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EQUAÇÃO GERAL DA
DIFUSÃO TÉRMICA
CONDUÇÃO OU DIFUSÃO TÉRMICA
Transferência de calor através de um sólido ou de um fluido estacionário, em nível molecular, do ponto de
maior para o de menor temperatura.
2
CONDUÇÃO OU DIFUSÃO TÉRMICA
𝝏𝑻 𝝏𝑻 𝝏𝑻
EQUAÇÃO DE FOURIER COMPLETA: 𝒒"𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = −𝒌𝒙 − 𝒌𝒚 − 𝒌𝒛
𝝏𝒙 𝝏𝒚 𝝏𝒛
MATERIAIS ANISOTRÓPICOS
Condutividade térmica do material
𝒌 𝒙 ≠ 𝒌𝒚 ≠ 𝒌𝒛
MATERIAIS ISOTRÓPICOS
𝒌𝒙 = 𝒌𝒚 = 𝒌𝒛 = 𝒌
𝝏𝑻 𝝏𝑻 𝝏𝑻 𝝏𝑻 𝝏𝑻 𝝏𝑻
𝒒"𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = −𝒌 −𝒌 −𝒌 = −𝒌 + + Jean-Baptiste Joseph Fourier
𝝏𝒙 𝝏𝒚 𝝏𝒛 𝝏𝒙 𝝏𝒚 𝝏𝒛 (1768-1830)
3
CONDUÇÃO OU DIFUSÃO TÉRMICA
Depende das propriedades físicas do meio (densidade, viscosidade, homogeneidade, calor específico etc.)
e da temperatura e da pressão em que o meio se encontra.
Líquido e sólidos: T k
4
Condutividade térmica variável k = f(T)
CONDUTIVIDADE TÉRMICA MÉDIA
𝑇
𝑇2 𝑘(𝑇)dT
1
𝑘=
𝑇2 − 𝑇1
Gases:
𝑛
𝑘(T) 𝑇
≈
𝑘0 𝑇0
Líquido e sólidos:
2
𝑘(T) 𝑇0 𝑇0
ln ≈𝑎+𝑏 +𝑐 k0 = condutividade à temperatura de referência
𝑘0 𝑇 𝑇 T0 = temperatura de referência
a, b, c, n = parâmetros que dependem do material
5
LEI DE FOURIER:
𝝏𝑻 𝝏𝑻 𝝏𝑻
𝒒"𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = −𝒌 + +
𝝏𝒙 𝝏𝒚 𝝏𝒛
Permite determinar fluxos ou taxas de calor a partir do conhecimento do perfil de distribuição de temperaturas.
• Perfil de temperatura
• Regime transiente
• Geração/consumo de calor
6
EQUAÇÃO GERAL DA DIFUSÃO TÉRMICA:
Balanço de energia em um volume de controle para um sólido com propriedades físicas constantes.
𝑧 𝑞"𝑧 |𝑧+Δ𝑧 ሶ
Geração/Consumo = 𝑮∆𝒙∆𝒚∆𝒛
𝑞"𝑦 |𝑦
𝐺:ሶ taxa volumétrica de geração/consumo de energia [W/m³]
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EQUAÇÃO GERAL DA DIFUSÃO TÉRMICA:
Balanço de energia em um volume de controle para um sólido com propriedades físicas constantes.
𝑧 𝑞"𝑧 |𝑧+Δ𝑧
𝝏𝑻
𝑞"𝑦 |𝑦 𝝆𝑪𝒑 𝜟𝒙𝜟𝒚𝜟𝒛 = 𝒒"𝒙 |𝒙 − 𝒒"𝒙 |𝒙+𝜟𝒙 ∆𝒚∆𝒛 + 𝒒"𝒚 |𝒚 − 𝒒"𝒚 |𝒚+𝜟𝒚 ∆𝒙∆𝒛
𝝏𝒕
ሶ
+ 𝒒"𝒛 |𝒛 − 𝒒"𝒛 |𝒛+𝜟𝒛 ∆𝒙∆𝒚 + 𝑮∆𝒙∆𝒚∆𝒛
8
EQUAÇÃO GERAL DA DIFUSÃO TÉRMICA:
𝝏𝑻
𝝆𝑪𝒑 ሶ
𝜟𝒙𝜟𝒚𝜟𝒛 = 𝒒"𝒙 |𝒙 − 𝒒"𝒙 |𝒙+𝜟𝒙 ∆𝒚∆𝒛 + 𝒒"𝒚 |𝒚 − 𝒒"𝒚 |𝒚+𝜟𝒚 ∆𝒙∆𝒛 + 𝒒"𝒛 |𝒛 − 𝒒"𝒛 |𝒛+𝜟𝒛 ∆𝒙∆𝒚 + 𝑮∆𝒙∆𝒚∆𝒛
𝝏𝒕
9
EQUAÇÃO GERAL DA DIFUSÃO TÉRMICA:
O Operador Nabla () é um vetor e representa a derivada de uma grandeza nas três direções cartesianas: x, y e z
Gradiente: Função que “aponta” para o aumento da Divergente: Fluxo líquido da variável transportada, ou
variável transportada. seja, o que sai menos o que entra no volume de
controle.
