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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS

NATALIA APARECIDA CASATI


RAPHAELY DA SILVA CRUZ

TEM BRINQUEDOTECA AÍ?: UM ESTUDO NA REDE HOSPITALAR


UNIVERSITÁRIA PÚBLICA FEDERAL BRASILEIRA

Alfenas/MG
2023
NATALIA APARECIDA CASATI
RAPHAELY DA SILVA CRUZ

TEM BRINQUEDOTECA AÍ?: UM ESTUDO NA REDE HOSPITALAR


UNIVERSITÁRIA PÚBLICA FEDERAL BRASILEIRA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como parte


dos requisitos para obtenção do título de graduação em
pedagogia pela Universidade Federal de Alfenas.
Orientador: Prof (a). Dr (a). Geovania Lúcia dos Santos

Alfenas/MG
2023
Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal de Alfenas
Biblioteca xxxxxx

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Ficha gerada automaticamente com os dados fornecidos pelo autor.


NATALIA APARECIDA CASATI
NATALIA APARECIDA CASATI
RAPHAELY DA SILVA CRUZ

TEM BRINQUEDOTECA AÍ?: UM ESTUDO NA REDE HOSPITALAR


UNIVERSITÁRIA PÚBLICA FEDERAL BRASILEIRA

A Banca examinadora abaixo-assinada, aprova o


Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como parte
dos requisitos para obtenção do título de Graduado em
Pedagogia pela Universidade Federal de Alfenas.

Aprovada em: de julho de 2023

Prof.ª Dr.ª Assinatura:


Universidade

Prof.ª Dr.ª Assinatura:


Universidade

Prof.ª Dr.ª Assinatura:


Universidade

Prof. Dr. Assinatura:


Universidade
AGRADECIMENTOS NATALIA

Primeiramente, gostaria de agradecer a Deus, por ter me dado força suficiente para
conseguir concluir mais uma etapa da minha vida de forma gratificante e feliz.

Agradeço também a mim mesma, por ter tido tanta coragem em momentos tão difíceis,
e que mesmo com obstáculos que no início me pareceram impossíveis, eu não desisti e agora
mais forte, estou realizando um grande sonho.

Um agradecimento especial ao meu amigo, parceiro, noivo e futuro esposo Carlos


Daniel que sempre esteve ao meu lado, me encorajando todos os dias a vencer mais uma etapa
da vida de forma prazerosa e alegre, me fazendo sempre acreditar na minha capacidade.

Aos meus familiares, em especial a minha mãe Rosa e ao meu pai Sérgio (in memoriam)
que desde pequena me incentivaram a ser sempre uma pessoa melhor e batalhadora, disposta a
lutar pelos meus sonhos.

Aos meus sobrinhos Kauã e Miguel, que trouxeram mais vida e alegria aos meus
trabalhos da faculdade com suas participações especiais.

A minha querida orientadora Geovania, agradeço de coração por não ter desistido de
suas orientandas “doidinhas” e por ter feito com que essa etapa final tão esperada fosse
construída com muita dedicação, carinho e amizade.

A três mulheres mais que especiais que a Universidade Federal de Alfenas me


presenteou, Raphaely minha dupla de TCC, Geovanna e Rafaela, agradeço eternamente por
terem feito parte de toda essa trajetória e por estarem sempre ao meu lado colaborando tanto no
âmbito profissional como pessoal, que Deus nos permita continuar com essa amizade pelo resto
de nossas vidas.

Agradeço também a todas as outras pessoas especiais que fizeram parte dessa grande
trajetória, amigos e professores que, de alguma forma, deixaram a sua marca que sempre será
lembrada por mim.

Por fim, agradeço à Universidade Federal de Alfenas e toda sua equipe, pela
oportunidade de viver grandes dias de lutas e dias de glórias que sempre farão parte da minha
História.
AGRADECIMENTOS RAPHAELY

Primeiramente, a Deus agradeço por ter me dado saúde, paciência, força, capacidade e
sabedoria nesses quatro anos de formação acadêmica. Sem Ele eu tenho certeza que nada seria
e não estaria aqui.
À minha mãe, que é meu alicerce e que com toda a sua garra e sabedoria não mediu
esforços para que eu realizasse esse sonho, sempre me incentivando e ajudando. Agradeço por
todas suas orações e por não me deixar desistir.
Ao meu pai, que é minha base, que com toda sua paciência e otimismo, me animou nos
dias que pareciam mais difíceis sempre trazendo alegria. Agradeço por toda compreensão,
calma, força e apoio.
Ao meu namorado, Pedro, que tornou os dias mais leves, me incentivou e apoiou na
realização desse trabalho. Agradeço por acreditar em mim, por segurar a minha mão nos
momentos mais difíceis e por estar sempre ao meu lado.
As minhas amigas, Rafaela, Geovanna e em especial para Natália minha amiga e dupla
de TCC, que sempre estiveram comigo, me animando e dividindo de alguma forma as
dificuldades enfrentadas durante o curso. Obrigada por todo apoio e por compartilharem esse
mesmo sonho comigo.
A professora Geovania que com toda sua calma, carinho e dedicação nos orientou na
realização desse trabalho.
Aos professores que estiveram presentes no meu processo de formação. Agradeço por
todos os conhecimentos compartilhados.
A todos os funcionários da UNIFAL e todos aqueles que de forma direta ou indireta
contribuíram com meu processo de formação fornecendo apoio e suportes necessários.
RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo mapear o cumprimento da obrigatoriedade de oferta de


atendimento educacional para crianças e adolescentes em situação de internação por meio da
Brinquedoteca Hospitalar, instituída pela Lei 11.104 de 2005, na rede pública federal de
hospitais universitários. Para isso, analisamos a relação que a Brinquedoteca Hospitalar cria
entre Pedagogia e Saúde, e construímos a compreensão do brincar para o desenvolvimento e
transformação de crianças e adolescentes hospitalizados. Metodologicamente, realizamos um
estudo do tipo pesquisa exploratória, como procedimento, adotamos também a pesquisa
bibliográfica para realizar um estudo na produção teórica acadêmica relativa ao tema estudado.
Para a produção dos dados recorremos ao Serviço de Informação ao Cidadão, por meio da
plataforma Fala.Br visando saber: a) se os hospitais universitários da rede pública federal de
ensino superior cumprem a legislação no referente ao atendimento educacional em
brinquedoteca e; b) em caso positivo, o que é dito sobre a existência/utilização deste espaço no
atendimento/tratamento? Como aspecto positivo, compreendemos, a partir dos estudos
realizados, que a maioria dos hospitais universitários consultados cumprem com o disposto na
Lei 11.104 de 2005 – que dispõe sobre a obrigatoriedade da existência de brinquedoteca nos
hospitais da rede pública federal. Contudo, infelizmente ainda existem aqueles que, por razões
desconhecidas, ainda não cumprem com essa exigência legal tão fundamental para a garantia
do pleno desenvolvimento de crianças e adolescentes e, também, para o restabelecimento de
sua saúde.

Palavras-Chave: educação não formal; Pedagogia Hospitalar; Brinquedoteca Hospitalar;


hospitais universitários federais.
ABSTRACT

This work aimed to map the fulfillment of the mandatory character of the offer for educational
appointment for children and adolescents in a hospitalization situation through the hospital toy
library, established by the Law nº 11.104 of 2005, in the Federal public university hospital
system. For that purpose, we analyzed the relationship that the hospital toy library creates
between Pedagogy and Health, and we built the understanding of playing to the development
and transformation of children and adolescents hospitalized. Methodologically, we made an
exploratory research type of study, as the development process, we have also adopted the
bibliographical research in order to do a study on the theoretical academic production related
to the present theme. For the production of the dada, we resorted to the Serviço de Informação
ao Cidadão, through the Fala.Br platform, in order to answer the following questions: a) If the
university hospitals of the Federal public higher education system fulfill the legislation
regarding the educational appointment in the toy library; b) If yes, what is being said about the
existence/usage of this space for the appointments/treatments? From the studies we did, we
concluded, in a positive aspect, that the majority of the university hospitals that were consulted
fulfill what is being proposed in Law nº 11.104 of 2005 – which states the mandatory character
of the existence of a toy library in the hospitals of the federal public system. However,
unfortunately, there are still those who, for unknown reasons, don’t fulfill this legal requirement
that is so paramount for the assurance of the full development of children and adolescents and,
also, for the reestablishment of their health situation.

