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Operações Unitárias da Engenharia Química 2 Unidade 1

TROCADORES DE
CALOR

Dr. Christian G. Valdivia Rodriguez


TROCADOR DE CALOR
• Equipamento usado para o aquecimento ou resfriamento de um fluído mediante

INTRODUÇÃO
outro separado por uma parede.

OU onde a energia térmica é transferida para fluidos, com ou sem mudanças de


fase, como troca de calor entre dois fluidos, condensação, vaporização, etc.

𝑄=𝑊 +Δ 𝑈+ Δ 𝐸𝑐
Segundo a 1 lei da termodinâmica ou
ra

lei de conservação de energia.


𝑸=𝑾 + 𝚫 𝑼
TROCADOR DE CALOR
Maximizar a área de superfície da parede entre os dois
fluidos, minimizando a resistência ao fluxo do fluido através

INTRODUÇÃO
do trocador
𝑻 𝟐’’ ≈𝑻 𝟐’

𝑻 𝟐’’>𝑻 𝟐’
T1’: temperatura de entrada do fluído quente
T2’: temperatura de saída do fluído quente
T1’’: temperatura de entrada do fluído frio
T ’’: temperatura de saída do fluído frio
TROCADOR DE CALOR
MECANISMOS
CONDUÇÃO
Quando há um gradiente de
temperatura dentro de uma
substância, o calor é transferido por
contato molecular

Lei de
• O mecanismo só funciona Fourier
para
matéria estagnada
• Sólidos opacos só tem
mecanismo de condução Existem 3 resistências associadas em série:

Fluído quente Parede Fluído frio


Conductividade Térmica
CONDUÇÂO: Lei de Fourier

TROCA CALOR: CONDUÇÃO


𝒅𝑻
𝒒=− 𝐤
𝒅𝒙

𝒌 𝑨 ( 𝑻 𝟏 −𝑻 𝟐 )
𝒒𝒙 =
𝑩

𝒒 𝒙 𝒌 ( 𝑻 𝟏 −𝑻 𝟐 )
^=
𝒒 =
𝑨 𝑩

: Condutividade Térmica. Depende da P e T, mas


geralmente é utilizada como valor constante
CONDUÇÂO: Balanço de energia térmica

TROCA CALOR: CONDUÇÃO


Para:
𝜕 𝑞𝑥 𝜕𝑇
˙
+ 𝑞= 𝜌𝐶 𝐴∆ 𝑥
𝜕𝑥 𝜕𝑡

Introduzindo a Lei de Fourier:


𝜕
( )
𝑘
𝜕𝑇
𝜕 𝑥 𝜕𝑥
+ 𝑞=𝜌
˙ 𝐶
𝜕𝑇
𝜕𝑡
𝐴∆𝑥

1 𝜕𝑇 2 𝑞
˙
Quando : =∇ 𝑇 +
𝛼 𝜕𝑥 𝑘
Difusividade Térmica
CONDUÇÂO: Balanço de energia térmica

TROCA CALOR: CONDUÇÃO


1 𝜕𝑇 2 𝑞
˙ 𝜌 𝐶 𝜕 𝑇 𝜕 2 𝑇 𝜕2 𝑇 𝜕2 𝑇 𝑞˙
=∇ 𝑇 + = + + +
𝛼 𝜕𝑥 𝑘 𝑘 𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝑘

Coordenadas Cartesianas

Coordenadas Cilíndricas

Coordenadas Esféricas
EXEMPLO:

TROCA CALOR: CONDUÇÃO


Uma camada de cortiça pulverizada de 152 mm de espessura é utilizada como
camada de isolamento térmico numa parede plana. A temperatura do lado frio
da rolha é de 4,4°C e a do lado quente é de 82,2°C. A condutividade térmica da
rolha a 0°C é , e a 93,3°C é . A área da parede é de . Qual é a taxa de fluxo de
calor através da parede em watts?
Media aritmética da temperatura da rolha: Interpolando para obter k a 43,3°C
(82,2+ 4,4)
𝑇= =43,3 ° 𝐶
2

𝒌 𝑨 ( 𝑻 𝟏 −𝑻 𝟐 )
𝒒𝒙 =
𝑩

(0,0448 )(2,32 )(82,2 − 4,4 )


𝑞 𝑥=
152
𝑞 𝑥 =53,3 W
1000
RESISTÊNCIA TERMICA

TROCA CALOR: CONDUÇÃO


𝑓𝑜𝑟 ç 𝑎 𝑚𝑜𝑡𝑟𝑖𝑧 Lei de Ohm
𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜=
𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡 ê 𝑛𝑐𝑖𝑎

