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FACULDADE VICENTINA

ASSOCIAÇÃO GENTE DE BEM


ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO TRANSFORMADORA

THIAGO DANIEL RECCHIA

PORTAS ABERTAS PARA O ESCOTEIRO:


MENINOS DE CASAS LARES NO ESCOTEIRO DO POLITÉCNICO

CURITIBA
2019

1
THIAGO DANIEL RECCHIA

PORTAS ABERTAS PARA O ESCOTEIRO:


MENINOS DE CASAS LARES NO ESCOTEIRO DO POLITÉCNICO

Projeto de intervenção para à conclusão


de curso apresentado à Especialização
em Educação Transformadora da
Associação Gente de Bem e Faculdade
Vicentina, como requisito parcial à
obtenção do título de especialista em
educação transformadora.

Orientador:

CURITIBA
2019

2
SUMÁ25RIO

LISTA DE FIGURAS 3

RESUMO 4

1. Introdução 5

2. Justificativa 8

3 Objetivos 9

3.1 Geral 9

3.2 Específicos 9

4 Metodologia 10

5 Cronograma 1​2

6 Recursos 1​4

7 Resultados esperados 14

8 Referências 16

Anexos 17
Apêndices 22

3
LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 18

FIGURA 2 24

FIGURA 3 24

FIGURA 4 25

FIGURA 5 25

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RESUMO

Esta proposta de trabalho visa colaborar para a construção de espaços de


recreação fora da tutela das casas lares da FAS de Curitiba, Paraná, trazendo
outras possíveis novas interações em processos integradores educacionais através
da prática escoteira por meio do grupo escoteiro do Centro Politécnico da UFPR
(GEU-PR) para meninos e meninas abrigados nestas casas, além de possibilidade
de acesso a baixas rendas.

Palavras-chave: ​casas lares, meninos de abrigo, escoteiro, educação

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1. INTRODUÇÃO

Este trabalho apresenta proposta de trabalho para inserir meninos de casa


lares abrigados pela FAS ao Grupo Escoteiro Universitário (GEU), além de jovens
de baixa renda, localizado no Centro Politécnico na UFPR, em Curitiba, Paraná.
Nesse sentido, o trabalho procura tratar do tema de crianças abrigadas e
possibilidades de inserção em convívios de grupos sociais por meio do escoteiro,
buscando melhorar condições de autoestima e relacionamento pessoal entre os
selecionados, que podem estar em partes desassistidos. Assim, ao final desse
processo visa que esses meninos se tornem mais capazes de conviver socialmente
e mais seguros em grupos sociais escolares, culturais e outros.
Tem-se no país um problema que há muito preocupa autoridades e a
sociedade brasileira em geral: crianças e jovens em situação de risco. Nesse
sentido há um longo processo histórico brasileiro quando se trata de questões de
tutela dessas crianças e jovens, acompanhada de uma longa evolução de
mentalidade sobre o tema, além de formas de sua aplicação jurídica durante o
tempo. No passado houveram no país diversas culturas e subculturas que
nortearam a consciência assistencial no que se refere a crianças e jovens em
situações de risco, chamados no livro de Roberto Silva como ​“os filhos do Governo”.
Nesse sentido, pode dizer que o Brasil obteve um modelo filantrópico
português que vai de 1500 a 1874, conhecido como os atendimentos nas santas
casas de misericórdia, que para esses casos encaminhava crianças e jovens para
famílias beneméritas que buscavam criar e manter esses agregados. Entre 1874 a
1922 tem-se a visão filantrópico-higienista, ao qual o médico seria quem deveria
resolver a questão. Aqui ele encaminha estas crianças a amas-de-leite pagas que
os criavam e tentavam inseri-los em outras famílias. Foi somente em 1924 que
surgiu o primeiro Código de Menores e o Juizado de Menores, configurando-se o
Estado como responsável legal pela tutela da criança órfã, visando oportunizar à
criança a oportunidade de trabalhar. Durante a ditadura, durante o ato institucional
pós-64, dentro da Doutrina de Segurança Nacional, surge o Código de Menores de
1979, a FUNABEM e a FEBEM, que tentou introduzir a doutrina militar nos seus
internos. Somente com a Constituição de 1988 que surgiu uma gama de direitos das

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crianças e adolescentes e não mais apenas aquelas em situação de risco, sendo
estabelecido o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que passa a colocar
essa categoria em uma condição especial de “pessoas em fase de
desenvolvimento”. Assim, o Estatuto transfere a tutela de crianças e adolescentes
para a sociedade civil, criando a figura dos Conselhos Tutelares, levando a
participação do Poder Judiciário por meio das varas da Infância e Juventude
(BONDARUK, 2005).
Sabe-se que o Brasil hoje possui um número considerável de crianças e
jovens que devido a problemas em seus primeiros núcleos familiares, são
obrigados, por meio do Estado, a serem abrigados em instituições chamadas Casas
Lares. Estes locais oferecem acolhimento provisório para crianças e adolescentes
afastados do convívio familiar por meio de medida protetiva de abrigo, em função de
abandono ou que possuem famílias ou responsáveis encontrem-se tempo-
rariamente impossibilitados de cumprir sua função de cuidado e proteção, até que
seja viabilizado o retorno ao convívio com a família de origem ou, na sua
impossibilidade, encaminhamento para família substituta.
Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), há em todo o Brasil, mais de
47 mil crianças e adolescentes vivendo em abrigos. Deste total, 13.418 estão no
estado de São Paulo; 4.968, em Minas; 4.866, no Rio Grande do Sul; e 3.700, no
Paraná, mais os outros Estados.
Muitas crianças e adolescentes chegam aos abrigos a partir de denúncias de
maus tratos, retirada de situação de rua, ou até mesmo por determinação de
acolhimento feita na própria maternidade. Este último caso ocorre quando a Vara da
Infância e Juventude, ou o Ministério Público, reconhece a falta de estrutura da
família e encaminha a criança ou adolescente para o abrigo.
Os indicadores sociais mostram que as crianças e os adolescentes são a
parcela mais exposta das consequências nefastas da exclusão social (SILVA,
2004), sendo o elo mais frágil no quadro de desigualdade socioeconômica que
compromete a garantia dos direitos básicos de todos os cidadãos brasileiros.
Crianças e adolescentes representam hoje 46% dos 50 milhões de brasileiros
que vivem na pobreza (em famílias com renda per capita de até meio salário