Key-words: informal education; Hospital Pedagogy; Hospital Toy Library; federal university
hospitals.
LISTA DE QUADRO

Quadro 1 – Relação dos HU’s pesquisados ..................................................... ........................ 22


LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Número de instituições respondentes ..................................................... .............. 26


Gráfico 2 – Motivos de não haver Brinquedoteca..................................................... ............... 27
Gráfico 3 – Distribuição Geográfica ..................................................... .................................. 27
Gráfico 4 - Presença de profissonais da educação nas Brinquedotecas ....................................29
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

Esenfar – Escola de Enfermagem e Farmácia da Universidade Federal do Alagoas


GTH – Grupo de Trabalho de Humanização
HU – Hospital Universitário
HUJB – Hospital Universitário Júlio Maria Bandeira de Mello
HUPAA – Hospital Universitário Professor Alberto Antunes
IFES – Instituição Federal de Ensino Superior
SciELO – Scientific Electronic Library Online
SIC – Serviço de Informação ao Cidadão
SUS – Sistema Único de Saúde
TCC – Trabalho de Conclusão de Curso
TECA – Território Encantado da Criança e do Adolescente
UFAL – Universidade Federal de Alagoas
UFCG – Universidade Federal de Campina Grande
UFGD – Universidade Federal de Grande Dourado
UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina
UNIFAL – Universidade Federal de Alfenas
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 13
2 TEMA E PROBLEMA: A BRINQUEDOTECA ESCOLAR NO CONTEXTO
DOS HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS DA REDE PÚBLICA FEDERAL DE
ENSINO SUPERIOR ................................................................................................... 16
2.1 BRINQUEDOTECA HOSPITALAR: O DIREITO À EDUCAÇÃO SOB
QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA ................................................................................. 16
2.2 A BRINQUEDOTECA HOSPITALAR COMO CAMPO TEÓRICO-PRÁTICO DA
PEDAGOGIA: O LUGAR DO/A PEDAGOGO/A ………............................……. 17
2.3 HOSPITAL UNIVERSITÁRIO: ESPAÇO DE TRATAMENTO E CURA POR
MEIO DA FORMAÇÃO MÉDICA ............................................................................... 18
3 DESENHO DA PESQUISA: O QUE FOI FEITO; COMO FOI FEITO E
PORQUE........................................................................................................................ 20
4 TEM BRINQUEDOTECA AÍ?: DA PRODUÇÃO À ANÁLISE DOS DADOS .... 22
4.1 MAPEAMENTO DA EXISTÊNCIA DE BRINQUEDOTECA HOSPITALAR NOS
HU’S DA REDE PÚBLICA FEDERAL DE ENSINO SUPERIOR ............................. 22
4.2 TEM PEDAGOGO/EDUCADOR NESTA BRINQUEDOTECA HOSPITALAR??? 29
4.3 O QUE SE DIZ SOBRE A BRINQUEDOTECA HOSPITALAR NOS HU’S DA
REDE PÚBLICA FEDERAL ......................................................................................... 31

4.3.1 Universidade Federal de Alagoas – UFAL ...................................................... 31


4.3.2 Universidade Federal de Campina Grande – UFCG...................................... 32
4.3.3 Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC.......................................... 33
4.3.4 Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD .................................... 34
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 36
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 39
13

1 INTRODUÇÃO

A Constituição Federal de 1988 estabelece que todas as pessoas têm direito à educação.
Esse direito é confirmado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394 de
20 de dezembro de 1996), que ressalta, em seu artigo 4º, uma situação específica de abrangência
deste direito:
Art. 4o-A. É assegurado atendimento educacional, durante o período de internação,
ao aluno da educação básica internado para tratamento de saúde em regime hospitalar
ou domiciliar por tempo prolongado, conforme dispuser o Poder Público em
regulamento, na esfera de sua competência federativa. (BRASIL, 1996)

Além da educação formal, garantida por esse dispositivo legal, no Brasil, crianças e
adolescentes, definidos como pessoas em “condições especiais de desenvolvimento” tem direito
ao desenvolvimento pleno, o que significa “direito a informação, cultura, lazer, esportes,
diversões, espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em
desenvolvimento.” (BRASIL, 1990, Art. 71º.)
Assim, conforme assegurado pela legislação brasileira, crianças e adolescentes cuja
permanência em instituição hospitalar é prolongada, têm direito à continuidade no atendimento
educacional – educação formal –, devendo vivenciar, também, para o bem de seu
desenvolvimento, processos não formais de educação, na instituição hospitalar em que
estiverem internadas.
Embora pareça estranha, essa relação entre educação e hospital se torna de melhor
entendimento quando se considera que nenhuma das duas instituições devem ser vistas como
detentoras exclusivas das funções que exercem na sociedade. Conforme esclarecido por Fontes
(2005, p. 121) “é preciso deixar claro que tanto a educação não é elemento exclusivo da escola
quanto a saúde não é elemento exclusivo do hospital. O hospital é, inclusive, segundo definição
do Ministério da Saúde, um centro de educação.”
A necessidade de unir os fazeres destas duas instituições – escola e hospital – para o
bem do desenvolvimento de crianças e adolescentes não é nova. Conforme a produção teórica
mostra, a Pedagogia Hospitalar surge em 1935, com o objetivo de contribuir com crianças e
adolescentes que por variados motivos, necessitassem de acompanhamento médico por longo
período, ficando impedidas de prosseguir com os estudos escolares. Atualmente, conforme
estudado, a Pedagogia Hospitalar e a atuação de profissionais da área em instituições
hospitalares são percebidas, teoricamente, por duas correntes distintas. A primeira, com
respaldo legal,
14

defende a presença de professores em hospitais para a escolarização das crianças e


jovens internados segundo os moldes da escola regular, contribuindo para a
diminuição do fracasso escolar e dos elevados índices de evasão e repetência que
acometem frequentemente essa clientela em nosso país. (FONTES, 2005, p. 121.).

Sem negar a garantia do direito, a segunda corrente teórica, defende que não basta
somente impor a educação escolar no hospital, é preciso construir uma prática pedagógica
própria para o contexto hospitalar, que tenha como objetivo principal a recuperação da saúde
da criança enferma hospitalizada (FONTES, 2005).
Em termos estruturais, a Pedagogia Hospitalar se caracteriza por conter modalidades de
atendimento distintas, sendo Classe, Leito e Brinquedoteca. A Classe Hospitalar é a modalidade
em que se dá oportunidade de continuidade dos estudos durante o período de internação; o Leito
é reconhecido pela atenção diferenciada e individual que deve ser garantida aos pacientes que
não conseguem se locomover pelo hospital e, por fim, a Brinquedoteca modalidade de
atendimento que apresentaremos mais detalhadamente ao longo deste trabalho por ser o tema
da pesquisa que realizamos.
Conforme estudado por nós, a questão central na brinquedoteca é o brincar que, com
sua relação com a ludicidade, colabora com o tratamento/restabelecimento da saúde da criança
enferma. Em termos teóricos, esse tipo de atendimento se aproxima da segunda corrente teórica
citada anteriormente, já que não se destina à continuidade do atendimento educacional formal.
Desse modo, é preciso compreender, que a educação não formal também tem suas
especificidades e contribui extremamente para com o desenvolvimento dos sujeitos envolvidos.
Ou seja, a escola é sim extremamente importante, mas não é detentora do saber e de
transformações. A educação não formal, inclusive, permite muito que a criança relacione o seu
cotidiano com o aprendizado de uma maneira lúdica e ativa, sem necessariamente ter que seguir
determinados requisitos formais que se fazem presentes no ambiente escolar por exemplo “com
a educação não formal existe uma maior liberdade para ensinar e aprender, o que facilita o
atendimento às necessidades individuais, que são naturais de cada ser humano.” (QUADRA;
D’AVILLA, 2016, p. 22-23)
Por outro lado, a brinquedoteca é uma forma de atendimento que possui, também,
características próprias da primeira corrente teórica, visto que as práticas pedagógicas
desenvolvidas neste espaço contribuem para o desenvolvimento de aprendizagens e construção
de conhecimentos pelas crianças e adolescentes que delas participam.
Embora exista, no Brasil, a obrigatoriedade de existência e funcionamento de
brinquedoteca em unidades hospitalares que atendam a crianças e adolescentes (Lei
11.104/2005), sabemos que na realidade esse espaço/atendimento não se faz presente em nosso
15

cotidiano. Considerando esse fato e a relação que a brinquedoteca hospitalar cria entre
Pedagogia e Saúde, nos interessamos por aprofundar e compreender melhor a temática. Assim,
além de buscar satisfazer esse interesse acadêmico pessoal, a realização desta pesquisa contribui
para ampliar nossos conhecimentos sobre esse campo da Pedagogia. Em síntese, nossa escolha
se justifica por entendermos que
Estudar a brinquedoteca dentro dos hospitais é importante pois, podemos entender
como se deve atuar em uma brinquedoteca, onde o papel do brincar colabora para a
evolução e transformação das crianças e adolescentes, onde vão se interagir mais, criar
autonomia, esquecer sua doença, angústia, aprender a lidar com a separação dos
familiares, criando um ambiente mais acolhedor, alegre e lúdico. (OLIVEIRA;
SILVA; FANTACINI, 2016, p. 89-90).

