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EXMO. SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DA VARA EMPRESARIAL DA COMARCA


DA CAPITAL DO RIO DE JANEIRO

REF.: PROCEDIMENTOS Nº 239/09

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no


uso de suas atribuições legais, por meio da presente e do Promotor de Justiça
subscrito, vem propor

AÇÃO CIVIL PÚBLICA


com pedido liminar

em face de TRANSPORTES ZONA OESTE LTDA., pessoa jurídica de direito


privado, com CNPJ nº 00.694.702/0001-12, com sede na Avenida Cesário de Melo,
nº 11.800, Paciência, nesta cidade, e de:

1) SÉRGIO ALEXANDRE HENRIQUES RODRIGUES, sócio-gerente, CPF


nº83339850763, RG nº 659414-4 IFP-DETRAN/RJ, com endereço à rua
Almirante Barroso, nº 800, Jardim 25 de Agosto, Duque de Caxias e Av.
Prefeito Dulcídio Cardoso, nº 11.000, aptº 205, Barra da Tijuca, nesta cidade;
2) JACOB & DANIEL PARTICIPAÇÕES S.A., sócio, CGC nº 0716190/0001-
60, com endereço ignorado;
3) FRANKLIN LOPES MARQUES, sócio-gerente, CPF nº 00868752720, com
endereço na Av. Sernambetiba, nº 50100, bloco 01, aptº 601, nesta cidade;
4) ANTÔNIO AUGUSTO ALVES FREITAS, sócio-gerente, CPF
01085123715, com endereço na Av. Lúcio Costa, nº 3660, bloco 02, aptº 503,
Barra da Tijuca, nesta cidade;
5) FERNANDO FERREIRA AMADO, sócio-gerente, CPF Nº 01085131734,
com endereço na AV. Lúcio Costa, nº 3600, bloco 02, aptº 1201, Barra da
Tijuca, nesta cidade;
6) MANOEL CORREA DE FREITAS, sócio-gerente, CPF nº 01085158772,
com endereço na Av. Lúcio Costa, nº 3600, bloco 02, patº 1801, Barra da
Tijuca, nesta cidade;
7) VALTER DO SANTOS LOPES, sócio-gerente, casado, engenheiro
eletrônico, CPF nº 37378210706 e RG nº 2495030-5 IFP/DETRAN-RJ, com
endereço na Av. Chrisóstomo Pimentel de Oliveira, nº 1471, Anchieta, nesta
cidade;
8) ÁLVARO RODRIGUES LOPES, sócio-gerente, solteiro, CPF nº
41119150787 e RG nº 2551699-8 IFP/DETRAN-RJ, com endereço
Chrisóstomo Pimentel de Oliveira, nº 1471, Anchieta, nesta cidade;
9) JACOB BARATA FILHO, sócio, CPF nº 34113762791, na Estrada Velha da
Tijuca, nº 2350, Alto da Boa Vista, nesta cidade;
10)DAVID FERREIRA BARATA, sócio, CPF nº 62907620797, na Estrada
Velha da Tijuca, nº 2350, Alto da Boa Vista, nesta cidade;
11)JACOB BARATA, sócio-gerente, CPF nº 00580570720, na Estrada Velha da
Tijuca, nº 2350, Alto da Boa Vista, nesta cidade;
12)ROSANE FERREIRA BARATA, sócia, CPF 62907590782, com endereço
na Estrada Velha da Tijuca, nº 2350, com endereço no Alto da Boa Vista,
nesta cidade,

pelas razões de fato e de direito que passa a expor:

PRELIMINARMENTE

O MINISTÉRIO PÚBLICO possui legitimidade para a propositura de ações


em defesa dos direitos transindividuais dos consumidores, ex vi do art. 81, parágrafo
único, II e III c/c art. 82, I da lei nº 8.078/90. Ainda mais em hipóteses como a
vertente, em que o número de lesados é extremamente expressivo e se encontra
disperso, dificultando a defesa dos respectivos direitos individuais.

Constata-se, ainda, que os valores em jogo são relevantes, já que os serviços


prestados pelas empresas-rés abrangem um número ingente de consumidores,
revelando, por conseguinte, o interesse social que justifica a atuação do Ministério
Público.

Neste sentido, podem ser citados vários acórdãos do E. Superior Tribunal de


Justiça, entre os quais:
“PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO COLETIVA. DIREITOS
COLETIVOS, INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS E DIFUSOS.
MINISTÉRIO PÚBLICO. LEGITIMIDADE.
JURISPRUDÊNCIA. AGRAVO DESPROVIDO.
O Ministério Público é parte legítima para ajuizar ação
coletiva de proteção ao consumidor, inclusive para tutela de
interesses e direitos coletivos e individuais homogêneos.
(AGA 2523686/SP, 4ª Turma, DJ 05/06/2000, pág. 176)”

A Instituição autora, neste mister, atua no exercício que lhe confere o Título
IV, Capítulo IV, Seção I, da Carta Constitucional de 1988, mais precisamente do
inciso III, do art. 129, onde "são funções institucionais do Ministério Público (III)
promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio
público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos”.

Na esteira desse dispositivo citado, o artigo 25, inciso IV, alínea "a", da Lei
Federal 8.625/93 - Lei Orgânica Nacional do Ministério Público - estatui que "além
das funções previstas nas Constituições Federal e Estadual, na Lei Orgânica e em
outras leis, incumbe, ainda, ao Ministério Público (..) promover o inquérito civil e
ação civil pública (..) para a proteção, a prevenção e a reparação dos danos
causados ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, aos
bens e direitos de valor artístico, e a outros interesses difusos, coletivos,
homogêneos e individuais indisponíveis" (grifei).

