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REDAÇÕES MODELO ANALISADAS NA JORNADA TOP30
01. Os desafios do combate à obesidade infantil no Brasil
02. A importância da prevenção ao suicídio no Brasil
03. A importância da redução do consumo de plástico pelo brasileiro
04. Como combater os crimes de pedofilia no Brasil?
05. A importância da leitura na infância
06. Os desafios do combate ao tabagismo entre os brasileiros
07. Os desafios do ensino a distância no Brasil
08. A contribuição da música para o aprendizado dos estudantes brasileiros
09. Os obstáculos da inclusão do autista no Brasil
10. O problema do consumo excessivo de açúcar pelo brasileiro
11. A importância das campanhas de vacinação no Brasil
12. O problema da alienação parental no Brasil
13. O poder de transformação social do esporte no Brasil
14. Caminhos para combater a depressão entre os brasileiros
15. HIV: um desafio para a saúde pública e para a sociedade
16. Os obstáculos para a democratização do saneamento básico no Brasil
17. Desafios da adoção no Brasil
18. Os obstáculos para a doação de sangue no Brasil
19. O papel da família na educação de crianças e de adolescentes no Brasil
20. A importância do trabalho voluntário em momentos de crise
21. O problema da ansiedade entre os jovens
22 Alternativas para combater a pirataria entre os brasileiros
23. O advento das informações falsas no Brasil contemporâneo
24. Os desafios da gestão do lixo no Brasil
25. Os desafios dos brasileiros na luta contra o câncer
26. O problema da cultura de transgressão às leis no Brasil
27. O problema do esgotamento profissional em questão no Brasil
28. As dificuldades de inclusão do idoso no mercado de trabalho
29. Os desafios para os profissionais das futuras gerações no Brasil
30. A importância da prática de atividades físicas para a saúde do brasileiro
31. Os desafios do deslocamento nas cidades em questão no Brasil
32. Por que o preconceito linguístico é um paradoxo no Brasil?
33. A perpetuação da cultura do "bullying" nas escolas brasileiras
TEMA - A importância do combate aos maus-tratos aos animais

A Declaração Universal dos Direitos dos Animais – promulgada em


1978 pela ONU — assegura às espécies domésticas e silvestres o tratamento com
dignidade e respeito. Entretanto, os frequentes casos de exploração impedem
que lhes sejam assegurados esses direitos na prática. Com efeito, não é razoável
que, mesmo a sociedade civil brasileira persista em negar direitos civis aos
animais.

Diante desse cenário, os maus tratos vão de encontro à legislação


nacional e internacional. A esse respeito, em 1961, o então presidente Jânio
Quadros promulgou a lei que proíbe expressamente o desenvolvimento de
competições baseadas na mutilação e na morte de galos, cachorros, pássaros —
conhecidas como rinhas. Entretanto, mesmo após a vigência da lei de Jânio,
ainda existem no país locais que utilizam animais para a diversão humana e os
submetem a condições degradantes, o que deve ser desconstruído sob pena de
prejuízos para a sociedade e a biodiversidade.

Ademais, o desrespeito aos animais pode colocar em risco o


equilíbrio ambiental. Nesse contexto, a Arara Azul — conhecida espécie em
extinção — alimenta-se das sementes da árvore Manduvi e faz seus ninhos na
cavidade do tronco dessa planta, cuja existência é importante à biodiversidade
do Pantanal. Ocorre que a retirada da Arara Azul do habitat natural coloca em
risco a perpetuação da própria ave, bem como interfere na dispersão das
sementes da Manduvi, o que é capaz de modificar negativamente a dinâmica das
espécies. Todavia, enquanto a exploração a animais se mantiver, o Brasil estará
impossibilitado de experimentar um dos direitos mais importantes assegurados
pelo artigo 225 da Carta Magna: o equilíbrio ambiental.

Portanto, para que o respeito aos animais seja, de fato, assegurado na


prática, a ONG WWF-Brasil, por meio de campanhas na mídia televisiva e na
internet, deve veicular breves documentários capazes de mostrar aos indivíduos
os prejuízos advindos da exploração às espécies silvestres, bem como repudiar
os maus tratos aos animais domésticos, com a finalidade de orientar a sociedade
civil a colocar em prática os direitos propostos pela ONU. Essa iniciativa da WWF-
Brasil é importante, porque problematizaria a função de entretenimento dos
animais, aumentaria sua valorização e colaboraria para que o respeito às espécies
deixasse de ser, no Brasil, um direito fragilizado.

