Infantil e no Ensino Fundamental O currículo nessa etapa prevê articular as experiências da criança com os conhecimentos oriundos da cultura e De maneira geral, a educação básica é do ambiente, visando à promoção do desenvolvimento composta pela educação infantil, pelo infantil de zero até cinco anos ensino fundamental e ensino médio As práticas pedagógicas, conforme citadas É dever do Estado assegurar: (artigo anteriormente, devem prever dois eixos fundamentais: 54) interações e brincadeiras I - ensino fundamental, obrigatório e Dessa maneira, a educação infantil é definida como: gratuito, inclusive para os que a ele não primeira etapa da educação básica, oferecida em tiveram acesso na idade própria; creches e pré-escolas, que educam e cuidam de crianças II - progressiva extensão da de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada obrigatoriedade e gratuidade ao ensino integral ou parcial médio; É dever do Estado garantir a oferta de Educação III - atendimento educacional escolar pública, gratuita e de qualidade, sem requisito especializado aos portadores de de seleção (de 4 a 17 anos). deficiência, preferencialmente na rede As práticas pedagógicas dessa etapa devem prever dois regular de ensino; eixos fundamentais: interações e brincadeiras IV - atendimento em creche e pré- (importância do lúdico) escola às crianças de zero a cinco anos Qualquer pré-escola e creche deve ser inclusiva, com o de idade; intuito de garantir os direitos de todas as crianças V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, O serviço do AEE na educação infantil deve prever da pesquisa e da criação artística, segundo a serviços de intervenção precoce que favoreçam o capacidade de cada um; desenvolvimento infantil, assim como a aprendizagem, VI - oferta de ensino noturno regular, de modo a dialogar com os serviços de saúde e da adequado às condições do adolescente assistência social trabalhador; A intervenção precoce consiste em um conjunto de VII - atendimento no ensino fundamental, atividades centradas na criança e em sua família com o através de programas suplementares de objetivo de trabalhar a prevenção de futuras material didático-escolar, transporte, deficiências ou transtornos, assim como a reabilitação alimentação e assistência à saúde. § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é A PSICOLOGIA direito público subjetivo. A Psicologia pode contribuir para a área da intervenção § 2º O não oferecimento do ensino obrigatório precoce juntamente com as outras áreas de atuação pelo poder público ou sua oferta irregular Em uma perspectiva desenvolvimentista, que procura importa responsabilidade da autoridade compreender os déficits e as ausências de competente. comportamentos a partir do desenvolvimento esperado § 3º Compete ao poder público recensear os para determinada idade, o psicólogo pode atuar de educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a maneira preventiva ou remediativa chamada e zelar, junto aos pais ou No âmbito da prevenção, a intervenção pode ser responsável, pela frequência à escola. indicada na mais tenra idade, se identificados déficits ou (BRASIL, 1990, [s.p.]) ausência de comportamentos, de acordo com o esperado para aquela idade cronológica (desenvolvimento EDUCAÇÃO INFANTIL humano) A estimulação precoce ajuda no desenvolvimento desses A educação infantil é um direito de toda criança assegurado tanto pelo ECA comportamentos em déficit É a primeira etapa da educação básica atendendo As práticas oriundas da educação infantil devem ocorrer crianças até os cinco anos de idade e está dividida em por meio de atividades lúdicas, de brincadeiras e jogos dois momentos desde a mais tenra idade. Assim, o professor de AEE O primeiro vai de zero até os três anos de idade e pode realiza um estudo de caso sobre cada estudante para ser realizado em instituições ou creches. O segundo eliminar as barreiras existentes no contexto escolar momento se refere à pré-escola, que ocorre dos três aos Nesse sentido, o psicólogo escolar pode auxiliar com a cinco anos elaboração de programas de estimulação precoce que Contudo, a obrigatoriedade da matrícula é a partir dos sejam favorecedores do desenvolvimento infantil (ou quatro anos de idade, ficando aos pais a decisão de ajudar na formação continuada de professores regulares matricular ou não seu filho antes dessa idade e especiais e incrementar a relação entre família e escola) •Nesse sentido, o foco do