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Geoeducação: a educação ambiental aplicada na geoconservação

Chapter · June 2016

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4 authors, including:

Marcelo Martins de Moura-Fé Mônica Virna de Aguiar Pinheiro


Universidade Regional do Cariri Universidade Regional do Cariri
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Bruna Almeida Oliveira


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Environmental Legislation applied to Natural Heritage View project

Geomorphology, Geodiversity and Heritage of Ceará View project

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Giovanni Seabra
(Organizador)

Educação Ambiental
&
Biogeografia

Ituiutaba, MG
abril/2016
© Giovanni Seabra (Org.), 2016.
Arte Gráfica e editoração: Alex David Silva de Assis, Claudia Neu, Diôgo da Silva Santos, Gabriel de Paiva
Cavalcante, Laciene Karoline Santos de França e Talita Taisa Monteiro da Silva
Arte da capa: Ana Neu

Contatos:
www.cnea.com
ambiental.gs@gmail.com

Editora: Barlavento
Prefixo editorial: 68066
Braço editorial da Sociedade Cultural e Religiosa Ilé Asé Babá Olorigbin.
CNPJ: 19614993000110
Caixa postal nº 9. CEP 38.300-970, Centro, Ituiutaba, MG.

Conselho Editorial:
Mical de Melo Marcelino (Editor-chefe)
Anderson Pereira Potuguez (Editor da Obra)
Antônio de Oliveira Junior
Claudia Neu
Giovanni de Farias Seabra
Hélio Carlos Miranda de Oliveira
Leonor Franco de Araújo
Maria Izabel de Carvalho Pereira
Jean Carlos Vieira Santos

Educação Ambiental & Biogeografia / Giovanni Seabra (Organizador). Ituiutaba:


Barlavento, 2016. Vol. II. 2762p.

ISBN: 978-85-68066-25-6

1. Educação Ambiental; 2. Capital Natural; 3. Economia Verde


I. SEABRA, Giovanni

Os conteúdos a formatação de referências e as opiniões externadas nesta obra são de responsabilidade


exclusiva dos autores de cada texto.

Todos os direitos de publicação e divulgação em língua portuguesa estão reservados à Editora Barlavento e
aos organizadores da obra.

Ituiutaba, MG
abril/2016
APRESENTAÇÃO
Educação Ambiental & Biogeogafia

No Capítulo VI, artigo 225, da Constituição Federal está gravado que ―todos têm direito ao
meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-
lo para as presentes e futuras gerações.
Todavia, a instabilidade ambiental, os desastres naturais, a crise política, econômica e
institucional que imperam no País, põem em dúvida a qualidade de vida e o bem estar da sociedade
brasileira. Os graves problemas sociais como a inflação e o desemprego, com rebatimento na
criminalidade, na saúde, na habitação e na educação básica e formal remetem a educação ambiental
para segundo plano. A biogeografia, por sua vez, permite compreender as interações, organização e
processos espaciais do presente e do passado, dando ênfase aos seres vivos. A geodiversidade, a
biodiversidade, os ares e as águas constituem o capital natural, suporte essencial para garantir a vida
na Terra.
O meio ambiente saudável e a conservação da sociobiodiversidade pressupõem educação
ambiental, definida pelo Ministério do Meio Ambiente como ―os processos por meio dos quais o
indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo,
essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade".
As questões ambientais, sociais, éticas e morais que afligem atualmente a população
brasileira balizaram o IV Congresso Nacional de Educação Ambiental e o VI Encontro Nordestino
de Biogeografia realizados, simultaneamente, na cidade de João Pessoa, no período de 20 a 23 de
abril de 2016.
Os 22 eixos temáticos deram sustentação ao tema geral ―O capital natural na economia
global‖, apontando as diretrizes para o desenvolvimento dos trabalhos acadêmicos e científicos
apresentados nos artigos deste livro.

