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SUSEPE | CONHECIMENTOS GERAIS | CONCURSO 2022

SUMÁRIO

CONHECIMENTOS GERAIS

Cultura..................................................................................................................... 04
Turismo................................................................................................................... 07
Subdivisões.............................................................................................................. 08
Governo e Política..................................................................................................... 08
Símbolos.................................................................................................................. 09

Unidades de Conservação.......................................................................................... 09
Infraestrutura........................................................................................................... 11
História.................................................................................................................... 13

Geografia................................................................................................................. 14
Atualidades.............................................................................................................. 14

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CONHECIMENTOS GERAIS

CULTURA

Cultura é um termo bastante explorado pela Antropologia, ciência que surgiu na mesma época
em que a Sociologia e visa a analisar as sociedades humanas a partir de sua produção cultural,
indo das mais elementares formas de organização social até as mais complexas.
O sentido de cultura é amplo. O que nos interessa aqui é saber que a cultura corresponde a um
conjunto de hábitos, crenças e conhecimentos de um povo ou um determinado grupo
artístico (literário, dramatúrgico, musical, derivado das artes plásticas etc.) que cultiva, de algum
modo, um padrão estético semelhante.

Tipos e exemplos de cultura

Podemos estabelecer três tipos básicos de cultura, tomando uma concepção restrita da palavra
que se refere mais ao ambiente estético e artístico do que a um conjunto de saberes
coletivos. Esses tipos são:

• Cultura erudita

A cultura erudita, muitas vezes utilizada como sinônimo de uma cultura muito desenvolvida
esteticamente e de alto valor, é um termo que, quando empregado, pode resultar em uma
visão etnocêntrica. Cultura erudita é a cultura criada por uma elite, econômica, social ou
intelectual, que tenta se sobrepor aos outros tipos de cultura por meio de sua própria
classificação.

• Cultura popular

É a expressão cultural geral de um povo que, em muitos casos, em especial em países como
o Brasil, está fora do eixo erudito, por ser uma manifestação popular criada por povos
marginais, ou seja, que estão à margem da sociedade, fora das elites.
Se pensarmos no Brasil, temos uma vasta e rica cultura nordestina, nortista, sertaneja e indígena
e, nos centros urbanos, das periferias e favelas, as quais não se enquadram ao padrão
erudito, pois a nossa “erudição cultural” importou padrões essencialmente europeus.

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Tomemos, como exemplos, a cultura indígena; o cordel nordestino; a literatura de Ariano


Suassuna (de uma estética linguística erudita, no sentido de rebuscada, mas partindo de
elementos da cultura nordestina); a música sertaneja de raiz; o samba, que foi rechaçado pela
cultura erudita por muito tempo por ter surgido como expressão cultural dos negros,
descendentes de escravos e favelados; o rap brasileiro e o funk carioca autêntico (o funk carioca
de origem, sem a interferência da indústria cultural), que hoje passam pela mesma discriminação
que o samba sofreu no início do século XX.
Essas mudanças de visão demostram que os padrões culturais e estéticos mudam ao longo
do tempo. O mesmo aconteceu com o jazz, nos Estados Unidos, que era visto como uma cultura
inferior por ter suas raízes fincadas nos negros escravizados, mas hoje possui o status de cultura
erudita.

• Cultura de massa

A cultura de massa é diferente da cultura popular e da cultura erudita, mas pode mesclar
elementos de ambas. A cultura de massa não é uma manifestação cultural autêntica criada por
um povo ou por uma elite intelectual, mas é um produto da indústria cultural, que visa a
atender as normas do mercado e fazer da cultura e da arte um negócio lucrativo, produzindo e
vendendo elementos culturais como se fossem objetos que as pessoas desejam comprar.
O principal eixo produtor e disseminador dos padrões culturais massificados hoje é os Estados
Unidos, que importa os seus produtos culturais para vários países globalizados, que assimilam
aqueles produtos como uma cultura autêntica.

A cultura do Rio Grande do Sul refere-se ao conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral,
os costumes e todos os hábitos e aptidões do povo do Rio Grande do Sul. De uma forma sucinta,
pode-se analisar a cultura local como resultante de duas vertentes: a primeira com raízes nos
povos indígenas que habitavam o pampa; a outra vertente é resultado da colonização europeia,
efetuada por colonos portugueses, espanhóis, mestiços originários de outras regiões do Brasil-
colônia, bandeirantes e africanos vindos para o Brasil como escravos até o século XIX. A
miscigenação inicial entre portugueses e indígenas dá origem ao que seria denominado no século
XIX como gaúcho. A partir do século XIX vieram ao Rio Grande grupos
de imigrantes alemães, italianos e minorias de eslavos, judeus e libaneses.
Entre as principais características culturais do gaúcho estão: a bombacha, o lenço, o poncho, e o
chimarrão.
A festa de Nossa Senhora dos Navegantes, de origem portuguesa, é realizada em Porto Alegre
no dia 2 de fevereiro, no rio Guaíba, onde centenas de barcos e milhares de fiéis devotos
participam da procissão fluvial.

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Algumas cidades do Sul celebram as tradições dos antepassados em festas típicas, como a Festa
da Uva, em Caxias do Sul (RS).

A cultura gaúcha é uma das mais peculiares do Brasil. Tem uma linguagem específica, ligada ao
homem de campanha, que mora no pampa.
Os aspectos culturais do gaúcho repetem o que ocorreu no restante do País. Eles resultam da
mistura do indígena, do negro e do colonizador português.
No pampa, o gaúcho era um cavaleiro munido de laço e boleadeira. Nômade, trabalhava em
fazendas de gado. Usava calças largas chamadas bombachas, que ficavam presas a botas de
couro. No pescoço um lenço para suportar o frio e em torno do corpo um poncho, também com
a mesma finalidade.

Também para suportar o frio, o gaúcho tomava logo cedo uma cuia de chimarrão. A bebida foi
herdada do povo guarani e hoje remete diretamente à região. O mate é uma bebida quente, feito
à base de erva-mate refinada, o que lhe confere um gosto amargo.
O mate e os trajes usados por essa figura são a perfeita tradução do povo gaúcho. Bravo e
destemido, era associado a ladrões e aventureiros. A situação mudou com a Guerra dos Farrapos,
quando passou a ser visto como patriota.

Anotações

Acorde com determinação, durma com satisfação.

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TURISMO

O Rio Grande do Sul é um estado com vastas opções de turismo. O estado recebe anualmente
cerca de 2,0 milhões de turistas de fora do país. As praias do litoral norte nas cidade de Capão
da Canoa, Tramandaí e Torres são as mais conhecidas no estado, esta última
apresentando falésias. São três pedras que ficam na beira do mar, sendo que uma delas avança
mar adentro em uma altura de 30 metros. No litoral sul destaca-se a praia do Cassino, em Rio
Grande, constante no Guiness Book como a maior praia do mundo. Também destacam-se as
praias da Laguna dos Patos, principalmente as praias de São Lourenço do Sul, Tapes e Pelotas
(Praia do Laranjal).

Existem vários roteiros turísticos consolidados na região de colonização italiana, com uma
variedade de opções que vão do turismo ecológico e esportivo ao gastronômico e histórico-
cultural. A região é rica em edificações históricas dos imigrantes, tem uma culinária farta e
saborosa, festas tradicionais como a Festa da Uva atraem multidões, e o cenário natural é
acidentado e atraente, próprio para caminhadas e excursões ou mesmo esportes radicais.

As serras atraem milhares de turistas todos os anos, no inverno e verão. As cidades


de Gramado e Canela são conhecidas na época de Natal pela decoração das cidades, juntamente
com os parques natalinos. No inverno, os turistas visitam essas cidades juntamente com Caxias
do Sul, São José dos Ausentes e Cambará do Sul, devido às temperaturas baixas, muitas vezes
negativas e com a possibilidade de queda de neve.

Na serras do estado, também está a maior concentração de produtores de vinho do país, na


região conhecida como Vale dos Vinhedos (Bento Gonçalves e Garibaldi). Mais ao sul, na região
da Campanha, está situada a segunda mais importante área produtora. As vinícolas gaúchas
são premiadas internacionalmente, em razão da alta qualidade de seus vinhos e espumantes.

Nas mesmas se encontram os cânions de Itaimbezinho e da Fortaleza, os quais são dos maiores
do Brasil. Em Gramado acontece o Festival de Cinema. Na conhecida como "Pequena Itália", em
que se localizam as cidades de Caxias do Sul, Bento Gonçalves e Garibaldi, pode-se encontrar
as melhores vinícolas do Brasil. Ainda a oeste, se encontram as Missões Jesuíticas, nas cidade
de São Miguel das Missões e arredores.

Importante

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SUBDIVISOES

O estado do Rio Grande do Sul possui várias subdivisões, baseadas em aspectos


sócio/econômicos, com fins estatísticos, principalmente. O estado é dividido em oito regiões
geográficas intermediárias, 43 regiões geográficas imediatas e 497 municípios, segundo o IBGE.

1. Região Geográfica Intermediária de Porto Alegre


2. Região Geográfica Intermediária de Pelotas
3. Região Geográfica Intermediária de Santa Maria
4. Região Geográfica Intermediária de Uruguaiana
5. Região Geográfica Intermediária de Ijuí
6. Região Geográfica Intermediária de Passo Fundo
7. Região Geográfica Intermediária de Caxias do Sul
8. Região Geográfica Intermediária de Santa Cruz do Sul-Lajeado

O estado também é subdividido em 28 Conselhos Regionais de Desenvolvimento (COREDEs),


criados em 1994.

GOVERNO E POLÍTICA

O estado do Rio Grande do Sul, consoante os ditames contidos na Carta Constitucional


da República Federativa do Brasil, é governado por três poderes, o executivo, representado
pelo governador, o legislativo, representado pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, e
o judiciário, representado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul e outros
tribunais e juízes. Além dos três poderes, o estado também permite a participação popular nas
decisões do governo através de referendos e plebiscitos.

A atual constituição do estado do Rio Grande do Sul foi promulgada em 1989.

O Poder Executivo gaúcho está centralizado no governador do estado, que é eleito em sufrágio
universal e voto direto e secreto pela população para mandatos de até quatro anos de duração,
podendo ser reeleito para mais um mandato. Sua sede é o Palácio Piratini, que desde 1921 é a
sede do governo gaúcho.

A maior corte do Poder Judiciário estadual é o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do
Sul, localizada no centro de Porto Alegre. Há também um Tribunal de Justiça Militar.

O Poder Legislativo do Rio Grande do Sul é unicameral, constituído pela Assembleia Legislativa
do Rio Grande do Sul, localizado no Palácio Farroupilha. Ela é constituída por 55 deputados, que
são eleitos a cada quatro anos. No Congresso Nacional, a representação gaúcha é de 3 senadores
e 31 deputados federais.

O Rio Grande do Sul está dividido em 497 municípios. O mais populoso deles é a capital, Porto
Alegre, com 1,4 milhões de habitantes, sendo a cidade mais rica do estado. Sua região
metropolitana possui aproximadamente 4,1 milhões de habitantes.

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SÍMBOLOS

Os símbolos oficiais do Rio Grande do Sul são, conforme lei que dispõe sobre seu uso:
• O Hino;
• A Bandeira;
• O Brasão de Armas;
e ainda, são símbolos, conforme leis:
• O cavalo Crioulo
• A ave quero-quero
• A planta macela
• A bebida chimarrão
• O prato típico churrasco
• A flor brinco-de-princesa
• A estátua do Laçador
• A árvore erva-mate

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Unidades de conservação (UCs) são áreas naturais criadas e protegidas pelo Poder Público,
municipal, estadual e federal. Elas são reguladas pela Lei nº 9.985, de 2000, que institui o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). De acordo com o SNUC, unidade de conservação
é definida como um espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas
jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público,
com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual
se aplicam garantias adequadas de proteção.

