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Senhor do Bonfim-BA
Julho de 2019
MAELY NAILANE DOS SANTOS DA SILVA
RAQUEL EVANGELISTA DE SOUZA
Senhor do Bonfim-BA
Julho de 2019
IMPORTÂNCIA DA CAATINGA NA CONSTRUÇÃO DE PRÁTICAS
ECOPEDAGÓGICA NO CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE.
1. INTRODUÇÃO
A educação do campo possui uma gama de características diferenciadas, pois
trata-se do conhecimento específico de uma classe social em estado de
desenvolvimento territorial e de identidade cultural. Os ideais das classes dominantes
impulsionam a marginalização das comunidades campestres. Enquanto a escola no
ou do campo, não debater esses contrastes e produzir conhecimento para dominar a
ciência e a tecnologia, não se permitirá a sair da condição de dominância. Essas são
as fases iniciais para refletir os meios pelos quais o desenvolvimento endógeno pode
ocorrer. Sendo assim, as características específicas da flora e fauna original das
diversas regiões brasileiras, passa a ser explorada racionalmente e o percentual de
extinção das espécies podem diminuir.
Ao elaborar atividades em prol do desenvolvimento, os profissionais da área
agrícola como, professores das ciências agrárias ou da educação no campo,
engenheiros (as) agrícolas ou da agronomia, zootecnistas, veterinários (as) e
agricultores (as) difundem, a responsabilidade da inter-relação presente entre
sociedade, meio ambiente e conhecimento científico. Expandem o universo rural,
necessitado de estar sempre atualizado em termos de inovações. O sistema no qual o
campo está inserido, não precisa ser caracterizado pelo agronegócio, mas sim, por
uma comunidade satisfeita com os frutos gerados dos seus esforços.
As escolas ou outros centros de ensino, passam a serem fortes aliados neste
processo. Pois, neles podem ocorrer debates para identificar os problemas que
envolvem os setores da agropecuária e a sustentabilidade. Quando os discentes de
forma direta participam das discussões, desenvolvem a autonomia para entender os
déficits da sua comunidade e tornam-se autônomos para propor mudanças. Porém
isso, precisa ser estimulado e posto de forma objetiva e coerente no Projeto político
pedagógico e posteriormente, precisa atingir o grupo externo.
As populações agrícolas precisam descobrir os potenciais da sua região e
mobilizar a sociedade para buscar apoio e recursos, a fim de promover mudanças
socioeconômicas positivas. Porém, isso só é possível a partir do momento que a
agricultura, pecuária e prováveis locais para ecoturismo é analisado de forma que
possa compreender a biodiversidade presente no ambiente e traçar novas técnicas de
produção sustentável em todos os níveis desde o socioambiental ao econômico. A
educação ambiental, adentra neste processo como sendo o principal meio de difundir
a sustentabilidade, esta é baseada na Lei 9.795 de 27 de abril de 1999, na qual
especifica todos os parâmetros e políticas nacionais. Na resolução n° 2 de 15 de
junho de 2012 e no Decreto n° 7.352 de 4 de novembro de 2012.
Partindo destes pressupostos, o eixo temático - Ecopedagogia nas escolas
públicas, educação ambiental, sustentabilidade e agroecologia. Destaca-se nesta
pesquisa o bioma Caatinga. Ainda pouco explorado no campo científico e
desvalorizado a nível de integração sociocultural, observa-se a necessidade de os
docentes disseminar nos alunos o interesse pelo seu território nativo. Pretende
entender como os estudos da ecopedagogia estão presentes no currículo do curso
técnico e suas contribuições para formação da sustentabilidade e aplicação da cultura
regional? Para tanto, no curso técnico em Meio ambiente, ministrado no Centro
Estadual De Educação Profissional em Saúde Tancredo Neves, em Senhor do
Bonfim-Ba é o local de estudo.
