas mais quentes do dia, diminuindo assim a perda de água por
evaporação.

Média Temperatura Parcela 1 Média Temperatura Parcela 2


40 40
superfície Superfície
35 35
20cm 20cm

Graus Celsius °C
30
Graus Celsius °C

30

25 25

20 20

15 15

10 10
Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4 Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4
PCS PCS PCS FES PCS PCS PCS FES
08:50 h 09:33 h 10:12 h 10:39 h 14:56h 12:22h 14:28h 11:37h
Pontos e Horas Pontos e Horas

(a) (b)

Média Temperatura Parcela 3 Média Teperatura Parcela 4


40 superfície 40
Superfície
Graus Celsius °C

35 20cm 35
20cm
Graus Celsius °C

30
30
25
25
20
20
15
15
10
10 Ponto Ponto Ponto Ponto Ponto Ponto
Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 1 SA 2 SA 3 SA 4 APP 5 APP 6 APP
PCM PCM PCM 4APP 07:49h 08:19h 08:44 16:21h 17:03 17:51
10:35h 11:24h 12:01h 12:57h h h h
Pontos e Horas Pontos e Horas

(c) (d)
Figura 16: Gráficos de média das temperaturas. Média de temperaturas parcela 1(a); Média de
temperaturas parcela 2 (b); Média de temperaturas parcela 3 (c); Média de temperaturas parcela 4 (d);
Floresta estacional semidecidual – FES; Pós colheita de Milho – PCM; Solo Arado -SA, Área de
preservação permanente – APP.
48

A Figura 16b apresenta à parcela 2, paisagem pós-colheita de sorgo. Logo observa-se


pelo gráfico uma elevada diferença das temperaturas tanto da superfície quanto em 20cm. No
primeiro ponto coletado as 12:22h , nota-se que a temperatura da superfície é bem alta chegando
em média 34 °C, já a profunda começa a 26°C. O segundo ponto a temperatura da superfície teve
uma queda, no entanto, a temperatura em 20cm do solo aumentou. No terceiro ponto a
temperatura da superfície mantém se a mesma do segundo ponto porém, a temperatura em 20cm
continuou a aumentar chegando próxima da temperatura da superfície. No quarto ponto
observamos uma queda brusca, com temperaturas média de 23°C na superfície e 21°C em 20cm.

O primeiro ponto o horário de 12:22h o calor e irradiação solar estava começando a


atingir seu ápice ao solo, por isso podemos entender essa diferença de temperaturas na superfície
e 20cm. Já no segundo ponto o calor já tinha aderido ao solo mais profundo o que leva o
resultado de temperatura aumentar em 20cm. No terceiro ponto o que acontece é devido ao
aumento gradativo relacionado a incidência solar pois, o horário já esta próximo as 15:00h e o
calor começa adentrar mais profundo o solo. O quarto ponto como já observado na parcela 1
independente do horário a temperatura em um ambiente com cobertura natural é menor, devido
ao sombreamento das árvores, as raízes, e a serrapilheira tende a preservar uma temperatura mais
fresca e menor no local.

O terceiro gráfico, Figura 16c, apresenta a parcela 3, lavoura pós-colheita de milho.


Constata-se uma diferença de temperaturas da superfície e em 20cm, o primeiro ponto as 10:35h
a temperatura da superfície mantém em media 26°C, já a profunda mantém 23°C. No segundo
ponto já próximo ao meio dia percebeu-se, um grande aumento da temperatura na superfície já a
temperatura em 20cm há também um aumento porém, mais sutil comparado a superfície. O
terceiro ponto a temperatura profunda manteve-se como no segundo ponto, porém a temperatura
da superfície teve uma discrepância, do segundo ponto para o terceiro o quarto ponto teve as
temperaturas menores em superfície e em 20cm, e neste ponto a aferição foi as 13:00h.

O primeiro ponto considerando o horário, final da manhã, está começando a aumentar a


irradiação solar e devido a cobertura vegetal de resíduos da palhada do milho, é um valor dentro
da média se comparado as parcelas anteriores em áreas agrícolas, neste ponto tinha mais palhada
de milho cobrindo o solo o que pode ter contribuído para uma menor temperatura. No entanto, o
segundo ponto nota-se uma menor camada da cobertura do solo, menos palhada e a incidência
solar um pouco maior o que pode ter elevado os valores. No terceiro ponto a aferição das
temperaturas foi em horário de meio dia, no entanto tinha uma maior cobertura de resíduos da
49

palhada, este ponto estava a beira da Área de preservação permanente - APP o que pode ter
impactado positivamente, levando a resultados menores de média das temperaturas. O quarto e
último ponto da parcela foi dentro de uma APP, em hora crítica relacionada a incidência de
irradiação solar, contudo as temperaturas eram menores, isso evidência a importância que é
manter as áreas preservadas, cobertura vegetal natural.
O quarto gráfico como mostra na Figura 16d, o primeiro ponto da parcela 4, solo arado,
as 07:49h verificou-se temperaturas da superfície e em 20cm muito próximas, com diferença de
um grau no entanto, verificou-se que a temperatura profunda está um grau a mais que a
temperatura da superfície. No segundo ponto a temperatura da superfície e em 20cm
permanecem a mesma com médias de 24°C. No terceiro ponto a temperatura em 20cm mantém
se a mesma do primeiro ponto de 24°C já a temperatura na superfície não, em menos de 1h há
um aumento de 3°C a mais do primeiro ponto.
O primeiro ponto pode ser explicado, considerando que a temperatura do ar na
madrugada estava baixa, então a superfície manteve-se a baixas temperaturas da madrugada. No
entanto, esse ponto estava sombreado pois, era mais a borda da lavoura e o sol não tinha
refletido sobre o solo. Situação essa que modifica no segundo ponto, o sol já incidia a área, e isso
refletiu no resultado das temperaturas, sendo observado que elas se igualam, temperatura da
superfície e em 20cm são agora a mesma, com diferença de horário de uma para a outra de
apenas 30 minutos porém, o solo estava totalmente desnudo então a radiação solar rapidamente
adentra a superfície do solo. No terceiro ponto o sol esta começando a ficar mais forte e a
incidência solar, isso sobressaiu no aumento de 3°C aferidos.
No quarto ponto é em área de APP, paisagem muito diferente dos 3 pontos anteriores,
cobertura vegetal e natural todo sombreado. Horário de inicio da coleta as 16:21h repara que
apesar do horário as temperaturas são baixas e segue essa mesma sequência no quinto e sexto
ponto, e detalho ainda mais, no ponto 6 a temperatura da superfície se iguala a temperatura
profunda que foi de 23°C levando em consideração o horário, diria que é quando começa o
resfriamento.
Conforme SENTELHAS e ANGELOCCI (2012) solos sem cobertura ficam sujeitos a
grandes variações térmicas diárias nas camadas superficiais. A cobertura com vegetação ou
resíduos vegetais modifica o balanço de radiação e de energia, pois a cobertura intercepta a
radiação solar, impedindo que esta atinja o solo.
50

Média Temperatura Parcela 5 Média Temperatura Parcela 6


40 40
Superfície
35 Superfície 35 20cm

Graus Celsius °C
Graus Celsius °C

20cm
30 30

25 25

20 20

15 15
10
10
Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto Ponto Ponto
Ponto Ponto Ponto Ponto Ponto Ponto
SA SA SA 4APP 5APP 6APP
1SA 2SA 3SA 4APP 5APP 6APP
15:08h 15:28h 15:47h 12:05 12:41 h 13:20 h
13:32h 14:02h 14:30 15:12 15:50 16:28h
h h h Pontos e Horas
Pontos e Horas

(e) (f)
Figura 16.1:Média de temperaturas do solo, parcela 5 (e); Média de temperaturas parcela 6 (f). Solo
Arado -SA, Área de preservação Permanente –APP.

Na Figura 16.1e Apresenta a parcela 5, o primeiro ponto verificou-se uma inversão do


que já foi observado nas parcelas anteriores, a temperatura da superfície é menor que a
temperatura em 20cm, e isso no horário de 13:32h. No segundo ponto foi observado um
alinhamento nas temperaturas, a temperatura da superfície mantêm-se a mesma, e a temperatura
em 20cm se iguala a mesma. No terceiro ponto notou-se que as temperaturas teve mais uma
diminuição equivalente a 1°C em superfície e em 20cm, do segundo ponto para este.

O que aconteceu nesta parcela foi a ocorrência de chuva, no primeiro ponto a aferição das
temperaturas foi possível por meio da ajuda do guarda-chuva, o motivo a qual a temperatura na
superfície é menor que em 20cm por causa do rápido resfriamento da superfície do solo por meio
da chuva. No segundo ponto ainda com presença de chuva moderada as temperaturas já se
encontram sendo a mesma, o resfriamento por meio da chuva é gradativo, como nesta parcela o
solo estava totalmente desnudo é percebido rapidamente alterações nas temperaturas. No terceiro
ponto a precipitação já havia encerrado, no entanto mesmo após o término o efeito do
resfriamento continua por mais algumas horas.

No quarto ponto ainda na parcela 5, já não mais em área de cultivo, e sim área de APP,
percebe-se que as temperaturas da superfície manteve-se apenas 1°C a mais da temperatura em
20cm, mesmo assim são menores que todas as temperaturas dos pontos anteriores em solo arado.
Em todos os outros 2 pontos quinto e sexto na área de preservação permanente as temperaturas
51

permaneceram as mesmas do primeiro ponto, o quatro. Esta área a chuva não teve muita
influência, como foi em área de cobertura natural com a precipitação moderada acredita-se que a
água pode não ter adentrado a floresta e infiltrado quantidade suficiente na superfície, no tempo
a qual foi aferido a temperatura, porém foi o bastante para estabilizar as temperaturas, mantendo
a menor registrada.

Figura 16.1f, apresenta parcela 6, primeiro ponto em solo arado, constata-se que a
temperatura da superfície estava mais alta que a temperatura em 20cm, diferença de
aproximadamente 3°C. Do primeiro ponto para o segundo ponto as temperaturas da superfície
teve uma baixa já em 20cm permaneceu como no primeiro ponto. No terceiro ponto acontece o
mesmo do segundo ponto, a temperatura na superfície diminui um pouco mais, total de 1°C a
menos do segundo ponto, já a temperatura em 20cm mantém se a mesma do segundo ponto.

No primeiro ponto o horário de inicio foi as 15:08h o sol ainda incidia radiação solar no
entanto esta área estava ao lado de uma APP, cujo relevo era mais inclinado para o lado leste
deste modo neste horário o sol já não refletia diretamente no solo analisado. No segundo ponto é
justificável seu resultado devido o sombreamento na superfície que fez com que as temperaturas
diminuíssem. No terceiro ponto acontece o mesmo que no segundo, o solo tende a estar
resfriando então as temperaturas estão gradativamente diminuindo.

No ponto 4, já na APP, entretanto o horário a qual foi feita as análises destes pontos
foram entre meio dia e 13:20h todavia, as temperaturas na APP foram menores que as demais
em solo arado, mesmo nas condições que se encontrava a parcela em solo arado, com sombreado
e radiação solar menor. Apesar do horário os 3 pontos, 4, 5 e 6 dentro da ÁPP permaneceu
estáveis, sem alterações, tanto temperaturas da superfície e temperaturas em 20cm a média de
ambos foi 22°C.

Foram identificado que em áreas de agricultura, seja com cobertura do solo por meio de
resíduos da palhada ou solos arados totalmente nus, as temperaturas no geral foram maiores que
nas áreas de cobertura vegetal natural, nas áreas de APPs e FES mesmo em horários críticos de
incidência solar as temperaturas foram menores, o sombreamento das árvores inibe e minimiza a
entrada dos raios, e os que conseguem adentrar acaba dissipando no meio da cobertura e a
serrapilheira, o que contribui para manter esse equilíbrio de temperatura no solo.

4.3 Serrapilheira
Considerando as análises geradas, verifica-se que em áreas de APPs e FES o desvio é
52

mínimo comparado a média total das amostras. Pode-se constatar que na Figura 15 imagens (b,
d, f, h, j, m) referentes a paisagens de APPs e FES, a riqueza em vegetação e a densidade das
folhagem pelo solo confirma o baixo desvio encontrado. Na paisagem de pós-colheita de milho
se comparado a média total o desvio padrão já é um valor considerável, isso pode ter influência
da pouca amostragem na paisagem, sendo encontrado pontos com muito pouca e outras com
maior quantidade de palhada, o que pode ter acarretado um valor maior que o moderado, no
entanto mostra que, mesmo seguindo o manejo SPD , os resíduos da palhada não estão
homogêneo o suficiente para ter um menor desvio padrão. Então para começar a discutir sobre
serrapilheira a Figura 17 apresenta as médias com desvio padrão.

Média de Serrapilheira e desvio padrão


350
300
Serapilheira (g)

250
200
150
100
50
0
APP FES Pós-Colheita Pós-Colheita Solo Arado
-50 Milho Sorgo
Uso e cobertura do solo

Figura 17: Gráfico de serrapilheira, média e desvio padrão em barras.

A produtividade de um ecossistema florestal está intimamente associada à quantidade de


nutrientes estocados em seus vários compartimentos, que incluem a vegetação, o solo e a
serrapilheira, BARBOSA et al. (2017).

No entanto, na paisagem pós-colheita de sorgo foram observado baixo desvio padrão


comparado a média total, dos 6 pontos amostrados realmente foi observado uma heterogeneidade
considerável no entanto sua soma total não reflete isso. Já no solo arado não observa o desvio
padrão devido a incidência de serrapilheira está presente em apenas em 1 ponto dos 9
amostrados. Figura 18 apresenta o gráfico da média de peso da serrapilheira em cada parcela por
ponto.
53

Serrapilheira
400
Peso em Gramas 350
300
250
200
150
100
50
0
1FES4

2FES4
3PCM1
3PCM2
3PCM3
1PCS1
1PCS2
1PCS3

2PCS1
2PCS2
2PCS3

4SA1
4SA2
4SA3
5SA1
5SA2
5SA3

6SA1
6SA2
6SA3
4APP4
4APP4
4APP5
4APP6

5APP4
5APP5
5APP6
6APP4
6APP5
6APP6
Parcela, uso e cobertura do solo e pontos amostrais

Figura 18: Média da serapilheira/ Pós-colheita de sorgo - PCS/ Pós-colheita de Milho-PCS/ Solo Arado
-SA/ Floresta estacional semidecidual - FES/ Área de Preservação Permanente – APP.

A primeira parcela nota-se que o primeiro e segundo ponto tem a maior quantidade de
serrapilheira, cerca de 335,9g m² no primeiro ponto e 329,8 g m², já no terceiro ponto da mesma
parcela apresenta cerca de 129,4g m², menor até que a área amostrada 70x70 cm comparado aos
primeiros pontos.

Nesta parcela é possível notar a falta de homogeneidade de serrapilheira na parcela.


Ainda na parcela 1 em área de FES obtivemos o valor de 139,6g m², é pouco se comparado aos
outros pontos anteriores, no entanto observa-se que há mais indivíduos da fauna edáfica e com
isso a alimentação provém da serapilheira, influenciando em sua decomposição tornando mais
acelerada, devido a dificuldade de locomoção não adentramos 100m sendo apenas 50m da borda,
isso pode ter tido influência do efeito da borda. .

Na sequência temos a parcela 2, percebe que assim como a primeira parcela não existe
uma homogeneidade de serrapilheira encontrada, no primeiro ponto encontrou-se 100g m²,
seguindo de 188g m² no segundo ponto e 406g m² no terceiro ponto, foi crescente a quantidade
de serrapilheira encontrada. Já no ponto 4 na FES encontrou-se 139,8g m², nota uma semelhança
na quantidade de serrapilheira encontrada na FES da primeira parcela com esse ponto na segunda
parcela e estes pontos não eram na mesma FES, o que pode correlacionar a rápida decomposição
desse material. Porém é necessário um estudo aprofundado sobre o mesmo, no entanto sabemos
que Grande parte da matéria orgânica (MO) depositada na superfície do solo das florestas é
constituída de material vegetal, transferido pela deposição de serrapilheira, segundo OLIVEIRA
54

(2013).

Na parcela 3 encontrou-se um ambiente parecido com as duas parcelas anteriores, logo


no primeiro ponto nota-se, que há uma extraordinária quantidade de serrapilheira ou seja a
palhada de milho, sendo 727,1g m² para o primeiro ponto, as demais teve uma quantidade
significativa porém menor, sendo 122,8g por m² para o segundo ponto e 182,6g para o terceiro.
Mas no quarto ponto área de APP foi averiguado 429,6g m² quantidade significativa comparado
as FES. Segundo ANDRADE et al. (2003 ) os sistemas produtivos a serrapilheira exerce uma
função muito importante, protege o solo de processos erosivos, fornece matéria orgânicas e
nutrientes para os organismos do solo e plantas acarretando em manutenção e ou melhorias nas
propriedades físicas químicas e biológica do solo, e consequentemente a produção vegetal.

Parcela 4 solo arado, a Figura 18, averigou-se que não teve nenhuma cobertura, nem
requisitos de serrapilheira no local, entretanto na parcela 4 em área de APP, para o ponto 4 foi
registrado 347,1g m², seguindo do ponto 5 com cerca de 581,4g m² e na sequência 440,8g m²,
existindo uma certa homogeneidade de cobertura do solo, o que é muito bom para a biota
existente na área, tanto é que foi observado presença da diversidade de fauna edáfica, bem como
raízes e fungos na parcela. Sobre o desempenho e função da serapilheira, foi possível observar
que nas áreas de cobertura natural foram registrados as menores temperaturas, visto que a
quantidade de serrapilheira pode ter influenciado o registro de temperaturas menores. A sua
presença minimiza a penetração da radiação solar, e consequentemente retendo maior umidade o
que contribui para a estabilidade de temperaturas, e garante a conservação do solo com o
desenvolvimento da fauna garantido e seu funcionamento natural.

A Figura 18, seguindo a mesma sequência do gráfico, parcela 5 solo arado dos 3 pontos
existentes apenas o ponto 3 teve uma tímida detecção de serrapilheira, cerca de 11,4g m², devo
ressaltar que mesmo o solo estando todo remolvido a localização deste ponto era a beira de uma
área de APP, fato este que pode ter contribuído para a presença de serrapilheira.

Na parcela 5, em área de APP, percebe-se comparado as demais médias de APP essa


parcela obteve nitidamente uma menor quantidade de serrapilheira, sendo registrado 262,4g m²
no quarto ponto, 158,4g m² no quinto e 307,5g m² no sexto ponto. No entanto essa parcela
encontra-se um aspecto que pode ter feito toda essa diferença , essa área de APP estava entre
uma pastagem e área de agricultura, o que a torna uma área fragmentada. Sabendo que, um dos
efeitos mais marcantes da fragmentação é o efeito de borda, resultando na descontinuidade entre
ambientes homogêneos e modificando as características bióticas e abióticas nas bordas de ambos
55

os fragmentos, o que altera as condições microclimáticas, composição de espécies e suas


interações MURCIA (1995). Assim sendo o efeito de borda pode ter contribuído para alterações
na vegetação da área causando assim, o menor número de serrapilheira presente.