Giovanni Seabra
SUMÁRIO
A Educação Ambiental nas Escolas ................................................................................................... 19
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E ABORDAGENS METODOLÓGICAS DOS PROFESSORES
EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL DE JOVENS E ADULTOS ..................................................... 20
EXPERIENCIANDO UMA EDUCAÇÃO AMBIENTALIZADA............................................... 28
EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM ESCOLAS MUNICIPAIS DO JABOATÃO DOS
GUARARAPES/PE: INSTRUMENTOS E PRÁTICAS DOCENTES ......................................... 40
O ENSINO DE CIÊNCIAS E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO PROCESSO DE
FORMAÇÃO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS DA REDE MUNICIPAL EM
REDENÇÃO / PARÁ .................................................................................................................... 53
INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS E AMBIENTAIS NA CONSTRUÇÃO DO
PROTAGONISMO JUVENIL COM ALUNOS DO ENSINO BÁSICO. .................................... 66
INICIAÇÃO CIENTÍFICA NA ESCOLA: UMA EXPERIÊNCIA QUE DEU CERTO ............. 77
PERFIL AMBIENTAL DE ESCOLAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE BENJAMIN
CONSTANT - AM: CONTEXTUALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E
SUSTENTABILIDADE A PARTIR DE PRÁTICAS EDUCACIONAIS .................................... 86
IMPLEMENTAÇÃO DE ESPAÇOS VERDES NO AMBIENTE ESCOLAR COMO
ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ......................................................................... 93
ANÁLISE DOS TRABALHOS PUBLICADOS NOS ENCONTROS SERGIPANO DE
EDUCAÇÃO AMBIENTAL COM ÊNFASE NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL FORMAL ..... 106
O SOFTWARE EDUCATIVO NO ENSINO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ........................ 115
― O QUE OS OLHOS NÃO VÊEM, A CIDADE NÃO SENTE? ‖A QUESTÃO DO LIXO:
ESTUDO DE CASO COM ALUNOS DO INSTITUTO FEDERAL DE RORAIMA – IFRR,
CAMPUS AMAJARI ................................................................................................................... 126
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E TRANSDISCIPLINARIDADE: UMA PERSPECTIVA
CURRICULAR ............................................................................................................................ 136
A IMPORTÂNCIA DA HORTA FEITA COM GARRAFAS PET EM UMA ESCOLA
PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE BOM JESUS ........................................................................... 145
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES .................................. 155
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A AMBIENTALIZAÇÃO CURRICULAR NA
UNIVERSIDADE ........................................................................................................................ 168
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE MEIO AMBIENTE POR MEIO DO DESENHO:
APORTES PARA A PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO TÉCNICO
...................................................................................................................................................... 180
UTILIZAÇÃO DA ÁGUA PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS PARA ALUNAS DE ESCOLA
PÚBLICA ..................................................................................................................................... 193
METODOLOGIA CONSOLIDADA - PROJETO DE TRABALHO SEMINÁRIO DE
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: DA TEORIA À PRÁTICA .......................................................... 201
SIMILARIDADE FLORISTICA ENTRE REMANESCENTES DAS FLORESTAS
ESTACIONAIS DECIDUAIS ..................................................................................................... 604
AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE MATA CILIAR EM TRECHOS DO RIO PIANCÓ NO
MUNICÍPIO DE ITAPORANGA ............................................................................................... 616
PRIMEIRO REGISTRO DE APLATOPHIS CHAULIODUS (ACTINOPTERYGII:
OPHICHTHIDAE) PARA O LITORAL NORDESTE DO BRASIL COM A AMPLIAÇÃO DE
SUA DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA ...................................................................................... 624
Causas e Efeitos das Mudanças Climáticas .................................................................................... 628
TENDÊNCIA DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA EM ANOS ANÔMALOS (MUITOS)
SECOS PARA O NÚCLEO DE DESERTIFICAÇÃO DO SERIDÓ-RN .................................. 629
MUDANÇAS CLIMÁTICAS EM PUBLICAÇÕES BRASILEIRAS DE EDUCAÇÃO
AMBIENTAL .............................................................................................................................. 641
AQUECIMENTO GLOBAL ANTROPOGÊNICO: DISCURSOS COMPLEXOS E
CONTRADITÓRIOS ................................................................................................................... 653
DINÂMICA PLUVIOMÉTRICA DO PARQUE NACIONAL DE SETE CIDADES,
NORDESTE DO ESTADO PIAUÍ .............................................................................................. 676
DESMATAMENTO E MUDANÇAS CLIMATICAS ................................................................ 685
COMPOSIÇÃO ARBÓREA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO PARQUE RUBER VAN DER
LINDEN- GARANHUNS, PERNAMBUCO .............................................................................. 693
VULNERABILIDADE A DESERTIFICAÇÃO EM CABACEIRAS-PB ATRAVÉS DE
ÍNDICES METEOROLÓGICOS................................................................................................. 707
VARIÁVEIS CLIMÁTICAS SOBRE A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO URUÇUÍ PRETO -
PIAUÍ, SUBSÍDIOS PARA GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS E AGROPECUÁRIOS .. 723
VARIABILIDADE E TENDÊNCIA DA PRECIPITAÇÃO MENSAL E ANUAL PARA O
ESTADO DA PARAÍBA ............................................................................................................. 736
BALANÇO HÍDRICO CLIMATOLÓGICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO URUÇUÍ
PRETO - PI COMO PLANEJAMENTO AGROPECUÁRIO .................................................... 748
CARACTERIZAÇÃO DA FAUNA EDÁFICA EM DIFERENTES SISTEMAS DE MANEJO
EM CAXIAS, MA ........................................................................................................................ 764
MUDANÇAS OU VARIABILIDADE CLIMÁTICA: O ESTUDO DE CASOS....................... 773
CARACTERÍSTICAS DOS ELEMENTOS DO CLIMA EM BRASÍLIA ................................. 787
ANÁLISE DO CONFORTO TÉRMICO EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
EM CUIABÁ - MT ...................................................................................................................... 804
Geoecologia das Paisagens e Ecossistemas .................................................................................... 814
GEOECOLOGIA DAS PAISAGENS DUNARES: ANÁLISE ECODINÂMICA DAS DUNAS
DO SÃO FRANCISCO/BA ......................................................................................................... 815
GEOEDUCAÇÃO: A EDUCAÇÃO AMBIENTAL APLICADA NA GEOCONSERVAÇÃO 829
A SERRA DE ITAUAJURI, NO CONTEXTO DA PAISAGEM DO MUNICÍPIO DE MONTE
ALEGRE, ESTADO DO PARÁ. ................................................................................................. 843
GEOEDUCAÇÃO: A EDUCAÇÃO AMBIENTAL APLICADA NA
GEOCONSERVAÇÃO