𝜕 𝜕 𝜕 𝜕 𝜕 𝜕
𝛻 = 𝑖Ԧ + 𝑗Ԧ + 𝑘 𝛻. = + +
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
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EQUAÇÃO GERAL DA DIFUSÃO TÉRMICA:
𝜕𝑇 𝜕𝑇 𝜕𝑇 𝜕𝑇
𝜌𝐶𝑝 = −𝛻 ∙ 𝑞" + 𝐺ሶ *LEI DE FOURIER: 𝑞" = −𝑘 + + = −𝑘𝛻𝑇
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
𝜕𝑇 𝝏𝑻
𝜌𝐶𝑝 = −𝛻 ∙ −𝑘𝛻𝑇 + 𝐺ሶ 𝝆𝑪𝒑 = 𝜵 ∙ 𝒌𝜵𝑻 + 𝑮ሶ
𝜕𝑡 𝝏𝒕
Pode-se verificar através desta equação que, a Temperatura no interior de um sólido somente poderá sofrer
variação se houver:
I – fornecimento ou retirada de calor pelas fronteiras do sistema (ocorrerá sempre que o sistema e vizinhança
estiverem a diferentes temperaturas);
II – geração (efeito Joule, reação química exotérmica, reação nuclear) ou consumo de energia (reação química
endotérmica)
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SIMPLIFICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA DIFUSÃO TÉRMICA:
𝜕𝑇
𝜌𝐶𝑝 = 𝛻 ∙ 𝑘𝛻𝑇 + 𝐺ሶ 𝜵 ∙ 𝒌𝜵𝑻 + 𝑮ሶ = 𝟎
𝜕𝑡
𝜕𝑇 𝜌𝐶𝑝 𝜕𝑇 𝐺ሶ 𝟏 𝝏𝑻 𝑮ሶ
𝜌𝐶𝑝 = 𝑘𝛻 ∙ 𝛻𝑇 + 𝐺ሶ = 𝛻²𝑇 + = 𝛁²𝑻 +
𝜕𝑡 ÷𝑘 𝑘 𝜕𝑡 𝑘 𝑘 𝜶 𝝏𝒕 𝒌
𝛼=
𝜌𝐶𝑝
(Difusividade térmica)
𝜕 𝜕 𝜕 𝜕 𝜕 𝜕
Operador Laplaciano: 𝛻 ∙ 𝛻 = 𝛻2 = + +
𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑧
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SIMPLIFICAÇÕES DA EQUAÇÃO GERAL DA DIFUSÃO TÉRMICA:
𝜕𝑇 𝟏 𝝏𝑻
𝜌𝐶𝑝 = 𝛻 ∙ 𝑘𝛻𝑇 + 𝐺ሶ = 𝛁²𝑻
𝜕𝑡 𝜶 𝝏𝒕
𝑑 𝑑𝑇
𝛁2 𝑻 = 𝟎 =0
𝑑𝑥 𝑑𝑥
Exemplo: direção x
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EQUAÇÃO GERAL DA DIFUSÃO TÉRMICA EM DIFERENTES COORDENADAS:
COORDENADAS CARTESIANAS
𝝏𝑻 𝝏 𝒅𝑻 𝝏 𝒅𝑻 𝝏 𝒅𝑻
𝝆𝑪𝒑 = 𝒌 + 𝒌 + 𝒌 + 𝑮ሶ
𝝏𝒕 𝝏𝒙 𝒅𝒙 𝝏𝒚 𝒅𝒚 𝝏𝒛 𝒅𝒛
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EQUAÇÃO GERAL DA DIFUSÃO TÉRMICA EM DIFERENTES COORDENADAS:
COORDENADAS CILÍNDRICAS
𝝏𝑻 𝟏 𝝏 𝝏𝑻 𝟏 𝝏 𝝏𝑻 𝝏 𝝏𝑻
𝝆𝒄𝒑 = 𝒓𝒌 + 𝒌 + 𝒌 + 𝑮ሶ
𝝏𝒕 𝒓 𝝏𝒓 𝝏𝒓 𝒓𝟐 𝝏𝝓 𝝏𝝓 𝝏𝒛 𝝏𝒛
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EQUAÇÃO GERAL DA DIFUSÃO TÉRMICA EM DIFERENTES COORDENADAS:
COORDENADAS ESFERÍCAS