Na parcela 6 em área de solo arado, não apresentou presença de serrapilheira, já na área


de APP foram as maiores quantidades de serrapilheira registrada em toda as áreas de cobertura
natural amostradas. Cerca de 625,1g m² no quarto ponto de APP, 661,4g m² no quinto ponto e
622,2g m² e no sexto ponto, de todos as parcelas amostradas seja de áreas de cultivos quanto
áreas naturais está parcela foi a mais homogênea, contendo valores similares em ambos os
pontos. Foram observado que mesmo os proprietários seguindo o manejo SPD, há algo de
errado, talvez a implantação não esta sendo seguida corretamente, percebe-se um desequilíbrio
na homogeinidade e na quantidade de serrapilheira nessas áreas de pós-colheita.

4.4 Morfologia do solo

A Tabela 2 apresenta os resultados da análise morfológica dos solos coletados na parcela


1. No que se refere às cores, em solos seco os 3 pontos dentro da área de agricultura verificou-se
a cor vermelho escuro. Com o solo úmido e úmido amassado a cor observada foi Bruno-
avermelhado-escuro para todos os pontos, inclusive na FES apresentou essa cor nos 3 aspectos
seco, úmido e úmido amassado. Quanto à textura dos solos permaneceu o mesmo em todos os
pontos sendo solo argiloso. No que se diz do cheiro, os solos não apresentou cheiro, sua coesão
predominou como fortemente coeso. Para a estrutura foi possível observar como o grau foi fraca,
tamanhos pequenos e médios, os tipos de blocos predominou blocos angulares e subagulares.

Ainda na parcela 1, as raízes foram classificadas no primeiro ponto como, tamanho finas,
quantidade poucas, e tipo fasciculada. Para o segundo e terceiro ponto como, tamanho muito
finas, quantidade poucas e tipo fasciculada. No quarto ponto em área de cobertura vegetal natural
identificou-se tamanho finas e médias, quantidade abundantes e seu tipo pivotante.

Em relação a poros observou-se para o primeiro ponto, tamanhos pequenos quantidade


pouco. Para segundo ponto observou-se tamanhos muito pequenos, quantidade poucas. No
terceiro ponto verificou-se tamanhos médios, quantidade comuns. Para o quarto ponto teve
tamanhos pequenos e médios e sua quantidade foram abundante. Quanto a consistência no solo
seco os 3 primeiros pontos foi macia, já no ponto de FES observou-se uma ligação dura. No solo
úmido os 3 primeiros pontos foi macio, já na FES foi firme. A plasticidade, muito plástica em
56

todos os 4 pontos. Já para a pegajosidade foi identificado muito pegajosa em todos os 3 pontos
na área de agricultura, apenas na área de FES que foi pegajosa.

Na segunda parcela apresentada na Tabela 3, para a cor observou-se no solo seco,


primeiro e terceiro ponto, Bruno-avermelhado-escuro, segundo ponto, vermelho-escuro e para o
quarto ponto, vermelho. Para úmida e úmida amassada a cor foi Bruno-avermelhado-escuro. Sua
textura para o primeiro, segundo e quarto ponto, textura argilosa, para o terceiro ponto, muito
argilosa. Sem presença de cheiro em ambos os pontos e sua coesão predominantemente,
fortemente coeso. Para a estrutura, o grau do primeiro ponto foi moderado nos demais pontos
notou-se sendo fraca, já no tamanho não houve variação, porém os tipos de estrutura variou
sendo observado para o primeiro ponto blocos subagulares e para o segundo ponto blocos
angulares e os dois últimos blocos colunar. Já a consistência, solo seco, primeiro ponto muito
dura, o segundo ponto macia, e os dois últimos pontos, ligação dura.

Na classificação de raízes no primeiro ponto foi possível observar tamanhos finas e


médias, quantidades abundantes, e como tipo Pivotante. No segundo e terceiro ponto verificou-se
tamanhos, muito finas, quantidade poucas e seu tipo fasciculada. Para o quarto ponto tamanhos,
muito finas, quantidade abundante e seu tipo fasciculada. No que refere-se a Poros, para o
primeiro ponto observou-se tamanhos pequenos e médios, quantidade abundantes. Para o
segundo ponto tamanho médio, quantidade poucos. No terceiro ponto não foram visíveis, no
quarto ponto apresentou tamanhos médios e quantidade comuns. Quanto a Consistência em
úmida, plasticidade e pegajosidade não houve variação, na sequência, firme, muito plástica e
muito pegajosa em todos os pontos.

A terceira parcela apresentada Tabela 4, no que refere-se as cores foi possível observar,
para solo seco a cor bruno-avermelhado, no primeiro ponto, e para os demais pontos vermelho-
amarelado. Sua textura se diferenciou apenas para o primeiro ponto sendo muito argilosa, nos
demais foi apenas argilosa. Sem cheiro perceptível, e sua coesão fortemente coeso para todas as
amostras dos 4 pontos amostrados.

Verificou-se para as raízes no primeiro ponto, tamanhos finas, quantidade poucas e tipo
fasciculadas. Para o segundo e terceiro ponto tamanhos das raízes muito finas, quantidade poucas
e tipo fasciculada. No quarto ponto observou-se para tamanho finas e médias, quantidade
abundante, tipo pivotante. No que refere-se a Poros, para o primeiro ponto encontrou-se
tamanhos pequenos e pouca quantidade. No segundo ponto tamanhos, muito pequenos e pouca
quantidade. No terceiro ponto tamanhos, pequenos e médios e quantidade abundante. Quanto as
57

características estruturais o grau foi fraco em todos os pontos, já o tamanho teve variações,
observando para o primeiro ponto tamanho pequena, para o segundo e terceiro muito pequena, e
para o ultimo ponto na área de APP encontrou-se tamanho, médio. Quanto a sua consistência
encontrou-se, para o solo seco consistência macia, para solo úmido, solta, e para plasticidade,
muito plástica. Para a pegajosidade primeiro e ultimo ponto, pegajosa, segundo e terceiro ponto
muito pegajosa.

Para as três primeiras parcelas descritas, observou-se que suas texturas não variou sendo
encontrados solos muito argilosos e argilosos e estruturas muito similares sendo encontrada
estruturas mais subagulares. Para examinar um solo agrícola duas características importante são
consideradas sendo estruturas e textura, segundo PRIMAVESE (2016), a absorção de água pelo
solo depende de sua textura e estrutura, solos adensados resultam em erosão e escorrimento
superficial da água. Nessas parcelas como os solos são mais argilosos o teor de infiltração da
água 75mm obtido por meio de irrigação ou chuva é de até 60 cm de profundidade, não é um
solo com capacidade alta de infiltração, e para agricultura não pode ser um solo mal drenado ou
super irrigado, tem que haver um meio termo. Mas a segunda parcela apresenta uma menor
cobertura de resíduos da palhada, colocando essa área em alerta, pois pode afetar a qualidade
desse solo na absorção da água e menor capacidade de evitar uma possível lixiviação, tornando a
conservação do solo afetada.

A Tabela 5 apresenta a parcela 4 área de APP, foi possível observar a cor para o primeiro
ponto em solo seco a cor preto, segundo ponto cinzento muito escuro, e o terceiro ponto preto.
Para úmida e úmida amassada apresentou para todos os pontos a cor Preto. A textura identificada
foi argilo arenoso nos dois primeiros pontos e Franco- argilo-arenoso no ultimo ponto. A Coesão
predominou para todos os pontos, como moderadamente coeso. Sem cheiro no primeiro e
terceiro ponto, no entanto no segundo ponto notou-se, cheiro de frescor/raízes. Para a estrutura
encontrou-se como grau, tamanho e tipo sendo o mesmo para todos os pontos na sequência,
fraca, pequena e blocos subagulares

Para a classificação de raízes encontrou-se tamanho finas e médias para o primeiro e


terceiro ponto, quantidade abundante e tipo pivotante para os mesmos pontos. Para o segundo
ponto tamanho finas , quantidade abundante e tipo pivotante. Quanto a poros tamanho, pequenos
e médios, quantidade abundante para o primeiro ponto. Para o segundo ponto, tamanho
pequenos e quantidade comuns. Para o terceiro ponto tamanho, médios e grandes, e quantidade
abundante. Na sua consistência foi possível observar para solo seco, consistência macia, em
58

todos os pontos. Para úmida, solta em todos os pontos. A plasticidade e a pegajosidade consistiu
em muito plástica e muito pegajosa em todos os pontos.

A Tabela 6 apresenta resultados da parcela 4, solo arado, verificou-se para a


classificação de cor, para o primeiro e segundo ponto em seco, úmido e úmido amassado a cor
Bruno-forte. Para o terceiro ponto foi bruno-avermelhado-escuro para seco, úmido e amassado.
Sua textura foi franco argiloso para todos os pontos nesta área. Solos sem cheiro presente. Para
coesão, fortemente coeso para ambos os pontos. Para classificação da estrutura foi possível
observar para os 3 primeiros pontos o grau fraca, tamanhos, pequena no primeiro e segundo
ponto e muito pequena no terceiro ponto. O tipo de estrutura foram blocos subagulares para
todos os pontos.

No que refere-se as raízes foram encontrados tamanhos, finas, quantidade pouca, e tipo
fasciculada para todos os pontos. Para os poros, ausência de poros. Quanto à consistência foram
para seco, macia em todos os pontos. Para úmida friável no primeiro e segundo ponto, no
terceiro ponto solta. Já a plasticidade observou-se muito plástica para todos os pontos.
Pegajosidade, ligação pegajosa no primeiro e segundo ponto e muito pegajosa para o ultimo
ponto.

Verificou-se na parcela 4 solo arado para a textura foram franco-argilo-arenosa nos 3


pontos e estrutura subagulares, já na parcela 4 em APP obteve como textura de argilo-arenosa e
franco-argilosa, com estruturas subagulares. Da parcela de solo arado para área de APP,
observou-se declividade acentuada, o que pode ter favorecido um carreamento de solos devido o
relevo, solo arado para área de APP. Foi observado na área de agricultura medidas de controle,
como o terraço/terraciamento, diminuindo a capacidade de desenvolvimento de uma erosão e
acareamento do solo ate a área de APP. Na parcela 4 em APP notou-se cheiro de frescor sendo
um indicador de qualidade importante, segundo (PRIMAVESI, 2009 ) cheiro de frescor e
agradável é sinal de microvida saudável, solos em boas condições.

A Tabela 7 apresenta resultados da parcela 5 APP. Notou-se uma cor para todas as
amostras, sendo para seco, úmida e úmido amassada, Bruno-avermelhado-escuro. No entanto,
sua textura teve uma variação sendo franco-argilo-arenoso para o primeiro ponto e para o
segundo ponto argilo-arenoso e argiloso para o terceiro. Para Coesão, predominou o fortemente
coeso em todos os pontos e sem presença de cheiro. Para as estruturas, grau, tamanho e tipo
nenhuma variação entre os pontos, sendo fraca, muito pequena e blocos subagulares, em todos os
3 pontos.
59

Na classificação de raízes observou-se para o primeiro ponto tamanho, médio, quantidade


abundante e tipo pivotante. Para o segundo ponto raízes de tamanho, finas e médias, quantidade
abundante e como tipo pivotante. Para o terceiro ponto tamanho, finas, quantidade abundante e
tipo pivotante. Para classificação de poros encontrou-se para primeiro e terceiro ponto tamanho
pequenos de poros. Para o primeiro ponto quantidade abundantes e para o terceiro ponto
quantidade pouca. No segundo ponto poros ausentes. Para sua consistência em seco e úmida
manteve a mesma, macia e solta. Na plasticidade teve plástica para o primeiro e segundo ponto e
muito plástica no ultimo ponto. A pegajosidade foi ligação pegajosa para o primeiro ponto e
pegajosa apenas para o segundo e terceiro ponto

Na parcela 5 notou-se estruturas subagulares e texturas variadas com distância de um


para o outro de 50 metros, sendo encontrado textura franco-argilo-arenono, argilo-arenoso e
argilosa, uma área com desnível de relevo o que pode explicar a diferenciação de textura em
pequena distância, possivelmente há um acarreamento, dos solos.

A Tabela 8 apresenta a classificação da parcela 5, em solo arado, em relação a cor


observou-se para seco, primeiro ponto Bruno-avermelhado-escuro, segundo ponto vermelho-
escuro e terceiro ponto Vermelho. Úmido foi Bruno-avermelhado-escuro. Úmida amassada
primeiro e terceiro ponto Bruno-avermelhado-escuro, para segundo ponto cor, Vermelho-escuro.
Sua textura foi argilosa, e muito argilosa no ultimo ponto. Coesão, fortemente coeso e sem
cheiro presente. Para a estrutura encontrou-se grau, fraco, tamanho, pequena para o primeiro e
segundo ponto. Para o terceiro ponto grau fraco e tamanho muito pequena. O tipo foi o mesmo
em todos os pontos sendo blocos subagulares.

Para a classificação de raízes observou-se em todos os pontos, tamanho finas, quantidade


poucas, e tipo fasciculada. Sem presença de Poros. Sua consistência para seca, úmida e
plasticidade foram macia, solta e muito plástica. Já na pegajosidade o primeiro ponto observou-
se pegajosa, as demais muito pegajosa.

Parcela 6 APP, Tabela 9 verificou-se quanto a cor em seco, úmido e úmido amassado
verificou-se cor Bruno-avermelhado-escuro em todos os pontos da parcela. Textura argilosa e
coesão, fortemente coeso,sem cheiro presente, para todos os pontos amostrados. Para as
características estruturais apresentou grau, tamanho e tipo o mesmo em todos os pontos na
parcela sendo, fraca, muito pequena e blocos subagulares. Para a classificação de raízes
observou-se para os três pontos amostrados, tamanhos finas e médias, quantidade abundante e
tipo pivtante. Na classificação de poros em todos os pontos tamanhos pequenos e quantidade
60

abundante. Na consistência seca, úmida e plástica encontrou o mesmo resultado, macia, solta e
plástica. Já a pegajosidade foi ligação pegajosa para o primeiro e segundo ponto o terceiro foi
pegajosa.
A Tabela 10 apresenta resultados da parcela 6, em solo arado. Verificou-se classificações
para as cores, solo seco, úmida e úmida amassada verificou-se a cor Bruno-avermelhado-escuro
para os três pontos. Textura para o primeiro e terceiro ponto muito argilosa, segundo ponto
argilosa. A coesão constatou-se, fortemente coeso, em todos os pontos da parcela, sem cheiro
perceptivel. Sua Estrutura permanece sem alterações de um ponto ao outro, sendo grau fraca,
tamanho muito pequena e tipo blocos subagulares. Para classificação de raízes e poros não foi
possível devido à ausência de ambos em todos os pontos. Para a Consistência para seca
consistência macia. Úmida solta. Plasticidade, plástica e a pegajosidade ligação pegajosa em
todos os pontos amostrados.
Foi possível observar na parcela 5 em solo arado e a parcela 6 App e solo arado em
ambas as áreas suas estruturas são subagulares e texturas muito argilosas e argilosas. Podemos
observar que prevalece solos argilosos para agricultura, os agricultores preferem solos argilosos
em função de serem mais férteis, são mais ricos em nutrientes minerais, PRIMAVESE, (2016).
Na parcela 6 em áreas agrícolas seu solos encontravam-se arados era perceptível aglomerados de
torrões virados a superfície no entanto, eram subagulares arrendodados.
61

Tabela 3: Parcela 2- Agricultura pós-colheita de sorgo (PCS)


ANALISE MORFOLÓGICAS Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 Ponto 04 FES
Tabela 2: Parcela 1- Agricultura pós-colheita de sorgo (PCS) Seca 5YR 3/4 2.5YR 3/6 2.5YR3/4 2.5YR 4/6
ANALISE MORFOLÓGICAS Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 Ponto 04 FES Bruno- Vermelho- Bruno-Avermelhado-Escuro Vermelho
Seca 2.5YR 3/6 2.5YR 2.5/4 Avermelhado- Escuro
2.5YR 3/6 2.5YR 3/6 Vermelho -escuro Bruno-avermelhado- Escuro
Vermelho – Vermelho - escuro 5YR 3/3 2.5YR 2.5/4 2.5YR 2.5/4 2.5YR 3/4
escuro escuro Úmida Bruno- Bruno- Bruno-Avermelhado-Escuro

CORES
2.5YR 2.5/4 2.5YR 2.5/3 Avermelhado- Avermelhado- Bruno-Avermelhado-
Úmida 2.5YR 3/6 2.5YR 2.5/4 Bruno-avermelhado-escuro Escuro Escuro Escuro
CORES

Vermelho – Bruno- Bruno-avermelhado-


escuro avermelhado- escuro Úmida Amassada 5YR 3/3 2.5YR 3/4 2.5YR 2.5/6 2.5YR 3/4
escuro Bruno- Bruno-
Avermelhado- Avermelhado- Vermelho Bruno-Avermelhado-
Úmida Amassada 2.5YR 2.5/4 2.5YR 2.5/3
2.5YR 3/4 2.5YR 3/4 Bruno-avermelhado-escuro Escuro Escuro Escuro
Bruno- Bruno- Bruno-avermelhado-
avermelhado- avermelhado- escuro
escuro escuro TEXTURA Argilosa Argilosa Muito Argilosa Argilosa
TEXTURA Argilosa Argilosa Argilosa Argilosa CHEIRO Sem cheiro Sem cheiro Sem cheiro Sem cheiro
CHEIRO Sem cheiro Sem cheiro Sem cheiro Sem cheiro Fortemente Fortemente Fortemente coeso Fortemente coeso
Fortemente Fortemente Fortemente coeso Fortemente coeso COESÃO coeso coeso
COESÃO coeso coeso Grau Moderada Fraca Fraca Fraca

ESTRUTURA
Grau Fraca Fraca Fraca Fraca
Tamanho Pequena Pequena Pequena Pequena
ESTRUTURA

Tamanho Pequena Pequena Pequena Media


Blocos Blocos
Tipos subangulares angulares Colunar Colunar
Tipos Blocos Blocos Blocos subangulares Blocos subangulares
Tamanho Finas, medias Muito finas Muito finas Muito Finas
angulares angulares

RAIZES
Tamanho Finas Muito finas Muito finas Finas e Medias Abundantes Poucas Poucas Comuns
Quantidade
RAIZES

Poucas Poucas Poucas Abundantes Enraizamento Pivotante Fasciculada Fasciculada Fasciculada


Quantidade
Enraizamento Fasciculada Fasciculada Fasciculada Pivotante
Pequenos e Sem poros visíveis

POROS
Tamanho médios Médios Médios
Muito Pequenos e médios Quantidade Sem poros visíveis
POROS

Tamanho Pequenos pequenos Médios Abundantes Pouco Comuns


Quantidade Pouco Pouco Comuns Abundantes Seca Ligação dura Ligação dura

CONSISTÊNCIA
Muito dura Macia
Seca Macia Macia Macia Ligação dura Úmida Firme Firme Firme Firme
CONSISTÊNCIA

Úmida Solta Solta Solta Firme Plasticidade Muito plástica Muito plástica Muito plástica Muito plástica
Plasticidade Muito Muito Muito plástica Muito plástica
plástica plástica Pegajosidade Muito Muito Muito pegajosa Muito pegajosa
Pegajosidade Muito Muito Muito pegajosa Pegajosa pegajosa pegajosa
pegajosa pegajosa

TORRÕES
TORRÕES

2 Parcela - 2 ponto 2 Parcela - 2 ponto 2Parcela -3 ponto 2 Parcela - 4 ponto


1 Parcela - 1 ponto 1Parcela - 2 ponto 1 Parcela - 3 ponto 1 Parcela - 4 ponto
62

Tabela 4: Parcela 3- Agricultura pós-colheita de sorgo (PCS)