Professor Vinícius Oliveira


TEMA – Crianças em situação de rua: como combater esse problema no Brasil?

O poema “O Bicho”, de Manuel Bandeira, narra uma cena ao mesmo tempo


cruel e comum: pessoas que vivem nas ruas e reviram o lixo para sobreviver.
Entretanto, episódios como esse se tornam ainda mais dramáticos quando são
crianças as protagonistas dessa situação de rua, o que torna urgente que se garanta
a dignidade humana e que se combata o individualismo.

Diante desse cenário, a ONU promulgou em 1948 a Declaração Universal dos


Direitos Humanos, segundo a qual todos os indivíduos fazem jus a condições de
humanidade. Todavia, a falta de moradia, de vestuário e de higiene, bem como a
carência de serviços básicos subtrai da infância a dignidade garantida pelas Nações
Unidas. Nesse viés, meninos e meninas que vivem em logradouros públicos são
marginalizados, o que colabora para a sua progressiva vulnerabilidade, ao contrário
do que prevê a legislação internacional. Dessa forma, é incoerente que, mesmo no
século XXI, as crianças sejam obrigadas a fazer das ruas o seu lar.

Ademais, a omissão da sociedade dá lugar a narrativas análogas ao poema


modernista. Nesse viés, Simone de Beauvoir — expoente filósofa francesa —
desenvolveu o conceito conhecido como invisibilidade social, que consiste na
estratégia racional de ignorar grupos em vulnerabilidade. Ocorre que o egoísmo
denunciado por Beauvoir aprofunda desigualdades sociais e é ainda mais cruel para
este grupo: as crianças em situação de rua, que, embora sejam obrigadas a trabalhar,
são incapazes de prover o próprio sustento. Assim, invisibilidade é sinônimo de
agressão e violenta diariamente meninos e meninas que foram impedidos de ter um
lar.

A moradia deve ser, portanto, uma garantia da infância, tal como defendem as
Nações Unidas. Nesse sentido, o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos
deve combater a vulnerabilidade infantil, por meio da confecção de um cadastro de
crianças em situação de rua e da oferta de casas-lares disponíveis para receber
meninos e meninas, com abrangência nacional e divulgação pela grande mídia. Essa
iniciativa teria a finalidade de garantir dignidade humana às crianças e dar
publicidade à carência sofrida por elas, de sorte que os indivíduos sejam
sensibilizados, deixem de ser omissos e, enfim, contribuam para que as crianças
deixem de protagonizar “O Bicho”, de Manuel Bandeira.

Professor Vinícius Oliveira


TEMA – Efeitos sociais da gravidez na adolescência em questão no Brasil

A Organização das Nações Unidas estabeleceu a data 26 de setembro


para ser o Dia Mundial de Combate à Gravidez na Adolescência e lançou
campanhas a serem aplicadas pelos países membros. Todavia, o Brasil não
possui estratégias para desestimular a gestação precoce, que representa
grave problema. Assim, os efeitos sociais dessa realidade têm como
consequência a evasão escolar e deixam claro o despreparo da sociedade
verde-amarela.
À vista desse problema, o abandono à escola para cuidar da gestação
precoce é um dos principais efeitos sociais sofridos pelas meninas. Nesse
sentido, Paulo Freire — expoente cientista da educação — desenvolveu a obra
“Pedagogia do Oprimido”, segundo a qual a escola é capaz de mudar a
realidade das pessoas e ampliar seus horizontes. Ora, as adolescentes que
engravidam e largam as salas de aulas estão impedidas de experimentar a
liberdade descrita por Freire e estarão fadadas a serem oprimidas pela
sociedade com baixos salários e com a dependência do marido, tal como é
denunciado no livro “Pedagogia do Oprimido”.
Inclusive, os altos índices de gravidez na adolescência equiparam o
Brasil a nações onde a exploração sexual é a regra. A esse respeito, a OMS fez
um levantamento dos níveis de gestação precoce e chegou à conclusão de
que o Afeganistão — local em que o casamento e o abuso infantil acontecem
livremente — possui 90 meninas grávidas a cada 1000. O Brasil, por sua vez,
aproxima-se do país islâmico segundo a Organização Mundial da Saúde, com
72 meninas gestantes, o que significa que a nação brasileira ainda vive em
grave retrocesso e está distante de ser considerada uma sociedade evoluída.
Há de se minimizar, portanto, os casos de gravidez precoce no Brasil.
Nesse viés, as escolas devem orientar meninos e meninas de 10 a 19 anos
acerca do momento adequado para o início da vida sexual, com foco no uso
de preservativos. Essa iniciativa poderia se chamar “Momento certo” e
aconteceria por meio de projetos pedagógicos, como aulas e palestras, a fim
de evitar os efeitos sociais negativos, como a evasão escolar. A partir dessas
ações, o Brasil deixará de estar próximo de nações com alto índice de gestação
precoce, e haverá redução dos níveis de gravidez em momento errado.
Professor Vinícius Oliveira
TEMA - O cidadão brasileiro valoriza a manutenção da saúde coletiva?

