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Projeto Pobreza Menstrual

“Segue o Fluxo”

Alunas: Katia Regina;


Kerolayne Lourrany;
Suelen Alves;
Verônica

Professora: Enf.: Pamela C. Mertens


Introdução

O que é pobreza menstrual?

O cenário atinge pessoas em vulnerabilidade nas comunidades, nas


ruas, nas prisões, onde muitas vezes o acesso à higiene básica não é
garantido, e tem um grande impacto principalmente entre os mais jovens.
Dados do Unicef revelam que 713 mil meninas brasileiras vivem sem
banheiro ou chuveiro em casa. Já um levantamento da marca Sempre Livre
mostra que 22% das jovens de 12 a 14 anos no Brasil não têm acesso a
produtos de higiene no período menstrual. Quando se trata de adolescentes
entre 15 e 17, o número sobe para 26%.

Com a falta de serviços básicos e sem condições de menstruar de


maneira digna, as consequências são diversas, desde riscos à saúde, até
prejuízos no dia a dia. No caso das jovens, os estudos principalmente
acabam sofrendo esse impacto. Segundo a pesquisa da Unicef, meninas
perdem até 45 dias de aula por ano por não conseguirem ter acesso à
higiene adequada durante a menstruação.

Quem pode comprar todos os meses os seus produtos menstruais


sem sentir um grande peso no bolso talvez não perceba o impacto que esse
gasto acumulado pode causar. A situação muda no caso de famílias que
tentam sobreviver com até R$ 246,00, como mostra uma pesquisa da
Fundação Getúlio Vargas (FGV). De acordo com o levantamento, em
fevereiro de 2021, o número de brasileiros abaixo da linha da pobreza
ultrapassou 27 milhões.

Ao longo da vida, pessoas que menstruam passam por cerca de 450


ciclos menstruais, o que significa uma média de 10.000 absorventes
utilizados durante a idade fértil. Estimando o valor médio de 60 centavos por
unidade de absorvente, o gasto total da menstruação giraria em torno de
6.000 reais.

No dia a dia, a vulnerabilidade faz com que essas pessoas recorram


a outras alternativas para conter o sangue menstrual, como panos velhos,
jornais, papel higiênico e até mesmo miolo de pão amassado. Os riscos
desse uso vão de alergias na região da vagina até infecções ginecológicas:
“Esses métodos inadequados podem acabar provocando desequilíbrios na
flora vaginal, levando a vulvovaginites, surgimento de infecções urinárias,
cistites, entre outros problemas graves”, explica Mariana Ferreira,
ginecologista do coletivo “NegreX” e da Rede Feminista de Ginecologistas e
Obstetras.

Por essas razões, desde 2014, o acesso a itens de higiene básica é


considerado uma questão de saúde pública e de direitos humanos pela
Organização das Nações Unidas (ONU). Frente ao desconhecimento que o
tema ainda gera, já está mais do que na hora de falar abertamente sobre
menstruação – seja nas salas de aula, em locais de vulnerabilidade, e, é
claro, no meio virtual.

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Mudando o cenário

Reconhecendo essa situação preocupante e a necessidade de


mobilização, iniciativas sociais dedicadas ao combate à pobreza menstrual
vêm ganhando mais visibilidade. Diversos grupos espalhados pelo Brasil
atuam pela democratização do acesso ao absorvente, para que deixe de ser
um “item de luxO.”

O conhecimento acaba sendo uma das formas mais importantes para


quebrar esse tabu. E as informações sobre o tema têm também chegado às
salas de aula.

A ideia de fundar o SEGUINDO O FLUXO surgiu quando uma das


alunas, katia regina,kerolayne lourrany, reuniu seus colegas de turma para
falar sobre o seu desejo de ajudar as meninas da escola advance que nao
tem acesso a itens considerados tão básicos em sua rotina.

Logo, todos se familiarizaram com a causa e, desde então, a ação


funciona da seguinte forma, pretendemos colocar a disposição das meninas
da instituição, uma caixa com absorventes nos banheiros femininos. A
logistica para arrecadação de absorventes, vai funcionar da seguinte forma,
tera uma caixa na entrada da secretaria da escola, com o intuiti de arrecadar
os absorventes, e quem fizer a doação tera minutos adicionados em seu
cartão de eventos.

Realizando esse trabalho voluntário, OS JOVENS também percebem


que a pobreza menstrual gera problemas complexos, além da falta de acesso
no dia a dia.

Os impactos ambientais

Garantir o acesso aos absorventes é o primeiro passo para combater


a pobreza menstrual. Mas quando falamos de menstruação, há também
outros prejuízos que estão interligados, como o impacto dos absorventes
descartáveis para o meio ambiente. A estimativa é que uma pessoa que
menstrua produz 3 quilos de lixo por ano ao utilizar esses itens, que podem
levar até 500 anos para se decompor na natureza. Por isso, a transição para
métodos mais sustentáveis, reutilizáveis e menos nocivos ao meio ambiente
tem sido incentivada. Exemplos disso são os absorventes de pano, o coletor
menstrual e as calcinhas absorventes.