ANALISE MORFOLÓGICAS Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 Ponto 04 APP
Seca 5YR 4/4 5YR 4/6 5YR 4/6 5YR 4/6 Tabela 5: Parcela 4 Área Preservação Permanente
Bruno- Vermelho- Vermelho-Amarelado Vermelho-Amarelado ANALISE MORFOLÓGICAS Ponto 4 Ponto 5 Ponto 6
Avermelhado Amarelado Seca 5YR 2.5/1 5YR 3/1 5YR 2.5/1
5YR 3/4 5YR 3/4 5YR 3 / 4 5YR 3/4
Úmida Bruno- Bruno- Bruno-Avermelhado-Escuro Preto Cinzento muito Preto
CORES

Avermelhado- Avermelhado- Bruno-Avermelhado- escuro


Escuro Escuro Escuro

CORES
5YR 2.5/1 5YR 2.5/1 5YR 2.5/1
Úmida
Úmida Amassada 5YR 3/4 5YR 3/4 5YR 3/4 5YR 3/4
Bruno- Bruno- Bruno-Avermelhado-Escuro Preto Preto Preto
Avermelhado- Avermelhado- Bruno-Avermelhado-
Escuro Escuro Escuro Úmida Amassada 5YR 2.5/1 5YR 2.5/1 5YR 2.5/1
TEXTURA Muito Argilosa Argilosa Argilosa
Preto Preto Preto
Argilosa
TEXTURA Argilo arenosa Argilo arenosa Franco Argilo arenosa
CHEIRO Sem cheiro Sem cheiro Sem cheiro Sem cheiro
CHEIRO Sem cheiro Sem cheiro Sem cheiro
Fortemente Fortemente Fortemente coeso Fortemente coeso
COESÃO coeso coeso Moderamente Moderamente Moderamente coeso
Fraca Fraca Fraca Fraca COESÃO coeso coeso
Grau
ESTRUT

Grau Fraca Fraca Fraca


Tamanho Fraca Fraca Fraca Fraca
URA

ESTRUTUR
Pequena Muito Muito Pequena Media Tamanho Pequena Pequena Pequena

A
Tipos Pequena
Blocos Blocos Colunar Blocos subangulares
Blocos Blocos Blocos subangulares
Tamanho Tipos subangulares subangulares
RAIZES

subangulares subangulares
Finas Finas Finas Finas e Medias Tamanho Fina e medias Finas Finas e medias
Quantidade

RAIZES
Enraizamento Fasciculada Fasciculada Fasciculada Fasciculada Abundantes Abundantes Abundantes
Quantidade
Muito Muito pequenos
Enraizamento Pivotante Pivotante Pivotante
POROS

Tamanho Pequenos e Pequenos Grandes


grandes
Quantidade Pouco Pouco Pouco Abundantes Tamanho Pequenos e médios Pequenos Médios e grandes

POROS
Seca Macia Macia Macia Macia Quantidade Abundantes Comuns Abundantes
CONSISTÊN

Úmida Solta Solta Solta Solta


Seca Macia Macia Macia
CIA

CONSISTÊN
Plasticidade Muito plástica Muito plástica Muito plástica Muito plástica Úmida Solta Solta Solta
Pegajosidade Pegajosa Muito Muito pegajosa Pegajosa

CIA
Plasticidade Muito plástica Muito plástica Muito plástica
pegajosa
Pegajosidade Muito Pegajosa Muito pegajosa Muito pegajosa
TORRÕES

TORRÕES

4 Parcela – 4 ponto 4 Parcela – 5ponto 4 Parcela – 6 ponto


3 Parcela - 1 ponto 3Parcela - 2 ponto 3 Parcela - 3 ponto 3 Parcela - 4 ponto
63

Tabela 6: Parcela 4 Agricultura Solo Arado (SA) Tabela 7: Parcela 05 Agricultura área de Preservação Permanente
ANALISE MORFOLÓGICAS Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 ANALISE MORFOLÓGICAS Ponto 4 Ponto 5 Ponto 6
Seca 7.5YR 4/6 7.5YR 4/6 5YR 3/4 Seca 2.5YR 2.5/4 2.5YR 2.5/3 2.5YR 2.5/3
Bruno-Avermelhado-Escuro Bruno-
Bruno-Forte Bruno-Forte Avermelhado- Bruno- Bruno-Avermelhado-Escuro
CORES

7.5YR 4/6 7.5YR 4/6 5YR 3/4 Escuro Avermelhado-


Úmida Bruno-Avermelhado-Escuro Escuro
Bruno-Forte Bruno-Forte
Úmida Amassada 7.5YR 4/6 7.5YR 4/6 5YR 3/4 2.5YR 2.5/3 2.5YR 2.5/4 2.5YR 2.5/3
Bruno-Forte Bruno-Forte Úmida

CORES
Bruno-Avermelhado-Escuro
Bruno- Bruno- Bruno-Avermelhado-Escuro
TEXTURA Franco Argilo Franco Argilo Franco Argilo arenosa Avermelhado- Avermelhado-
arenosa arenosa Escuro Escuro
CHEIRO Sem cheiro Sem cheiro Sem cheiro
Fortemente coeso Fortemente coeso Fortemente coeso Úmida Amassada 2.5YR 2.5/3 2.5YR 2.5/4 2.5YR 2.5/3
COESÃO
Bruno- Bruno- Bruno-Avermelhado-Escuro
Grau Fraca Fraca Fraca
Avermelhado- Avermelhado-
ESTRUTURA

Tamanho Pequena Pequena Muito Pequena Escuro Escuro

TEXTURA Franco Argilo Argiloarenosa Argiloarenosa


Blocos Blocos Blocos subangulares arenosa
Tipos subangulares subangulares CHEIRO Sem cheiro Sem cheiro Sem cheiro
COESÃO Fortemente coeso fortemente coeso Fortemente coeso
Tamanho Finas Finas Finas
Grau Fraca Fraca Fraca

ESTRUTUR
RAIZES

Poucas Poucas Poucas Tamanho Muito Pequena Muito Pequena Muito Pequena
Quantidade Blocos subangulares Blocos Blocos subangulares
Enraizamento Fasciculada Fasciculada Fasciculada Tipos subangulares

A
Tamanho Ausente Ausente Ausente Tamanho Media Finas e medias Finas
POROS

RAIZES Abundantes Abundantes Abundantes


Quantidade Ausente Ausente Ausente Quantidade
Enraizamento Pivotante Pivotante Pivotante
Seca Macia Macia Macia Tamanho Pequenos A Pequenos
CONSISTÊNCIA

Úmida Friável friável Solta POROS Quantidade Abundantes Ausente Pouco


Plasticidade Muito plástica Muito plástica Muito plástica
Seca Macia Macia Macia

CONSISTÊNCIA
Úmida Solta Solta Solta
Pegajosidade Ligação Pegajosa Ligação Pegajosa
Plasticidade Plástica Plástica Muito plástica
Muito pegajosa
Pegajosidade Ligação Pegajosa Pegajosa Pegajosa
TORRÕES

TORRÕES

4 Parcela - 1 ponto 4 Parcela - 2 ponto 4 Parcela - 3 ponto


5 Parcela – 4 ponto 5 Parcela -5 ponto 6 Parcela – 4.2 ponto
64

Tabela 9: Parcela 6 Área de preservação permanente


ANALISE MORFOLÓGICAS Ponto 4 Ponto 5 Ponto 6
Tabela 8: Parcela 5 Agricultura Solo Arado (SA) Seca
ANALISE MORFOLÓGICAS Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03
2.5YR 2.5/4 2.5YR 2.5/4 2.5YR 2.5/4
Seca 2.5YR 2.5/4 2.5YR 3/6 5YR 4/6 Bruno- Bruno- Bruno-Avermelhado-Escuro
Bruno- Avermelhado- Avermelhado-
Avermelhado- Vermelho-Escuro Vermelho Escuro Escuro
Escuro 2.5YR 2.5/3 2.5YR 2.5/3 2.5YR 2.5/3
2.5YR 2.5/4 2.5YR 2.5/4 5YR 3/4 Úmida
Úmida Bruno- Bruno- Bruno-Avermelhado-Escuro

CORES
Bruno- Bruno- Bruno-Avermelhado-Escuro Avermelhado- Avermelhado-
CORES

Avermelhado- Avermelhado- Escuro Escuro


Escuro Escuro
Úmida Amassada 2.5YR 2.5/3 2.5YR 2.5/3 2.5YR 2.5/3
Úmida Amassada 2.5YR 2.5/4 2.5YR 3/6 5YR ¾
Bruno- Bruno- Bruno-Avermelhado-Escuro
Bruno- Vermelho-Escuro Bruno-Avermelhado-Escuro
Avermelhado-
Avermelhado- Avermelhado-
Escuro Escuro Escuro

Argilosa Argilosa Muito Argilosa TEXTURA Argilosa Argilosa Argilosa


TEXTURA
CHEIRO Sem cheiro Sem cheiro Sem cheiro CHEIRO Sem cheiro Sem cheiro Sem cheiro
Fortemente coeso Fortemente coeso Fortemente coeso Fortemente coeso Fortemente coeso Fortemente coeso
COESÃO
COESÃO
Grau Fraca Fraca Fraca

ESTRUTU
Grau Fraca Fraca Fraca
ESTRUTUR

Tamanho Muito Pequena Muito Pequena Muito Pequena

RA
Tamanho Pequena Pequena Muito Pequena
Blocos Blocos Blocos subangulares
A

Blocos subangulares Blocos Blocos subangulares Tipos subangulares subangulares


Tipos subangulares RAIZES Tamanho Fina e Medias Finas e medias Finas e media
Tamanho Finas Finas Finas Abundantes Abundantes Abundantes
RAIZES

Poucas Poucas Poucas Quantidade


Quantidade Enraizamento Pivotante Pivotante Pivotante
Enraizamento Fasciculada Fasciculada Fasciculada POROS Tamanho Pequenos Pequenos Pequenos
Tamanho Ausente Ausente Ausente Quantidade Abundantes Abundantes Abundantes
POROS

Seca Macia Macia Macia

CONSISTÊ
Quantidade Ausente Ausente Ausente Úmida Solta Solta Solta

NCIA
Seca Macia Macia Macia Plasticidade Plástica plástica Plástica
CONSISTÊN

Úmida Solta Solta Solta Pegajosidade Ligação Pegajosa Pegajosa Pegajosa


CIA

Plasticidade Muito plástica Muito plástica Muito plástica

Pegajosidade Pegajosa muito Pegajosa Muito pegajosa

TORRÕES
TORRÕES

6 Parcela - 4 ponto 6 Parcela – 5 ponto 6 Parcela – 6 ponto

5 Parcela - 1 ponto 5 Parcela - 2 ponto 5 Parcela - 3 ponto


65

Tabela 10: Parcela 6 Agricultura Solo Arado SA


ANALISE MORFOLÓGICAS Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3
Seca 2.5YR 2.5/4 2.5YR 2.5/4 2.5YR 2.5/4
Bruno- Bruno- Bruno-Avermelhado-Escuro
Avermelhado- Avermelhado-
Escuro Escuro
2.5YR 2.5/3 2.5YR 2.5/3 2.5YR 2.5/3
Úmida
Bruno- Bruno- Bruno-Avermelhado-Escuro

CORES
Avermelhado- Avermelhado-
Escuro Escuro
Úmida Amassada 2.5YR 2.5/4 2.5YR 2.5/3 2.5YR 2.5/3
Bruno- Bruno- Bruno-Avermelhado-Escuro
Avermelhado- Avermelhado-
Escuro Escuro
TEXTURA Muito argilosa Argilosa Muito argilosa
CHEIRO Sem cheiro Sem cheiro Sem cheiro
Fortemente coeso Fortemente coeso Fortemente coeso
COESÃO
Fraca Fraca Fraca Fraca
ESTRUT
URA

Muito Pequena Muito Pequena Muito Pequena Muito Pequena


Blocos subangulares Blocos Blocos Blocos subangulares
subangulares subangulares
Tamanho Ausente Ausente Ausente
RAIZES

Ausente Ausente Ausente


Quantidade
Enraizamento Ausente Ausente Ausente
POROS Tamanho Ausente Ausente Ausente
Quantidade Ausente Ausente Ausente
Seca Macia Macia Macia
CONSISTÊN

Úmida Solta Solta Solta


CIA

Plasticidade Plástica Plástica Plástica


Pegajosidade Ligação Pegajosa Ligação Ligação pegajosa
Pegajosa
TORRÕES

6 Parcela - 1 ponto 6 Parcela – 2 ponto 6 Parcela – 3 ponto


66

4.5 Aspectos físico e químico dos solos

4.5.1 Análise Física dos solos


Observa-se que a porcentagem de argila desses solos varia entre 29,00% e 68,00%. Já o
percentual de silte apresenta valores mínimos de 8,%, não ultrapassando 12%. No que se refere
a fração areia o menor valor encontrado foi de 20% e o maior de 64%. A Tabela 11 mostra a
análise textural dos solos coletados nas parcelas pesquisadas.

Tabela 11: Análise Textural seguindo ensaios de granulometria.


Ponto e cobertura
do solo Argila % Silte % Areia % Textura
Parcela 1.1 PCS 47,00 10,00 43,00 Argiloso
Parcela 1.2 PCS 59,00 12,00 29,00 Argiloso
Parcela 1.3 PCS 53,00 11,00 36,00 Argiloso
Parcela 1.4 FES 51,00 12,00 37,00 Argiloso
Parcela 2.1 PCS 55,00 12,00 33,00 Argiloso
Parcela 2.2 PCS 68,00 12,00 20,00 Muito Argiloso
Parcela 2.3 PCS 57,00 11,00 32,00 Argiloso
Parcela 2.4FES 47,00 11,00 42,00 Argiloso
Parcela 3.1 PCM 61,00 12,00 27,00 Muito Argiloso
Parcela 3.2 PCM 57,00 12,00 31,00 Argiloso
Parcela 3.3PCM 53,00 10,00 37,00 Argiloso
Parcela 3.4 APP 55,00 11,00 34,00 Argiloso
Parcela 4.1 SA 28,00 8,00 64,00 Franco argilo arenoso
Parcela 4.2 SA 32,00 9,00 59,00 Franco argilo arenoso
Parcela 4.3 SA 30,00 8,00 62,00 Franco argilo arenoso
Parcela 4.4 APP 37,00 9,00 54,00 Argilo arenoso
Parcela 4.5 APP 36,00 9,00 55,00 Argilo arenoso
Parcela 4.6 APP 29,00 8,00 63,00 Franco argilo arenoso
Parcela 5.1 SA 47,00 10,00 43,00 Argiloso
Parcela 5.2 SA 57,00 12,00 31,00 Argiloso
Parcela 5.3 SA 61,00 11,00 28,00 Muito Argiloso
Parcela 5.4 APP 34,00 8,00 58,00 Franco argilo arenoso
Parcela 5.5 APP 37,00 9,00 54,00 Argilo arenoso
Parcela 5.6 APP 50,00 11,00 39,00 Argiloso
Parcela 6.1 SA 61,00 12,00 27,00 Muito Argiloso
Parcela 6.2 SA 57,00 11,00 32,00 Argiloso
Parcela 6.3 SA 61,00 10,00 29,00 Muito Argiloso
Parcela 6.4 APP 53,00 10,00 37,00 Argiloso
Parcela 6.5 APP 57,00 10,00 33,00 Argiloso
Parcela 6.6 APP 58,00 12,00 30,00 Argiloso
67

Ao observar esses dados granulométricos é possível inferir que todos os solos amostrados
são profundamente intemperizados, pois os valores de silte são significativamente baixos ,
segundo AZEVEDO (2003), os solos muito intemperados geralmente possuem a fração areia
composta predominantemente por grãos de quartzo, praticamente nenhuma fração silte e
se houver condições para formação de argila, podem ser argilosos, como exemplo típico
são os Latossolos, que cobrem aproximadamente 50% do território do Brasil.

É possível observar também que os percentuais de argila são predominantente superiores


a 40% enquanto os valores da fração areia ultrapassam os 45% em poucas amostras indicando
uma predominância de solos argilosos como demonstra a classificação textural da Tabela 11. É
possível observar na Tabela 11 que das 30 amostras de solos ensaiadas 17 foram classificadas
como argilosas, 5 como muito argilosas, 3 sendo argilo arenosas e 5 como Franco argilo
arenosas.

Percebe se que a predominância é de solos com maior teor de argila, solos argilosos, o
solo mais argiloso tem características de menos permeável, e possuem maior capacidade de
armazenar água, no entanto quando úmidas pode se tornar bem compactadas, é um solo muito
usado na implantação de agricultura. Observa que as 3 primeiras parcelas de agricultura o solo
presente é argiloso ou muito argiloso. Já na parcela 4 de solo arado o solo presente é um Franco-
argilo-arenoso, com maiores teor de areia. Nas parcelas 5 e 6 na paisagem de Solo arado segue o
padrão das 3 primeiras parcelas de agricultura sendo observado solos argilosos e muito argiloso.

Nos pontos de áreas de cobertura vegetal natural, observa-se 2 pontos de FES com solos
argilosos, 5 pontos de APPs em solos arenosos, seguida de 3 APP com solos argilo-arenosos e 2
solos Franco-argilo-arenoso.