𝜟𝑻
𝒒=
𝑹𝑻
𝒌 𝑨 ( 𝑻 𝟏 −𝑻 𝟐 ) 𝜟𝑻
𝒒𝒙 = =
𝑩 𝑹𝑻

Em serie: Em paralelo:
EXEMPLO:

TROCA CALOR: CONDUÇÃO


A parede plana de um forno é construída com uma camada de 114 mm de tijolo
Sil-o-cel, com condutividade térmica de 0,138 seguida de uma camada de tijolo
comum de 229 mm, de condutividade 1,38 . A temperatura da face interna da
parede é de 760°C e a da face externa é de 76,6°C.
a) Qual é a perda de calor através da parede?
b) Qual é a temperatura da interface entre o tijolo refratário e o tijolo comum?
c) Assumindo que o contato entre as duas camadas de tijolos é ruim e que existe
uma “resistência de contato” de 0,088 , qual seria a perda de calor?
114
a) 𝐵𝐴 1000
Assumir que 𝑅𝐴= = = 0,8261 𝑚 ° 𝐶 / 𝑊
𝑘𝐴 𝐴 (0,138 )(1)
229
𝐵𝐵 1000
𝑅𝐵= = =0,1659 𝑚 ° 𝐶 / 𝑊
𝑘𝐵 𝐴 (1,38)(1 )

𝜟 𝑻 (760 −76,6)
𝒒= = =688,91 𝑊
𝑹𝑻 0,992
EXEMPLO:

TROCA CALOR: CONDUÇÃO


A parede plana de um forno é construída com uma camada de 114 mm de tijolo
Sil-o-cel, com condutividade térmica de 0,138 seguida de uma camada de tijolo
comum de 229 mm, de condutividade 1,38 . A temperatura da face interna da
parede é de 760°C e a da face externa é de 76,6°C.
a) Qual é a perda de calor através da parede?
b) Qual é a temperatura da interface entre o tijolo refratário e o tijolo comum?
c) Assumindo que o contato entre as duas camadas de tijolos é ruim e que existe
uma “resistência de contato” de 0,088 , qual seria a perda de calor?
b) 𝜟𝑻 𝜟 𝑻 𝑨 𝜟 𝑻𝑩 c)
= =
𝑹𝑻 𝑹𝑨 𝑹𝑩 𝑅𝑇 = 𝑅 + 𝑅𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑡𝑜
(760 −76,6) 𝛥𝑇 𝐴 𝑅𝑇 = 0,0992 +0,088
=
0 ,992 0 , 8261 𝑅𝑇 =1,08 𝑚 ° 𝐶 / 𝑊
𝛥𝑇 𝐴 =569,093 ° 𝐶
𝜟 𝑻 (760 −76,6)
𝒒= = =632,76 𝑊
𝑹𝑻 01,08
FATOR DE FORMA

TROCA CALOR: CONDUÇÃO


O fator de forma ajuda a transformar soluções analíticas de
problemas multidimensionais de condução de calor para a forma de
soluções unidimensionais. O método permite uma solução rápida e
fácil de transferência de calor quando aplicável.
Segundo a geometria, as superfícies precisam ser ISOTÉRMICAS.

𝒌 𝑨 𝚫𝑻
𝒒𝒙 = 𝒇 𝒂𝒕𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒇𝒐𝒓𝒎𝒂 𝒒 𝒙 =𝒌 𝑺 𝚫 𝑻
𝑩 →
fator de forma em condução [m]

Usando o conceito de resistência térmica nesses


𝟏 casos, produzirá apenas soluções aproximadas (fator
𝑹𝑻= de forma é inerentemente multidimensional).
𝒌𝑺 Geralmente as soluções são totalmente adequadas
para cálculos de engenharia de processo.
FATOR DE FORMA (casos)

TROCA CALOR: CONDUÇÃO


FATOR DE FORMA (casos)

TROCA CALOR: CONDUÇÃO


FATOR DE FORMA (casos)

TROCA CALOR: CONDUÇÃO


FATOR DE FORMA (casos)

TROCA CALOR: CONDUÇÃO


EXEMPLO:

TROCA CALOR: CONDUÇÃO


Um duto subterrâneo que transporta óleo quente tem um diâmetro externo de
e sua linha central está abaixo da superfície da terra. Se a parede do tubo está a
e a superfície da Terra está a , qual é a taxa de perda de calor por pé de tubo?
Suponha que .

