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Estado de Goiás

Secretaria de Estado da Segurança Pública


Polícia Militar

Comando de Ensino Policial Militar

Colégio Estadual da Polícia Militar do Estado de Goiás

Unidade Domingos de Oliveira

Disciplina de noções e cidadania.

Conteúdo para o segundo bimestre 7º.

Formosa- GO 2023

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MEDIDAS DE PROTEÇÃO À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE

As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os


direitos reconhecidos por Lei forem ameaçados ou violados:

a) Por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;

b) Por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;

c) Em razão de sua conduta.

Medidas Específicas de Proteção

As medidas previstas poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como


substituídas a qualquer tempo.

Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as necessidades pedagógicas,


preferindo-se aquelas que visem ao fortalecimento dos vínculos familiares e
comunitários.

São também princípios que regem a aplicação das medidas:

· Condição da criança e do adolescente como sujeitos de direitos: crianças e


adolescentes são os titulares dos direitos previstos no Estatuto da Criança e
Adolescente - Lei nº 8.069/1990 e em outras Leis, bem como na Constituição Federal;

· Proteção integral e prioritária: a interpretação e aplicação de toda e qualquer norma


contida no Estatuto da Criança e Adolescente - Lei nº 8.069/1990 deve ser voltada à
proteção integral e prioritária dos direitos de que crianças e adolescentes são
titulares;

· Responsabilidade primária e solidária do poder público: a plena efetivação dos


direitos assegurados a crianças e a adolescentes pelo Estatuto da Criança e
Adolescente - Lei nº 8.069/1990 e pela Constituição Federal, salvo nos casos por esta
expressamente ressalvados, é de responsabilidade primária e solidária das 3 (três)
esferas de governo, sem prejuízo da municipalização do atendimento e da
possibilidade da execução de programas por entidades não governamentais;

· Interesse superior da criança e do adolescente: a intervenção deve atender


prioritariamente aos interesses e direitos da criança e do adolescente, sem prejuízo da
consideração que for devida a outros interesses legítimos no âmbito da pluralidade
dos interesses presentes no caso concreto;

· Privacidade: a promoção dos direitos e proteção da criança e do adolescente deve


ser efetuada no respeito pela intimidade, direito à imagem e reserva da sua vida
privada;

· Intervenção precoce: a intervenção das autoridades competentes deve ser efetuada


logo que a situação de perigo seja conhecida;

· Intervenção mínima: a intervenção deve ser exercida exclusivamente pelas


autoridades e instituições cuja ação seja indispensável à efetiva promoção dos direitos
e à proteção da criança e do adolescente;

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· Proporcionalidade e atualidade: a intervenção deve ser a necessária e adequada à
situação de perigo em que a criança ou o adolescente se encontram no momento em
que a decisão é tomada;

· Responsabilidade parental: a intervenção deve ser efetuada de modo que os pais


assumam os seus deveres para com a criança e o adolescente;

· Prevalência da família: na promoção de direitos e na proteção da criança e do


adolescente deve ser dada prevalência às medidas que os mantenham ou reintegrem
na sua família natural ou extensa ou, se isto não for possível, que promovam a sua
integração em família substituta;

· Obrigatoriedade da informação: a criança e o adolescente, respeitado seu estágio de


desenvolvimento e capacidade de compreensão, seus pais ou responsável devem ser
informados dos seus direitos, dos motivos que determinaram a intervenção e da forma
como esta se processa;

· Oitiva obrigatória e participação: a criança e o adolescente, em separado ou na


companhia dos pais, de responsável ou de pessoa por si indicada, bem como os seus
pais ou responsável, têm direito a ser ouvidos e a participar nos atos e na definição da
medida de promoção dos direitos e de proteção, sendo sua opinião devidamente
considerada pela autoridade judiciária competente.