4.5.2 Análise química dos solos


Nos ensaios químicos foram analisados os seguintes elementos: pH (potencial
hidrogeniônico), Cálcio, Manganês, alumínio, hidrogênio, Fosforo, Potássio, zinco, CTC
(capacidade de troca catiônica), saturação em base, saturação em alumínio, carbono e matéria
orgânica. Tabela 12 e 12.1.
68

Tabela 12 : Dados de analises dos ensaios químicos em Áreas de Agricultura


Parcela, ponto CA MG CA/MG AL H+AL K1 P MO % CO ZN CTC SB % SA % CA CA MG CA÷CTC MG÷CTC K÷CTC HAL÷CTC pH
e cobertura ÷MG ÷K1 ÷K1
do solo
1.1 PCS 3,60 1,40 5,00 0,00 1,20 0,26 2,10 2,20 12,76 2,30 6,46 81,42 2,57 13,85 5,38 55,73 21,67 4,02 18,58 5,90
1.2 PCS 2,50 0,90 3,40 0,00 1,50 0,15 1,80 1,90 11,02 1,60 5,05 70,30 2,78 16,67 6,00 49,50 17,82 2,97 29,70 5,60
1.3 PCS 3,40 1,00 4,40 0,00 1,70 0,07 11,20 2,40 13,92 3,20 6,17 72,45 3,40 48,57 14,29 55,11 16,21 1,13 27,55 5,60
2.1 PCS 9,70 3,50 13,20 0,00 2,00 0,38 1,80 4,60 26,68 2,30 15,58 87,16 2,77 25,53 9,21 62,26 22,46 2,44 12,84 5,60
2.2 PCS 2,20 0,90 3,10 0,00 2,10 0,19 14,50 2,50 14,50 6,80 5,39 61,04 2,44 11,58 4,74 40,82 16,70 3,53 38,96 5,30
2.3 PCS 1,70 0,80 2,50 0,00 1,90 0,19 5,30 2,00 11,60 2,50 4,59 58,61 2,13 8,95 4,21 37,04 17,43 4,14 41,39 5,30
3.1 PCM 2,30 0,90 3,20 0,00 1,50 0,42 2,70 1,90 11,02 3,00 5,12 70,70 2,56 5,48 2,14 44,92 17,58 8,20 29,30 5,50
3.2 PCM 2,50 0,90 3,40 0,00 2,10 0,25 8,10 2,20 12,76 2,50 5,75 63,48 2,78 10,00 3,60 43,48 15,65 4,35 36,52 5,20
3.3 PCM 3,20 1,30 4,50 0,00 2,70 0,71 20,60 2,80 16,24 10,90 7,91 65,87 2,46 4,51 1,83 40,46 16,43 8,98 34,13 5,80
4.1 SA 1,00 0,50 1,50 0,00 1,60 0,15 10,80 2,20 12,76 1,40 3,25 50,77 2,00 6,67 3,33 30,77 15,38 4,62 49,23 5,30
4.2 SA 1,10 0,50 1,60 0,30 1,90 0,09 21,20 2,10 12,18 4,00 3,59 47,08 15,08 2,20 12,22 5,56 30,64 13,93 2,51 52,92 4,60
4.3 SA 3,40 1,00 4,40 0,00 0,80 0,10 18,80 1,70 9,86 4,50 5,30 84,91 3,40 34,00 10,00 64,15 18,87 1,89 15,09 6,00
5.1 SA 5,00 0,30 5,30 0,00 0,90 0,23 8,10 1,90 11,02 2,70 6,43 86,00 16,67 21,74 1,30 77,76 4,67 3,58 14,00 5,90
5.2 SA 2,20 0,80 3,00 0,00 2,50 0,31 7,40 2,00 11,60 2,30 5,81 56,97 2,75 7,10 2,58 37,87 13,77 5,34 43,03 5,30
5.3 SA 2,60 1,10 3,70 0,00 1,50 0,47 4,70 2,20 12,76 1,30 5,67 73,54 2,36 5,53 2,34 45,86 19,40 8,29 26,46 5,80
6.1 SA 2,20 1,10 3,30 0,00 1,30 0,41 3,70 2,20 12,76 2,40 5,01 74,05 2,00 5,37 2,68 43,91 21,96 8,18 25,95 5,80
6.2 AS 1,90 1,00 2,90 0,00 1,50 0,19 3,70 2,40 13,92 1,80 4,59 67,32 1,90 10,00 5,26 41,39 21,79 4,14 32,68 5,70
6.3 AS 1,30 0,80 2,10 0,00 2,10 0,29 3,40 2,40 13,92 1,60 4,49 53,23 1,63 4,48 2,76 28,95 17,82 6,46 46,77 5,70
Tabela 12.1 : Dados de analises dos ensaios químicos em Áreas de cobertura vegetal Natural

Parcela, CA MG CA/MG AL H+AL K1 P MO CO ZN CTC SB % SA % CA CA MG CA÷CTC MG÷CTC K÷CTC HAL÷CTC pH


ponto e % ÷MG ÷K1 ÷K1
cobertura do
solo

1.4 FES 3,30 1,30 4,60 0,00 1,50 0,35 7,70 2,40 13,92 3,60 6,45 76,74 2,54 9,43 3,71 51,16 20,16 5,43 23,26 5,70
2.4 FES 1,40 0,90 2,30 0,20 2,70 0,17 1,20 2,50 14,50 2,60 5,17 47,78 7,49 1,56 8,24 5,29 27,08 17,41 3,29 52,22 4,70
3.4 APP 0,80 0,80 1,60 0,20 3,20 0,31 1,80 3,10 17,98 1,30 5,11 37,38 9,48 1,00 2,58 2,58 15,66 15,66 6,07 62,62 4,40
4.4APP 3,40 2,00 5,40 0,20 4,60 0,17 2,10 4,00 23,20 5,90 10,17 54,77 3,47 1,70 20,00 11,76 33,43 19,67 1,67 45,23 4,40
4.5 APP 4,70 3,30 8,00 0,10 3,50 0,29 2,40 5,40 31,32 3,30 11,79 70,31 1,19 1,42 16,21 11,38 39,86 27,99 2,46 29,69 4,90
4.6 APP 3,40 1,10 4,50 0,50 5,10 0,10 1,80 3,50 20,30 2,40 9,70 47,42 9,80 3,09 34,00 11,00 35,05 11,34 1,03 52,58 4,30

5.4 APP 1,20 0,60 1,80 0,00 1,70 0,22 1,20 1,90 11,02 1,00 3,72 54,30 2,00 5,45 2,73 32,26 16,13 5,91 45,70 5,00
5.5 APP 1,40 0,80 2,20 0,00 1,60 0,30 0,80 2,00 11,60 1,40 4,10 60,98 1,75 4,67 2,67 34,15 19,51 7,32 39,02 5,60
5.6 APP 4,30 1,90 6,20 0,00 1,90 0,32 0,80 2,90 16,82 2,50 8,42 77,43 2,26 13,44 5,94 51,07 22,57 3,80 22,57 5,50
6.4 APP 0,40 0,30 0,70 0,20 3,60 0,07 0,80 2,00 11,60 0,70 4,37 17,62 20,62 1,33 5,71 4,29 9,15 6,86 1,60 82,38 4,50

6.5 APP 0,50 0,40 0,90 0,30 5,00 0,09 0,80 2,80 16,24 0,30 5,99 16,53 23,26 1,25 5,56 4,44 8,35 6,68 1,50 83,47 4,60
6.6 APP 0,20 0,10 0,30 0,30 4,90 0,08 0,80 2,70 15,66 0,40 5,28 7,20 44,12 2,00 2,50 1,25 3,79 1,89 1,52 92,80 4,20
69

No que se refere ao pH conforme demonstrado na Figura 19, em áreas agrícolas


observou-se poucas variações, predominando um pH médio de 5,5. Para os 18 solos amostrados
em área de agricultura observou em 6 pontos com pH variando entre 4,6 e 5,5. Nos 12 pontos
restantes o pH aferido foi entre 5,5 e 6,0. O pH em áreas de cobertura vegetal natural, (FES e
APP) verifica-se solos com maior acidez, com variações de 4,2 a 5,7 de pH, Observando pH
médio de 4,8, no entanto, sabemos que o solo do cerrado possui uma maior acidez entre 4,3 a
6,2. O que deferência da área agrícola é o processo de calagem, nas áreas naturais não existe essa
correção obtida através de aplicação de calcário. É possível observar que não houve uma grande
variação no desvio padrão da média, observa-se que nas áreas de cobertura natural o desvio é um
pouco maior se comparado aos de solos agrícolas. Nos solos PCS e PCM o desvio é mínimo, já
no solo arado também pequeno no entanto, maior que os solos anteriores de cultivo agrícola.

Média com desvio padrão pH


7,00

6,00

5,00
Grau de acidez

4,00

3,00

2,00

1,00

0,00
FES APP PCS PCM SA
Área amostral cobertura do solo
Figura 19: Média com desvio padrão de pH nas áreas amostrais, Floresta estacional semidecidual (FES),
área de preservação permanente (APP), pós-colheita de sorgo (PCS), pós-colheita de milho (PCM) e solo
arado (SA) .

Alguns elementos influenciam diretamente no pH do solo, em áreas agrícolas a correção


do pH se da por meio da calagem que é a aplicação de calcário, segundo FOGAÇA (2019)
o calcário é obtido pela moagem da rocha calcária que é composto por carbonato de cálcio e/ou
de magnésio. Geralmente, os calcários utilizados para fins agrícolas possuem tanto o cálcio
quanto o magnésio, tais como os calcários calcíticos, dolomíticos e magnesianos. Esse processo
torna os solos mais férteis e produtivos para a maioria dos cultivos.

Na Figura 20a apresenta média e desvio padrão de cálcio nas áreas amostrais, observa-se
que nas áreas amostrais de cobertura vegetal natural em FES 2,35 cmolc/dm3 com um desvio
70

padrão de 1,34, isso equivale a médias de 2 pontos. Ainda nas áreas de cobertura vegetal natural
em APP, à média observada foi de 1,30cmolc/dm3, nesta área nota-se que o desvio padrão é
menor comparado a área anterior, sendo registrada 1,73 de desvio, isso equivale a 10 pontos
amostrais em áreas de APP. Nas áreas agrícolas em PCS observa uma média de 2,95 cmolc/dm3
e desvio padrão 3,06, nesta área foi 6 pontos amostrais, observa que o desvio padrão foi o
mesmo que as outras áreas. No entanto nesta área amostrada teve um ponto o qual seu registro de
cmolc/dm3 foi elevado, sendo 9,70, o qual acredita-se ter influenciado no resultado final. Esse
fenômeno no ponto de teor elevado, pode ser explicado por algum escape maior na aplicação da
calagem, podendo ser início ou o fim da correção química na lavoura, por ser o primeiro ponto
localizava-se a beira da área de cobertura vegetal, área com razoável declividade servindo de
acúmulo de resíduos dos pontos subjacentes.

Os demais pontos das 2 parcelas amostrais apresentou resultados semelhantes entre si


com valores entre 1,00 a 3,60cmolc/dm3. Na área amostral de PCM observou-se média de
2,50cmolc/dm3 e seu desvio padrão de 0,43, desvio mínimo se comparado as áreas amostrada
anteriormente no entanto, foram 3 pontos amostrais. Nas áreas de solos arados SA observou-se
de média 2,20cmolc/dm3 e desvio padrão de 1,26, médias referentes a 6 pontos amostrais.

Das 5 paisagens amostrais observa-se que nas áreas de cobertura vegetal o desvio padrão
não diferencia muito, já nas 3 áreas amostrais de solos de agricultura PCS, teve o maior desvio
padrão seguida pelo solos arados, PCM é o menor desvio padrão das áreas agrícolas e das 5
áreas amostrais.

A Figura 20b apresenta média e desvio padrão de magnésio nas áreas amostrais de
cobertura natural e de agricultura, é possível observar que as médias do teor de magnésio são
menores se comparado as médias de cálcio. Na primeira área amostral FES observa se média de
1,10cmolc/dm3, e seu desvio padrão 0,28,total de área amostral 2 pontos. Nas áreas amostrais de
APP nota-se média de magnésio 0,80 cmolc/dm3 e desvio padrão de 0,99, sendo 10 pontos
amostrais nessa paisagem.

Na área de agricultura, observa-se assim como nas áreas naturais, médias baixas, para
área de PCS encontrou-se média de 0,95 cmolc/dm3 e desvio padrão 1,04, com total de pontos
amostrados 6. Nas áreas de PCM encontrou-se médias 0,90 cmolc/dm3 e desvio padrão de 0,23,
sendo amostrado nesta área 3 pontos. Nas áreas de solos arados SA encontrou-se, média 0,80
cmolc/dm3 e desvio padrão 0,29, sendo 6 pontos amostrais nesta paisagem. O teor de magnésio
foram relativamente menor que o teor de cálcio em todas as 5 áreas amostrais. Sendo encontrado
71

valores de média de magnésio entre 0,80 a 1,20 e desvio padrão 0,23 a 1,04, já nas médias de
cálcio variou de média 1,30 á 2,95 e desvio padrão 0,47 a 3,06. É nitidamente perceptível o
maior teor de cálcio.

Média e desvio padrão de cálcio


7,00
6,00
Por CmolC/dm3

5,00
4,00
3,00
2,00
1,00
0,00
FES APP PCS PCM SA
Área amostral cobertura do solo

(a)

Média e desvio padrão de Magnésio


7,00
6,00
Por CmolC/dm3

5,00
4,00
3,00
2,00
1,00
0,00
FES APP PCS PCM SA
Área amostral cobertura do solo

(b)
Figura 20: Média e desvio padrão de cálcio(a) e magnésio(b) nas áreas amostradas. Floresta estacional
semidecidual (FES), área de preservação permanente (APP), Pós-colheita de sorgo (PCS), Pós-colheita de
milho e solo arado (SA).
72

Na Figura 21ª apresenta médias e desvio padrão de Potássio K nas áreas amostradas.
Foram observado para FES média de 0,26 cmolc/dm3 e desvio padrão de 0,12, isso em 2 pontos
amostrais. Para APP observou-se média de 0,20 cmolc/dm3 e desvio de 0,10, referente a 10
pontos amostrais. Para áreas de agricultura encontrou-se, para PCS média de 0,19cmolc/dm3 e
desvio padrão de 0,10, relativo a 6 pontos amostrais. Área de PCM observou-se a maior média
sendo, 0,42cmolc/dm3 e desvio padrão de 0,23, equivalente a 3 pontos amostrais dentro da
paisagem. Para solos arados SA média 0,23cmolc/dm3 e desvio padrão de 0,13, referente a 6
pontos amostrais nesta área.

Observou-se uma variação de valores, mesmo nas áreas de agricultura, registrando a


menor média sendo 0,19cmolc/dm3 para PCS, seguida pela APP com 0,20cmolc/dm3, sequência
solos arados SA com 0,23cmolc/dm3 e a maior média 0,43 em PCM. O desvio padrão ficou 0,10
para APP e PCS, seguido por 0,12 para FES 0,13 e para solos arados AS, e por fim 0,23 para
PCM. Segundo PEREIRA (2009), o K é um dos nutrientes mais ciclados no SPD, por isso,
atualmente, há uma preocupação constante com as culturas intercalares como fonte de potássio.
Seguindo desse pressuposto observa-se que a parcela de cultivo de milho está conseguindo ciclar
melhor esse nutriente se comparado as outras paisagens amostradas de cultivo de agricultura.

A Figura 21b apresenta as médias e desvio padrão de Fósforo P nas áreas amostradas,
para FES observa-se média de 4,45 mg/dm3 e desvio padrão de 4,59, refente a 2 pontos
amostrados, ainda em área de vegetação natural em APP encontrou-se, média de 1,00 mg/dm3 e
desvio de 0,63, equivalente a 10 pontos amostrados. Nas áreas de cultivo de agricultura
observou-se para PCS, com 6 pontos amostrais, média de 3,70 mg/dm3 e desvio padrão de 5,48.
Para PCM observou-se média de 8,10 mg/dm3 e desvio padrão de 9,18, sendo em 3 pontos
amostrais da paisagem. Para o solo arado SA média de 7,40 mg/dm3, e desvio padrão de 6,68,
em 6 pontos amostrais.

Segundo PEREIRA (2009), o fósforo (P) é considerado um nutriente de baixa mobilidade


no solo, isso atribuído à sua “fixação” pelos minerais da argila, e esse elemento é muito relevante
nos solos tropicais que apresentam elevados teores de óxidos de ferro e de alumínio com os quais
o P tem grande afinidade.

O fato de ter presenciado maiores teores de (P) e (K) em áreas de agricultura se deve pela
aplicação desses produtos para enriquecer o solo, e consequentemente ter maior produtividade,
são suplementos muito utilizados pelas plantas, então sempre é necessário uma renovação. Nas
áreas de FES e APP, os teores são menores pois, não são aplicados são adquiridos naturalmente e
73

lentamente, fazendo com que a vegetação seja beneficiada gradualmente.

A Figura 21c apresenta divisões de alguns elementos em agricultura, cálcio com


magnésio, cálcio com Potássio e magnésio com potássio.São elementos importantes para a
fertilidade do solo e correção do pH. Constatou-se uma razoável porcentagem de cálcio e
Potássio, magnésio e potássio. Já cálcio e magnésio foram registrados menores porcentagens.
Figura 18d na área de cobertura vegetal natural observou-se, uma similaridade dos valores de
Cálcio e potássio, magnésio e potássio com exceção da parcela 4, pois foram registrados índices
maiores em CA/K e MG/K no entanto, para cálcio e magnésio encontrou-se valores menores.
74

Média e desvio padrão de Potássio Média e desvio padrão de fósforo


0,70 70,00
0,60 60,00
Por cmolc/ dm3

Por mg/dm3
0,50 50,00
0,40 40,00
0,30 30,00
0,20 20,00
0,10 10,00
0,00 0,00
FES APP PCS PCM SA FES APP PCS PCM SA
Área amostral cobertura do solo Área amostral cobertura do solo
(a) (b)

Elementos Minerais em Agricultura Elementos Minerais em FES e APP


50,00
50,00 45,00
CA÷MG 40,00 CA÷MG
40,00

Porcentagem
35,00
Porcentagem

CA÷K1 30,00 CA÷K1


30,00
MG÷K1 25,00 MG÷K1
20,00 20,00
10,00 15,00
10,00
0,00 5,00
2 PCS.2

4 SA.3

5 SA.2

6 SA.2

0,00
1 PCS.1
1 PCS.2
1 PCS.3
2 PCS.1

2 PCS .3
3 PCM.1

4 SA.2

5 SA 1

6 SA.3
5 SA .3
6 SA .1
3 PCM.2
3 PCM.3
4 SA .1

Parcela, cobertura do solo e ponto Parcela, cobertura do solo e ponto


(d)
(c)
Figura 21: Média e desvio padrão de Potássio (a) e Fósforo (b) nas áreas amostrais. E elementos minerais em agricultura (c) e elementos minerais em FES.
76

A Figura 22a apresenta média de desvio padrão de zinco nas áreas amostrais. Para área
de FES encontrou-se média de 3,10 g/md3 e desvio padrão 0,71, sendo 2 pontos amostrados
nesta paisagem. Para APP encontrou-se, média de 1,35 g/md3 e desvio padrão 1,70, em 10
pontos amostrados. Para área de agricultura na PCS observou-se, média de 2,40 g/md3 e desvio
padrão 1,87, isso em 6 pontos amostrais. Na área PCM encontrou-se, 3,00 g/md3 de média e
desvio padrão 4,71, referente a 3 pontos amostrais.

É possível observar que, nas áreas de agricultura a distribuição das médias de Zinco mais
homogênea, a correção do solo por meio de calagem nos solos de agricultura é o que torna
possível essa homogeneidade. Como é um metal associado a alguns minerais que fazem parte da
mistura da calagem, isso torna sua presença mais evidente. No entanto, conforme SANTOS
(2005) a concentração de zinco na solução do solo é muito baixa, se comparado ao conteúdo
médio total de zinco nos solos (50 mg kg).

A Figura 22b apresenta médias e desvio padrão de carbono nas áreas amostradas. É
possível observar que, nas áreas de cobertura vegetal natural as médias são maiores. Na
paisagem amostrada FES observa-se, média 14,21g/md3, e desvio padrão 0,71, nota-se um
mínimo desvio padrão, isso em 2 pontos amostrados. Para área de APP observa-se, média 16,53
g/md3 e desvio padrão de 6,22, referente a 10 pontos amostrados.

Foi possível identificar que onde teve maior média de carbono foi onde teve maior teor
de matéria orgânica. Segundo SÁ, (2018) as plantas capturam o dióxido de carbono que está na
atmosfera transformando-o em produtos chamados fotossimilados e, ao terminar o seu ciclo de
vida, os resíduos culturais das diversas culturas são depositados na superfície. Durante o
processo de decomposição, uma parte destes resíduos (de 15% a 25 %) pode ser convertida em
carbono orgânico no solo, e a maior parte retorna para a atmosfera.

