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RECURSOS ESTÉTICOS

MANUAIS

Celio Takashi Higuchi


Crioterapia
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Descrever o processo de termorregulação corporal.


 Explicar os fundamentos, indicações e contraindicações da crioterapia
aplicada à estética.
 Listar protocolos de crioterapia aplicada à estética facial e corporal.

Introdução
Em estética, a crioterapia é uma técnica que provoca o resfriamento do
tecido cutâneo com o uso de uma matéria-prima que confere retirada de
calor. Como resposta, o organismo eleva sua temperatura interna, para
mantê-la equilibrada. Esse processo demanda gasto de energia, aumen-
tando a taxa metabólica e o uso das reservas energéticas armazenadas
nos adipócitos, o que resulta em lipólise.
Neste capítulo, você vai estudar o processo de termorregulação corpo-
ral e aprender sobre os fundamentos, as indicações e as contraindicações
da crioterapia aplicada à estética. Por fim, serão listados protocolos de
crioterapia aplicada à estética facial e corporal.

O processo de termorregulação corporal


A temperatura do corpo do ser humano é constante — isso se chama homeoter-
mia. Fatores ambientais como vento, umidade e temperatura local fazem com
que o corpo precise produzir energia e convertê-la em calor, para conseguir
manter a temperatura corporal constante. O corpo produz calor pelas vias
endógenas e recebe calor por meios externos (GAMBRELL, 2002).
O organismo humano contém mecanismos fisiológicos de regulação tér-
mica que mantém a temperatura do corpo central em torno de 36 a 37ºC.
A regulação ocorre por um sistema que consiste na ativação funcional dos
termorreceptores central e periférico (RHOADES; TANNER, 2005). Na
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maioria dessas situações, o organismo não precisa de ações termorreguladoras


excepcionais para manter sua temperatura central em equilíbrio. Entretanto,
quando o corpo é exposto a situações térmicas excedentes de calor ou de frio,
que ultrapassam os limites de conforto térmico, essas ações são acionadas,
para que se mantenha o calor interno estável, evitando alterações funcionais
prejudiciais ao organismo (GALLOIS, 2002; GUYTON; HALL, 2006).

O controle regulatório da temperatura é semelhante no homem e na mulher (LOPEZ


et al., 1994), mas diminui nos idosos e em pacientes gravemente enfermos (KHAN;
SPENCE; BELCH, 1992).

O sistema de controle central que regula a temperatura do corpo situa-se


na região hipotalâmica e integra os impulsos térmicos provenientes de quase
a totalidade dos tecidos do organismo, e não apenas em relação à temperatura
central do organismo. Quando o impulso excede ou fica abaixo da faixa
limiar de temperatura, ocorrem respostas termorreguladoras autonômicas,
que mantêm a temperatura do corpo em valor adequado (GUYTON; HALL,
2006). Os impulsos termais aferentes provêm de receptores anatomicamente
distintos ao frio e ao calor, os quais podem ser periféricos ou centrais (BUGGY;
CROSSLEY, 2000).
Os termorreceptores são estruturas periféricas do sistema nervoso que
detectam alterações na temperatura do corpo. Os neurônios sensíveis à tem-
peratura nas vísceras abdominais, nas grandes veias, na medula espinhal e,
especialmente, no cérebro fornecem informações sobre a temperatura central,
enquanto os periféricos informam sobre a temperatura da pele (WIDMAIER;
RAFF; STRANG, 2006).
Em nosso organismo, existem termorreceptores sensíveis ao frio e outros
ao calor, sendo os primeiros mais abundantes. Os receptores ao frio disparam
impulsos nervosos com maior frequência quando a temperatura diminui e
têm pico de atividade a 25ºC, enquanto os receptores de calor são mais ativos
em temperaturas de 45ºC e respondem melhor a temperaturas crescentes. Os
termorreceptores de frio e calor (corpúsculos de Krause) da pele são responsá-
veis pela discriminação das gradações térmicas, percebidas como frio, fresco,
indiferente, morno e quente (GUYTON; HALL, 2006).
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Para alcançar o benefício terapêutico, a temperatura da pele precisa ser baixada


para 13,8°C, para ocorrer a redução ideal do fluxo sanguíneo, e para 14,4 °C, para que
aconteça a analgesia (STARKEY, 2001).

