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TÓPICOS EM

EDUCAÇÃO I
ESTRUTURA E
FUNCIONAMENTO DO
ENSINO NO BRASIL
APRESEN TAÇÃO
A terceira etapa configura um estudo sobre a estrutura e o funcionamento
do ensino contemporâneo no Brasil. Nesta etapa, vamos abordar a função da
escola enquanto espaço de socialização e aquisição de saberes; os sistemas
escolares e sua respectiva organização; a lei que regulamenta a educação no
país e os conselhos escolares enquanto órgãos deliberativos que visam auxiliar
na organização de uma educação de qualidade. Vamos também refletir sobre
o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica e sua função enquanto
indicador de qualidade da aprendizagem escolar e a compreensão da escola
como difusora e mantenedora da condição cidadã do indivíduo.

Para obter este aprendizado, você terá à sua disposição uma apostila,
um objeto de aprendizagem como interação do conteúdo, e ainda, algumas
questões para que perceba o avanço de seu aprendizado.

Caso tenha alguma dúvida, entre em contato com a Tutoria Interna,


através do link TIRE SUAS DÚVIDAS, que se encontra no próprio ambiente
do Curso.

Vamos começar?

Bom estudo!

Organização
Reitor da Pró-Reitora do EAD Edição Gráfica
Tania Cordova UNIASSELVI e Revisão
Equipe Tutoria Interna Prof.ª Francieli Stano
de Pedagogia Prof. Hermínio Kloch Torres UNIASSELVI
.03
ESTRUTURA E
FUNCIONAMENTO DO
ENSINO NO BRASIL
1 A ESCOLA: ESPAÇO DO ENSINO FORMAL
Iniciamos nossos estudos, adentrando o universo organizacional do
sistema de Ensino no Brasil tendo como cenário a instituição Escola.

Prezado(a) acadêmico(a), você já refletiu sobre o papel da escola no


contexto social? Qual a sua representação na vida do indivíduo? Vamos
refletir sobre a função e a organização da Escola?

Segundo Kuroski (2008), a escola é a instituição social que torna possível


o acesso ao saber sistematizado. É local de construção, sistematização,
apropriação e socialização do conhecimento. Ao mesmo tempo, também é
local da pluralidade de ideias, valores e diferentes formas de se expressar. Está
inserida num contexto socioeconômico cultural e reflete as tensões sociais,
políticas, históricas de um determinado momento. Ou seja, a escola não é um
espaço neutro, ela representa a ideologia de uma determinada classe social
inserida em um determinado momento histórico.

A escola faz parte de um sistema de ensino e está sujeita a um conjunto de


leis que orientam e normatizam o seu trabalho nas dimensões: administrativa,
pedagógica e jurídica. No Brasil, o conjunto de normas que rege o sistema de
ensino é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96),
também denominada de LDB.

1.1 SISTEMA ESCOLAR


A escola integra o sistema escolar, que compreende uma rede de
escolas e sua estrutura de sustentação, e tem como objetivo proporcionar os
conhecimentos necessários ao aluno para que esse possa se reconhecer como

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parte integral da sociedade, com suas responsabilidades sociais, econômicas,
civis e políticas. Nesse aspecto, o sistema escolar é entendido como um
conjunto de escolas (instituições de ensino formal) e estrutura de sustentação
(administração, elementos não materiais, entidades mantenedoras), que
assistem o sujeito desde a infância até a maturidade.

O sistema escolar configura-se num sistema aberto, pois apresenta


um movimento constante de entrada (Input - da sociedade para o sistema
escolar) e saída (Output – do sistema escolar para a sociedade), de elementos
que visam proporcionar a educação formal, dando um caráter intencional e
sistemático, priorizando o desenvolvimento intelectual, mas não descuidando
dos aspectos: físico, emocional, moral e social do educando (KUROSKI, 2008).

Em relação ao sistema escolar, considera-se que:

• Todo sistema escolar tem como objetivo cumprir uma função social.
• Trabalha para o desenvolvimento da sociedade.
• Mobiliza recursos: humanos (professores, técnicos, especialistas, entre
outros), financeiros (indispensável para o desenvolvimento do sistema) e
materiais (mobiliário, de expediente, didático, entre outros).

O sistema escolar estrutura-se a partir de duas dimensões:

• A vertical – representa os níveis de escolarização.


• A Horizontal – representa as diferentes modalidades de ensino.

Na dimensão vertical, a organização se dá a partir dos níveis de


escolarização. São eles:

• Educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e


ensino médio.
• Educação superior.

Na dimensão horizontal, a LDB divide o ensino em níveis e modalidades.


Dentro das modalidades, podemos encontrar:

• Educação de Jovens e Adultos.


• Educação Indígena.
• Educação a Distância.
• Educação Especial.
• Educação Profissional e Tecnológica.
• Educação Ambiental.

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A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996) institui
em seu Artigo 22, que a Educação Básica “tem por finalidade desenvolver o
educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício
da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos
posteriores”. Ela pode ser oferecida no ensino regular e nas modalidades de
educação de jovens e adultos, educação especial e educação profissional,
sendo que esta última pode ser também uma modalidade da educação
superior.