Marcelo Martins de MOURA FÉ


Professor Doutor do Departamento de Geociências (URCA)
marcelo.mourafe@urca.br
Mônica Virna de Aguiar PINHEIRO
Professora Doutora do Departamento de Geociências (URCA)
monivirna@yahoo.com.br
Dionizia de Melo JACÓ
Licenciada em Geografia (URCA). Professora da rede particular de ensino do Crato-CE
dioniziademelo@hotmail.com
Bruna Almeida de OLIVEIRA
Graduanda em Geografia (URCA). Estagiária do Geopark Araripe
bruna.crato.almeida@hotmail.com
RESUMO
Geoconservação é o conjunto de práticas voltadas para a conservação da geodiversidade. Uma
dessas práticas conservacionistas é a atividade geoturística, um segmento turístico de conotação
geocientífica que propõe a visita organizada e orientada a locais que testemunham uma fase do
passado ou da história de origem e evolução do planeta, a qual pode se dar sob duas dimensões
estratégicas: a interpretação da paisagem e a educação ambiental. Nesse contexto, o objetivo
principal deste artigo é fazer uma proposição conceitual da geoeducação e analisar de forma teórica
e prática como esse segmento da educação ambiental pode ser aplicado na geoconservação.
Metodologicamente, a investigação se caracterizou como descritiva, com procedimentos baseados
em uma análise teórica, agregando dados pertinentes às práticas profissionais educativas e
levantamentos de campo realizados para a caracterização básica da geodiversidade, da região sul do
estado do Ceará, o Cariri, com ênfase na área do Geopark Araripe. Propomos que, considerando a
importância da geodiversidade e a ampla aplicabilidade da educação ambiental, se estabeleça e se
desenvolva o conceito científico da geoeducação e que seja tratado e fomentado nos âmbitos
informais e/ou formais do ensino.
Palavras-chave: Geodiversidade; Geoturismo; Geopark Araripe; Geossítios; Crato-CE.