MEDIDAS

Verificada qualquer das hipóteses previstas, a autoridade competente poderá


determinar, dentre outras, as seguintes medidas:

· Encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade;

· Orientação, apoio e acompanhamento temporários;

· Matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino


fundamental;

· Inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança e ao


adolescente;

· Requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime


hospitalar ou ambulatorial;

· Inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a


alcoólatras e toxicômanos;

· Acolhimento institucional;

· Inclusão em programa de acolhimento familiar;

· Colocação em família substituta.

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Acolhimento institucional e acolhimento familiar

O acolhimento institucional e o acolhimento familiar são medidas provisórias e


excepcionais, utilizáveis como forma de transição para reintegração familiar ou, não
sendo esta possível, para colocação em família substituta, não implicando privação de
liberdade.

Sem prejuízo da tomada de medidas emergenciais para proteção de vítimas de


violência ou abuso sexual; o afastamento da criança ou adolescente do convívio
familiar é de competência exclusiva da autoridade judiciária e importará na
deflagração, a pedido do Ministério Público ou de quem tenha legítimo interesse, de
procedimento judicial contencioso, no qual se garanta aos pais ou ao responsável
legal o exercício do contraditório e da ampla defesa.

Crianças e adolescentes somente poderão ser encaminhados às instituições que


executam programas de acolhimento institucional, governamentais ou não, por meio
de uma Guia de Acolhimento, expedida pela autoridade judiciária, na qual
obrigatoriamente constará, dentre outros:

· Sua identificação e a qualificação completa de seus pais ou de seu responsável,


se conhecidos;

· O endereço de residência dos pais ou do responsável, com pontos de referência;

· Os nomes de parentes ou de terceiros interessados em tê-los sob sua guarda;

· Os motivos da retirada ou da não reintegração ao convívio familiar.

Imediatamente após o acolhimento da criança ou do adolescente, a entidade


responsável pelo programa de acolhimento institucional ou familiar elaborará um plano
individual de atendimento, visando à reintegração familiar, ressalvada a existência de
ordem escrita e fundamentada em contrário de autoridade judiciária competente, caso
em que também deverá contemplar sua colocação em família substituta, observadas
as regras e princípios estipuladas pelo Estatuto da Criança e Adolescente - Lei nº
8.069/1990.

O plano individual será elaborado sob a responsabilidade da equipe técnica do


respectivo programa de atendimento e levará em consideração a opinião da criança ou
do adolescente e a oitiva dos pais ou do responsável.

Constarão do plano individual, dentre outros:

· Os resultados da avaliação interdisciplinar;

· Os compromissos assumidos pelos pais ou responsável; e

· A previsão das atividades a serem desenvolvidas com a criança ou com o


adolescente acolhido e seus pais ou responsável, com vista na reintegração familiar
ou, caso seja esta vedada por expressa e fundamentada determinação judicial, as
providências a serem tomadas para sua colocação em família substituta, sob direta
supervisão da autoridade judiciária.

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O acolhimento familiar ou institucional ocorrerá no local mais próximo à residência dos
pais ou do responsável e, como parte do processo de reintegração familiar, sempre
que identificada a necessidade, a família de origem será incluída em programas
oficiais de orientação, de apoio e de promoção social, sendo facilitado e estimulado o
contato com a criança ou com o adolescente acolhido.

Verificada a possibilidade de reintegração familiar, o responsável pelo programa de


acolhimento familiar ou institucional fará imediata comunicação à autoridade judiciária,
que dará vista ao Ministério Público, pelo prazo de 5 (cinco) dias, decidindo em igual
prazo.

Reintegração à família

Sendo constatada a impossibilidade de reintegração da criança ou do adolescente à


família de origem, após seu encaminhamento a programas oficiais ou comunitários de
orientação, apoio e promoção social, será enviado relatório fundamentado ao
Ministério Público, no qual conste a descrição pormenorizada das providências
tomadas e a expressa recomendação, subscrita pelos técnicos da entidade ou
responsáveis pela execução da política municipal de garantia do direito à convivência
familiar, para a destituição do poder familiar, ou destituição de tutela ou guarda.