Em 1988, representantes do povo, reunidos em Assembleia


Constituinte estabeleceram o bem-estar e a vida saudável fundamentos
básicos e indispensáveis à dignidade humana. Todavia, substancial
parcela dos brasileiros se mostra incapaz de valorizar a saúde coletiva,
que seria fundamental para a manutenção do direito constitucional.
Com efeito, a solução do problema pressupõe que se respeitem as
campanhas de prevenção de doenças e que se fomente a cultura de
autocuidado.
Nesse sentido, a falta de adesão aos métodos de prevenção de
doenças inviabiliza a busca pela qualidade de vida. Nesse viés, a Revolta
da Vacina no começo do século XX representou a resistência da
sociedade da época às campanhas. Anos depois, nós reproduzimos o
mesmo comportamento retrógrado e colocamos a nossa própria
integridade em risco. Assim, é incoerente que, mesmo após décadas de
evolução científica, ainda sejam comuns o comportamento
antivacinação.
Ademais, a falta de cultura de autocuidado dificulta a
manutenção da saúde coletiva. Sobre isso, o conceito de "self-care",
vinculado inicialmente aos cuidados femininos, diz respeito à nossa
capacidade de perceber a necessidade de cuidados médicos
constantes. Ocorre que a nossa sociedade não tem, em regra, acesso a
médicos, a enfermeiros e a hospitais. Desse modo, não há como exigir
do brasileiro o costume da valorização da saúde coletiva se o contato
com os profissionais qualificados está restrito a quem pode pagar por
eles. Desse modo, enquanto a elitização se mantiver, os cidadãos serão
obrigados a conviver com este grave problema: a falta de cuidados com
a saúde.
Para que o direito ao bem-estar e à saúde seja, portanto,
realidade no país, o Ministério da Saúde deve, com eficácia, difundir
informações e sensibilizar a população, por meio de uma campanha na
mídia que alerte sobre os riscos da postura antivacinação e da falta de
autocuidado. Essa iniciativa poderia se chamar “Cuidar é o melhor
remédio”, seria composta de ações comunitárias, como eventos lúdicos
nas praças e locais públicos, e teria dupla finalidade: alertaria a
sociedade sobre a importância das vacinas e levaria o brasileiro a
valorizar, de fato, a saúde coletiva.

Professor Vinícius Oliveira


TEMA – O drama do desaparecimento de crianças no Brasil

A produção infantil “Procurando Nemo”, embora seja uma animação


lúdica, ilustra um sério problema presente entre os indivíduos fora da ficção:
o desaparecimento de pessoas. Com efeito, a situação se torna ainda mais
cruel quando as crianças protagonizam a triste história de Nemo. Nesse viés,
para que os sumiços não sejam uma regra, há de se desconstruir a omissão
estatal, bem como a indiferença da sociedade.
Nesse sentido, o enfrentamento do problema pelas autoridades
carece de agilidade. A esse respeito, os EUA instituíram uma ferramenta
chamada de Alerta Amber, capaz de disparar mensagens simultâneas em
todos os veículos midiáticos e de radiodifusão, o que potencializa as chances
de encontrar crianças sequestradas. Entretanto, o Brasil não possui
estratégias de combate imediato, ao contrário do que ocorre nos Estados
Unidos. Inclusive, até 2019, não havia sequer um cadastro que unificasse os
casos de desaparecimento infantil, o que evidencia o despreparo da polícia.
Assim, enquanto a omissão do Estado for a regra, pais e mães continuarão
órfãos dos próprios filhos.
Ademais, há quem se emocione com o sumiço de Nemo, mas seja
indiferente aos casos reais de crianças desaparecidas. Nesse sentido, o
UNICEF — órgão da ONU especializado em infância — defende que os
principais motivos para o rapto são o tráfico internacional de órgãos, a
exploração sexual e os trabalhos forçados. Ocorre que esse problema
denunciado pelas Nações Unidas não tem sido capaz de sensibilizar a
população brasileira, de sorte que ainda persiste a falta de empatia com
aqueles que tiveram seus filhos sequestrados. Nessa perspectiva, não há
como construir uma sociedade livre, justa e solidária sem o enfrentamento
coletivo ao desaparecimento de crianças.
O Brasil precisa, portanto, solucionar a cruel realidade de meninos e
meninas que são diariamente subtraídos de suas famílias. Para isso, a Polícia
Federal deve destinar tratamento mais célere aos casos, por meio de
estratégias eficazes de enfrentamento, como a criação de delegacias
especializadas e de um alarme que denuncie, em tempo real, o
desaparecimento de crianças. Essa iniciativa teria a finalidade de agilizar a
busca dentro das primeiras horas, bem como dar visibilidade nacional aos
casos, de sorte que a indiferença da sociedade seja convertida em auxílio
comunitário. Assim, a partir da mobilização social, meninos e meninas
deixarão, em breve, de ser protagonistas da angústia de Nemo.
Professor Vinícius Oliveira
TEMA – O problema da cultura do cancelamento e da hostilidade nas redes sociais