Quando o corpo está em um ambiente ou está em contato com algum objeto


extremamente frio ou quente, isso provoca a ativação dos nociceptores. Os
nociceptores são receptores sensoriais que sinalizam o organismo por meio
de uma resposta com potencial de dano (KANDEL; SCHWARTZ; JESSELL,
2003).
Quatro classes de nociceptores foram descritas: mecânicos, térmicos,
polimodais e silenciosos. Os nociceptores mecânicos respondem à pressão
intensa, enquanto os nociceptores térmicos respondem às temperaturas
extremas, quentes (> 45°C) ou frias (< 5°C) e possuem fibras A mielinizadas,
que conduzem impulsos na velocidade de 3 m/s a 40 m/s. Em conjunto, esses
nociceptores são denominados nociceptores mecanotérmicos (FEIN, 2011).
Em resposta ao calor, o corpo regula a temperatura da seguinte forma:

 Diminui a produção de calor com inibição de calafrios e da termogênese


química (GUYTON; HALL, 2006).
 Provoca intensa vasodilatação em quase todo o corpo, processo causado
pela inibição dos centros no hipotálamo, responsáveis pela vasocons-
trição. A vasodilatação pode aumentar a transferência de calor para a
pele por até oito vezes (RHOADES; TANNER, 2005).
 Eleva acentuadamente a velocidade da perda de calor por meio da
sudorese e consequente evaporação, quando a temperatura corporal
total ultrapassa o nível crítico de 37ºC. Um aumento adicional de 1ºC
na temperatura corporal provoca sudorese suficiente para remover
10 vezes mais a taxa basal de produção de calor corporal (GUYTON;
HALL, 2006).
 Aumenta as trocas metabólicas favorecendo a maior permeação dos
ativos de interesse.

Por outro lado, em resposta ao frio, o corpo regula a temperatura da se-


guinte forma:
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 Aumenta a produção de calor consumindo oxigênio e a taxa metabó-


lica ativando calafrios (piloereção em resposta ao frio) e termogênese
química (GUYTON; HALL, 2006).
 Provoca intensa vasoconstrição periférica em quase todo o corpo,
processo causado pela ativação dos centros no hipotálamo responsáveis
pela vasoconstrição. A vasoconstrição pode diminuir em até 100 vezes
o fluxo sanguíneo (CAMUS et al., 1997).
 Reduz a perda de calor do corpo em torno de 25% pelas mãos, 50%
pelos pés e somente 17% pelo tronco.
 Diminui as trocas metabólicas, desfavorecendo a permeação dos ativos
de interesse.

Frio intenso pode também provocar queimaduras na pele, pois pode romper a célula
que aloja o pigmento da pele, favorecendo a formação de manchas. Por esse motivo,
manter condições desfavoráveis ao organismo pode comprometer a estrutura da pele.

Há registros do uso da terapia a frio desde a época de Hipócrates, na Grécia antiga. Na


época de Napoleão Bonaparte, a terapia a frio era utilizada na cirurgia de amputação
de membros em soldados, para sentirem menos dor (RODRIGUES, 1995; KNIGHT, 2000).

Fundamentos da crioterapia
O termo crioterapia deriva das palavras gregas krios, que significa frio, e
therapeia, que significa tratamento, ou seja, “tratamento a frio”. Trata-se de
um ramo da fisioterapia que abrange várias técnicas específicas, utilizando o
frio nas formas sólida, líquida e gasosa. Seu objetivo terapêutico é a retirada do
calor do corpo, induzindo os tecidos a um estado de hipotermia para favorecer
a redução da taxa metabólica local (RODRIGUES, 1995).
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O frio pode ser aplicado quando se quer fazer analgesia local. O frio aumenta
a tolerância à dor por diminuir a velocidade da condução nervosa e a produção
dos mediadores de dor. Também reduz o metabolismo celular, diminuindo infla-
mações, edemas na fase aguda de traumatismos ou queimaduras, hemorragias
e a espasticidade. Facilita técnicas cinesiológicas e promove a normalização
térmica em situações de hiperaquecimento (MACEDO; GUIRRO, 2013).
As técnicas utilizadas na crioterapia resfriam os tecidos, conduzindo as
moléculas mais quentes e de maior energia dos tecidos corpóreos para as mo-
léculas mais frias e de menor energia, removendo energia térmica dos tecidos
e alcançando assim seu objetivo. Essa troca de energias está relacionada com
as diferentes técnicas utilizadas, como o tempo de aplicação, a temperatura
inicial, a diferença de temperatura entre o agente refrigerante e o tecido a ser
refrigerado. Está relacionada também com a localização e a profundidade
do tecido (LOW; REED, 2001; ANDREWS; WILK; HARRELSON, 2000;
STARKEY, 2001).
As técnicas de tratamento pelo uso do frio podem ser feitas com bolsas frias,
bolsa térmica instantânea ativada quimicamente, compressa fria, banho de
imersão entre outras (LOPES et al., 2003). Na área médica, os dermatologistas
podem usar a crioterapia com nitrogênio líquido e gelo seco. Nesses casos, pode
ser feito o criopeeling, com aplicação de nitrogênio líquido ou gelo seco no
rosto para promover a renovação da camada superficial da pele. Essa técnica
somente pode ser realizada por médicos especializados (AYRES, [2018?]).
No segmento cosmético, os seguintes ativos são muito presentes em pro-
dutos cosméticos de efeito crioterápico:

 Mentol: o mentol natural é extraído de várias espécies de menta e


usado para atenuar os sintomas da gripe, bronquite, sinusite e condições
similares. Também é usado na forma de pastilhas para tratamento de
faringites, laringites e afecções bucais. Aplicado sobre a pele, dilata
os vasos sanguíneos, causando sensação de frio seguida de analge-
sia, razão pela qual é usado associado à cânfora no gel redutor ou gel
crioterápico. Tem também efeito antipruriginoso e é usado em talcos,
loções e cremes para o alívio de pruridos e reações urticariformes
(INFINITY PHARMA, 2013). Precauções: deve-se atentar ao uso de
mentol em crianças com menos de sete anos, pois pode causar graves
reações alérgicas, eventualmente com espasmo de glote, quando aplicada
indevidamente nas narinas.
 Cânfora: a cânfora natural, obtida a partir da seiva do canforeiro (Cin-
namomum camphora), é uma substância branca, cerosa, cristalina, com
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um forte odor característico. A cânfora sintética é um produto químico


de sublimação amplamente utilizado, com características medicinais
e culinárias. Possui ação antipruriginosa, antisséptica e analgésica
suave. É empregada em pastas e pomadas balsâmicas, ou associada
ao mentol em gel redutor, em formulações de loções, géis e pomadas,
cremes, loções cremosas e óleos (CHITTORIA et al., 2014; INFINITY
PHARMA, 2017). Contraindicações: pacientes com hipersensibilidade
conhecida à cânfora e crianças menores de dois anos.

Para potencializar o efeito crioterápico, é indicado o uso concomitante de ativos dre-


nantes — como centela, castanha da Índia, cravo da Índia, gengibre, entre outros — e
também lipolíticos — como cafeína. Essa associação já se encontra em vários produtos
cosméticos. Mas fique atento: não se deve associar nicotinato de metila (termogênico)
com agentes crioterápicos em um mesmo produto.

Indicações da crioterapia aplicada à estética


No segmento estético, a crioterapia é uma técnica que tem a proposta de res-
friar uma parte do corpo utilizando produtos cosméticos, com apresentação
na forma de cremes ou géis, ou aparelhos específicos para combater a gordura
localizada e a flacidez. Independentemente da técnica crioterápica, se a área
tratada for enfaixada ou não, o principal objetivo é favorecer a diminuição da
temperatura por volta de 0 a 2ºC.
Fisiologicamente, ao ter resfriada certa região do corpo, o organismo precisa
gastar energia para tentar compensar a alteração da temperatura, ocorrendo
uma pequena quebra e eliminação de gordura localizada no sangue. Bioquimi-
camente, as gorduras são constituídas pela união de três ácidos graxos a uma
molécula de glicerol, produzindo um éster chamado de triacilglicerol (TG).
A gordura é eliminada quando são separados os ácidos graxos do glicerol.
A prática de exercícios físicos e/ou dieta hipocalórica potencializa a redução
da gordura localizada.
A crioterapia estética tonifica a pele, minimizando a flacidez e favorecendo
a diminuição da circunferência de coxas, braços e até cintura, em função da
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redução da gordura localizada. Ela promove a revitalização tecidual, ativa o


metabolismo e a ATP (adenosina trifosfato), restabelece o equilíbrio biológico
celular, estimula a perfusão tissular do oxigênio e do fibroblasto e, por fim,
aumenta a produção de colágeno.

Não confunda crioterapia com criolipólise. A criolipólise é realizada com um aparelho


que suga a região do corpo a ser trabalhada e congela as células de gordura a uma
temperatura aproximada de −7ºC. As células são quebradas e eliminadas pelo orga-
nismo. Ao contrário da crioterapia, que praticamente não apresenta riscos, a criolipólise
requer cuidados especiais.