A primeira etapa da educação básica é a educação infantil que tem como


finalidade o “desenvolvimento integral da criança até os cinco anos de idade,
em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a
ação da família e da comunidade” (Art. 29, BRASIL, 1996). A educação infantil
é oferecida em creches, para crianças de zero a três anos de idade, e pré-
escolas, para crianças de quatro a cinco anos. Observe estas informações
organizadas no quadro.

QUADRO 1 – EDUCAÇÃO INFANTIL


4a5

Pré-escola
Idade

Educação Infantil
0a3

Creche

FONTE: A autora

A segunda etapa da Educação Básica é o ensino fundamental, cujo


objetivo maior é a formação básica do cidadão. Tem duração de nove anos
e é obrigatório e gratuito na escola pública a partir dos seis anos de idade.
A oferta do ensino fundamental deve ser gratuita também aos que a ele não
tiveram acesso na idade própria, isto é, deve ser oferecida na modalidade de
Educação de Jovens e adultos e na modalidade de Educação Especial.

QUADRO 2 – ENSINO FUNDAMENTAL


6

a
o 9
s
Duração

a
Idade

1 Ensino Fundamental n
4 o
s
a
n
o
s
FONTE: A autora

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O ensino médio, etapa final da educação básica, objetiva a consolidação
e aprofundamento dos objetivos adquiridos no ensino fundamental. Tem a
duração mínima de três anos, com ingresso a partir dos quinze anos de idade.
A LDB assegura a esse nível de educação a possibilidade de se integrar com a
profissionalização, ao prever que o ensino médio, atendida a formação geral
do educando, poderá prepará-lo para o exercício de profissões técnicas (Art.
36, BRASIL, 1996).

QUADRO 3 – ENSINO MÉDIO

Educação Profissional:
Tem por objetivo capacitar jovens e adultos
para o exercício de atividades produtivas,
podendo ser desenvolvida em escolas do
duração
15 anos

3 anos
ensino regular, em instituições especializadas
Idade

Ensino Médio ou no ambiente de trabalho.

Educação de Jovens e Adultos


Idade mínima: 18 anos
FONTE: A autora

Em 1998 foi implantado o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)


com o objetivo de avaliar o desempenho do aluno ao término deste nível da
Educação Básica, para mensurar e aferir o desenvolvimento das competências
necessárias ao exercício da cidadania.

A aplicação do ENEM é anual e abrange as várias áreas do conhecimento


em que se organiza o currículo para o Ensino Médio. Configura-se em uma
estratégia para o acesso ao ensino superior, pois muitas instituições de ensino
têm utilizado os resultados obtidos nesta avaliação nos processos seletivos,
para ingresso nos cursos disponibilizados.

No que diz respeito às modalidades de ensino que permeiam os níveis


da Educação Básica, destacamos:

• Educação Especial – oferecida, preferencialmente, na rede regular de ensino,


para educandos com necessidades especiais.

• Educação de Jovens e Adultos – destinada àqueles que não tiveram acesso


ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade
própria.

• Educação Profissional – integrada às diferentes formas de educação, ao


trabalho, à ciência e à tecnologia, conduz ao desenvolvimento de aptidões
para a vida produtiva. É destinada ao aluno matriculado ou egresso do
ensino fundamental, médio e superior.

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• E d u c a ç ã o I n d í g e n a – v i s a d e s e nv o l v e r, o r i e n t a r e a c o m p a n h a r o
desenvolvimento de programas, ações e políticas educacionais voltadas
para as comunidades indígenas. De acordo com a LDB, o objetivo desta
modalidade é:

I – proporcionar aos índios, suas comunidades e povos, a recuperação de suas


memórias históricas; a reafirmação de suas identidades étnicas; a valorização
de suas línguas e ciências;
II – garantir aos índios, suas comunidades e povos, o acesso às informações,
conhecimentos técnicos e científicos da sociedade nacional e demais
sociedades indígenas e não índias. (Art. 78, BRASIL, 1996).

• Educação Ambiental - Em 1999, foi sancionada a Lei nº 9.795, que instituiu


a Política Nacional de Educação Ambiental, concomitante a lei, foi criado o
Parâmetro Curricular Nacional de Educação Ambiental, guia de orientações
metodológicas desenvolvido para formação de educadores. Esta modalidade
visa construir um processo permanente de consciência ambiental na
sociedade brasileira. Em relação ao Ensino Superior, é constituído pelos
cursos de bacharelado, licenciatura e tecnólogo. As instituições de Ensino
Superior no Brasil podem ser identificadas de acordo com a sua organização
acadêmica (definidas em lei, Decreto nº 3.860, de 9 de julho de 2001), em:

• Universidades
• Centros universitários
• Faculdades e Faculdades integradas
• Institutos e escolas superiores
• Centros de educação tecnológica

O Artigo 43 da Lei nº 9.394/96 (BRASIL, 1996) estabelece que a educação


superior tem por finalidade:

I. Estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e


do pensamento reflexivo.

II. Formar diplomados, nas diferentes áreas do conhecimento, aptos para a


inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento
da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.

III. Incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o


desenvolvimento da ciência e da tecnologia e, ainda, da criação e difusão
da cultura e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do
meio em que vive.

IV. Promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos


que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através
do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação.

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V. Suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e
possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos
que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do
conhecimento de cada geração.

VI. Estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em


particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à
comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade.