A Figura 22c, apresenta as médias e desvio padrão de ácidos livres nas áreas amostrais. É
possível observar que, a área natural de FES encontrou-se média 2,10cmolc/dm3 e desvio
padrão de 0,84, referente a 2 pontos amostrais na paisagem. Ainda em área natural em APP
observou-se média de 3,55cmolc/dm3 e desvio padrão 1,39, referente a 10 pontos amostrais. Já
na área de agricultura PCS constatou-se, média de 1,80 cmolc/dm3 e desvio padrão 0,33,
referente a 6 pontos amostrais. Na PCM observa-se, média de 2,10cmolc/dm3 e desvio 0,60 isso
para 3 pontos amostrais. Para o solo arado encontrou-se média de 1,50cmolc/dm3 e desvio
padrão de 0,54.
77

Foi possível observar que as áreas naturais de FES e APP as médias de ácidos livres
foram maiores no entanto, nas áreas de agricultura observa-se médias menores se comparados as
áreas naturais. A presença de ácidos livres é mais esperado e comum em áreas naturais no
entanto, mesmo com o solos corrigidos na agricultura por meio da calagem, os solos tem um
teor considerável de ácidos livres. Com tais resultados identificamos que nem sempre corrigir
quer dizer melhorar o solo, encontrou-se solos quimicamente corrigidos, mas estruturalmente
perturbados.

A Figura 22d apresenta média e desvio padrão de matéria orgânica em áreas amostradas
observou-se média de 2,45% para área de FES e desvio padrão de 0,07, referente a 2 pontos
amostrais. Para área de APP com 10 pontos amostrais observa-se média de 2,85% com desvio
padrão de 1,07. Para áreas de agricultura nota-se em PCS média de 2,30% e desvio de 1,00,
referente a 6 pontos amostrais. Para PCM com 3 pontos amostrais encontrou-se de média 2,20%
e desvio padrão de 0,45. Para solos arados AS, registrou média 2,20% e desvio de 0,22, referente
a 6 pontos amostrais.

Tais valores segue o mesmo comportamento no teor de carbono, a interação desses dois
elementos mostra-se evidente, onde a quantidade de matéria orgânica é mais elevado o teor de
carbono também é, isso vale para agricultura como para áreas de cobertura vegetal natural.
77

Média e desvio padrão de Zinco Média e desvio padrão de Carbono


9,00 25,00
8,00
7,00 20,00
Por g/md3

6,00

Por g/md3
15,00
5,00
4,00 10,00
3,00
2,00 5,00
1,00
0,00 0,00
FES APP PCS PCM SA FES APP PCS PCM SA
Área amostral cobertura do solo Área amostral cobertura do solo

(a) (b)

Média e desvio padrão de Acidos livres Média e desvio padrão de Materia orgânica
4,50
9,00
4,00
8,00
7,00 3,50
Por cmolc/dm3

6,00 3,00

Porcentagem
5,00 2,50
4,00 2,00
3,00 1,50
2,00 1,00
1,00 0,50
0,00 0,00
FES APP PCS PCM SA FES APP PCS PCM SA
Área amostral cobertura do solo Área amostral cobertura do solo
(c) (d)
Figura 22: Média e desvio padrão de Zinco (a), carbono (c), e matéria orgânica (d) nas áreas amostradas.
78

A Figura 23a apresenta média e desvio padrão de capacidade de troca catiônica CTC nas
áreas amostradas. Observa-se na área amostral FES, média de 5,81cmolc/dm3 e desvio padrão
obteve-se 0,90, com 2 pontos amostrais. Na área de APP obteve-se média de 5,64 cmolc/dm3 e
desvio padrão de 2,90, referente as 10 pontos amostrais. Nas áreas de agricultura observou-se
média de 5,78 cmol/dm3 e desvio padrão 4,16, sendo 6 pontos amostrais. Na PCM encontrou-se
média 5,75 cmolc/dm3 e desvio padrão 1,46, referente a 3 pontos amostrais. Nas áreas de Solos
arados encontrou-se média 5,01 cmolc/dm3 e desvio padrão 1,03, equivalente a 6 pontos
amostrais.

Na Figura 23b apresenta média e desvio padrão de saturação por base SB, nas áreas
amostrais. Nota-se na área de FES média de 62,2% e desvio padrão de 20,4 , valores referente a
2 pontos amostrais. Para APP sendo 10 pontos amostrais, verificou-se média de 50,8 % e de
desvio padrão 23,9. Para áreas de agricultura observou-se, média em PCS 71,3% e para desvio
11,1, referente a 6 pontos amostrais. Para PCM com 3 pontos amostrais, observou-se de média
65,8% e desvio de 3,6. Para solos arados SA com 6 pontos amostrais verificou-se média de 14,6.
Observou-se que saturação por base (SB) nos solos de agricultura foram maiores, apresentando
médias acima de 50%. Nas áreas de cobertura vegetal natural é boa no entanto menores que as
registradas em solos de agricultura. Sendo registrado 50% para APP e 62% para FES, que
também é um percentual bom que mantém a qualidade do solo.

Segundo ROQUIM (2010) os solos podem ser divididos de acordo com a


saturação por bases: solos eutróficos (férteis) = V%≥50%; solos distróficos (pouco
férteis) = V%≥50%; solos distróficos (pouco férteis) = V% V%<50%. Alguns solos
distróficos podem ser muito pobres em Ca2+, Mg2+e K+ e apresentar teor de alumínio
trocável muito elevado, chegando a apresentar saturação em alumínio (m%) superior a
50% e nesse caso são classificados como solos álicos (muito pobres): Al trocável ≥ 3
mmolc dm-3 e m% ≥50%.

A Figura 23c apresenta média e desvio padrão por saturação por alumínio SA nas áreas
amostrais. Foram observados pouca presença nas áreas amostradas, apenas nas paisagens FES,
APP e SA obteve presença de SA. No entanto, no solo arado foi detectado apenas em um ponto,
no gráfico essa presença quase não é notada. O valor deste ponto insolado foi 15,08 %, gerando
desvio padrão de 5,02.
79

Média e desvio padrão da Capacidade de troca catiônica Média e desvio padrão de Saturação por base
12,00
100,00
10,00
80,00

Porcentagem
8,00
Por Cmolc/dm3

60,00
6,00
40,00
4,00
20,00
2,00
0,00
0,00 FES APP PCS PCM SA
FES APP PCS PCM SA
Área amostral cobertura do solo
Área amostral cobertura do solo
(a) (b)

Média e desvio padrão de saturação por alúminio


100,00
80,00
Porcentagem

60,00
40,00
20,00
0,00
FES APP PCS PCM SA
Área amostral cobertura do solo

(c)

Figura 23: Média e desvio padrão de CTC (a), SB (b), SA(c) em áreas amostradas.
80

Para FES observou-se média de 3,75% , e desvio padrão de 5,29, sendo 2 pontos
amostrais. Para APP, com 10 pontos amostrais observou-se média de 9,8% com desvio padrão de
14,8. No entanto, foram teores menores que 50%, porém, na área de cobertura vegetal natural é
esperado valores maiores de saturação por alumínio, por sua maior acidez do solo.

Diante de tais resultados a saturação de base é um indicativo das condições gerais dos
solos, observou-se que os solos da agricultura apresentou maiores teores de saturação de base o
que os classificam como solos eutróficos férteis, no entanto, é importante lembrar que estes
solos são alterados quimicamente, tornando os melhorados. Os solos nas áreas de cobertura
natural de 12 pontos amostrados, 6 deles apresentam (SB) menor que 50%, sendo classificado
como solos distróficos (pouco férteis), os outros 6 pontos são eutróficos. Alguns pontos obteve
teor de (SA) elevados no entanto, não ultrapassou 50%.

A Figura 23a apresenta Capacidade de Troca Catiônica (CTC) em áreas de agricultura,


verificou-se, para primeira parcela valores próximos variando 5 a 6,5cmolc/dm3. Na segunda
parcela o primeiro ponto é mais elevado que todos os demais pontos das parcelas, sendo
15,58cmolc/dm3, o segundo e terceiro ponto manteve-se no mesmo padrão da primeira parcela.
Na terceira parcela, CTC variou entre 5 a 7,90cmolc/dm3. Na quarta parcela observou-se valores
menores sendo 3,25 a 5,30cmolc/dm3, na quinta parcela o teor de CTC variou de 5 a 6,5
cmolc/dm3. Na última parcela a 6, os índices foram de 4,5 a 5,0cmolc/dm3.

Para áreas de cobertura natural a Figura 23b apresenta CTC, observa-se a primeira
parcela no ponto 4 em FES apresenta teor de 6,45cmolc/dm3, na segunda parcela ponto 4 em
FES 5,17cmolc/dm3, na terceira parcela, ponto 4 em APP registrou-se 5,11cmolc/dm3. Já na
parcela 4 foram registrados teores mais elevados variando de 9,70cmolc/dm3 a 11,79cmolc/dm3,
foram os maiores índices registrados. Na parcela 5, o primeiro e terceiro ponto 3,72 e
4,10cmolc/dm3, o terceiro ponto dobrou o valor sendo 8,42cmolc/dm3. Na parcela 6, variou de
4,37 a 5,99cmolc/dm3. Segundo ROQUIM (2010) a capacidade de troca iônica dos solos
representa, portanto, a graduação da capacidade de liberação de vários nutrientes, favorecendo a
manutenção da fertilidade por um prolongado período e reduzindo ou evitando a ocorrência de
efeitos tóxicos da aplicação de fertilizantes.

A Figura 24a apresenta a CTC com alguns elementos minerais, verificou-se que CTC
com o cálcio prevalece mais elevado, seguido por ordem decrescente, CTC com Hidrogênio e
alumínio, sequenciando de CTC com magnésio e por último com menores índices CTC com
81

Potássio. Já na Figura 24b mostra-se as áreas de cobertura vegetal natural, os índices


mais elevados sob ordem decrescente, começa com CTC com hidrogênio e alumínio, CTC com
cálcio, CTC com magnésio e por ultimo CTC com potássio.

Com tais resultados constatou-se que áreas de agricultura observou-se CTC mais alta
com interação de cálcio, um componente que é introduzido por meio da calagem. Já as áreas de
cobertura vegetal a interação CTC com CA é a segunda maior tendo como primeiro CTC com H
e AL. Segundo ROQUIM (2010), Se a maior parte da CTC do solo está ocupada por cátions
essenciais como Ca2+, Mg2+ e K+, pode-se dizer que esse é um solo bom para a nutrição das
plantas. Por outro lado, se grande parte da CTC está ocupada por cátions potencialmente tóxicos
como H+ e Al3+ este será um solo pobre. Observou-se que o solo agrícola mesmo passando pelo
processo de calagem não se encontra 100% bom, apresentando ainda cátions potencialmente
tóxicos. No entanto, as áreas de cobertura vegetal também apresenta uma elevada quantidade de
cátions tóxicos, pois, solos naturais são mais ácidos e consequentemente apresenta um índice
maior de alumínio e hidrogênio conforme descrito anteriormente.
82

Elementos Minerais com CTC em Agricultura

CA÷CTC
MG÷CTC
91,00 K÷CTC
81,00
Porcentagem
71,00 H+AL÷CTC
61,00
51,00
41,00
31,00
21,00
11,00
1,00

2 PCS.2

4 SA.3

5 SA.2

6 SA.2
3 PCM.1

4 SA.2

6 SA.3
1 PCS.2

3 PCM.2

4 SA .1
1 PCS.1

1 PCS.3
2 PCS.1

2 PCS .3

3 PCM.3

5 SA 1

5 SA .3
6 SA .1
Parcela, cobertura do solo e ponto

(a)
Elementos Minerais com CTC em FES e APP
100,00
90,00
80,00
70,00
Porcetagem

60,00
CA÷CTC
50,00 MG÷CTC
40,00 K÷CTC
30,00 H+AL÷CTC
20,00
10,00
0,00

Parcela, cobertura do solo e ponto


(b)

Figura 24: CTC em áreas de agricultura(a), CTC em áreas de FES e APP (b), elementos minerais com
CTC em agricultura (c) e elementos Minerais com CTC em áreas de FES e APP.
83

4.6 Parâmetros do meio físico

No que se refere às características do meio físico Figura 25a 25b e 25c, a área de estudo
possui uma predominância da unidade geológica referente a Granulitos Paraderivados
distribuídos em uma faixa que vai da região noroeste para região sudeste da área de estudo. Tais
granulitos possuem como principal litotipo os gnaisses aluminosos e tem como unidade de
contato uma faixa Metavulcano Sedimentar ao norte e Granulitos Ortoderivados ao sul. Sobre
essas duas últimas unidades existe a ocorrência de Coberturas Detrito Lateriticas associadas a
Chapadões Residuais do Alto Tocantis Paranaíba enquanto sobre os Granulitos Paraderivados
predomina Planalto Dissecados da Alta Bacia do Piracanjuba, onde localizam-se as nascentes do
Ribeirão Vermelho. Sobre os referidos relevos existe uma ampla distribuição e latossolos com
manchas de cambissolos nas áreas mais dissecadas.

Numa abordagem em escala mais detalhada do relevo da área de estudo é possível


verificar no mapa da Figura 25d que a área pesquisada apresenta altitudes variando entre 1.097 a
798, ocupando uma das porções mais elevadas da região de Silvânia. As altitudes são maiores a
montante da FLONA e vão decrescendo para leste com o entalhamento do Ribeirão Vermelho.
As declividades Figura 25e predominantemente vão de 0 a 8% correspondendo a um relevo
plano a levemente ondulado. As declividades são mais acentuadas superiores a 20% estão
próximas as cabeceiras de drenagem e pontualmente no terço inferior das vertentes margeando
vales fluviais. As observações de campo revelaram a presença de Plintossolos Petricos
Concrecionários nos topos elevados e planos, Latossolo nas declividades entre 8% e 20% , com
pequenas manchas de associação com argissolo, cambissolo, neossolo restritas as áreas mais
declivosas. Gleissolos foram também foram observados restritos a pequenas planícies e vales
fluviais.

No que se refere à orientação das vertentes Figura 25f considerando que o curso d‟água
principal da área, o ribeirão Vermelho, está orientado de noroeste para sudeste, seus tributários
ao sul estão orientados de sudoeste a nordeste, enquanto que seus tributário da margem norte
estão orientados de noroeste a sudeste. Sendo assim na margem norte do Ribeirão vermelho seus
tributos estão mais orientados ao sul e oeste.

Temperatura de superfície, Figura 25g observa-se as temperaturas mais elevadas e


acentuadas na porção oeste e sul-sudoeste, temperaturas entre 25-27 e 27-32 ºC. É possível
verificar também na Figura 25i que o uso do solo nestes locais predomina a agricultura, tendo os
solos mais expostos e absorvendo maior calor. Na porção Nordeste e sudeste tem variações de
84

temperaturas elevadas, variando de 24-25, 25-27 e 27-32. Figura 23i, na porção nordeste
predomina maior uso dos solos de pastagens e na porção sudeste o uso do solos é dividido entre
pastagens e agricultura. Na área da FLONA registrou-se temperaturas amenas variando de 20-23
e 23-24, e nas áreas de APP também registrou temperaturas amenas.

Para uso do solo Figura 25i é possível verificar a opressão da FLONA por meio dos usos
do solo ao seu entorno, áreas naturais observa-se a FLONA e pequenas áreas espalhas sendo as
APPs e FES. É possível identificar a predominância de agricultura no seu entorno, na porção
nor-noroeste, noroeste, oés-noroeste, oeste, oés-sudeste, sudoeste, su-sudoeste e sul, e ainda uma
pequena porção ao sudeste de uso de agricultura. O segundo uso do solo no entorno é a pastagem
podendo ser observada desde parte da porção norte, nor-noroeste, nordeste, és-nordeste, pequena
porção ao leste e és-sudeste. Na porção és-sudeste e leste tem se o uso urbano e mosaico de
ocupações. O uso de silvicultura aparece em pequenas porções a noroeste, norte e a leste. A
Tabela 13 e 13.1 apresenta características do meio físico dos pontos amostrados em área de
agricultura e áreas de cobertura vegetal natural (áreas de controle) , obtidos a partir da
elaboração dos mapas, informações mais detalhadas.
85

Tabela 13: Características do meio físico dos pontos amostrados em área de agricultura

Parcela e Coord. Coord. Y Grupo da Uso do Solo Paisagem Uso e Cobertura Unidade Litotipo Geomorfolologia Solo EMATER Textura Orientação Relevo Declivi Altimetr Classe de Temperatura
ponto X Coleta na Área da Área do Solo Geológica do Solo de Vertentes dade ia (m) Temperatura do do Solo ºC
Amostrada Amostrada (Terraclass) % Solo ºC

1.1 752999 8157100 Agricultura Agricultura Pós Agricultura Granulitos Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados das Latossolo med./a Norte Levement 3-8 870 - 24 - 25 24
Colheita Anual Paraderivado Gondito, Mármore, Rocha Altas Bacias do Vermelho rg. e 918
de Sorgo s calcissilicática Piracanjuba Ácrico Ondulado
1.2 753076 8157176 Agricultura Agricultura Pós Agricultura Granulitos Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados das Latossolo med./a Nordeste Levement 3-8 870 - 23 - 24 24
Colheita Anual Paraderivado Gondito, Mármore, Rocha Altas Bacias do Vermelho rg. e 918
de Sorgo s calcissilicática Piracanjuba Ácrico Ondulado
1.3 753180 8157240 Agricultura Agricultura Pós Agricultura Granulitos Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados das Latossolo med./a Norte Levement 3-8 870 - 23 - 24 23
Colheita Anual Paraderivado Gondito, Mármore, Rocha Altas Bacias do Vermelho rg. e 918
de Sorgo s calcissilicática Piracanjuba Ácrico Ondulado
2.1 752382 8157074 Agricultura Agricultura Pós Agricultura Granulitos Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados das Latossolo arg. Nordeste Levement 3-8 870 - 23 - 24 24
Colheita Anual Paraderivado Gondito, Mármore, Rocha Altas Bacias do Vermelho e 918
de Sorgo s calcissilicática Piracanjuba Ácrico Ondulado
2.2 752543 8157060 Agricultura Agricultura Pós Agricultura Granulitos Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados das Latossolo med./a Nordeste Plano 0-3 870 - 20 - 23 22
Colheita Anual Paraderivado Gondito, Mármore, Rocha Altas Bacias do Vermelho rg. 918
de Sorgo s calcissilicática Piracanjuba Ácrico
2.3 752610 8157148 Agricultura Agricultura Pós Agricultura Granulitos Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados das Latossolo med./a Norte Plano 0-3 870 - 20 - 23 22
Colheita Anual Paraderivado Gondito, Mármore, Rocha Altas Bacias do Vermelho rg. 918
de Sorgo s calcissilicática Piracanjuba Ácrico
3.1 751362 8157639 Agricultura Agricultura Pós Natural Granulitos Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados das Latossolo arg. Nordeste Levement 3-8 918 - 24 - 25 24
Colheita Paraderivado Gondito, Mármore, Rocha Altas Bacias do Vermelho e 963
de Milho s calcissilicática Piracanjuba Ácrico Ondulado
3.2 751305 8157558 Agricultura Agricultura Pós Agricultura Granulitos Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados das Latossolo arg. Oeste Ondulado 8 - 20 918 - 24 - 25 24
Colheita Anual Paraderivado Gondito, Mármore, Rocha Altas Bacias do Vermelho 963
de Milho s calcissilicática Piracanjuba Ácrico
3.3 751226 8157624 Agricultura Agricultura Pós Agricultura Granulitos Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados das Latossolo arg. Oeste Levement 3-8 918 - 24 - 25 25
Colheita Anual Paraderivado Gondito, Mármore, Rocha Altas Bacias do Vermelho e 963
de Milho s calcissilicática Piracanjuba Ácrico Ondulado
4.1 750188 8160726 Agricultura Agricultura Solo Natural Coberturas Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados das Cambissolo arg. Sudoeste Ondulado 8 - 20 963 - 20 - 23 22
Arado Detrito Gondito, Mármore, Rocha Altas Bacias do Haplico 1006
Lateriticas calcissilicática Piracanjuba Distrófico
4.2 750264 8160662 Agricultura Agricultura Solo Pastagem Coberturas Gnaisse aluminoso, Chapadões Residuais do Cambissolo arg. Sudoeste Plano 0-3 963 - 20 - 23 23
Arado Detrito Gondito, Mármore, Rocha Alto Tocantins – Haplico 1006
Lateriticas calcissilicática Paranaíba Distrófico
4.3 750239 8160555 Agricultura Agricultura Solo Pastagem Granulitos Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados das Cambissolo arg. Sudoeste Levement 3-8 918 - 20 - 23 23
Arado Paraderivado Gondito, Mármore, Rocha Altas Bacias do Haplico e 963
s calcissilicática Piracanjuba Distrófico Ondulado
5.1 753246 8157438 Agricultura Agricultura Solo Natural Granulitos Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados das Latossolo med./a Norte Ondulado 8 - 20 870 - 20 - 23 22
Arado Paraderivado Gondito, Mármore, Rocha Altas Bacias do Vermelho rg. 918
s calcissilicática Piracanjuba Ácrico
5.2 753258 8157542 Agricultura Agricultura Solo Pastagem Granulitos Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados das Latossolo med./a Noroeste Levement 3-8 870 - 20 - 23 23
Arado Paraderivado Gondito, Mármore, Rocha Altas Bacias do Vermelho rg. e 918
s calcissilicática Piracanjuba Ácrico Ondulado
5.3 753274 8157642 Agricultura Agricultura Solo Pastagem Granulitos Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados das Latossolo med./a Noroeste Fortement 20 - 870 - 23 - 24 23
Arado Paraderivado Gondito, Mármore, Rocha Altas Bacias do Vermelho rg. e 45 918
s calcissilicática Piracanjuba Ácrico Ondulado
6.1 751270 8157931 Agricultura Agricultura Solo Agricultura Granulitos Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados das Latossolo arg. Nordeste Ondulado 8 - 20 918 - 23 - 24 24
Arado Anual Paraderivado Gondito, Mármore, Rocha Altas Bacias do Vermelho 963
s calcissilicática Piracanjuba Ácrico
6.2 751376 8157933 Agricultura Agricultura Solo Agricultura Granulitos Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados das Latossolo arg. Norte Ondulado 8 - 20 918 - 23 - 24 24
Arado Anual Paraderivado Gondito, Mármore, Rocha Altas Bacias do Vermelho 963
s calcissilicática Piracanjuba Ácrico