7
mínimo). Destaca-se ainda que 53% das crianças de zero a 6 anos vivem nesta
situação. A questão econômica parece gerar o abandono. Segundo Cury (2008):
Há uma lamentável confusão conceitual entre abandono e pobreza, uma
vez que a maioria das crianças pobres, mesmo as que estão nas ruas ou
recolhidas em abrigos, possuem vínculos familiares. Os motivos que as
levam a essa situação de risco não são, na maioria das vezes, a rejeição ou
a negligência por parte de seus pais, e sim as alternativas de sobrevivência
(caput. BERNARDI, 2010).

No ECA, os princípios que as entidades devem desenvolver nos programas


de acolhimento institucional são definidos no artigo 92 e reafirmados no documento
de Orientações Técnicas (2009) e no documento Orientações Técnicas: Serviços de
Acolhimento para Crianças e Adolescentes. Sendo eles:
1. E​ xcepcionalidade do afastamento do convívio familiar – procurar manter, estimular e
fortalecer o convívio da criança ou do adolescente com a rede primária de proteção – família
nuclear e extensa – e considerar o distanciamento da família, uma situação excepcional e
não comum.
2. Provisoriedade do afastamento do convívio familiar – garantir a proteção da criança ou do
adolescente fora do ambiente familiar por prazo muito curto, agilizando sua reinserção
familiar, seja com seus parentes, seja em família substituta, quando a família biológica não
puder protegê-los.
3. Preservação e fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários – trabalhar no sentido
de favorecer os contatos que promovam ou reconstruam a vinculação da criança e do
adolescente com a família e a comunidade.
4. Garantia de acesso e respeito à diversidade e não discriminação – acolher todas as
crianças e os adolescentes e familiares respeitando suas características, peculiaridades e
diferenças, zelando para que não haja qualquer discriminação, humilhação ou ofensa e
articulando a rede de serviços para seu atendimento integral.
5. Oferta de atendimento personalizado e individualizado – toda criança e todo adolescente
deve ser acolhido e educado para desenvolver – se como pessoa humana integral, com suas
necessidades e potencialidades específicas, para que possa construir uma identidade própria
segura que seja base para sua convivência grupal e social.
6. Garantia de liberdade de crença e religião – o caminho da espiritualidade e da
transcendência deve ser uma escolha das crianças, dos adolescentes e dos familiares,
portanto a liberdade de culto e crença religiosa, sem imposição de uma ou outra orientação
específica, deve ser garantida.
7. Respeito à autonomia da criança, do adolescente e do jovem – a participação da criança e
do adolescente na vida social e nas atividades socioeducativas, dentro e fora do abrigo, deve
ser estimulada e sua opinião deve ser respeitada, visando sua aprendizagem e seu
desenvolvimento e o gradativo aumento da autonomia pessoal e social.

Não se tem informações consistentes ainda sobre a execução de outros


projetos com o mesmo público em questão, mas mesmo assim está se procurando
possíveis outras referências de projetos em execução dentro do assunto para
colaborar com o atual processo.

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2. JUSTIFICATIVA

O projeto pode beneficiar as demandas para atividades de desenvolvimento


pessoal, autonomia social e fortalecimento comunitário de meninos e meninas de
casas lares, abrigos e baixa renda, colaborando como uma atividade de contraturno
escolar, através da prática escoteira, que tem metodologia reconhecida entre
educadores e crianças, oportunizando espaços de voz e protagonismo a este
sensível e frágil grupo social, em específico meninos e meninas de casas lares.
Sabe-se de antemão que o público de crianças de casas lares são
extremamente vulneráveis e que precisam de vários reforços cognitivos e de outros
apoios para que possam ter melhores condições no futuro e encontrarem espaços
de vozes.
No entanto, em nosso país, os indicadores sociais mostram que as crianças
e os adolescentes são a parcela mais exposta às consequências nefastas
da exclusão social (SILVA, 2004), ou seja, o elo mais frágil no quadro de
desigualdade socioeconômica que compromete a garantia dos direitos
básicos de todos os cidadãos brasileiros (BERNARDI, 2010, p. 19).

Dar voz às crianças em situação de abrigamento tem como pressuposto o


fato de que elas têm o que dizer e deveriam ser ouvidas por todos aqueles
que participam da decisão e dos procedimentos de acolhimento institucional
ou familiar (BERNARDI, 2010).

Escolheu-se a prática escoteira como base de apoio pedagógica após


perceber-se que atividades de ativismo para a educação ambiental, em
comunidades como o Vila Torres, não tinham aderência a longo prazo entre
crianças e jovens. Com isso, buscou-se a prática escoteira, buscando nela apoio em
amplo repertório de atividades culturais e ambientais, dinâmicas de grupos com foco
na colaboração de todos para melhor execução das tarefas, desafios lúdicos com
premiação, contação de histórias entre muitas outras, ao qual as realizadas durante
este segundo semestre de 2019, serão apresentados aqui. Essas atividades
proporcionadas visam ensejar mecanismos de melhora em aspectos de convivência
e confiança pessoal entre os participantes.
O escotismo foi fundado em 1907 por Robert Stephenson Smyth
Baden-Powell. É um movimento juvenil mundial, educacional, voluntariado,
apartidário e sem fins lucrativos.