VII. Promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão


das conquistas e benefícios da criação cultural e da pesquisa científica e
tecnológica geradas na instituição.

Atendendo a esses objetivos, a educação superior no Brasil é oferecida


em instituições de Ensino Superior, pública ou privada.

A LDB, como já mencionado, norteia a estrutura e o funcionamento


da educação no país em todos os níveis. Esta lei continuará perpassando as
nossas reflexões no próximo item.

2 LEI Nº 9.394/96 – DIRETRIZES DA EDUCAÇÃO NACIONAL


Caro(a) acadêmico(a)! Em diversos momentos do tópico anterior
mencionamos a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº
9.394/96), também denominada de LDB. Vamos nesse tópico entender a
função desta lei?

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional é a lei que determina


os fins da educação no país. O alcance desta lei se dá na esfera do ensino
formal, ficando fora de seu alcance todas as iniciativas de ensino livre e outras
ações que não estejam vinculados à administração dos sistemas de ensino.

Atenção: Prezado(a) acadêmico(a)! Destacamos que os sistemas educacionais


não formais estão vinculados às instituições socialmente reconhecidas como:
família, igreja, mídia, partidos políticos, associações. Estes sistemas se estruturam
basicamente nas relações interpessoais travadas no cotidiano de cada indivíduo e se
pautam no senso comum, no conhecimento ou cultura popular, nas interpretações,
nas deduções que o homem faz das coisas e sobre as coisas, dos acontecimentos
da sua vivência.

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A LDB atende às orientações da Constituição Federal. Em 1988, logo após
a promulgação da Constituição, deu-se início ao Projeto de Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional concluído e transformado em lei, em 20 de
dezembro de 1996.

Esta lei configura-se num marco da universalização do acesso das


crianças à escola por proporcionar a ampliação dos anos de escolaridade para
além do ensino fundamental. Ou seja, a Lei nº 9394/96 altera a configuração
de ensino ao implantar uma mudança na estruturação dos níveis de ensino,
que passaram de três (Ensino de 1º Grau, Ensino de 2º Grau e Ensino Superior)
para dois: Educação Básica e o Ensino Superior. Destaca-se a incorporação
da Educação Infantil e a extensão progressiva da obrigatoriedade do Ensino
Médio.

A LDB traça os princípios de ensino que norteiam a estrutura e


funcionamento das escolas no Brasil evidenciados no Art. 3º da LDB (BRASIl,
1996), são eles:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o


pensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;

V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

VII - valorização do profissional da educação escolar;

VIII - g estão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação


dos sistemas de ensino;

IX - garantia de padrão de qualidade;

X - valorização da experiência extraescolar;

XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

Já no Art. 4º desta Lei (BRASIL, 1996), são definidos os deveres do Estado


com a educação escolar, instituindo a obrigatoriedade de matrícula, a garantia
do acesso, a qualidade no ensino e a gratuidade na escola pública:

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I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele
não tiveram acesso na idade própria;

II - universalização do ensino médio gratuito; (redação reformulada pela Lei


nº 12.061, de 2009)

III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com


necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino;

IV - atendimento gratuito em creches e pré-escolas às crianças de zero a


seis anos de idade;

V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação


artística, segundo a capacidade de cada um;

VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;

VII - o fe r ta d e e d u c a ç ã o e s c ol a r re g u l a r pa ra j ove n s e a d u l to s , c o m
características e modalidades adequadas às suas necessidades e
disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições
de acesso e permanência na escola;

VIII - a tendimento ao educando, no ensino fundamental público, por meio


de programas suplementares de material didático-escolar, transporte,
alimentação e assistência à saúde;

IX - padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade


e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao
desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem;

X - vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental


mais próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que
completar 4 (quatro) anos de idade. (Incluído pela Lei nº 11.700, de 2008).

O texto da LDB vem sofrendo alterações nas suas disposições iniciais.


Essas alterações são importantes, caro(a) acadêmico(a), pois elas denotam
preocupações com a estrutura e a qualidade do ensino. Entre as alterações
incorporadas à LDB, destacam-se:

• Lei nº 10.436/2002 – prevê a obrigatoriedade do ensino de libras nos cursos


de licenciatura.

• Lei nº 10.639/2003 – inclui a História e Cultura afro-brasileira no Ensino


Fundamental e Médio.

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• Lei nº 11.114/2005 – altera Art. 6 e 32 da LDB, para tornar obrigatória a
matrícula das crianças de seis anos de idade no ensino fundamental.

• Lei nº 11.274 de 2006 – altera os artigos 29, 30, 32 e 87 da LDB, ampliando


a duração do ensino fundamental de 8 para 9 anos.

• Emenda constitucional nº 59, de 11 de novembro de 2009 – amplia a


obrigatoriedade e a gratuidade da educação básica dos 4 aos 17 anos de
idade.

• Lei nº 12.061 de 2009 – assegura o ensino fundamental e oferece, com


prioridade, o ensino médio a todos que o demandarem, respeitando o
disposto no art. 38 da LDB.

O texto da LDB assegura direitos à educabilidade com vistas a formar o


cidadão corresponsável pelo seu papel na sociedade em que está inserido.