6.3 751463 8157993 Agricultura Agricultura Solo Agricultura Granulitos Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados das Latossolo arg. Norte Ondulado 8 - 20 870 - 23 - 24 24
Arado Anual Paraderivado Gondito, Mármore, Rocha Altas Bacias do Vermelho 918
s calcissilicática Piracanjuba Ácrico
86

Tabela 13.1: Características do meio físico dos pontos amostrados em áreas de Vegetação natural.

Parcela Coord. Coord. Grupo da Uso do Solo Paisagem Uso e Unidade Litotipo Geomorfolologia Solo Textu Orientaçã Relevo Decliv Altime Classe de Temper
e ponto X Y Coleta na Área da Área Cobertura do Geológica EMATER ra do o de idade tria Temperatura atura do
Amostrada Amostrada Solo Solo Vertentes % (m) do Solo ºC Solo ºC
(Terraclass)

1.4 753270 8157331 Agricultura Validação / Mata de Natural Granulitos Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados das Latossolo med./a Leste Levement 3-8 870 - 20 - 23 22
Galeria Paraderiva Gondito, Mármore, Altas Bacias do Vermelho rg. e 918
FES dos Rocha calcissilicática Piracanjuba Ácrico Ondulado

2.4 752312 8156995 Agricultura Validação / Mata de Natural Granulitos Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados das Latossolo arg. Leste Fortement 20 - 918 - 23 - 24 23
Galeria Paraderiva Gondito, Mármore, Altas Bacias do Vermelho e 45 963
FES dos Rocha calcissilicática Piracanjuba Ácrico Ondulado

3.4 751304 8157688 Agricultura Validação Mata de Natural Granulitos Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados das Latossolo arg. Oeste Plano 0-3 918 - 24 - 25 25
/APP Galeria Paraderiva Gondito, Mármore, Altas Bacias do Vermelho 963
dos Rocha calcissilicática Piracanjuba Ácrico

4.4 749686 8160161 Agricultura Validação Mata de Natural Granulitos Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados das Cambissolo arg. Norte Fortement 20 - 918 - 24 - 25 24
/APP Galeria Paraderiva Gondito, Mármore, Altas Bacias do Haplico e 45 963
dos Rocha calcissilicática Piracanjuba Distrófico Ondulado

4.5 749733 8160150 Agricultura Validação Mata de Natural Granulitos Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados das Cambissolo arg. Nordeste Montanho 45 - 918 - 23 - 24 24
/APP Galeria Paraderiva Gondito, Mármore, Altas Bacias do Haplico so 75 963
dos Rocha calcissilicática Piracanjuba Distrófico

4.6 749657 8160137 Agricultura Validação Mata de Natural Granulitos Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados das Cambissolo arg. Norte Montanho 45 - 918 - 23 - 24 24
/APP Galeria Paraderiva Gondito, Mármore, Altas Bacias do Haplico so 75 963
dos Rocha calcissilicática Piracanjuba Distrófico

5.4 753225 8157420 Agricultura Validação Mata de Natural Granulitos Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados das Latossolo med./a Norte Ondulado 8 - 20 870 - 20 - 23 22
/APP Galeria Paraderiva Gondito, Mármore, Altas Bacias do Vermelho rg. 918
dos Rocha calcissilicática Piracanjuba Ácrico

5.5 753145 8157528 Agricultura Validação Mata de Natural Granulitos Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados das Latossolo med./a Noroeste Ondulado 8 - 20 870 - 20 - 23 22
/APP Galeria Paraderiva Gondito, Mármore, Altas Bacias do Vermelho rg. 918
dos Rocha calcissilicática Piracanjuba Ácrico

5.6 753103 8157548 Agricultura Validação Mata de Natural Granulitos Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados das Latossolo med./a Noroeste Ondulado 8 - 20 870 - 20 - 23 22
/APP Galeria Paraderiva Gondito, Mármore, Altas Bacias do Vermelho rg. 918
dos Rocha calcissilicática Piracanjuba Ácrico

6.4 751344 8157837 Agricultura Validação Mata de Natural Granulitos Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados das Latossolo arg. Leste Montanho 45 - 918 - 23 - 24 24
/APP Galeria Paraderiva Gondito, Mármore, Altas Bacias do Vermelho so 75 963
dos Rocha calcissilicática Piracanjuba Ácrico

6.5 751296 8157826 Agricultura Validação Mata de Natural Granulitos Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados das Latossolo arg. Nordeste Ondulado 8 - 20 918 - 24 - 25 24
/APP Galeria Paraderiva Gondito, Mármore, Altas Bacias do Vermelho 963
dos Rocha calcissilicática Piracanjuba Ácrico

6.6 751273 8157868 Agricultura Validação Mata de Natural Granulitos Gnaisse aluminoso, Planaltos Dissecados das Latossolo arg. Norte Fortement 20 - 918 - 23 - 24 24
/APP Galeria Paraderiva Gondito, Mármore, Altas Bacias do Vermelho e 45 963
dos Rocha calcissilicática Piracanjuba Ácrico Ondulado
87

Nas áreas amostrais de agricultura e validação sendo APP e FES, observa-se para
altimetria, Figura 26a a predominância de altitudes de 918- 963 sendo 47% necessariamente 14
pontos amostrados nessa altitude. Seguindo de altitudes entre 870-918 sendo 46% , propriamente
14 pontos amostrais, nas áreas coletadas. E 7%, equivalente a 2 pontos amostrais, das parcelas
amostradas, com altitudes de 963 – 1006.

Figura 26b observa-se as temperaturas, verifica-se temperaturas entre 23-24 sendo 40%
dos pontos amostrados com total de 12 pontos, seguido por 37% sendo 11 pontos amostrais. E
23% sendo 7 pontos amostrais temperaturas entre 24-25.

Para a declividade e relevo Figura 26c, nos 30 pontos amostrais verificou-se


porcentagem de 13% em declividade de 0-3% com relevo plano, sendo total de 4 pontos
amostras. Em declividade de 3-8% com relevos levemente ondulados, sendo registrado 30% do
total de pontos amostrados equivalente 9 pontos. Declividade de 8-20% é em relevos ondulados
sendo 34% em um total de 10 pontos amostrais. Em declividade de 20-45% em relevos
fortemente ondulados com 13% de 4 pontos amostrados. Declividades entre 45-75% em relevos
montanhosos , sendo 10% de 3 pontos amostrais.
88

Figura 25: Mapas da área amostral. Mapa de unidade geológica (a), mapa de geomorfologia (b), mapa de solos (c), mapa de altimetria (d), mapa de declividade (e), mapa de orientação das vertentes (f), mapa de
temperaturas da superfície (g), mapa carta imagem (h) e mapa de uso do solos (i).
89

Altimetria das áreas amostrais Classe de temperatura do solo


ºC
7%

23-24ºC
870-918m 37% 40%
46%
918-963m 24-25 ºC

47% 963-1006m
20-23ºC

23%

(a) (b)

Declividade e Relevo nas áreas amostradas

0 -3% Plano
10% 13%

3 - 8% Levemente
13% ondulado
8 - 20% Ondulado

30%
20 - 45% Fortemente
ondulado
34% 45 - 75% Montanhoso

(c)

Figura 26: Gráficos de porcentagens. Altimetria das áreas amostradas (a), declividade das áreas
amostradas (b), relevo das áreas amostradas (c) e classe de temperaturas das áreas amostradas.
90

4.7 Presença e ausência da atividade da fauna edáfica


Na área amostrada de 30 pontos analisados e observado a presença da fauna, obtivemos
sucesso em 14 pontos com variadas presença da fauna, no que se refere à mesofauna foi possível
observar 10 taxonomia diferentes. Destes 14 pontos 9 deles estavam em áreas naturais, em área
de FES e APPs, além de ter maior observação em pontos de cobertura vegetal natural repara que
há também um maior número de taxonomia da fauna observada, foram 10 taxonomia
identificadas. Foram 12 pontos amostrados em área com cobertura natural sendo 2 pontos em
FES e 10 em APPs, destes apenas 1 ponto da FES observou atividade da fauna e 8 pontos em
APPs, e maior riqueza da fauna edáfica nestes pontos.
A biota do solo, especialmente os representantes da mesofauna e macrofauna, tem papel
determinante em processos edáficos, tais como: ciclagem de nutrientes, decomposição da matéria
orgânica, melhoria de atributos físicos como agregação, porosidade, infiltração de água, e no
funcionamento biológico do solo SANGINGA et al. (1992) conforme citação de BARRETA et
al.(2003). Em relação à cobertura vegetal do solo seja ela viva ou resíduos mortos à fauna do
solo pode se beneficiar, pois serve lhes de abrigo e alimento, então quanto maior a quantidade de
cobertura vegetal no solo a presença de indivíduos da fauna é mais garantido.

Em áreas de Pós-colheita mesmo adotando o manejo SPD não obtivemos uma quantidade
significativa de indivíduos da mesofauna, nem tão pouco abundância de taxonomia, de 9 pontos
amostrados apenas 2 teve presença de mesofauna e de 10 taxonomia apenas 3 foi observada
nestes pontos. Segundo LAVELLE (1996), conforme citação de SILVA et al. (2013) um ganho
em diversidade de invertebrados edáficos resulta na produção de estruturas fundamentais para a
conservação e dinâmica da matéria orgânica do solo, ciclagem de nutrientes e manutenção de
propriedades físicas essenciais para a sustentabilidade da produção primária.

Desta maneira percebe-se que a quantidade de palhada deixada na lavoura pode não ser a
quantidade suficiente para trazer para a macrofauna e messofauna abrigo e alimento necessários
para que se desenvolvam ali nestas áreas. A qualidade da palhada também influência na
abundância e ocorrência da fauna, segundo observações em campo o manejo SPD, não está
sendo empregado de maneira adequada, talvez a correção deste manejo já faça grande diferença
na ocorrência da fauna edáfica, pois acarretaria em um ambiente mais propicio para o seu
desenvolvimento e consequentemente uma melhora na qualidade do solo bem como
temperaturas menores . A falta ou a pouca cobertura do solo afeta nas temperaturas do solo, pois
não há como dissipar a radiação solar acarretando assim, em solos com temperaturas altas e
91

consequentemente pouca umidade, fatores que precisam estar em equilíbrio e são fundamentais
para o desenvolvimento da fauna em geral, e quando alterados a ausência da fauna é esperada.

Foi observado presença de indivíduos da fauna em áreas amostrada de solo arado porém,
assim como nas áreas de pós-colheita não houve abundância de indivíduos, como o observado
nas áreas de cobertura vegetal natural. De 9 pontos amostrados em área de solo arado apenas 3
pontos constatou presença da mesofauna e de 10 taxonomia observadas apenas 2 foram
observadas nestes pontos, no entanto ressalto que esses mesmos pontos apesar de ser em solo
arado estavam próximos á áreas de vegetação natural. Pode ter ocorrido impacto positivo do
efeito da borda para com a área de solo arado, como à migração provisória do habitat isso
considerando o aspecto falta de comida e abrigo para desenvolvimento da mesofauna.

A Figura 27 apresenta o gráfico de presença e ausência de bioindicadores edáficos


observada em campo, sendo eles: Mesofauna, bioporos, fungos e raízes.

Bioindicadores edáficos
12
Mesofauna
10
Pontos presentes

8 Bioporos
6
Fungos
4
2 Raízes

0
Pós-colheita Pós-colheita Solo Arado Floresta Área de
sorgo Milho estacional preservação
semidecidual permanente
Paisagens amostradadas

Figura 27: Presença e ausência de Biondicadores edáficos, nas áreas amostradas.

Neste gráfico observamos que em todas as áreas amostradas teve presença de raízes,
nota-se que as raízes estavam presente em quase todas as parcelas, sendo área de APPs com
maior presença, e também em abundância e variados tamanhos desde muito finas a grossas.
Seguindo a sequência pós-colheita de sorgo e Solo arado segue com maior presença de
raízes no entanto, de 9 pontos de solo arado apenas 6 pontos, sendo 2 parcelas, mesmo o solo
estando removido foi possível observar algumas poucas e finas raízes, nas demais não continha
nenhuma raiz. Já no pós-colheita de sorgo foram 2 parcelas 6 pontos contendo raízes, também
92

raízes finas e poucas. O mesmo acontece com pós-colheita de milho foram 3 pontos amostrados
sendo 1 parcela e em todos os pontos constatou presença de raízes finas e poucas. Em último
ficou a área de FES, porém, esta em último ranking apenas porque foram 2 pontos amostrados e
em ambos os pontos observou presença de raízes.
Segundo DIAS e PIERCE (1996) conforme citado MAZURANA (2013) os efeitos da
compactação sobre as características e propriedades do solo evidenciam aumento na densidade,
redução na porosidade total, bem como na infiltração e no armazenamento de água nele. No
entanto, em todos os pontos de pós-colheitas as raízes presentes estavam muito rasas ainda na
superfície e foi observado também a compactação do solo e falta de umidade, ambiente este que
pode ter mudança quando cultivado. Com relação a bioporos, o solo arado apresentou mais, foi
identificado em 2 pontos 2 bioturbação de Hymenoptera, observou-se também em área de pós-
colheita de sorgo e FES porém, não identificável a presença de ser vivo, no entanto eram médios
e grandes em abundância.
Em relação aos fungos, os que foram visualizados a olho nu, nota-se que o maior número
de fungos presentes estavam em áreas de APPs, isso explicável com a abundância de cobertura
vegetal no local proporcionou a proliferação do mesmo com uma maior atividade microbiológica
no local. Em FES também obteve-se a presença de fungos. Em solo arado obteve uma discreta
presença de fungos ao cavar a trincheira, como o solo foi arado e a umidade do solo aumentada
devido a incidência de chuva nos dias anteriores a proliferação de fungos pode ter sido
despertada, ressaltando também a área identificada estava próxima a área de vegetação natural.
Na paisagem pós-colheita de milho houve presença de fungos, tinha se uma presença de palhoça
do milho o que ajuda no desenvolvimento.
Na Tabela 14 e 14.1 também é possível observar a atividade da fauna edáfica e algumas
características analisadas, podendo correlacionar possíveis alterações. A Tabela 14 apresenta as
parcelas nas áreas de agricultura, é possível observar que como é uma área antropizada o número
de indivíduos da mesofauna é menor encontrado nestes pontos, as temperaturas são mais
elevadas, isso pode ter interferido na menor atividade da fauna edáfica nestas parcelas em áreas
de agricultura. No entanto foi possível observar uma quantidade considerável de plântulas,
mesmo em solos arados que foi o caso da parcela 5 teve presença de plântulas e fungos, mas na
parcela 4 solo recém arado não foi possível identificar plântulas nem fungos.
A parcela 6 solo arado a mais tempo porém, solos muito removido não foi identificado
plântulas nem fungos, porém observou-se presença de bioporos, bioturbação. Nos solos onde
tinha uma cobertura do solo por palhada do pós-coheita teve presença de plântulas e nestas
parcelas teve a presença de raízes, no entanto não foram todas as parcelas de solos arados que
93

teve presença de raízes, as parcelas 4 e 5 teve presença já a parcela 6 não apresentou raízes.
No que refere-se á mesofauna e macrofauna uma parcela no entanto, chamou a atenção,
a parcela 3 no ponto 1 apresentou o maior número de serrapilheira, em áreas agrícolas, e neste
ponto teve riqueza de presença biológica. No entanto na mesma parcela no ponto 3 observou-se
presença biológica mas a serrapilheira era muito menor que o ponto anterior e também de outras
parcelas, acreditando assim que foi um fato insolado, que precisa uma investigação mais a fundo.
Todavia este ponto 3 da parcela 3 localiza se na borda da Área de preservação
permanente. Na parcela 5 no ponto 3 também localizado na borda de uma APP apresentou
presença biológica, e neste ponto foi registrado o menor número de serrapilheira, levando a
acreditar que as áreas de cobertura natural nos arredores das áreas agrícolas além de tantos outros
benefícios já mencionados ao longo do trabalho, também influência na riqueza biológica e
consequentemente beneficiando o solo.
Para área de vegetação natural dos 12 pontos amostrais, sendo 10 em APP e 2 em FES,
verificou-se 3 classes de Solos segundo análise de granulometria, sendo 7 pontos amostrais solos
argilosos , 3 pontos amostrais argilo arenoso e 2 Franco argilo arenoso. Para área de agricultura
observamos 10 pontos amostrais de solos argilosos, 5 pontos muito argilosos e 3 franco argilo
arenoso. Figura 26 mostra gráficos com a porcentagem de classe textural dos Solos amostrados.

