Serviço que organiza o acolhimento de crianças e adolescentes, afastados da família por medida de proteção, em residência de famílias acolhedoras cadastradas. É previsto até que seja possível o retorno à família de origem ou, na impossibilidade, o encaminhamento para adoção. O serviço é responsável por selecionar, capacitar, cadastrar e acompanhar as famílias acolhedoras, bem como realizar o acompanhamento da criança e/ou adolescente acolhido e sua família de origem(Tipificação Nacional de Serviços socio assistenciais/2009).
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A família é o principal núcleo de socialização humana. Desde o nascimento, é na família que o indivíduo encontra os aportes necessários para sua sobrevivência e desenvolvimento, sendo os primeiros anos de vida da criança marcados pela dependência dos adultos, sejam eles os pais ou outras pessoas que se responsabilizem por seus cuidados.
É também nesse período que a criança irá fazer aquisições
importantes para o desenvolvimento de sua autonomia, socialização, coordenação motora, linguagem, afetividade, pensamento cognitivo e tantas outras habilidades fundamentais para sua formação pessoal e social.
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O contexto social é um elemento que influenciará o desenvolvimento da criança e do adolescente. A relação com os pares, os professores, os vizinhos e outras famílias possibilita ao indivíduo a interação e a formação de seus próprios grupos de relacionamento.
Nessa relação com a comunidade, a criança e o
adolescente se deparam com o coletivo e expressam sua individualidade.
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A convivência comunitária também contribui para o “fortalecimento dos vínculos familiares e a inserção social da família”, conforme aponta o Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária (2006, p.32). Dessa forma, a família e a comunidade são responsáveis por preparar a criança para a vida em sociedade, mediando sua relação com o mundo e a auxiliando a respeitar e introjetar regras, limites e normas necessárias para a vida em sociedade, no espaço coletivo.
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O papel essencial desempenhado pela família e pelo contexto social no crescimento e formação dos indivíduos, a convivência familiar e comunitária é reconhecida como um direito fundamental da criança e do adolescente. A família deve representar um espaço de proteção para crianças e adolescentes, podendo se configurar como um contexto adverso e um lugar de violação destes direitos.
A incapacidade da família para desempenhar plenamente
suas responsabilidades e funções protetivas está diretamente relacionada ao acesso a alguns serviços como saúde, educação e assistência social, que compõe parte da rede de suporte social da família à criança e ao adolescente. profa carla c pinheiro - cress 4578 Vale ressaltar que é importante a existência de estratégias de atendimento que possibilitem à família receber proteção da sociedade e do Estado, visando o resgate de sua capacidade protetiva e a preservação dos vínculos familiares.
A prioridade de tais estratégias deve ser garantir à criança
e ao adolescente a permanência em sua família natural, definida pelo artigo 25 do ECA como “a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes”.
Obs.: o objetivo maior é o de proteção à criança e
adolescente e a manutenção do mesmo, preferencialmente em profa suacarlafamília. c pinheiro - cress 4578 Depois de esgotadas as possibilidades de apoio à família e nas situações, nas quais as limitações das políticas públicas e/ou das próprias famílias não permitem a reinserção da criança e do adolescente em suas famílias naturais, a colocação em família substituta deve ser buscada como forma de garantir o direito à convivência familiar e comunitária, conforme preceitua o ECA:
“Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e
educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes” (artigo 19 do ECA). profa carla c pinheiro - cress 4578 Ao nos referirmos à proteção especial do Estado, não se pode deixar de ressaltar as funções das políticas sociais. Essas, assim como as famílias, “visam dar conta da reprodução e da proteção social dos grupos que estão sob sua tutela” (CARVALHO, 2005, p. 267).
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Família acolhedora se constitui por:
• Uma família que, voluntariamente, acolhe e
oferece • cuidados e proteção para uma criança ou adolescente em seu espaço familiar. • Diferente de adoção –não estabelece vínculo de filiação • Diferente do acolhimento institucional –garante o direito à convivência familiar e comunitária • Diferente da guarda na família extensa –família acolhedora não pode ser família extensa
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Família acolhedora tem seu marco legal por meio das seguintes políticas: • Constituição Federal -1988 • Estatuto da Criança e do Adolescente-1990 • Lei Orgânica da Assistência Social -1993 • Política Nacional da Assistência Social –SUAS -2004/ 2005 • Plano Nacional de Promoção, Defesa e Garantia do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária -2006 • Lei 12010 -2009 • Orientações técnicas: serviços de acolhimento para crianças e adolescentes -2009 profa carla c pinheiro - cress 4578 Normalmente no serviço de acolhimento familiar o atendimento da criança e/ou adolescente se da: • Ouvir a criança e o adolescente • Identificação e compreensão das necessidades individuais das crianças e adolescentes enquanto estão acolhidos e sua proteção; • Proporcionar aos acolhedores uma compreensão clara das necessidades individuais de cada criança e adolescente acolhido, para que estes prestem um cuidado de qualidade. • Monitorar o acolhimento da criança e adolescente: tarefas da família acolhedora e tarefas da equipe técnica • Supervisionar e Avaliar todo o processo profa carla c pinheiro - cress 4578 Normalmente no serviço de atendimento à família de origem da criança e/ou adolescente se da: • Elaborar um plano de atendimento com a família visando a superação das vulnerabilidades que demandaram o acolhimento; • Encaminhar para a rede de serviços do município (este atendimento vem da necessidade de implementação e acompanhamento por parte dos municípios) • Apoiar a família nas suas dificuldades (Atendimentos, visitas domiciliares) • Avaliar se a família está comprometida com o atendimento, se as vulnerabilidades foram superadas, se estão sendo superadas, se serão superadas ou se a superação não ocorrerá; • Informar a família sobre as necessidades, desejos e progresso da criança e adolescente acolhido; • Acompanhar os encontros da família com os acolhidos
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A colocação em família substituta estrangeira:
a)constitui medida excepcional, somente admissível na modalidade de
adoção. b) é absolutamente vedada c) constitui medida excepcional, somente admissível nas modalidades de guarda e de tutela d) é admitida em todas as modalidades, desde que autorizadas pelo juiz competente e) não encontra qualquer restrição, se houver vínculo de parentesco até o quarto grau com o menor, independentemente de vínculos de afinidade e afetividade.
Com referência ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei n.º
8.069/1990 e alterações, julgue os itens a seguir. Considera-se criança, para os efeitos do ECA, a pessoa com até dezesseis anos de idade incompletos. ( )Certo ( ) Errado
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errado Com relação aos direitos fundamentais da criança e do adolescente, julgue os itens a seguir.
A inclusão da criança ou adolescente em programas de acolhimento
institucional terá preferência a seu acolhimento familiar, desde que no município não existam interessados na sua adoção.
( )Certo ( ) Errado
Com relação aos direitos fundamentais da criança e do adolescente, julgue os
itens a seguir.
A colocação da criança ou adolescente em família substituta será precedida de
sua preparação gradativa e terá acompanhamento posterior, realizados por equipe interprofissional a serviço da justiça da infância e da juventude.