ABSTRACT
Geoconservation is the set of practices aimed at conservation of geodiversity. One of these
conservation practices is the geoturistic activity, a tourist segment geoscientific connotation that
suggests organized and guided tour to places that bear witness to a stage of the past or the history of
origin and evolution of the planet, which can happen in two strategic dimensions: the interpretation

Educação Ambiental & Biogeografia ISBN: 978-85-68066-25-6 829


of the landscape and environmental education. In this context, the main purpose of this article is to
make a conceptual proposition geoeducation and analyze theoretical and practical as this segment of
the environmental education can be applied in geoconservation. Methodologically, research was
characterized as descriptive, with procedures based on a theoretical analysis, adding relevant data to
the educational professional practices and field surveys for basic characterization of the
geodiversity, the southern state of Ceará region, Cariri, with emphasis on area of the Geopark
Araripe. We propose that, considering the importance of geodiversity and broad applicability of
environmental education, to establish and develop the scientific concept of geoeducation and to be
treated and promoted in informal and/or formal education levels.
Key-words: Geodiversity; Geotourism; Geopark Araripe; Geosites; Crato-CE.

INTRODUÇÃO

A geodiversidade é o resultado da interação de diversos fatores, como as rochas, o clima, os


seres vivos, entre outros, possibilitando o aparecimento de paisagens distintas em todo o mundo
(BRILHA, 2005), integrando a diversidade geológica (rochas, minerais e fósseis), geomorfológica
(formas de relevo) e pedológica (solos), além dos processos que lhes originaram (BÉTARD et al.,
2011) e lhes modelam de forma dinâmica e integrada atualmente (MOURA FÉ, 2015a).
Enquanto testemunha científica dos acontecimentos que marcaram a história evolutiva da
Terra, a geodiversidade deve ser conservada como parte fundamental do patrimônio natural e
utilizada para fins científicos, didáticos, culturais e geoturísticos (GODOY et al., 2013), na forma
de sítios naturais, os geossítios, com base nos seus 7 (sete) valores fundamentais: intrínseco,
cultural, estético, econômico, funcional, científico e didático (MOCHIUTTI et al., 2012).
Porém, por conta do valor econômico, sobretudo, muitas são as ameaças à geodiversidade,
onde a sociedade é o principal agente modificador e degradador (GRAY, 2005). Na tentativa de
reverter esse quadro de vulnerabilidade, têm sido criadas estratégias visando à conservação da
geodiversidade, as quais podem ser aglutinadas na geoconservação, que conceitualmente ―é um
ramo de atividade científica que tem como objetivo a caracterização, conservação e gestão do
patrimônio geológico e processos naturais associados‖ (BRILHA, 2005, p. 51).
No entanto, mesmo com a intensificação das ações de geoconservação, a implementação de
medidas e a conservação efetiva ainda encontram-se distantes do ideal. Tal fato pode ser
relacionado, principalmente, à carência de estratégias institucionais e à ausência de bases legais que
garantam a conservação do patrimônio com uso sustentável (BARRETO et al., 2009; LIMA, 2008),
o que pode ser realizado através do geoturismo.
Os conceitos de geodiversidade e geoconservação, juntamente com o geoturismo, formam o