Assumimos

2 𝜋 (1)
𝑆= =3,045 𝑓𝑡
cosh
−1
( 2(2)
(1) )
𝒒 𝒙 =𝒌𝒕𝒆𝒓𝒓𝒂 𝑺 ( 𝑻 𝒕𝒖𝒃𝒐 − 𝑻 𝒕𝒆𝒓𝒓𝒂 )
𝑞 𝑥 =( 0,5 ) (3,045) ( 2 00 − −50 )
𝟐𝝅𝑳
Caso 2: 𝑺=
𝐜𝐨𝐬𝐡 ( )
−𝟏 𝟐 𝒛
𝑫
𝑞 𝑥 =380 𝐵𝑇𝑈 /h 𝑓𝑡
TROCADOR DE CALOR
MECANISMOS
CONVECÇÃO
Mecanismo de transferência de calor
presente em fluidos em movimento
(entre superfície sólida e o fluido)

No entanto, fluxo laminar raramente é


encontrado em engenharia de processos,
e a situação mais comum é que não pode
ser calculado.

EXPERIMENTALMENTE, o fluxo de calor é


proporcional à diferença de temperatura entre
o fluido e a parede...

𝒒=𝒉 𝑨 ( 𝑻 𝒑 − 𝑻 𝒇 )
: Coef. transf Calor. f: geometria, e das propriedades e
veloc do fluido
TROCA CALOR: CONVECÇÃO
Embora, a equação anterior tenha uma similaridade com a Lei de Fourier, mas os respectivos
coeficientes são diferentes, representando propriedades distintas. (h não depende do
material)
• Do ponto de vista da transferência de calor, o fluxo turbulento é altamente desejável.
Em geral, as taxas de transferência de calor podem ser ordenadas de acordo com o
mecanismo da seguinte forma:
condução < convecção natural < convecção forçada laminar < convecção turbulenta Rápido
forçada
transporte
de fluido!
COMBINANDO CONVECÇÃO E CONDUÇÃO....

Empregando o conceito de Resistencia térmica na equação empírica de convecção:

∆𝑻 𝟏
𝒒= 𝒉 𝑨 ∆ 𝑻 = 𝒕 𝒆𝒎𝒐𝒔 𝑹𝑻 =
𝑹𝑻 → 𝒉𝑨
TROCA CALOR: CONVECÇÃO
AQUECIMENTO/ RESFRIAMENTO DE UM SÓLIDO EM
CONTATO COM UM FLUIDO (transiente)

𝑹𝑻 𝒔𝒐𝒍𝒊𝒅𝒐
≫ 𝑹𝑻 𝒇𝒍𝒖𝒊𝒅𝒐− 𝒔𝒐𝒍𝒊𝒅 𝒐

∆ 𝑻 𝒔𝒐𝒍𝒊𝒅𝒐 → 𝒅𝒆𝒔𝒑𝒓𝒆𝒛𝒊𝒗𝒆𝒍

( )(
𝑻𝑨𝑿𝑨 𝑬 𝒕𝒆𝒓𝒎𝒊𝒄𝒂
𝑨𝑪𝑼𝑴𝑼𝑳𝑨𝑫𝑨
= 𝑭𝒍𝒖𝒙𝒐 𝒅𝒆𝒄𝒂𝒍𝒐𝒓
𝒅𝒐 𝒇𝒍𝒖𝒊𝒅𝒐 )
𝒅𝑻 𝒅𝑻 𝒉 𝑨 𝒔
𝝆𝒗 𝑪 =𝒉 𝑨 𝒔 ( 𝑻 ∞ −𝑻 ) = ( 𝑻 ∞ −𝑻 )
𝒅𝒕 𝒅𝒕 𝝆 𝒗𝑪

Para e : 𝒉 𝑨𝒔 𝒕

𝑻 ( 𝒕 )=𝑻 ∞ + ( 𝑻 ∞ − 𝑻 ) 𝒆 𝝆 𝒗𝑪
AQUECIMENTO/ RESFRIAMENTO DE UM SÓLIDO EM

TROCA CALOR: CONVECÇÃO


CONTATO COM UM FLUIDO (transiente)
EXEMPLO:
Um reator químico em batelada opera a e com ótima agitação. O volume do reator é de
com uma área superficial de . Quando acabada a reação, o conteúdo é resfriado até antes
que o reator seja esvaziado. O resfriamento é realizado com ar do ambiente até e . O
agitador continua funcionando durante o resfriamento. O conteúdo do reator tem uma
densidade de e uma capacidade calorífica de . Determine o tempo de resfriamento
necessário.
𝒉 𝑨𝒔 𝒕