Em 2006, o mundo presenciava o surgimento do “Twitter”, um


microblog on-line, cujo objetivo era disseminar a maior quantidade de
informações de forma rápida a fim de potencializar a interação social.
Entretanto, a mídia social norte-americana possibilitou a ocorrência de um dos
mais sérios fenômenos da contemporaneidade: a cultura do cancelamento, que
representa grave problema, seja por fragilizar a dignidade humana das vítimas,
seja por evidenciar a maldade humana.

Diante desse cenário, a “hashtag” “MeToo” foi criada para denunciar


crimes de assédio e de exploração sexual, mas foi subvertida, já que os usuários
da rede passaram a criticar outros usuários cujas opiniões divergiam das suas.
Com efeito, a cultura do cancelamento é, hoje, um novo nome para um velho
problema: o discurso de ódio, que condena aqueles com posicionamentos
diferentes e fragiliza o direito à liberdade de expressão. Inclusive, os agentes do
discurso ofensivo se apoiam na aparente impunidade das redes sociais para
tecer os mais cruéis comentários, o que prejudica a dignidade humana e vai de
encontro ao Estado Democrático de Direito.

Inclusive, George Orwell desenvolveu a obra “1984” e ilustrou uma


sociedade hostil que, a cada dia, dedicava dois minutos diante da teletela para
xingar e agredir verbalmente os inimigos do Partido — movimento chamado de
“Dois minutos de ódio”. Fora da ficção, os usuários da rede reproduzem esse
mesmo comportamento do livro “1984” e se colocam diariamente diante das
telas dos “smartphones” para hostilizar outros indivíduos. Ocorre que, em vez
de criticar por apenas dois minutos, como narrou Orwell, as agressões ocorrem
por horas, por dias ou, até mesmo, por semanas. Assim, a cultura do
cancelamento evidencia uma das mais graves mazelas sociais: a maldade
humana.

As redes sociais precisam, portanto, valorizar a interação humana e não


o oposto. Nesse sentido, as escolas, cuja função é promover a cidadania, deve
contribuir para desestimular a agressão na internet, por meio de um projeto
pedagógico composto por palestras e oficinas, que receberiam o nome de
“Cancelamento mata”. Essa iniciativa teria a finalidade de mostrar os prejuízos à
dignidade humana e combater a maldade entre indivíduos de todas as faixas
etárias, de sorte que seja possível viver, em breve, em uma sociedade solidária,
justa e livre de qualquer cultura de hostilidade.