Educação Ambiental & Biogeografia ISBN: 978-85-68066-25-6 830


trinômio fundamental para a divulgação, valorização e conservação do patrimônio natural (BENTO
e RODRIGUES, 2010) e seus sítios, os quais se configuram como um elo entre esses conceitos, por
serem os locais de ocorrência de geodiversidade, se configurarem como formas de geoconservação
e como locais para o desenvolvimento da atividade geoturística (MOURA-FÉ, 2015b).
O geoturismo é a atividade turística com conotação geocientífica que propõe a visita
organizada e orientada a locais que testemunham uma fase do passado ou da história de origem e
evolução do planeta, que se notabilizam como uma herança coletiva e que devem ser preservados
para as gerações futuras. Neste contexto, se inclui o conhecimento científico sobre a gênese da
paisagem, os processos envolvidos e os testemunhos registrados em rochas, relevos e solos (SILVA
e PERINOTTO, 2007; VIEIRA e CUNHA, 2004).
Em geoturismo o ―geo‖ significa geologia e geomorfologia e a parte ―turismo‖ significa
visitar geossítios, aprender, entender, valorizar e se envolver, combinando as geociências com os
componentes do turismo (SCHOBBENHAUS e SILVA, 2012) sob 3 (três) motivações
fundamentais: recreação, lazer e aprendizado (BENTO e RODRIGUES, 2010; 2009; SOUSA e
NASCIMENTO, 2007).
Ao possibilitar aos turistas não só contemplar a paisagem natural, mas acima de tudo,
interpretar e entender os processos geológico-geomorfológicos responsáveis por sua formação, o
geoturismo apresenta-se como uma atividade turística importante na conservação e sustentabilidade
locais (DEGRANDI e FIGUEIRÓ, 2011; NASCIMENTO et al., 2007). Conforme Moura-Fé
(2015b), existem duas dimensões estratégicas para a implementação e fomento da atividade
geoturística: a interpretação da paisagem e o fomento à educação ambiental, as quais projetam sua
finalidade maior de geoconservação para escalas temporais diferentes (curto, médio e longo prazos).
Nesse contexto, o objetivo principal deste artigo é fazer uma proposição conceitual da
geoeducação e analisar de forma teórica e prática como esse segmento da educação ambiental pode
ser aplicado na geoconservação, tendo como pano de fundo, a região do Cariri e a área do Geopark
Araripe (Figura 1).

Educação Ambiental & Biogeografia ISBN: 978-85-68066-25-6 831


Figura1: Mapa de localização do Geopark Araripe, situado em parte da Chapada do Araripe.

MATERIAIS E MÉTODOS

A natureza da pesquisa fundamentou-se em uma abordagem de cunho qualitativo, que de


acordo com Gil (1996) visa a compreensão ou interpretação de processos de forma complexa e
contextualizada e se caracteriza como um plano aberto e flexível. Quanto aos fins, esta investigação
se caracterizou como descritiva.
No tocante às técnicas de pesquisa, os procedimentos desenvolvidos foram baseados, por um
lado, no criterioso levantamento bibliográfico, com a realização de um estudo sistematizado,
investigando materiais publicados, sobretudo, em periódicos de revistas científicas estrangeiras e
nacionais, com levantamento dos principais referenciais teóricos e metodológicos, visando,
sobremaneira, a conceituação científica da geoeducação.
Em paralelo, foram agregadas informações e experiências pertinentes às práticas
profissionais educativas e levantamentos de campo realizados pelos autores em diversos momentos
na caracterização básica do patrimônio natural, a geodiversidade, da região sul do Estado do Ceará,
o Cariri, com ênfase na área abrangida pelo Geopark Araripe.

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RESULTADOS E DISCUSSÕES

A Interpretação Ambiental

Apesar de integrar documentos oficiais da Organização das Nações Unidas para a Educação,
a Ciência e a Cultura (UNESCO), de ser objeto de diversas pesquisas em nível global e da sua
importância, o geoturismo não faz parte do cotidiano das pessoas que estão habituadas e tem acesso
a realização de viagens turísticas (MOURA-FÉ, 2015a). Porém, mesmo não possuindo
conhecimentos geológico-geomorfológicos, muitas pessoas apresentam curiosidade e interesse em
fazer exercícios de interpretação da paisagem (MOREIRA, 2010).
Mas para despertar o interesse dos turistas e trazê-los aos locais é imprescindível tornar
esses atrativos visíveis, acessíveis e passíveis de interesse e entendimento, o que não é algo que
possa ser categorizado como ―fácil‖. Isso se deve à potencial complexidade embutida na história
evolutiva dos lugares (numa equação simples: quanto mais rica a história maior sua complexidade)
e na tradução da linguagem científica para uma linguagem adequada para o cidadão comum, não-
especialista (MOURA-FÉ, 2015b).
Nesse contexto, a interpretação da paisagem deve ser entendida como a arte de explicar o
significado de determinado atrativo turístico, tendo como objetivo:

‗‘Proporcionar o entendimento do ambiente natural, despertar a atenção e o interesse do


visitante em relação à natureza e à cultura, direcionando o olhar do turista, pois os
ambientes não falam por si, precisam ser traduzidos (BRASIL, 2010, p. 27).‘‘