𝑻 ( 𝒕 )=𝑻 ∞ + ( 𝑻 ∞ −𝑻 ) 𝒆 𝝆 𝒗𝑪

Desprezando: , , e
( 𝟕𝟓 ) (𝟒 ,𝟕)𝒕

(𝟖𝟒𝟎)(𝟎 ,𝟖)(𝟐𝟐𝟎𝟎)
𝟑𝟐𝟎=𝟑𝟎𝟎+ ( 𝟒𝟎𝟎 −𝟑𝟎𝟎 ) 𝒆
𝒕 =𝟔 , 𝟕𝟓𝟎 𝒔 ≅ 𝟏 , 𝟗 𝒉
TROCA CALOR: CONVECÇÃO
SUPERFICIES EXTENDIDAS
A ideia básica por trás das aletas é
compensar um baixo coeficiente
de transferência de calor ,
aumentando a área de superfície ,
ou

PREMISAS
• Regime permanente
• TC da superfície da aleta apenas por
convecção (sem radiação)
• Sem geração de calor na aleta
• na aleta
• ao longo da espessura da aleta é
desprezível
• Efeitos de borda desprezíveis
TROCA CALOR: CONVECÇÃO
SUPERFICIES EXTENDIDAS

( )( )
𝑻𝑨𝑿𝑨 𝑬 𝒕𝒆𝒓𝒎𝒊𝒄𝒂 𝑻𝑨𝑿𝑨 𝑬 𝒕𝒆𝒓𝒎𝒊𝒄𝒂 O calor entra no VC por condução na posição e
𝟎= −
𝑬𝑵𝑻𝑹𝑨𝑫𝑨 𝑺𝑨𝑰𝑫𝑨 sai por condução na posição e por convecção na
superfície do VC.

𝑞^ 𝑥|𝑥 A − 𝑞^ 𝑥|𝑥+∆ 𝑥 𝐴− 𝑞^ 𝑐 𝑃 ∆ 𝑥=0 : Area transversal da aleta


: perímetro da aleta

^𝑥
𝑑𝑞
e multiplicamos : −A ^ 𝑐 𝑃=0
−𝑞
𝑑𝑥
Aplicando Fourier:

𝑑𝑇
^ 𝑥 =− k
𝑞 ^ 𝑐 =h ∆ 𝑇 =h ( 𝑇 −𝑇 ∞ )
𝑞
⏟ 𝑑𝑥 ⏟
𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑐 çã 𝑜
𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢 çã 𝑜
TROCA CALOR: CONVECÇÃO
SUPERFICIES EXTENDIDAS

{
𝑑 𝑇 2
𝑑𝑇
𝑘𝐴 − h 𝑃 ( 𝑇 − 𝑇 ∞ ) =0 ^ 𝑥 =− k
𝑞
𝑑𝑥
2
𝑑𝑥
^ 𝑐 =h ( 𝑇 − 𝑇 ∞ )
𝑞
𝑑2 𝑇 h 𝑃
− ( 𝑇 − 𝑇 ∞ ) =0 𝑘=𝑐𝑡𝑒  
𝑑𝑥
2
𝑘𝐴

h 𝑃 2 h ( 𝑊 +𝜏 ) 2 h
: perímetro da aleta
2
𝑚 ≡ = ≅≪ 𝑾
𝒔𝒆 :𝝉
𝑘 𝐴 𝑘𝑊 𝜏 𝑘𝜏
𝑞 =h 𝑃 𝐿 𝑇 − 𝑇
𝑚𝑎𝑥 ( 𝑠
𝑑𝑇
∞ ) 𝑞 𝑓𝑖𝑛 =−𝑘𝐴
𝑑𝑥 |
𝑥= 0
tanh ( 𝑚 𝐿 ) 𝑞 𝑓𝑖𝑛
𝜂𝑓 = =
𝑚𝐿 𝑞𝑚𝑎𝑥
TROCA CALOR: CONVECÇÃO
SUPERFICIES EXTENDIDAS
: Eficiência da aleta

Para aleta retangular


Para aleta anular

: longitude da aleta corrigida : radio externo do tubo (superfície primaria)


: temperatura da superfície primaria : radio externo da aleta
: temperatura do fluido
: Coef. TC do fluido

(depende f: Bessel)
TROCA CALOR: CONVECÇÃO
TAXA TOTAL DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR
Soma das taxas de TC da superfície primária e de todas as aletas.