Professor Vinícius Oliveira


TEMA – O problema da superexposição nas redes sociais

Fundado em 2010, o Instagram tornou-se uma das maiores mídias de


compartilhamento de fotos e de vídeos do mundo. Embora tenha sido
criado para o entretenimento, a rede social de Zuckerberg potencializou um
grave problema comum no Brasil: a superexposição, motivada pela busca
excessiva por prestígio na internet e que torna possíveis os crimes
cibernéticos.
Diante desse cenário, a constante busca por prestígio nas mídias
sociais favorece a superexposição. A esse respeito, o filósofo francês Guy
Debord, em sua obra "Sociedade do Espetáculo", defende que as relações
sociais são medidas por imagens que podem oferecer falsa perfeição.
Nesse sentido, as fotos postadas nas redes sociais, em regra de forma
excessiva, confirmam o fenômeno denunciado por Debord e colaboram
para construir a necessidade de status. Ocorre que a superexposição pode
causar baixa autoestima e depressão naqueles que não alcançam a
perfeição imposta no ciberespaço.
Nesse sentido, a exposição excessiva favorece a ocorrência de
crimes. A esse respeito, o ex-presidente Getúlio Vargas saiu da vida para a
história com a criação do Código Penal brasileiro, que décadas depois
passou a tratar dos cibercrimes. Entretanto, embora haja punição para
aqueles que cometem delitos na web, o Código Penal ainda é incapaz de
coibir a ação de criminosos que se aproveitam das localizações e das fotos
postadas em tempo real nas redes. Inclusive, os delitos podem extrapolar o
universo digital e se manifestar de forma presencial, tal como os sequestros,
que poderiam ser evitados a partir do uso responsável das mídias.
Os excessos nas redes sociais devem, portanto, ser desconstruído
entre os brasileiros. Para isso, os indivíduos devem evitar a ultraexposição,
evitando nutrir a cultura de prestígio imposta nas mídias, e, principalmente,
não veiculando fotos íntimas e localizações, a fim de evitar problemas
comuns na contemporaneidade, como a baixa autoestima e os crimes
cibernéticos. Assim, a nação verde-amarela deixará de ser, enfim, uma
sociedade de espetáculo.

Professor Vinícius Oliveira


TEMA – O problema da violência contra os idosos no Brasil

Em 1909, Filippo Tommaso Marinetti — fundador da vanguarda


futurista –— divulgou o “Manifesto Futurista”: documento cujo conteúdo
estabelecia a destruição da memória passada e defendia não haver qualquer
beleza na velhice. Com efeito, a ideologia de Marinetti manifesta-se no
imaginário daqueles que praticam com violência contra os idosos, o que
representa grave problema social. Assim, para que a agressão dê lugar ao
respeito, há de se descontruir a indiferença da sociedade e a omissão do
Estado.

Diante desse cenário, a violência simbólica, embora não seja evidente,


afeta a dignidade humana da população senil. A esse respeito, na obra “A
Velhice”, Simone de Beauvoir — expoente escritora do século XX —
desenvolveu o conceito de invisibilidade social, que consiste na indiferença
crônica sofrida pelos idosos. Nesse viés, a Terceira Idade é agredida de forma
cruel quando não é percebida ou quando as suas necessidades não são
tratadas com atenção, o que manifesta na prática a invisibilidade denunciada
por Beauvoir. Desse modo, não é razoável que homens e mulheres ignorem a
existência daqueles cuja idade depende de atenção.

Nesse sentido, o silêncio do Estado permite a manutenção de posturas


cruéis contra a população sênior. Sobre isso, em 2003, foi sancionado o
Estatuto do Idoso, que prevê tratamento digno e isonômico, como a garantia
da integridade física e a proteção à discriminação. Todavia, poucas aplicações
práticas têm sido estendidas de fato aos lares dos brasileiros mais velhos, na
medida em que as cidades carecem de delegacias especializadas para acolher
denúncias de maus-tratos e de desrespeito, o que torna o Estatuto uma utopia.
Nesse sentido, enquanto a omissão estatal se mantiver, a população senil será
obrigada a conviver com uma das mais graves mazelas sociais: a violência.

É incoerente, portanto, que o Estado Democrático de Direito ceda lugar


à cruel ideologia de Marinetti. Para mitigar esse problema, o Poder Legislativo
deve combater a invisibilidade social acerca do tratamento à Terceira Idade e
garantir que essa parcela marginalizada receba as garantias previstas em seu
Estatuto. Isso ocorreria por meio da criação um projeto que se chamaria “Idoso
Visível” e que destinaria cuidados específicos, como atendimento psicológico
e delegacias especializadas no combate à violência contra os mais velhos. Essa
iniciativa teria a finalidade de garantir que o Brasil passe a ser, enfim, uma
sociedade justa, solidária e livre de toda forma de agressão aos idosos.

Professor Vinícius Oliveira


TEMA – O problema do desperdício de comida entre os brasileiros

Em 1988, representantes do povo, reunidos em Assembleia Constituinte


estabeleceram a alimentação como um fundamento básico e indispensável à
dignidade humana. Todavia, a persistência da fome no Brasil — motivada pelo
desperdício de comida — evidencia que a sociedade torna o direito
constitucional em uma utopia. Com efeito, há de se combater o consumo
irresponsável pelos indivíduos, bem como a omissão do Estado.

