Você está na página 1de 5

TJPR

“APELAÇÃO CÍVEL AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR ATO DE IMPROBIDADE


ADMINISTRATIVA PROCEDÊNCIA PARCIAL. APELO DO TESOUREIRO DO
MUNICÍPIO APLICABILIDADE DA LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA AOS
AGENTES POLÍTICOS PRESCRIÇÃO INOCORRÊNCIA LEGITIMIDADE DO
MINISTÉRIO PÚBLICO PARA PROPOSITURA DE AÇÃO CIVIL PÚBLICA PARA
APURARA-SE A PRÁTICA DE ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
PEDIDO JURIDICAMENTE POSSÍVEL E EFETUADO PELA VIA ADEQUADA -
CONTAS APROVADAS PELO TRIBUNAL DE CONTAS IRRELEVÂNCIA FATO
QUE NÃO IMPEDE A PUNIÇÃO DOS ATOS DE IMPROBIDADE - PRÁTICA
COMPROVADA DE ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA PRATICADOS
PELO ENTÃO TESOUREIRO DO MUNICÍPIO, CONSUBSTANCIADA EM
PAGAMENTO DE DESPESAS, COM EMISSÃO DE NOTAS DE EMPENHO EM
DESACORDO COM A LEI E SEM ATENDIMENTO AO INTERESSE PÚBLICO
CARACTERIZAÇÃO DO COMPORTAMENTO DOLOSO DO AGENTE POLÍTICO,
COM VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS NORTEADORES DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA APLICABILIDADE DAS SANÇÕES PREVISTAS NA LEI DE
IMPROBIDADE - REDUÇÃO DA MULTA CIVIL DE OFÍCIO POSSIBILIDADE -
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS FIXADOS AO MINISTÉRIO PÚBLICO, COM
REVERSÃO AO FUNDO ESPECIAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO - MANUTENÇÃO
DO RESTANTE DA SUCUMBÊNCIA TAL COMO FIXADA - RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO. 1. A disposição do artigo 2º da Lei de Improbidade
Administrativa não deixa qualquer dúvida quanto à aplicabilidade da lei aos agentes
políticos. 2. Em se tratando de ato ímprobo praticado pelo agente público, no
exercício do mandato de cargo em comissão ou função de confiança, o prazo
prescricional é de cinco anos, a contar do primeiro dia após a cessação do vínculo.
E, a citação válida interrompe a prescrição, retroagindo à data da propositura da
ação (art. 219, §1º, CPC), não havendo que se falar em ocorrência de prescrição. 3.
Tendo restado comprovado que houve a emissão de notas de empenho para
pagamento de despesas em desconformidade com a lei e sem atendimento ao
interesse público, verifica-se a caracterização dos atos ímprobos de
responsabilidade do então Tesoureiro do Município de Ribeirão do Pinhal. 4. Para a
configuração de violação ao art. 10 e 11 da Lei nº 8.429/92, faz-se necessária a
comprovação de comportamento doloso por parte do agente público, ou seja, que
este aja de forma ilícita, ciente da antijuridicidade de seu comportamento funcional.
E, no presente caso o dolo resta evidente no fato de que o apelante, efetuou o
pagamento de diversas despesas sem observância da lei e ignorando
completamente os interesses da população do Município de Ribeirão do Pinhal. 5. E,
de ofício, reduzo o valor da multa civil fixada em 05 (cinco) vezes o valor do dano ao
erário, para o correspondente a 01 (uma) vez o valor do dano ao erário, valor este
corrigido monetariamente pelo INPC, sem prejuízo das demais condenações
impostas pela sentença e neste recurso. 6. Quanto aos honorários advocatícios, é
de se esclarecer que estes são devidos, e devem ser revertidos ao Fundo Especial
do Ministério Público, nos termos do art. 3º, XV, da Lei Estadual nº 12.241, de 28 de
julho de 1999 e Lei Complementar nº 85/99 e de acordo com o disposto no art. 128,
§ 5º, II, "a" da Constituição Federal e art. 118, II, "a" da Constituição Estadual do
Paraná. 7. E, inobstante o provimento parcial do recurso, é de se manter o restante
da sucumbência tal como fixada na sentença, eis que restou caracterizada a prática
do ato de improbidade administrativa por parte dos requeridos. APELO DO EX-
PREFEITO DO MUNICÍPIO PRESCRIÇÃO INOCORRÊNCIA PRÁTICA
COMPROVADA DE ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA PRATICADOS
PELO ENTÃO PREFEITO DO MUNICÍPIO CARACTERIZAÇÃO DO
COMPORTAMENTO DOLOSO DO AGENTE POLÍTICO, COM VIOLAÇÃO AOS
PRINCÍPIOS NORTEADORES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA APLICABILIDADE
DAS SANÇÕES PREVISTAS NA LEI DE IMPROBIDADE - REDUÇÃO DA MULTA
CIVIL DE OFÍCIO POSSIBILIDADE - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS FIXADOS
AO MINISTÉRIO PÚBLICO, COM REVERSÃO AO FUNDO ESPECIAL DO
MINISTÉRIO PÚBLICO - MANUTENÇÃO DO RESTANTE DA SUCUMBÊNCIA TAL
COMO FIXADA - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Em se tratando de ato
ímprobo praticado pelo agente público, no exercício do mandato de cargo em
comissão ou função de confiança, o prazo prescricional é de cinco anos, a contar do
primeiro dia após a cessação do vínculo. E, a citação válida interrompe a prescrição,
retroagindo à data da propositura da ação (art. 219, §1º, CPC), não havendo que se
falar em ocorrência de prescrição. 2. Tendo restado comprovado que houve a
emissão de notas de empenho para pagamento de despesas em desconformidade
com a lei e sem atendimento ao interesse público, verifica-se a caracterização dos
atos ímprobos de responsabilidade do então Prefeito do Município de Ribeirão do
Pinhal. 3. Para a configuração de violação ao art. 10 e 11 da Lei nº 8.429/92, faz-se
necessária a comprovação de comportamento doloso por parte do agente público,
ou seja, que este aja de forma ilícita, ciente da antijuridicidade de seu
comportamento funcional. E, no presente caso o dolo resta evidente no fato de que o
apelante, autorizou o pagamento de diversas despesas sem observância da lei e
ignorando completamente os interesses da população do Município de Ribeirão do
Pinhal. 4. E, de ofício, reduzo o valor da multa civil fixada em 05 (cinco) vezes o
valor do dano ao erário, para o correspondente a 01 (uma) vez o valor do dano ao
erário, valor este corrigido monetariamente pelo INPC, sem prejuízo das demais
condenações impostas pela sentença e neste recurso. 5. Quanto aos honorários
advocatícios, é de se esclarecer que estes são devidos, e devem ser revertidos ao
Fundo Especial do Ministério Público, nos termos do art. 3º, XV, da Lei Estadual nº
12.241, de 28 de julho de 1999 e Lei Complementar nº 85/99 e de acordo com o
disposto no art. 128, § 5º, II, "a" da Constituição Federal e art. 118, II, "a" da
Constituição Estadual do Paraná. 7. E, inobstante o provimento parcial do recurso, é
de se manter o restante da sucumbência tal como fixada na sentença, eis que restou
caracterizada a prática do ato de improbidade administrativa por parte dos
requeridos.
(grifou-se - TJPR - 4ª C.Cível - AC 0659019-2 - Ribeirão do Pinhal - Rel.: Des. Luís
Carlos Xavier - Unânime - J. 31.08.2010)