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A sua proposta é o desenvolvimento do jovem, por meio de um sistema de
valores que prioriza a honra, baseado na Promessa (ou Compromisso) e na Lei
escoteira (ou Lei do Escoteiro), e através da prática do trabalho em equipe e da vida
ao ar livre, fazendo com que o jovem assuma seu próprio crescimento, tornando-se
um exemplo de fraternidade, lealdade, companheirismo, altruísmo,
responsabilidade, respeito e disciplina.
As origens do escotismo basearam-se no evento simbólico do acampamento
organizado por Baden-Powell na Ilha de Brownsea, com vinte jovens, entre os 12 e
os 16 anos de idade, no qual ensinou técnicas como primeiro socorros, observação,
segurança, orientação. Como símbolo do grupo, utilizaram bandeira verde com uma
flor-de-lis amarela no centro, que mais tarde serviria como símbolo do escotismo em
si.
Alguns dos conceitos inerentes à Lei Escoteira são: honra, integridade,
lealdade, presteza, amizade, cortesia, respeito e proteção da natureza,
responsabilidade, disciplina, coragem, ânimo, bom-senso, respeito pela propriedade
e auto-confiança. Baden-Powell idealizou a Lei Escoteira e decidiu não estabelecer
leis proibitivas, mas conceitos para formação de pessoas benévolas, para que,
desta forma, o jovem escoteiro tivesse onde se espelhar e pudesse se orientar.
Dentro destas perspectivas o projeto colabora para a inserção de meninos de
casas lares a prática do escotismo.

3. OBJETIVOS

3.1 Geral
● Contribuir para processos de convivência em grupo para meninos de Casas
Lares por meio da prática escoteira.

3.2 Específicos
● Aplicar práticas e filosofia do escotismo dia a dia dos meninos de casas lares;
● Incutir sentidos de autodisciplina;
● Ensejar a reflexão sobre suas atitudes e ações;
● Despertar a autonomia e senso de responsabilidade;
● Incentivar processos de empoderamento;

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● Trabalhar com processos resilientes;
● Melhorar a autoestima dos participantes.

4. METODOLOGIA

Considera-se como parte do método a necessidade do saber ouvir cada


criança e adolescente de casas lares, considerando sua especificidade, buscando
relacioná-la de forma integrada, como qualquer outra criança. A criança constrói e é
construída pelas relações que lhe é proporcionada e estabelece em seu contexto de
vida.
Para a metodologia do projeto fala-se aqui neste capítulo do TCC, desde o
processo de seleção até a aplicação de atividades no escoteiro e o porquê da
escolha de trabalhar mais com os meninos abrigados.
A metodologia base, para além da escuta, procura trabalhar a inserção de
crianças e jovens de casas lares dentro das dinâmicas do escoteiro, dinâmicas
essas que já estão consolidadas em temáticas e práticas, sendo amplamente
conhecidas no setor educacional.
Desta forma, busca-se encontrar mecanismos de aplicação de estratégias
diárias para resolução de conflitos, relacionando a prática do escoteiro para
disciplina de comportamento mais resilientes frente a dificuldades, fortalecendo
sentimentos para evitar entrar em situações -/- ou -/+ ou +/-1, estudadas dentro da

1
Eu estou OK - Você não está OK ( + / - ). ​Nesse momento temos a primeira falha do ego, que
passa a achar que está sendo melhor ou que está acima dos outros. É uma posição projetiva (defesa
contra o não OK) que se dá em pessoas egocentradas, onde as metas são alcançadas nem sempre
com ética. Buscam mando, controle, poder, autoridade. Seu Estado de Ego predominante é o pai
crítico. Sou diretor de uma escola. Sou sempre critico com os professores e sempre acho que as
crianças deveriam ser levadas nas rédias mais curtas. Eu não estou OK - Você está OK (- / +)
Neste ponto vários processo de autoestima estão caindo. É uma posição introjetiva (atribui às suas
incapacidades os não sucessos e erros). Há um grande leque de insegurança, pouca iniciativa,
conformistas, além de dificuldade de dizer não, resolver problemas. Tenta propor-se metas, mas
alcança em parte. Sou professor do ensino fundamental e estou sempre inseguro se meus alunos
estão aprendendo ou não. Não sei se eles não aprenderam por causa de mim ou por outro problema
e por isso sempre facilito as notas deles da forma como achar necessário. Tenho medo de colegas e
principalmente do diretor. Eu não estou OK - Você não está OK ( - / - )​Daqui para baixo é somente
o chão ou o buraco que se pode fazer nele. É uma posição negativista / nihilista, além de pessimista
e resistentes à mudança. Tem pouco interesse por si, outro e mundo e não respeitam a si nem aos
outros. Tendem propor-se metas inalcançáveis. Sou aluno um aluno do ensino médio. Quero passar
no vestibular de medicina, mas não consigo ir com frequência a aula e acho que minha família é ruim
para mim. Não me dou bem com meus professores e tenho