ensino não objetiva questões As intervenções do psicólogo podem ser aplicadas tanto relacionadas aos conteúdos ou conhecimento formal, na educação infantil como no ensino fundamental. mas, sobretudo, a interação e a brincadeira ENSINO FUNDAMENTAL O PSICÓLOGO O ensino fundamental, atualmente, está Uma maneira de reverter esse quadro dividido em duas etapas: a primeira, que se é a partir da participação do refere aos anos iniciais, do primeiro ao quinto psicólogo nas tomadas de decisão e ano, e a segunda que se refere aos anos finais, reuniões de deliberação que do sexto ao nono ano envolvam a construção das políticas O currículo comum prevê o ensino das áreas públicas brasileiras de: linguagens (incluindo língua portuguesa, Traçar um perfil da atuação do língua materna para populações indígenas, psicólogo escolar no Brasil tem sido língua estrangeira, arte, educação física); muito complicado, tendo em vista matemática; ciências da natureza; ciências que existe uma distância entre o humanas (incluindo história e geografia) papel atribuído ao psicólogo no Dentre as mudanças mais significativas que campo teórico e as demandas que se surgiram recentemente no ensino espera que sejam atendidas no fundamental, encontra-se o ensino de nove cotidiano da escola. anos, com início das atividades aos seis anos. Portanto, há a necessidade de se Até então, o ensino fundamental envolvia contextualizar a ação do psicólogo oito séries, com início aos sete anos, pois a na realidade educacional e social criança de seis anos realizava uma etapa a brasileira, ao mesmo tempo que se mais na educação infantil. institui sua regulamentação para No ensino fundamental, o AEE atua com o atuação nos espaços educativos. mesmo propósito da educação infantil: eliminar as barreiras que possam servir como impedidores para a autonomia do estudante Público-alvo da Educação público-alvo da Educação Especial Especial: definição, •Tal serviço pode disponibilizar o ensino de línguas específicas e códigos, assim como caracterização e intervenção oferecer a tecnologia assistiva, quando caracterização dos necessário Contudo, a participação do profissional da comportamentos definidores área de Psicologia ainda não está consolidada – Parte 1 como uma política para ajudar com os avanços da Educação Inclusiva e modificar o As diretrizes atuais e oficiais, na área cenário educacional brasileiro, visto que educacional brasileira, estabelecem ainda se espera que o psicólogo colabore com claramente o público-alvo da práticas segregadoras que justifiquem a não Educação Especial, ou seja, as aprendizagem dos estudantes, em vez de deficiências e os transtornos apresentar práticas pedagógicas inclusivas. presentes na Educação Especial Antigamente, os estudantes atendidos nesse contexto eram tratados como aqueles com necessidades especiais ou necessidades educacionais especiais Atualmente, o termo correto é público-alvo da Educação Especial –A LBI identifica o público-alvo como um tripé composto por deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação –No tocante à deficiência, diz respeito a um impedimento e não a uma incapacidade. PÚBLICO - ALVO DEFICIÊNCIA FÍSICA "Considera-se pessoa com deficiência aquela "Alteração completa ou parcial de um ou mais que tem impedimento de longo prazo de segmentos do corpo humano, acarretando o natureza física, mental, intelectual ou comprometimento da função física, sensorial, o qual, em interação com as apresentando-se sob a forma de paraplegia, barreiras, pode obstruir sua participação paraparesia, monoplegia, monoparesia, plena e efetiva na sociedade em igualdade de tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, condições com as demais pessoas." (LBI) hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação A avaliação das deficiências e dos ou ausência de membro, paralisia cerebral, transtornos considera os aspectos nanismo, membros com deformidade biopsicossociais (características biológicas, congênita ou adquirida, exceto as psicológicas e sociais) e deve ser realizada deformidades estéticas e as que não produzam por uma equipe multiprofissional e dificuldades para o desempenho de funções." interdisciplinar Decreto 5.296. A avaliação para classificação de deficiências e transtornos não deve partir AEE - DEFICIÊNCIA FÍSICA apenas dos resultados de um teste psicológico, mas conduzida por diferentes Com relação à deficiência física, a proposta do profissionais. AEE pode