TJPR
“AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. ART. 10, VI,
IX E XI E ART. 11, I da Lei nº 8.429/92 com aplicação das penalidades previstas no
art. 12, II e III do mesmo diploma legal. Emissão e pagamento com dinheiro público
de notas de empenho para despesas estranhas ao interesse público. Pedido julgado
improcedente. Apelação do Ministério Público. Ação culposa atribuída ao prefeito, ao
tesoureiro e procurador jurídico do Município de Presidente Castelo Branco.
Responsabilidade por inobservância e ofensa aos princípios da administração e
prejuízo ao erário. Despesas de pequeno valor. Proveito patrimonial. Inexistência.
Despesas que deveriam passar por estágios de fixação e esclarecimento, a saber:
Empenho, liquidação e pagamento. Ônus da prova em caso de improbidade afeta ao
réu. Cumulação integral das sanções. Inviável. Princípios da proporcionalidade e da
razoabilidade. Penalidade limitada ao ressarcimento integral do dano e multa no
dobro do valor do prejuízo (Lei nº 8429/92, art. 12, II). Honorários e custas
processuais indevidas pelo fato do Ministério Público ser autor de ação civil pública.
Recurso parcialmente provido para reformar a sentença e julgá-la parcialmente
procedente.”
(grifou-se - TJPR, Ap. Civ. 443886-2, Acórdão nº 32776, Nova Esperança, 4ª
Câmara Cível, Relator Rogério Etzel, DJPR 21/11/2008, p. 30)