Existem vários tipos de UCs, com diferentes nomes, diretrizes, finalidade e tipos de atividades
permitidas na área. De acordo com as suas características e finalidades, são divididas em dois
tipos: Unidades de Proteção Integral e Unidades de Uso Sustentável. As primeiras possuem
normas mais restritas e são mais voltadas para a pesquisa e conservação da biodiversidade.
Nelas, exceto alguns casos previstos na lei, é admitido apenas o uso indireto dos seus recursos
naturais. Já as Unidades de Uso Sustentável são mais voltadas para visitação e atividades
educativas e uso sustentável de seus recursos. Elas têm o objetivo de compatibilizar a
conservação da natureza com o uso sustentável de parte de seus recursos naturais.
O conceito de Unidade de Conservação - UC, tem evoluido desde o seu surgimento, em 1872,
nos Estados Unidos. Referindo-se inicialmente ao objetivo de preservação de atributos cênicos e
potenciais para o desenvolvimento de atividades de lazer, passou a incorporar as noções de
preservação do patrimônio histórico, de área natural protegida e, em meados do século XX,
passou a considerar a idéia de conservação da biodiversidade.

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Atualmente, segundo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC, a


criação de UCs tem como objetivo preservar a biodiversidade em ambientes característicos,
proteger nascentes de rios e outros mananciais, espécies raras ou em extinção e monumentos
naturais. Estes espaços permitem o desenvolvimento de atividades de educação ambiental,
pesquisa científica, lazer e manutenção e reprodução do banco genético da vida silvestre.

As UC’s podem ser classificadas em dois grandes grupos, de acordo com a forma de uso dos
recursos naturais:

Unidades de Proteção Integral - Estação Ecológica,Reserva Biológica, Parque Nacional,


Monumento Natural e Refúgio da Vida Silvestre; Unidades de Uso Sustentável - Área de Proteção
Ambiental, Área de Relevante Interesse Ecológico, Floresta Nacional, Reserva Extrativista,
Reserva de Fauna, Reserva de Desenvolvimento Sustentável e Reserva Particular do Patrimônio
Natural.

O Rio Grande do Sul é considerado pioneiro no trato de questões ambientais desde os anos 50.
Conforme dados disponíveis, o Estado conta atualmente com 108 Unidades de Conservação,
Destas, 10 são de competência federal, 24 estaduais, 35 municipais e 39 são Reservas
Particulares do Patrimônio Natural.

Quantidade de UC's por tipo e categoria no RS - 2020*

Fonte: SEMA/RS, MMA, CMBio


* Estão contabilizadas todas unidades que constam
no SNUC do MMA, do ICMBio e site da SEMA

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INFRAESTRUTURA

Transportes

O Rio Grande do Sul conta com uma rede multimodal de transportes relativamente bem
estruturada e capilarizada. Entretanto, possui uma matriz excessivamente centrada no transporte
rodoviário. Considerando a matriz modal do Rio Grande do Sul, em 2014 as rodovias eram
responsáveis por 88% do total transportado. Dados mais recentes indicam que, em 2017 o modal
rodoviário do Rio Grande do Sul continuava respondendo por aproximadamente 88% do total
transportado, enquanto no Brasil a participação deste modal atingia 65%.

No Rio Grande do Sul há rotas hidroviárias interiores e portos importantes como o de Porto Alegre
e de Rio Grande e uma rede ferroviária extensa, com potencial para ser explorado. Há também
uma rede de aeroportos regionais e três aeroportos internacionais , com destaque para o
Aeroporto Salgado Filho, na capital do Estado, que apresenta a maior movimentação de
passageiros e de cargas. Há, ainda, uma rede dutoviária que serve principalmente o nordeste
do Estado com transporte de petróleo e derivados e gás natural. No entanto, a movimentação
de cargas e de passageiros é realizada predominantemente por rodovias que interligam as várias
regiões do Estado aos outros estados brasileiros e aos países do MERCOSUL. Devido à sua
localização geográfica, passam pelo Estado boa parte dos produtos comercializados entre o Brasil
e o bloco de países do MERCOSUL, principalmente a Argentina. Com isso, rodovias como a BR-
116, BR-101, BR-386 e BR-290, entre outras, apresentam volumes de tráfego cada vez mais
pesado, principalmente em momentos de escoamento de safra agrícola.

A tradição exportadora de grande parte da agricultura e indústria gaúchas também contribui para
definir a conformação das redes modais que ligam as várias regiões produtoras do Estado à
capital, ao Porto de Rio Grande e a Uruguaiana. Estruturas importantes como os pontos
alfandegados e portos secos alfandegados, localizados em pontos estratégicos do Estado, dão
suporte à movimentação de cargas pelos diferentes modais, fornecendo desembaraço aduaneiro
e fiscalização. Quanto à atuação de Operadores de Transporte Multimodal (OTM), em maio de
2020 no RS estavam cadastradas pela ANTT – Agência Nacional de transportes Terrestres, 41
empresas com sede em 11 municípios. Das 41 empresas de OTM com operação nacional e
internacional, 11 operavam no MERCOSUL.

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Matriz energética

A capacidade instalada de geração de energia elétrica no Rio Grande do Sul cresceu


consideravelmente na última década, passando de 4.996MW em 2007 para 8.240,1MW em 2017.
Este aumento permitiu a ampliação dos níveis de consumo, não só no estado, como também no
país, pois o parque gerador do estado opera através do Sistema Interligado Nacional de Geração
e Transmissão – SIN. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS, o Sistema
Interligado Nacional é formado pelas empresas das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste
e parte da região Norte. Apenas 1,7% da energia requerida pelo país encontra-se fora do SIN,
em pequenos sistemas isolados localizados principalmente na região amazônica. De acordo com
a EPE – Empresa de Pesquisa Energética, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, a
capacidade instalada do Estado representava, em 2017, cerca de 5% da capacidade instalada
total do Brasil.

Na Matriz de Geração de Energia Elétrica do estado em 2017, 55,7% correspondia a


hidreletricidade (UHEs – Usinas Hidreletricas, PCHs – Pequenas Centrais Hidrelétricas e CGHs –
Centrais Geradoras Hidrelétricas); 21,5% corresponde a termeletricidade (UTEs – Usinas
Termelétricas movidas a combustível fóssil ou a biomassa²); 22,7% a energia eólica (EOLs) e
0,0007% de energia solar (UFVs – Usinas Fotovoltaicas), demonstrando o avanço da
diversificação com a presença de fontes alternativas de energia. Esta diversificação teve início
com a ampliação da utilização de gás natural e de biomassa como fontes de energia e está
baseada, mais recentemente, na expansão da energia eólica e na instalação de novos projetos
de aproveitamento de energia solar, o que tem assegurado melhorias na relação entre produção,
importação e consumo no Estado com o acréscimo dos chamados Consumidores Livres e
Produtores Independentes.

De acordo com a ANEEL, “o serviço público de transmissão de energia elétrica do Sistema


Interligado Nacional (SIN) compreende as instalações da Rede Básica (RB) e da Rede Básica de
Fronteira (RBF). (...) A RB é composta pelas instalações do SIN - Sistema Interligado Nacional,
com nível de tensão igual ou superior a 230 kV, enquanto a RBF está composta pelas unidades
transformadoras de potência do SIN com tensão superior igual ou maior de que 230 kV e tensão
inferior menor de que 230 kV”. A Rede Básica de Transmissão de energia elétrica viabiliza o
transporte e suprimento da energia gerada às empresas concessionárias, permissionárias e
autorizadas de distribuição que atuam no RS, lideradas pela CEEE - D (CEEE Distribuidora) e RGE
(CPFL Energia). O SIN no Rio Grande do Sul, conta com aproximadamente 66 subestações de
transmissão e encontra-se também conectado ao sistema argentino através das estações
conversoras de Garabí e Uruguaiana e ao sistema uruguaio, através da estação de Rivera-
Santana do Livramento e de Candiota III-Melo, formando a RBF – Rede Básica de Fronteira. A
operação da Rede Básica (RB) de transmissão no Rio Grande do Sul, com tensões de até 230kV
e extensão de mais de 6.000km³ é realizada, na sua maior parte, pela Companhia Estadual de
Energia Elétrica – CEEE - GT.

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HISTÓRIA
O território hoje ocupado pelo Rio Grande do Sul está entre as áreas do País que mais demoraram
a receber a ocupação do colonizador português.
A fronteira do estado só foi definida em 1801, com a assinatura do Tratado de Badajoz. O
acordo finalizou uma série de conflitos pela posse da região.
Até um século após o Descobrimento do Brasil (1500), a região ainda era ocupada principalmente
por indígenas. A geografia está entre as justificativas que retardaram a colonização.
Na região viviam índios gê, pampeano e os guarani. O grupo gê, também chamado de tapuia,
estava na região denominada "Cima da Serra". Nesse local ainda vivem remanescentes de índios
caingangues.
O local é ocupado atualmente pelas cidades de Bom Jesus, Lagoa Vermelha, Passo Fundo e São
Francisco de Paula.
O povo pampeano, também chamado de charrua e minuano, vivia na região do pampa. Já os
Guarani estavam na margem da Lagoa dos Patos.
Os índios guarani foram os primeiros a sentir o impacto do europeu com a chegada dos padres
jesuítas espanhóis em 1626.
Os religiosos fundaram as Missões Guarani, abrangendo parte dos territórios hoje pertencentes
ao Paraguai, Brasil, Argentina e Uruguai.
Durante o século XVIII, houve intensa disputa pelo território por espanhóis e portugueses. Os
espanhóis fundaram em 1726, a cidade de Montevidéu, a leste da colônia de Sacramento,
fundada criada em 1680.
O objetivo da fundação de Montevidéu era reduzir a influência portuguesa. Como resposta, os
portugueses fundaram em 1737 o Forte de Jesus Maria José, hoje cidade de Rio Grande.
A disputa terminou em 1777, quando Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Santo Ildefonso.
Pelo acordo, a colônia de Sacramento permanecia em posse de Espanha e o Rio Grande ficaria
com Portugal.
Vinte e três anos após a definição das fronteiras do Rio Grande do Sul, o estado passou a receber
uma leva de imigrantes alemães.
A presença dos imigrantes permitiu a diversificação da economia com a instalação do modelo de
estâncias agrícolas.
Várias novas batalhas assolaram o território. A mais longa e sangrenta foi a Guerra dos
Farrapos ocorreu entre 1835 e 1845.
O estado só foi pacificado em 1928, na gestão do governador Getúlio Vargas (1882 - 1954).
Anotações

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GEOGRAFIA

Relevo
O relevo gaúcho é formado pelo Planalto Serrano, o Pampa e a Serra Lagunar. A maioria do
território está no Planalto Serrano.

Clima
O clima do Rio Grande do Sul é de influência tropical. No Planalto Serrano é subtropical de
altitude. As quatro estações são bastante delimitadas e os invernos podem registrar temperaturas
negativas em algumas regiões.

Hidrografia
Os rios que cortam o estado estão na bacia do Prata. O principal é o rio Uruguai, que é formado
pelo Canoas e Pelotas.

Também são de importância para a região os rios Taquari, Ijuí, Jacuí, Ibicuí e Camacuã.

ATUALIDADES

1) SEGURANÇA

A segurança pública é um tema que, de forma praticamente diária, está em pauta


na imprensa do Brasil. A sensação de insegurança, somada ao medo, está presente
na vida de grande parte da sociedade civil brasileira, principalmente nos grandes
centros urbanos. Assim como o acesso à saúde, à educação e à moradia, a garantia
de ir e vir com segurança é um direito fundamental previsto pela Constituição
Federal de 1988, sendo dever do Estado assegurá-lo.

QUEM É RESPONSÁVEL PELA SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL?

O Art. 144 da Constituição traz que:

a segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida


para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio,
através dos seguintes órgãos:

• Polícia Federal;
• Polícia Rodoviária Federal;
• Polícia Ferroviária Federal;
• Polícias Civis;
• Policiais Militares e corpos de bombeiros militares.