No caso de quem não possui condições adequadas para lavar e


esterilizar os itens, as opções se tornam mais difíceis para aderir. Ainda há a
questão do custo inicial. Um coletor, por exemplo, geralmente é encontrado
na faixa entre os 70 e 100 reais. Os kits de calcinhas menstruais também

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costumam chegar a esses preços. Já os absorventes de pano podem variar
entre 20 reais e 50 reais, cada unidade.

A gratuidade dos absorventes já é uma realidade em outros locais do


mundo, como na Escócia, que se tornou em novembro de 2020 o 1º país do
mundo a liberar a distribuição dos produtos menstruais. Outros países
também possuem leis de acesso aos itens nas escolas, como a Inglaterra,
que aprovou a medida em janeiro de 2020, e algumas regiões nos Estados
Unidos.

O Brasil chegou perto dessa meta da gratuidade, mas ainda não


conseguiu avançar. No dia 14 de setembro, o Senado aprovou um projeto
para distribuição gratuita dos absorventes para estudantes dos ensinos
fundamental e médio, mulheres em situação vulnerável e presidiárias.

Entretanto, ao passar pela avaliação do presidente Jair Bolsonaro no


dia 7 de outubro, os artigos que estipulavam a entrega dos absorventes para
esses grupos foram vetados. Segundo Bolsonaro, o Congresso não previu
fonte de custeio para essas ações. Porém, o texto determina que o dinheiro
seria destinado pela União ao Sistema Único de Saúde (SUS) e pelo Fundo
Penitenciário Nacional, no caso das presidiárias.

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Mobilizadas em diferentes cantos do Brasil, nas redes, em escolas ou
entre grupos de amigos, cada uma das iniciativas apresentadas têm algo em
comum: a esperança. Conectando pessoas que decidiram estourar suas
bolhas de privilégios e reivindicar os direitos dos mais vulneráveis, projetos
como esses têm sido fio condutor no combate à pobreza menstrual.

Cada item doado e informação divulgada é um passo à frente em


direção a um futuro em que seja possível menstruar de maneira digna, livre
de estigmas, constrangimentos e, principalmente, onde o acesso não seja um
privilégio.

Custo
De acordo com uma pesquisa feita por uma marca de absorventes,
uma mulher usa, em média, 20 absorventes por ciclo. O custo médio de um
absorvente é R$ 0,60. Apesar de ser um item de higiene, os absorventes
ainda são categorizados como cosméticos, podendo ficar ainda mais caros. A
estimativa é que, ao longo da vida inteira, a mulher gaste entre R$ 3 mil e R$
6 mil em absorventes.

A escassez do produto leva a busca de materiais alternativos. De


acordo com pesquisa feita pela antropóloga Mirian Goldenberg, 80% das
mulheres que não tinham acesso ao item já usaram papel higiênico ou
roupas velhas. Além das adolescentes, mulheres em situação de rua ou
presidiárias não têm acesso a esses itens de higiene

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Uma em cada dez meninas no mundo deixam de ir à escola quando
estão menstruadas. No Brasil, estima-se que sejam uma em cada quatro.
Falta de condição financeira para comprar absorventes e de estruturas
sanitárias estão entre as causas do problema batizado de pobreza menstrual
e reconhecido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

A pobreza menstrual, como o nome já diz, tem a ver com pobreza no


sentido literal. É caracterizada pela falta de acesso a recursos, infraestrutura
e até conhecimento por parte de mulheres para cuidados que envolvam a
própria menstruação.

A pobreza menstrual, como o nome já diz, tem a ver com pobreza no


sentido literal. É caracterizada pela falta de acesso a recursos, infraestrutura
e até conhecimento por parte de mulheres para cuidados que envolvam a
própria menstruação.

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Questão de direitos humanos

Segundo a representante do Fundo de População das Nações


Unidas no Brasil (UNFPA, na sigla em inglês), Astrid Bant, a ausência de
condições sanitárias mínimas para que as mulheres possam gerenciar sua
menstruação é uma violação de direitos humanos e uma condição que
distancia o país do alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS), como o ODS 3, relacionado à saúde e ao bem-estar.

“Quando não permitimos que uma menina possa passar por esse
período de forma adequada, estamos violando sua dignidade. É urgente

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discutir meios de garantir a saúde menstrual, com a construção de políticas
públicas eficazes, distribuição gratuita de absorventes e uma educação
abrangente para que as meninas também conheçam seu corpo e o que
acontece com ele durante o ciclo menstrual”, afirmou em nota no site da
Unicef.

Mas como garantir dignidade menstrual quando falta dinheiro para


sobreviver?

A ideia veio depois de assistir ao documentário “Absorvendo o Tabu”


(Netflix), que mostra como indianas de um vilarejo rural sofrem com doenças
por usarem panos em vez de absorventes durante a menstruação. Sem
condições de lavar os panos adequadamente, eles se tornaram um campo de
bactérias, contaminando e levando muitas mulheres à morte – a face mais
cruel da pobreza menstrual.

Conclusão

Concluimos que com este projeto poderemos ajudar muitas mulheres


que, infelismnete sofrem com a dificuldade de não poder ter condições de
comprar o minimo para a higiene íntima, isso não inclui somente absorventes
e sim um pouco de qualidade de vida.

Muitas pessoas não tem condicoes financeiras de ter o minimo, como


absorventes, banheiro, água potável e saneamento básico.

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