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All content following this page was uploaded by Marcelo Martins de Moura-Fé on 12 October 2016.
Educação Ambiental
&
Biogeografia
Ituiutaba, MG
abril/2016
© Giovanni Seabra (Org.), 2016.
Arte Gráfica e editoração: Alex David Silva de Assis, Claudia Neu, Diôgo da Silva Santos, Gabriel de Paiva
Cavalcante, Laciene Karoline Santos de França e Talita Taisa Monteiro da Silva
Arte da capa: Ana Neu
Contatos:
www.cnea.com
ambiental.gs@gmail.com
Editora: Barlavento
Prefixo editorial: 68066
Braço editorial da Sociedade Cultural e Religiosa Ilé Asé Babá Olorigbin.
CNPJ: 19614993000110
Caixa postal nº 9. CEP 38.300-970, Centro, Ituiutaba, MG.
Conselho Editorial:
Mical de Melo Marcelino (Editor-chefe)
Anderson Pereira Potuguez (Editor da Obra)
Antônio de Oliveira Junior
Claudia Neu
Giovanni de Farias Seabra
Hélio Carlos Miranda de Oliveira
Leonor Franco de Araújo
Maria Izabel de Carvalho Pereira
Jean Carlos Vieira Santos
ISBN: 978-85-68066-25-6
Todos os direitos de publicação e divulgação em língua portuguesa estão reservados à Editora Barlavento e
aos organizadores da obra.
Ituiutaba, MG
abril/2016
APRESENTAÇÃO
Educação Ambiental & Biogeogafia
No Capítulo VI, artigo 225, da Constituição Federal está gravado que ―todos têm direito ao
meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-
lo para as presentes e futuras gerações.
Todavia, a instabilidade ambiental, os desastres naturais, a crise política, econômica e
institucional que imperam no País, põem em dúvida a qualidade de vida e o bem estar da sociedade
brasileira. Os graves problemas sociais como a inflação e o desemprego, com rebatimento na
criminalidade, na saúde, na habitação e na educação básica e formal remetem a educação ambiental
para segundo plano. A biogeografia, por sua vez, permite compreender as interações, organização e
processos espaciais do presente e do passado, dando ênfase aos seres vivos. A geodiversidade, a
biodiversidade, os ares e as águas constituem o capital natural, suporte essencial para garantir a vida
na Terra.
O meio ambiente saudável e a conservação da sociobiodiversidade pressupõem educação
ambiental, definida pelo Ministério do Meio Ambiente como ―os processos por meio dos quais o
indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo,
essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade".
As questões ambientais, sociais, éticas e morais que afligem atualmente a população
brasileira balizaram o IV Congresso Nacional de Educação Ambiental e o VI Encontro Nordestino
de Biogeografia realizados, simultaneamente, na cidade de João Pessoa, no período de 20 a 23 de
abril de 2016.
Os 22 eixos temáticos deram sustentação ao tema geral ―O capital natural na economia
global‖, apontando as diretrizes para o desenvolvimento dos trabalhos acadêmicos e científicos
apresentados nos artigos deste livro.