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Análise Transacional2, mas suas bases do desenvolvimento infantil na constituição
de ​inclusão, controle e afeto. Desta forma a proposta procura colaborar para
buscar soluções cooperativas para o sentido de posturas de vida + / +3 (postura
OK/OK), buscando fazer contratos claros, relações positivas, saindo dos papéis do
triângulo dramático (vítima, salvador e perseguidor).
Sendo assim, em nosso roteiro de trabalho e inicial metodologia apresentou a
proposta do projeto em 3 grupos de escoteiros, num prazo de 3 finais de semana
em cada grupo, sendo eles: ​Gaspar Beretoldi, Medianeira e Grupo Escoteiro
Universitário. Este último (GEU) foi o único a aceitar a proposta e se mostrar
adequado a aceitar novo público alvo no seu grupo, além de contar com espaço
físico amplo e boas estruturas. Depois disto apresentou-se a proposta do ​Portas
abertas para o escoteiro para as coordenações das escolas próximas a Vila Torres,
as coordenações das escolas Manoel Ribas, Hildebrando de Araújo e Clube de
Mães, onde cada qual se propôs a colaborar para divulgar a proposta em seus
respectivos locais, havendo a divulgação entre 350 alunos, sala por sala, das
escolas ao redor da Vila Torres e Clube de Mães.
Após a divulgação recebeu-se 23 fichas de inscrição dos dias ​24 à 25 de
junho, e pela ficha de inscrição verificou-se o número do celular e adicionou-se
estes números ao grupo do whatsapp, com inicialmente 20 pessoas. No grupo do
whatsapp agendou-se o dia, data e local do primeiro encontro dos interessados, que
deveriam estar acompanhados com pais ou responsáveis, que ficou para o dia 20
de julho às 10h da manhã na entrada do campus Jardim Botânico, indo-se dali a pé
por dentro da UFPR até o campus Politécnico do grupo GEU.
Nesta primeira reunião foi feita a formalização dos interessados no escoteiro
com os chefes Vinicius e Brenda, onde os mesmos explanaram sobre o que é o

2
​A análise transacional (ou teoria da personalidade) também é um recurso hoje muito utilizado na
relevância no estabelecimento de contrato nos combinados em processos de mudanças. Vale
lembrar, que o contrato neste caso, seria o contrato terapêutico, formulado por Eric Berne, que é o
compromisso explicitado bilateralmente para a execução de uma tarefa ou ação, que busca um
acordo entre as partes envolvidas e estabelece metas e compromissos.
3
​Eu estou OK - Você está OK ( + / + ).​ É considerada a posição mais saudável. Nesse caso a
pessoa está de bem consigo mesma, com os outros e ainda o ambiente que o cerca. Ela respeita a si
e aos outros, reconhece qualidades/limitações, tem uma visão realista e aprende com os erros,
equacionando problemas. Sou educador e consigo lidar com os problemas ao redor sendo um
condutor de bons sentimentos e sentidos para as outras pessoas, sem me rebaixar e nem
rebaixando os outros.

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escoteiro, atividades, responsabilidades e outros detalhes para quem quer entrar no
grupo.
Após este processo iniciou-se a prática escoteira com os meninos da Casas
Lares, que foram muito bem aceitos pelo grupo.

5. CRONOGRAMA

Atividades Preparatórias
Resultado de
Data para o participante Atividades Desenvolvidas
Aprendizagem
(quando pertinente)
Primeiro diálogo através
Ambientação inicial com Apresentação formal ao escoteiro, seus
27/07 do whatsapp sobre o
o escoteiro primeiros chefes e atividades do escoteiro
escoteiro
Cada um dos dois grupos foi separado
Separação dos
Início primeira atividade por faixa etária e tiveram atividades cada
selecionados por faixa
no escoteiro. qual com a proposta dos chefes:
03/08 etária que para eles ficou
Ambientação com o escoteiro decifrar um código em um texto
entre escoteiro (13 a 15) e
grupo completo e o sênior roda de conversa sobre futuras
sênior (16 a 18)
atividades
Primeiro acantonamento Apenas conversa sobre Ensino para montagem de barracas, fazer
10/08 do escoteiro (13 a 15 material que deveria ser fogueira e uma brincadeira de caça ao
anos) levado para esse dia tesouro
Integração com atividades de campo
sugeridas pelos chefes: gincana com
Atividade normal. Melhor Pesquisa sobre
17/08 atividade lúdica de montagem de
adaptação do grupo personagens marvel
apresentações em grupos dos
personagens marvel
24/08 Atividade normal. Não se aplica Atividades desenvolvidas pelos chefes
Adaptação do grupo decididas na hora
31/08 Atividade externa aos Não se aplica Não se aplica
quais os meninos não
puderam ir pois ainda
não estavam no
cadastro do sistema
28º ELO Nacional
14/09 Atividade de dia inteiro Levar material pedido Nesse bivaque tivemos um jogo de
chamado bivaque pelos chefes mímica sobre os artigos da lei escoteira.
Dois jogos aplicados pelos próprios
escoteiros. Um jogo físico de estratégia.
Instrução de nós e amarras, canção, e um
mini campeonato de futebol.
21/09 21º Mutirão Comunitário Não se aplica O Mutirão Comunitário vai acontecer
como atividade externa. Será em horário
normal, das 14h30 às 17h30. Vamos ter
palestra sobre preservação ambiental e
sobre conservação de nascente de rios.
Depois se fará mutirão de limpeza no
bosque da UFPR.
28/09 Desfile Cívico + Não se aplica Será referente a Semana da Pátria. Será
Confraternização no período da manhã no Uberaba.
Juntamente com a polícia militar e alguns
alunos de escolas. Depois do desfile o

