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Sistema de Ensino A DISTÂNCIA


CURSO DE História licenciatura

ANTONIA GORETE DAMASCENO SOUSA

CONCEITO DE RAÇA

CAPANEMA/PA
2022
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ANTONIA GORETE DAMASCENO SOUSA

CONCEITO DE RAÇA

CAPANEMA/PA
2022
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................3

2 A POLITICA EDUCACIONAL DA EJA ; ASPECTOS HISTÓRICOS E SOCIAIS..4


2.1.1 AS DIRETRIZES CURICULARES E PEDAGÓGICAS DA EJA CONFORME A
LEGISLAÇÃO..............................................................................................................5
2.1.2 O ANALFABETISMO .......................................................................................5

3 PAPEL DO PROFESSOR......................................................................................6
3.1.1 MODALIDADE DE ENSINO ..............................................................................6

4 PAULO FREIRE, UM MARCO NA EDUCAÇÃO....................................................7

5 O DIREITO E AS POLÍTICAS PÚBLICAS .............................................................8


5.1.1 UMA EJA RELEVANTE.....................................................................................8

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................9

7 REFERÊNCIAS......................................................................................................10
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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo desenvolver o a análise


sobre o conceito de raça e propor uma discussão acerca da construção de
imaginário social que marca e estrutura a sociedade brasileira, americana e, quiça,
global, até os dias atuais. Com a aprovação da LDB 9394/96 e das Diretrizes
Curriculares Nacionais da Educação de jovens e adultos, parecer n° 11/2000, EJA é
caracterizada como modalidade da Educação básica correspondente ao
atendimento de jovens e adultos que não frequentaram ou não concluíram a
educação básica. Esses documentos trouxeram alterações e ampliações conceituais
produzidas desde o final da década de 1980, ao usar o termo Educação de Jovens e
Adultos para assinalar as ações anteriormente conhecidas como Ensino Supletivo .

Interessa-nos buscar elementos que contribuam para enfrentar os


desafios da consolidação da Educação de jovens e adultos trabalhadores como
direito de todos, preceito constitucional, e da Educação profissional também como
espaço de formação humana. Estas duas concepções, com as quais coadunamos,
encontram-se amplamente discutidas, entre autores no campo da EJA, não serão
aqui retomadas literalmente, mas cabe ressaltar que contribuíram para a análise dos
programas e para o tensionamento sobre os sentidos que produzirem em seu
contexto histórico.

Conclui-se nesse contexto, a heterogeneidade peculiar a esta


modalidade de ensino faz com que o espaço do diverso seja repleto de riqueza
social e cultural. Há aspectos que fazem desses estudantes seres ímpares que, por
meio de suas histórias de vida, de suas memórias e representações, preenchem o
cotidiano da Educação de Jovens e Adultos e, por sua vez, precisam ser
preenchidos por “escolas" e outros espaços que entendam as suas particularidades.
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2 A POLÍTICA EDUCACIONAL DA EJA: ASPECTOS HISTÓRICOS E


SOCIAIS

A história da Educação de Jovens e Adultos- EJA- no Brasil é permeada pela


trajetória de ações e programas destinados à Educação Básica e, em particular, aos
programas de alfabetização para o combate ao analfabetismo. Em algumas ações,
para o público jovem e adultos, embora não se constitua o objetivo principal, é
possível identificar também o incentivo à profissionalização, ainda que de forma
tímida. Por um lado, incentivo, -se a aprendizagem da leitura e escrita, para que os
jovens e os adultos pudessem exercer o seu “direito" de voto; por outro lado, o
estímulo à alfabetização veio acompanhado das novas exigências econômicas pela
aprendizagem dos elementos básicos rudimentares da cultura letrada.
Tendo como base a análise das políticas públicas em vigor nos
últimos dez anos, aprende-se que a EJA vem adquirindo uma nova identidade,
marcada pela qualificação profissional, em alguns casos, pela oferta de cursos
aligeirados, de curta duração e centralizados nos segmentos mais vitimados pelo
atual modelo de acumulação do capital (DI PIERRO, 2005). Esse nos conduz a
perceber a trajetória da EJA no Brasil com avanços e recuos no processo de
contradições da sociedade capitalista, impregnada pelas marcas da dualidade
estrutural.
O período de 1930 é marcado pela estruturação do Brasil urbano-
industrial que, sobrepondo-se às elites rurais, firmou uma nova configuração da
acumulação capitalista no país. Esse processo alterou significantemente, as
exigências referentes à formação, qualificação e diversificação da força de trabalho.
Em especial, adaptou-a psíquica e fisicamente às técnicas e à disciplina da fábrica,
para difundir uma concepção favorável a uma concepção de mundo atrelada às
novas exigências da acumulação do capital. Desse modo, cabia a elite brasileira,
permitir os patamares mínimos de educação todos entretanto, sem colocar em
risco o controle ideológico e o nível de exploração exercido sobre a classe
trabalhadora.
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2.1.1 AS DIRETRIZES CURRICULARES E PEDAGÓGICAS DA EJA, CONFORME


A LEGISLAÇÃO

A constituição Federal de 1988 trouxe significativas conquistas para as


políticas públicas na área da Educação, entre elas, no que se refere à EJA, a
garantia de educação para todos, independentemente da faixa etária, consolidando
a institucionalização dessa modalidade de ensino e expandindo o atendimento
escolar aos jovens e adultos. A menção à Educação de jovens e adultos está no
artigo 208: “ O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia
de:I – ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não
tiveram acesso na idade própria”.