𝑞=𝑞𝑝 +𝑞 𝑓
𝑞=h 𝐴 𝑃 |𝑇 𝑠 − 𝑇 ∞|+𝜂 𝑓 h 𝐴 𝑓 |𝑇 𝑠 − 𝑇 ∞|

𝑞=h 𝜂𝑤 𝐴𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙|𝑇 𝑠 − 𝑇 ∞|
1
𝑅𝑇 = : área total de TC
h 𝜂 𝑤 𝐴𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
: eficiência ponderada de
superfície aletada
TROCA CALOR: CONVECÇÃO
EXEMPLO:
Uma aleta retangular de liga de alumínio (Duralumin) tem 5 cm de
comprimento, 0,25 cm de espessura e 100 de largura. Está aderido a uma
superfície primaria a 65°C e está rodeado por um fluido a 38°C com um
coeficiente de transferência de calor de 426 . Calcule a eficiência da aleta e a
taxa de transferência de calor da aleta.

Tabela:
𝟐
𝒎 ≅
𝟐𝒉
=
2 ( 426 )
=2078 , 04
𝒒 𝒇 =𝒉𝜼 𝒇 𝑷 𝑳𝒄|𝑻 𝒔 −𝑻 ∞|
𝒌𝝉
(
( 164 )
0,25
100)𝒎=45,58
𝝉 0,0025
𝑳𝒄 = 𝑳+ =0,05+ =0,05125 m 65-38)
𝟐 2
2,33
𝒒 𝒇 =496,52 𝑊
0,42
TROCA CALOR: CONVECÇÃO
EXEMPLO:
Uma aleta anular de Duralumínio (k = 94.76 Btu/h ft °F) de 0,1 pol. de
espessura e diâmetro externo de 3 in foi anexado a um tubo de diâmetro
externo de 2 in. A temperatura da parede do tubo é 150°F e o tubo é cercado
por um fluido a 100°F com um coeficiente de TC de 75 Btu/h ft2 °F.
(a) Calcule a eficiência da aleta e a taxa de TC da aleta.
(b) Se a superfície total de TC consiste em 75% da superfície da aleta e 25% da
superfície principal, calcule a eficiência ponderada da superfície.
Tubo: Aleta:
TROCA CALOR: CONVECÇÃO
EXEMPLO:

𝒎𝝍 =( 13,782 ) ( 0,007 )=0,0969

𝒕𝒂𝒏𝒉 ( 𝒎𝝍 ) tanh ⁡(0,0969)


𝜼𝒇 = = =0,9969
𝒎𝝍 0,0969
TROCADOR DE CALOR
BALANÇO DE ENTALPIA EM TRO-CAL
Em Tro-Cal:

¿ →𝑞 𝑐 =− 𝑞h
¿
H: entalpia (massa)
C: calor especifico

Em mudança de fase:

˙ h [ 𝜆+𝐶 h ( 𝑇 h𝑎 − 𝐻 h𝑏 ) ]=𝑚
𝑚 ˙ 𝑐 𝐶 𝑐 ( 𝑇 𝑐𝑏 −𝑇 𝑐𝑎 ) =𝑞
: calor latente de vap
COEF. GLOBAL DE T.C.
U: Coef. Global de TC
𝑑𝑞
=𝑈 ∆ 𝑇 =𝑈 ( 𝑇 h − 𝑇 𝑐 ) U depende das propriedades do
𝑑𝐴
fluido, da parede, do fluxo e da

TRO-CAL
geometria do material.

Quando as áreas (externa e interna ) são diferentes...


TRO-CAL TUBULAR TRO-CAL de PLACAS

Integrando...
COEF. GLOBAL DE T.C.
𝑑 ( ∆ 𝑇 ) ∆ 𝑇 2 −∆ 𝑇 1 𝑑(∆𝑇) ∆ 𝑇 2− ∆ 𝑇 1
= =
𝑑𝑞 𝑞𝑇 𝑈 ∆ 𝑇 𝑑𝐴 𝑞𝑇

TRO-CAL
∆𝑇 2 𝐴𝑇
𝑑 ( ∆ 𝑇 ) 𝑈 ( ∆ 𝑇 2 −∆ 𝑇 1 )
∫ ∆𝑇
=
𝑞𝑇
∫ 𝑑𝐴
∆ 𝑇1 0

{
𝒒𝑻 =𝑼 𝑨𝑻 ∆ 𝑻 𝑳

( )
∆ 𝑇2 𝑈 (∆ 𝑇 2 − ∆ 𝑇 1 ) ∆ 𝑇 2 − ∆ 𝑇 1 : LMTD
ln = 𝐴𝑇 ∆ 𝑇 𝐿=

( )
∆ 𝑇1 𝑞𝑇 ∆𝑇2 LMTD: logarithmic
ln mean temperature
∆𝑇1 difference.