Giovanni Seabra
SUMÁRIO
A Educação Ambiental nas Escolas ................................................................................................... 19
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E ABORDAGENS METODOLÓGICAS DOS PROFESSORES
EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL DE JOVENS E ADULTOS ..................................................... 20
EXPERIENCIANDO UMA EDUCAÇÃO AMBIENTALIZADA............................................... 28
EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM ESCOLAS MUNICIPAIS DO JABOATÃO DOS
GUARARAPES/PE: INSTRUMENTOS E PRÁTICAS DOCENTES ......................................... 40
O ENSINO DE CIÊNCIAS E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO PROCESSO DE
FORMAÇÃO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS DA REDE MUNICIPAL EM
REDENÇÃO / PARÁ .................................................................................................................... 53
INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS E AMBIENTAIS NA CONSTRUÇÃO DO
PROTAGONISMO JUVENIL COM ALUNOS DO ENSINO BÁSICO. .................................... 66
INICIAÇÃO CIENTÍFICA NA ESCOLA: UMA EXPERIÊNCIA QUE DEU CERTO ............. 77
PERFIL AMBIENTAL DE ESCOLAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE BENJAMIN
CONSTANT - AM: CONTEXTUALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E
SUSTENTABILIDADE A PARTIR DE PRÁTICAS EDUCACIONAIS .................................... 86
IMPLEMENTAÇÃO DE ESPAÇOS VERDES NO AMBIENTE ESCOLAR COMO
ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ......................................................................... 93
ANÁLISE DOS TRABALHOS PUBLICADOS NOS ENCONTROS SERGIPANO DE
EDUCAÇÃO AMBIENTAL COM ÊNFASE NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL FORMAL ..... 106
O SOFTWARE EDUCATIVO NO ENSINO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ........................ 115
― O QUE OS OLHOS NÃO VÊEM, A CIDADE NÃO SENTE? ‖A QUESTÃO DO LIXO:
ESTUDO DE CASO COM ALUNOS DO INSTITUTO FEDERAL DE RORAIMA – IFRR,
CAMPUS AMAJARI ................................................................................................................... 126
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E TRANSDISCIPLINARIDADE: UMA PERSPECTIVA
CURRICULAR ............................................................................................................................ 136
A IMPORTÂNCIA DA HORTA FEITA COM GARRAFAS PET EM UMA ESCOLA
PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE BOM JESUS ........................................................................... 145
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES .................................. 155
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A AMBIENTALIZAÇÃO CURRICULAR NA
UNIVERSIDADE ........................................................................................................................ 168
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE MEIO AMBIENTE POR MEIO DO DESENHO:
APORTES PARA A PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO TÉCNICO
...................................................................................................................................................... 180
UTILIZAÇÃO DA ÁGUA PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS PARA ALUNAS DE ESCOLA
PÚBLICA ..................................................................................................................................... 193
METODOLOGIA CONSOLIDADA - PROJETO DE TRABALHO SEMINÁRIO DE
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: DA TEORIA À PRÁTICA .......................................................... 201
SIMILARIDADE FLORISTICA ENTRE REMANESCENTES DAS FLORESTAS
ESTACIONAIS DECIDUAIS ..................................................................................................... 604
AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE MATA CILIAR EM TRECHOS DO RIO PIANCÓ NO
MUNICÍPIO DE ITAPORANGA ............................................................................................... 616
PRIMEIRO REGISTRO DE APLATOPHIS CHAULIODUS (ACTINOPTERYGII:
OPHICHTHIDAE) PARA O LITORAL NORDESTE DO BRASIL COM A AMPLIAÇÃO DE
SUA DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA ...................................................................................... 624
Causas e Efeitos das Mudanças Climáticas .................................................................................... 628
TENDÊNCIA DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA EM ANOS ANÔMALOS (MUITOS)
SECOS PARA O NÚCLEO DE DESERTIFICAÇÃO DO SERIDÓ-RN .................................. 629
MUDANÇAS CLIMÁTICAS EM PUBLICAÇÕES BRASILEIRAS DE EDUCAÇÃO
AMBIENTAL .............................................................................................................................. 641
AQUECIMENTO GLOBAL ANTROPOGÊNICO: DISCURSOS COMPLEXOS E
CONTRADITÓRIOS ................................................................................................................... 653
DINÂMICA PLUVIOMÉTRICA DO PARQUE NACIONAL DE SETE CIDADES,
NORDESTE DO ESTADO PIAUÍ .............................................................................................. 676