Do mesmo modo temos também como justificativa da escolha, relatos colhidos no nosso
cotidiano da falta que esse tipo de atendimento faz. Como exemplo temos o relato de uma
médica que durante uma consulta, ao saber que esse era o tema de nosso TCC, relatou que sua
filha precisou ficar internada por um longo período e que o hospital não oferecia Brinquedoteca.
Ela se viu obrigada a, por conta própria, levar os brinquedos para que sua filha tivesse
momentos de brincadeiras, para que assim pudesse exercer sua imaginação e esquecer dos
momentos de dor, sofrimento e angústia, sentimentos esses que são muito presentes no
ambiente hospitalar e podem ser atenuados com o atendimento na brinquedoteca hospitalar.
Sabendo que não é comum existir esse tipo de atendimento nas unidades hospitalares
em geral, focalizamos, em nosso estudo, a rede federal de hospitais universitários – hospitais
modelos conforme estudamos – para pesquisar sobre a existência e formas de atuação da
brinquedoteca hospitalar nessas instituições.
Nesse trabalho apresentamos os resultados da pesquisa. No primeiro capítulo abordamos
os dois principais elementos do estudo, que são a Brinquedoteca Hospitalar e os Hospitais
Universitários. No segundo capítulo tratamos da metodologia adotada na pesquisa,
apresentando o que foi feito, como foi feito e as devidas justificativas, além dos procedimentos
realizados para chegarmos a este Trabalho de Conclusão de Curso. No terceiro capítulo são
apresentados e discutidos os dados produzidos na pesquisa e, por fim, seguem as considerações
finais de nosso estudo.
16

2 TEMA E PROBLEMA: A BRINQUEDOTECA ESCOLAR NO CONTEXTO DOS


HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS DA REDE PÚBLICA FEDERAL DE ENSINO
SUPERIOR

2.1. Brinquedoteca hospitalar: o direito à educação sob qualquer circunstância

Segundo estudos realizados, as primeiras brinquedotecas começaram a surgir a partir do


século XX. Em um primeiro momento, elas surgem como uma ideia de empréstimo de
brinquedos, pois, muitas crianças pobres não tinham com o que brincar e por isso muitas
roubavam brinquedos em lojas. A partir de 1963, de acordo com Morais e Paula (2010, p. 78)
com o surgimento da primeira Ludoteca “destinada para empréstimo de brinquedos e orientação
de pais e crianças excepcionais sobre qual a melhor forma de brincar para estimular tais
crianças”, a brinquedoteca passa a ter também relação com a saúde dos sujeitos envolvidos.
A Brinquedoteca Hospitalar é um espaço constituído de brinquedos e jogos, que
contribui para o desenvolvimento de atividades lúdicas tanto individuais quanto coletivas,
visando uma total valorização do brincar. Essa valorização se faz porque o brincar é essencial
para o processo de desenvolvimento da criança, pois enquanto está em interação com o
brinquedo, com o ambiente e com os outros ela está desenvolvendo suas habilidades,
sociabilidade e criatividade, conforme apontado na produção teórica:
A Brinquedoteca não é apenas um amontoado de brinquedos, são objetos imóveis que
ganham vida nas mãos das crianças’. Ou seja, a brinquedoteca permite a criança ir
além do mundo real. Quando ela brinca de casinha, de ser mãe, pai, médico, ela viaja
no seu imaginário. (FRIEDMANN, 1992, p. 68 apud MORAIS; PAULA, 2010, p.76).

Como, em um ambiente hospitalar e em situação de adoecimento, essas práticas


poderiam ser impossíveis e crianças e adolescentes ficariam expostas, somente, ao medo, à
ansiedade e às angústias, como visto anteriormente, neste local a importância da brinquedoteca
hospitalar se destaca. Trata-se de um espaço próprio para o brincar, visando colaborar com o
enfrentamento da rotina que pode ser muito desgastante para todos os sujeitos envolvidos, pois,
como se sabe, o hospital é um ambiente no qual se constroem turbilhões de sentimentos e
emoções, e eles podem ser muito traumáticos para as crianças e seus responsáveis. (LEITE et
al. 2013).
Na brinquedoteca, segundo Souza, Teles e Soares (2017, p. 249) se dá grande ênfase na
relevância que o “ato de brincar tem na recuperação do aluno hospitalizado, pois brincando a
criança aprende a desenvolver suas potencialidades, cria laços de afetividade e, principalmente,
aprende sem medo de errar, simplesmente por prazer.”, sendo portanto, um tipo de atendimento
17

educacional fundamental para que crianças e adolescentes, internados, tenham uma vida mais
próxima do “normal”.
Seguindo o princípio de que todos têm o direito à educação sob qualquer circunstância
a oferta do atendimento pedagógico hospitalar na modalidade da Brinquedoteca hospitalar se
tornou obrigatória, no Brasil, no ano de 2005, pela Lei N° 11.104 de 21 de março de 2005,
conforme se apresenta a seguir:
Art. 1º Os hospitais que ofereçam atendimento pediátrico contarão, obrigatoriamente,
com brinquedotecas nas suas dependências.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se a qualquer unidade de
saúde que ofereça atendimento pediátrico em regime de internação.
Art. 2º Considera-se brinquedoteca, para os efeitos desta Lei, o espaço provido de
brinquedos e jogos educativos, destinado a estimular as crianças e seus
acompanhantes a brincar.
Art. 3º A inobservância do disposto no art. 1º desta Lei configura infração à legislação
sanitária federal e sujeita seus infratores às penalidades previstas no inciso II do art.
10 da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977.
(BRASIL, 2005)

A existência e funcionamento da Brinquedoteca Hospitalar, portanto, é de caráter


obrigatório para as unidades de saúde que ofereçam atendimento pediátrico em regime de
internação. Esta obrigatoriedade se dá porque, para além de contribuir no
desenvolvimento/educação de crianças e adolescentes internados, a brinquedoteca hospitalar
vai “[...] auxiliar na recuperação da criança por meio da redução do sofrimento causado pelo
processo de internação e adoecimento, e assim promovendo a humanização hospitalar.” (LEITE
et al., 2013, p. 26). Para a criança:
O ato de brincar oferece à criança a oportunidade de viver sua infância descobrindo,
explorando, aprendendo, resolvendo, persistindo, convivendo e se comunicando com
o mundo de forma espontânea, criativa, autônoma e feliz. Portanto, a promoção do
brincar no espaço hospitalar refletirá positivamente na vida da criança, neste momento
específico em que ela se encontra em tratamento médico, permitindo-a expressar seus
sentimentos e necessidades que podem estar fragilizados e ampliados. (LEITE et al.,
2013, p. 38)

Outro ponto importante a ser considerado, é que a brinquedoteca não contribui somente
quando a criança se encontra no ambiente hospitalar, mas contribui também preparando a tão
esperada volta para casa, principalmente quando se trata de uma internação prolongada e/ou
traumática. (OLIVEIRA; SILVA; FANTACINI, 2016).