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grupo irá para o jardim botânico para
fazer um piquenique e alguns jogos em
momento de confraternização.
05/10 Excursão Urbana Não se aplica Começa as 10h00 no teatro paiol e
termina as 17h30 na praça do Japão.
Eles farão um percurso pela cidade
passando por vários pontos turísticos e
realizando alguns desafios no caminho.
12/10 Noite das nações Não se aplica Jantar preparado pelos próprios
escoteiros. Eles vão se reunir no grupo as
15h e vão preparar pratos típicos de
alguns países. Deve acabar umas 21h.
19/10 62º Jota / 23º Joti Não se aplica O Jota Joti é uma atividade mundial
realizada localmente pela internet e rádio.
Eles se reúnem na casa de um jovem da
patrulha na sexta a noite e realizam
vários desafios até domingo. Para cumprir
os desafios eles precisam postar fotos e
vídeos na plataforma da atividade. Eles
também entram em contato com
escoteiros do mundo todo para conseguir
cumprir alguns dos desafios.
26/10 Atividade normal Não se aplica Atividades desenvolvidas pelos chefes
decididas na hora
09/11 Ekoa Park Não se aplica O Ekoa Park é um parque ecologico com
várias atividades tipo arvorismo e trilha.
Vai ser uma atividade de dia inteiro. Essa
atividade vai ter um custo de 70/80 reais,
por conta do transporte e entrada no
parque.
15/11 Acampamento de Não se aplica O acampamento de guerrilha será um
Guerrilha acampamento de 3 dias, começando na
sexta e terminando no domingo.
Aproveitamos que sexta será feriado. Vai
ser no grupo mesmo. É um acampamento
completo e de competição entre uma
patrulha e outra.
23/11 Atividade normal Não se aplica Atividades desenvolvidas pelos chefes
decididas na hora
30/11 ACAMGRUPO Não se aplica O acamgrupo é um acampamento com o
grupo todo, em que os pais, familiares e
amigos podem participar. Vai acontecer
no grupo e terá um custo de 50 reais.
Podemos ver de não cobrar esse valor
para os meninos. Mas ainda estamos em
fase de planejamento.
07/12 Atividade normal Não se aplica Atividades desenvolvidas pelos chefes
decididas na hora

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6. RECURSOS

Para o processo do escoteiro, tem-se um custo fixo de R$ 80,00, que seria da


mensalidade para a participação do escoteiro. Para o caso desses meninos foi
cedida uma concessão de participação gratuita. Mas mesmo assim há ainda outros
custos que precisam ser cobertos pelo projeto, esses que tem relação com as
atividades individuais, como: lanches quando a atividade for de acantonamento,
transporte, ingressos para parques, materiais escolares, material de acampamento,
entre outros.
O transporte de ida e volta dos meninos de suas casas para o projeto aos
sábados será feito exclusivamente pela kombi da FAS, que os leva e traz sempre
nos horários programados. Sendo assim, os custos maiores se darão em atividades
complementares ao escoteiro, que saem da prática normal do grupo, mas que
complementam o processo criativo e pedagógico.
Por isso foi elaborado uma captação de recursos para que esses meninos
possam usufruir da participação de todas as atividades promovidas pelo escoteiro.
Em certo sentido esse será outro desafio da aplicação da proposta. Desta forma os
custos do segundo semestre 2019 ficou em. Vale lembrar que os custos de viagens
serão levantados apenas para os meninos abrigados. Os baixa renda não entram
nesse pacote:

Custo atividades por Ekoa park: ​R$70,00 Acamgrupo: ​R$50,00 Acampamento de guerrilha:​ R$ 20,00
menino para
segundo semestre
2019
VALOR TOTAL 5 MENINOS R$ 700

7. RESULTADOS ESPERADOS

Inicialmente os resultados esperados, especialmente aos meninos abrigados,


são melhora no convívio social, escolar e familiar, além de promover a autoestima,
capacidade de expressão, senso de responsabilidade, compromisso e respeito ao
próximo. Sabe-se já de antemão, em três meses de aplicação do projeto, através do

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relato ainda breve dos tutores das casas lares e alguns professores da escola dos
meninos que estão no projeto, que houve relativas melhoras no comportamento dos
mesmos, que estão mais participativos, mais estimulados e com autoestima mais
elevada, mas com grandes fatores e vetores a serem construídos ainda ao futuro do
projeto para ampliação disto. Neste caso a avaliação parcial se deu de forma rápida
em pequenas reuniões com educadores e coordenadores da FAS, chefes de
escoteiros e alguns poucos professores e diretores de uma escola. As outras
escolas dos outros meninos não puderam ser visitadas ainda devido a falta de apoio
logísticos de distância a ser sanado para o próximo semestre. Dessa forma
calculou-se alguns dados que o projeto alcançará já ao final do ano de 2019, sendo:
Número de meninos Expectativa de atingidos Funcionários técnicos Número de horas
casa lar atualmente: indiretamente sala de diretos atendimento aproximados para o
5 meninos aula: FAS: segundo semestre de
2019:
Número de jovens 25 estudantes por menino
menor poder aquisitivo: e menina 7 funcionários 99h
3 meninas
TOTAL DE ATINGIDOS INDIRETAMENTE: ​207 pessoas
TOTAL DE HORAS ESCOTEIRO DE TODOS OS SELECIONADOS: ​792 horas no segundo semestre de 2019

A médio e longo prazo, de acordo com o crescimento do projeto, procurará


trazer atividades complementares ao meio da semana, juntamente com
acompanhamentos pedagógicos e psicológicos a estes meninos, visando reforçar
sentimentos de resiliência para que os participantes tenham melhores condições de
planejar melhor seus objetivos de vida futuro e organização pessoais e atingirem as
expectativas que o escoteiro exige.
Dessa forma, será no ano de 2020 para frente que o projeto assenta suas
bases sólidas na compra da demanda desse segmento social tão marginalizado
pela sociedade.