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A Polícia Federal, Rodoviária Federal e Ferroviária Federal são organizadas e mantidas


pela União. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros militar são forças auxiliares e reserva
do Exército e, junto à Polícia Civil, são subordinados aos governadores.
Em um nível ministerial, há a Secretaria Nacional da Segurança Pública, órgão do
Ministério da Justiça que tem como competências principais e resumidas implementar,
acompanhar e avaliar as políticas e programas nacionais voltados para a segurança
pública. Cabe ainda a essa Secretaria incentivar os órgãos estaduais e municipais a
elaborarem planos integrados de segurança, além de fortalecer e integrar os órgãos
responsáveis pela segurança dos territórios nacionais .
Ainda segundo a Constituição Federal, o policiamento das ruas e a manutenção da
segurança são tradicionalmente conferidos à polícia militar.

Fonte: https://www.politize.com.br/seguranca-publica-brasileira-entenda/acesso em 10/08/2021.

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Como forma de medir o nível de insegurança ou violência das cidades, são


utilizados dados de indicadores que expressam o número de crimes contra o patrimônio
(como furtos) e a vida. Tais indicadores são construídos e seus dados coletados e
analisados, geralmente, pelas Secretarias de Estado responsáveis pela segurança de cada
unidade federativa.
Após o recolhimento de dados em cada estado, um panorama nacional é publ icado
anualmente pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Os crimes violentos
letais e intencionais (CVLI) são o termômetro da violência no Brasil, uma vez que
expressam a maior preocupação do cidadão quando o assunto é segurança. Os valores
de CVLI são alarmantes: em 2016, 61.283 pessoas morreram violentamente no
Brasil. Em 2017, o número é de 59.128 e com perspectivas de aumento, sendo que o
FBSP consolida os dados do ano anterior somente no segundo semestre do ano corrente.
Ou seja, ano após ano, cerca de 60.000 pessoas perdem a vida de forma violenta em
nosso país. Em 2018, o número foi um pouco menor, mas ainda alcançou a casa dos
51.589 assassinatos.

Em 2016, os estados com as maiores taxas de CVLI foram, respectivamente, Sergipe, Rio
Grande do Norte e Alagoas. Em 2017, os maiores índices de violência foram do Rio Grande
do Norte, Acre e Pernambuco. O Ceará aparece em quarto lugar e apresenta a maior
elevação nos números de mortes violentas entre os estados do Brasil.
Quanto aos crimes contra o patrimônio, 278.907 veículos foram furtados (ou seja,
retirados sem violência ou ameaça) e 273.232 foram roubados (retirados com violência
ou ameaça) em 2016. Há, do mesmo modo, 1.478 instituições financeiras e 23.656 cargas
que foram roubadas nesse mesmo ano, além de outros roubos, como celulares e carteiras,
que, em 2017, somam 841.663.

***IMPORTANTE: Dica para leitura e análise:

https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2020/10/anuario-14-2020-v1-
interativo.pdf

Lembrar

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QUEM MATA E QUEM MORRE?

71% das vítimas de homicídio no Brasil são negras. O perfil de quem mata e morre
no país é o mesmo: homens negros, com baixa escolaridade e renda, moradores de
periferia e com idade de até 29 anos. Além disso, especialistas dizem que tais crim es
geralmente estão relacionados ao tráfico de drogas e atuação de facções criminosas.
A construção social do nosso país se correlaciona ao problema da segurança pública
nacional, assim como o perfil dos principais atores envolvidos. No ano de 1888 a
escravidão foi abolida no Brasil, mas não foram criadas políticas públicas de inclusão e
trabalho para a comunidade negra.

É só reparar nos empregos que não exigem tanta qualificação e, consequentemente,


pagam salários menores. Eles são ocupados, em sua maioria, por negros. Ainda existe
a falha do Estado em fornecer acesso digno à moradia, escolas e serviços básicos e de
direito dos cidadãos. Somado a isso, a criminalização dessas pessoas foi
naturalizada, fazendo com que as periferias se tornassem o único refúgio.
Ainda podem ser mencionados diversos recortes da violência no país, como
os feminicídios, os assassinatos brutais contra a população LGBTI+ e as mortes
relacionadas às polícias civis e militares. Em um ranking mundial de 83 países, o Brasil
ocupa a quinta posição em homicídios femininos, com uma taxa de 4,8 assassinatos
para 100 mil mulheres, das quais 65% são negras. Foram 4.606 mulheres assassinadas
em 2016, além de 49.497 casos de estupro registrados. No que diz respeito à comunidade
LGBTI+, ocorre um assassinato por dia relacionado à homofobia. Além disso, nós
somos o país que mais mata transexuais no mundo.

Em 2016, 453 policiais civis e militares brasileiros foram vítimas de homicídio e, no mesmo
ano, 4.222 pessoas foram mortas durante ações desses órgãos policiais. Essa instituição
brasileira é a que mais mata e morre no mundo, superando até mesmo países com
índices de violência mais elevados, como Honduras, na América Central.

***IMPORTANTE: Número de policiais mortos cresce em 2020; o de pessoas mortas


pela polícia tem ligeira queda no Brasil. Em ano marcado pela pandemia e pelo
aumento dos crimes violentos em geral, país registra pequena redução na letalidade
policial, muito por causa do Rio de Janeiro, já que houve crescimento de mortes em
17 estados. Número de agentes assassinados tem alta de 10%.

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DADOS PARA 2020 REVELAM QUE:

• o Brasil teve 198 policiais assassinados em serviço e de folga no ano passado – um aumento
de 10% em relação a 2019;
• o Piauí foi o estado com a maior taxa de policiais mortos (1 a cada mil policiais);
• Acre, Paraná, Rio Grande do Sul e Tocantins foram os únicos estados que não registraram
nem sequer uma morte de policial no ano passado;
• ao menos 5.660 pessoas foram mortas por policiais em 2020 – uma ligeira queda de 3% em
relação a 2019, quando foram registradas 5.829 vítimas (sem contar Goiás em ambos os anos);
• o Rio de Janeiro teve 575 mortes a menos de um ano para o outro, puxando a baixa no país;
• ao todo, 17 estados registraram crescimento nas mortes por forças policiais;
• o Amapá foi o estado com a maior taxa de letalidade policial em 2020: 12,8 por 100 mil
habitantes;
• Distrito Federal teve a menor taxa: 0,4 a cada 100 mil.

OS DESAFIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA


SUA SOLUÇÃO

Como é de conhecimento e se pôde perceber no decorrer do texto, a segurança pública


no Brasil consiste em um problema grave. Na teoria, pensar em segurança envolve
os órgãos policiais e o Corpo de Bombeiros, além do Ministério da Justiça, controle de
fronteiras e sistema carcerário, por exemplo. Na prática, e no nosso recorte de segurança
pública nas ruas, o termo é reduzido e diretamente associado à Polícia Militar.
Ligado a essa associação, a maioria dos brasileiros têm uma visão negativa sobre o
desempenho desses profissionais. Os números apontam que cerca de 70% da
população do país não confia na instituição militar e 63% não está satisfeita
com a sua atuação.

Atribuir à Polícia Militar a responsabilidade de enfrentar e diminuir a violência é um fardo


muito pesado e, por muitas vezes, não muito efetivo. Os crimes contra a vida deveriam
ser tratados de uma forma intersetorial. Ou seja, com a implementação de políticas
públicas inteligentes que englobam o investimento não só em policiamento, mas também
em esporte, lazer, educação, saúde e acesso ao trabalho, por exemplo. De uma
forma geral, deve-se entender que tudo está conectado e, portanto, não se diminui a
violência nas cidades sem que haja ações de melhoria na qualidade de vida dos
principais atores que a promovem.

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A violência no Brasil atinge todas as classes sociais, logo, as políticas públicas e a ação
do Estado devem envolver desde os bairros de elite, até as comunidades mais vulneráveis.
Pensando dessa maneira, no dia 16 de maio de 2018, o Senado Federal aprovou o projeto
de lei 19/2018 para a criação do Sistema Único de Segurança Pública (Susp). O Susp
objetiva a integração dos órgãos nacionais de segurança, como as polícias, secretarias
estaduais de segurança e guardas municipais, para que atuem d e forma cooperativa e
sistêmica. Além disso, o projeto também institui a Política Nacional de Segurança Pública
e Defesa Social (PNSPDS), que propõe a ação conjunta da sociedade e dos órgãos de
segurança e defesa social da União, estados, Distrito Federal e municípios.

2) TRANSPORTES

O Brasil é um país com dimensões continentais, apresentando uma larga extensão norte-sul, além
de uma grande distância no sentido leste-oeste em sua porção setentrional. Por esse motivo, é
necessária uma ampla rede articulada que ligue os diferentes pontos do território nacional a fim
de propiciar o melhor deslocamento de pessoas e mercadorias.

Além disso, para que o país possa ampliar as exportações, importações e, principalmente, os
investimentos estrangeiros, é necessário que os meios de transporte ofereçam condições para
que os empreendedores tanto do meio agrário quanto do meio industrial possam ter condições
de exercer suas funções sociais. No Brasil, a estratégia principal foi a de priorizar a estruturação
do sistema rodoviário – sobretudo a partir do Governo JK – em detrimento da construção de
ferrovias e hidrovias, que só recentemente vêm recebendo maiores investimentos.

As rodovias no Brasil

O transporte rodoviário no Brasil foi – e ainda é – o meio responsável pela maior parte dos fluxos
de bens e pessoas no país, que priorizou a sua construção para favorecer as empresas
estrangeiras do setor automobilístico e promover a entrada delas no país. A expectativa era
estruturar o modal rodoviário a fim de propiciar a construção de polos industriais de automóveis
no Brasil com o objetivo de ampliar a geração de empregos, embora hoje as indústrias desse
setor empreguem cada vez menos trabalhadores, em função das novas tecnologias fabris.

Outra característica da implantação das rodovias no Brasil foi a integração das diferentes partes
do território brasileiro, que concentrou seus investimentos nas regiões litorâneas. Esse quadro
começou a mudar ao longo do século XX, destacando-se a construção da capital Brasília. Assim,
rodovias como Belém-Brasília, Cuiabá-Porto Velho e tantas outras tinham como preocupação
estabelecer a ligação entre pontos e localidades até então desconectados.

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A grande crítica a essa dinâmica questiona a opção por rodovias, algo não muito recomendado
para países com larga extensão territorial, como o Brasil. Em geral, as estradas costumam ter um
custo de manutenção mais elevado do que outros meios de transporte, como o ferroviário e o
hidroviário, além de um maior gasto com combustíveis e veículos. Em virtude dos elevados custos
e da política neoliberal de redução dos gastos públicos em investimentos estruturais, iniciou-se
uma campanha de privatização das rodovias, que encontrou o seu auge na década de 1990, mas
que ainda ocorre atualmente através de concessões públicas.

Apesar disso, a qualidade das rodovias no Brasil é bastante ruim, além da larga quantidade de
estradas não pavimentadas. Elas oneram os gastos públicos, que muitas vezes não conseguem
atender às necessidades principais, fator que não se modifica nem com as privatizações, uma vez
que as concessões costumam ocorrer apenas com as estradas que já estão prontas e
estruturadas.

As ferrovias no Brasil

O transporte ferroviário no Brasil foi predominante até o final do século XIX, quando estruturava
os deslocamentos de mercadorias da economia cafeeira, sendo, por essa razão, bastante
consolidado na região Sudeste. As ferrovias, apesar dos elevados custos em suas construções,
possuem baixos gastos em manutenção, o que não impediu que, de 1950 até os dias atuais,
várias delas fossem sucateadas e até desativadas.

Além disso, existem várias ferrovias no Brasil em construção, mas que as obras encontram-se
inacabadas, muito embora os recentes investimentos por meio do PAC (Programa de Aceleração
do Crescimento) trabalhem para modificar esse cenário. A principal ferrovia no Brasil em
construção é a Ferrovia Norte-Sul, que já possui algumas áreas concluídas e em operação (ou
com uso e operação a serem efetuados em breve).