2.2. A Brinquedoteca hospitalar como campo teórico-prático da pedagogia: o lugar do/a


pedagogo/a
Como modalidade de atendimento educacional, a Brinquedoteca Hospitalar se liga, na
teoria e na prática à Pedagogia, sendo, assim, um lugar de realização da prática de pedagogos.
18

Conforme consta na produção teórica estudada, esse profissional “por meio de sua formação
atua em diferentes campos educativos e o hospital é um desses exemplos, onde ele faz o
acompanhamento pedagógico de crianças internadas com o intuito de acompanhar o
desenvolvimento do processo de aprendizagem.” (SOUZA; TELES; SOARES, 2017, p. 243).
Dessa forma, o pedagogo deve juntamente com a equipe multiprofissional que atua no
tratamento da criança e/ou adolescente hospitalizados, dialogando e buscando, no contato com
o/a internado/a, entender qual o melhor tipo de atendimento a ser realizado em cada caso, de
forma a contribuir com sua recuperação e aprendizagem.
Mobilizando os conhecimentos adquiridos em sua formação e experiência, o pedagogo
deve proporcionar atividades lúdicas que estimulem o desenvolvimento integral da criança que,
por motivo de internação não pode mais brincar como brincava antes. Portanto, “a função do
pedagogo hospitalar não é apenas de manter as crianças ocupadas, mas estimulá-las por meio
de seu conhecimento, interagindo com elas e proporcionando condições para a aprendizagem.”
(SOUZA; TELES; SOARES, 2017, p. 248).
É importante salientar que o pedagogo, ao propor atividades para crianças e adolescentes
hospitalizados no ambiente da brinquedoteca, deve levar em conta as necessidades,
especificidades, interesses e idade das crianças, não se esquecendo que a criança aprende e
desenvolve suas potencialidades através da brincadeira e da interação. Contudo, pela situação
de cada uma, essas atividades deverão ser flexíveis e permitir alteração na medida da evolução
do caso e aceitação da criança. (SOUZA; TELES; SOARES, 2017).
No conjunto, essas atividades visam “proporcionar aos alunos hospitalizados uma
melhor interação social, além disso, possibilitar a alegria deles nos momentos das atividades,
que vão estimulando suas aptidões e colaboram em seu quadro clínico.” (SOUZA; TELES;
SOARES, 2017, p. 252). De acordo com essa afirmativa, ao levar em conta as necessidades das
crianças e ao propor atividades que permitem a interação com o meio e com as outras pessoas,
o pedagogo contribui para a evolução de maneira positiva para o quadro de saúde das crianças
enfermas, tornando seu trabalho altamente relevante.

2.3. Hospital universitário: espaço de tratamento e cura por meio da formação médica

Os hospitais universitários – HUs – são espaços destinados à formação de profissionais


da área da saúde, onde se realiza o tripé da formação universitária – ensino, pesquisa e extensão.
São instituições que oferecem assistência médico-hospitalar à população (CARMO;
ANDRADE; MOTA, 2007), sendo caracterizadas como centros de referência de média e alta
19

complexidade para o Sistema Único de Saúde – SUS – (BRASIL, 2021). São definidos como
“todas as unidades hospitalares, gerais ou especializadas, públicas ou privadas, próprias ou
conveniadas com Instituição de Ensino Superior, que servirem de campo para prática de
atividades curriculares na área da saúde” (LOBO et al., 2016, p.10). Os HU’s se caracterizam,
ainda, por serem “aqueles de propriedade de instituição de ensino superior, federal ou estadual,
com atividades articuladas de assistência, ensino e pesquisa” (LOBO et al., 2016, p.10).
Como instituições de ponta na área da saúde, os HU’s, pelo que estudamos, também
“fazem o aprimoramento permanente do atendimento e elaboram protocolos técnicos para
diversas patologias” (MOTA; OLIVEIRA; VASCONCELOS, 2021, p. 5). São, deste modo,
instituições modelares pela qualidade do serviço que prestam e precisam fazer uma formação
profissional, dando, aos futuros médicos, o conhecimento de todas as possibilidades,
alternativas e obrigações que envolvem o cuidado dos pacientes.
Assim, nossa pesquisa foi feita para responder a seguinte pergunta: se o hospital de
ensino é instituição modelar por ter/ser espaço de formação e se a brinquedoteca hospitalar é
um direito assegurado às crianças em situação de internação hospitalar, interessa saber: a) se os
hospitais universitários da rede pública federal de ensino cumprem a legislação no referente ao
atendimento educacional em brinquedoteca e; b) em caso positivo, o que é dito sobre a
existência/utilização deste espaço no atendimento/tratamento?
20

3 DESENHO DA PESQUISA: O QUE FOI FEITO; COMO FOI FEITO E PORQUE

Para conhecermos o cumprimento da obrigação de oferecer atendimento pedagógico


hospitalar por meio da brinquedoteca na rede hospitalar pública federal, desenvolvemos uma
pesquisa do tipo exploratória quanto aos objetivos. São pesquisas
desenvolvidas com o objetivo de proporcionar visão geral, de tipo aproximativo,
acerca de determinado fato. Este tipo de pesquisa é realizado especialmente quando o
tema escolhido é pouco explorado e torna-se difícil sobre ele formular hipóteses
precisas e operacionalizáveis. (GIL, 2008, p. 27)

No nosso caso, não identificamos, na produção teórica que estudamos, nenhum trabalho
que informasse sobre Brinquedoteca Escolar em HU’s da rede federal de ensino superior. Por
isso escolhemos fazer uma exploração inicial do fato.
Nos procedimentos, nossa pesquisa foi de tipo de Estudo de Caso, tendo a Rede
Hospitalar Universitária Federal como caso/unidade de estudo. É um tipo de pesquisa
“caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira a
produzir seu conhecimento amplo e detalhado” consistindo em “um estudo empírico que
investiga um fenômeno atual por meio de seu contexto de realidade” (GIL, 2008. p. 57-58).
Em nossa pesquisa também foi adotado, como procedimento, a pesquisa bibliográfica
para identificar e estudar produção teórica acadêmica relevante sobre os temas envolvidos na
pesquisa – Brinquedoteca Hospitalar e Hospitais Universitários. A pesquisa bibliográfica, pelo
que estudamos, é “desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente
de livros e artigos científicos.” (GIL, 2002, p. 44).
Neste procedimento consideramos artigos resultantes de produção/pesquisas
acadêmicas acessadas em sites como Periódicos Capes (Portal de Periódicos, da Coordenação
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), Google Acadêmico e SciELO (Scientific
Electronic Library Online). Buscamos explorar sites confiáveis como esses, para que assim, o
nosso objetivo fosse alcançado com maior clareza e confiança.
Nosso problema de pesquisa foi abordado quantitativa e qualitativamente. A abordagem
quantitativa, no nosso estudo, consistiu na produção de dados para o mapeamento da existência
e funcionamento de Brinquedoteca em hospitais universitários públicos federais. Para obtenção
desses dados foi utilizada a Plataforma Integrada de Ouvidoria e Acesso à Informação, no qual
foi enviada uma solicitação de informação que será mais detalhada no próximo capítulo. Esses
dados foram, posteriormente, complementados com informações sobre o funcionamento destas
brinquedotecas, e, ainda, se há, nelas, profissionais da área da Pedagogia compondo a equipe
de atendimento infanto-juvenil.
21

A parte qualitativa, com caráter descritivo, foi feita pelo estudo de informações sobre
Brinquedoteca em HU’s federais para conhecermos o que é dito sobre a existência/utilização
deste espaço no atendimento/tratamento de crianças e adolescentes em internação? Adotamos,
também essa abordagem, pois, a pesquisa qualitativa de acordo com Groppo e Martins (2006,
p. 61), “toma estes dados como parte de um contexto fluente de relações, não apenas como
coisas isoladas ou acontecimentos fixos captados num instante de observação.” Ou seja, nessa
análise fizemos o uso do caráter subjetivo, no qual analisamos, compreendemos e após isso
interpretamos os dados das pesquisas, dessa forma, compreende-se que cálculos e números não
dariam conta de analisar o problema proposto.
Todo o material produzido foi organizado de modo a fornecer, para nós e para quem ler
nosso trabalho, uma descrição geral do tema estudado.
22

4 TEM BRINQUEDOTECA AÍ?: DA PRODUÇÃO À ANÁLISE DOS DADOS

4.1 MAPEAMENTO DA EXISTÊNCIA DE BRINQUEDOTECA HOSPITALAR NOS


HU’S DA REDE PÚBLICA FEDERAL DE ENSINO SUPERIOR

Buscando por uma melhor forma de realizar o levantamento de dados optamos por
utilizar a Plataforma Integrada de Ouvidoria e Acesso à Informação (Fala.BR1), visto que o
módulo relativo ao Serviço de Informação ao Cidadão (SIC)2 foi integrado a essa plataforma e
seu uso é obrigatório em todas as unidades da administração pública federal brasileira.
Por meio deste serviço fizemos o levantamento de todos os hospitais universitários
públicos federais que se encontram nessa plataforma. Foram levantadas 39 HU’s públicos
federais. Posteriormente, com o auxílio da mesma ferramenta, foi enviada, para todas as
instituições levantadas, a seguinte solicitação de informação:
Existe brinquedoteca hospitalar nessa instituição? Em caso positivo há profissionais
da educação (pedagogos/as; professores/as) atuando na brinquedoteca? Ainda, em
caso positivo, qual o contato da brinquedoteca e/ou da pessoa responsável pelo órgão?
Em caso negativo, há alguma razão que justifique a não existência de brinquedoteca
no hospital?