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8. REFERÊNCIAS

BERNADI, Dayse C. F. Cada caso é um caso : estudos de caso, projetos de


atendimento​. 1. ed. São Paulo: Associação Fazendo História: NECA - Associação
dos Pesquisadores de Núcleos de Estudos e Pesquisas sobre a Criança e o
Adolescente, 2010.

BONDARUK, Roberson Luiz. ​O Império das Casas Abandonadas: crianças e


adolescentes “de rua” e a política. ​Curitiba: Editora Champagnat, 2005.

Curso Fundamentos e Práticas de Educação Ambiental para Espaços


Educadores - Módulo 1 - Introdução e Fundamentos de Educação Ambiental,
Ministério do Meio Ambiente

Curso Fundamentos e Práticas de Educação Ambiental para Espaços


Educadores - Módulo 2 - Planejamento e Fortalecimento do Espaço Educador,
Ministério do Meio Ambiente

Curso Fundamentos e Práticas de Educação Ambiental para Espaços


Educadores - Módulo 3 - Fundamentos para a Prática Pedagógica e Métodos
Pedagógicos, Ministério do Meio Ambiente

Curso Fundamentos e Práticas de Educação Ambiental para Espaços


Educadores - Módulo 4 - ​Práticas de Educação Ambiental: Cardápio de Atividades
Pedagógicas, Ministério do Meio Ambiente

FREIRE, P. ​Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra,


1967.

GUTIÉRREZ, F.; PRADO, C. ​Ecopedagogica e cidadania planetária. São Paulo:


Cortez : Instituto Paulo Freire, 2002. 128p. – (Guia da escola cidadã ; v. 3)

ROSA, I. M. ​Juventude, conflitos e construção do espaço escolar: desafios


para pensar a educação em ambientes de diversidade. Universidade Federal
Rural do Rio de Janeiro, 2017.

SILVA, J.F. ​Avaliação na Perspectiva Formativa-Reguladora: pressupostos


teóricos e práticos.​ Porto Alegre: Mediação, 2004.

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ANEXOS B: ESTRUTURA INICIAL JURÍDICA NA BASE DO ECA

CAPÍTULO II Da Prevenção Especial SEÇÃO I


Da informação, Cultura, Lazer, Esportes, Diversões e Espetáculos ART. 74. O poder
público, através do órgão competente, regulará as diversões e espetáculos públicos,
informando sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem,
locais e horários em que sua apresentação se mostre inadequada. Parágrafo único.
Os responsáveis pelas diversões e espetáculos públicos deverão afixar, em lugar
visível e de fácil acesso, à entrada do local de exibição, informação destacada sobre
a natureza do espetáculo e a faixa etária especificada no certificado de
classificação. ART. 75. Toda criança ou adolescente terá acesso às diversões e
espetáculos públicos classificados como adequados à sua faixa etária. Parágrafo
único. As crianças menores de dez anos somente poderão ingressar e permanecer
nos locais de apresentação ou exibição quando acompanhadas dos pais ou
responsável. ART. 76. As emissoras de rádio e televisão somente exibirão, no
horário recomendado para o público infanto juvenil, programas com finalidades
educativas, artísticas, culturais e informativas. Parágrafo único. Nenhum espetáculo
será apresentado ou anunciado sem aviso de sua classificação, antes de sua
transmissão, apresentação ou exibição. ART. 77. Os proprietários, diretores,
gerentes e funcionários de empresas que explorem a venda ou aluguel de fitas de
programação em vídeo cuidarão para que não haja venda ou locação em desacordo
com a classificação atribuída pelo órgão competente. Parágrafo único. As fitas a que
alude este artigo deverão exibir, no invólucro, informação sobre a natureza da obra
e a faixa etária a que se destinam. ART. 78. As revistas e publicações contendo
material impróprio ou inadequado a crianças e adolescentes deverão ser
comercializadas em embalagem lacrada, com a advertência de seu conteúdo.
Parágrafo único. As editoras cuidarão para que as capas que contenham
mensagens pornográficas ou obscenas sejam protegidas com embalagem opaca.
ART. 79. As revistas e publicações destinadas ao público infanto-juvenil não
poderão conter ilustrações, fotografias, legendas, crônicas ou anúncios de bebidas
alcoólicas, tabaco, armas e munições, e deverão respeitar os valores éticos e
sociais da pessoa e da família. ART. 80. Os responsáveis por estabelecimentos que
explorem comercialmente bilhar, sinuca ou congênere ou por casas de jogos, assim
entendidas as que realizem apostas, ainda que eventualmente, cuidarão para que
não seja permitida a entrada e a permanência de crianças e adolescentes no local,
afixando aviso para orientação do público.

PARTE ESPECIAL TÍTULO I


Da Política de Atendimento CAPÍTULO I Disposições Gerais ART. 86. A política de
atendimento dos direitos da criança e do adolescente far-se-á através de um
conjunto articulado de ações governamentais e não-governamentais, da União, dos
estados, do Distrito Federal e dos municípios. ART. 87. São linhas de ação da
política de atendimento: (Vide Lei nº 12.010, de 2009). I – políticas sociais básicas; II
– serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social de garantia de
proteção social e de prevenção e redução de violações de direitos, seus
agravamentos ou reincidências; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016). III –