Na esfera do poder executivo, a educação é de responsabilidade da União,


dos Estados e dos Municípios, todavia há incumbências que dizem respeito
a cada uma destas esferas. Vamos compreendê-las?

No âmbito do poder da União, o sistema federal é responsável pelas


escolas federais, escolas particulares de ensino superior e órgãos federais.
Suas atribuições dizem respeito à:

• elaboração do Plano Nacional de Educação, em colaboração com os Estados,


Distrito Federal e Municípios;

• prestar assistência técnica e financeira aos Estados, Distrito Federal e


Municípios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o
atendimento prioritário à escolaridade obrigatória;

• estabelecer competências e diretrizes curriculares para assegurar a formação


básica comum;

• autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente,


os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do
seu sistema de ensino;

O sistema estadual de ensino fica responsável pelas: escolas estaduais,


escolas municipais de educação superior, escolas particulares de ensino
fundamental e médio e órgãos estaduais de educação. Algumas de suas
incumbências são:

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• assegurar o ensino fundamental e oferecer com prioridade o ensino médio;

• assegurar a formação dos profissionais da educação;

• autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar os cursos das


instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema
de ensino;

Aos municípios atribuem-se as responsabilidades sobre as escolas


municipais de educação básica, escolas particulares de educação infantil
(pública e privada) e os órgãos municipais de educação. A incumbência do
sistema municipal diz respeito a:

• oferecer educação infantil em creches e pré-escolas e, com prioridade, o


ensino fundamental;

• autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema


de ensino.

O quadro a seguir sintetiza a oferta dos níveis da Educação Básica:

QUADRO 4 – NÍVEIS DE ENSINO E COMPETÊNCIA

COMPETÊNCIA
Nível de
Sistema Rede
Ensino Sistema Municipal
Estadual Particular
X x
Desde que estejam
Educação
atendidas as
Infantil
necessidades do
Ensino Fundamental
Ensino X X X
Fundamental
X X X
Desde que
Ensino Médio esteja suprido o
atendimento do
Ensino Fundamental
FONTE: Kuroski (2008, p. 31)

Nesse contexto, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios


organizam-se, em regime de colaboração, os respectivos sistemas de ensino.

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Caro(a) acadêmico(a)! Destacamos ainda, no que diz respeito à entidade
administrativa, o sistema educacional classifica-se em: Federal, Estadual,
Municipal, Particular, Filantrópico e Comunitário. O Art. 213 da Constituição
determina a disponibilidade de recursos para estas duas últimas instituições
desde que comprovem a finalidade não lucrativa e invistam o excedente
financeiro em educação.

Uma das orientações da LDB é a gestão democrática da educação. Entre


as estratégias que visam à manutenção deste tipo de gestão está a formação
dos Conselhos Escolares. Sobre este órgão trataremos no próximo tópico.

3 CONSELHO ESCOLAR
A orientação à criação dos Conselhos Escolares surgiu com a proposta
de gestão democrática da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de
1996, e faz parte das metas do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE),
de 2007.

O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) foi aprovado em 2007,


com o objetivo de melhorar a Educação no Brasil, em todas as suas etapas.
O PDE prevê várias ações que visam identificar e resolver problemas que
afetam o ensino e a aprendizagem de qualidade no país. As ações devem
estar articuladas entre União, Estados e Municípios. O Brasil estabeleceu um
prazo de quinze anos para solucionar as mazelas que afetam a educação.

Concomitante ao PDE, o Ministério da Educação vem desenvolvendo


um Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares. Entre os
objetivos deste Programa destacam-se:

• Ampliar a participação da comunidade escolar e local na gestão administrativa,


financeira e pedagógica das escolas públicas.

• Apoiar a implantação e o fortalecimento de conselhos escolares.

• Instituir, em regime de colaboração com os sistemas de ensino, políticas


de implantação e fortalecimento de conselhos escolares.

• Promover em parceria com os sistemas de ensino a capacitação de


conselheiros escolares.

• Estimular a integração entre os conselhos escolares.

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• Apoiar os conselhos escolares na construção coletiva de um projeto
educacional no âmbito da escola, em consonância com o processo de
democratização da sociedade.

• Promover a cultura do monitoramento e avaliação no âmbito das escolas,


para a garantia da qualidade da educação.

FONTE: Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_


content&view=article&id=12390&Itemid=659>. Acesso em: 20 jul. 2011.

Os Conselhos Escolares são órgãos colegiados que têm como objetivo


assegurar a participação da comunidade no processo educacional, auxiliando
e apoiando a equipe gestora em questões administrativas, financeiras e
pedagógicas. Esta instância atua de forma consultiva, deliberativa, normativa
ou avaliativa. Entre as principais atribuições dos Conselhos Escolares estão:
coordenar o processo de discussão, elaboração ou alteração do regimento
da instituição, garantir a participação da comunidade escolar na elaboração
do Projeto Político Pedagógico e acompanhar a evolução dos indicadores
educacionais da escola.

FIGURA 1 – CONSELHO ESCOLAR

FONTE: Disponível em: <http://willportela.blogspot.com/2010/08/promotor-


da-educacao-visita-escola.html>. Acesso em: 30 abr. 2011.