LMTD não é valido quando não é


função linear de q, para reatores com
camisa, e Tro-Cal de casco e tubos.
COEF. GLOBAL DE T.C.
Considerando um tubo:
𝑞 𝑞
𝐴𝑖 𝐴𝑒
h𝑖 = h𝑒 =
𝑇 h − 𝑇 𝑝h

TRO-CAL
𝑇 𝑝𝑐 −𝑇 𝑐
Os coef. estão referidos à superfície do tubo, e não ao fluido

𝑞 𝑘𝑝 ( 𝑇 𝑝h − 𝑇 𝑝𝑐 ) : media logarítmica de e
=
𝐴𝐿 𝐵𝑝

+
COEF. GLOBAL DE T.C.
𝑞 𝑇 h −𝑇 𝑐
=

( ) ( )
Se a área for : 𝐴𝑒 1 𝐴𝑒 𝐵 𝐴𝑒 1
+ 𝑝 +
h𝑖 𝐴 𝑖 𝑘𝑝 𝐴 𝐿 h𝑒

TRO-CAL
𝑆𝑎𝑏𝑒𝑛𝑑𝑜𝑞𝑢𝑒 : 𝑨 ≅ 𝑫
𝑞 1
=

( ) ( )
𝐴𝑒 ( 𝑇 h − 𝑇 𝑐 ) 1 𝐷𝑒 𝐵 𝑝 𝐷𝑒 1
+ +
h𝑖 𝐷𝑖 𝑘𝑝 𝐷 𝐿 h𝑒

𝑅𝑒𝑡𝑜𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜 :𝒒=𝑼 𝑨 ( 𝑻 𝒉 −𝑻 𝒄 )
1
𝑈 𝑒=

( )
1 𝐷𝑒
h𝑖 𝐷 𝑖
+
𝐵𝑝
𝑘𝑝 ( )
𝐷𝑒
𝐷𝐿
+
1
h𝑒
Se a área for :
1
𝑈 𝑖=
1 𝐵𝑝
+
h𝑖 𝑘 𝑝 ( ) ( )
𝐷𝑖
𝐷𝐿
+
1 𝐷𝑖
h 𝑒 𝐷𝑒
COEF. GLOBAL DE T.C.
RESISTÊNCIAS

Analisado as equações anteriores, deduzimos que


das três resistências em serie

TRO-CAL
𝑅𝑇𝑒 =
1
=
𝑈𝑒 ⏟
1 𝐷𝑒
h𝑖 𝐷 𝑖 ( )
+
𝐵 𝑝 𝐷𝑒
𝑘𝑝 𝐷 𝐿 (
+
⏟ ) 1

h𝑒
𝑅𝑇 𝑅𝑇 𝑅𝑇
𝐹𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 1 𝑚𝑒𝑡𝑎𝑙 𝐹𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 2

A queda de
COEF. GLOBAL DE T.C. e FORMAÇÃO DE CROSTA
Um problema grave que aparece nos trocadores de calor é a formação de depósitos
(crosta)  resistência a mais, e reduz coef. global
Adicionando a resistência da crosta formada:

TRO-CAL
( ) ( )
1 𝐵𝑝 1 1 1 𝐵𝑝 1 1
∆ 𝑇 =𝑞 + + ¿𝑞 + + + +
𝐴𝑖 h 𝑖 𝐴 𝐿 𝑘𝑝 𝐴 𝑒 h 𝑒 𝐴 𝑖 h𝑑 𝑖 𝐴𝑖 h𝑖 𝐴 𝐿 𝑘𝑝 𝐴 𝑒 h 𝑒 𝐴𝑒 h 𝑑 𝑒
fatores de formação de crosta

1
𝑈 𝑒=
𝟏
( ) ( )
𝑫𝒆
𝒉 𝒅 𝒊 𝑫𝒊
+
1
h𝑖
𝐷𝑒
𝐷𝑖
+
𝐵𝑝
𝑘𝑝 ( )
𝐷𝑒
𝐷𝐿
+
1
+
𝟏
h𝑒 𝒉 𝒅 𝒆
Ocorre por:
• Corrosão
1 • Decomposição
𝑈 𝑖=
𝟏 1 𝐵𝑝 𝐷𝑖
+ +
( ) ( )
𝒉 𝒅 𝒊 h 𝑖 𝑘𝑝 𝐷 𝐿
+
1 𝐷𝑖
h𝑒 𝐷 𝑒
+
𝟏 𝑫𝒊
( )
𝒉𝒅 𝒆 𝑫 𝒆
• Polimerização
• Sedimentação
• Ativ. Biológica
COEF. GLOBAL DE T.C. e FORMAÇÃO DE CROSTA
Alguns valores dos coeficientes de formação de crosta (valores apresentado de 1/h d)