Incutir o geoturismo no cotidiano dos turistas através da interpretação ambiental


proporcionará a essas pessoas uma visão mais científica do que contemplativa da paisagem.
Considerando a interessante riqueza embutida na história natural de inúmeros lugares, essa prática
fomentará o crescimento do número de pessoas sensíveis e interessadas em conhecer e preservar a
geodiversidade tanto dos lugares visitados quanto, de forma mais ampla, dos lugares reconhecidos
em qualquer lugar do país e do mundo (MOURA-FÉ, 2015a).
Inserir o geoturismo no cotidiano das pessoas e dos lugares é a real possibilidade de
estabelecer canais sólidos de geoconservação a médio e curto prazos, é conservar hoje (MOURA-
FÉ, 2015a). Todavia, deve-se pensar uma estratégia de longo prazo. É aqui onde entendemos que a
educação ambiental aplicada na geoconservação pode exercer um papel fundamental.

A Geoeducação

Ampliar a rede de pessoas interessadas na geoconservação e adeptas do geoturismo é


importante, mas para que isso se dê de forma mais ampla e profunda, a 2ª dimensão estratégica do

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geoturismo, cuja eficácia é de maior amplitude temporal (médio e longo prazos), é fundamental a
promoção da educação ambiental (MOURA-FÉ, 2015a) aplicada, ou geoeducação.
Na sua essência, per si, a educação ambiental envolve ações e práticas educativas voltadas à
sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua organização e participação na
defesa da qualidade do meio ambiente (KLEIN et al., 2011). Conforme a lei federal nº 9.795/1999:

‗‘Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a
coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo,
essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (BRASIL, 1999, art. 1º).‘‘

Nessa perspectiva, a lei reconhece a educação ambiental como um componente essencial e


permanente em todo processo educativo, formal e/ou não formal (informal), como orientam, aliás,
os artigos 205 e 225 da Constituição Federal de 1988 (SILVA, 2003). Um dos objetivos da
educação ambiental é

‗‘O incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na


preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade
ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania (BRASIL, 1999, art. 5º).‘‘

A importância da estratégia de divulgação e sensibilização junto ao público estudantil se dá


pelo fato desse segmento da sociedade ser mais aberto a esse tipo de iniciativa e ter uma capacidade
de interiorização de mensagens de caráter ambiental mais acentuada (MOURA-FÉ, 2015a). Além
disso, Vieira e Cunha (2004) apontam para a importância de se abordar os conteúdos pertinentes ao
patrimônio natural nos níveis mais básicos da educação, integrando-os aos currículos disciplinares.
A partir do exercício de práticas educativas, considerando sempre as motivações
fundamentais do geoturismo: recreação, lazer e aprendizado, tem-se a possibilidade de valoração e
valorização da geodiversidade ao longo prazo, gerando um sentimento de respeito e
corresponsabilidade pela manutenção da conservação ambiental (BENTO e RODRIGUES, 2013)
nos estudantes, o qual, se pensado e aplicado de forma ampla e consistente, pode perdurar por mais
tempo ao se inserir no cotidiano das gerações atuais e futuras (MOURA-FÉ, 2015a).
Assim, propomos que, considerando a importância da geodiversidade e ampla possibilidade
de inserção da educação ambiental, se estabeleça e se desenvolva o conceito científico da
geoeducação, entendida como um ramo específico da educação ambiental a ser aplicado na
geoconservação do patrimônio natural, e que seja tratado, fomentado e desenvolvido nos âmbitos
formais e/ou não formais do ensino.
A seguir, buscando avançar na contribuição do conceito da geoeducação, apresentamos
possibilidades de aplicação que já vem sendo estabelecidos no Geopark Araripe, apoiadas nos
suportes teóricos dos setores e níveis formais e não formais da educação ambiental.

