Você está na página 1de 9

COLÉGIO STATUS

Helena dos Santos Wolschick


Lenita Morais Pires

POBREZA MENSTRUAL NAS ESCOLAS DE PERIFERIA EM CAMPO


GRANDE - MS

Campo Grande - MS
2023
Helena dos Santos Wolschick
Lenita Morais Pires

POBREZA MENSTRUAL NAS ESCOLA DE PERIFERIA EM CAMPO


GRANDE - MS

Relatório apresentado à Feira de Ciência e


Tecnologia de Campo Grande– Fecintec.

Orientador: Danielle Boin Borges


Coorientador (a): Mayara Santana Zanella

Campo Grande - MS
2023
RESUMO

A pobreza menstrual vai muito além da falta de condições de realização da higiene


menstrual de forma adequada, é a falta de saneamento básico, a dificuldade de acesso aos
absorventes, a escassez de educação menstrual e muito mais. Com esse trabalho busca-se
amenizar uma dessas problemáticas, por meio de rodas de conversa entre jovens que
menstruam, procurando neutralizar esse tabu. A área de pesquisa é voltada para os estudantes
de escolas periféricas que precisam de amparo e apoio. Um dos principais objetivos é
disponibilizar todo o material produzido nessa pesquisa para coletivos e ativistas que lutam
contra a pobreza menstrual para sempre atingir mais jovens. Na metodologia foram feitas
pesquisas aprofundadas de artigos científicos de confiança junto a análises de projetos de leis
e conversas com ativistas da causa, além de elaborar informativos autorais sobre os pilares da
pobreza menstrual e um jogo de tabuleiro. Os resultados esperados para o projeto são a
conscientização dos alunos das escolas, e ajuda na luta contra a pobreza menstrual, além disso
espera-se poder acudir aos que precisarem de amparo e responder as perguntas que forem
feitas na roda de conversa, também procura-se mostrar a esse público como menstruar não
deve ser tratado como um escrúpulo.

: palavra
Palavras-chave; absorvente; pobreza; menstruação; educação.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................

2. METODOLOGIA..............................................................................................................

3. DISCUSSÃO DE RESULTADOS....................................................................................

4. CONCLUSÃO....................................................................................................................

5. REFERÊNCIAS ...............................................................................................................
1. INTRODUÇÃO

Os tabus que logo encaminharam o preconceito em torno da menstruação transformam-


se em um obstáculo para alcançar à equidade de gênero, uma vez que, dificulta as
pessoas “menstruantes” para exercícios simples praticados no cotidiano. Esse fator
pode ser nomeado como pobreza menstrual. A pobreza menstrual vai além de não
apenas de acesso a itens básico de higiene, mas também às informações corretas -
educação menstrual-, a falta de saneamento básico, e o manejo de tudo o que pode ser
usado durante o período menstrual. No cenário tributário do estado de Mato Grosso do
Sul, temos atualmente os absorventes higiênicos que obtêm uma tributação média de
26,25% (JARA, 2022), entre impostos federais, sendo 1,65% de PIS e 7,6% de
COFINS, e alíquota de 17% do ICMS (JARA, 2022), imposto estadual. Absorvido
estas informações, nota-se que automaticamente os tão essências absorventes tornam-se
um item de luxo para pessoas que menstruam, colaborando assim para a evasão
escolar. Ainda assim, os projetos de lei que são aprovados no município de Campo
Grande ficam por pouco tempo em rigor, logo mais sendo vetado, dificultando cada
vez mais a luta contra a pobreza menstrual, desmerecendo esforços de coletivos que
lutam pela causa e políticas mulheres que diariamente lutam contra essa dificuldade.