No quadro 1, a seguir, é possível visualizar informações de identificação das


instituições levantadas, dados da localização de cada uma, a universidade a que cada uma é
vinculada e, ainda, se responderam ou não as questões e algumas observações se necessárias.
Quadro 1. Relação dos HU’s pesquisados
Instituição – Universidade Não Não
Região Estado Cidade HU – IFES Informou Possui possui
Hospital
Distrito Universidade
Centro- Brasília Universitário
Federal de Brasília
Oeste de Brasília X

1
“A Plataforma Integrada de Ouvidoria e Acesso à Informação - Fala.BR, desenvolvida pela Controladoria--Geral
da União (CGU), é um canal integrado para encaminhamento de manifestações (pedidos de acesso à informação,
denúncias, reclamações, solicitações, sugestões, elogios e simplifique) a órgãos e entidades do poder público.”
(CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO. Manual do Fala.BR - Módulo de Acesso à Informação: Guia do
Usuário. Brasília. 2020. Disponível em:
https://repositorio.cgu.gov.br/bitstream/1/46644/1/manual_falabr_guia_usuario.pdf).
2
Conforme apresentado por Moraes e Paiva (2023, p. 3), “O Sistema Eletrônico do Serviço de Informações ao
Cidadão (e-SIC) é um espaço virtual que abrange especificamente a transparência passiva na gestão pública. Isso
quer dizer que a informação só é transparente quando motivada pelo usuário. Amparado pela Lei 12. 527, de 18
de novembro de 2011, esse canal de comunicação objetiva facilitar o acesso à informação pública produzida por
Órgãos do Poder Executivo Federal e suas entidades integrantes e empresas estatais (BRASIL, 2011). O e-SIC é
um canal de interação entre a sociedade e o poder público que contribui, positivamente, para democratizar a
informação de modo mais justo e igualitário.” (MORAIS, Luciana de; PAIVA, Eliane Bezerra. Um estudo com
autoridades de monitoramento do Sistema Eletrônico do Serviço de Informação ao Cidadão (e-SIC) perfil dos
gestores. RDBCI: Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, v. 19, p. e021002, 2023)
23

Hospital das
Clínicas da Universidade
Goiás Goiânia Universidade Federal de
Centro- Federal de Goiás
Oeste Goiás X
Hospital Universidade
Mato
Centro- Cuiabá Universitário Federal de
Grosso
Oeste Julio Muller Mato Grosso X
Hospital Universidade
Mato
Universitário Federal de
Grosso do Dourados
Centro- de Grande Grandes
Sul
Oeste Dourados Dourados X
Hospital
Universidade
Mato Universitário
Campo Federal de
Grosso do Maria
Grande Mato Grosso
Centro- Sul Aparecida
do Sul
Oeste Pedrossian X
Hospital
Universitário Universidade
Alagoas Maceió Professor Federal do
Alberto Alagoas
Nordeste Antunes X
Maternidade Universidade
Bahia Salvador Climério de Federal da
Nordeste Oliveira Bahia X
Complexo
Hospitalar Universidade
Bahia Salvador Universitário Federal da
Professor Bahia
Nordeste Edgard Santos X
Complexo
Hospitalar da
Universidade
Federal do
Ceará -
Hospital
Universidade
Universitário
Ceará Fortaleza Federal do
Walter
Ceará
Cantídio
(HUWC) e
Maternidade
Escola Assis
Chateaubriand
Nordeste (MEAC) X
Hospital
Universitário
Universidade
da
Maranhão São Luís Federal do
Universidade
Maranhão
Federal do
Nordeste Maranhão X
Hospital
Universidade
Universitário
Federal de
Paraíba Cajazeiras Júlio Maria
Campina
Bandeira de
Grande
Nordeste Mello X
Hospital Universidade
Campina Universitário Federal de
Paraíba
Grande Alcides Campina
Nordeste Carneiro Grande X
24

Hospital
Universidade
Universitário
Paraíba João Pessoa Federal da
Lauro
Paraíba
Nordeste Wanderley X
Hospital das Universidade
Pernambuco Recife Clínicas de Federal de
Nordeste Pernambuco Pernambuco X
Hospital de
Universidade
Ensino Dr.
Federal do
Pernambuco Petrolina Washington
Vale do São
Antônio de
Francisco
Nordeste Barros X
Hospital
Universitário
Universidade
da
Piauí Teresina Federal do
Universidade
Piauí
Federal do
Nordeste Piauí X
Maternidade Universidade
Rio Grande Escola Federal do
Palmas
do Norte Januário Rio Grande
Nordeste Cicco do Norte X
Universidade
Hospital
Rio Grande Federal do
Natal Universitário
do Norte Rio Grande
Onofre Lopes
Nordeste do Norte X
Universidade
Hospital
Rio Grande Federal do
Santa Cruz Universitário
do Norte Rio Grande
Ana Bezerra
Nordeste do Norte X
Hospital Universidade
Sergipe Lagarto Regional de Federal de
Nordeste Lagarto Sergipe X
Hospital
Universitário
Universidade
da
Sergipe Aracaju Federal de
Universidade
Sergipe
Federal de
Nordeste Sergipe X
Hospital
Universitário
Universidade
da
Amapá Macapá Federal do
Universidade
Amapá
Federal do
Norte Amapá X
Hospital
Universidade
Universitário
Amazonas Manaus Federal do
Getúlio
Amazonas
Norte Vargas X
Complexo
Hospitalar
Universitário
da
Universidade Universidade
Pará Belém Federal do Federal do
Pará – Pará
Hospitais
Universitários
João de
Norte Barros X
25

Barreto e
Bettina Ferro
de Souza
Hospital de Universidade
Tocantins Palmas Doenças Federal do
Norte Tropicais Tocantins X
Hospital
Universidade
Universitário
Espírito Federal do
Vitória Cassiano
Santo Espírito
Antônio
Santos
Sudeste Moraes X
Hospital
Universidade
Minas Universitário
Juiz de Fora Federal de
Gerais de Juiz de
Juiz de Fora
Sudeste Fora X
Hospital das
Clínicas da Universidade
Minas Universidade Federal do
Uberaba
Gerais Federal do Triângulo
Triângulo Mineiro
Sudeste Mineiro X
Hospital de Universidade
Minas
Uberlândia Clínicas de Federal de
Gerais
Sudeste Uberlândia Uberlândia X
Hospital das
Clínicas da Universidade
Minas Belo
Universidade Federal de
Gerais Horizonte
Federal de Minas Gerais
Sudeste Minas Gerais X
Hospital
Universidade
Rio de Universitário
Niterói Federal
Janeiro Antônio
Fluminense
Sudeste Pedro X
Hospital Universidade
Rio de Rio de Universitário Federal do
Janeiro Janeiro Gaffrée e Estado do Rio
Sudeste Guinle de Janeiro X
Hospital
Universitário
Universidade
da
São Paulo São Carlos Federal de
Universidade
São Carlos
Federal de
Sudeste São Carlos X
Complexo
Hospitalar de
Universidade
Clínicas da
Paraná Curitiba Federal do
Universidade
Paraná
Federal do
Sul Paraná X
Universidade
Hospital de
Rio Grande Federal do
Porto Alegre Clínicas de
do Sul Rio Grande
Porto Alegre
Sul do Sul X
Hospital
Universitário Universidade
Rio Grande
Rio Grande Dr. Miguel Federal do
do Sul
Riet Côrrea Rio Grande
Sul Júnior X
26

Hospital
Escola da Universidade
Rio Grande
Pelotas Universidade Federal de
do Sul
Federal de Pelotas
Sul Pelotas X
Hospital
Universidade
Rio Grande Universitário
Santa Maria Federal de
do Sul de Santa
Santa Maria
Sul Maria X
Hospital
Universitário Universidade
Santa Professor Federal de
Florianópolis
Catarina Polydoro Santa
Ernani de São Catarina
Sul Thiago X

FONTE: Produção da pesquisa, 2023.