𝝏𝑻 𝟏 𝝏 𝟐 𝝏𝑻 𝟏 𝝏 𝝏𝑻 𝟏 𝝏 𝝏𝑻
𝝆𝒄𝒑 = 𝟐 𝒓 𝒌 + 𝟐 𝟐
𝒌 + 𝟐 𝒌𝒔𝒆𝒏𝜽 + 𝑮ሶ
𝝏𝒕 𝒓 𝝏𝒓 𝝏𝒓 𝒓 𝒔𝒆𝒏 𝜽 𝝏𝝓 𝝏𝝓 𝒓 𝒔𝒆𝒏𝜽 𝝏𝜽 𝝏𝜽
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CONDIÇÕES INICIAIS E CONDIÇÕES DE CONTORNO
𝝏𝑻
𝝆𝑪𝒑 = 𝜵 ∙ 𝒌𝜵𝑻 + 𝑮ሶ
𝝏𝒕
No caso do sistema ser transiente, a solução dependerá das condições existentes no meio em algum instante de
tempo inicial CONDIÇÕES INICIAIS
Visto que a Equação da Difusão Térmica é de primeira ordem em relação ao tempo, apenas uma condição deve
ser especificada, podendo ser uma função do espaço (T(x)) ou uma constante (T0).
𝑻 𝒙, 𝒕 = 𝟎 = 𝑻 𝒙 𝒐𝒖 𝑻 𝒙, 𝒕 = 𝟎 = 𝑻𝟎
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CONDIÇÕES INICIAIS E CONDIÇÕES DE CONTORNO
𝝏𝑻
𝝆𝑪𝒑 = 𝜵 ∙ 𝒌𝜵𝑻 + 𝑮ሶ
𝝏𝒕
Caso exista um gradiente de temperaturas no meio, a solução depende, também, das condições físicas
existentes nas fronteiras deste meio CONDIÇÕES DE CONTORNO
Visto que a Equação da Difusão Térmica é de segunda ordem em relação às coordenadas espaciais, duas
condições de contorno devem ser fornecidas para cada coordenada espacial.
𝑻(𝐭, 𝟎) = 𝑻𝒔
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CONDIÇÕES DE CONTORNO
𝝏𝑻 𝝏𝑻
−𝒌 ቤ = 𝒒𝒔 ou ቤ =𝟎
𝝏𝒙 𝒙=𝟎 𝝏𝒙 𝒙=𝟎
adiabática
𝝏𝑻
𝒌 ቤ = 𝒉[𝑻(𝟎, 𝐭) − 𝐓∞ ]
𝝏𝒙 𝒙=𝟎
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EXEMPLO 1
A distribuição de temperaturas ao longo de uma parede com espessura de 1 m, em determinado instante de tempo,
é dada por T(x) = 900 - 300x - 50x², sendo T em °C e x em m. A parede possui uma área da seção transversal de 10
m² e uma taxa de geração de calor de 1000 W/m³. As propriedades físicas da parede são: ρ = 1600 kg/m³, k = 40
W/(m.K) e Cp = 4 kJ/(kg.K). Determine:
(a) As taxas de transferência de calor que entra na parede (x = 0) e que deixa a parede (x = 1 m);
(b) A taxa de variação da energia acumulada na parede;
(c) A taxa de variação da temperatura (em relação ao tempo) nas posições x = 0; 0,25 e 0,5 m.