Após a privatização de boa parte das ferrovias nacionais na década de 1990 e da derrocada da
Rede Ferroviária Federal (RFFSA), empresa estatal responsável por administrá-las, a participação
das ferrovias no Brasil até aumentou, apesar de atender interesses e deslocamentos muito
específicos e limitados. Ainda hoje, a malha ferroviária nacional concentra-se nas regiões Sul e
Sudeste.

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As hidrovias no Brasil

O transporte hidroviário é o que possui a menor representatividade e participação nos sistemas


de deslocamento nacional, o que é uma grande contradição, haja vista o grande potencial que o
país possui para esse modal. No Brasil, a rede hidroviária é muito ampla e muitos rios são
navegáveis sem sequer exigir a construção de grandes empreendimentos e estruturas, como
obras de correção e instalação de equipamentos.

Uma justificativa para a negligência de investimentos nas hidrovias brasileiras é a existência de


muitos rios de planalto, que são mais acidentados e exigem mais obras de correção para facilitar
o transporte. Os rios de planície, mais facilmente navegáveis, encontram-se em áreas afastadas
dos grandes centros econômicos.

Por outro lado, cita-se a concentração de investimentos em rodovias em áreas onde o mais
indicado seria o investimento em hidrovias, cujo exemplo mais notório é o caso da
Transamazônica, uma estrada construída quase que paralelamente ao rio Amazonas, de fácil
navegação.

No entanto, a partir dos anos 1980 e sobretudo após a criação do Mercosul, que passou a exigir
mais das hidrovias para a integração do Cone Sul, os investimentos públicos nessa área elevaram-
se, mas ainda são insuficientes. As principais hidrovias do Brasil são a Tietê-Paraná, a do Rio São
Francisco, a do Amazonas, entre outras.

Em resumo, o que se percebe é que os meios de transporte no Brasil precisam de diversificação


para que haja menos dependência das rodovias nos deslocamentos de mercadorias e pessoas.
Em geral, é necessária a instalação de uma matriz multimodal, ou seja, com vários sistemas de
transportes diferentes integrados. Outra necessidade é uma maior integração rumo ao oeste do
país, principalmente em direção aos países sul-americanos e ao Oceano Pacífico, com vistas a
ampliar as trocas comerciais dentro do continente e em direção aos países asiáticos.

Anotações

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3) Atualidades políticas

A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União,


os estados, o Distrito Federal e os municípios, todos autônomos, nos termos da constituição. A
União, os estados, o Distrito Federal e os municípios são as esferas "do governo". A Federação
está definida em cinco princípios fundamentais: soberania, cidadania, dignidade da pessoa
humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político. Os ramos
clássicos tripartite de governo (executivo, legislativo e judiciário, no âmbito do sistema de
controle e equilíbrios) são oficialmente criados pela Constituição. O executivo e o legislativo estão
organizados de forma independente em todas esferas de governo, enquanto o judiciário é
organizado apenas a nível federal e nas esferas estadual e do Distrito Federal.

Todos os membros do executivo e do legislativo são eleitos diretamente. Juízes e outros


funcionários judiciais são nomeados após aprovação em exames de entrada. O voto é obrigatório
para os alfabetizados entre 18 e 70 anos e facultativo para analfabetos e aqueles com idade entre
16 e 18 anos ou superior a 70 anos. Quase todas as funções governamentais e administrativas
são exercidas por autoridades e agências filiadas ao Executivo. A forma de governo é a de
uma república democrática, com um sistema presidencial. O presidente é o chefe de Estado
e chefe de governo e é eleito para um mandato de quatro anos, com a possibilidade de reeleição
para um segundo mandato consecutivo. Ele é o responsável pela nomeação dos ministros de
Estado, que auxiliam no governo.

As casas legislativas de cada entidade política são a principal fonte de direito no Brasil.
O Congresso Nacional é a legislatura bicameral da Federação, composto pela Câmara dos
deputados e pelo Senado Federal. Autoridades do Judiciário exercem funções jurisdicionais,
quase exclusivamente. Quase todos os partidos políticos estão representados no Congresso. É
comum que os políticos mudem de partido e, assim, a proporção de assentos parlamentares,
detidos por partidos, muda regularmente. Os maiores partidos, de acordo com o número de
filiados, são o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Partido dos
Trabalhadores (PT), Progressistas (PP), Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Partido
Democrático Trabalhista (PDT), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Democratas (DEM), Partido
Liberal (PL), Partido Socialista Brasileiro (PSB) e Cidadania (CDN).

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Governo Bolsonaro

O Governo Jair Bolsonaro teve início no dia 1º de janeiro de 2019 e está previsto terminar no
dia 31 de dezembro de 2022.

O governo era composto, em seu início, de 22 ministérios, sete a menos em relação ao último
governo e sete a mais do que fora prometido em campanha. Entre eles destaca-se o Ministério
da Economia, chamado por vezes de "super ministério" por ser resultado da fusão do Ministério
da Fazenda; Planejamento; Indústria, Comércio Exterior e Serviços e da maior parte do Ministério
do Trabalho. A pasta é chefiada pelo economista liberal Paulo Guedes, sendo ele o ministro que
mais concentrou responsabilidades da área econômica da história política do país.

Desde o começo, sua administração envolveu-se em uma série de controvérsias. Bolsonaro trocou
nove dos ministros que havia indicado originalmente, saiu do partido que o elegeu após conflitos
internos e anunciou o projeto de criação de um novo partido, a Aliança pelo Brasil (ALIANÇA),
que acabou não se consolidando. Em seu segundo ano de mandato, Bolsonaro minimizou os
efeitos da pandemia de COVID-19 no Brasil, entrou em conflito com governadores, demitiu o
médico Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde e causou a renúncia de Sergio Moro
do Ministério da Justiça após exonerar Maurício Valeixo do cargo de diretor-geral da Polícia
Federal.

As primeiras medidas econômicas adotadas pelo governo foram de caráter neoliberal.

No governo Bolsonaro, aconteceu, pela primeira vez desde 2011, a situação de não ocorrer
aumento real do salário mínimo, nem reajuste para servidores (exceto militares), nem realização
de concursos públicos.

Em 2019, foi assinada a Medida Provisória (MP) da Liberdade Econômica. Os pontos básicos
dessa medida foram: a autorização prévia para atividades econômicas de baixo risco; a
possibilidade de se trabalhar em qualquer dia da semana ou horário (desde que respeitada a
legislação trabalhista), a questão do sossego, vizinhança e poluição sonora; a flutuação dos
preços pela lei da oferta e da procura, desde que não sejam mercados regulados ou que se trate
de uma situação de emergência ou de calamidade pública.

Importante

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Ainda em 2019, Bolsonaro entregou pessoalmente ao Congresso a proposta da Reforma da


Previdência elaborada pela equipe do Ministério da Economia, chefiada por Paulo Guedes. Um
dos pontos cruciais da reforma era a proposta de transição do regime de repartição para
um regime de capitalização. Entretanto, essa proposta ainda tramitava no Congresso e não foi
adiante para ser incluída no texto base da reforma. Entre outros pontos, a reforma estabelece
idade mínima para se aposentar de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres entre os
trabalhadores privados (urbanos), por exemplo. As regras valem para todos os que começarão a
trabalhar após a aprovação da reforma e não valem para quem se aposentou antes da aprovação
da reforma. Haverá regra de transição para quem já está no mercado de trabalho. O governo
apresentou um projeto separado com mudanças na aposentadoria dos militares. No dia 23 de
outubro de 2019, o Senado Federal aprovou o texto-base da reforma da previdência por 60 votos
a 19.

Em várias ocasiões, o Governo Bolsonaro zerou a alíquota de importação de produtos como bens
de capital, bens de informática ou telecomunicação, que não possuíam produção no Brasil.

Em 2019, foi anunciado um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, que prevê,
entre outras assuntos, eliminação de tarifas para diversos produtos, como frutas, suco de laranja,
café solúvel, peixes, crustáceos, óleos vegetais, e cotas para a venda de carnes, açúcar e etanol.
Era esperado, por exemplo, uma alta na exportação de frutas do Nordeste brasileiro para a
Europa. Porém, desde então, a França, que é um concorrente do Brasil na venda de commodities,
vem emperrando propositalmente e de forma unilateral a execução do acordo, através da
colocação de exigências massivas, tática comum na negociação internacional para impedir ações.

Durante o início do governo Bolsonaro, a responsabilidade de realizar a reforma agrária e


demarcar e regularizar terras indígenas e áreas remanescentes dos quilombos passou a ser
do Ministério da Agricultura, que é controlado pela bancada ruralista. Desta forma, a Fundação
Nacional do Índio (Funai) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ficaram
fragmentados e com menos poder. Esses atos geraram má repercussão na mídia internacional.

Ainda no ano de 2019, o Ministério da Agricultura divulgou a liberação de 31 agrotóxicos para


serem usados em lavouras brasileiras. Dos novos agrotóxicos, 26% não são permitidos na União
Europeia (UE) e três deles usam como base o glifosato, substância classificada pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) como potencial provocadora de câncer, como o linfoma não Hodgkin.
Outros 42 agrotóxicos foram autorizados no final de junho, sendo que 40% deles são proibidos
na UE. Em 2019, até o dia 28 de junho, o governo já havia autorizado 239 novos pesticidas,
sendo que nunca tantas permissões foram concedidas de uma só vez no Brasil.

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O Governo Bolsonaro se mostra favorável ao aumento da geração de energia renovável.

Bolsonaro se posicionou contra qualquer tipo de taxação sobre a energia solar. Em 2020, o
governo zerou o imposto sobre importação de equipamentos de energia solar.

O governo Bolsonaro preparou um projeto de lei para regulamentar o ensino domiciliar no Brasil,
com os requisitos mínimos que pais ou responsáveis legais devem cumprir, tais como o cadastro
em uma plataforma a ser desenvolvida pelo Ministério da Educação e a possibilidade de avaliação.
Em 2018, no entanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu não reconhecer o ensino
domiciliar, por não haver no país previsão constitucional sobre o tema. Durante a discussão no
STF, manifestaram-se contrárias ao homeschooling a Advocacia-Geral da União (AGU) e
a Procuradoria-Geral da República

Em julho, o MEC apresentou o projeto "Future-se" que cria um fundo para financiar as
universidades federais para atrair também recursos privados, facilitar processos licitatórios e, com
isso, financiar pesquisa, inovação, e internacionalização nas instituições de ensino. Trata-se de
um programa de adesão voluntária e as universidades seguirão, segundo a pasta, contando com
o orçamento público.

O governo Bolsonaro também tem feito reiteradas críticas ao Acordo de Paris e vários membros
de seu governo refutam as mudanças climáticas, apesar do consenso científico.

No dia 4 de fevereiro de 2019, o então Ministro da Justiça Sergio Moro apresentou para
governadores e representantes de 25 estados mais o Distrito Federal o Projeto de Lei Anticrime
que previa alterações no Código Penal, no Código de Processo Penal e na Lei de Crimes
Hediondos. Para Moro, as propostas tratavam de três assuntos: o crime organizado, a
criminalidade violenta e a corrupção, que para ele estavam inter-relacionados. Entre as medidas
propostas estava a alteração da lei do excludente de ilicitude que permitiria
que juízes reduzissem pela metade ou até anulassem a pena imposta a policiais se considerassem
que “o excesso decorreu de escusável medo, surpresa ou violenta emoção”

Em 29 de agosto de 2019, o governo federal lançou o programa "Em frente Brasil", um programa
com foco no combate aos crimes violentos no país,
como homicídios, feminicídios, estupros, latrocínios e roubos. O programa, de acordo com
o Ministério da Justiça e Segurança Pública, alia medidas de segurança pública a ações sociais e
econômicas, para “promover a transformação das regiões, por meio da cooperação e da
integração entre estados, municípios e União”

No dia 15 de janeiro de 2019, Bolsonaro assinou o Decreto Nº 9.685 que flexibilizou as regras
para a posse de armas de fogo no país.