Classe de solos em Vegetação Classe de solos em área de


natural agricultura

Agilosos Agilosos
17% 17%

Argilo Muito
arenoso Argiloso
25% 58% 55%
Franco argilo 28%
Franco
arenoso
argilo
arenoso

(a) (b)
Figura 28: Gráficos de classe dos solos em analise textural de granulometria, para áreas amostradas.
94

É possível observar que a composição física do solo não afetou diretamente na incidência
de fauna edáfica, no entanto o manejo deste solo pode ter interferido. Observa-se que são 58%
de solos argilosos nas áreas de cobertura natural e 55% de solos argilosos nas áreas de cultivo
agrícola. Nos solos de cobertura vegetal natural não teve solos muito argilosos mas em solos
agrícolas teve 28% no total de 5 pontos. Solos Franco argilo arenoso teve 17% em solos de
vegetação natural e 17% em solos de agricultura. Não difere muito no quesito físico, porém, são
solos delicados e conforme o manejo pode alterar suas estruturas, tornando os mais compactos e
dificultando o desenvolvimento de vida nestes solos antropizados, como é na agricultura.
Com relação à química dos Solos foi possível observar que nos solos em área de
vegetação natural a maioria dos elementos nutrientes foi menos encontrado, a presença de cálcio
e magnésio, fósforo e potássio. No entanto a presença de carbono e matéria orgânica foi maior o
que é bom e representa atuação da fauna bem como resíduos que serve de alimentos, matéria
orgânica sua decomposição produz esses resíduos. O fato de ter registrado alguns nutrientes
poucos outros mais pode ser justificado, pois a vegetação existente está sempre interagindo com
os elementos, sendo consumidos outros liberados é o equilíbrio. Nestas áreas também registrou
maiores teores de ácidos livres, porém com tosos estes resultados apresentou uma CTC
satisfatória, o que confirma o equilíbrio, mesmo com um ou outro elemento diferindo da maioria.
Diferente das áreas de agricultura que apresentou maior teor de cálcio e magnésio,
potássio e fósforo, apresentou uma razoável quantidade de carbono e matéria orgânica, tudo
corrigido estabilizados quimicamente. Saturação por base foram maiores que nas áreas naturais e
CTC equilibrada. O pH desta área também foi melhor, mais próximo de neutralizados, nos
ambientes naturais estavam mais ácidos.
Com esses resultados é possível observar que nem sempre em solos corrigidos alterado
com aplicação de nutrientes não quer dizer que esta apto a presença da fauna edáfica, trazendo
riqueza ao solo em questão. Nas áreas naturais foram onde registrou maiores presença de
bioindicadores edáficos e da fauna edáfica, nas áreas de solos de agricultura essa presença foi
menor.
A tabela 14.1 apresenta resultados da área de Floresta estacional semidecidual e Área de
preservação permanente, as áreas de controle, é possível observar outra realidade. Foi possível
observar uma rica presença da Fauna edáfica, de 12 pontos amostrais 9 deles apresentou
presença da meso e macrofauna. No que refere-se a plântulas, foram 9 pontos que apresentou
uma rica presença, dentro do quadrado quadriculado. Quanto a bioporos, foi possível observar
sua presença em apenas 1 ponto amostral, já fungos observou-se 5 pontos amostrais sua
presença, isso a olho nu. Foram observado raízes presentes em todos os pontos amostrais.
95

Acredita-se que a qualidade da serrapilheira, a cobertura integral dos solos, as


temperaturas menores mantendo o ambiente fresco e úmido com alimentação disponível, esses
fatores fizeram com que as áreas de cobertura vegetal natural mantivessem o maior número de
presença da atividade da fauna edáfica. A vegetação natural também torna o solo mais saudável
pois as raízes deixa os solos mais respiráveis, solos mais macios não compactados, facilitando
para os cavadores bem como minhocas se locomover no interior dos solos. A cobertura vegetal
bem como a serrapilheira mantém a umidade e temperaturas mais amenas o que é extremamente
importante para a presença dos bioindicadores edáficos e da fauna edáfica. Diante dos resultados
adquiridos não foi possível correlacionar uma interferência negativa quanto à observação da
ausência e presença da fauna edáfica, nas áreas de cobertura vegetal natural saudável. Em áreas
de vegetação natural com algumas interferências negativas, como clareiras efeito de bordas pode
sim interferir na presença da fauna edáfica e seus bioindicadores e consequentemente
influenciando a conservação do solo.
Nas áreas agrícolas as altas temperaturas, a pouca ou nenhuma cobertura do solo com
serrapilheira com a presença da palhada do pós-colheita, isso interfere na riqueza edáfica,
diminuído assim sua presença. O manejo nos solos de agricultura como já mencionado
anteriormente, pode interferir na qualidade dos solos, com a introdução de tratores sob o solo
pode torna-los mais compactos, torrões mais duros e assim diminuindo os poros do solo o que
dificulta para os pequenos cavadores do solo, com menor ou nenhuma presença da fauna edáfica.
96

Tabela 14: Bioindicadores edáficos e interações com demais características em área de agricultura

Parcela e Bioindicadores Edáficos Temperaturas do solo Ensaios Químicos


ponto
Meso-Macro Plântulas Bioporos Raízes Cobertura Superficial 20cm°C Serrapilheira(g) Textura Ph MO% SB% CTC P k
Fungos vegetal °C
1.1 Ausente D1 G1 Ausente Fasciculada Ausente Pós-colheita de 23 22 164.6 g Argiloso 5,90 2,20 81,42 6,46 2,10 0,26
sorgo
1.2 Ausente F1 B2 F2 Ausente Fasciculada Ausente Pós-colheita de 24 23 161.6 g Argiloso 5,60 1,90 70,30 5,05 1,80 0,15
B3 G3 sorgo
1.3 Ausente Ausente Presente Fasciculada Ausente Pós-colheita de 29 25 63.4 g Argiloso 5,60 2,40 72,45 6,17 11,20 0,07
sorgo
2.1 Ausente C2 F3 C6 Ausente Pivotante Ausente Pós-colheita de 34 26 49.0 g Argiloso 5,60 4,60 87,16 15,58 1,80 0,38
A7 sorgo
2.2 Ausente B5 Ausente Fasciculada Ausente Pós-colheita de 32 28 92.4 g Muito Argiloso 5,30 2,50 61,04 5,39 14,50 0,19
sorgo
2.3 Ausente C3 G2 F3 Ausente Fasciculada Ausente Pós-colheita de 32 30 199.2 g Argiloso 5,30 2,00 58,61 4,59 5,30 0,19
E4 B7 F7 sorgo
G7
3.1 Lepidoptera C2 A3 C3 Ausente Fasciculada Presente Pós-colheita de 27 23 356.3 g Muito Argiloso 5,50 1,90 70,70 5,12 2,70 0,42
Hymenoptera, C4 F5 E6 milho
Coleoptera
3.2 Ausente A6 Ausente Fasciculada Ausente Pós-colheita de 36 27 60.2 g Argiloso 5,20 2,20 63,48 5,75 8,10 0,25
milho
3.3 Coleoptera C1F1F4 Ausente Fasciculada Ausente Pós-colheita de 29 26 89.5 g Argiloso 5,80 2,80 65,87 7,91 20,60 0,71
Hymenoptera F6 F7 milho
Lepidoptera
4.1 Ausente Ausente Ausente Fasciculada Ausente Solo arado 23 24 0 Franco argilo 5,30 2,20 50,77 3,25 10,80 0,15
arenoso
4.2 Ausente Ausente Ausente Fasciculada Ausente Solo arado 24 24 0 Franco argilo 4,60 2,10 47,08 3,59 21,20 0,09
arenoso
4.3 Ausente Ausente Ausente Fasciculada Ausente Solo arado 26 24 0 Franco argilo 6,00 1,70 84,91 5,30 18,80 0,10
arenoso
5.1 Ausente F2 C5 B6 Ausente Fasciculada Ausente Solo arado 27 29 0 Argiloso 5,90 1,90 86,00 6,43 8,10 0,23
D6 F6 D7
5.2 Ausente B1 F1 G1 Ausente Fasciculada Ausente Solo arado 27 27 0 Argiloso 5,30 2,00 56,97 5,81 7,40 0,31
B2 E3 F3
A4 C4 D6
F4 G4 C7
F7
5.3 Hymenoptera B2 C2 C3 Ausente Fasciculada Presente Solo arado 26 26 5.6 g Muito Argiloso 5,80 2,20 73,54 5,67 4,70 0,47
Anelídeo D3 B5 F5
G7
6.1 Ausente Ausente Ausente Ausente Ausente Solo arado 26 25 0 Muito Argiloso 5,80 2,20 74,05 5,01 3,70 0,41
6.2 Ausente Ausente Presente Ausente Ausente Solo arado 26 25 0 Argiloso 5,70 2,40 67,32 4,59 3,70 0,19

6.3 Ausente Ausente Presente Ausente Ausente Solo arado 25 25 0 Muito Argiloso 5,70 2,40 53,23 4,49 3,40 0,29
97

Tabela 14.1: Bioindicadores edáficos e interações com demais características em áreas de cobertura vegetal natural

Parcela Bioindicadores Edáficos Temperaturas do solo Ensaios Químicos


e ponto
Meso-Macro Plântulas Bioporos Raízes Fungos Cobertura Superficial °C 20cm°C Serrapilheira(g) Textura ph MO% SB% CTC P k
vegetal
1.4 Hymenoptera A3 D4 A5 D5 Presente Pivotante Ausente FES 22 20 68.4 g Argiloso 5,70 2,40 76,74 6,45 7,70 0,35
Blattodea F5 G5
2.4 Ausente Ausente Fasciculada Presente FES 23 21 68.5 g Argiloso 4,70 2,50 47,78 5,17 1,20 0,17
3.4 Ausente D3 B5 C5 Ausente Fasciculada Presente Área de 25 22 210.5 g Argiloso 4,40 3,10 37,38 5,11 1,80 0,31
preservação
permanente
4.4 Anelídeo B1 E1 G1 A2 Ausente Pivotante Ausente Área de 23 22 170.1 g Argilo arenoso 4,40 4,00 54,77 10,17 2,10 0,17
C2 E2 G2 F3 preservação
D4 E4 F4 F5 permanente
B6 F6 E7 F7
4.5 Diplópode C1 G1 B2 C2 Ausente Pivotante Ausente Área de 23 22 284.9 g Argilo arenoso 4,90 5,40 70,31 11,79 2,40 0,29
D2 E2 A4 A5 preservação
B5 D5 E5 permanente
G5 F6 G6 E7
4.6 Diplópode B1 C1 E1 F1 Ausente Pivotante Ausente Área de 22 22 216.0 g Franco argilo 4,30 3,50 47,42 9,70 1,80 0,10
A3 A4 E4 B5 preservação arenoso
A6 D6 F6 A7 permanente
C7 F7
5.4 Coleoptera Ausente Ausente Pivotante Ausente Área de 23 23 128.6 g Franco argilo 5,00 1,90 54,30 3,72 1,20 0,22
preservação arenoso
permanente
5.5 Artrópodes D1 D2 D3 Ausente Pivotante Ausente Área de 23 22 77.6 g Argilo arenoso 5,60 2,00 60,98 4,10 0,80 0,30
Coleoptera preservação
permanente
5.6 Scolopendromorpha Ausente Ausente Pivotante Ausente Área de 23 22 150.7 g Argiloso 5,50 2,90 77,43 8,42 0,80 0,32
Anelídeo preservação
permanente
6.4 Blattaria C7 G5 Ausente Pivotante Presente Área de 22 22 306.3 g Muito Argiloso 4,50 2,00 17,62 4,37 0,80 0,07
Diplópode preservação
Coleoptera permanente
6.5 Ausente B3 F3 E6E7 Ausente Pivotante Presente Área de 22 22 324.1 g Argiloso 4,60 2,80 16,53 5,99 0,80 0,09
preservação
permanente
6.6 Artrópodes B1 D2 E3 E4 Ausente Pivotante Presente Área de 22 22 304.9 g Argiloso 4,20 2,70 7,20 5,28 0,80 0,08
Coleoptera F5 preservação
Hymenoptera permanente
98

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Áreas verdes de cobertura natural servem de refúgio para fauna, não somente edáfica
como a fauna em geral preservando também a flora, e quando próxima a áreas agrícolas a
presença de Floresta estacional semidecional (FES) e as Áreas de preservação permanente (APP)
são fundamentais, isso garantirá a eficiência e produtividade dos cultivos, pois áreas naturais
abrigam os polinizadores que são essenciais na agricultura, e assim sendo há um equilíbrio.

Com tais resultados do meio físico como a temperatura e serrapilheira trago a tona a
hipótese levantada é que a implantação da agricultura causa alteração na cobertura do solo e na
incorporação de biomassa, que podem influenciar na infiltração e retenção da umidade e
variação de temperatura afetando a fauna edáfica e consequentemente a qualidade e conservação
do solo. Foi possível identificar que a cobertura do solo afeta sim na variação da temperatura, em
locais com menos serrapilheira as temperaturas tende a ser mais elevadas.

Ainda em resultados físicos como as análises morfológicos do solo, observou-se os


seguintes resultados, com algumas considerações importantes, em solos arados a presença de
raízes foi menor e quando presente eram finas e poucas, em relação à textura dos solos em solos
arados o acarreamento de solos foi evidentes alterando assim sua textura em distâncias mínimas,
o que ocasiona uma lixiviação e consequentemente propiciando ao surgimento de erosões,
indicadores de degradação do solo mais presentes, respondendo o objetivo especifico. A
compactação dos solos em áreas de agricultura ocasionada por meio dos veículos mecanizados é
um dos processos degradantes que afetam a qualidade do solo.

No que se refere à pergunta do trabalho onde é abordado que, o uso do solo para fins
agrícolas, sobretudo o cultivo de milho e soja no entorno da FLONA de Silvânia possuem um
manejo que desencadeia processos impactantes capazes de alterar as condições físicas e
morfológicas do solo, influenciando sobre a biodiversidade edáfica e consequentemente
resultando em degradação ambiental? Diante dos resultados obtidos, a resposta a pergunta é sim,
conforme abordado anteriormente sobre aspectos físicos e agora sobre indicadores biológicos,
com a presença da fauna edáfica. Em solos arados ou com menor cobertura do solo obteve uma
menor presença e riqueza da fauna edáfica, já nas áreas de validação APPs e FES a riqueza e
presença da atividade da fauna edáfica é maior, evidenciando sua importância, aumentando a
qualidade deste solo. A interação da fauna edáfica, riqueza biológica mostrou-se eficaz para
determinação da qualidade do solo bem como fundamental para a conservação do mesmo,
99

fazendo relembrar o objetivo geral que é, analisar a conservação do solo e sua relação com a
riqueza biológica e uso agrícola do solo. Nos solos nas áreas de controle obteve presença de
solos mais conservados, isso identificado por meio das características estruturais, presença de
raízes, onde observou-se solos capazes de receber organismos vivos, isso verificado por meio das
análises de maior presença de organismos nestas áreas naturais.

Em áreas de agricultura, sendo solos mais adensados tornam o solo difícil de penetrar e
infiltrar água, tornando o solo difícil pra se ter microvida. A pouca ou nenhuma cobertura dos
solos os tornam habitats impróprios e instáveis pois, além de faltar alimento e abrigo as
temperaturas mais elevadas os impedem de sobreviver, sem essas características e a ausência de
fauna edáfica a qualidade do solo e sua conservação são comprometidas. Respondendo aos
objetivo, analisar possíveis impactos de práticas agrícolas sobre conservação do solo e identificar
quais indicadores de degradação do solo mais presentes

Sendo assim os indicadores de degradação da fauna edáfica mais presentes foram, a falta
de manejo adequado nos solos arados e o manejo empregado nas áreas pós-colheitas, não sendo
totalmente eficientes. Para melhorar é preciso uma adoção do manejo SPD em áreas com o
plantio convencional e nas áreas que já adota o SPD é preciso um aprimoramento.
As áreas de controle em APP e FES foram importantes para comparação, às parcelas e
pontos que tiveram uma menor presença da fauna edáfica, está sofrendo com algum impacto do
entorno, como o efeito de borda, e ou está em uma área de declividade elevada sofrendo assim de
uma lixiviação, acarreamento de solos, suas alterações não são naturais e sim por ações do
entorno que desencadeou processos impactantes, o que afeta a qualidade do solo.
No que se refere á química dos solos, em solos agrícolas apresentou resultados constantes
e esperados devido a implantação do manejo calagem, no entanto foi identificado que nem
sempre corrigir quer dizer melhorar o solo, encontramos solos quimicamente corrigidos, mas
estruturalmente perturbados. Nas áreas naturais os resultados encontrados estão dentro do
esperado para áreas naturais, pHs mais ácidos, presença maior de alumínio, menores teores de
cálcio e magnésio, mas percebe se que a natureza está mantendo o equilíbrio, maiores teores de
matéria orgânica também foi encontrado, auxiliando na liberação de alguns nutrientes e
mantendo a rotatividade dos nutrientes para o solo e plantas. A CTC , e SB foram satisfatória,
quimicamente os solos estão bons, mas a conservação dos solos não depende apenas dos fatores
químicos.

Nos solos de agricultura os aspectos físicos e biológicos deixam a desejar, o manejo não
está sendo eficaz, o que acarretou em solos pouco conservado, sua qualidade não é satisfatória,
100

no entanto, um ajuste no manejo bem como o acompanhamento e controle adequado, fazendo


isso os solos podem ter melhor qualidade e consequentemente aumentar a produtividade, o que
pode esta sendo comprometido, bem como a conservação dos mesmos.

5.1 Sugestões trabalhos futuros


Para realização de trabalhos futuros, seguindo o mesmo protocolo de pesquisa a qual foi
desenvolvido a aplicação em períodos diferentes ao longo do ano que contemplem a
sazonalidade dos cultivos agrícolas. Pois será interessante observar os efeitos positivos e
negativos em diferentes tipos de cultivo, acrescendo muito ao trabalho.

Para trabalhos futuros além da temperatura do solo, aferir também temperatura do ar, será
interessante correlacionar uma com a outra, pois a temperatura do ar afeta diretamente na
temperatura do solo será ainda mais enriquecedor ter esses dados.

Para fauna edáfica além da observação de presença e ausência fazer a contagem e


coletagem dos indivíduos para classificação em laboratório. O mesmo com fungos, fazer a coleta
para em laboratório identificar quais fungos se prolifera na área. Na serapilheira a identificação
dos compostos presente de nutrientes, seria interessante averiguar não apenas a quantidade mas a
qualidade do material.

Para melhores resultados quanto a compactação dos solos agrícolas a inserção do


PANDA, penetrografo digital que mesa a resistência dos solos.