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𝐿 =1𝑚
(a) As taxas de transferência de calor que entra na parede (x = 0) e que deixa a parede (x = 1 m);
𝑑𝑇
𝑞ሶ 𝑥=0 𝑞ሶ 𝑥=𝐿 LEI DE FOURIER: 𝑞ሶ 𝑥 = −𝑘𝐴
𝑑𝑥
𝐺ሶ
𝐴 = 10 𝑚²
𝑑(900 − 300𝑥 − 50𝑥 2 )
𝑞ሶ 𝑥 = −𝑘𝐴
𝑑𝑥
𝑇 𝑥 = 900 − 300𝑥 − 50𝑥²
𝑞ሶ 𝑥 = −𝑘𝐴 −300 − 100𝑥
𝑊
𝑊 𝐺ሶ = 1000
𝑘 = 40 x 𝑚3 𝑞ሶ 𝑥=0 = −40 ∙ 10 ∙ −300 = 120.000 𝑊
𝑚. 𝐾
𝑘𝑔 𝑘𝐽
𝜌 = 1600 𝐶𝑝 = 4 𝑞ሶ 𝑥=𝐿 = −40 ∙ 10 ∙ −300 − 100 = 160.000 𝑊
𝑚³ 𝑘𝑔. 𝐾
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(b) A taxa de variação da energia acumulada na parede;
𝐿 =1𝑚
BALANÇO DE ENERGIA NA PAREDE:
𝑞ሶ 𝑥=0 𝑞ሶ 𝑥=𝐿 ሶ
Geração/Consumo = 𝐺𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧 = 𝐺ሶ ∙ 𝐴 ∙ 𝐿
𝐺ሶ
𝐴 = 10 𝑚²
Acúmulo = 𝑞ሶ 𝑥=0 − 𝑞ሶ 𝑥=𝐿 + 𝐺ሶ ∙ 𝐴 ∙ 𝐿
𝑊
Acúmulo = 120.000 𝑊 − 160.000𝑊 + 1.000 ∙ 10 𝑚² ∙ 1𝑚
𝑚3
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(c) A taxa de variação da temperatura (em relação ao tempo) nas posições x = 0; 0,25 e 0,5 m
𝜕𝑇 𝜕 𝑑𝑇 𝜕 𝑑𝑇 𝜕 𝑑𝑇
𝜌𝐶𝑝 = 𝑘 + 𝑘 + 𝑘 + 𝐺ሶ
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝑑𝑥 𝜕𝑦 𝑑𝑦 𝜕𝑧 𝑑𝑧
𝜕𝑇 𝜕2𝑇 𝜕𝑇 𝑘 𝜕2𝑇 𝐺ሶ
𝜌𝐶𝑝 =𝑘 + 𝐺ሶ = +
𝜕𝑡 𝜕𝑥² 𝜕𝑡 𝜌𝐶𝑝 𝜕𝑥² 𝜌𝐶𝑝
𝜕𝑇 𝜕2𝑇
𝑇 𝑥 = 900 − 300𝑥 − 50𝑥 2 = −300 − 100𝑥 = −100
𝜕𝑥 𝜕𝑥²
𝑊 𝑊
𝜕𝑇 40 𝑚. 𝐾 𝐾 1000 𝑲
= −100 + 𝑚3 = −𝟒, 𝟕 ∙ 𝟏𝟎 −𝟒
𝜕𝑡 𝑘𝑔 𝐽 𝑚² 𝑘𝑔 𝐽 𝒔
1600 ∙ 4000 1600 ∙ 4000
𝑚³ 𝑘𝑔. 𝐾 𝑚³ 𝑘𝑔. 𝐾
(Independente da posição)
23
EXEMPLO 2
Em um elemento combustível cilíndrico para reator nuclear, com 60 mm de diâmetro, há geração interna de
calor a uma taxa uniforme de 𝐺0ሶ = 6 x 107 W/m³. Em condições de regime estacionário, a distribuição de
temperaturas no seu interior tem a forma T(r)= 900 – 5,26 x 105 r² (com r em m, T em °C). As propriedades
do elemento combustível são k = 30 W/(m.K), ρ = 1100 kg/m³ e Cp = 800 J/(kg.K).
(a) Qual é a taxa de transferência de calor, por unidade de comprimento do elemento em r = 0 (a linha central
do elemento) e em r = 30 mm (a superfície)?
(b) Se o nível de potência do reator for subitamente aumentado para 𝐺1ሶ = 108 W/m³, qual serão as taxas
iniciais da variação da temperatura com o tempo em r = 0 e r = 30 mm?
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𝑊
𝑘 = 30
𝑟0 = 0,03𝑚 𝑚. 𝐾
𝑇 𝑟 = 900 − 5,26 ∙ 105 𝑟²
𝐽
𝑊 𝐶𝑝 = 800
𝐺0ሶ = 6 ∙ 107 3 𝑘𝑔. 𝐾
𝑚
𝑘𝑔
𝜌 = 1100
𝑚³
(a) Qual é a taxa de transferência de calor, por unidade de comprimento do elemento em r = 0 (a linha central do elemento)
e em r = 30 mm (a superfície)?
