Você está na página 1de 11

MEDIDAS DE PROTEÇÃO

Medidas de Proteção
ECA, - arts 98 a 102

• São as determinações dos órgãos estatais


competentes para tutelar, de imediato, de forma
provisória ou definitiva, os direitos e garantias da
criança ou adolescente, com particular foco à
situação de vulnerabilidade na qual se vê
inserido . ( Guilherme Nucci)
• São, portanto, instrumentos colocados a
disposição das autoridades competentes para
dar efetividade aos direitos fundamentais das
crianças e dos adolescentes.
Medidas de proteção
• Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao
adolescente são aplicáveis sempre que os
direitos reconhecidos nesta Lei forem
ameaçados ou violados:
• I - por ação ou omissão da sociedade ou do
Estado;
• II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou
responsável;
• III - em razão de sua conduta.
Medidas de proteção
• 1. casos de omissão do Estado – Faltas na elaboração de
políticas públicas: acesso à escola, rede de saúde, proteção à
criança em situação de rua, d exploração sexual e consumo de
substancias entorpecentes.
• 2. Falta ou omissão dos pais:Quando as crianças e
adolescentes são vítimas do exercício abusivo do poder
familiar, do tutor ou guardião ou quando forem filhos de pais
falecidos, ausentes ou desconhecidos.
• 3. Por sua própria conduta: quando a criança ou adolescente
demonstrar conduta contrária à vida saudável em sociedade,
capaz de lhe colocar em risco.
Competência para aplicação
das medidas de proteção
Autoridade competente: é o juiz ou o Conselho Tutelar.
Este último pode ter a sua decisão revista pela autoridade
judiciária, a pedido de quem tenha legítimo interesse (art.
137, ECA). Por outro lado, não lhe é permitido decretar o
acolhimento institucional, nem familiar, e a colocação em
família substituta.
Outras discussões, envolvendo conflitos familiares, acerca
de guarda, tutela, alimentos, visitas, e outras fora deste
contexto, cabem à Vara de Família (ou Vara Cível).
Princípios norteadores ( art. 100)
• a) crianças e adolescentes como titulares dos direitos;
• b) proteção integral e prioritária;
• c) responsabilidade primária e solidária do poder público;
• d) superior interesse da criança e do adolescente;
• e) privacidade;
• f) intervenção precoce;
• g) intervenção mínima;
• h) responsabilidade parental;
• i) prevalência da família natural ou extensa;
• j) direito à informação;
• k) participação da criança ou adolescente.

• Esses princípios regentes da aplicação das medidas de proteção não são


estanques; ao contrário, interpenetram-se e completam-se e por vezes,
confundem-se.
QUESTÕES RELEVANTES

• CUMULAÇÃO - As medidas de proteção, almejam tutelar e


defender crianças e adolescentes contra situações que o
expõem a perigo ou que lhe provocam danos.
• Por isso, nada impede a aplicação isolada (somente uma
delas, como o acolhimento institucional) ou cumulativa
(encaminhamento aos pais e inclusão em programa
comunitário de auxílio à família).
• COISA JULGADA – A medida aplicada pelo magistrado –
diferente da pena - não é envolta pela coisa julgada material,
podendo ser revista a qualquer tempo, substituindo-se uma
medida, que não deu certo, por outra.
• SUJEITO PASSIVO - Diferente das medidas sócio-educativas,
as medidas de proteção são aplicáveis a crianças e
adolescentes.
Aplicabilidade
I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de
responsabilidade;
II - orientação, apoio e acompanhamento temporários;
III - matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de
ensino fundamental;
IV - inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de
proteção, apoio e promoção da família, da criança e do adolescente;
V - requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em
regime hospitalar ou ambulatorial;
VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e
tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
VII - acolhimento institucional
VIII - inclusão em programa de acolhimento familiar
IX - colocação em família substituta
Acolhimento institucional e familiar

a) Devem proporcionar atendimento individual;


b) As entidades de atendimento devem remeter relatórios ao
juiz da Infância e Juventude (reavaliação)
c) Princípios:
d) excepcionalidade – esgotados os meios de manutenção na
família natural ou extensa;
e) provisoriedade – máxima brevidade, reavaliação periódica e
prazo máximo de 18 meses, salvo se em benefício do
acolhido
• O acolhimento institucional é realizado por
entidade de atendimento governamental ou não,
presidida por um dirigente, (equiparado ao
guardião) daqueles que estão sob os cuidados da
instituição.

• 1. próximo aos pais;


• 2. não pode implicar privação de liberdade do acolhido ;
3. vedado o caráter punitivo

• OBS: a fiscalização dessas entidades, assim


como, as penalidades cabíveis, estão prevista nos
artigos 95, 96 e 97 do Estatuto.
Competência para a
aplicação:
• São autoridades competentes:
• 1. Conselho Tutelar: medidas do inciso I ao VII do art. 101 ECA;
• 2. Autoridade judiciária: colocação em família substituta,
mediante guarda, tutela ou adoção e acolhimento familiar.

Você também pode gostar