Contraindicações da crioterapia aplicada à estética


Estas são as situações em que a crioterapia é contraindicada:

 Hipertensão arterial: em indivíduos hipertensos, o uso da terapia


deve ser cauteloso, devendo a pressão arterial ser aferida antes e após
a aplicação, pois o frio pode causar um aumento transitório da pressão
sistólica e diastólica (ISERHARD; WEISSHEIMER, 1993).
 Diabetes: há poucas evidências científicas sobre os efeitos do frio com
agentes crioterápicos portadores de diabetes mellitus tipo II (DM-II).
Atualmente, o que se conhece está no campo do conhecimento popular,
que contraindica o uso da crioterapia para diabéticos em geral, sem
contar com o grau de evolução da patologia, suas consequências e
a necessidade da utilização do recurso de crioterapia (ISERHARD;
WEISSHEIMER, 1993).
 Patologias da pele: deve-se evitar a aplicação de frio em indivíduos
com feridas abertas, pois existem estudos que comprovam a redução
na cicatrização em baixas temperaturas, o que pode ser causada pela
redução da circulação do sangue nessa área (ISERHARD; WEISSHEI-
MER, 1993).
 Processos inflamatórios: em processos inflamatórios, as bases fisio-
lógicas da crioterapia ainda não são bem compreendidas com relação
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às respostas clínicas. As tentativas de explicar os sucessos clínicos da


aplicação de frio levaram a explicações simplistas demais que, às vezes,
não se mantém sob exame mais minucioso (KNIGHT, 2000).
 Intolerância ou hipersensibilidade ao frio: o uso de ativos e técnicas
crioterápicos é contraindicado em indivíduos que apresentam hipersen-
sibilidade ao frio e/ou alergia aos componentes da fórmula.
 Período menstrual: o frio em período menstrual pode aumentar as
cólicas e ser de grande incômodo na realização da técnica.

Protocolo de crioterapia aplicada à estética


corporal
Este é um exemplo de protocolo de crioterapia aplicada à estética:

Esfoliação

 Fazer esfoliação nas regiões a serem tratadas e massageá-las com mo-


vimentos circulares.
 Remover os resíduos com gaze ou toalha.

Tratamento

 Aplicar o gel crioterápico na área a ser tratada, aguardar 20 a 30 mi-


nutos e retirar.
 Realizar massagem modeladora ou drenagem linfática.
 Aplicar argila nas regiões a serem tratadas.

Finalização

 Deixar agir a argila de 10 a 15 minutos e removê-la com gaze ou toalha


úmida.
 Realizar massagem modeladora ou drenagem linfática.
 Finalizar com creme lipolítico ou firmador em toda a extensão tratada.

Manutenção diária do cliente

 Utilizar creme lipolítico (creme com ativos cosméticos que aceleram


o metabolismo e favorecem a quebra das moléculas de gordura) ou
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firmador (creme com ativos cosméticos que estimulam os fibroblastos


a sintetizarem o colágeno e a elastina) duas vezes ao dia.

A crioterapia estética na região facial não é comumente utilizada, porque


o cliente sente-se desconfortável pelo frio e opta pela argila. Geralmente, em
procedimentos faciais da área de estética e cosmética, opta-se por aplicar a
sensação fria com o uso de globes, comumente chamados de esferas de vidro,
que são colocados na geladeira a temperaturas em torno de 12 a 15°C. Eles
são aplicados em pele sensibilizada ou irritada, pois estão a temperaturas frias
brandas, que não promovem a sensação de queimadura, ao contrário de outras
técnicas, que tendem usar frios mais extremos. Optar por ativos cosméticos
como camomila e aloe são boas opções para trazer frescor.
A crioterapia facial é um procedimento dermatológico refirmante, que
proporciona uma maior elasticidade à pele, resolvendo ainda problemas rela-
cionados com a desvitalização (ativando a circulação sanguínea). É indicada
para pós-operatório de cirurgias plásticas faciais e promove o alívio de olhos
cansados e inchados e de olheiras, além do alívio da pele em casos de quei-
maduras solares leves.