O Conselho Escolar é formado por representantes de pais, estudantes,


professores, demais funcionários, membros da comunidade e o diretor da
escola. Cada escola deve estabelecer regras transparentes e democráticas de
eleição dos membros deste órgão.

Entre as ações desenvolvidas pelo Conselho Escolar destacam-se:

• Definir e fiscalizar a aplicação dos recursos destinados à escola e discutir


o projeto com a equipe gestora e a equipe docente.

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• Acompanhar o planejamento do calendário escolar. De acordo com o Art.
24 inciso I da Lei nº 9.394/96, o ano letivo deverá estar organizado com
uma carga horária mínima de oitocentas horas, distribuídas em, no mínimo,
duzentos dias de efetivo trabalho escolar.

• Acompanhar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).

3.1 ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA


O IDEB foi criado em 2007, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (INEP), para mensurar a qualidade da educação no
país. Na primeira medição, o indicador utilizou dados que foram levantados em
2005. O IDEB é calculado com base na taxa do rendimento escolar (aprovação
e evasão), no desempenho dos alunos no Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Básica (SAEB) e na Prova Brasil.

Os resultados apresentados permitem um panorama da aprendizagem


no país, pois possibilitam estabelecer um diagnóstico e organizar um plano
de ação corretiva. O Ministério da Educação e Cultura (MEC) oferece apoio
técnico e financeiro aos municípios com índice insuficiente de qualidade de
ensino. O envio de recursos se efetiva a partir da adesão ao Compromisso
Todos pela Educação e da elaboração do Plano de Ações Articuladas (PAR).

O Compromisso Todos pela Educação é um plano de metas que integra


o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e refere-se à mobilização em
torno da melhoria da Educação Básica no país. O Compromisso é a junção
dos esforços da União, Estados e Municípios, das famílias e da sociedade, em
proveito da melhoria da qualidade da Educação Básica.

O Plano de Ações Articuladas (PAR) configura-se em um instrumento,


que integra o Compromisso Todos pela Educação, com o propósito de
organizar a atuação dos Estados e Municípios no que diz respeito à política
de educação brasileira. Nesse aspecto, o PAR constitui um planejamento de
ações multidimensional sobre o que deve ser realizado na educação. Para a
sua elaboração, o Ministério da Educação organizou um roteiro com ações
pontuadas e que devem ser sinalizadas pelos participantes deste plano.

O Município ou Estado que assume a responsabilidade de promover


a melhoria da educação em sua esfera de competência, atendendo às
diretrizes do Compromisso deve mobilizar esforços para o alcance de cada
meta intermediária do IDEB e assim comprovar a melhoria da qualidade da
educação.

FONTE: Disponível em: <http://sceweb.mec.gov.br/termo/action/livreto.pdf>. Acesso em: 20 jul. 2011.

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Diante desse panorama de metas e compromissos, destacamos algumas
informações complementares ao IDEB:

• O índice é medido a cada dois anos.

• O objetivo até 2022 é elevar a média 6,0 que é o índice que corresponde
à qualidade do ensino em países desenvolvidos.

• O MEC dispõe de recursos adicionais aos do Fundo da Educação Básica


(FUNDEB) para investir nas ações de melhoria do IDEB.

• O Compromisso Todos pela Educação propõe diretrizes e estabelece metas


para o IDEB das escolas e das redes municipais e estaduais de ensino.

• Todos os municípios e estados brasileiros se comprometeram a atingir metas


como a alfabetização de todas as crianças até, no máximo, oito anos de
idade.

• Avaliações como a Prova Brasil permitem planejar o aperfeiçoamento de


escolas e redes de ensino.

• A média nacional do IDEB em 2005 para os Anos Iniciais do Ensino


Fundamental foi de 3,8. Em 2007, essa nota subiu para 4,2. Em 2009, a nota
alcançada foi 4,6.

FONTE: Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_


content&view=article&id=273&Itemid=345>. Acesso em: 1 maio 2011.

FIGURA 2 – MENOS, MENOS EM VEZ DE CELEBRAR A NOTA BAIXA, VALE MAIS


REFLETIR PARA AVANÇAR. MONTAGEM BRUNO NUNES SOBRE FOTO PETER
DAZELEY/GETTY IMAGES

FONTE: Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/


avaliacao/nao-comemorar-584567.shtml>. Acesso em: 1 maio 2011.

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Caro(a) Acadêmico(a)! O Compromisso Todos pela Educação instituiu
28 diretrizes para os signatários do Compromisso alcançarem um índice
satisfatório. Estas diretrizes são:

1 Estabelecer resultados concretos de aprendizagem.


2 Alfabetizar as crianças até 8 anos e aferir com exame específico.
3 Acompanhar cada aluno da rede individualmente, com registro de frequência
e avaliações periódicas de desempenho.
4 Combater a repetência com aulas de reforço no contraturno, estudos de
recuperação e progressão parcial.
5 Combater a evasão pelo acompanhamento individual das razões da não
frequência do estudante e sua superação.
6 Matricular o aluno na escola mais próxima da sua residência.
7 Ampliar as possibilidades de permanência de crianças e jovens na escola
além da jornada regular.
8 Valorizar a formação ética, artística e a Educação Física.
9 Garantir a inclusão educacional nas escolas públicas.
10 Promover a Educação Infantil.
11 Manter programa de alfabetização de jovens e adultos.
12 Instituir programa próprio ou em parceria para a formação inicial e
continuada.
13 Implantar plano de carreira, cargos e salário privilegiando o mérito, a
formação e o desempenho.
14 Valorizar o trabalhador eficiente, dedicado, assíduo, pontual, responsável
e promover projetos e cursos de atualização e desenvolvimento profissional.
15 Estabelecer o período probatório, efetivando o professor após a avaliação,
de preferência externa ao sistema educacional.
16 Envolver todos os professores na discussão e elaboração do Projeto Político
Pedagógico.
17 Ter coordenadores pedagógicos que acompanhem as dificuldades
enfrentadas pelo professor.
18 Fixar regras de mérito e desempenho para nomeação e exoneração de
diretor de escola.
19 Divulgar na escola e na comunidade os dados relativos à área da Educação.
20 Acompanhar e avaliar, junto com a comunidade e do Conselho de
Educação, as políticas públicas da área e garantir a continuidade das ações.
21 Zelar pela transparência da gestão pública, garantindo o funcionamento
autônomo dos conselhos de controle social.
22 Promover a gestão participativa na rede de ensino.
23 Elaborar Plano de Educação e instalar Conselhos de Educação.
24 Integrar os programas da área de educação com áreas como saúde, esporte,
assistência social e cultura, entre outras.
25 Fomentar e apoiar os conselhos escolares, envolvendo as famílias dos
alunos, com as atribuições de zelar pela manutenção da escola e pelo
monitoramento das ações e consecução das metas.

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26 Transformar a escola em espaço comunitário e manter ou recuperar aqueles
espaços e equipamentos públicos da cidade para que possa ser usados pela
comunidade escolar.
27 Firmar parcerias externas visando à melhoria da infraestrutura da escola
ou a promoção de projetos socioculturais e ações socioeducativas.
28 Criar um comitê local, com representantes das associações de empresários,
trabalhadores, sociedade civil, Ministério Público, Conselho Tutelar e dirigentes
do sistema educacional público.

FONTE: Adaptado de: <http://sceweb.mec.gov.br/termo/action/livreto.pdf>. Acesso em: 20 jul. 2011.

Os sistemas municipais e estaduais de ensino que aderiram ao


Compromisso seguirão estas diretrizes fundamentadas em resultados de
avaliação da qualidade e do rendimento dos educandos.

Caro(a) acadêmico(a)! Em 2011, acontecerá a 4ª edição da Prova Brasil.

A Prova Brasil ou Provinha Brasil é um instrumento de aferição do


desempenho escolar dos alunos de seis a oito anos. É uma avaliação do Ensino
Fundamental que faz parte do Sistema Nacional de Avaliação da educação
Básica (SAEB). As áreas do conhecimento avaliado são Português e Matemática.

Os resultados coletados pela Prova Brasil auxiliam nas decisões e na


alocação de recursos técnicos e financeiros, assim como no estabelecimento
de metas e implantação de ações pedagógicas e administrativas com vistas
à melhoria da qualidade de ensino. A primeira edição da prova ocorreu em
2005.

No próximo tópico, retomaremos uma das funções primordiais da escola:


a formação do sujeito para o exercício da cidadania.

4 ESCOLA E CIDADANIA
Caro(a) acadêmico(a)! Na segunda etapa deste curso, um de nossos
estudos foi sobre Edgar Morin e os sete saberes para a educação do futuro.
Para relembrar citamos os saberes idealizados por esse pensador: conhecer
o que é conhecer; estabelecer as relações mútuas e influências recíprocas
entre as partes e o todo em um mundo complexo; reconhecer a unidade
e a complexidade humana; reconhecer a identidade terrena; enfrentar os
imprevistos, o inesperado e a incerteza; compreender a relação mútua entre
os seres humanos; compreender o desenvolvimento conjunto das autonomias
individuais, das participações comunitárias e da consciência de pertencer
à espécie humana. Como já comentado, a grande meta da educação, na
perspectiva de Morin, deve ser o desenvolvimento da educação para a
cidadania global.

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Quando Morin (2001), afirma que: compreender o desenvolvimento
conjunto das autonomias individuais, das participações comunitárias
e da consciência de pertencer à espécie humana está se referindo ao
desenvolvimento da cidadania terrestre, ou seja, que a educação deve conduzir
à consciência de que o indivíduo é ao mesmo tempo indivíduo, sociedade
e espécie.

Os discursos que perpassam a educação na contemporaneidade


refletem a necessidade de uma educação para a cidadania. A preocupação
com a formação global do indivíduo, enquanto sujeito apto a enfrentar novas
realidades acerca dos progressos científicos, do ambiente natural, das tensões
entre as nações, da crescente população, leva à criação de documentos que
visam a uma educação para todos e que a orientam também para todos.
Entre este podemos citar: A Constituição Brasileira de 1988 denominada de
Constituição Cidadã, a Lei nº 9.394/96 (BRASIL, 1996) – já citada nesta etapa.

A s o c i e d a d e b ra s i l e i ra d e m a n d a u m a e d u c a ç ã o q u e g a ra n ta a s
aprendizagens necessárias para a formação do cidadão autônomo, crítico e
participativo. Uma educação que desenvolva atitudes, valores que os tornem
capazes de atuar no contexto onde vivem. Nessa perspectiva, a escola, como
espaço para a educação formal e de socialização, deve proporcionar aos alunos
uma formação que atenda às suas necessidades educativas, que vão desde
os instrumentos de aprendizagem (leitura, escrita, expressão oral, resolução
de problemas) até os conteúdos educativos (conceitos, atitudes e valores).