O objetivo geral é relatar como o bioma caatinga, sua biodiversidade e as
espécies em extinção, está sendo explanado nas disciplinas do curso. A fim de
entender como o professor está mediando os assuntos e como os discentes percebe
a relevância em prol do desenvolvimento de práticas sustentáveis. E os específicos
objetivos são: examinar como está ocorrendo a mediação da biodiversidade da
caatinga em relação a formação ou construção das práticas sustentáveis; Verificar se
os discentes compreendem a relevância do estudo do bioma regional, para
construção cognitiva e sócio ambiental e por último, analisar a presença ou ausência
dos projetos práticos realizados pelos discentes, no viés da conservação das
espécies nativas regional.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para conceituar a Ecopedagogia e demonstrar como esta contribui para
preservação, utilizou as pesquisas bibliográficas feita pelo mestrando Claudio Donato
e a mestra Graziella Souza (2016), ambos em meio ambiente e o livro A carta da terra
do Dr. em Ciência da Educação Moacir Gadotti. Manipulou-se a pesquisa com
informações baseada nas teorias do Dr. Professor Pedro Jacobi (2003), na qual
aborda os caminhos para a educação ambiental se tornar crítica e inovadora.
Nesta linha de pesquisa há os estudos de Brenda Bortolon e Marisa Mendes
(2014), ao apontar horizontes para a sustentabilidade, com suporte nas leis e nas
reflexões sobre o consumismo. Berenice Adams (2012), pós-graduada em Educação
ambiental, contribui ao mencionar em seu artigo a importância dos documentos e
legislações que consolida essa esfera da educação. Quanto ao cenário do bioma
Caatinga, João Pimentel, Engenheiro agrônomo e o Dr. em Engenharia de produção
Hugo Guerra (2009), permeia nos problemas ambientais da Caatinga e nos aspectos
de potencialidade que o bioma possui. E para apresentar o bioma, utilizou o livro de
Inara Leal e José Silva.
CONCEITO DE ECOPEDAGOGIA
Em um cenário global no qual, catástrofes ambientais ocorrem frequentemente,
espécies cada vez mais entram em extinção, por terem seus habitats degradados, o
consumismo desenfreado atinge a maioria da população, o solo, ar e água tornam-se
poluídos em escalas assustadoras. As entidades governamentais como a ONU-
Organização das Nações Unidas e outros órgãos denominados como ambientalistas
ou ecológicos. Buscam alternativas para harmonizar a natureza com as ações
humanas de forma mais sustentável e menos destrutiva.
Diante desses acontecimentos, baseada nos ideais de Paulo Freire, ao criticar
a aprendizagem e aproximar a terra com as relações dos indivíduos, sendo a primeira
a mãe que fornece os meios de sobrevivência dos seres vivos. Surge a ciência da
Ecopedagogia que por meio da pedagogia e da concepção de casa, no sentido
planeta Terra. A inserção nos currículos das instituições de ensino uma visão holística
da sustentabilidade, como meta para alcançar o crescimento mais racional. Donato;
Souza (2016), define Ecopedagogia como sendo “[...] um movimento social e político
preocupado com a pedagogia para o desenvolvimento sustentável ”.
Um dos principais documentos que indica os objetivos da Pedagogia da terra,
é a Carta da Ecopedagogia, criada no I Encontro Internacional da Carta da Terra na
Perspectiva da Educação , em São Paulo, de 23 a 28 de agosto de 1999. Com ourtos
membros de diversos países e organizações apoiadoras. Com perspectivas está
para além da questão ambiental ela abarca o ético político e pedagógico. (Gadotti,
2010). O Seus princípios são:
1. O planeta como uma única comunidade.
2. A Terra como mãe, organismo vivo e em evolução.
3. Uma nova consciência que sabe o que é sustentável, apropriado, o que
faz sentido para a nossa existência.
4. A ternura para com essa casa, nosso endereço comum, a Terra.
5. A justiça sócio-cósmica: a Terra, como organismo vivo, é também um
oprimido.
6. Uma pedagogia que promova a vida: envolverse, comunicar-se,
compartilhar, problematizar, relacionar-se.
7. O conhecimento só é integral quando é compartilhado.
8. Caminhar coerente e com sentido na vida cotidiana.
9. Uma racionalidade intuitiva e comunicativa, afetiva, não instrumental.
10. Novas atitudes: reeducar o olhar, o coração.
11.Cultura da sustentabilidade: ampliar nosso ponto de vista.