A respeito desse problema, a formação colonial exploratória e desigual


do Brasil contribuiu para que o excesso de alimento à mesa estivesse relacionado
ao sucesso, o que motiva o brasileiro a produzir mais comida do que é capaz de
consumir. Ocorre que a cultura imprópria do desperdício representa grave
mazela construída desde o século XVI, que poderia ser revertida em alimentação
para os 5,2 milhões de indivíduos que passam fome, segundo o IBGE (2018).
Nesse viés, é incoerente que o descarte de comida seja a regra em uma nação
majoritariamente pobre.

Ademais, o Estado se mostra omisso ao desperdício. A esse respeito,


segundo o filósofo John Locke, os indivíduos confiam suas necessidades no
Estado, que, em contrapartida, deve — ou deveria — garantir direitos básicos à
população, tal como a alimentação. Todavia, o Poder Público brasileiro, que
poderia reaproveitar a comida desperdiçada de bares e restaurantes, permanece
inerte e incapaz de cumprir a ideologia de Locke e oferecer o mínimo para
indivíduos marginalizados: as refeições básicas, indispensáveis para a
subsistência digna.

Para que o desperdício de comida deixe de ser realidade, os cidadãos, no


exercício do seu senso crítico, devem evitar o desperdício, por meio da cocção
planejada dos seus próprios alimentos, a fim de desestimular a cultura de fartura
e o descarte de comida. O Poder Executivo, por sua vez, precisa garantir as
refeições básicas daqueles que passam fome, regulamentando a distribuição das
comidas que sobram de bares e de restaurantes, o que atualmente é proibido.
Essa iniciativa desconstruiria a omissão do Estado e contribuiria para que o direito
à alimentação deixasse de ser, no Brasil, um privilégio.

Professor Vinícius Oliveira


TEMA – O que o Brasil precisa aprender para lidar com o novo Coronavírus?

Em 1988, foi criado o Sistema Único de Saúde com objetivo de garantir


que todos os brasileiros tivessem acesso a médicos e a hospitais. Todavia, a
pandemia da COVID-19 mostra que o SUS, embora seja o maior do mundo,
ainda apresenta fragilidades. Com efeito, o novo Coronavírus mostra que não
só o Estado precisa melhorar suas políticas públicas, assim como os indivíduos
devem ser mais responsáveis acerca da prevenção a doenças.

Nesse sentido, o pai do liberalismo político, John Locke, desenvolveu


o conceito conhecido como Contrato Social, segundo o qual os cidadãos
devem confiar nas autoridades públicas, que, em contrapartida, devem
garantir direitos naturais, dos quais a vida é o principal. Ora, durante a
pandemia da COVID-19, o Poder Público brasileiro, ao contrário do ideal de
Locke, tem sido incapaz de garantir a manutenção da vida de substancial
parcela da população. Inclusive, a enfermidade revelou ineficiências do SUS
que estavam ocultas e que devem, urgentemente, ser solucionadas.

Inclusive, o povo brasileiro precisa utilizar a experiência caótica com o


novo coronavírus para desenvolver uma prática que é – ou deveria ser – básica:
o autocuidado. Nesse viés, esse conceito, inicialmente relacionado à saúde
feminina, refere-se a atitudes individuais que podem garantir a manutenção
da saúde e, até mesmo, da própria vida. Entretanto, durante o período de
quarentena da COVID-19, houve indivíduos que frequentavam bares e praias
normalmente, o que facilitou a proliferação da doença respiratória. Assim,
enquanto a nação verde-amarela não perceber a relevância do autocuidado,
estará vulnerável a infecções tão ou mais graves do que a causada pelo
coronavírus.

Urge, portanto, que a sociedade brasileira, de fato, aprenda com a


pandemia. Nesse sentido, o Poder Legislativo precisa solucionar a crise do
SUS, por meio de investimentos em hospitais, como a ampliação de
emergência e a criação de novos leitos, a fim de garantir que o combate às
doenças seja eficaz. Os cidadãos, por sua vez, devem praticar o autocuidado,
por intermédio de ações simples, como o respeito à quarentena, bem como a
constante higiene das mãos. Essa iniciativa básica poderá evitar o colapso de
saúde pública e contribuir para que, em breve, a pandemia da COVID-19,
permaneça apenas na história.

Professor Vinícius Oliveira

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