A exigência curricular da Educação brasileira é fixada pela base nacional


comum. Os currículos devem abranger obrigatoriamente o estudo da língua
portuguesa da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade
social e política, especialmente do Brasil(Até.26 1° LDB 9394/96).

2.1.2 O ANALFABETISMO
O analfabetismo atinge mais as pessoas negras ou pardas, atingindo 9,9% do
total, enquanto entre os brancos o índice chega a 4,4% para os maiores de 15 anos;
entre os maiores de 60 anos, o índice de analfabetismo entre os negros e pardos
chega a 33%, ou seja, atinge 1 em cada 3 brasileiros deste segmento social.
As dimensões continentais do Brasil também constituem um desafio para a
implementação em condição de igualdade de projetos de Educação para jovens e
adultos (EJA) que auxiliem no combate ao analfabetismo. Há evidente disparidade
regional no que se refere a quantidade de pessoas analfabetas no país. O
analfabetismo funcional é também altamente prejudicial para os indivíduos e para a
sociedade como um todo, pois refere-se as pessoas que até conseguem ler ou
escrever frases ou bilhetes curtos, mas que têm evidente dificuldades para entender
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o significado daquilo que precisam ler e decodificar em sua existência.

3 O PAPEL DO PROFESSOR
O papel do professor na EJA- educação de jovens e adultos, é de
grande importância no processo de reingresso do aluno às turmas, é de suma
importância o perfil do docente no sucesso de aprendizagem do aluno adulto,
para muitos o professor é um modelo a seguir. O conhecimento modificar o
homem, assim considerar -se que a EJA- educação de jovens e adultos, é
capaz de mudar significativamente a vida de uma pessoa, traz oportunidades
para conviver em uma sociedade igualitária com direitos e também deveres.
No Brasil tem sido estratégia de exclusão da desigualdade social, a
realidade do aluno, é algo fundamental e deve ser conhecido pelo professor,
em especial aquele que leciona para essa modalidade de ensino. Os
educadores que se comprometem com a Educação de Jovens e Adultos, tem
que possuir consciência da necessidade de buscar mecanismos, métodos
incessantemente cada vez mais relacionados à realidade do público que
estão trabalhando, inserindo no currículo a realidade do aluno , como destaca
esse pensador; “ não há razão para se envergonhar por desconhecer algo,
testemunhar a abertura dos outros , disponibilidade curiosa à vida, a seus
desafios, são saberes necessários à prática educativa” (FREIRE, 1999, p.
153)

3.1.1 MODALIDADE DE ENSINO


A educação de jovens e adultos, EJA, é uma modalidade do ensino
fundamental e do ensino médio, que possibilita a oportunidade para muitas pessoas
que não tiveram acesso ao conhecimento científico em idade própria dando
oportunidade para jovens e adultos iniciar e/ ou da continuidade aos seus estudos,
portanto uma modalidade de ensino que visa garantir um direito aqueles que foram
excluídos dos bancos escolares ou que não tiveram oportunidade de acessá-los.
Onde se investe em educação é notória a contribuição do crescimento econômico do
desenvolvimento social e cultural da sociedade e país.
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4 PAULO FREIRE, UM MARCO NA EDUCAÇÃO

No que diz respeito ao educador paulo Freire e sua obra, cabe-nos


considerar a importância de sua perspectiva, em que pese à Educação como
instrumento de mudança social. Sob essa perspectiva, para Freire, a educação deve
visar sempre à libertação, à transformação radical da realidade, para torná-la mais
humana, permitindo assim que homens e mulheres sejam vistos e reconhecidos
como sujeitos de sua história e não como meros objetos. A educação, na sua visão
mais ampla, deve possibilitar a leitura crítica do mundo. Em relação ao papel da
Educação, para Paulo Freire ( 2002,p.72) A alfabetização é mais que o simples
domínio mecânico de técnicas para escrever e ler.

Em consonância com o que foi dito, Freire sempre demonstrou uma


preocupação em relação a uma aprendizagem significativa, em toda sua discussão
em relação à escolarização do aluno jovem e adulto, Freire enfatizou a importância
de associar o aprendizado da leitura e da escrita à revisão profunda nos modos de
conceber o mundo e nas disposições dos jovens e adultos para tomar nas mãos o
próprio destino.