Gráfico 1. Nº de instituições respondentes

FONTE: Produção da pesquisa, 2023.

Em relação à disponibilização da informação solicitada, destacamos primeiro, o fato de


todos os HU’s terem respondido à nossa solicitação. Contudo, em 4 das 39 respostas (10,25%)
não apresentaram em sua resposta, a informação solicitada.
Do total de HU’s que responderam à nossa solicitação de informação, 24 (61,5%)
afirmaram possuir Brinquedoteca Hospitalar e 11 (20,20%) não possuem este espaço para
atendimento educacional.
27

Gráfico 2. Motivos de não haver Brinquedoteca

FONTE: Produção da pesquisa, 2023.

Entre esses onze, cinco não têm por não atender crianças ou não as manter em regime
de internação; um HU não explicou a razão de não ter brinquedoteca e os outros cinco HU’s
informaram estar em processo de implantação, sendo que um deles informou ter uma
brinquedoteca que não está em funcionamento.

Gráfico 3. Distribuição Geográfica

FONTE: Produção da pesquisa, 2023.

Obtivemos informação de haver Brinquedoteca em HU’s das cinco regiões do País


como mostramos no gráfico 3 apresentado acima. A região Nordeste é onde identificamos o
maior número de Brinquedoteca Hospitalar em HU’s da Rede Pública Federal (37,5%), seguida
28

pela Região Sul (25%) e pela Sudeste (aproximadamente 20,9%). Na região Centro-oeste o
número encontrado foi de três Brinquedotecas correspondendo a 12,5% e na região Norte foi
encontrado apenas uma Brinquedoteca, correspondendo a aproximadamente 4,2%.
Em termos de Estado, se destaca, no Quadro 1, o Rio Grande do Sul com a maior
concentração de HU’s federais que possuem Brinquedoteca (4). O Rio Grande do Norte, Mato
Grosso do Sul, Paraíba e Minas Gerais ficam em segundo lugar, com 2. Já os estados do Mato
Grosso, Alagoas, Bahia, Maranhão, Pernambuco, Sergipe, Tocantins, Rio de Janeiro, São
Paulo, Paraná e Santa Catarina possuem 1 HU’s da rede pública federal com Brinquedoteca
Hospitalar.
A cidade de Salvador é a única, conforme descrito na Quadro 1, que possui 2
brinquedotecas em HU’s federais, cada uma em uma unidade específica.
Os dados produzidos na pesquisa e apresentados neste capítulo nos possibilitaram
analisar o cumprimento ou não da Lei 11.104 de 2005 – que dispõe sobre a obrigatoriedade da
existência de brinquedoteca nos hospitais – pelos HU’s da rede pública federal de ensino
superior do Brasil. Notamos, como aspecto positivo, que a maioria dos HU’s que apresentam,
em sua resposta, a informação que solicitamos (61,5%) possuem Brinquedoteca Hospitalar,
cumprindo, dessa forma, com o disposto no artigo 1º da lei acima mencionada.
Como sabido, a criança mesmo que hospitalizada, não deixa de ser criança, precisando
ter garantido seu direito de brincar. Além disso, quando hospitalizadas, as crianças “começam
a demonstrar efeitos psicológicos negativos, os quais são geradores de intenso descontrole
emocional, como ansiedade, depressão, culpa e autopunição.” (SILVA; FANTACINI, 2013, p.
34). Assim sendo, a brinquedoteca surge como uma forma da criança sair desse lugar de medo
e insegurança que o hospital pode gerar, pois através do brincar ela consegue usar sua
imaginação, criatividade e ir para “outro mundo” que por um momento a ajudará a amenizar
seu sofrimento.
Ainda segundo Silva e Fantacini (2013, p. 47) “outro ponto importante do brincar é a
possibilidade de desenvolver condições que envolvam a imaginação da criança, em que elas
poderão construir histórias de modo que descreverá a sua vivência ou suas necessidades”. Ou
seja, através do brincar, a criança poderá expressar seus sentimentos, emoções e necessidades,
o que contribuirá para seu processo de recuperação.
De acordo com Paula e Foltran (2008, p. 3) “é possível compreender que brincar é coisa
séria, pois na brincadeira há sinceridade, engajamento e doação”. Brincar, no entender destas
autoras, não é só um passatempo para as crianças; é um estímulo para seu desenvolvimento,
interação e expressão. Daí outra razão que reforça a importância da brinquedoteca hospitalar,
29

pois “estes espaços, além de tornarem o ambiente hospitalar mais acolhedor, também
oportunizam situações de socialização e desenvolvimento das habilidades dos pacientes como:
atenção, concentração, afetividade, cognição, dentre outras.” (PAULA; FOLTRAN, 2008, p. 3)
Em relação aos HU’s que informaram não possuir brinquedoteca, chama atenção os 5
que justificaram a inexistência informando estar em processo de implantação. Muitas podes ser
as razões para que implantação ainda esteja em processo, pois, a lei já existe desde 2005,
havendo, assim, um possível atraso no atendimento a essa exigência legal.
Além de permitir e contribuir com a alegria das crianças, segundo Silvério e Rúbio
(2012, p. 9)
Os objetivos mais marcantes das Brinquedotecas Hospitalares são: diminuir a
ansiedade e os traumatismos dos rituais de hospitalização; fortalecer a estrutura
familiar, recuperar e/ou fortalecer a auto-imagem, autoconfiança e auto-estima,
estabelecendo relações amigáveis e prazerosas que procuram minimizar os entraves
relacionados às doenças e ao tratamento.

Sendo assim, nota-se que os hospitais que não disponibilizam atendimento educacional
na modalidade da brinquedoteca hospitalar além de negar o direito ao desenvolvimento pleno
das crianças, lhes negam um processo de recuperação menos pesado ao não lhes oferecer um
lugar de “escape” para poder se divertir e esquecer por alguns momentos das salas frias, sem
cor e com procedimentos invasivos que causam dor e sofrimento.

4.2 TEM PEDAGOGO/EDUCADOR NESTA BRINQUEDOTECA HOSPITALAR???

Com os dados produzidos em nossa pesquisa, foi possível mapear a presença de


profissionais da educação, inclusive de pedagogos, nas brinquedotecas hospitalares dos HU’s
que responderam ofertar essa modalidade de atendimento educacional. No Gráfico 4, que segue,
apresentamos o resultado quantitativo deste mapeamento.
Gráfico 4. Presença de profissionais da educação nas Brinquedotecas

FONTE: Produção da pesquisa, 2023.


30

Através da pesquisa foi possível constatar que dos vinte quatro hospitais que contam
com brinquedoteca hospitalar, quatorze (58,3%) tem profissionais da educação, incluindo
pedagogos, na equipe; nove (37,5%) não contam com esses profissionais e um não ofereceu a
informação.
Embora um pouco mais que a maioria conte com a presença de profissionais
especializados para realizar este atendimento educacional, ter um percentual próximo da metade
dos HU’s com brinquedoteca sem a presença destes profissionais é um dado preocupante.
Primeiro porque, como o nome já indica, a Brinquedoteca é uma modalidade de atendimento
Educacional.
Segundo porque, de acordo com Silva e Fantacini (2013, p. 44), “o trabalho do pedagogo
no hospital é muito importante para ajudar o aluno nas necessidades de desenvolvimento
pedagógico, auxiliando no trabalho psicológico e social da criança”, ou seja, o trabalho do
pedagogo no hospital não se limita apenas ao desenvolvimento de atividades relacionadas ao
cognitivo e ao acompanhamento de atividades que seriam realizadas na escola, mas também,
em relação ao desenvolvimento integral da mesma envolvendo o psicológico e o social.
Com sua formação técnica, o pedagogo tem a possibilidade de contribuir com o processo
de recuperação das crianças ao escutar, interagir, proporcionar atividades lúdicas, brincar e
incentivar a criança e para isso “é de extrema importância que o educador tenha conhecimento,
repertorio educativo para lidar com a criança no enfrentamento da (internação) doença”
(NOFFS; CARNEIRO, 2010, p. 7).
No hospital, segundo Silvério e Rúbio (2012, p. 2):
O pedagogo tem a função de orientar, estimular e motivar a pessoa enferma e
hospitalizada a prosseguir com seu aprendizado, afinal ela continua em crescimento e
desenvolvimento e este processo não pode e não deve ser interrompido por ocasião de
uma internação.

