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EDUCAÇÃO
AMBIENTAL
LIVRO 2
1ª EDIÇÃO
Livro 2
Módulos Aula 3 e 4
GOIÂNIA
Centro Universitário de Goiás Uni-ANHANGUERA
2018
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Organização
Pró-Reitoria de Ensino a Distância
Profª. Ms. Mayra Caiado Paranhos
Autores
Catalogação: Biblioteca Anhanguera
____________________________________________________________ Prof. MSc. Felipe de Araújo Nascimento
SUMÁRIO
MÓDULO AULA 3
Sociedade e Natureza.................................................. 9
3.1 Desenvolvimento das sociedades................................. 9
3.2 Sociedade e Natureza.................................................. 12
MÓDULO AULA 4
Políticas e Legislação para a Educação Ambiental.......19
4.1 Conceitos de educação ambiental a partir
de órgãos regulamentadores e normas............................ 19
4.2 Conceitos básicos da legislação brasileira
relacionada à Educação Ambiental.................................. 23
4.3 Conferência de Estocolmo (1972) e Eco-92.............. 25
4.4 Agenda 21..................................................................... 28
APRESENTAÇÃO DO MAGNÍFICO REITOR
SOCIEDADE E NATUREZA 9
a necessidade de manipular a natureza, inicialmente com Um sistema nada democrático, pois os ricos recebiam
objetivo de alimentação. A dosmesticação de plantas e água domiciliar e os pobres utilizavam a água das fontes públi-
animais possibilitou que o homem deixasse de ser um cas, algumas existentes até hoje, com a obrigação de pagamen-
indivíduo caçador de seu alimento para um criador de to pelo uso desta água.
alimentos, sendo assim auto-suficiente no que tange a
necessidade alimentar. A problemática ambiental da falta de água até hoje pode
ser observada em muitas cidades, especialmente a cidade de
Esta transformação se deu principalmente pela São Paulo, que vive uma das piores crises hídricas da história.
manipulação do fogo, no qual possibilitou desde a criação de Represas como o sistema Cantareira que abastecia antes 8,8
materiais mais precisos para domesticação e trabalhos, até o milhões de pessoas, atualmente baixou o nível de abastecimen-
cozimento de alimentos, enriquecendo assim sua fonte to para 5,5 milhões de pessoas, trabalhando há vários meses
nutricional. em volume morto.
Com o passar dos sécu- Historicamente, outras civilizações passaram não ape-
los, as principais civilizações nas por problemas de abastecimento de água, mas com a polui-
que obtiveram um cresci- ção também. Neste aspecto, podemos citar o rio Tâmisa que
mento exponencial na popu- corta a cidade de Londres e durante muito tempo, foi o princi-
lação enfrentaram dificulda- pal rio de abastecimento da Inglaterra. Por milhares de anos,
des, muitas delas semelhantes este mesmo rio foi utilizado como deposição de materia orgâ-
ao mundo contemporâneo. nica e dejetos, por todas as cidades próximas dos rios. A partir
Situação assim pode exemplificar no famoso caso dos aquedu- da revolução industrial, a sociedade londrina presenciou um
tos romanos. super desastre ambiental com o aumento do esgoto in natura
sendo jogado sem nenhuma forma de tratamento. Em muitos
A civilização romana sempre foi reconhecida pela sua anos houve epidemias de cólera e peste bubônica na região e
organização, objetividade e praticidade, priorizavam uma até sessões do parlamento inglês tiveram que ser suspensas de-
qualidade de vida, principalmente para os ricos e represen- vido ao mau cheiro do rio.
tantes do senado romano. No entanto, assim como qualquer
metrópole que surge, há a necessidade de estrutura básica Apenas na década de 50, no séc. XX, as primeiras esta-
para as pessoas, exemplo da água domiciliar. Desta forma, os ções de tratamento de esgoto foram construídas. O investi-
romanos criaram um sistema de aquedutos que conseguiam mento em saneamento básico foi maciço e o sucesso também
elevar até 60 metros de altura, com canalizações entre 8 e contou enormemente com o auxílio da população que modifi-
85km, percorrendo grandes distâncias e evitando períodos de cou seus hábitos a respeito do manuseio dos resíduos. Além
falta d’água, que era muito comum pelos rios mais próximos disto, ONG’s trabalharam em prol da limpeza do rio e seus
não comportarem a demanda de água e períodos de secas afluentes e no ano de 2010, o rio teve o índice mais baixo de
prolongados. poluição registrado na história.
Prezado aluno,
Vamos lá?!
c) Induzir novas formas de conduta para a sociedade, a As leis ambientais são consideradas por muitos, uma das
respeito do meio ambiente. mais completas do mundo. O que não significa que sua aplica-
bilidade segue um nível de excelência. Muitas delas estão sendo
readequadas por ser muito antigas como o caso do Código Flo-
Em outras palavras, podemos reduzir estas finalidades restal que permaneceu por muitos anos sendo inalterado em
nos termos, conhecimento, ensino e transformação para po- alguns aspectos, necessitando assim de uma atualização.
BRASIL. Orientações curriculares para o ensino médio: DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: Princí-
ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília: pios e práticas. São Paulo: Gaia, 2003. 8 edição.
MEC/SEB, 2006.
MEDINA, Naná Mininni & SANTOS, Elizabeth da
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médio. Brasília: Ministério da Educação, 1998. tiva de formação.3 ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2003.
BRASIL. Lei n. 9.795, de 27de abril de 1999. Diário Ofi- REIGOTA, Marcos. O que é Educação Ambiental. 1. ed.
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www.ambiente.sp.gov.br/wp-content/uploads/cea/Tbilisicom- DIAS, Genebaldo Freire. Iniciação à temática Ambiental.
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