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Estabeleceu-se que há efetiva necessidade para: alguns agentes públicos; militares ativos e
inativos; residentes em área rural; residentes em áreas urbanas com elevados índices de
violência. Também há nova regulamentação para titulares ou responsáveis legais de
estabelecimentos comerciais ou industriais; e colecionadores, atiradores e caçadores. Com o
decreto, ainda permaneceu mantida a necessidade de atestado de capacidade técnica, de laudo
psicológico, de se ter idade mínima de 25 anos e de não se ter antecedentes criminais, pois estas
exigências estavam previstas no Estatuto do Desarmamento e portanto só poderiam ser alteradas
através do Congresso.

4) BRASIL – ECONOMIA

A economia do Brasil apresenta sinais de recuperação e o PIB deve crescer 5,3% ainda em 2021
segundo relatório do FMI. As exportações cresceram 36% respondendo positivamente ao novo
cenário de retomada da economia mundial.

O auxílio emergencial e a permissão do saque emergencial do FGTS ajudaram a recompor parte


das perdas de renda da população com a pandemia.

Atualmente, a economia do Brasil está classificada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI)
como a nona economia mundial, mas deve cair para a 12º posição no ranking de 2020. A última
atualização anual do PIB (de 2019) foi de R$ 7,3 trilhões.

Em território brasileiro são desenvolvidos negócios nos setores primário, secundário e terciário,
sendo o último o mais forte do país. Atualmente, setores como o farmacêutico, automobilístico,
eletroeletrônico, energético, têxtil, entre outros, já são destaques na produção do país, bem como
o agroindustrial. O setor terciário é, atualmente, responsável por mais da metade do PIB e pela
geração de 75% dos empregos, sendo o maior ramo da economia do país.

Mesmo com todo o cenário da economia e a dependência econômica de outros países, há, no
Brasil, um forte desenvolvimento nos diversos tipos de indústrias, desde a base até a alta
tecnologia. Esse crescimento industrial é motivado pelo capital externo e pelas multinacionais
instaladas em território brasileiro.

Com o avanço e consolidação do sistema capitalista, bem como a difusão do processo de


globalização, o setor terciário, além de detentor da maior parcela econômica no Brasil, é também
o que mais cresce no mundo.

Em um contexto típico, fatores relacionados ao desemprego, alimentação, educação, saúde,


saneamento, habitação e transporte são os atuantes atrelados às crises econômicas.

A alta da taxa de inflação, que vem perpetuando no Brasil por muitos anos, amplia os problemas
de distribuição de renda no país e contribui para a queda do PIB.

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Atrelado a isso, a dívida pública externa cresce e este fator impacta a entrada de investimentos.
Além disso, o custo-país, que é um conjunto de problemas estruturais, burocráticos, financeiros
e políticos que encarecem o investimento no Brasil, também impacta o crescimento da economia.

Principais atividades econômicas do Brasil atualmente

• Região Sudeste
A industrialização brasileira tem seu auge nos anos 1950, sendo iniciada, décadas antes,
na região Sudeste. Esse auge atingiu, principalmente, essa região de forma positiva, pois era
nela que estavam as melhores condições em infraestrutura para a instalação de fábricas e
aglomerados industriais, além do acúmulo de capital propiciado pela produção cafeeira no século
anterior.
A região Sudeste possui um grande parque industrial, principalmente em São Paulo, na
região metropolitana (região do ABC Paulista — Santo André, São Bernardo do Campo e São
Caetano, cidades industriais), e no Rio de Janeiro, com a indústria petrolífera. Conta também
com importantes recursos minerais, como o ferro e o manganês, encontrados em Minas Gerais,
no Quadrilátero Ferrífero. Esses minerais são exportados para o mundo todo via Porto de
Tubarão, no Espírito Santo.
Petróleo, cana-de-açúcar e sal marinho também estão presentes na economia da região.
Hoje o estado do Rio de Janeiro é o maior produtor de petróleo do país, seguido pelo Espírito
Santo, e o segundo maior de sal, atrás do Rio Grande do Norte. O estado de São Paulo possui o
maior cultivo de cana do país, sendo destaque internacional, pois o Brasil é o segundo maior
produtor de etanol do mundo, atrás dos Estados Unidos.

• Região Sul
No Sul do país, há destaques em vários setores econômicos brasileiros. Por ser uma região bem
desenvolvida no aspecto tecnológico e industrial, são muito comuns áreas em que esses dois
aspectos unem-se, como na criação de animais em larga escala.
A região Sul é líder na criação de suínos e aves no Brasil, tendo os maiores rebanhos nas duas
categorias, de acordo com o Sistema IBGE de Recuperação Automática (Sidra).
As condições climáticas da região assim como o solo fértil favorecem a agricultura, com destaque
para a produção de milho no Paraná, de maçãs no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina,
além do cultivo da uva, que é marcante no nordeste rio-grandense.
Já as atividades industriais estão relacionadas à produção de matéria-prima, como têxteis,
lacticínios, frigoríficos, grãos etc. O estado mais industrializado é o Rio Grande do Sul, com
grandes complexos industriais na região metropolitana de Porto Alegre.

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• Região Nordeste
No Nordeste, o destaque fica para a Zona da Mata, que corresponde a uma região que abrange
todo o litoral nordestino, desde o Rio Grande do Norte até o sul da Bahia. Essa sub-região possui
a maior concentração de pessoas, tendo o maior número de grandes cidades, como Salvador,
Recife e Natal.
Dentre as atividades econômicas, podemos citar o turismo, os centros comerciais, a
produção de petróleo (tanto em terra quanto mar, na plataforma continental), a produção
de sal marinho (Rio Grande do Norte) e as atividades industriais, como o polo industrial de
Camaçari, no litoral baiano. Destaca-se também a produção de cacau na Bahia, responsável
por mais de 60% da produção dessa fruta no Brasil.

• Região Centro-Oeste
Já no Centro-Oeste, o estado de Mato Grosso conta com a forte presença pecuarista na
economia. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2018, o Brasil
contava com 213.523.056 cabeças de gado bovino. Desse total, 73.838.400 localizavam-se no
Centro-Oeste, sendo mais de 30 milhões só no Mato Grosso.
No geral, a criação é intensiva e extensiva, ou seja, há presença de tecnologia e gado
confinado, como há criação do gado solto. Geralmente, a pecuária extensiva é praticada nas
áreas do Pantanal mato-grossense, sendo a pecuária intensiva bastante comum em Goiás e no
Mato Grosso do Sul.

As indústrias estão presentes, principalmente, em Goiás e no sul de Mato Grosso do


Sul devido à proximidade com o Sudeste. No estado goiano, podemos destacar três grandes
centros industriais da região: Anápolis, com o Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia); Aparecida
de Goiânia, que possui o Distrito Agroindustrial de Aparecida de Goiânia (Daiag); e a capital
Goiânia, com importantes indústrias do ramo farmacêutico e de bebidas.

• Região Norte
No Norte do país, região povoada recentemente, foram criados alguns órgãos governamentais
responsáveis pelo seu estímulo econômico na década de 1960. Dentre eles podemos
destacar a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e a Superintendência
da Zona Franca de Manaus (Suframa).
Esta última corresponde a um grande polo industrial, idealizado em 1967 e localizado em
Manaus, que abriga grandes multinacionais, propiciando um enorme desenvolvimento industrial
e geração de empregos para a região.
Esse polo concentra três tipos de atividades: comercial, agropecuária e industrial (a mais
forte de todas). De acordo com a Suframa, existem mais de 600 indústrias no polo e uma geração
de mais de 500 mil empregos, diretos e indiretos. As áreas de produção industrial que se
destacam são: eletroeletrônicos (celulares, TVs), duas rodas (motocicletas) e química (produção
de matéria-prima para refrigerante).

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Destaques nos últimos meses em Atualidades político-econômicas (Brasil):

Anotações de sala de aula:

5) EDUCAÇÃO

São muitos os problemas que estão presentes na educação brasileira, especialmente na educação
pública. São diversos os fatores que proporcionam resultados negativos, um exemplo disso são
as crianças que se encontram no 6ºano do ensino fundamental e não dominam habilidade de ler
e escrever.

Esse fato é resultado direto do que acontece na estrutura educacional brasileira, pois
praticamente todos os que atuam na educação recebem baixos salários, professores frustrados
que não exercem com profissionalismo ou também esbarram nas dificuldades diárias da realidade
escolar, além dos pais que não participam na educação dos filhos, entre muitos outros
agravantes.

As avaliações implantadas pelo governo para avaliar a educação brasileira apresentam números
desanimadores, isso se tornou uma situação insustentável que não pode continuar.

Em setembro de 2006, um grupo de empresários e políticos, com a participação dos meios de


comunicação em massa, firmou um compromisso denominado de Todos pela Educação. Nessa
mobilização ficaram definidas algumas metas a serem alcançadas até 7 de setembro de 2022.
São elas:

- Todo indivíduo com idade entre 7 e 17anos deverá estar na escola.


- Todo indivíduo com idade de 8 anos deverá dominar a leitura.
- Os alunos deverão ter acesso a todos os conteúdos correspondentes a sua série.
- Todos os alunos deverão concluir as etapas de estudo (fundamental e médio).
- Garantia de investimentos na Educação Básica.

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Números que retratam os problemas da educação brasileira:

• Hoje, no Brasil, de 97% dos estudantes com idade entre 7 e 14 anos se encontram na escola,
no entanto, o restante desse percentual, 3%, respondem por aproximadamente 1,5 milhão de
pessoas com idade escolar que estão fora da sala de aula.

• Para cada 100 alunos que entram na primeira série, somente 47 terminam o 9º ano na idade
correspondente, 14 concluem o ensino médio sem interrupção e apenas 11 chegam à
universidade.

• 61% dos alunos do 5ºano não conseguem interpretar textos simples. 60% dos alunos do 9ºano
não interpretam textos dissertativos.

• 65% dos alunos do 5ºano não dominam o cálculo, 60% dos alunos do 9º ano não sabem
realizar cálculos de porcentagem.

Medidas que possivelmente poderão combater os índices acima apresentados:

• Mobilização da sociedade para a importância que a Educação exerce.

• Direcionamento de recursos financeiros para escolas e professores.

• Valorização do profissional da educação.

• Implantação de medidas políticas educacionais a longo prazo.

ATUALIDADES na área de EDUCAÇÃO:

*Programa FUTURE-SE; Novo Ensino Médio.

Anotações de sala de aula:

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6) SAÚDE PÚBLICA

A saúde pública é aquela voltada para as ações de manutenção da saúde da população,


garantindo um tratamento adequado e a prevenção de doenças.

No Brasil, a saúde pública é regulamentada pela ação do Estado, através do Ministério da


Saúde e demais secretarias estaduais e municipais.

O objetivo básico da saúde pública é garantir que toda a população tenha acesso ao
atendimento médico de qualidade.

Criação do Sistema Único de Saúde (SUS)

O Ministério da Saúde foi criado em 1953, foi quando também iniciaram-se as primeiras
conferências sobre saúde pública no Brasil. Daí, surgiu a ideia de criação de um sistema único
de saúde, que pudesse atender toda a população.

Porém, com a ditadura militar, a saúde sofreu cortes orçamentários e muitas doenças voltaram
a se intensificar.

Em 1970, apenas 1% do orçamento da União era destinado para a saúde. Ao mesmo tempo,
surgia o Movimento Sanitarista, formado por profissionais da saúde, intelectuais e partidos
políticos. Eles discutiam as mudanças necessárias para a saúde pública no Brasil.

Uma das conquistas do grupo foi a realização da 8ª Conferência Nacional da Saúde, em 1986. O
documento criado ao final do evento era um esboço para a criação do Sistema Nacional de Saúde
- SUS.

