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Universidade Paulista – UNIP

Emilly de Oliveira da Silva


RA: 2044274

Projeto de Intervenção Profissional

Supervisor (a) Acadêmico (a) Supervisor (a) de Campo


assinatura e carimbo assinatura e carimbo

Tefé/Am
2022
Acadêmica: Emilly de Oliveira da Silva
Supervisora acadêmica: kátia Rejania da Cruz Cardoso
Supervisora de campo: Stephanne Brasiliana de Oliveira Rodrigues Sena

Curso de Serviço Social - EAD

Gravidez na Adolescência: Ações de conscientização no âmbito escolar.

Tefé/Am
2022
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1 APRESENTAÇÃO

A proposta de intervenção que será apresentada a seguir teve como base as


disciplinas do 6º período do curso de serviço social, mais especificamente surge a partir
da experiencia no campo de estágio, e de sua realidade, Centro de Referência
Especializado de Assistência Social (CREAS). Nesta atividade foi possível conviver
com varias realidades atendidas e trabalhadas pela instituição, das quais destaca-se a
violação sexual de crianças e adolescentes e gravidez na adolescência.
Essas problemáticas foram constantemente observadas nesse campo, ressaltando
a percepção da considerável demanda de casos de gravidez na adolescência atendidas
pela instituição. Percebeu-se que a situação em questão acometi adolescentes e até
crianças, por circunstâncias de diversas naturezas, gerando inúmeros transtornos e
problemas de várias ordens sociais. Notou-se que as ações referentes ao enfrentamento
desse problema ainda são insuficientes, principalmente em locais onde esse publico está
presente de forma grandiosa, como nas escolas, e em se tratando nas questões referentes
a orientação das adolescentes que se encontram gravidas.
Sendo assim, sentiu-se a necessidade de intervir nesse problema social com
ações pensadas e planejadas para atingir esse público em especifico, abordando e
orientando sobre questões pertinentes ao assunto gravidez na adolescência com o intuito
de reduzir e controlar o número de casos, informando e sensibilizando para essa
questão.
Intitulado “Gravidez na adolescência: ações de conscientização” o projeto de
intervenção busca por meio de palestras e oficinas abordar o assunto gravidez na
adolescência, os riscos, as consequências, os métodos de se evitar e todas as implicações
socias e para saúde que esse ato acometi, com os adolescentes.
As oficinas e palestras, com adolescentes, sobre a temática irão privilegiar uma
abordagem de escuta, acolhida, diálogo aberto sem julgamento e preconceito, difusão de
informações sobre a gravidez na adolescência, as transformações emocionais, corporais,
nos projetos profissionais, educacionais, na reorganização das rotinas, nas
responsabilidades com os cuidados e manutenção dos filhos, os impactos na dinâmica
familiar, entre outros aspectos.
Essas ações ocorrerão na própria instituição CREAS quanto em algumas escolas,
e abrangerá tanto os adolescentes atendidos pela instituição como o público dessa
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natureza que se encontra fora da mesma, inseridos nas escolas do território de


abrangência do CREAS.

2 JUSTIFICATIVA

A gravidez na adolescência tornou-se nos últimos tempos um grande problema


de saúde pública, pois apresenta sérias implicações de ordem biológica, familiar e
econômica que atinge o indivíduo isoladamente e a sociedade como um todo, limitando
ou adiando projetos de vida. O grande desafio é a prática sexual cada vez mais precoce
e sem prevenção. Na maioria das vezes, essas gravidezes ocorrem de forma não
planejadas e tornam-se indesejadas (BRASIL, 2010).
A falta de informação acaba acarretando uma gravidez indesejada que
desestabiliza toda família e ocasiona inúmeros problemas socias, nesse contexto é
fundamental a atuação do serviço social, onde através de um trabalho de orientação é
possível levar às adolescentes uma reflexão profunda a respeito das consequências e
riscos de uma gravidez precoce (GUIMARÃES, 2007).
A gravidez na adolescência leva os adolescentes a se depararem com uma
situação complexa, exigindo amadurecimento diante os problemas econômicos,
interrupção dos estudos, e essas complicações têm implicações para saúde publica e
torna-se uma vertente da questão social (SILVA, 2010). Trás ainda, uma série de
transtornos sociais e econômicos nos núcleos familiares onde ocorrem, o abandono da
escola, o empobrecimento da família e a exclusão dos adolescentes, inclusive do
mercado de trabalho (SANTOS, 2006).
Considera-se de grande relevância conhecer mais profundamente sobre essa
problemática tanto no ambiente municipal como nacional, identificando e trabalhando
com as populações mais vulneráveis aos efeitos negativos que a gravidez possa acarretar
tanto para a mãe quanto para criança. Dessa forma realizar ações que visem à
abordagem dessa temática, principalmente enfatizando a prevenção é muito relevante
(COSTA et al, 2011).
A prevenção da gravidez nessa etapa da vida deve envolver ações e intervenções
promovidas no âmbito familiar do adolescente e jovem, considerando ainda a
perspectiva dos seus territórios de vivência e as ofertas existentes em torno de serviços,
ações e programas (NETO, 2004).
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Nesse sentido, a atuação das várias políticas públicas na promoção de ações de


