Você está na página 1de 2

Faculdade Santa Terezinha – CEST

Docente: Patrícia Cavalcanti


Discente: Erilane Sousa
Disciplina: Fisioterapia Aquática
RESUMO EFEITOS FISIOLÓGICOS DA ÁGUA
Quando a pessoa é submersa, ocorre diversas alterações fisiológicas e
psicológicas no organismo da mesma, todos os sistemas são acometidos e
forçados a se adaptarem ao ambiente aquático, ocorre alterações no sistema
respiratório, cardiovascular, renal, nervoso e musculoesquelético e termo
regular. As alterações no sistema cardiorrespiratório são desencadeadas pela
ação da pressão hidrostática de duas maneiras diferentes, ocorre o aumento
de volume central e a compressão da caixa torácica e abdome. O centro
diafragmático desloca-se cranialmente, a pressão intra-torácica aumenta de 0,4
mmHg para 3,4 mmHg; a pressão transmural nos grandes vasos aumenta de
3,0mmHg a 5mmHg para 12mmHg a 15mmHg. Essas alterações, por sua vez,
aumentam o trabalho respiratório. A capacidade vital sofre uma redução de 6,0
% e o volume de reserva expiratória fica reduzido. Essa alteração da
capacidade pulmonar se deve à compressão sofrida pela pressão hidrostática.
O gasto de energia acontece porque o coração deve aumentar a força de
contração e aumentar o débito cardíaco, em resposta ao aumento de volume
de sangue. Aumentos do débito cardíaco pode estar relacionados a variações
da temperatura da água, podendo atingir aumentos de 30% a uma temperatura
de aproximadamente 33°C. Já no sistema termorregulador, as alterações na
manutenção do calor da água durante a terapia diminuem a sensibilidade da
fibra nervosa com rapidez (tato) e a exposição prolongada diminui a dor,
através da sensibilidade da fibra nervosa lenta. Desta forma, na temperatura de
33°C a 36,5°C haverá a dilatação dos vasos sanguíneos, levando ao aumento
do suprimento sanguíneo periférico e elevação da temperatura muscular, que
leva ao aumento do metabolismo da pele e dos músculos e,
consequentemente, ao aumento do metabolismo gerando aumento da
frequência respiratória. O aumento da atividade das glândulas sudoríparas e
sebáceas à medida que a temperatura interna eleva-se
Sistema renal: ocorre um aumento do fluxo sanguíneo renal, que ocasiona
aumento da liberação de creatinina. Ainda, a distensão atrial esquerda diminui
a atuação simpática no sistema renal, o que aumenta o transporte de sódio
tubular. A excreção de sódio aumenta, gerando uma parte do efeito diurético da
imersão, os hormônios reguladores do rim também são afetados, causando
uma supressão do hormônio antidiurético devido ao aumento da pressão
venosa, isto ocasiona aumento da excreção de sódio e potássio e aumento da
diurese. Os mecanoreceptores cardiopulmonares e os baroreceptores arteriais
também são ativados com o aumento do volume sanguíneo, e contribuem para
a liberação do fator natriurético atrial e consequente aumento da diurese. Os
efeitos combinados no sistema renal e cardiovascular, em temperaturas
termoneutras, parecem diminuir a pressão em longas imersões, o que pode
gerar diminuições da pressão sanguínea que duram até horas, pós-imersão.
Desta forma, a imersão é benéfica nos casos de edema, por auxiliar o retorno
de líquido para a circulação linfática.
Sistema músculoesquelético: os exercícios físicos podem começar nas
primeiras fases do tratamento (aquecimento e alongamento) de modo que os
músculos possam ser relaxados e o metabolismo estimulado, promovendo:
redução do espasmo muscular e das dores, diminui a fadiga muscular( quando
a água estar na temperatura correta), melhora da performance geral: trabalho
de agonistas e antagonistas igualmente, auxilia na recuperação de lesões,
melhora o condicionamento físico; auxilia no alongamento muscular; aumenta a
ADMs, melhora da resistência e da força muscular trabalhando o equilibrado.
Sistema neurológico: Os efeitos da água influenciam os níveis de dor, por um
mecanismo de redução de sensibilidade das terminações nervosas livres.
Becker & Cole sugerem que os efeitos da imersão podem causar um
extravasamento sensorial, dado pela temperatura, atrito e pressão, o qual pode
aumentar o limiar da dor. Existe, também, um efeito de relaxamento do tônus
muscular, que pode ser devido à vasodilatação e diminuição da sobrecarga
corporal, benéfico nos casos de espasticidade ou tensão muscular exacerbada,
como consequência de problemas de ordem ocupacional.

REFERÊNCIA
EFEITOS FISIOLÓGICOS E EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS DA EFICÁCIA DA
FISIOTERAPIA AQUÁTICA. [S.Car]: Revista Movimenta, v. 1, n. 1, 2008.

Você também pode gostar