Caro(a) acadêmico(a)! Vamos acessar o objeto de aprendizagem e


descobrir outras informações sobre as temáticas dessa etapa?

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AUTOATIVIDADE
1 Sobre os princípios que norteiam a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, analise as sentenças e assinale a alternativa CORRETA:

a) R eforça a desigualdade de condições para o acesso e permanência na


escola.
b) E nfatiza o cerceamento da liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e
divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber.
c) P roíbe o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas.
d) O rienta a gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei.

2 Sobre as alterações sofridas pela LDB, analise as seguintes sentenças:

I- Lei nº 10.436/2002 – prevê a obrigatoriedade do ensino de libras nos


cursos de Educação Infantil.
II- Lei nº 10.639/2003 – inclui a História e Cultura afro-brasileira no Ensino
Fundamental e Médio.
III- Lei nº 11.114/2005 – altera Art. 6 e 32 da LDB, para tornar obrigatória a
matrícula das crianças de seis anos de idade no ensino fundamental.
IV- Lei nº 11.274 de 2006 – altera o artigo 29, 30, 32 e 87 da LDB, ampliando
a duração do ensino fundamental de 8 para 9 anos.
V- Lei nº 12.061 de 2009 – assegura que somente o ensino fundamental deve
ser oferecido como prioridade, respeitando o disposto no art. 38 da LDB.

Agora, assinale a alternativa CORRETA:

a) As sentenças I, II e V estão corretas.


b) As sentenças II, IV e V estão corretas.
c) As sentenças II, III e IV estão corretas.
d) As sentenças II e III estão corretas.

3 Sobre as incumbências da União em relação à educação, assinale a


alternativa CORRETA:

a) É responsável por organizar o sistema de ensino para a Educação Infantil.


b) É responsável pela elaboração do Plano Nacional de Educação, em
colaboração com os Estados, Distrito Federal e Municípios.
c) E stabelece metas curriculares para assegurar a formação básica específica
para cada região do país.
d) N ão presta assistência técnica e financeira aos Estados, Distrito Federal
e Municípios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o
atendimento prioritário à escolaridade obrigatória.

4 Entre as metas do Plano de Desenvolvimento da Educação estão:

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a) A criação e fortalecimento dos Conselhos Escolares.
b) D isseminação do analfabetismo funcional.
c) A cabar com as mazelas da educação brasileira em 50 anos.
d) G arantir o financiamento para a educação básica e a extinção do FIES no
ensino superior.

5 Referente aos objetivos do Programa Nacional de Fortalecimento dos


Conselhos Escolares, analise as sentenças:

I- Diminuir a participação da comunidade escolar e local na gestão


administrativa, financeira e pedagógica das escolas públicas.
II- Restringir a atuação dos Conselhos Escolares.
III- Promover em parceria com os sistemas de ensino a capacitação de
conselheiros escolares.
IV- Apoiar os conselhos escolares na construção coletiva de um projeto
educacional no âmbito da escola, em consonância com o processo de
democratização da sociedade.

Agora, assinale a alternativa CORRETA:

a) A s sentenças I, II e V estão corretas.


b) A s sentenças III e IV estão corretas.
c) A s sentenças II, III e V estão corretas.
d) A s sentenças I e II estão corretas.

6 Em relação ao IDEB, é correto afirmar:

a) É um indicador que avalia o trabalho pedagógico em sala de aula.


b) O s resultados alcançados são desconsiderados pelos educadores.
c) A avaliação é quantitativa e não qualitativa.
d) É um indicador da qualidade do ensino no país.

7 Sobre a função da escola, assinale a alternativa CORRETA:

a) É u m a i n s t i t u i ç ã o s o c i a l q u e t o r n a p o s s í v e l o a c e s s o a o s a b e r
descontextualizado.
b) É o local da monoculturalidade de ideias.
c) É um espaço neutro, pois como instituição de ensino não deve envolver-se
nas questões de ordem social, cultural e política.
d) F az parte de um sistema de ensino e está sujeita a um conjunto de leis
que orienta e normatiza o seu trabalho nas dimensões: administrativa,
pedagógica e jurídica.

8 Em relação ao sistema escolar, assinale a alternativa CORRETA:

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a) O sistema escolar tem como objetivo cumprir uma função social dissociada
do contexto em que o indivíduo está inserido.
b) Trabalha para o desenvolvimento da sociedade.
c) P rioriza recursos financeiros em detrimento do humano.
d) E stá fora de um sistema mais amplo (supersistema) que é a sociedade.

9 S obre a modalidade de educação especial, assinale a alternativa CORRETA:

a) D eve ser oferecida em locais específicos de acordo com a demanda das


deficiências.
b) D eve atender somente ao nível do ensino médio.
c) É considerada um conjunto de recursos e estratégias de apoio que deve
estar à disposição de uma pequena parcela da população.
d) D efine-se como modalidade de educação que tem como princípio a
inclusão.