No mercado cosmético podem ser encontrados diversos tipos de produtos crioterápicos


associados a outros ativos, drenantes e/ou lipolíticos. Seguem alguns exemplos:
 Gel crioterápico com mentol (crioterápico), cânfora (crioterápico), centela (drenante)
e hera (drenante).
 Gel crioterápico com mentol (crioterápico), cânfora (crioterápico) e cafeína (lipolítico).
 Gel redutor crioterápico com mentol (crioterápico), cânfora (crioterápico), centela
(drenante) e castanha da Índia (drenante).
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1. Em resposta ao frio, o corpo com ativação de calafrios


regula a temperatura por uma (piloereção em resposta ao frio) e
sequência de etapas fisiológicas. da termogênese química; ocorre
Assinale a alternativa que intensa vasoconstrição periférica
aponta a sequência correta. em quase todo o corpo.
a) Aumenta a produção de calor, 2. A crioterapia na região facial não
por meio do consumo de é comumente utilizada para fins
oxigênio, e a taxa metabólica, estéticos, pois o cliente sente-se
com a ativação de calafrios desconfortável com o frio e opta
(piloereção em resposta ao frio) e por procedimentos que promovam
da termogênese química; ocorre frescor. Assinale a alternativa correta
intensa vasoconstrição periférica sobre os recursos que podem
em quase todo o corpo. ser empregados para esse fim.
b) Diminui a produção de calor, a) Somente a argila é bem-
por meio do consumo de vinda para proporcionar
oxigênio, e a taxa metabólica, a sensação de frescor.
com a ativação de calafrios b) Somente a argila e os globes são
(piloereção em resposta ao frio) e bem-vindos para proporcionar
da termogênese química; ocorre a sensação de frescor.
intensa vasoconstrição periférica c) Somente globes e ativos
em quase todo o corpo. cosméticos como camomila
c) Aumenta a produção de calor, e aloe são bem-vindos
por meio do consumo de para proporcionar a
oxigênio, e a taxa metabólica sensação de frescor.
com ativação de calafrios d) Não há recursos para
(piloereção em resposta ao frio) e proporcionar a sensação
da termogênese química; ocorre de frescor no rosto.
intensa vasoconstrição periférica e) A argila, globes e ativos
em quase todo o corpo. cosméticos como camomila
d) Aumenta a produção de calor, e aloe são bem-vindos
por meio do consumo de para proporcionar a
oxigênio; e taxa a metabólica, sensação de frescor.
com a ativação de calafrios 3. Há inúmeras técnicas de tratamento
(piloereção em resposta ao frio) e pelo uso do frio; entretanto,
da termogênese química; ocorre algumas são restritas ao uso
intensa vasodilatação periférica médico, entre elas, podemos citar:
em quase todo o corpo. a) Bolsa fria e compressa fria.
e) Diminui a produção de calor, b) Nitrogênio líquido e gelo seco.
por meio do consumo de c) Bolsa térmica instantânea ativada
oxigênio, e a taxa metabólica, quimicamente e compressa fria.
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d) Banho de imersão e e) Processo inflamatório


compressa fria. e tolerância ao frio.
e) Bolsa térmica instantânea 5. No mercado cosmético podem
ativada quimicamente e ser encontrados diversos tipos de
banho de imersão. produtos crioterápicos associados a
4. Antes da realização de qualquer outros ativos. Assinale a alternativa
técnica estética, é imprescindível que aponta corretamente as
verificar a ficha clínica do cliente e associações permitidas.
avaliar se há contraindicações ou não a) Mentol, nicotinato de
à técnica de crioterapia. Quais são metila e colágeno.
algumas dessas contraindicações? b) Cânfora, mentol e colágeno.
a) Pele oleosa e diabetes. c) Cânfora, colágeno e
b) Diabetes e hipotensão arterial. nicotinato de metila.
c) Patologias da pele e d) Cânfora, mentol e
hipotensão arterial. nicotinato de metila.
d) Diabetes e hipertensão arterial. e) Cânfora, mentol e cafeína.

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Leituras recomendadas
BRUNTON, L. L.; HILAL-DANDAN, R. Manual de farmacologia e terapêutica de Goodman
& Gilman. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.
CARPANEZ, T. C. P. C. Hipotonia dérmica facial e corporal. In: PEREIRA, M. de F. L. (Org.).
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HEWITT, P. G. Fundamentos de física conceitual. Porto Alegre: Artmed, 2008.
PRENTICE, W. E. Modalidades terapêuticas em medicina esportiva. Barueri, SP: Manole, 2002.
TAVARES, L. A.; FERREIRA, A. G. Análises quali e quantitativa de cafés comerciais via
ressonância magnética nuclear. Química Nova, v. 29, n. 5, p. 911-915, 2006.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.

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