A Constituição de 1988 traz a saúde como um direito do cidadão e um dever do Estado. Outra
importante conquista foi que o sistema de saúde público deve ser gratuito, de qualidade e
acessível a todos os brasileiros e/ou residentes no Brasil.

A Lei Federal 8.080 de 1990 regulamenta o Sistema Único de Saúde. De acordo com a
legislação, os objetivos do SUS são:

• Identificar e divulgar os condicionantes e determinantes da saúde;


• Formular a política de saúde para promover os campos econômico e social, para diminuir o
risco de agravos à saúde;
• Fazer ações de saúde de promoção, proteção e recuperação integrando ações assistenciais e
preventivas.

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ATUALIDADES/SAÚDE PÚBLICA

O programa Médicos pelo Brasil lançado por Bolsonaro e pelo então ministro da saúde Henrique
Mandetta em 1º de agosto de 2019, veio substituir gradativamente o programa Mais
Médicos, criado em 2013 no Governo Dilma Rousseff. Cuba havia decidido deixar o programa
devido à declarações do presidente eleito durante a transição de governo em 2018, quando exigia
a revalidação de diploma. O atual programa prevê a readmissão de profissionais cubanos que
não saíram do país após o fim do convênio.

Em 14 de outubro de 2020, foi lançado o Programa Genomas Brasil cujo principal objetivo é a
criação de um banco de dados nacional com 100 mil genomas completos de brasileiros. O projeto
sequenciará genes de portadores de doenças raras, cardíacas, câncer e infectocontagiosas, como
a Covid-19. A escolha das doenças levou em conta a quantidade de casos no país e o alto custo
que geram ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Em 2019, Osmar Terra, então Ministro da Cidadania, propôs um projeto de lei que permitiria a
internação involuntária de dependentes químicos, que ficou travado no Congresso até ser
aprovado pela Câmara e pelo Senado em 25 de maio de 2019. A lei foi sancionada por Bolsonaro
em junho do mesmo ano.

Em relação á Pandemia do Coronavírus, as ações governo Bolsonaro tem sido sistematicamente


criticadas por vários setores da sociedade brasileira e da comunidade médica em geral, assim
como por organizações internacionais.

7) CULTURA NO BRASIL

A diversidade cultural refere-se aos diferentes costumes de uma sociedade, entre os quais
podemos citar: vestimenta, culinária, manifestações religiosas, tradições, entre outros aspectos.
O Brasil, por conter um extenso território, apresenta diferenças climáticas, econômicas, sociais e
culturais entre as suas regiões.

Os principais disseminadores da cultura brasileira são os colonizadores europeus, a população


indígena e os escravos africanos. Posteriormente, os imigrantes italianos, japoneses, alemães,
poloneses, árabes, entre outros, contribuíram para a pluralidade cultural do Brasil.

Nesse contexto, alguns aspectos culturais das regiões brasileiras serão abordados.

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Região Nordeste
Entre as manifestações culturais da região estão danças e festas como o bumba meu boi,
maracatu, caboclinhos, carnaval, ciranda, coco, terno de zabumba, marujada, reisado, frevo,
cavalhada e capoeira. Algumas manifestações religiosas são a festa de Iemanjá e a lavagem das
escadarias do Bonfim. A literatura de Cordel é outro elemento forte da cultura nordestina. O
artesanato é representado pelos trabalhos de rendas. Os pratos típicos são: carne de sol, peixes,
frutos do mar, buchada de bode, sarapatel, acarajé, vatapá, cururu, feijão-verde, canjica, arroz-
doce, bolo de fubá cozido, bolo de massa de mandioca, broa de milho verde, pamonha, cocada,
tapioca, pé de moleque, entre tantos outros.

Região Norte
A quantidade de eventos culturais do Norte é imensa. As duas maiores festas populares do Norte
são o Círio de Nazaré, em Belém (PA); e o Festival de Parintins, a mais conhecida festa do boi-
bumbá do país, que ocorre em junho, no Amazonas. Outros elementos culturais da região Norte
são: o carimbó, o congo ou congada, a folia de reis ea festa do divino.
A influência indígena é fortíssima na culinária do Norte, baseada na mandioca e em peixes. Outros
alimentos típicos do povo nortista são: carne de sol, tucupi (caldo da mandioca cozida), tacacá
(espécie de sopa quente feita com tucupi), jambu (um tipo de erva), camarão seco e pimenta-
de-cheiro.

Região Centro-Oeste
A cultura do Centro-Oeste brasileiro é bem diversificada, recebendo contribuições principalmente
dos indígenas, paulistas, mineiros, gaúchos, bolivianos e paraguaios. São manifestações culturais
típicas da região: a cavalhada e o fogaréu, no estado de Goiás; e o cururu, em Mato Grosso e
Mato Grosso do Sul. A culinária regional é composta por arroz com pequi, sopa paraguaia, arroz
carreteiro, arroz boliviano, maria-isabel, empadão goiano, pamonha, angu, cural, os peixes do
Pantanal - como o pintado, pacu, dourado, entre outros.

Região Sudeste
Os principais elementos da cultura regional são: festa do divino, festejos da páscoa e dos santos
padroeiros, congada, cavalhadas, bumba meu boi, carnaval, peão de boiadeiro, dança de velhos,
batuque, samba de lenço, festa de Iemanjá, folia de reis, caiapó.
A culinária do Sudeste é bem diversificada e apresenta forte influência do índio, do escravo e dos
diversos imigrantes europeus e asiáticos. Entre os pratos típicos se destacam a moqueca
capixaba, pão de queijo, feijão-tropeiro, carne de porco, feijoada, aipim frito, bolinho de bacalhau,
picadinho, virado à paulista, cuscuz paulista, farofa, pizza, etc.

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Região Sul
O Sul apresenta aspectos culturais dos imigrantes portugueses, espanhóis e, principalmente,
alemães e italianos. As festas típicas são: a Festa da Uva (italiana) e a Oktoberfest (alemã).
Também integram a cultura sulista: o fandango de influência portuguesa, a tirana e o anuo de
origem espanhola, a festa de Nossa Senhora dos Navegantes, a congada, o boi-de-mamão, a
dança de fitas, boi na vara. Na culinária estão presentes: churrasco, chimarrão, camarão, pirão
de peixe, marreco assado, barreado (cozido de carne em uma panela de barro), vinho.

ATUALIDADES/CULTURA:

Anotações de sala de aula:

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8) TECNOLOGIA

Na área de ciência, tecnologia e inovação, o maior desafio no Brasil é a elaboração e a


implementação de uma política de longo prazo que permita ao desenvolvimento científico e
tecnológico alcançar a população e que efetivamente tenha um impacto determinante na melhoria
das condições de vida da sociedade. Esse é um processo que vem se aperfeiçoando com o tempo
e que, cada vez mais, evidencia o grande potencial de geração de desenvolvimento e inclusão
social do investimento público e privado em ciência e tecnologia.

Eleger ciência, tecnologia e inovação como uma escolha estratégica para o desenvolvimento do
país implica priorizar investimentos nesse setor, para recuperar o tempo perdido e avançar
aceleradamente na geração e na difusão de conhecimentos e inovações, em especial quanto à
sua incorporação na produção. Significa também advogar em prol da importância da ciência, da
tecnologia e da inovação como fator de integração das demais políticas de desenvolvimento do
Estado.

No setor de Gestão em Ciência, Tecnologia & Inovação, o Brasil possui um sistema estruturado,
composto de um órgão central coordenador e de agências de fomento responsáveis pelas
definições e implantação de políticas de desenvolvimento de ciência, tecnologia e inovação. O
mesmo modelo é observado nos sistemas estaduais para gestão de políticas de desenvolvimento
locais em ciência, tecnologia e inovação, respeitando-se as vocações regionais.

O país tem capacidade material e intelectual instalada, capaz de promover avanços significativos
nas políticas nacionais nas áreas de ciência, tecnologia e inovação, bem como de meio ambiente,
além de promover uma sociedade civil mobilizada e um potente setor empresarial.

Instituições internacionais, como exemplo a UNESCO, tem procurado sensibilizar a sociedade


brasileira sobre o papel da ciência como promotora da paz e do desenvolvimento, incluindo
tomadores de decisão, gestores públicos e formadores de opinião da iniciativa privada.

Destaques:
*Governo decide pagar para não escolher entre EUA e China no 5G;
*70% dos adultos do Brasil foram expostos a golpes de suporte técnico;
*Redes sociais foram desenhadas para fomentar conflito;
*Richard Branson faz voo bem-sucedido e inaugura a era do turismo espacial;
*Estudo: Quase 50% dos jovens já cogitaram transmitir seu cotidiano ao vivo;
*Facebook lança campanha contra exploração infantojuvenil;
*Estudo: Olhar para o celular é contagioso;
*‘Código da consciência’ quer frear a destruição do meio ambiente.

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9) ENERGIA

Fontes de Energia do Brasil

As fontes de energia são extremamente importantes para o desenvolvimento de um país. Além


disso, a qualidade e nível de capacidade das fontes de energia de um determinado local são
indicativos para apontar o grau de desenvolvimento da região. Países com maiores rendas
geralmente dispõem de maior poder de consumo energético.

No Brasil não é diferente: à medida que o país foi se modernizando, o setor energético brasileiro
foi se desenvolvendo. As principais fontes de energia do Brasil, atualmente, são: energia
hidroelétrica, petróleo, carvão mineral e os biocombustíveis, além de algumas outras
utilizadas em menor escala, como gás natural e a energia nuclear.

O petróleo é utilizado para a geração de energia para veículos motores, através da produção de
gasolina, óleo diesel, querosene. Além disso, também é responsável pelo abastecimento de usinas
termoelétricas. É a principal fonte de energia brasileira.

As principais bacias petrolíferas são: Bacia de Campos, a maior do Brasil; bacia de Santos, Bacia
do Espírito Santo e Bacia do Recôncavo Baiano.

Há alguns anos o país importava cerca de 60% do petróleo consumido internamente. Entretanto,
atualmente, o país é quase completamente abastecido pela produção interna. Além disso,
recentemente, foram descobertas grandes reservas de petróleo na camada do pré-sal no fundo
oceânico do litoral de Santos (SP) e do Espírito Santo.

A energia hidroelétrica é a principal fonte de energia utilizada para produzir eletricidade no


país. Atualmente, 90% da energia elétrica consumida no país advém de usinas hidrelétricas.
Apesar disso, o país só utiliza 25% do seu potencial hidráulico. Além do mais, o Brasil ainda
importa parte da energia hidroelétrica, uma porção dessas importações é referente à propriedade
paraguaia da Usina Binacional de Itaipu, outra parte se refere à compra de eletricidade produzida
pelas usinas de Garabi e Yaciretá, na Argentina.

A produção de Carvão Mineral é destinada para a geração de energia termelétrica e como


matéria-prima principal para as indústrias siderúrgicas. Sua produção no Brasil está concentrada
nos estados de Santa Catarina, no vale do Tubarão, e no Rio Grande do Sul, no vale do Rio Jacuí.

Apesar da existência dessas reservas, o carvão mineral brasileiro não é de boa qualidade, o que
faz com que o país importe cerca de 60% do que consome, uma vez que os fornos das
siderúrgicas e hidrelétricas necessitam de carvões minerais de alta qualidade e que produzam
poucas cinzas.

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Os biocombustíveis são fontes de energia recentemente implantadas no país, caracterizados


por serem do tipo renovável. São originados de produtos vegetais (como a mamona, a cana-de-
açúcar, entre outros).

Seu uso é amplamente defendido, pois se trata de uma energia mais limpa e que, portanto,
acarreta em menos danos para o meio ambiente. Por outro lado, os críticos apontam que muitas
áreas naturais são devastadas para o cultivo das matérias-primas necessárias para essa fonte de
energia. Os biocombustíveis mais utilizados no país são: o Etanol (álcool), o Biogás e o Biodiesel.

O gás natural geralmente é produzido de forma conjunta ao petróleo e é responsável por quase
10% do consumo nacional de energia. Seu uso predominante é na produção de gás de cozinha,
no abastecimento de indústrias e usinas termoelétricas e na produção de combustíveis
automotores.