𝑑𝑇 𝑑𝑇
LEI DE FOURIER: 𝑞ሶ 𝑟 = −𝑘𝐴 = −10,52 ∙ 105 𝑟 𝐴 = 2π𝑟𝐿
𝑑𝑟 𝑑𝑟
𝒒ሶ 𝒓
𝒓 = 𝟎 = −𝟐𝝅𝒓𝒌 ∙ −𝟏𝟎, 𝟓𝟐 ∙ 𝟏𝟎𝟓 𝒓 = 𝟎
𝑳
𝒒ሶ 𝒓
𝒓 = 𝒓𝟎 = −𝟐𝝅𝒓𝒌 ∙ −𝟏𝟎, 𝟓𝟐 ∙ 𝟏𝟎𝟓 𝒓 = 𝟏, 𝟕𝟖 ∙ 𝟏𝟎𝟓 𝑾/𝒎
𝑳
25
(b) Se o nível de potência do reator for subitamente aumentado para 𝐺1ሶ = 108 W/m³, qual serão as taxas iniciais da variação
da temperatura com o tempo em r = 0 e r = 30 mm?
𝜕𝑇 1 𝜕 𝜕𝑇 1 𝜕 𝜕𝑇 𝜕 𝜕𝑇
𝜌𝑐𝑝 = 𝑟𝑘 + 2 𝑘 + 𝑘 + 𝐺ሶ
𝜕𝑡 𝑟 𝜕𝑟 𝜕𝑟 𝑟 𝜕𝜙 𝜕𝜙 𝜕𝑧 𝜕𝑧
𝜕𝑇 1 𝜕 𝜕𝑇
𝜌𝑐𝑝 = 𝑟𝑘 + 𝐺ሶ
𝜕𝑡 𝑟 𝜕𝑟 𝜕𝑟
Nos instantes iniciais após o aumento da taxa de geração de calor, podemos considerar que o perfil de temperatura ainda seja
dado por:
𝑑𝑇
𝑇 𝑟 = 900 − 5,26 ∙ 105 𝑟² = −10,52 ∙ 105 𝑟
𝑑𝑟
1 𝜕 𝜕𝑇 𝑘 𝜕 𝑘
∗ 𝑟𝑘 = −10,52 ∙ 10 𝑟 = −21,04 ∙ 105 𝑟 = −21,04 ∙ 105 𝑘 = −6,3 ∙ 107 𝑊/𝑚3
5 2
𝑟 𝜕𝑟 𝜕𝑟 𝑟 𝜕𝑟 𝑟
26
𝜕𝑇 1 𝜕 𝜕𝑇 1 𝜕 𝜕𝑇 𝑊
𝜌𝑐𝑝 = 𝑟𝑘 + 𝐺ሶ 𝑟𝑘 = −6,3 ∙ 107
𝜕𝑡 𝑟 𝜕𝑟 𝜕𝑟 𝑟 𝜕𝑟 𝜕𝑟 𝑚3
𝜕𝑇 𝑊
∴ 𝜌𝐶𝑝 = −6,3 ∙ 10 3 + 𝐺1ሶ
7
𝜕𝑡 𝑚
𝜕𝑇 1 7
𝑊 8
𝑊
= −6,3 ∙ 10 3 + 10 3
𝜕𝑡 𝑘𝑔 𝐽 𝑚 𝑚
1100 ∙ 800
𝑚³ 𝑘𝑔. 𝐾
𝝏𝑻 𝑲
= 𝟒𝟐, 𝟎𝟒
𝝏𝒕 𝒔
27
EXEMPLO 3
Resíduo radioativo é armazenado em um recipiente esférico de aço inoxidável, como mostrado na figura a seguir.
Calor gerado no interior do resíduo tem que ser dissipado por condução através da parede do recipiente de aço e,
então, por convecção para água de resfriamento.
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Desejamos calcular o seguinte:
a) A temperatura na interface entre o resíduo e o recipiente de aço inoxidável; r
ri
b) A temperatura da superfície externa do aço inoxidável.
c) A temperatura máxima (centro do resíduo). re
RESOLUÇÃO
𝝏𝑻 𝟏 𝝏 𝟐 𝝏𝑻 𝟏 𝝏 𝝏𝑻 𝟏 𝝏 𝝏𝑻
𝝆𝒄𝒑 = 𝟐 𝒓 𝒌 + 𝒌 + 𝒌𝒔𝒆𝒏𝜽 + 𝑮ሶ
𝝏𝒕 𝒓 𝝏𝒓 𝝏𝒓 𝒓𝟐 𝒔𝒆𝒏𝟐 𝜽 𝝏𝝓 𝝏𝝓 𝒓𝟐 𝒔𝒆𝒏𝜽 𝝏𝜽 𝝏𝜽
CONSIDERAÇÕES: 𝟏 𝝏 𝟐 𝝏𝑻
Resíduo: 0 ≤ 𝑟 ≤ 𝑟𝑖 𝒓 𝒌 + 𝑮ሶ = 𝟎
𝒓𝟐 𝝏𝒓 𝝏𝒓
• Estado estacionário;
• Transferência de calor na direção radial; 𝟏 𝝏 𝟐 𝝏𝑻
Parede da esfera: 𝑟𝑖 ≤ 𝑟 ≤ 𝑟𝑒 𝒓 𝒌 =𝟎
• Geração de calor constante pelo resíduo. 𝒓𝟐 𝝏𝒓 𝝏𝒓
29
O calor gerado no interior do resíduo é transmitido por condução através
𝑇∞ = 25°𝐶 do resíduo até a interface resíduo/parede, depois por condução através
da casca de aço até a superfície da esfera e por convecção para a água.