3. METODOLOGIA
O processo de elaboração de desenvolvimento do estágio I apresenta
abordagem, quali-quanti, pois utiliza as relações humanas e os dados estatísticos.
Cujo o propósito exploratório utilizou-se de pesquisa literárias. O procedimento se dá
por meio da pesquisa de campo, na qual os alunos e o corpo docente realizam as
atividades educativas. Procura analisar o PPC- Projeto Político Pedagógico que será
objetivo de estudo, para tentar entender como o curso está estruturado, quais ítens
epistemológicos se relacionam com a inserção da temática do bioma regional, e como
a didática é impulsionada pela política do curso. Ou seja, identificar como a práxis se
consolida, por quais parâmetros e desafios perpassam? E entender se as leis
ambientais são esclarecidas aos docentes
Na segunda etapa da pesquisa, a turma do curso técnico em Meio Ambiente,
será observada. As problemáticas levantadas pelo professor será o objeto de estudo
primordial, assim como a forma que os discentes receberam as informações, isto é,
quais questionamentos fazem, e como relacionam os assuntos e as situações
vivenciadas em seus cotidianos. Atentando-se para como eles pretendem ou utilizam
o conhecimento adquirido em sala de aula, a fim de promover mudanças sociais.
Porém não terá intervenções, esses ítens serão anotados para estruturar as
considerações finais.
Posteriormente, iniciará a entrevista, (em anexo). Mas, antes de debater as
perguntas em forma de diálogos interculturais, será apresentado o tema da pesquisa,
e a intenção de buscar melhorar a educação ambiental, por meio da mesma. Assim
como Instituto Federal Baiano campus Senhor do Bonfim, e a relação da problemática
como interesse de análise para os graduandos de Licenciatura em Ciências Agrárias.
Será declamada uma poesia, com a tentativa de deixar os estudantes participativos e
a vontade com a situação. Nesse momento busca a interação dinâmica, para não
tornar a pesquisa invasora ou desrespeitosa.
As questões têm a finalidade de saber os temas abordados sobre a Caatinga,
como por exemplo: as espécies de plantas nativas, animais típicos da região, as
características físicas, biológicas e químicas que permitem a biodiversidade territorial,
os problemas para escassez hídrica. E qual entendimento eles concluem quanto às
técnicas de convivência com o semiárido. Outro quesito interessante será a reflexão
dos porquês da falta de pesquisas dentro do território. Busca a interação dinâmica,
para não tornar a pesquisa invasora ou desrespeitosa. Ao mesmo tempo que refletem
sobre os questionamentos, as prováveis soluções serão mencionadas por eles e por
meio destas, novos projetos e atividades podem ser realizadas.
A coleta de dados constituem em um questionário com sete 07 perguntas, a
amostra baseada no quantidade de alunos matriculados no curso técnico de Meio
Ambiente, pelos cálculos e obterá os percentuais dos assuntos mais abordados pelos
docentes e os menos mencionados e os nunca debatido. Os resultados apontarão de
forma dedutiva os assuntos que necessitam ser mais difundido.
4. CRONOGRAMA
ELABORAÇÃO DO X X
PROJETO
EXECUÇÃO DAS
AÇÕES
X
ANÁLISES DOS
RESULTADOS
X
APRESENTAÇÃO X
5. PLANO DE AÇÃO
27/07 Busca de
temas
Analisar o Investigação do Caderno e PPC
relacionado a
PPC. PPC
Caatinga Caneta
Educação
Ambiental
03/08 Observação Caderno e Temas
para o
abordados
Observar as território. Caneta.
aulas.
Identificar
assuntos
Diálogo Exploratória Questionário Análise dos
sobre Bioma
intercultural impresso e
10/08 Caatinga dados
+ Entrevista caneta
abordado pelo
curso da
entrevista.
REFERÊNCIAS
ROTEIRO DA ENTREVISTA
SIM ( ) NÃO ( )
SIM ( ) NÃO ( )
SIM ( ) NÃO ( )
SIM ( ) NÃO ( )
SIM ( ) NÃO ( )
SIM ( ) NÃO ( )