2. METODOLOGIA

Para o desenvolvimento do trabalho foram usadas diversos materiais, um deles foi a


observação social em relação a pobreza menstrual no geral, mas principalmente focada em
escolas periféricas. Após essa análise houve uma observação e um estudo mais a fundo em
relação a esse problema socioeconômico e de saúde pública, assim projetando um plano de
pesquisa mais complexo e ativo. No esboço do trabalho ocorreram muitas leituras de
artigos de confiança de embasamento científico e uma pesquisa aprofundada de projetos de
lei, ativistas e grupos de defensores da mesma causa. Ao terminar essa parte teórica entrou
o momento de elaborar o projeto de forma prática, então começou a etapa de planejamento
para levar às escolas de periferia de Campo Grande-MS uma educadora menstrual, os
informativos autorais sobre os pilares da pobreza menstrual e o jogo de tabuleiro
educativo. O objetivo da tabula é mostrar, conscientizar e ensinar sobre a realidade de
diversas mulheres no país e situação em que vivem tudo isso de forma lúdica junto ao
apoio da educadora menstrual e das pesquisas feitas para a execução do trabalho.
Figura 1 – Imagem das meninas de uma escola estadual jogando o jogo autoral “Tabuleiro
sem Tabu”.
Fonte: Autoras, 2023.

Anterior a aplicação do jogo “Tabuleiro sem Tabu” obtivemos uma roda de conversa com
todas as meninas, falando sobre o corpo e como é biologicamente normal menstruar, que
não deve ser considerado vergonhoso menstruar e muito mais. Nesse bate papo
apresentamos dados e cuidados que devemos obter juntamente com a educadora menstrual.
3. DISCUSSÃO DE RESULTADOS

Como resultado percebemos uma conscientização sobre o que é pobreza menstrual, a


importância da educação menstrual, como a falta de pautas e investimentos estatais afeta as
pessoas "menstruantes" e as principais causas da pobreza menstrual nos dias de hoje. Com
isso em mente procura-se uma empatia e ajuda por parte da população em relação ao
assunto, assim a apoiar e lutar pela causa. Nas escolas busca-se amparar os estudantes e
conscientiza-los sobre como menstruar não deve ser considerado um escrúpulo, mas sim
que devia ser um tópico mais explorado principalmente entre quem menstrua, pois é algo
biológico e natural do ser humano. Ao levar o tabuleiro e a educadora menstrual até as
instituições de ensino da periferia consegimos ensinar de forma dinâmica para os jovens
sobre o ciclo menstrual e suas fases, além de auxiliar os que precisam de ajuda e
conhecimento sobre higiene ou outras possíveis perguntas recorrentes.

4. CONCLUSÃO

Pode-se concluir, portanto, a dificuldade que as pessoas que menstruam tem para falar de
suas experiências e como as mesmas escutam inúmeros "mitos", aumentando o número de
indivíduos que enxergam a menstruação como um problema ou um motivo de vergonha,
mesmo sendo algo biológico do corpo humano e que deve ser normalizado. Visto que é
uma questão de saúde pública, que pode causar a evasão escolar, e por consequência
diminuir as chances dos estudantes de fazerem bom proveito dos estudos. Toda via, as
políticas de saúde pública precisam ser mais abrangentes, para atingir os grupos mais
vulneráveis. Portanto, nota-se a necessidade de uma adaptação na área de investimento da
saúde e uma maior conscientização da população sobre pobreza menstrual e suas causas e
consequências por meio da educação menstrual.
5. REFERÊNCIAS

IBGE. Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar (PENSE). Rio de Janeiro: IBGE, 2015.
OMS.Organização Mundial da Saúde. 28 May: Menstrual Hygiene Day. Site da OMS,
2018.
Motta, MCC, Brito, MAPR. Pobreza Menstrual e a Tributação dos Absorventes.
Confluências revista interdisciplinar da sociologia e direito. 2022.
BAHIA, Leticia. Livre para menstruar: pobreza menstrual e a educação das meninas. 2021
CAMPO GRANDE. Projeto de Lei n° XXXX/21. Dispõe sobre as diretrizes para as ações
de Promoção da Dignidade Menstrual, de conscientização e informação sobre a
menstruação, o fornecimento de absorventes higiênicos e dá outras providências.
JARA, C .Absorventes higiênicos podem ter imposto reduzido em MS. 2022. Disponível
em https://camara.ms.gov.br/vereador-camilajara/absorventes-higienicos-podem-ter-
imposto-reduzido-em-ms/. Acessado em: 28/07/23

Você também pode gostar