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serviços especiais de prevenção e atendimento médico e psicossocial às vítimas de
negligência, maus-tratos, exploração, abuso, crueldade e opressão;
IV – serviço de identificação e localização de pais, responsável, crianças e
adolescentes desaparecidos; V – proteção jurídico-social por entidades de defesa
dos direitos da criança e do adolescente. VI – políticas e programas destinados a
prevenir ou abreviar o período de afastamento do convívio familiar e a garantir o
efetivo exercício do direito à convivência familiar de crianças e adolescentes;
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009). VII – campanhas de estímulo ao acolhimento
sob forma de guarda de crianças e adolescentes afastados do convívio familiar e à
adoção, especificamente inter-racial, de crianças maiores ou de adolescentes, com
necessidades específicas de saúde ou com deficiências e de grupos de irmãos.
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009). ART. 88. São diretrizes da política de
atendimento: I – municipalização do atendimento; II – criação de conselhos
municipais, estaduais e nacional dos direitos da criança e do adolescente, órgãos
deliberativos e controladores das ações em todos os níveis, assegurada a
participação popular paritária por meio de organizações representativas, segundo
leis federal, estaduais e municipais; III – criação e manutenção de programas
específicos, observada a descentralização político-administrativa; IV – manutenção
de fundos nacional, estaduais e municipais vinculados aos respectivos conselhos
dos direitos da criança e do adolescente; V – integração operacional de órgãos do
Judiciário, Ministério Público, Defensoria, Segurança Pública e Assistência Social,
preferencialmente em um mesmo local, para efeito de agilização do atendimento
inicial a adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional; VI – integração
operacional de órgãos do Judiciário, Ministério Público, Defensoria, Conselho
Tutelar e encarregados da execução das políticas sociais básicas e de assistência
social, para efeito de agilização do atendimento de crianças e de adolescentes
inseridos em programas de acolhimento familiar ou institucional, com vista na sua
rápida reintegração à família de origem ou, se tal solução se mostrar
comprovadamente inviável, sua colocação em família substituta, em quaisquer das
modalidades previstas no art. 28 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
2009). VII – mobilização da opinião pública para a indispensável participação dos
diversos segmentos da sociedade. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009). VIII –
especialização e formação continuada dos profissionais que trabalham nas
diferentes áreas da atenção à primeira infância, incluindo os conhecimentos sobre
direitos da criança e sobre desenvolvimento infantil; (Incluído pela Lei nº 13.257, de
2016). IX – formação profissional com abrangência dos diversos direitos da criança
e do adolescente que favoreça a intersetorialidade no atendimento da criança e do
adolescente e seu desenvolvimento integral; (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016).
X – realização e divulgação de pesquisas sobre desenvolvimento infantil e sobre
prevenção da violência. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016). ART. 89. A função de
membro do conselho nacional e dos conselhos estaduais e municipais dos direitos
da criança e do adolescente é considerada de interesse público relevante e não
será remunerada.

SEÇÃO III Dos Serviços Auxiliares


ART. 150. Cabe ao Poder Judiciário, na elaboração de sua proposta orçamentária,
prever recursos para manutenção de equipe interprofissional, destinada a
assessorar a Justiça da Infância e da Juventude. ART. 151. Compete à equipe

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interprofissional dentre outras atribuições que lhe forem reservadas pela legislação
local, fornecer subsídios por escrito, mediante laudos, ou verbalmente, na audiência,
e bem assim desenvolver trabalhos de aconselhamento, orientação,
encaminhamento, prevenção e outros, tudo sob a imediata subordinação à
autoridade judiciária, assegurada a livre manifestação do ponto de vista técnico.

CAPÍTULO VII Da Proteção Judicial dos Interesses Individuais, Difusos e


Coletivos
ART. 208. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de responsabilidade por
ofensa aos direitos assegurados à criança e ao adolescente, referentes ao não
oferecimento ou oferta irregular: (Vide Lei nº 12.010, de 2009). I – do ensino
obrigatório; II – de atendimento educacional especializado aos portadores de
deficiência; III – de atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco
anos de idade; (Redação dada pela Lei nº 13.306, de 2016); IV – de ensino noturno
regular, adequado às condições do educando; V – de programas suplementares de
oferta de material didático-escolar, transporte e assistência à saúde do educando do
ensino fundamental; VI – de serviço de assistência social visando à proteção à
família, à maternidade, à infância e à adolescência, bem como ao amparo às
crianças e adolescentes que dele necessitem; VII – de acesso às ações e serviços
de saúde; VIII – de escolarização e profissionalização dos adolescentes privados de
liberdade. IX – de ações, serviços e programas de orientação, apoio e promoção
social de famílias e destinados ao pleno exercício do direito à convivência familiar
por crianças e adolescentes. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009); X – de
programas de atendimento para a execução das medidas socioeducativas e
aplicação de medidas de proteção. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012). XI – de
políticas e programas integrados de atendimento à criança e ao adolescente vítima
ou testemunha de violência. (Incluído pela Lei nº 13.431, de 4 de abril de 2017). ( 3 )
§ 1º As hipóteses previstas neste artigo não excluem da proteção judicial outros
interesses individuais, difusos ou coletivos, próprios da infância e da adolescência,
protegidos pela Constituição e pela Lei. (Renumerado do Parágrafo único pela Lei nº
11.259, de 2005). § 2º A investigação do desaparecimento de crianças ou
adolescentes será realizada imediatamente após notificação aos órgãos
competentes, que deverão comunicar o fato aos portos, aeroportos, Polícia
Rodoviária e companhias de transporte interestaduais e internacionais,
fornecendo-lhes todos os dados necessários à identificação do desaparecido.
(Incluído pela Lei nº 11.259, de 2005). ART. 209. As ações previstas neste Capítulo
serão propostas no foro do local onde ocorreu ou deva ocorrer a ação ou omissão,
cujo juízo terá competência absoluta para processar a causa, ressalvadas a
competência da Justiça Federal e a competência originária dos tribunais superiores.
ART. 210. Para as ações cíveis fundadas em interesses coletivos ou difusos,
consideram-se legitimados concorrentemente: I – o Ministério Público; II – a União,
os estados, os municípios, o Distrito Federal e os territórios; III – as associações
legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus fins
institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por esta Lei, dispensada
a autorização da assembléia, se houver prévia autorização estatutária. § 1º
Admitir-se-á litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da União e dos
estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta Lei. § 2º Em caso de
desistência ou abandono da ação por associação legitimada, o Ministério Público ou