10 Sobre a Educação Indígena, analise as sentenças a seguir:

I- Visa desenvolver, orientar e acompanhar o desenvolvimento de programas,


ações e políticas educacionais voltadas para as comunidades indígenas,
no entanto, não considera o índio como um sujeito de história.
II- Um dos objetivos é proporcionar aos índios, suas comunidades e povos,
a recuperação de suas memórias históricas; a reafirmação de suas
identidades étnicas; a valorização de suas línguas e ciências.
III- Busca garantir aos índios, suas comunidades e povos, o acesso às
informações, conhecimentos técnicos e científicos da sociedade nacional
e demais sociedades indígenas e não índias.
IV- O reconhecimento da importância da educação indígena constitui-se
como uma reivindicação sem fundamentos das experiências da sociedade
brasileira, que não reconhece o índio como partícipe do processo de
construção da sociedade.

Agora, assinale a alternativa CORRETA:

a) A s sentenças I e IV estão corretas.


b) A s sentenças I, II e III estão corretas.
c) A s sentenças II e III estão corretas.
d) A s sentenças II e IV estão corretas.

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REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional. Brasília: Imprensa Oficial, 1996.

______. Compromisso Todos pela Educação: passo a passo. Disponível em:


<http://sceweb.mec.gov.br/termo/action/livreto.pdf>. Acesso em: 20 jul.
2011.

KUROSKI, Cristina. Estrutura e funcionamento de ensino. Indaial: Ed.


Grupo UNIASSELVI, 2008.

MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro 3. ed. São


Paulo: Cortez; Brasília: UNESCO, 2001.

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GABARITO
1 Sobre os princípios que norteiam a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, analise as sentenças e assinale a alternativa CORRETA:
d) Orienta a gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei.

2 Sobre as alterações sofridas pela LDB, analise as seguintes sentenças:


I- Lei nº 10.436/2002 – prevê a obrigatoriedade do ensino de libras nos cursos
de Educação Infantil.
II- Lei nº 10.639/2003 – inclui a História e Cultura afro-brasileira no Ensino
Fundamental e Médio.
III- Lei nº 11.114/2005 – altera Art. 6 e 32 da LDB, para tornar obrigatória a
matrícula das crianças de seis anos de idade no ensino fundamental.
IV- Lei nº 11.274 de 2006 – altera o artigo 29, 30, 32 e 87 da LDB, ampliando
a duração do ensino fundamental de 8 para 9 anos.
V- Lei nº 12.061 de 2009 – assegura que somente o ensino fundamental deve
ser oferecido como prioridade, respeitando o disposto no art. 38 da LDB.

Agora, assinale a alternativa CORRETA:


c) As sentenças II, III e IV estão corretas.

3 Sobre as incumbências da União em relação à educação, assinale a alternativa


CORRETA:
b) É responsável pela elaboração do Plano Nacional de Educação, em
colaboração com os Estados, Distrito Federal e Municípios.

4 Entre as metas do Plano de Desenvolvimento da Educação estão:


a) A criação e fortalecimento dos Conselhos Escolares.

5 Referente aos objetivos do Programa Nacional de Fortalecimento dos


Conselhos Escolares, analise as sentenças:
I- D iminuir a participação da comunidade escolar e local na gestão
administrativa, financeira e pedagógica das escolas públicas.
II- Restringir a atuação dos Conselhos Escolares.
III- Promover em parceria com os sistemas de ensino a capacitação de
conselheiros escolares.
IV- Apoiar os conselhos escolares na construção coletiva de um projeto
educacional no âmbito da escola, em consonância com o processo de
democratização da sociedade.

Agora, assinale a alternativa CORRETA:


b) As sentenças III e IV estão corretas.

6 Em relação ao IDEB, é correto afirmar:


d) É um indicador da qualidade do ensino no país.

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7 Sobre a função da escola, assinale a alternativa CORRETA:
d) Faz parte de um sistema de ensino e está sujeita a um conjunto de leis
que orienta e normatiza o seu trabalho nas dimensões: administrativa,
pedagógica e jurídica.

8 Em relação ao sistema escolar, assinale a alternativa CORRETA:


b) Trabalha para o desenvolvimento da sociedade.

9 Sobre a modalidade de educação especial, assinale a alternativa CORRETA:


d) Define-se como modalidade de educação que tem como princípio a
inclusão.

10 Sobre a Educação Indígena, analise as sentenças a seguir:


I- Visa desenvolver, orientar e acompanhar o desenvolvimento de programas,
ações e políticas educacionais voltadas para as comunidades indígenas, no
entanto, não considera o índio como um sujeito de história.
II- Um dos objetivos é proporcionar aos índios, suas comunidades e povos, a
recuperação de suas memórias históricas; a reafirmação de suas identidades
étnicas; a valorização de suas línguas e ciências.
III- Busca garantir aos índios, suas comunidades e povos, o acesso às
informações, conhecimentos técnicos e científicos da sociedade nacional
e demais sociedades indígenas e não índias.
IV- O reconhecimento da importância da educação indígena constitui-se
como uma reivindicação sem fundamentos das experiências da sociedade
brasileira, que não reconhece o índio como partícipe do processo de
construção da sociedade.

Agora, assinale a alternativa CORRETA:


c) As sentenças II e III estão corretas.

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