prevenção é necessária sobretudo quando considerados os diferentes contextos em que a
gravidez ocorre na adolescência. Em razão da fase da vida desses indivíduos, a escola
torna-se um espaço estratégico para a promoção de ações de informação e prevenção,
pois é onde as/os adolescentes passam boa parte do tempo (NETO, 2004).
Assim sendo, faz-se necessário utilizar a estrutura ofertada pelo CREAS e o
próprio espaço escolar para pleitear ações e estratégias que de fato promovam maior
conscientização por parte dos adolescentes, com vistas a redução do número de gravidez
nesta referida fase de vida para garantir que cada menina tenha o direito de viver
plenamente sua adolescência e desenvolver todo o seu potencial.

3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral

Desenvolver palestras e oficinas direcionadas para sensibilização dos


adolescentes sobre a gravidez precoce e demais temáticas abrangentes, no intuito de
reduzir a incidência de casos atendidos pelo CREAS e existente no município, bem
como proporcionar conhecimentos às gestantes, por meio de informações e temáticas
essenciais sobre a gravidez, dos cuidados no pré-natal e puerpério assegurando que os
direitos das adolescentes sejam efetivados e prevenindo sua violação.

3.2 OBJETIVO ESPECIFICO


 Sensibilizar os adolescentes atendidos pelo CREAS e escolas locais sobre os
ricos e consequências da gravidez na adolescência, bem como a importância da
realização da prevenção.
 Promover orientação sobre os cuidados e direitos referente ao processo de
gravidez para as adolescentes que se encontram gravidas.
 Abordar as doenças sexualmente transmissíveis.
 Informar sobre o papel do CREAS e Assistentes Sociais nessa perspectiva.
 Reduzir a incidência de casos dessa natureza no CREAS a partir da rede de
informações.
 Contribuir para amenizar o ciclo de exclusão social e demais situações de
vulnerabilidade que gera essa problemática.
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4 PÚBLICO ALVO

O projeto de intervenção visa atingir os adolescentes atendidos e acompanhados


pelo CREAS de Abaetetuba, assim como o público desta natureza que se encontra
inserido nas escolas do local de abrangência da referida instituição.

5 METAS A ATINGIR

Com as ações aqui propostas espera-se que os adolescentes estejam mais


informados a respeito do tema gravidez na adolescência, que se façam mais conscientes
no que diz respeito a pratica sexual segura. A partir da gravidez estabelecida, que
conheçam seus direitos, as medidas a serem tomadas, bem como onde recorrer em casos
de dúvida. Aproximar os adolescentes da realidade em questão para que estejam em
contato com direto com os riscos e consequências desse ato.
Espera-se que este projeto de intervenção possa contribuir de forma significativa
para redução da gravidez na adolescência, e consequente diminuição das
vulnerabilidades que esse grupo está exposto, além de permitir uma reflexão para os
mesmos acerca de toda problemática que envolve uma gravidez indesejada.