TRO-CAL
COEF. GLOBAL DE T.C. e FORMAÇÃO DE CROSTA
Alguns valores dos coeficientes de formação de crosta (valores apresentado de 1/h d)

TRO-CAL
EXEMPLO:
No interior de uma tubulação num Tro-Cal circula metanol, que se resfria com
agua pela camisa. A tubulação interior é de aço (Norma 40) de 25 mm. (1 in). A
condutividade térmica do aço é de 45 W/m·°C, Os coeficientes individuais os
fatores de formação de crosta são apresentados na Tabela. ¿Qual o coeficiente

TRO-CAL
global baseado na área exterior da tubulação interna?.
Dados do apêndice

Alcool ( 1,020
Agua ( 1,700
Crosta interna ( 5,680
Crosta externa ( 2,840
EXEMPLO:

1
𝑈 𝑒=

( ) ( )
1 𝐷𝑒
h𝑑 𝑖 𝐷 𝑖
+
1 𝐷𝑒
h𝑖 𝐷 𝑖
+
𝐵 𝑝 𝐷𝑒
𝑘𝑝 𝐷 𝐿
+
( )
1
+
1
h 𝑒 h𝑑 𝑒

TRO-CAL
𝐷 𝑒 − 𝐷𝑖 0,0334 − 0,0266
𝐷 𝐿= = =0,0299 m
𝐷𝑒 0,0334
ln ln
𝐷𝑖 0,0266

1
𝑈 𝑒=
1
(
0 ,0334
5 ,68 0 ,0266 )
+
1
(
0 , 0334
1, 02 0 , 0266 )
+
45 (
0 , 0033 0 , 0334
0 , 0299)+
1
+
1
1 ,7 2 , 84

𝑈 𝑒=459 𝑊 / 𝑚2 ° 𝐶
TRO-CAL: TIPOS
TUBO DUPLO (concêntricos)

CASCO E TUBO
•Passe Simples
•Multipasses (multitubular)

DE PLACAS
TRO-CAL: TUBO DUPLO
• Não há mistura entre os dois fluidos
• TC ocorre na parede do tubo interno
• Tem vários “U” (“grampo” = hairpin), conectados em sequência
• Fácil adição ou remoção dos grampos
• Escoamento em paralelo e em contracorrente
TRO-CAL: TUBO DUPLO
CONSIDERAÇÕES
• Facilidade de
construção e
manutenção
• Cumprimento: 1,5 – 7,5
m
• São economicamente
viáveis (mas tem
melhores)
• Area de TC
TRO-CAL: TUBO DUPLO
Caso 1:
𝒒𝑻 =𝑼 𝑨 𝑻 ∆ 𝑻 𝑳
• Bom isolamento térmico ∆ 𝑇2 −∆ 𝑇 1
• moderadas ∆ 𝑇 𝐿=
• Propriedades físicas
constantes,
ln
∆𝑇2
∆𝑇1 ( )
 Se  pode ser considerada a média
aritmética em lugar da logarítmica com
erro .
 Se , mas com uma variação porcentual
pequena, pode ser considerada uma
primeira aproximação com um valor
médio constante.
TRO-CAL: TUBO DUPLO
Caso 2:
Dividimos o Tro-Cal em partes, utilizando: (média logarítmica cruzada)

𝑞= 𝐴 (𝑈 ∙ ∆ 𝑇 )𝑚𝑙𝑐
𝑈 2 ∆ 𝑇 1 −𝑈 1 ∆ 𝑇 2
𝑞= 𝐴
𝑙𝑛
𝑈2 ∆ 𝑇1
𝑈1 ∆ 𝑇2 ( )
Para depois somar a contribuição de cada parte

( )
𝑛
𝑈2 ∆ 𝑇1 −𝑈1 ∆ 𝑇 2
𝑞𝑇 = ∑ 𝐴 𝑇
𝑖 =1
𝑙𝑛(𝑈2 ∆ 𝑇 1
𝑈1 ∆ 𝑇 2 ) 𝑖
TRO-CAL: TUBO DUPLO
EXEMPLO:
Um Tro-Cal de tubo duplo será usado para resfriar uma corrente quente de
350°F a 250°F aquecendo um fluxo frio de 80°F a 120°F. O fluxo quente fluirá no
tubo interno, que é de 2 in, feito de aço carbono (cédula 40) com condutividade
térmica de . Fatores de incrustação de devem ser adicionados para cada fluxo.
Os coeficientes de transferência de calor são estimados em e , e a carga de calor é
.
(a) Para operação em contracorrente, que área de superfície é necessária?
(b) Para operação em paralelo, que área de superfície é necessária?