Assim, salienta-se a importância de profissionais da educação nas brinquedotecas, pois


eles poderão contribuir com o desenvolvimento integral da criança que, mesmo hospitalizada,
continua crescendo e com isso também aprendendo. Seu desenvolvimento, como já mencionado
é cognitivo, físico, social e psicológico. Conforme já se afirmou em outras passagens, “o
pedagogo, ao promover experiências vivenciais dentro de um hospital - brincar, pensar, criar,
trocar estará favorecendo seu desenvolvimento, que não deve ser interrompido em função de
uma hospitalização” (SILVÉRIO; RÚBIO, 2012, p. 15).
Com isso reafirmamos a necessidade de profissionais capacitados para atuarem nas
brinquedotecas hospitalares que irão contribuir com além do desenvolvimento, mas também
com a recuperação das crianças enfermas hospitalizadas.
31

4.3. O QUE SE DIZ SOBRE A BRINQUEDOTECA HOSPITALAR NOS HU’S DA REDE


PÚBLICA FEDERAL

Buscando continuar nos aprofundando no assunto, buscamos, em publicações da


internet com foco nos noticiários, informações sobre HU’s brinquedotecas da rede pública
federal de ensino superior, com o objetivo de tentar entender como essa forma de atendimento
é percebida. A seguir apresentamos, com breves comentários, o que encontramos.

4.3.1. Universidade Federal de Alagoas – UFAL

Segundo a notícia “Brinquedoteca é oficialmente inaugurada no Hospital Universitário”


publicada no ano de 20173, em comemoração ao aniversário de um ano de um projeto de
extensão em Ludoterapia, o Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA)
juntamente da Escola de Enfermagem e Farmácia (Esenfar) da Ufal inauguraram a
brinquedoteca da Clínica Pediátrica, a TECA (Território Encantado da Criança e do
Adolescente).
Pelo que foi noticiado, essa brinquedoteca funciona desde o ano de 2016, e surge a partir
de mobilizações por parte da equipe Pediátrica, pela busca de um espaço que pudesse atender
à demanda de humanização do espaço hospitalar. Profissionais da equipe afirmaram a
importância da brinquedoteca para dar um outro significado à imagem do ambiente hospitalar,
visto que a partir do brincar surge um estímulo para o desenvolvimento infantil, o que também
colabora com todos os familiares envolvidos. Para sensibilizar a sociedade e executar a ideia,
foram realizadas campanhas de arrecadação de brinquedos para o espaço.
A notícia informa, ainda, que a equipe da brinquedoteca é constituída pelos profissionais
de Terapia Ocupacional e Psicologia; pela equipe técnica da Clínica Pediátrica e de estudantes
dos cursos de Psicologia e Enfermagem.

3
Fonte: https://ufal.br/ufal/noticias/2017/9/brinquedoteca-e-oficialmente-inaugurada-no-hospital-
universitario#:~:text=O%20Hospital%20Universit%C3%A1rio%20Professor%20Alberto,projeto%20de%20exte
ns%C3%A3o%20em%20Ludoterapia.
32

Foto 14 Foto 2 5

Foto 3 6

4.3.2. Universidade Federal de Campina Grande – UFCG

Segundo o noticiário publicado na internet7 intitulado “Hospital Universitário em


Cajazeiras ganha nova brinquedoteca” do ano de 2021, todos os sujeitos envolvidos na luta pela
conquista de um espaço de “humanização no cuidar das crianças e adolescentes” ficaram muito
felizes com a tão esperada conquista da Brinquedoteca. Esse novo espaço do hospital
Universitário Júlio Maria Bandeira de Mello (HUJB), da Universidade Federal de Campina
Grande (UFCG), Campus Cajazeiras, conta com móveis novos, livros e variados brinquedos

4
Fonte: https://ufal.br/ufal/noticias/2017/9/brinquedoteca-e-oficialmente-inaugurada-no-hospital-
universitario#:~:text=O%20Hospital%20Universit%C3%A1rio%20Professor%20Alberto,projeto%20de%20exte
ns%C3%A3o%20em%20Ludoterapia. Acesso em: 20/06/2023
5
Fonte: https://ufal.br/ufal/noticias/2017/9/brinquedoteca-e-oficialmente-inaugurada-no-hospital-
universitario#:~:text=O%20Hospital%20Universit%C3%A1rio%20Professor%20Alberto,projeto%20de%20exte
ns%C3%A3o%20em%20Ludoterapia. Acesso em: 20/06/2023
6
Fonte: https://ufal.br/ufal/noticias/2017/9/brinquedoteca-e-oficialmente-inaugurada-no-hospital-
universitario#:~:text=O%20Hospital%20Universit%C3%A1rio%20Professor%20Alberto,projeto%20de%20exte
ns%C3%A3o%20em%20Ludoterapia. Acesso em: 20/06/2023
7
Fonte: https://portal.ufcg.edu.br/ultimas-noticias/2932-hospital-universitario-em-cajazeiras-ganha-nova-
brinquedoteca.html#:~:text=A%20nova%20brinquedoteca%20do%20HUJB,muito%E2%80%9D%2C%20disse
%20a%20m%C3%A3e.
33

pedagógicos. A notícia destaca, também, que se trata de um ambiente muito “agradável e


colorido” para todos que se fizerem presentes.
A equipe responsabilidade pelo atendimento na brinquedoteca é constituída por uma
pedagoga, pelo presidente do Comitê de Humanização do hospital e toda sua equipe
colaborativa.
Há o relato de uma mãe no noticiário, que diz que a filha está gostando muito da
brinquedoteca, pois, pode brincar bastante. E essa mesma criança de apenas 2 anos, foi a
primeira a usar o espaço.
Por fim, todos os envolvidos ressaltam a importância da brinquedoteca como espaço de
Humanização e colaboração com as crianças e adolescentes enfermos hospitalizados.

Foto 4 8

4.3.3. Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC

Diferentemente das duas publicações anteriores, a notícia “Brinquedoteca hospitalar


colabora com tratamento de crianças no HU” 9 de 2006, ressalta a obrigatoriedade da Lei
número 11. 104 de março de 2005 que tornou a instalação de brinquedotecas obrigatória em
instituições de saúde que ofertam atendimento pediátrico em regime de internação. Do mesmo
modo, ressalta-se a importância do projeto “Brinquedoteca Hospitalar – Projeto de recreação
em Enfermaria Pediátrica”, para o processo de recuperação das crianças internadas e de seus
acompanhantes, pois, com as brincadeiras os sujeitos envolvidos se divertem e constroem uma
melhor interação.

8
Fonte: https://portal.ufcg.edu.br/ultimas-noticias/2932-hospital-universitario-em-cajazeiras-ganha-nova-
brinquedoteca.html#:~:text=A%20nova%20brinquedoteca%20do%20HUJB,muito%E2%80%9D%2C%20disse
%20a%20m%C3%A3e. Acesso em: 20/06/2023
9
Fonte: https://noticias.ufsc.br/2006/11/brinquedoteca-hospitalar-colabora-com-tratamento-de-criancas-no-
hu/#:~:text=O%20projeto%20%E2%80%9CBrinquedoteca%20Hospitalar%E2%80%9D%20beneficia,inaugurad
a%20em%20dezembro%20deste%20ano.
34

O projeto, conforme noticiado, é destinado a crianças e adolescentes de 0 a 14 anos de


idade, tendo como equipe responsável uma professora do departamento de Psicologia,
psicólogas da Pediatria do HU e estagiárias graduadas em Psicologia.
Embora a notícia tenha um teor bastante positivo, a brinquedoteca a que a notícia faz
referência ainda não possui um espaço próprio e, por isso, as brincadeiras acontecem na própria
enfermaria.

Foto 5 10

4.3.4. Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD

Segundo o noticiário “HU-UFGD inaugura brinquedoteca em ambiente da Pediatria” de


2020 publicado na internet11, o espaço foi destinado a atender crianças internadas de forma
adequada, colaborando com sua recuperação. Na notícia se afirma que o brincar é um direito e
uma necessidade das crianças, desse modo, o espaço conta com brinquedos e uma estrutura
adaptada para isso.
A Brinquedoteca consiste em um projeto antigo, que necessitou de muito esforço e de
um grande “engajamento de todos em torno do mesmo propósito”. Desse modo, o “Grupo de
Trabalho de Humanização (GTH)” foi quem se responsabilizou pela coordenação da
implantação da brinquedoteca no hospital.
Além de sempre ressaltarem a importância do espaço para a recuperação dos sujeitos
hospitalizados, profissionais envolvidos afirmam que a brinquedoteca também servirá como
uma oportunidade para o aprofundamento da prática dos acadêmicos e residentes envolvidos.