6 METODOLOGIA

As oficinas e palestras ocorrerão no Centro de Referência Especializado de


Assistência Social (CREAS) no Município de Abaetetuba e em algumas escolas que são
abrangidas pelo território de atuação do CREAS. Essas ações correrão duas vezes ao
mês, sendo uma no CREAS e uma nas instituições de ensino.
Para definição das escolas a receberem as ações será solicitado autorização junto
ao gestor da instituição educacional. Juntamente a este será definido dia e horário
pertinentes a realização, bem como um local apropriado para realização das ações e as
turmas que irão participar.
Para realização das ações no CREAS será marcado um encontro com a
responsável cabível, para delimitar dias e horários a serem concretizadas as ações. Visto
que, se contará com a contribuição e apoio da Assistente Social e psicóloga da
instituição no desenvolvimento das atividades propostas.
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As oficinas e palestras serão realizadas pela estagiaria, assistente social e


psicólogo da instituição, onde todos trabalharão de forma conjunta proporcionado apoio
nas conversas desenvolvidas com os adolescentes. Cada profissional abordará questões
especificas e também atuarão de forma conjunta e interativa, buscando sempre
dinamizar os encontros.
Para construção das palestras será organizada uma reunião com o psicólogo e
assistente social para definir todos os pontos a serem abordados nas palestras e oficinas,
para isso será buscado embasamento em bibliografias e órgãos sobre a temática a ser
abordada, essas consultas ocorrerão via internet.
Após esse levantamento será montado as apresentações em slide no programa
powerpoint, o conteúdo será voltado para a idade do publico em questão, será
trabalhado de forma dinamizada e construtiva, buscando sempre incentivar a
participação dos envolvidos. Para apresentação será utilizado data show e caixa de som,
para que seja possível trabalhar o conteúdo áudio visual.
A partir desse levantamento bibliográfico também será confeccionado material
didático em formato de folder, contendo algumas informações mais pertinentes sobre as
temáticas trabalhadas, estes serão compartilhados com os adolescentes e explorados
durante as ações.

7 RECURSOS HUMANOS

 Assistente social.
 Equipe CREAS
 Estagiaria em Serviço Social.
 Gestores das Escolas Estaduais e Municipais;

8 PARCEIROS OU INSTITUIÇÕES APOIADORAS


 Centro de Referência Especializada de Assistência Social.

9 AVALIAÇÃO

Para avaliar a eficiência do desenvolvimento das ações será observado a


participação e envolvimento do público nas ações propostas, de modo que, através das
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conversas estes adolescentes possam relatar sobre sua visão quanto ao assunto a partir
das palestras e oficinas, contribuindo com possíveis sugestões de mudanças, apontando
pontos positivos e negativos, expondo suas opiniões sobre as ações do projeto de
intervenção. Após essas analises avaliativas será montado um panorama sobre a
efetivação das ações desenvolvidas e compartilhada com a equipe técnica.

10 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

ATIVIDADES DURAÇÃO – ANO 2022

INICIO FINALIZAÇÃO

NOVEMBRO NOVEMBRO
Levantamento bibliográfico
Reunião com a equipe técnica NOVEMBRO NOVEMBRO
para definição de dias, horários
e seleção dos conteúdos a serem
abordados.
Construção das apresentações e NOVEMBRO NOVEMBRO
material didático.
Contato com os gestores das
escolas (apresentação da NOVEMBRO NOVEMBRO
proposta e solicitação de
autorização).
Início das ações no CREAS. DEZEMBRO DEZEMBRO

Início das ações nas Escolas. DEZEMBRO DEZEMBRO

Avaliação. DEZEMBRO DEZEMBRO

Analise e Divulgação dos DEZEMBRO DEZEMBRO


resultados.

11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


Atenção Básica. Caderno de Atenção Básica. n.26, p. 300 – Saúde Sexual e saúde
reprodutiva. Brasília, 2010.

COSTA, E. L.; SENA, M. C. F.; DIAS, A. Gravidez na adolescência - determinante


para prematuridade e baixo peso. Com. Ciências Saúde - 22 Sup 1:S183-S188, 2011.

GUIMARÃES, T. A.; WITTER, G. P. Gravidez na adolescência: conhecimentos e


prevenção entre jovens. UNICASTELO – Acad. Paul. Psicologia. v. 27 n. 2. São Paulo.
Dez. 2007.

SANTOS, M.M.J.F. Gravidez Precoce: matéria de capa. Estado de Minas. Belo


Horizonte, p. 4-5, 2006.

SILVA, V. C, et al. Gravidez na Adolescência em unidades de saúde pública no Brasil:


revisão integrativa da literatura. Revista Adolescência e Saúde. UERJ. V.7, n. 4, 2010.

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