A energia nuclear também é um recurso energético utilizado no país. O seu uso foi idealizado
no início da década de 1960 e implantado a partir de 1969, com a criação do Programa Nuclear
Brasileiro, sob a argumentação de que a energia hidroelétrica, por si só, não seria suficiente para
conduzir a matriz energética do Brasil. Tal argumento se mostrou falso primeiramente pela
descoberta da real capacidade hidráulica do país (a terceira maior do mundo) e, em segundo
lugar, pela descoberta posterior de novas formas de produção de energia, como os
biocombustíveis.

Em 1981, foi inaugurada a primeira Usina Nuclear brasileira, localizada na cidade de Angra dos
Reis e, por isso, denominada de Angra I. Porém, por problemas técnicos, ela foi desativada e,
atualmente, não se encontra em operação.

Posteriormente, em um acordo com a Alemanha, foram iniciados os projetos de Angra II e III,


que deveriam entrar em funcionamento na década de 1980. Entretanto, a usina de Angra II
começou a operar em 2000 e Angra III até hoje não foi concluída.

Além dos altos gastos e do baixo nível produtivo (apenas 3% da produção nacional de
eletricidade), as usinas nucleares de Angra são duramente criticadas por grupos ambientais em
razão dos altos riscos em casos de acidentes ou vazamentos e pelo não estabelecimento de um
local fixo para a destinação dos resíduos radioativos gerados pela usina.

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Vantagens e desvantagens da matriz energética brasileira

A matriz energética brasileira é uma das mais renováveis do mundo, o que é uma grande
vantagem se considerarmos que a matriz energética mundial é completamente dependente do
uso de combustíveis fósseis.

Apesar disso, o Brasil ainda depende de combustíveis fósseis para geração de energia, o que
representa a maior desvantagem da matriz energética brasileira. Existem alguns obstáculos que
impedem a expansão da geração de energia por meio de recursos renováveis. A energia eólica,
por exemplo, só pode ser produzida em locais em que há bastante movimentação de ar. Já a
energia solar é produzida somente no período diurno e em locais de grande insolação. Além disso,
são necessários investimentos tecnológicos para que seja viabilizado o maior uso das fontes
renováveis.

Outra desvantagem da matriz energética brasileira está relacionada à energia hidráulica.


Responsável pela maior produção de energia no país, o uso dessa fonte energética causa grandes
impactos socioambientais. A instalação de usinas hidrelétricas modifica o meio ambiente, altera
o ciclo biológico dos rios, bem como a vida das famílias que moram próximas às áreas de
instalação. Além disso, há alteração dos solos e impactos na biodiversidade aquática dos rios que
são utilizados para geração de energia.

Notas

Produtividade é gerar MAIS IMPACTO com MENOS ESFORÇO.

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10) RELAÇÕES INTERNACIONAIS

GEOPOLÍTICA

Uma ordem geopolítica mundial é um termo utilizado para representar as relações de poder e
equilíbrio de forças que marcam uma determinada época. Dessa forma, por extensão, quando
falamos de uma “Nova Ordem Mundial”, estamos nos referindo ao atual momento dessa
configuração, que, no caso, é marcada pela configuração política ocorrida após a Guerra Fria.

Portanto, as ordens geopolíticas mundiais representam uma leitura sobre as relações de poder
entre os países, além dos fatores necessários para designar o que, exatamente, representa o
poder. Seria o número de territórios conquistados? O poderio industrial? A capacidade bélica ou
espacial? O regime econômico adotado? O grau de desenvolvimento? Todas essas são questões
que definem as ordens mundiais e que se transformam ao longo da história.

A título de exemplificação, escolhemos a seguir a mais recente “Velha Ordem Mundial” e a Nova
Ordem Mundial a fim de comparar as relações geopolíticas intrínsecas a essas dinâmicas.

A “velha ordem mundial”, a Ordem Bipolar

Após o término da Segunda Guerra Mundial, a configuração geopolítica do mundo foi redefinida.
Em resumo, após o conflito, os países europeus viram-se muito abalados estrutural e
politicamente, pois a maior parte desse conflito ocorreu nesse continente. Além disso, duas
grandes potências saíram fortalecidas: os Estados Unidos e a União Soviética. Essa última
apresentava-se como uma ameaça à hegemonia capitalista por representar um modelo
alternativo dito socialista (embora existam controvérsias sobre essa questão).

Com isso, estabeleceu-se uma rivalidade entre duas grandes potências internacionais,
configurando aquilo que ficou conhecido como Ordem Bipolar . De um lado, os EUA e os países
capitalistas alinhados; do outro, a URSS e os países socialistas. Nesse contexto, o principal foco
eram as disputas indiretas de poder (sobretudo no Oriente Médio, na Europa e em algumas áreas
da Ásia); a corrida armamentista, para se ter um maior poderio bélico; e a corrida espacial.

O sociólogo francês Raymond Aron definiu a Guerra Fria com a célebre frase: “guerra improvável,
paz impossível”. A partir dessa ideia, podemos entender esse conflito como um período em que
o predomínio era a disputa por uma hegemonia mundial que não se representaria por uma guerra
propriamente dita, mas tampouco garantiria a paz no sentido da ausência de conflitos e disputas
bélicas.

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Com a crise do mundo socialista, a queda do Muro de Berlim e o fim da União Soviético, o bloco
capitalista foi considerado o grande “vencedor” dessa disputa, o que passou a representar o fim
da ordem geopolítica bipolar, marcando, então, um novo começo nas configurações
internacionais.

A “Nova Ordem Mundial” - a ordem (uni) multipolar

Os Estados Unidos consolidaram-se, a partir de então, como a principal potência militar do


planeta. Embora a Rússia tenha herdado a maior parte do arsenal da União Soviética, os russos
não conseguiram manter boa parte de sua tecnologia, principalmente pelos altos custos
necessários e pelas crises econômicas que castigaram o país nos anos 1990.

Com isso, um novo cenário internacional estabeleceu-se: uma única grande potência militar e
espacial se colocava perante o mundo, mas acompanhada pelas potências europeias que
recuperavam suas economias, sobretudo com o auxílio norte-americano durante a Guerra Fria e
com a formação do bloco europeu, que passou a ser representado pela União Europeia. Colocava-
se diante desse cenário o Japão, que depois foi gradativamente se enfraquecendo e dando lugar
à China, que, consigo, elevou também a importância dos países emergentes, notadamente
os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Nesse contexto, o poderio militar, embora ainda muito importante, passou para um segundo
plano, pois a disputa principal passou a ocorrer no plano econômico e principalmente político.
Embora os EUA continuem dando as cartas no cenário internacional – com destaque para as
ações bélicas no Afeganistão, Iraque e Líbia –, o mundo passou a conhecer um maior acirramento
nas relações internacionais.

Há, inclusive, cientistas políticos que afirmam que o mundo, atualmente, passa pelo
estabelecimento de mais uma ordem geopolítica mundial. O principal acontecimento seria a
emergência da Rússia como potência imperialista, em virtude da atuação desse país ao evitar a
invasão dos EUA na Síria em 2013 e pelas disputas contra os norte-americanos e a União Europeia
pela hegemonia política da Ucrânia.

Lembrar

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DESTAQUES/RELAÇÕES INTERNACIONAIS

PRINCIPAIS CONFLITOS DOS ÚLTIMOS ANOS

*Primavera árabe;

*Guerra na Síria;

*Guerra no Afeganistão e o avanço Talibã;

*Tensão entre EUA e Coréia do Norte;

*Tensão entre os EUA e o Irã.

A QUESTÃO DOS REFUGIADOS

A pandemia do coronavírus evidenciou problemas econômicos e, principalmente, sociais ao


redor do mundo. Com os refugiados, a realidade não foi diferente. No entanto, apesar
de ser um dos temas mais importantes dos Direitos Humanos, o refúgio praticamente não
foi abordado pelos noticiários em tempos de lockdown e distanciamento social.

Enquanto a rápida disseminação do vírus revelou o quanto estamos conectados, a


globalização parece ter deixado de fora aqueles que buscam ajuda em outros países. Para
algumas pessoas, não existe hora certa para deixar para trás toda uma vida em busca de
liberdade e segurança.

Segundo o relatório de Dados sobre Refúgio da ACNUR — Alto Comissariado das Nações
Unidas para Refugiados — 79,5 milhões de pessoas foram forçadas a deixar sua terra
natal até o fim de 2019. Esse número, que cresce ao longo dos anos, nos faz refletir
sobre como os refugiados no mundo atravessaram territórios e conseguiram se
estabelecer em outra nação durante a maior crise sanitária da história.

Baseada na Declaração Universal dos Direiros Humanos de 1948, carta que afirma que todos
os seres humanos devem gozar de seus direitos e liberdades fundamentais , a Convenção
também estabeleceu os direitos dos expatriados.

O documento reconhece que refugiado é toda pessoa que demanda asilo em outro
país em decorrência de “ fundados temores de perseguição por motivos de raça , religião,
nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas” . A condição de refugiado pode ser
estabelecida através de 3 pilares: perseguição, discriminação ou sanções judiciais
violadoras de princípios de Direitos Humanos.

Cada Estado-Nação tem liberdade para proceder da maneira mais adequada para o país,
sempre priorizando a proteção do indivíduo em situação de refúgio, mesmo que a
condição formal ainda não tenha sido aprovada.

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A pandemia e os refugiados pelo mundo em meio a crise sanitária

Nas palavras do Alto Comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, “ se precisarmos
lembrar que vivemos em um mundo interconectado, o novo Coronavírus trouxe isso à
tona.” A globalização mostrou seu exemplo na prática e a pandemia conseguiu atingir
todos os grupos sociais, sem distinção.

No entanto, apesar de vivermos em um mundo completamente interligado, onde apenas


um micro-organismo é capaz de afetar todo o globo, ainda existem fronteiras difíceis
de serem ultrapassadas. E esse é o principal desafi o dos refugiados e emigrantes nesse
momento.

Existem duas maneiras de analisar a situação dos refugiados na pandemia do coronavírus.


Primeiramente, é preciso pensar nas restrições de circulação entre os países e como
isso impulsionou os deslocamentos massivos e perigosos. Depois, como os refugiados, já
instalados em campos de asilo, vêm enfrentando o vírus nos últimos meses.

O fechamento completo de fronteiras, no início de 2020, foi a maneira encontrada por


muitos países para conter a disseminação do vírus por viajantes e estrangeiros. No
entanto, a barreira de deslocamento criada pelos governos afetou, e muito, a vida dos
refugiados.

Isso porque, com as fronteiras fechadas, é impossível entrar em outro território por vias
legais. Dessa forma, restam apenas duas saídas: continuar no país e conviver com a
insegurança, crise econômica e até com a falta de comida; ou enfrentar caminhos
alternativos e clandestinos para alcançar os extremos de outra nação.

Um exemplo disso é a Rota do Mediterrâneo Central, principal trajeto utilizado por


refugiados sírios no acesso ilegal à Europa pelo mar. O caminho, que já era famoso antes
da pandemia, ficou ainda mais em alta com o bloqueio das vias aéreas e terrestres para
refugiados e imigrantes em países como França e Portu gal.

De acordo com a Plataforma COVID-19, criada pela Agência das Nações Unidas para
Refugiados e atualizada em tempo real, 48 países ainda negam acesso a seus territórios
em maio de 2021.

O problema é que, no caso dos deslocamentos clandestinos, os navio s comportam um


grande número de pessoas. Além da transmissão de doenças e das mortes no mar —
segundo o Conselho Europeu, o Mar Mediterrâneo fez 18.325 vítimas em viagens
clandestinas de 2015 a março de 2021 — a disseminação do Coronavírus entre essas
pessoas também aumentou.

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Consequentemente, os indivíduos em busca de asilo chegam a outros países, muitas


vezes, doentes e debilitados. Nos casos de contaminação pela COVID, o isolamento é a
principal medida a ser adotada e, então, surge um outro problema: a vida nos campos
de refugiados.