10
Fonte: https://noticias.ufsc.br/2006/11/brinquedoteca-hospitalar-colabora-com-tratamento-de-criancas-no-
hu/#:~:text=O%20projeto%20%E2%80%9CBrinquedoteca%20Hospitalar%E2%80%9D%20beneficia,inaugurad
a%20em%20dezembro%20deste%20ano. Acesso: 20/06/2023
11
Fonte: https://portal.ufgd.edu.br/noticias/hu-ufgd-inaugura-brinquedoteca-em-ambiente-da-pediatria
35

Foto 6 12 Foto 7 13

A partir dos noticiários encontrados, tivemos a oportunidade de compreender de uma


melhor forma, como a Brinquedoteca Hospitalar pode contribuir com o desenvolvimento dos
sujeitos envolvidos em seu espaço e como ela é concebida por essas pessoas que se fazem
presentes. Fica perceptível que todos consideram esse espaço institucional (Brinquedoteca), de
suma importância tanto para o desenvolvimento de crianças e adolescentes hospitalizados,
como também visando aprendizagens importantíssimas para o desenvolvimento profissional de
estudantes em formação, visto que o Hospital Universitário também tem como foco a formação
de profissionais. Do mesmo modo, a partir dessas notícias, pode-se observar como sempre
existem obstáculos a serem ultrapassados para se desenvolver um trabalho de atendimento à
saúde, em cumprimento ao direito que a lei garante a todas as pessoas, de qualidade e que de
fato valorize as especificidades de cada sujeito envolvido, mas o importante é que quando as
pessoas se unem em busca do mesmo objetivo, existem maiores possibilidades de se
desenvolver o que se busca desde o início.

12
Fonte: https://portal.ufgd.edu.br/noticias/hu-ufgd-inaugura-brinquedoteca-em-ambiente-da-pediatria . Acesso:
20/06/2023
13
Fonte: https://portal.ufgd.edu.br/noticias/hu-ufgd-inaugura-brinquedoteca-em-ambiente-da-pediatria . Acesso:
20/06/2023
36

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através dos estudos realizados nesta pesquisa conseguimos construir uma melhor
compreensão sobre a temática da Brinquedoteca Hospitalar e, ainda, traçar um panorama da
presença desta modalidade de atendimento educacional nos hospitais universitários da rede
pública federal de ensino superior no Brasil. Pudemos, ainda, nos informar sobre a presença de
profissionais da educação/pedagogia atuando nas brinquedotecas existentes, além de conhecer
um pouco do que se diz sobre o funcionamento de algumas delas na internet. Consideramos,
portanto que os objetivos que tínhamos ao iniciar a pesquisa foram cumpridos satisfatoriamente.
Fazendo um balanço geral da produção que nos permite chegar a essa conclusão final
temos o quadro que segue abaixo.
No primeiro capítulo foi abordado sobre a brinquedoteca hospitalar como um
mecanismo de afirmação do direito à educação sob qualquer circunstância e sobre o hospital
universitário como espaço de tratamento e cura por meio da formação médica. Tratamos,
também, da importância da atuação do profissional da educação neste ambiente voltado à
promoção-restabelecimento da saúde de pessoas enfermas. Compreendemos que a
brinquedoteca funciona como um espaço de “escape” no qual as crianças podem usar de sua
imaginação e mergulhar no mundo de faz-de-conta, amenizando a dor, o sofrimento e a angústia
que a internação hospitalar gera. O brincar é essencial no desenvolvimento das crianças e
adolescentes e esse direito deve ser garantido mesmo quando hospitalizadas.
Em se tratando da instituição hospitalar, foi possível entender que são instituições de
ponta na área da saúde que, além de trabalhar pelo para desenvolvimento da ciência e formar
profissionais para a área, oferece assistência médico-hospitalar à população. Em relação à
disponibilidade de brinquedoteca como modalidade do atendimento educacional obrigatório
nos hospitais, podemos compreender como essa união pode contribuir para o atendimento das
necessidades e especificidades das crianças e adolescentes internados.
No segundo capítulo foi exposto a metodologia utilizada para o desenvolvimento do
presente trabalho em que utilizamos o levantamento bibliográfico de produções acadêmicas
sobre brinquedoteca hospitalar, assim como construímos perguntas que foram enviadas para os
hospitais universitários públicos federais encontrados na plataforma Fala.BR em busca de obter
respostas para nossas indagações.
A experiência de utilizar o Sistema Eletrônico do Serviço de Informações ao Cidadão
(e-SIC), foi algo novo para nós, porém muito interessante e colaborou extremamente com o
desenvolvimento do nosso trabalho, visto que a partir desse sistema tivemos a oportunidade de
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entrar em contato com hospitais da rede pública federal de variadas regiões de forma tranquila
e precisa, visto que todos os hospitais contatados nos responderam antes mesmo do prazo
estipulado para nos darem as respostas. Do mesmo modo, se não fosse essa plataforma, não
teríamos dados tão importantes para serem analisados e interligados a nossa pesquisa teórica
realizada, visto que, no nosso entorno, não encontramos Brinquedotecas hospitalares para
conhecer/estudar de perto.
No tocante aos dados coletados para responder à pergunta da pesquisa, a partir de sua
análise fica explicito que apesar da maioria dos hospitais contarem com brinquedoteca ainda
existe relevante quantidade que ainda não está cumprindo a Lei 11.104 de 2005 que obriga as
instituições hospitalares que oferecem atendimento pediátrico em regime de internação a
implantarem a brinquedoteca hospitalar em suas dependências. Apesar de toda a legislação
vigente, ficou claro que ainda se faz necessária uma reflexão sobre o que de fato está
acontecendo na realidade, além da adoção de ações que colaborem para que a lei seja cumprida
como de fato deveria ser.
Para nos aprofundarmos foi realizado um levantamento de informações em noticiários
sobre o que diz respeito a hospitais que contam com brinquedotecas em seu espaço,
apresentando também imagens para uma melhor compreensão.
Contudo, toda essa construção de conhecimento nos mostra também que isso vai além
de um cumprimento de lei, pois, a saúde e educação de sujeitos enfermos hospitalizados que
estão em jogo, e todos esses aspectos precisam, de fato, ser levados em consideração. Desse
modo, não basta dizer que a instituição cumpre a lei quando possui, nesse caso, a Brinquedoteca
Hospitalar como componente de seu espaço, pois, disso nada adianta se não tiverem as
condições necessárias para se realizar um trabalho de qualidade com os sujeitos envolvidos e
profissionais especializados para coordenar todo esse projeto que pode colaborar tanto com a
humanização deste lugar conhecido por ser, para muitos, local de vivências dolorosas.
Do mesmo modo, compreende-se que quando pensamos em Brinquedoteca, logo
devemos relacionar com o brincar, mas não um brincar para passar o tempo ou manter as
crianças ocupadas, mas aquele no qual as necessidades dos sujeitos são respeitadas e levadas
em consideração, visto que a partir dos estudos realizados, ficou nítido que quando a criança
está brincando, ela desenvolve sua criatividade e tem a oportunidade de expor tudo aquilo que
gostaria, mas de uma forma leve e divertida, conseguindo assim, suavizar os variados
sentimentos de dor que podem estar sentindo. Conforme Sarmento (2003, p. 66) “esta
capacidade de transposição emocional das situações presentes, permite explicar como o
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confronto com a dor é vivida frequentemente pelas crianças de modo imaginário, transpondo o
sofrimento para o prazer de brincar no mundo que é de faz de conta”.
Portanto, acreditamos que o presente trabalho pode contribuir em variados sentidos com
o conhecimento, promoção e garantia do direito à educação sob qualquer circunstância. Muitos
ainda pensam sempre em instituição escolar como o único e mais propício lugar para se
desenvolver um trabalho educativo, mas não, a educação não é um elemento exclusivo da escola
como a saúde não é somente do hospital. E garantir essa articulação, como vimos a partir de
nossa pesquisa é fundamental para o pleno desenvolvimento de nossas crianças e adolescentes.
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REFERÊNCIAS

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