Ti
ri r
𝑞ሶ 𝑐𝑜𝑛𝑣 = 𝑞ሶ 𝑐𝑜𝑛𝑑 = 𝑞ሶ 𝐺
T0
𝑮ሶ ∙ 𝑽
Te
re
𝒉𝑨 𝑻𝒆 − 𝑻∞ 𝒅𝑻
−𝒌𝑨
𝒅𝒓
𝟒 𝟑 𝑾 𝟒
𝒒ሶ 𝑮 = 𝑮ሶ ∙ 𝝅𝒓𝒊 = 𝟏𝟎 𝟓 ∙ 𝝅 ∙ 𝟎, 𝟒 𝟑 𝒎𝟑 ≅ 𝟐𝟔𝟖𝟎𝟎 𝑾 = 𝟐𝟔, 𝟖 𝒌𝑾
𝟑 𝒎𝟑 𝟑
2
𝑊
𝑞ሶ 𝑐𝑜𝑛𝑣 = ℎ𝐴 𝑇𝑒 − 𝑇∞ → 𝐴𝑠𝑢𝑝,𝑒𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎 = 4𝜋𝑟 → 26800 = 800 2 ∙ 4𝜋 ∙ 0, 52 𝑚2 ∙ 𝑇𝑒 − 25 °𝐶
𝑚 𝐾
∴ 𝑻𝒆 = 𝟑𝟓, 𝟕°𝑪
30
𝑇∞ = 25°𝐶
Para calcular a temperatura interna da casca precisamos conhecer dT/dr.
Ti
ri r 𝒅𝑻
𝒒ሶ 𝒄𝒐𝒏𝒅 = −𝒌𝑨
𝒅𝒓
T0
Te 1 𝜕 2 𝜕𝑇
re Parede da esfera: 𝑟𝑖 ≤ 𝑟 ≤ 𝑟𝑒 → 𝑟 𝑘 =0
𝑟 2 𝜕𝑟 𝜕𝑟
𝜕 2 𝜕𝑇 𝜕𝑇 −𝐶1
𝑟 =0 → න 1ª 𝑣𝑒𝑧 → 𝑟2 = 𝐶1 → න 2ª 𝑣𝑒𝑧 → 𝑇(𝑟) = + 𝐶2
𝜕𝑟 𝜕𝑟 𝜕𝑟 𝑟
𝑇(𝑟𝑖 ) = 𝑇𝑖
−𝐶1 −𝐶1
𝑇𝑖 = + 𝐶2 (1) 𝑇𝑒 = + 𝐶2 (2)
Condições de Contorno: 𝑟𝑖 𝑟𝑒
𝑇(𝑟𝑒 ) = 𝑇𝑒
31
𝐶1
−𝐶1 𝑑𝑒 1 𝑖𝑠𝑜𝑙𝑜 𝐶2 = 𝑇𝑖 + 𝑒 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡𝑖𝑡𝑢𝑜 𝑒𝑚 2 :
𝑇𝑖 = + 𝐶2 1 𝑟𝑖
𝑟𝑖
−𝐶1 −𝐶1 𝐶1 1 1 𝑇𝑒 − 𝑇𝑖
𝑇𝑒 = + 𝐶2 (2) 𝑇𝑒 = + 𝑇𝑖 + → 𝑇𝑒 − 𝑇𝑖 = 𝐶1 − → 𝐶1 =
𝑟𝑒 𝑟𝑒 𝑟𝑖 𝑟𝑖 𝑟𝑒 1 1
𝑟𝑖 − 𝑟𝑒
1 𝑇𝑒 − 𝑇𝑖
𝑒 𝐶2 = 𝑇𝑖 +
𝑟𝑖 1 − 1
𝑟𝑖 𝑟𝑒
−𝐶1
𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡𝑖𝑡𝑢𝑖𝑛𝑑𝑜 𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑛𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑇: 𝑇(𝑟) = + 𝐶2
𝑟
1 𝑇𝑒 − 𝑇𝑖 1 𝑇𝑒 − 𝑇𝑖
𝑇 𝑟 =− + 𝑇𝑖 +
𝑟 1−1 𝑟𝑖 1 − 1
𝑟𝑖 𝑟𝑒 𝑟𝑖 𝑟𝑒
32
𝒅𝑻 1 𝑇𝑒 − 𝑇𝑖 1 𝑇𝑒 − 𝑇𝑖 𝑑𝑇 1 𝑇𝑒 − 𝑇𝑖