Tratar as imagens do quadrante quadriculado no Normalized difference Vegetation index


(NDVI).
101

6.0. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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105

7. APÊNDICE

Imagens de coleta Imagens de coleta


Local Fazenda de Agricultura no entorno da FLONA - Silvânia Goiás Local Fazenda de Agricultura no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 1_Ponto 1: Data: 27/09/2018 Hora: 08:50 UTM: 752999 8157100 Altitude: 904 Cultivo: Direto/ sorgo Parcela 1_Ponto 2: Data: 27/09/2018 Hora: 09:33 UTM: 753076 8157176 Altitude: 916 Cultivo: Direto/Sorgo

(a1) (b1) (c1) (d1) (a2) (b2) (c2) (d2)

(e1) (f1) (g1) (h1) (e2) (f2) (g2) (h2)


Imagens de coleta Imagens de coleta
Local Fazenda de Agricultura no entorno da FLONA - Silvânia Goiás Local Fazenda de Agricultura no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 1_Ponto 3: Data: 27/09/2018 Hora: 10:12 UTM: 753180 8157240 Altitude: 906 Cultivo: PCS Parcela 1_Ponto 4 FES: Data: 27/09/2018 Hora:10:39 UTM: 753270 8157331 Altitude: 890 Cobertura Natural

(a3) (b3) (c3) (d3) (a4) (b4) (c4) (d4)

(e3) (f3) (g3) (h3) (e4) (f4) (g4) (h4)


APENDICE A: Parcela 1.1- Paisagem ao Norte (a1); Paisagem ao sul (b1); Paisagem ao leste (c1); Paisagem ao oeste (d1); Instrumento de observação c/ serapilheira (e1); Gabarito quadriculado s/ serapilheira (f1); Gabarito s/serapilheira
(g1); Trincheira 20cm solo compactado (h1). Parcela 1.2- - Paisagem ao Norte (a2); Paisagem ao sul (b2); Paisagem ao leste (c2); Paisagem ao oeste (d2); Gabarito quadriculado s/ serapilheira (f2); Gabarito s/serapilheira (g2); Fauna edáfica
(g2); Trincheira 20cm solo compactado (h2). Parcela 1.3- Paisagem ao Norte (a3); Paisagem ao sul (b3); Paisagem ao leste (c3); Paisagem ao oeste (d3); Gabarito quadriculado c/pouca serapilheira (e3); Gabarito s/serapilheira (f3); Trincheira
20cm_ solo compactado (g3); Trios de tratores (h3). Parcela 1.4- Paisagem ao Norte (a4); Paisagem ao Sul (b4); Paisagem ao leste (c4); Paisagem ao oeste (d4); Gabarito quadriculado s/serapilheira (e4); Gabarito s/serapilheira (f2);Trincheira
20cm (g4); entrada na área de FES ao norte (h4).
106

Imagens de coleta Imagens de coleta


Local Fazenda de Agricultura no entorno da FLONA - Silvânia Goiás Local Fazenda de Agricultura no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 2_Ponto 1: Data: 27/09/2018 Hora: 12:22 UTM: 752382 8157074 Altitude: 930 Cultivo: PCS Parcela 2_Ponto 2: Data: 27/09/2018 Hora: 14:28 UTM: 752543 8157060 Altitude: 922 Cultivo: PCS

(a1) (b1) (c1) (d1) (a2) (b2) (c2) (d2)

(e1) (f1) (g1) (h1) (e2) (f2) (g2)

Imagens de coleta Imagens de coleta


Local Fazenda de Agricultura no entorno da FLONA - Silvânia Goiás Local Fazenda de Agricultura no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 2_Ponto 3: Data: 27/09/2018 Hora: 14:56 UTM: 752610 8157148 Altitude: 920 Cultivo: PCS Parcela 2_Ponto 4 FES: Data: 27/09/2018 Hora: 11:37 UTM: 752312 8156995 Altitude: 934 Cobertura Natural

(a3) (b3) (c3) (d3) (a4) (b4) (c4) (d4)

(e3) (f3) (g3) (h3) (e4) (f4) (g4) (h4)

APÊNDICE B: Parcela 2.1- Paisagem ao Norte (a1); Paisagem ao sul (b1); Paisagem ao leste (c1); Paisagem ao oeste (d1); Gabarito quadriculado c/ serapilheira (e1); Gabarito s/serapilheira (f1); Bioporos (g1); Trincheira 20cm solo
compactado (h1). Parcela 2.2- Paisagem ao Norte (a2); Paisagem ao sul (b2); Paisagem ao leste (c2); Paisagem ao oeste (d2); Gabarito quadriculado c/ serapilheira (e2); Gabarito s/serapilheira (f2); Trincheira 20cm solo compactado (g2).
Parcela 2.3- Paisagem ao Norte (a3); Paisagem ao sul (b3); Paisagem ao leste (c3); Paisagem ao oeste (d3); Gabarito quadriculado c/ serapilheira (e3); Gabarito c/serapilheira (f3); Gabarito s/serapilheira (g3); Trincheira 20cm solo compactado
(h3). Parcela 2.4- Paisagem ao Norte_Muitos cipós (a4); Paisagem ao sul_Muitos cipós (b4); Paisagem ao leste_Muitos cipós (c4); Paisagem ao oeste_adentrando a FES (d4); ); Gabarito quadriculado c/ serapilheira (e4); Gabarito s/serapilheira
(f4); Trincheira 20cm (g4); Fauna edáfica - fungos (h4).
107

Imagens de coleta Imagens de coleta


Local Fazenda de Agricultura no entorno da FLONA - Silvânia Goiás Local Fazenda de Agricultura no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 3_Ponto 1: Data: 28/09/2018 Hora: 10:35 UTM: 751362 8157639 Altitude: 941 Cultivo: PCM Parcela 3_Ponto 2: Data: 28/09/2018 Hora: 11:24 UTM: 751305 8157558 Altitude: 942 Cultivo: PCM

(a1) (b1) (c1) (d1) (a2) (b2) (c2) (d2)

(e1) (f1) (g1) (h1) (e2) (f2) (g2)


Imagens de coleta: Local Fazenda de Agricultura no entorno da FLONA - Silvânia Goiás Imagens de coleta: Local Fazenda de Agricultura no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 3_Ponto 3: Data: 28/09/2018 Hora: 12:01 UTM: 751226 8157624 Altitude: 947 Cultivo: PCM Parcela 3_Ponto 4 APP: Data: 28/09/2018 Hora: 12:51 UTM: 751304 8157688 Altitude: 953 Cobertura Natural

(a3) (b3) (c3) (d3) (a4) (b4) (c4) (d4)

(e3) (f3) (g3) (h3) (e4) (f4) (g4)


APÊNDICE C: Parcela 3.1- Paisagem ao Norte (a1); Paisagem ao sul (b1); Paisagem ao leste (c1); Paisagem ao oeste (d1); Gabarito quadriculado c/ serapilheira (e1); Gabarito s/serapilheira (f1); Bioporos (g1); Trincheira 20cm solo
compactado (h1). Parcela 3.2- Paisagem ao Norte (a2); Paisagem ao sul (b2); Paisagem ao leste (c2); Paisagem ao oeste (d2); Gabarito quadriculado c/ serapilheira (e2); Gabarito s/serapilheira (f2); Trincheira 20cm solo compactado (g2).
Parcela 3.3- Paisagem ao Norte (a3); Paisagem ao sul (b3); Paisagem ao leste (c3); Paisagem ao oeste (d3); Gabarito quadriculado c/ serapilheira (e3); Gabarito quadriculado s/serapilheira (f3); Gabarito s/serapilheira (g3); Trincheira
20cm solo compactado (h3). Parcela 3.4- Paisagem ao Norte (a4); Paisagem ao sul (b4); Paisagem ao leste (c4); Paisagem ao oeste (d4); Gabarito quadriculado c/ serapilheira (e4); Gabarito s/serapilheira (f4); Trincheira 20cm (g4).
108

Imagens de coleta Imagens de coleta


Local Fazenda de Agricultura no entorno da FLONA - Silvânia Goiás Local Fazenda de Agricultura no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 4_Ponto 1: Data: 09/10/2018 Hora: 07:49 UTM: 750188 8160726 Altitude: 981 Solo Arado Parcela 4_Ponto 2: Data: 09/10/2018 Hora: 08:19 UTM: 750264 8160662 Altitude: 996 Solo Arado

(a1) (b1) (c1) (d1) (a2) (b2) (c2)


(d2)

(e1) (f1) (g1) (h1) (e2) (f2) (g2)


Imagens de coleta
Local Fazenda de Agricultura no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 4_Ponto 3: Data: 09/10/2018 Hora: 08:44 UTM: 750239 8160555 Altitude: 977

(b3) (c3) (d3)


(a3)

(e3) (f3) (g3)


APÊNDICE D: Parcela 4.1- Paisagem ao Norte (a1); Paisagem ao sul (b1); Paisagem ao leste (c1); Paisagem ao oeste (d1); Gabarito quadriculado s/serapilheira (e1); Gabarito s/serapilheira (f1); Trincheira 30cm (g1); solo arado (h1).
Parcela 4.2- Paisagem ao Norte (a2); Paisagem ao sul (b2); Paisagem ao leste (c2); Paisagem ao oeste (d2); Gabarito quadriculado s/serapilheira (e2); Gabarito s/serapilheira (f2); Trincheira 30cm (g2). Parcela 4.3-(a3); Paisagem ao sul
(b3); Paisagem ao leste (c3); Paisagem ao oeste (d3); Gabarito quadriculado s/serapilheira (e3); Gabarito s/serapilheira (f3); Trincheira 30cm (g3).
109

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Local Fazenda de Agricultura no entorno da FLONA - Silvânia Goiás Local Fazenda de Agricultura no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 4_Ponto 4 APP: Data:08/10/2018 Hora: 16:21 UTM:749686 8160161 Altitude: 931 Cobertura Vegetal Parcela 4_Ponto 5 APP: Data: 08/10/2018 Hora: 17:03 UTM: 749733 8160150 Altitude: 936 Cobertura Natural

(a1) (b1) (c1) (d1) (a2) (b2) (c2) (d2)

(e1) (f1) (g1) (h1) (e2) (f2) (g2) (h2)


Imagens de coleta
Local Fazenda de Agricultura no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 4_Ponto 6 APP: Data: 08/10/2018 Hora: 17:51 UTM: 749657 8160137 Altitude: 936 Cobertura Natural

(a3) (b3) (c3) (d3)

(e3) (f3)
APÊNDICE E: Parcela 4.1 APP- Paisagem ao Norte (a1); Paisagem ao sul (b1); Paisagem ao leste (c1); Paisagem ao oeste (d1); Gabarito quadriculado C/serapilheira (e1); Gabarito s/serapilheira (f1);Fauna edáfica (g1); Trincheira 20cm
(h1). Parcela 4.2 APP- Paisagem ao Norte (a2); Paisagem ao sul (b2); Paisagem ao leste (c2); Paisagem ao oeste (d2); Gabarito quadriculado c/serapilheira (e2); Gabarito quadriculado s/serapilheira (f2);Gabarito s/serapilheira (g2);
Trincheira 20cm (h2). Parcela 4.3 APP- Paisagem ao leste (a3); Paisagem ao oeste (b3); Gabarito quadriculado c/serapilheira (c3); Gabarito quadriculado s/serapilheira (d3); Gabarito s/serapilheira (e3); Trincheira 20cm (f3).
110

Imagens de coleta Imagens de coleta


Local Fazenda de Agricultura no entorno da FLONA - Silvânia Goiás Local Fazenda de Agricultura no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 5_Ponto 1: Data: 09/10/2018 Hora: 13:32 UTM: 753246 815738 Altitude: 890 Solo Arado Parcela 5_Ponto 2: Data: 09/10/2018 Hora: 14:02 UTM: 753246 815738 Altitude: 890 Solo Arado

(a1) (b1) (c1) (d1) (a2) (b2) (c2) (d2)

(e1) (f1) (g1) (e2) (f2) (g2)


Imagens de coleta
Local Fazenda de Agricultura no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 5_Ponto 3: Data: 09/10/2018 Hora: 14:30 UTM: 753274 8157642 Altitude: 877 Solo Arado

(a3) (b3) (c3) (d3)

(e3) (f3) (g3)


APÊNDICE F: Parcela 5.1- Paisagem ao norte (a1); Paisagem ao sul (b1); Paisagem ao leste (c1); Paisagem ao oeste (d1); Gabarito quadriculado s/serapilheira (e1); Gabarito s/serapilheira (f1); Trincheira 20cm (g1). Parcela 5.2-
Paisagem ao norte (a2); Paisagem ao sul (b2); Paisagem ao leste (c2); Paisagem ao oeste (d2); Gabarito quadriculado s/serapilheira (e2); Gabarito s/serapilheira (f2); Trincheira 20cm solo compactado.(g2). Parcela 5.3- Paisagem ao norte
(a3); Paisagem ao sul (b3); Paisagem ao leste (c3); Paisagem ao oeste (d3); Gabarito quadriculado s/serapilheira (e3); Trincheira 20cm solo compactado (f3); Fauna edáfica (g3).
111

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Local Fazenda de Agricultura no entorno da FLONA - Silvânia Goiás Local Fazenda de Agricultura no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 5_Ponto 4 APP: Data: 09/10/2018 Hora: 15:12 UTM: 753225 8157420 Altitude: 898 Cobertura Natural Parcela 5_Ponto 5 APP: Data: 09/10/2018 Hora: 15:50 UTM: 753145 8157528 Altitude: 885 Cobertura Natural

(a1) (b1) (c1) (d1) (a2) (b2) (c2) (d2)

(e1) (f1) (g1) (h1) (e2) (f2) (g2) (h2)


Imagens de coleta
Local Fazenda de Agricultura no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 5_Ponto 6 APP: Data: 09/10/2018 Hora: 16:28 UTM: 753103 8157548 Altitude: 875 Cobertura Natural

(a3) (b3) (c3) (d3)

(e3) (f3) (g3) (h3)

APÊNDICE G: Parcela 5.1 APP- Paisagem ao norte (a1); Paisagem ao sul (b1); Paisagem ao leste (c1); Paisagem ao oeste (d1); Gabarito quadriculado c/serapilheira (e1); Gabarito quadriculado s/serapilheira (f1); Gabarito s/serapilheira
(g1); Trincheira 20cm (h1). Parcela 5.2 APP- Paisagem ao norte (a2); Paisagem ao sul (b2); Paisagem ao leste (c2); Paisagem ao oeste (d2); Gabarito quadriculado c/serapilheira (e2); Gabarito quadriculado s/serapilheira (f2); Gabarito
s/serapilheira (g2); Trincheira 20cm (h2). Parcela 5.3 APP- Paisagem ao norte (a3); Paisagem ao sul (b3); Paisagem ao leste (c3); Paisagem ao oeste (d3); Gabarito quadriculado c/serapilheira (e3); Gabarito quadriculado s/serapilheira
(f3); Gabarito s/serapilheira (g3); Trincheira 20cm (h3).
112

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Local Fazenda de Agricultura no entorno da FLONA - Silvânia Goiás Local Fazenda de Agricultura no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 6_Ponto 1: Data: 10/10/2018 Hora: 15:08 UTM: 751270 815738 Altitude: 923 Solo Arado Parcela 6_Ponto 2: Data: 10/10/2018 Hora: 15:28 UTM: 751376 8157933 Altitude: 932 Solo Arado

(a1) (b1) (c1) (d1) (a2) (b2) (c2) (d2)

(e2) (f2) (g2) (h2)


(e1) (f1) (g1) (h1)
Imagens de coleta
Local Fazenda de Agricultura no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 6_Ponto 3: Data: 10/10/2018 Hora: 15:47 UTM: 751463 8157993 Altitude: 923 Solo Arado

(a3) (b3) (c3) (d3)

(f3) (g3) (h3)


(e3)
APÊNDICE H: Parcela 6.1- Paisagem ao norte (a1); Paisagem ao sul (b1); Paisagem ao leste (c1); Paisagem ao oeste (d1); Gabarito quadriculado s/serapilheira (e1); Gabarito s/serapilheira (f1); Trincheira 30cm (g1); Solo Arado (h1).
Parcela 6.2- Paisagem ao norte (a2); Paisagem ao sul (b2); Paisagem ao leste (c2); Paisagem ao oeste (d2); Gabarito quadriculado s/serapilheira (e2); Gabarito s/serapilheira (f2); Trincheira 30cm (g2); Bioporos (h2). Parcela 6.3-
Paisagem ao norte (a3); Paisagem ao sul (b3); Paisagem ao leste (c3); Paisagem ao oeste (d3); Gabarito quadriculado s/serapilheira (e3); Gabarito s/serapilheira (f3); Trincheira 30cm (g3); Solo arado (h3).
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Imagens de coleta Imagens de coleta


Local Fazenda de Agricultura no entorno da FLONA - Silvânia Goiás Local Fazenda de Agricultura no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 6_Ponto 4 APP: Data: 10/10/2018 Hora: 12:05 UTM: 751344 8157837 Altitude: 941 Cobertura Natural Parcela 6_Ponto 5 APP: Data: 10/10/2018 Hora: 12:41 UTM: 751296 8157826 Altitude: 945 Cobertura Natural

(a1) (c1) (d1) (a2) (b2) (c2) (d2)


(b1)

(e1) (f1) (g1) (h1) (e2) (f2) (g2) (h2)


Imagens de coleta
Local Fazenda de Agricultura no entorno da FLONA - Silvânia Goiás
Parcela 6_Ponto 6 APP: Data: 10/10/2018 Hora: 13:20 UTM: 751273 8157868 Altitude: 938 Cobertura Natural

(a3) (b3) (c3) (d3)

(e3) (f3) (h3)


(g3)

APÊNDICE I: Parcela 6.1 APP- Paisagem ao norte (a1); Paisagem ao sul (b1); Paisagem ao leste (c1); Paisagem ao oeste (d1); Gabarito quadriculado c/serapilheira (e1); Gabarito quadriculado s/serapilheira (f1); Gabarito s/serapilheira
(g1); Trincheira 20cm (h1). Parcela 6.2 APP- Paisagem ao norte (a2); Paisagem ao sul (b2); Paisagem ao leste (c2); Paisagem ao oeste (d2); Gabarito quadriculado c/serapilheira (e2); Gabarito quadriculado s/serapilheira (f2); Gabarito
s/serapilheira (g2); Trincheira 20cm (h2). Parcela 6.3 APP- Paisagem ao norte (a3); Paisagem ao sul (b3); Paisagem ao leste (c3); Paisagem ao oeste (d3); Gabarito quadriculado c/serapilheira (e3); Gabarito quadriculado s/serapilheira
(f3); Gabarito auxiliar s/serapilheira (g3); Trincheira 20cm (h3).
114

(a) (b) (c) (d) (e)

(f) (g) (h) (i) (j)

(l) (m) (n) (o) (p)

(q) (r) (s)

APÊNDICE J: Parcela 1- ponto 1 (a) ;ponto 2 (b) ;ponto 3(c) . Parcela 2- ponto 1(d) ; ponto 2(e) ; ponto 3(f). Parcela 3 - ponto 1(g); ponto 2(h); ponto 3(i). Parcela 4 - ponto 1 (j) ; ponto 2 (l) ; ponto 3(m). Parcela 5- ponto 1(n);
ponto2(o); ponto 3(p). Parcela 6- ponto 1(q); ponto 2 (r) ; ponto 3 (s) .
115

(a) (b) (c) (d)

(e) (f) (g) (h)

(i) (j) (l) (m)


APÊNDICE L: Parcela 1- ponto 4 FES (a). Parcela 2- ponto 4 FES (b). Parcela 3- ponto 4 APP (c). Parcela 4 APP- ponto 4 (d); ponto 5 (e); ponto 6 (f). Parcela
5 APP- ponto 4 (g); ponto 5 (h); ponto 6 (i). Parcela 6 APP- ponto 4 (j); ponto 5 (l); ponto 6 (m).
116

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