ocorrer a partir de um trabalho que tenha como objetivo o ensino da mobilidade Os três tipos de público ao estudante, caso essa seja o impedidor no –A avaliação para deficiência (impedimento ambiente escolar de longo prazo) deve estar contextualizada Se, na avaliação feita anteriormente, o que nos diferentes aspectos que abrangem o dificulta a autonomia do estudante em espaço desenvolvimento humano (como os escolar diz respeito à mobilidade, devido à biopsicossociais) para que se possa barreiras (arquitetônicas, por exemplo), então considerar diferentes vertentes a intervenção a ser planejada visa ensinar –De maneira geral, sobre os transtornos caminhos alternativos ao estudante, de modo globais do desenvolvimento, se refere às que ele possa se locomover de maneira “alterações qualitativas das interações independente sociais recíprocas e na comunicação, um Outra estratégia importante para o trabalho repertório de interesses e atividades restrito, com alunos com deficiência física diz respeito estereotipado e repetitivo” ao uso de tecnologia assistiva (TA) –No que tange às altas A TA é utilizada quando necessária para habilidades/superdotação, são estudantes que direcionar a rotina escolar do estudante, o que apresentam “potencial elevado em qualquer significa aprimorar tanto a mobilidade como uma das seguintes áreas, isoladas ou também a comunicação combinadas: intelectual, acadêmica, A TA é composta por recursos e serviços liderança, psicomotricidade e artes, grande –O recurso é o equipamento utilizado pelo criatividade, envolvimento na aprendizagem aluno, que lhe permite ou favorece o e realização de tarefas em áreas de seu desempenho de uma tarefa interesse” –O serviço na escola é aquele que buscará É importante ressaltar que os resolver os problemas funcionais do aluno, no comportamentos definidores dos transtornos espaço da escola, encontrando alternativas e deficiências esbarram em duas grandes para que ele participe e atue positivamente nas áreas: os manuais oficiais da saúde e as várias atividades neste contexto normativas educacionais nacionais –Os serviços de TA são geralmente de Os dois apresentam características diferentes característica multidisciplinar e devem entre si e, na perspectiva educacional, são envolver o usuário, sua família e os consideradas as deficiências físicas, auditivas profissionais já envolvidos no atendimento e visuais desse aluno Os conceitos tratados acerca dessas deficiências são retirados da Política Educacional Brasileira, que estabelece as normas gerais para as pessoas com deficiência e os critérios básicos para a promoção da acessibilidade DEFICIÊNCIA VISUAL "Cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores." Decreto 5.296 A cegueira é uma alteração grave ou total de uma ou mais das funções elementares da visão que afeta a capacidade de perceber cor, tamanho, distância, forma, posição ou movimento. . A definição de baixa visão engloba desde a simples percepção de luz até a redução da acuidade e do campo visual que interferem na execução de tarefas e o desempenho geral. Pode-se ter como base o ensino do Código Braille durante o AEE Também está previsto o uso de ferramentas que facilitem a aquisição do conhecimento (como o Soroban - ábaco japonês, utilizado para atividades de matemática) ou mesmo estratégias adaptadas, a partir de recursos táteis que representem de maneira concreta os conteúdos ensinados Os recursos que podem ser adaptados englobam duas categorias: –Recursos ópticos: compreendem telescópios, lunetas, óculos especiais com lentes de aumento, lupas manuais ou de apoio ou de mesa –Recursos não ópticos: abrangem a ampliação do tamanho da fonte, o uso de acetato amarelo (para diminuir a incidência da claridade no papel), carteira adaptada com a mesa inclinada, programas com síntese de voz, softwares com magnificadores de tela
DEFICIÊNCIA AUDITIVA
"Envolve perda bilateral, parcial ou total,
de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500 Hz, 1.000 Hz, 2.000 Hz e 3.000 Hz" Decreto 5.296 •Durante o AEE, o estudante surdo pode aprender a Libras como primeira língua e a língua portuguesa como segunda língua na modalidade escrita •A intervenção educacional nesse caso depende também do tradutor e intérprete de Libras, para que ocorra de maneira efetiva
Nação tarja preta: O que há por trás da conduta dos médicos, da dependência dos pacientes e da atuação da indústria farmacêutica (leia também Nação dopamina)