𝒒ሶ 𝒄𝒐𝒏𝒅 = −𝒌𝑨 𝑇 𝑟 =− + 𝑇𝑖 + =+
𝒅𝒓 𝑟 1−1 𝑟𝑖 1 − 1 𝑑𝑟 𝑟² 1 − 1
𝑟𝑖 𝑟𝑒 𝑟𝑖 𝑟𝑒 𝑟𝑖 𝑟𝑒
𝑻𝒊 − 𝑻𝒆
1 𝑇𝑒 − 𝑇𝑖 𝒒ሶ 𝒄𝒐𝒏𝒅 = 𝟒𝝅𝒌
𝑞ሶ 𝑐𝑜𝑛𝑑 = −𝑘 4𝜋𝑟² ∙ 𝟏 𝟏
𝑟² 1 − 1 −
𝒓𝒊 𝒓𝒆
𝑟𝑖 𝑟𝑒
𝑾 𝑻𝒊 − 𝟑𝟓, 𝟕
𝟐𝟔𝟖𝟎𝟎 𝑾 = 𝟒𝝅 ∙ 𝟏𝟓
𝒎. 𝑲 𝟏 − 𝟏 𝑻𝒊 = 𝟏𝟎𝟔, 𝟖°𝑪
𝟎, 𝟒 𝟎, 𝟓
33
c) A temperatura máxima (centro do resíduo).
𝟏 𝝏 𝟐 𝝏𝑻
Resíduo: 0 ≤ 𝑟 ≤ 𝑟𝑖 𝒓 𝒌 + 𝑮ሶ = 𝟎
𝒓𝟐 𝝏𝒓 𝝏𝒓
𝑇∞ = 25°𝐶
Ti
𝜕 2 𝜕𝑇 𝐺ሶ 2 2
𝜕𝑇 𝐺ሶ 3
ri r 𝑟 =− 𝑟 → න→ 𝑟 = − 𝑟 + 𝐶3
𝜕𝑟 𝜕𝑟 𝑘 𝜕𝑟 3𝑘
T0
𝜕𝑇 𝐺ሶ 𝐶3 𝜕𝑇
Te =− 𝑟+ ቤ ≠∞ ∴ 𝐶3 = 0
re 𝜕𝑟 3𝑘 𝑟² 𝜕𝑟 𝑟=0
𝜕𝑇 𝐺ሶ 𝐺ሶ 2
=− 𝑟 → න→ 𝑇(𝑟) = − 𝑟 + 𝐶4
𝜕𝑟 3𝑘 6𝑘
𝑮ሶ 𝟐
Condições de Contorno: 𝑇(𝑟 = 0) = 𝑇0 𝐶4 = 𝑇0 𝑻(𝒓) = − 𝒓 + 𝑻𝟎
𝟔𝒌
34
Conhecendo a distribuição de temperatura no resíduo, é possível calcular a temperatura no seu centro (T0).
𝑇∞ = 25°𝐶 𝑮ሶ 𝟐 0 ≤ 𝑟 ≤ 𝑟𝑖
𝑻(𝒓) = − 𝒓 + 𝑻𝟎
𝟔𝒌
Ti
ri r 105
𝑇𝑖 = 106,8 °𝐶 106,8 = − ∙ 0,4² + 𝑇0
6 ∙ 20
T0
Te
re
𝑻𝟎 = 𝟐𝟒𝟎, 𝟏 °𝑪
35
LISTA DE EXERCÍCIOS – AULA 2
1. Calor é gerado em uma parede plana radioativa, de acordo com a relação:
𝒙
𝑮ሶ = 𝑮ሶ 𝒎𝒂𝒙 𝟏 −
𝑳
Em que 𝐺ሶ é a taxa volumétrica de geração de calor, kW/m³, L é metade da espessura da parede e x é a medida a partir da linha
central da parede.
Desenvolva a equação que expressa a diferença de temperatura entre a linha central da parede e sua superfície.