Recebido o relatório, o Ministério Público terá o prazo de 30 (trinta) dias para o


ingresso com a ação de destituição do poder familiar, salvo se entender necessária a
realização de estudos complementares ou outras providências que entender
indispensáveis ao ajuizamento da demanda.

A autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou foro regional, um cadastro


contendo informações atualizadas sobre as crianças e adolescentes em regime de
acolhimento familiar e institucional sob sua responsabilidade, com informações
pormenorizadas sobre a situação jurídica de cada um, bem como as providências
tomadas para sua reintegração familiar ou colocação em família substituta.

Terão acesso ao cadastro o Ministério Público, o Conselho Tutelar, o órgão gestor da


Assistência Social e os Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do
Adolescente e da Assistência Social, aos quais incumbe deliberar sobre a
implementação de políticas públicas que permitam reduzir o número de crianças e
adolescentes afastados do convívio familiar e abreviar o período de permanência em
programa de acolhimento.

Registros e certidões

Verificada a inexistência de registro anterior, o assento de nascimento da criança ou


adolescente será feito à vista dos elementos disponíveis, mediante requisição da
autoridade judiciária.

Os registros e certidões necessários à regularização são isentos de multas, custas e


emolumentos, gozando de absoluta prioridade.

Caso ainda não definida a paternidade, será deflagrado procedimento específico


destinado à sua averiguação.

É dispensável o ajuizamento de ação de investigação de paternidade pelo Ministério


Público se, após o não comparecimento ou a recusa do suposto pai em assumir a
paternidade a ele atribuída, a criança for encaminhada para adoção.

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Definições de crime e atos infracionais

Fundamento Constitucional do Estatuto da Criança e do Adolescente:

“Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao


adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo
de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e
opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)”

Princípio da proteção integral: É norteador do Estatuto da Criança e do Adolescente


(Lei 8069/90), que dispõe em seu artigo 1º:

“Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.”

Conceito de ato infracional: É a conduta descrita como crime ou contravenção penal,


quando praticada por criança ou por adolescente (artigo 103, Lei 8069/90).

Conceito de criança: É a pessoa que possui até doze anos de idade incompletos
(artigo 2º, primeira parte, da Lei 8069/90).

Conceito de adolescente: É a pessoa que possui entre doze e dezoito anos de idade
incompletos (artigo 2º, segunda parte, da Lei 8069/90).

Adolescente com 17 anos efetua disparos contra a vítima, que vem a falecer após o
agente ter completado 18 anos. O autor do fato deverá responder como adolescente
ou adulto?

Adolescente com 16 anos de idade pratica extorsão mediante sequestro com seus
comparsas. No dia em que o jovem completou 18 anos a polícia localiza o cativeiro e
efetua a prisão de todos os envolvidos. Pergunta-se: O jovem que completou 18 anos
no dia em que foi preso deverá responder como adolescente, como adulto ou por dois
processos, um como adolescente e outro como adulto?

O ato infracional e a infração penal:

Há diferença substancial de ato infracional para infração penal?

Podemos afirmar que todo ato infracional corresponde a uma infração penal, contudo
nem toda infração penal corresponde a um ato infracional?

Um adolescente pode cometer ato infracional análogo ao crime de corrupção de


menores (corromper ou facilitar a corrupção de pessoa menor de dezoito anos, com
ela praticando infração penal ou induzindo-a a praticá-la.) fato previsto no artigo 244-B
da Lei 8069/90?

Espécies de ato infracional: Existem três espécies de atos infracionais.

• Leves = Atos infracionais análogos a infrações penais de menor potencial ofensivo


(pena máxima não superior a dois anos, com base no artigo 61 da Lei 9099/95,

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alterado pela Lei 11.313/06). Ex: Ameaça 147 CP, calúnia 138 CP, constrangimento
ilegal 146 CP, porte de substância entorpecente para uso próprio, artigo 28 da Lei
11.343/06. Também são considerados leves os atos infracionais análogos a crimes de
médio potencial ofensivo (pena mínima não superior a um ano, com base no artigo 89
da Lei 9099/95, que autoriza inclusive a suspensão condicional do processo). Ex:
Furto 155 CP, estelionato 171 CP, receptação 180 CP, aborto provocado pela
gestante ou com o seu consentimento 124 CP.