Ao se abordar o tema da Educação no Brasil, é principalmente da


Educação de Jovens e Adultos, não é demasia salientar, que a perspectiva da
Educação brasileira, não seria a mesma sem a ótica social de Freire. Convém notar
que o educador criou uma proposta para a alfabetização de adultos que inspira até
os dias de hoje diversos programas de alfabetização e educação popular, desde o
Centro de Cultura Dona Olegarinha, berço do método Paulo Freire, nos anos 60.
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5 O DIREITO À EDUCAÇÃO E AS POLÍTICAS PÚBLICAS

A educação de Jovens e Adultos (EJA) é a modalidade de ensino destinada a


garantir os direitos educativos dessa numerosas população com 15 anos ou mais
que não teve acesso ou interrompeu estudos antes de concluir a Educação Básica.
Conforme assinala Oliveira (1999), a modalidade não é definida propriamente pelo
recorte etário ou geracional, é sim pela condição de exclusão socioeconômica,
cultural e educacional da parcela da população que constitui seu público-alvo.

As necessidades e condições de aprendizagem singulares desses jovens e


adultos são reconhecidas pela legislação, que prevê a oferta regular de ensino
noturno, a contextualização do currículo e das metodologias, é uma organização
flexível, observado o princípio da aceleração de estudos e a possibilidade de
certificação por meio de exames. A constituição de 1988 é a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996 previram, inicialmente, o direito dos
jovens e adultos ao ensino Fundamental, obrigando sua oferta regular pelos poderes
públicos. E a emenda Constitucional n° 59 de 2009 ampliou esse ao ensino médio.

5.1.1 UMA EJA MAIS RELEVANTE


Compromisso , entusiasmo e competência são ingredientes necessários à
equipes pedagógicas em qualquer modalidade do ensino, mas o impacto de sua
atuação depende em grande medida das condições em que realizam o trabalho
educativo. Instalações físicas e financiamentos adequados, valorização dos
profissionais e assistência aos estudantes com alimentação, transporte e material
são pré-requesitos para uma EJA mais relevante. Apesar de óbvias, essas
condições merecem atenção, tendo em vista a precariedade de alguns serviços
educativos.
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Registros de escolas inovadoras apontam que a superação dos impasses


já mencionados passa pela experimentação de formas de organização mais
flexíveis e de qualidade, que rondam com paradigma compensatório que inspirou
o Ensino Supletivo , articuladas com outras políticas sociais e de
desenvolvimento.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste presente trabalho, a pesquisa proposta como objetivo geral, buscou um


conjunto de elementos acerca da escolarização de Jovens e Adultos analfabetos ou
com baixa escolarização. Percebe-se que a educação de jovens e adultos,
historicamente, tem papel secundário no cenário da Educação brasileira, impulsiona-
nos, como educadores, a compreendê-la, para melhor contribuir para a reversão
desse quadro, assim como para dar-lhe visibilidade.

Além disso, cada fase histórica correspondeu um mínimo, gradativamente


alargado e mais complexo de conhecimentos, não apenas por necessidade da
produção e da sociabilidade como em decorrência das lutas dos trabalhadores, em
um processo marcado pelas contradições inerentes à própria organização societária.
Um princípio, entretanto, manteve-se inalterado e fundamental às forças
dominantes: manter sob controle as condições de acesso ao conhecimento, para
assegurar seu poder.

Para Arroyo(2007) a EJA tem que ser uma modalidade de educação para
sujeitos concretos , em contextos concretos, com histórias concretas, com
configurações concretas. Sendo que, qualquer tentativa de diluí-los em categorias
amplas, os desfiguram. Para o autor, nos últimos anos foram tempos de deixar mais
recortadas essas configurações de concepção de jovem e adulto.

A inclusão da EJA na legislação configura -se como uma opção política que
precisa ser legitimada pela prática pedagógica. Vale lembrar que a legislação prevê
como forma de oferta da EJA os cursos e exames. Portanto, na base da organização
e da orientação do trabalho pedagógico na EJA, na base da organização e da
orientação do trabalho pedagógico na EJA, está o desafio de desenvolver processos
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de formação humana, articulados a contextos sócios- históricos, afim de que se


reverta à exclusão e se garanta aos jovens e adultos, o acesso, a permanência e o
sucesso no início ou no retorno desses sujeitos à escolarização básica como direito
fundamental.

7 REFERÊNCIAS

“ Da educação de jovens e adultos “ disponível em


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm acesso em 05 de Maio de 2021.

“ Avaliação formativa prática em construção “ disponível em ;


http://www.ppe.uem.br/publicacoes/seminario_ppe_2013/trabalhos/co_03/79.pdf .
Acesso em 05 de Maio de 2021.

“ trajetória da escolarização de Jovens e Adultos no Brasil: de plataformas de


governo a propostas pedagógicas esvaziadas “ . Disponível em
http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v18n67/a11v1867. Acesso em 05 de Maio de 2021.

https://educacaopublica.cecierj.edu.br/ . Acesso em 04 de Maio de 2021

https://m.monografias.brasilescola.uol.com.br/a acesso em 04 de maio 2021

“Breve história sobre a educação de Jovens e Adultos no Brasil “ . Disponível em


https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8639689/7256 .
Acesso em 05 de Maio de 2021.

“ Analfabetismo no Brasil; configuração e génese das desigualdades regionais” .


Disponível em ; https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/25401/14733.
Acesso em 04 de Maio de 2021.

https://www.pedagogia.com.br/artigos/as_praticas_educativas/# Acesso em 05 de
Maio de 2021.

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