TJPR
“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR ATO DE IMPROPIDADE
ADMINISTRATIVA. ARTIGO 12, INCISOS II E III DA LEI DE Nº 8.429/92. PREFEITO
MUNICIPAL. EMISSÃO DE ‘NOTAS DE PAGAMENTO DE EMPENHO’ E EFETIVO
PAGAMENTO COM DINHEIRO PÚBLICO DE DESPESAS ESTRANHAS AO
INTERESSE PÚBLICO. ALEGAÇÃO PELO RÉU DE QUE OS RECURSOS FORAM
DIRECIONADOS PARA TRATAMENTO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO LOCAL.
AUSENCIA DE COMPROVAÇÃO E DE ENCAMINHAMENTO PARA ATENDIMENTO
ATRAVÉS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. SUS. IRREGULARIDADE NO
PAGAMENTO DE ‘AJUDA DE CUSTO PARA TRATAMENTO DE SAÚDE DE
TERCEIROS’. OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
LEGALIDADE. MORALIDADE. IMPESSOALIDADE. APLICAÇÃO DA PENA.
OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE.
1. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação
ou omissão, doloso ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referida no art. 1º
desta Lei, e notadamente: VI- realizar operação financeira sem observância das normas
legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea; IX- ordenar ou
permitir a realização de despesas não autorizadas em Lei ou regulamento; X - liberar
verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer
forma para a sua aplicação irregular. Inteligência do artigo 10 e incisos da Lei de nº
8.429/1992.
2. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,
imparcialidade, legalidade, e lealdade das instituições, e notadamente: I - Praticar ato
visando fim proibido em Lei ou regulamento ou diverso daquele previsto na regra de
competência. Inteligência do artigo 11, inciso I, da Lei de nº 8.429/1992.
3. Na aplicação das penas por ato de improbidade administrativa, há que se levar em
consideração a gravidade e lesão causadas ao erário público, pautando-se nos
princípios da proporcionalidade e razoabilidade.
4. Apelação cível conhecida e parcialmente provida.”
(grifou-se – TJPR, Ap. Civ .407581-6, Acórdão nº 22516, Nova Esperança, 5ª Câmara
Cível, Relator José Carlos Dalacqua, DJPR 31/10/2008, p. 37)

TJPR
“1) DIREITO ADMINISTRATIVO. AÇÂO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA.
TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS PÚBLICOS PARA CONTA CORRENTE
PARTICULAR DE PREFEITO. SUPOSTO RESSARCIMENTO DE EMPRÉSTIMOS
EFETUADOS AO ERÁRIO. ALEGAÇÕES NÃO COMPROVADAS.
a) As finanças públicas não são extensão das finanças particulares de seus
governantes, daí não ser admissível a alegação de que a transferência de valores da
conta do Município diretamente para a conta do Réu, destinava-se a ressarci-lo de
"adiantamentos" que fez ao erário, com recursos próprios.
b) Se as alegações do Réu não podem ser verificadas nos Boletins de Caixa e nos
registros da Contabilidade do Município, divergentes entre si, e se não existe
qualquer outra prova que corrobore suas alegações, está correta a condenação de
ressarcimento do erário.
2) DIREITO ADMINISTRATIVO. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. PUBLICIDADE
PAGA PELO ERÁRIO. AUTOPROMOÇÃO DOS GOVERNANTES. AUSÊNCIA DE
INTERESSE PÚBLICO. CARACTERIZAÇÃO.
A veiculação de publicidade homenageando os 40 anos do Episcopado local, bem
como o aniversário do "Jornal do Povo", sem demérito dos homenageados, não
configuram matérias de interesse público, notadamente quando trazem, em primeiro
plano, a fotografia e o nome do então Prefeito.
3) DIREITO PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. ALEGADO PAGAMENTO
POR SERVIÇO DE PUBLICIDADE NÃO PRESTADO. JORNAIS CONTENDO
PUBLICAÇÕES E RELAÇÃO DELAS NÃO IMPUGNADA. AUSÊNCIA DE
QUESTIONAMENTO ACERCA DO CONTEÚDO DAS MATÉRIAS. a) Se os jornais
juntados demonstram que houve a inserção de notícias relativas ao Município, suas
Secretarias, Escolas, Creches e programa sociais patrocinados ou mantidos pelo
Município, no período em que o Autor alega não terem sido prestados os serviços de
publicidade, resta suficientemente demonstrado o cumprimento da obrigação que
deu origem ao pagamento. b) Comprovada a inserção das notícias no periódico e
não sendo oportunamente impugnados seus conteúdos pelo Autor, impõe-se
reconhecer que o Réu se desincumbiu satisfatoriamente do ônus que era seu.
4) DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPROCEDÊNCIA EM
RELAÇÃO A DOIS DOS RÉUS. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. NÃO
CABIMENTO. A procedência parcial do pedido formulado pelo MINISTÉRIO
PÚBLICO, em Ação Civil Pública, não induz à sua condenação ao pagamento de
honorários advocatícios, estes devidos somente se comprovada a má-fé do Autor,
hipótese que não ocorreu no caso dos autos.
5) APELOS E RECURSO ADESIVO AOS QUAIS SE NEGA PROVIMENTO.”
(grifou-se – TJPR, AC 380093-5, Acórdão nº 21674, Maringá, 5ª Câmara Cível,
Relator Leonel Cunha, DJPR 5/9/2008)