2. Calor é gerado em um bastão cilíndrico de combustível em um reator nuclear, de acordo com a relação
𝟐
𝒓
𝑮ሶ = 𝑮ሶ 𝒎𝒂𝒙 𝟏−
𝒓𝟎
Em que 𝐺ሶ é a taxa volumétrica de geração de calor, kW/m³, e 𝑟0 é o raio externo do cilindro. Desenvolva a equação que
expressa a diferença de temperatura entre a linha central do bastão e sua superfície.
36
LISTA DE EXERCÍCIOS – AULA 2
3. Considere uma parede plana unidimensional de espessura 2L, na qual há uma geração de calor uniforme, 𝐺.ሶ As
temperaturas das superfícies da parede são mantidas a 𝑇𝑠,1 e 𝑇𝑠,2 , como mostrado no desenho. Verifique por meio de
substituição direta, que uma expressão da forma:
ሶ
𝑮𝑳² 𝒙² 𝑻𝒔,𝟏 − 𝑻𝒔,𝟐 𝒙 𝑻𝒔,𝟏 + 𝑻𝒔,𝟐
𝑻 𝒙 = 𝟏− + +
𝟐𝒌 𝑳² 𝟐 𝑳 𝟐
Satisfaz a forma em regime estacionário da equação da difusão do calor. Determine uma expressão para a distribuição de
fluxo térmico, q”(x).
𝐺ሶ
37
LISTA DE EXERCÍCIOS – AULA 2
4. Uma parede plana unidimensional de espessura 2L = 80 mm, na qual há uma geração uniforme de energia térmica de 1000
W/m³, é resfriada por convecção em 𝑥 ± 40𝑚𝑚 por um fluido ambiente caracterizado por 𝑇∞ = 30°𝐶. Se a distribuição de
temperaturas em regime estacionário no interior da parede é 𝑻 𝒙 = 𝒂 𝑳𝟐 + 𝒙² + 𝒃 na qual a = 15 °C/m² e b = 40°C, qual é
a condutividade térmica da parede e qual é o valor do coeficiente de transferência convectiva de calor?
5. A passagem de uma corrente elétrica por um longo bastão condutor, de raio 𝑟𝑖 e condutividade térmica 𝑘𝑏 , resulta em um
aquecimento volumétrico uniforme a uma taxa 𝐺.ሶ o bastão condutor é coberto por um revestimento de material não condutor
elétrico, com raio externo, 𝑟𝑒 e condutividade térmica 𝑘𝑟 . A superfície externa é resfriada por convecção por um fluido
(𝑇∞ , ℎ). Para condições de regime em estado estacionário, escreva formas apropriadas da equação de calor para o bastão e
para o revestimento. Escreva também as condições de contorno apropriadas para a solução dessas equações.
38
LISTA DE EXERCÍCIOS – RESPOSTAS
ri re
𝐺ሶ𝑚𝑎𝑥 𝐿2 5.
1. 𝑇0 − 𝑇𝐿 = (𝑇∞ , ℎ)
3𝑘 𝐺ሶ Revestimento
𝑘𝑅
𝑘𝐵 Bastão
3𝐺ሶ𝑚𝑎𝑥 𝑟02
2. 𝑇𝐶 − 𝑇0 = 𝜕𝑇
16𝑘
ቤ =0 𝑜𝑢 𝑇 𝑟 = 0 = 𝑇0
𝑘𝐵 𝜕 𝜕𝑇 𝜕𝑟 𝑟=0
Bastão: 𝑟 + 𝐺ሶ = 0 (0 ≤ 𝑟 ≤ 𝑟𝑖 )
𝑟 𝜕𝑟 𝜕𝑟
𝑘 𝑇 𝑟 = 𝑟𝑖 = 𝑇𝑖
ሶ +
3. 𝑞" = 𝐺𝑥 𝑇 − 𝑇𝑆2
2𝐿 𝑆1
𝑇 𝑟 = 𝑟𝑖 = 𝑇𝑖
𝑊
4. 𝑘 = 33,3 𝑘𝑅 𝜕 𝜕𝑇
𝑚. 𝐾 𝑇 𝑟 = 𝑟𝑒 = 𝑇𝑒 𝑜𝑢
𝑊 Revestimento: 𝑟 = 0 (𝑟𝑖 ≤ 𝑟 ≤ 𝑟𝑖 )
ℎ=4 2 𝑟 𝜕𝑟 𝜕𝑟
𝑚 .𝐾 𝜕𝑇
𝑘𝑅 ቤ = ℎ(𝑇𝑒 − T∞ )
𝜕𝑟 𝑟=𝑟
𝑒
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