{ }
∆ 𝑇 2=230 ° 𝐹 350 ° 𝐹 → 250 ° 𝐹 ∆ 𝑇 1 =170 ° 𝐹
120 ° 𝐹 ← 80 ° 𝐹

∆ 𝑇2 −∆ 𝑇 1 230 − 170
∆ 𝑇 𝐿= = =198,5 ° 𝐹
ln
(
∆𝑇2
∆𝑇1 ) ln(230
170 )
EXEMPLO:

TRO-CAL: TUBO DUPLO


(a) Para operação em contracorrente, que área de superfície é necessária?

[ ( ) ( ) ]
−1

( )
Dados do apêndice
𝐷𝑒 1 𝐷𝑒 𝐷𝑒 𝐷𝑒 1
𝑈 𝑒= 𝑅 𝑑𝑖 + + ln + + 𝑅 𝑑𝑒
𝐷𝑖 h𝑖 𝐷 𝑖 2𝑘 𝑝 𝐷𝑖 h𝑒

[ ]
−1
2,375
( )
𝑈 𝑒= (0,001 ) ( 2,375
2,067)+
1
200 ( 2,375
2,067 )
+
12
(
2 26 ) (
ln
2,375
2,067
+) 1
350
+ 0,001

𝑈 𝑒= 8 8,65 𝐵𝑇𝑈 / h 𝑓𝑡 2 ° 𝐹

𝒒𝑻 3 ,5 𝑥 10 6 2
𝑨𝑻 = 𝐴𝑇 = =198 , 9 𝑓𝑡
𝑼 ∆𝑻𝑳 88,65(198,5)
TRO-CAL: TUBO DUPLO
EXEMPLO:
(a) Para operação em paralelo, que área de superfície é necessária?

{ }
∆ 𝑇 2=270 ° 𝐹 350 ° 𝐹 → 250 ° 𝐹 ∆ 𝑇 1 =130 ° 𝐹
8 0 ° 𝐹 → 120 ° 𝐹

∆ 𝑇2 −∆ 𝑇 1 270 − 130
∆ 𝑇 𝐿= = =191,5 ° 𝐹
ln
(
∆𝑇2
∆𝑇1 ) (
ln
270
130 )
𝒒𝑻 3 ,5 𝑥 10 6
2
𝑨𝑻 = 𝐴𝑇 = =206,2 𝑓𝑡
𝑼 ∆𝑻𝑳 88,65(191,5)
Às vezes, o projeto tem pouco a ver com considerações de TC, como o espaço disponível para

TRO-CAL: CASCO E TUBO


a instalação do equipamento ou a queda de pressão tolerável em fluxos de fluido, sendo
projetados de acordo com vários padrões e códigos, como da Associação de Fabricantes de
Trocadores Tubulares (Tubular Exchanger Manufacturers Association - TEMA) e o Unfired
Pressure Vessel Code ( ASME-API).

TRO-CAL DE CASCO E TUBO, possui diversos tubos (até mesmo centenas) colocados
paralelamente ao eixo longitudinal de um casco cilíndrico. É comum classificá-los com
relação ao número de “passes” que acontecem no casco e nos tubos.
Os elementos principais que compõem este tipo de trocador são:

TRO-CAL: CASCO E TUBO


o Elevada razão área de troca/volume.
o Suportam pressões elevadas   espessura da parede.
o Desenho padronizado  normas TEMA (Tubular Exchanger
Possuem:
Manufacturers Association) e BS 3274 (British Standard).
o Acessíveis para limpeza.
TRO-CAL: CASCO E TUBO
Para um área requerida grande um trocador de calor de tubos
concêntricos demandaria um comprimento exagerado 
TROCADOR DE CALOR MULTITUBULAR
TUBOS: PASSES 1-1 PASSES

TRO-CAL: CASCO E TUBO


1-2 PASSES

2-4 PASSES
TUBOS

TRO-CAL: CASCO E TUBO


Valores típicos das características
Configurações mais geométricas
comuns dos tubos

Passes pela
carcaça
TUBOS

TRO-CAL: CASCO E TUBO


Proteção contra abrasão nos tubos
CARCAÇA

TRO-CAL: CASCO E TUBO


Pode ser necessários colocar dois passes se a troca de calor for insuficiente ou
dividido para reduzir a perda de pressão (tipo G: split flow)
CHICANAS

TRO-CAL: CASCO E TUBO


Promovem turbulência e conseguem fluxo transversal em lugar de paralelo.
Espaçamento: 0,3 - 0,5 x diâmetro da carcaça

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