• Graves = Atos infracionais análogos a crimes de maior potencial ofensivo (pena


mínima superior a 1 ano) cometidos sem violência ou grave ameaça. Ex: Tráfico ilícito
de entorpecentes, artigo 33 da Lei 11.343/06, furto qualificado, 155, §4º, CP.

• Gravíssimos = Atos infracionais análogos a crimes cometidos mediante violência ou


grave ameaça à pessoa cuja pena mínima seja superior a 1 ano. Ex: Homicídio 121
CP, roubo 157 CP, extorsão mediante seqüestro 159 CP, estupro 213 CP.

Relação entre a espécie do ato infracional e a medida socioeducativa adequada:

Para cada crime a lei prevê uma pena específica. Para cada ato infracional a lei prevê
uma medida socioeducativa específica?

• Leves = Advertência, reparação do dano, prestação de serviços à comunidade ou


liberdade assistida.

• Graves = Reparação do dano, prestação de serviços à comunidade, liberdade


assistida ou semiliberdade.

• Gravíssimos = Reparação do dano, prestação de serviços à comunidade, liberdade


assistida, semiliberdade ou internação.

A gravidade do ato infracional é requisito suficiente para aplicação da medida


socioeducativa de internação?

Pode ser aplicada mais de uma medida socioeducativa ao adolescente que cometeu
apenas um ato infracional?

As medidas protetivas são aplicáveis a crianças e a adolescentes? E as medidas


socioeducativas?

Criança pratica ato infracional?

Pode o juiz aplicar medida protetiva não prevista em lei?

Pode o juiz aplicar medida socioeducativa não prevista em lei?

Existe alguma medida socioeducativa aplicável aos maiores de 18 anos? O Código


Civil de 2002 ao reduzir a maioridade de 21 anos para 18 atingiu a Lei 8069/90?

Adolescente pratica homicídio aos 17 anos, e desaparece. Sendo encontrado aos 21


anos, qual medida pode ser aplicada ao mesmo?

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REITERAÇÃO E REINCIDÊNCIA:

São expressões sinônimas?

Qual é a relevância da distinção?

Adolescente que teve vinte passagens pela Vara da Infância e Juventude pratica
crime ao completar 18 anos. O jovem deve ser considerado primário ou reincidente?

Súmula 492 do STJ: “O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não
conduz obrigatoriamente à imposição de medida socioeducativa de internação do
adolescente.”

Provas na ação socioeducativa:

O valor da confissão do adolescente é o mesmo da confissão do adulto?

Para que o pedido seja procedente na ação sócioeducativa se exige acervo probatório
inferior, idêntico ou superior ao exigido para condenação do adulto? Depende da
medida sócio-educativa que será aplicada?

Medidas Socioeducativas

O que são Medidas Socioeducativas?

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA - Lei Federal 8069/90),


são medidas aplicáveis ao adolescente que pratica um ato infracional (a conduta
descrita como crime ou contravenção penal). A medida somente é aplicada após o
devido processo legal.

Quais são as medidas socioeducativas?

Essas medidas estão estabelecidas no artigo 112 do ECA e são:

I - advertência;

II - obrigação de reparar o dano;

III - prestação de serviços à comunidade;

IV - liberdade assistida;

V - inserção em regime de semi-liberdade;

VI - internação em estabelecimento educacional;

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O que é internação?

É uma medida privativa da liberdade que deverá ser cumprida em entidade exclusiva
para adolescentes, em local distinto daquele destinado ao abrigo, obedecida rigorosa
separação por critérios de idade, compleição física e gravidade da infração. No
período de cumprimento da medida serão obrigatórias atividades pedagógicas.

Quem executa essas medidas?

As medidas não privativas de liberdade (liberdade assistida e prestação de serviços à


comunidade) são executadas no município, enquanto as medidas privativas
(semiliberdade e internação) são executadas pelo Estado. A normatização das
medidas socioeducativas é feita por meio da Lei 12.594/2012 - Lei que institui o
Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo.