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A Geoeducação não formal

Ações e práticas educativas voltadas para a conscientização coletiva e à participação na


defesa do ambiente são conhecidas como educação ambiental em nível não formal, na qual os
poderes públicos devem promover a difusão de campanhas educativas e informais relativas ao
meio ambiente, à participação das empresas públicas e privadas, meios de comunicação,
empresas, ONGs, escolas e sociedade na formulação, execução e desenvolvimento de programas e
atividades vinculadas com a educação ambiental (BRASIL, 1999).
Para implementar de forma eficaz programas relacionados à educação ambiental não
formal é imprescindível primar por alguns fundamentos e princípios, a começar pela oportunidade
de participação que deve ser dada a todos os envolvidos, permitindo propostas de ações,
questionamentos e soluções para os objetivos traçados. A falta de informação do público-alvo,
muitas vezes, ocasiona a oposição à alguns programas. A realidade local sempre deve ser levada
em consideração para a prática de educação ambiental, o que leva em conta todo o seu aspecto
histórico, pois diz muito sobre os aspectos culturais e sociais do público-alvo, além de permitir
que a circunstância futura almejada seja condizente com as pretensões e com as possibilidades dos
envolvidos (REIS et al., 2012).
As políticas ambientais e os programas educativos relacionados à conscientização da crise
ambiental demandam cada vez mais novos enfoques integradores de uma realidade contraditória e
geradora de desigualdades. Assim, para Jacobi (2003), o desafio é formular uma educação
ambiental crítica e inovadora nos dois níveis: formal e não formal.
Nesta perspectiva, a geoeducação aplicada no nível não formal pode ser entendida como
aquela que se dá através de programas direcionados para a divulgação e fomento à geoconservação
da geodiversidade, a serem aplicados fora do ambiente escolar formal, fora do contexto pedagógico,
mas sem perder o caráter educativo de informar e formar.
Sua importância se justifica pela ampla possibilidade de aplicabilidade em qualquer local
dotado de geodiversidade, desvinculada do possível enrijecimento associado aos currículos e
parâmetros escolares, sendo acessível à iniciativa e criatividade de seus proponentes, os quais
podem realizar ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre a
geoconservação das mais diversas formas, envolvendo flexibilidade de métodos e de conteúdos e
um público alvo variável em suas características: faixa etária, nível de escolaridade, nível de
conhecimento da problemática ambiental, entre outros aspectos.
Sua aplicabilidade se dá no Geopark Araripe, por exemplo, com a realização de oficinas
pedagógicas aplicadas nas comunidades residentes no entorno dos geossítios, as quais versam sobre

Educação Ambiental & Biogeografia ISBN: 978-85-68066-25-6 835


a reutilização de materiais recicláveis, réplica de fosseis, biojóias, teatro de bonecos e livro de pano;
colônia de férias, além das trilhas ecológicas, as quais podem ter os mais variáveis focos.
Por outro lado, a relação entre a geoeducação e as atividades turísticas pode ser feita sob
diversas formas, tais como: o estabelecimento de centros de interpretação ambiental, adequando a
infraestrutura ao público estudantil; elaboração de painéis interpretativos e de material impresso e
de vídeos adequados para cada nível escolar; realização de palestras, jogos e outras atividades
lúdicas; exposições em museus; adoção da prática dos conteúdos de sala em trabalhos de campo, o
que pode ser feito em excursões e visitas guiadas, apoiadas por técnicos com capacidade adequada e
formação científica; concepção e implementação de trilhas e percursos educativos e turísticos;
enfim, pela dotação de espaços em que se enquadram os elementos patrimoniais em condições de
identificação e informação para os visitantes e estudantes (ALMEIDA e PORTO JUNIOR, 2012;
HISSA e OLIVEIRA, 2004; KLEIN et al., 2011; KROEFF e VERDUM, 2011; LOPES et al., 2011;
MOREIRA, 2012; RUSS e NOLASCO, 2012; SANCHES, 2011; VIEIRA e CUNHA, 2004), foco
da geoeducação nas escolas.

A Geoeducação nas escolas

Conforme Brasil (1999), a educação ambiental formal é desenvolvida no ambiente escolar,