DESMATAMENTO E MUDANÇAS CLIMATICAS ................................................................ 685
COMPOSIÇÃO ARBÓREA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO PARQUE RUBER VAN DER
LINDEN- GARANHUNS, PERNAMBUCO .............................................................................. 693
VULNERABILIDADE A DESERTIFICAÇÃO EM CABACEIRAS-PB ATRAVÉS DE
ÍNDICES METEOROLÓGICOS................................................................................................. 707
VARIÁVEIS CLIMÁTICAS SOBRE A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO URUÇUÍ PRETO -
PIAUÍ, SUBSÍDIOS PARA GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS E AGROPECUÁRIOS .. 723
VARIABILIDADE E TENDÊNCIA DA PRECIPITAÇÃO MENSAL E ANUAL PARA O
ESTADO DA PARAÍBA ............................................................................................................. 736
BALANÇO HÍDRICO CLIMATOLÓGICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO URUÇUÍ
PRETO - PI COMO PLANEJAMENTO AGROPECUÁRIO .................................................... 748
CARACTERIZAÇÃO DA FAUNA EDÁFICA EM DIFERENTES SISTEMAS DE MANEJO
EM CAXIAS, MA ........................................................................................................................ 764
MUDANÇAS OU VARIABILIDADE CLIMÁTICA: O ESTUDO DE CASOS....................... 773
CARACTERÍSTICAS DOS ELEMENTOS DO CLIMA EM BRASÍLIA ................................. 787
ANÁLISE DO CONFORTO TÉRMICO EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
EM CUIABÁ - MT ...................................................................................................................... 804
Geoecologia das Paisagens e Ecossistemas .................................................................................... 814
GEOECOLOGIA DAS PAISAGENS DUNARES: ANÁLISE ECODINÂMICA DAS DUNAS
DO SÃO FRANCISCO/BA ......................................................................................................... 815
GEOEDUCAÇÃO: A EDUCAÇÃO AMBIENTAL APLICADA NA GEOCONSERVAÇÃO 829
A SERRA DE ITAUAJURI, NO CONTEXTO DA PAISAGEM DO MUNICÍPIO DE MONTE
ALEGRE, ESTADO DO PARÁ. ................................................................................................. 843
GEOEDUCAÇÃO: A EDUCAÇÃO AMBIENTAL APLICADA NA
GEOCONSERVAÇÃO
ABSTRACT
Geoconservation is the set of practices aimed at conservation of geodiversity. One of these
conservation practices is the geoturistic activity, a tourist segment geoscientific connotation that
suggests organized and guided tour to places that bear witness to a stage of the past or the history of
origin and evolution of the planet, which can happen in two strategic dimensions: the interpretation
INTRODUÇÃO
MATERIAIS E MÉTODOS
A Interpretação Ambiental
Apesar de integrar documentos oficiais da Organização das Nações Unidas para a Educação,
a Ciência e a Cultura (UNESCO), de ser objeto de diversas pesquisas em nível global e da sua
importância, o geoturismo não faz parte do cotidiano das pessoas que estão habituadas e tem acesso
a realização de viagens turísticas (MOURA-FÉ, 2015a). Porém, mesmo não possuindo
conhecimentos geológico-geomorfológicos, muitas pessoas apresentam curiosidade e interesse em
fazer exercícios de interpretação da paisagem (MOREIRA, 2010).
Mas para despertar o interesse dos turistas e trazê-los aos locais é imprescindível tornar
esses atrativos visíveis, acessíveis e passíveis de interesse e entendimento, o que não é algo que
possa ser categorizado como ―fácil‖. Isso se deve à potencial complexidade embutida na história
evolutiva dos lugares (numa equação simples: quanto mais rica a história maior sua complexidade)
e na tradução da linguagem científica para uma linguagem adequada para o cidadão comum, não-
especialista (MOURA-FÉ, 2015b).
Nesse contexto, a interpretação da paisagem deve ser entendida como a arte de explicar o
significado de determinado atrativo turístico, tendo como objetivo:
A Geoeducação
‗‘Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a
coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo,
essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (BRASIL, 1999, art. 1º).‘‘
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
ALMEIDA, S. e PORTO JUNIOR, R. Projeto Ciclo das Rochas: um exemplo bem sucedido do uso
do patrimônio geológico como estímulo ao aprendizado de ciências naturais. Anuário do
Instituto de Geociências, v. 35, n.1, p. 28-33, 2012.
BRASIL. Ministério do Turismo. Ecoturismo: orientações básicas. 2 ed. Brasília: MT, 2010.
______. Lei Federal nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a
Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Brasília, 1999.
DIAS, G. F. Educação ambiental: princípios e práticas. 9 ed. São Paulo: Gaia, 2004.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3 ed. São Paulo: Atlas, 157p. 1996.
GODOY, L. H.; SARDINHA, D. S.; BERTINI, R. J.; CONCEIÇÃO, F. T.; DEL ROVERI, C. e
MOREIRA, C. A. Potencial Geoparque de Uberaba (MG): geodiversidade e geoconservação.
Revista Sociedade & Natureza, v. 25, n. 2, p. 395-410, 2013.
2003.
MELO, G. P. Educação ambiental para professores e outros agentes multiplicadores. João Pessoa:
Superintendência do IBAMA na Paraíba, 2007.