Objetivos Gerais

Possibilitar ao adolescente em conflito com a Lei o cumprimento da medida


socioeducativa de Internação através de um atendimento integral, estabelecendo uma
relação interpessoal e coletiva de direitos e deveres, que respeite as diferenças
individuais e privilegiem a construção de valores com vistas ao retorno familiar e
comunitário, oportunizando o seu desenvolvimento pessoal e social a ser construído
de forma autônoma, solidária e competente.

Objetivos Específicos

a) Oferecer ao adolescente um ambiente organizado, estimulador para boas


práticas e seguro, com normas de convivência e programação socioeducativa pré-
estabelecida e sistemática.

b) Conferir prioridade na fase do acolhimento do adolescente encaminhado para


cumprimento de medida de internação e início do processo Socioeducativo que se
desenvolvem com a participação dos educadores, técnicos, adolescente e família.

c) Estimular a reflexão sob fatos cotidianos e comportamentos que permitam ao


adolescente a construção de uma convivência de cooperação;

d) Assegurar ao adolescente a construção do PIA – Plano Individual de


Atendimento, que planeja atendimento específico àquele adolescente em todas as
áreas, com a participação da família visando à construção de um projeto de vida.

e) Assegurar a emissão de documentos pessoais do adolescente;

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f) Garantir um espaço de formação continuada para a equipe de trabalhadores das
unidades, agentes executores e colaboradores da medida socioeducativa de
internação.

g) Garantir a participação do adolescente no desenvolvimento das atividades e no


planejamento e avaliação das ações;

h) Articulação entre as unidades de atendimento e coordenações das medidas


socioeducativas em meio aberto, bem como a integração destas com as políticas
sociais executadas nos municípios, visando o acompanhamento ao adolescente e a
promoção das famílias.

Direitos priorizados pelo ECA.


Quais cinco direitos fundamentais da criança e do adolescente?

I - Direito à Vida e à Saúde

“Art. 7º - A criança e o adolescente têm direito à proteção, à vida e à saúde, mediante


a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o
desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência”

Este eixo fundamental trata do direito à vida de crianças e explicita que o Estado deve
garantir as condições adequadas para que o desenvolvimento seja sadio.

II – Direito à Liberdade, Respeito e Dignidade

“Art. 15º - A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à


dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como
sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas
leis.”

Neste eixo, observamos a necessidade de compreender as infâncias, tratando-as


como sujeitos de direitos e dignidade humana.

Nossa! Mas são tantos artigos dentro do ECA? Verdade! Então, para facilitar o ECA foi
dividido em cinco direitos fundamentais. E quais são os cinco direitos fundamentais da
criança e do adolescente? 7 ECA NA ESCOLA ANEXO 1: TEXTO DE APOIO ECA NA
ESCOLA AGENTES EDUCACIONAIS I E II

III – Direito à Convivência Familiar e Comunitária

“Art. 19º - Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no
seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a
convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas
dependentes de substâncias entorpecentes.”

No terceiro direito fundamental, é essencial a preservação dos vínculos familiares. O


ambiente familiar deve ser o espaço de cuidado e proteção da infância e adolescência.

IV – Direito à Educação, Cultura, Esporte e Lazer

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“Art. 53º - A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e
qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:

I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II – direito de ser respeitado por seus educadores;

III – direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias


escolares superiores;

IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;

V – acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.

Parágrafo único.É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo


pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais.

V – Direito à Profissionalização e Proteção no Trabalho.

“Art. 60 – É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade,


salvo na condição de aprendiz. (Vide Constituição Federal)

Crianças e adolescentes devem ser respeitados em sua dignidade humana,


considerando que estão em desenvolvimento e não podem estar sujeitos às situações
de trabalho infantil. 8 ECA NA ESCOLA ANEXO 1: TEXTO DE APOIO ECA NA
ESCOLA AGENTE

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