no âmbito do currículo das instituições de ensino públicas e privadas, englobando os níveis básico,
superior, especial, educação de jovens e adultos e profissional.
A escola é um dos locais privilegiados para realização da educação ambiental. Muito se
discutiu a respeito se esta deveria ser ou não mais uma disciplina do currículo escolar, no entanto, o
Conselho Federal de Educação, desde 1987, optou pela negativa, concordando com a posição dos
educadores mais progressistas que a consideram como uma perspectiva de educação que deva
permear todas as disciplinas (MELO, 2007).
Na visão de Dias (2004), a educação ambiental na escola não deve ser conservacionista, ou
seja, trazer ensinamentos que conduzam ao uso racional dos recursos naturais e à manutenção de
um nível ótimo de produtividade dos ecossistemas naturais ou gerenciados pela sociedade, mas
aquela educação voltada para o meio ambiente e que implica em uma profunda mudança de valores,
em uma nova visão de mundo, o que ultrapassa bastante o estado conservacionista.
Os conteúdos formais relacionados ao ensino fundamental e médio estão nos Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCNs), onde se encontram especificados os objetivos e as metas que a
educação ambiental deve atingir para os estudantes destes níveis. Já os cursos de formação e/ou
especialização, técnicos e profissionalizantes devem congregar conteúdos específicos sobre ética
ambiental e correlacionar as atividades a serem desenvolvidas posteriormente. A dimensão

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ambiental deve estar presente em todas as disciplinas e atividades desenvolvidas nos cursos de
formação de professores (REIS et al., 2012).
Porém, o ensino de geociências nas escolas, muitas vezes, não é trabalhado devido à
complexidade do assunto ou são abordados de forma genérica, conforme ressaltam Pacheco e
Oliveira (1997), destacando que os assuntos ainda não têm merecido a mesma atenção no ambiente
escolar em comparação a outros temas.
Diversos exemplos apontam que, para além da necessária apresentação teórica em sala de
aula, deve-se buscar estratégias que facilitem e tornem o ensino das geociências e a tratativa básica
da geodiversidade como algo divertido e atrativo para os alunos. Desta forma, para uma adequada
abordagem nas escolas das temáticas associadas à educação ambiental voltada para a
geoconservação, ou geoeducação, é necessário aplicar técnicas vinculadas a um conteúdo acessível,
que envolva a teoria e avance para a sua realidade dinâmica fora da sala de aula.
Um método eficaz, basilar no ensino de Geografia, é a realização de aulas de campo,
previamente planejadas, com objetivos e roteiros estreitamente vinculados aos conteúdos, o que é
perfeitamente exequível na área abrangida pelo Geopark Araripe, em face da diversidade e riqueza
de seu patrimônio natural.
Por exemplo, o desenvolvimento das aulas de campo na disciplina de geografia com alunos
do fundamental II (Figura 2) tem favorecido um melhor aproveitamento por parte dos alunos, os
quais, normalmente não se concretizariam se apoiados apenas nas aulas teóricas realizadas em sala
de aula. Observa-se também o dinamismo da interação das turmas com meio ambiente, com o
reconhecimento de cores, texturas e formas que envolvem a diversidade do roteiro trabalhado.

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Figura2: Aula de campo realizada na Chapada do Araripe, área do Geopark Araripe, com alunos do 7º ano do Instituto
Educacional Ciranda do Saber (IECS). Foto: Dionizia Melo (Nov/2015).
Após a realização das aulas de campo, é comum observar nos alunos um aumento do
interesse em saber mais sobre determinados assuntos abordados em sala de aula. Essa contribuição
para a aprendizagem, conforme Brilha (2006), pode ser decorrência da abordagem menos
fragmentada do conhecimento, possível pela observação dos fenômenos naturais na complexidade e
integralidade com que se apresentam na natureza; pode ser decorrente ainda da abordagem menos
abstrata, no sentido de que a experiência e as sensações vividas contribuem para que os alunos
recorram aos aspectos concretos da realidade.

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

A significativa porção do patrimônio natural contido na geodiversidade necessita de mais


formas e iniciativas concretas de geoconservação, dentre elas, destaca-se o geoturismo, cuja
atividade apresenta-se fortemente vinculada à atividades de interpretação ambiental e de educação
ambiental, importantes e complementares entre si.
Com base nesse quadro e na sua efetividade a longo prazo, a educação ambiental apresenta-
se como um forte vetor para tratar eficazmente as questões ambientais. Assim, buscamos propor de
forma científica e pioneira a sua aplicação específica na geoconservação, denominando essa
derivação específica como geoeducação, a qual precisa e deve ser pensada e desenvolvida, sempre
embasada nos preceitos teóricos da educação ambiental, para o devido fomento ao conhecimento,
promoção e conservação da geodiversidade da natureza.

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