TJPR
“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ATOS DE IMPROBIDADE. LEI Nº
8429/92. EMISSÃO DE NOTAS E PAGAMENTO DE VERBAS AO ARREPIO DO
INTERESSE PÚBLICO. PREJUÍZO AO ERÁRIO E VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. PENAS CUMULATIVAS, APLICADAS NO
MÍNIMO.
1. A Constituição Federal é clara na intenção de alijar da vida pública os maus
agentes políticos.
2. E são maus aqueles agentes que ofendem os dizeres da LIA.
3. Atos praticados ao arrepio da Carta Maior, que geraram dano ao erário e
vilipêndio aos princípios vetores da administração pública, devem ser considerados
ímprobos, e como tais serem apenados.
3. As penas previstas para aqueles que praticam atos ímprobos são cumulativas,
não havendo que se falar na escolha delas, em prestígio à proporcionalidade.
Apelação 01 provida parcialmente. Apelação 02 provida.”
(grifou-se – TJPR, ApCiv 444012-6, Acórdão nº 20886, Nova Esperança, 5ª Câmara
Cível, Relator Rosene Arão de Cristo Pereira, DJPR 13/6/2008, p. 29)

TJMG
“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA.
DESPESAS COM REFEIÇÃO. SERVIDORES EM SOBREJORNADA. PROVA
INEXISTENTE. DOAÇÃO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO. CADASTRO DOS
BENEFICIADOS NÃO COMPROVADO. DANO AO ERÁRIO CARACTERIZADO.
RECURSO NÃO PROVIDO.
1. A Lei de improbidade administrativa é aplicável aos agentes políticos e eles devem
responder pelos danos decorrentes da má gestão de recursos públicos.
2. Configura a prática de improbidade administrativa a ação ou omissão do
administrador público que implique em enriquecimento ilícito do agente, cause prejuízo
ao erário e que atente contra os princípios da administração pública, dentre os quais
está incluída a moralidade, ao lado da legalidade, da impessoalidade e da publicidade.
3. Ausentes as provas necessárias relativas à destinação das verbas públicas utilizadas
em despesas com refeições e doações de materiais de construção, resta caracterizada
a lesão ao erário e a prática de improbidade administrativa.
4. Apelação cível conhecida e não provida, mantida a sentença que acolheu a
pretensão inicial.”
(grifou-se – TJMG, APCV 1.0012.05.003854-1/0011, Aiuruoca, 2ª Câmara Cível,
Relator Caetano Levi Lopes, j. 3/2/2009, DJEMG 11/2/2009)

TJGO
“AÇÃO CIVIL PÚLICA POR ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA.
I - Preliminar inconsistente. O artigo 17, § 3º, da Lei nº 8.429/92, proporciona a
participação do ente público vítima da improbidade administrativa no processo para
a apuração e a defesa de seu patrimônio.
II - Vereador não poderá, desde a expedição do diploma, firmar ou manter contrato
com o município, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes.
III - Locação sem avaliação prévia e contratada por preço superior a locação atual.
Comete ato de improbidade administrativa o presidente da Câmara Municipal
quando firma contrato de locação em nome da pessoa jurídica de direito público
interno, tendo por objeto o imóvel sob o domínio do vereador e primeiro secretário
da mesma casa de Leis, violando a proibição contida na Lei Orgânica do Município e
incidindo nas disposições do artigo 11, caput e inciso I, da Lei nº 8.429/92.
lV - A dispensa indevida de processo licitatório, ordenando a realização de despesas
não autorizadas em Lei, permitindo que se utilizasse em obra particular trabalho de
terceiros contratados pela administração publica, facultando enriquecimento ilícito as
custas de dinheiro público, configura-se ato de improbidade administrativa, definidos
no artigo 10, caput, incisos I, II, VIII, IX, XII e XIII da Lei nº 8.429/92 .
V - Recurso improvido, sentença mantida.”
(grifou-se – TJGO, AC 56135-5/188, 3ª Câmara Cível, Relator Charife Oscar Abrão,
j. 29/5/2001, DJGO 11/6/2001)

Você também pode gostar