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outro legitimado poderá assumir a titularidade ativa. ART. 211. Os órgãos públicos
legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua
conduta às exigências legais, o qual terá eficácia de título executivo extrajudicial.
ART. 212. Para defesa dos direitos e interesses protegidos por esta Lei, são
admissíveis todas as espécies de ações pertinentes. § 1º Aplicam-se às ações
previstas neste Capítulo as normas do Código de Processo Civil. § 2º Contra atos
ilegais ou abusivos de autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício
de atribuições do poder público, que lesem direito líquido e certo previsto nesta Lei,
caberá ação mandamental, que se regerá pelas normas da lei do mandado de
segurança. ART. 213. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de
fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará
providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento. §
1º Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de
ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após
justificação prévia, citando o réu. § 2º O juiz poderá, na hipótese do parágrafo
anterior ou na sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de pedido do
autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando prazo razoável para
o cumprimento do preceito. § 3º A multa só será exigível do réu após o trânsito em
julgado da sentença favorável ao autor, mas será devida desde o dia em que se
houver configurado o descumprimento. ART. 214. Os valores das multas reverterão
ao fundo gerido pelo Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do
respectivo município. § 1º As multas não recolhidas até trinta dias após o trânsito
em julgado da decisão serão exigidas através de execução promovida pelo
Ministério Público, nos mesmos autos, facultada igual iniciativa aos demais
legitimados. § 2º Enquanto o fundo não for regulamentado, o dinheiro ficará
depositado em estabelecimento oficial de crédito, em conta com correção
monetária. ART. 215. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos recursos, para
evitar dano irreparável à parte. ART. 216. Transitada em julgado a sentença que
impuser condenação ao poder público, o juiz determinará a remessa de peças à
autoridade competente, para apuração da responsabilidade civil e administrativa do
agente a que se atribua a ação ou omissão. ART. 217. Decorridos sessenta dias do
trânsito em julgado da sentença condenatória sem que a associação autora lhe
promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Público, facultada igual iniciativa
aos demais legitimados. ART. 218. O juiz condenará a associação autora a pagar
ao réu os honorários advocatícios arbitrados na conformidade do § 4º do art. 20 da
Lei n.º 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), quando
reconhecer que a pretensão é manifestamente infundada. Parágrafo único. Em caso
de litigância de má-fé, a associação autora e os diretores responsáveis pela
propositura da ação serão solidariamente condenados ao décuplo das custas, sem
prejuízo de responsabilidade por perdas e danos. ART. 219. Nas ações de que trata
este Capítulo, não haverá adiantamento de custas, emolumentos, honorários
periciais e quaisquer outras despesas. ART. 220. Qualquer pessoa poderá e o
servidor público deverá provocar a iniciativa do Ministério Público, prestando-lhe
informações sobre fatos que constituam objeto de ação civil, e indicando-lhe os
elementos de convicção. ART. 221. Se, no exercício de suas funções, os juízos e
tribunais tiverem conhecimento de fatos que possam ensejar a propositura de ação
civil, remeterão peças ao Ministério Público para as providências cabíveis. ART.
222. Para instruir a petição inicial, o interessado poderá requerer às autoridades

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competentes as certidões e informações que julgar necessárias, que serão
fornecidas no prazo de quinze dias. ART. 223. O Ministério Público poderá instaurar,
sob sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer pessoa, organismo
público ou particular, certidões, informações, exames ou perícias, no prazo que
assinalar, o qual não poderá ser inferior a dez dias úteis. § 1º Se o órgão do
Ministério Público, esgotadas todas as diligências, se convencer da inexistência de
fundamento para a propositura da ação cível, promoverá o arquivamento dos autos
do inquérito civil ou das peças informativas, fazendo-o fundamentadamente. § 2º Os
autos do inquérito civil ou as peças de informação arquivados serão remetidos, sob
pena de se incorrer em falta grave, no prazo de três dias, ao Conselho Superior do
Ministério Público. § 3º Até que seja homologada ou rejeitada a promoção de
arquivamento, em sessão do Conselho Superior do Ministério público, poderão as
associações legitimadas apresentar razões escritas ou documentos, que serão
juntados aos autos do inquérito ou anexados às peças de informação. § 4º A
promoção de arquivamento será submetida a exame e deliberação do Conselho
Superior do Ministério Público, conforme dispuser o seu regimento. § 5º Deixando o
Conselho Superior de homologar a promoção de arquivamento, designará, desde
logo, outro órgão do Ministério Público para o ajuizamento da ação. ART. 224.
Aplicam-se subsidiariamente, no que couber, as disposições da Lei n.º 7.347, de 24
de julho de 1985.

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APÊNDICES: MODELO CANVAS ESTRUTURA DO PROJETO

FIGURA 1:​ Canvas para montagem do projeto

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APÊNDICES: FOTOS INTERAÇÃO

FIGURA 2:​ Dia de atividade escoteiro Politécnico

FIGURA 3:​ Dia de atividade escoteiro Politécnico

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FIGURA 4:​ Dia de atividade escoteiro Politécnico

FIGURA 5:​ Dia de atividade escoteiro Politécnico

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