Refugiados no Brasil: a atuação do país nas relações humanitárias

Voluntários se engajaram, desde o início da pandemia, na luta dos refugiados contra o


vírus através das doações em dinheiro pelo site da ACNUR. A Agência da ONU para
Refugiados atuou no Norte do país para proteger, principalmente, os refugiados
venezuelanos no Brasil.

A 5ª edição do Refúgio em Números, divulgado pelo Comitê Nacional para os Refugiados


(CONARE), indica que a maior parte dos solicitantes de asilo aqui no país são refugiados
da Venezuela. 3,7 milhões de venezuelanos já deixaram o país e grande parte deles
procura abrigo no Brasil por conta da proximidade territorial.

Mas como o Governo brasileiro vem atuando para promover melhores condi ções de vida
para os refugiados no Brasil durante a crise sanitária?

De acordo com a Lei Nº 13.445, de 24 de maio de 2017 — conhecida como Lei de


Migração — os refugiados também são portadores de direitos quando em solo brasileiro.
São alguns deles a não deportação em massa, proteção e a plena igualdade, que envolve
o acesso ao Sistema Único de Saúde.

Nesse âmbito, o Brasil atua, mesmo durante a pandemia, para continuar garantindo os
direitos essenciais dos chamados apátridas. Por outro lado, a inclusão d esse grupo ainda
não foi formalizada no Plano Nacional de Vacinação do país.

Apesar de algumas cidades brasileiras já terem registrado a vacinação de refugiados e


imigrantes que vivem nos municípios, no documento, vacinar os que se abrigam no Brasil
ainda é considerado inviável.

O Plano reafirma que os refugiados fazem parte do “grupo populacional caracterizado


pela vulnerabilidade social e econômica que os colocam em situação de maior exposição
à infecção e impacto da doença” .

Quando trata de comunidades ribeirinhas e quilombolas, o documento também aponta


que “ não é custo-efetivo vacinar populações em territórios de difícil acesso em fases
escalonadas, uma vez que a baixa acessibilidade aumenta muito o custo do programa de
vacinação ”, o que também pode atingir pessoas refugiadas nas fronteiras remotas do
Brasil.

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11) DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E ECOLOGIA

O desenvolvimento sustentável exprime a relação entre crescimento econômico,


conservação ambiental e preocupação social. A partir da sensibilização da sociedade em razão do
uso irracional dos recursos naturais e dos impactos ambientais gerados pela ação humana, o
conceito de crescimento sustentável se coloca como uma alternativa, que promove a
interdependência entre economia, meio ambiente e sociedade.

O conceito de desenvolvimento sustentável remete, dessa maneira, à importância de três


princípios para a sua efetivação: os princípios econômicos, ambientais e sociais. Essas ações
remetem ainda ao conceito de sustentabilidade, que está ligada à promoção de ações que
ofereçam sustentação para o crescimento econômico, a preservação ambiental e a redução
da desigualdade social.

Desse modo, o desenvolvimento sustentável é composto por um conjunto de


princípios que permeiam o desenvolvimento da economia, a partir de ações de cunho ambiental
e social. Para tal, percebe-se a importância do desenvolvimento sustentável, que prima pelo
crescimento econômico de maneira que não haja prejuízos para as gerações futuras, uma vez
que são registrados altos impactos ambientais promovidos pelas atividades produtivas na
atualidade. São exemplos de ações sustentáveis:

• a reutilização de recursos ambientais, como a coleta seletiva; e

• a utilização de meio de transportes não poluentes, como as bicicletas.

O que é desenvolvimento sustentável?

O desenvolvimento sustentável está ancorado no desenvolvimento econômico da


humanidade baseado na conservação dos recursos naturais. Desse modo, o
desenvolvimento de maneira sustentável indica que os recursos naturais sejam utilizados de
maneira racional, ou seja, sem o seu esgotamento, com vistas à conservação desses recursos
para as gerações futuras. Sendo assim, busca-se o progresso econômico da sociedade baseado
na importância dos recursos ambientais para as atividades produtivas e, ainda, na sua
conservação, em uma clara preocupação com o futuro da humanidade.

O termo desenvolvimento sustentável está ligado aos diferentes debates sobre as questões
ambientais promovidos, em especial, no final do século XX, por meio de ações da Organização
das Nações Unidas (ONU). Nesse período, a preocupação ambiental se tornou uma crescente,
em razão dos impactos provocados pela ação humana no meio, assim como pela emergência de
questões como as mudanças climáticas e o aquecimento global.

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A discussão sobre o desenvolvimento sustentável foi abordada, primeiramente, na Conferência


das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano, realizada em 1972, na cidade de
Estocolmo (Suécia). Essa conferência foi um importante momento de debate entre os países
sobre a questão ambiental, em especial sobre a preocupação mundial com os riscos ambientais
das políticas de industrialização empreendidas, principalmente pelos países desenvolvidos. Já em
1987, o documento “Nosso Futuro Comum” sistematizou essas discussões e, ainda, estabeleceu
o termo desenvolvimento sustentável.

A aplicação do termo desenvolvimento sustentável foi amplamente debatida na Conferência


das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Rio-92), realizada no Rio
de Janeiro (Brasil), em 1992. A partir das discussões realizadas nesse encontro, foi elaborado o
documento “Agenda 21”, que expressava a preocupação dos países com o impacto das ações
humanas no meio ambiente e que defendia a aplicação do desenvolvimento sustentável
para minimizar as alterações ambientais.

Mais recentemente, essa defesa ficou ainda mais forte na Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), realizada no Rio de Janeiro (Brasil), em 2012. A partir
dos acordos dessa conferência, foram estipulados os elementos constituintes da chamada
economia verde. Além disso, foi elaborado o documento “O Futuro que Queremos”, que definiu
os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que deverão ser implementados pelos
diversos países do globo.

Exemplos de ações sustentáveis

As ações sustentáveis são práticas que podem ser realizadas de maneira individual ou
coletiva e que produzem como resultado uma preservação dos recursos ambientais, assim como
remetem à preocupação econômica e social da sociedade na preservação do meio ambiente. Veja
a seguir alguns exemplos de práticas sustentáveis.

• A separação do lixo doméstico em rejeitos orgânicos e não orgânicos. Os rejeitos não


orgânicos, formados em especial por materiais recicláveis, devem ser direcionados para a
coleta seletiva de lixo. Já os rejeitos orgânicos devem ser devidamente compostados e podem
ser utilizados como adubo.

• A adoção de um consumo consciente. Na realização de compras, deve-se evitar produtos que


não possuem garantia de procedência ambiental. Além disso, a utilização de embalagens
retornáveis e a preferência por artigos que não utilizam plásticos na sua composição são
ações importantes.

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• A utilização de meios de transporte alternativos ou coletivos. O uso de bicicleta e outros


meios de transporte não poluentes diminuem a emissão de gases na atmosfera. Do mesmo
modo, o transporte coletivo deve ser privilegiado frente ao transporte individual.

• A instalação de meios de geração de energia de fontes renováveis. O emprego de energia


solar, por exemplo, permite a conservação de outros recursos naturais, assim como a
diminuição dos custos domésticos com energia elétrica.

Princípios do desenvolvimento sustentável

O desenvolvimento sustentável possui três grandes princípios, que são:

• sustentabilidade econômica;
• sustentabilidade ambiental;
• sustentabilidade social.

Desse modo, os princípios sustentam o conceito do termo desenvolvimento sustentável, que


indica a promoção do crescimento econômico baseada no respeito ao meio ambiente e na
melhoria da qualidade de vida da população. A divisão desses princípios permeia a importância
de cada uma dessas grandes áreas para o alcance do desenvolvimento sustentável e, ainda, a
necessidade de que haja um trabalho conjunto, para que os diferentes princípios sejam
desenvolvidos de maneira igualitária, em prol de um objetivo maior, ou seja, o desenvolvimento
sustentável.

Anotações

A má notícia é que o tempo voa, a boa é que você é o piloto.

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Objetivos do desenvolvimento sustentável

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram estipulados no documento “O


Futuro que Queremos”, confeccionado na Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), realizada no Rio de Janeiro (Brasil), em 2012. A lista
contempla 17 objetivos diretamente relacionados ao desenvolvimento sustentável, que serão
reavaliados em uma nova conferência mundial do meio ambiente, prevista para 2030. Os
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são:

• erradicar a pobreza;
• erradicar a fome;
• saúde de qualidade;
• educação de qualidade;
• igualdade de gênero;
• água potável e saneamento;
• energias renováveis e acessíveis;
• trabalho digno e crescimento econômico;
• indústrias, inovação e infraestruturas;
• redução das desigualdades;
• cidades e comunidades sustentáveis;
• consumo e produção responsáveis;
• ação contra a mudança global do clima;
• vida na água;
• vida terrestre;
• paz, justiça e instituições eficazes;
• parcerias e meios de implementação.

Importância do desenvolvimento sustentável

A importância do desenvolvimento sustentável está atrelada à necessidade de conservação dos


recursos naturais para as próximas gerações. Na atualidade, é sabido que há um grande
impacto das atividades produtivas no meio natural.

No mais, a sociedade atual está baseada no consumismo, situação que gera um alto consumo de
insumos naturais. A partir do crescimento do consumismo, a capacidade de geração de recursos
naturais pelo planeta fica comprometida, uma vez que a natureza não acompanha os níveis de
consumo da sociedade. Além disso, muitos desses recursos naturais são finitos e encontram-
se amplamente impactados pelas atividades humanas, sendo muitas vezes inutilizáveis. Desse
modo, a importância do desenvolvimento sustentável é justificável pela urgente necessidade de
conservação desses recursos.

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O que fazer para alcançar o desenvolvimento sustentável?

O desenvolvimento sustentável é necessário para a manutenção das diferentes formas de vida


da humanidade, assim como para a garantia de oferta de recursos ambientais para as próximas
gerações. Sendo assim, o alcance do desenvolvimento sustentável perpassa por mudanças nos
hábitos de consumo, nas políticas ambientais e na melhoria de qualidade de vida da
população. Para tal, torna-se necessário uma reavaliação dos modos de vida das pessoas, com
vistas à diminuição do consumismo e da depredação desenfreada dos recursos naturais, além da
promoção de mudanças na estrutura produtiva das indústrias.

No mais, deve-se ainda incentivar políticas de preservação ambiental, assim como atividades com
reduzido impacto ambiental nas diferentes esferas da sociedade. Por sua vez, do ponto de vista
social, pode-se fomentar ações de diminuição das desigualdades sociais, assim como o
estabelecimento de uma maior oferta de trabalho e renda para as populações, por meio das
contribuições da chamada economia verde. Desse modo, contemplam-se os princípios econômico,
ambiental e social previstos no conceito de desenvolvimento sustentável.

O que é sustentabilidade?

O termo sustentabilidade está diretamente relacionado ao conceito de desenvolvimento


sustentável e implica a elaboração de ações que promovam a sustentação da sociedade,
no âmbito econômico, ambiental e social. Desse modo, para além de ações de cunho puramente
ambiental, a sustentabilidade está ancorada na concretização de objetivos que contribuem para
a economia e para a sociedade.

Sendo assim, uma aplicação desse conceito pode ser relacionada com a implantação de uma
usina de reciclagem. Em uma usina, há a preocupação ambiental, por meio da reciclagem de
materiais; preocupação econômica, a partir do reúso desses materiais em diversos processos
produtivos; e ainda a preocupação social, que é dada pela geração de emprego e renda
promovida pela usina. Portanto, uma usina de reciclagem representa um ambiente sustentável,
ou seja, que aplica a sustentabilidade em todas as suas esferas, por meio da preservação
ambiental, do crescimento econômico e da redução da desigualdade social.

Importante

#VaiDarCerto!

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DESTAQUES ATUALIDADES/ QUESTÃO AMBIENTAL:

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