A Lei n. ° 7.347/85 (LACP) atribui legitimidade ao Ministério Público para o


ajuizamento de ação civil pública para a prevenção ou reparação dos danos causados
ao consumidor, em decorrência de violação de interesses ou direitos difusos,
coletivos e individuais homogêneos (v. artigos 1º, 3º, 5°, "caput", e 21).

A Lei n. ° 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor) atribui ao Ministério


Público legitimação para a defesa coletiva dos interesses ou direitos difusos,
coletivos e individuais homogêneos do consumidor, com fulcro no artigo 82, inciso
I, c/c o artigo 81, parágrafo único, incisos I e II.
DOS FATOS

A empresa-ré é prestadora de serviço público de transporte coletivo municipal


na cidade do Rio de Janeiro, operando diversas linhas de ônibus que atendem a
região da Zona Oeste deste município.

Ocorre que reclamações partidas de moradores de diversas localidades


noticiam a prestação de serviço de transporte defeituoso efetivada por tal empresa.

Oficiada a SMTR – SECRETARIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES –,


informou às fls. 32 do procedimento nº 239/09 que a empresa ré estaria operando a
linha 1131, Santa Cruz x Castelo, em desconformidade com o Ofício SMTR/SMTU-
A 19/2004, motivo pelo qual foi enquadrada no art. 6º, inciso VII e multada através
da CM nº 720697, in verbis:

“Art. 6º - A empresa permissionária deve operar em


conformidade com o plano aprovado pela SMTU,
caracterizando-se como penalizáveis, além de outros, os
seguintes procedimentos:
(...)
VII – não cumprir resolução, portaria, instrução, edital,
aviso ou qualquer outra espécie de determinação baixada
por autoridade competente;”

Prosseguiu, ainda, informando que a empresa ré alterou o itinerário regular da


linha, operando com alguns carros o itinerário do serviço S-15, Lavradio x Santa
Cruz, na linha 1131, que somente está autorizada a operar com 03 carros sem ar-
condiciconado, para os quais é permitida a cobrança a tarifa de R$ 2,20, e com 14
carros com ar-condicionado, cuja tarifa autorizada é de R$ 4,40, tendo sido, por isso,
enquadrada no artigo 6º, inciso I do Código Disciplinar Modal de Ônibus e multada
através da CM nº 720696, senão vejamos:

“Art. 6º - A empresa permissionária deve operar em


conformidade com o plano aprovado pela SMTU,
caracterizando-se como penalizáveis, além de outros, os
seguintes procedimentos:

I – alterar o itinerário aprovado;”


Portanto, ainda que esteja autorizada a operar a linha S-15 com carros com ar-
condicionado cujo valor tarifário é de R$ 4,40, está limitada a aí atuar apenas com
14 (catorze) carros, o que resta alterado com a inserção de carros que somente estão
autorizados a circular na linha 1131, ainda que o valor tarifário autorizado para esta
seja também de R$ 4,40.

Tais fatos demonstram a renitência da ré em descumprir os atos


administrativos que está obrigada a cumprir, eis que corroborados por outros
análogos e que já constituem a causa petendi da ação civil pública nº
2009.001.015825-6, ora em trâmite perante a 2ª VARA EMPRESARIAL desta
comarca, eis que lá consta ofício oriundo da SMTR – SECRETARIA MUNICIPAL
DE TRANSPORTES – informando que em fiscalização constatou que operava a ré a
linha 1131 com veículos tipo rodoviário, sem ar-condicionado, e microônibus
rodoviários, com ar-condicionado, com tarifa de R$ 5,00 (cinco reais), contrariando
ofício regulador da COORDENADORIA REGIONAL DE TRANSPORTES que
somente a autoriza a operar com veículos do tipo ônibus urbano, com tarifa de R$
2,10 (dois reais e dez centavos), e com veículos ônibus urbano tipo I, com ar-
condicionado, com tarifa de R$ 2,40 (dois reais e quarenta centavos), ofício este
datado de 28 de novembro de 2008.

DO DIREITO

Enquanto prestadora de serviço público que é, tem-se a dizer que tem a ré por
obrigação manter serviço público adequado e eficiente, ex vi do art. 175, p.u., IV da
CF/88 e do art. 6º, X da lei nº 8.078/90.

Ademais, é direito básico do consumidor a proteção contra práticas abusivas


no fornecimento de serviços, a teor do art. 6º, IV da lei nº 8.078/90, verificando-se
esta in casu quando coloca a ré serviço de transporte coletivo em desacordo com as
normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes no mercado de consumo, sendo
multada por não cumprir várias determinações, conforme facilmente se vê das
comunicações de multas citadas, restando infringido, pois, o art. 39, VIII da lei nº
8.078/90.
Não se pode ter por eficiente e adequado o dito serviço ao se verificar que a
empresa ré não vem observando o determinado pelo Poder Concedente ao alterar o
itinerário da linha 1131, Santa Cruz x Castelo, para operar com alguns carros o
itinerário do serviço S-15, Lavradio x Santa Cruz, a fim de auferir um maior lucro,
já que opera esta última linha com um número maior de coletivos que o
efetivamente autorizado, em detrimento da linha 1131.

Não se pode ter por adequado e eficiente o serviço de transporte público já


que, com a dita alteração, a linha 1131, Santa Cruz x Castelo, passa a ser
disponibilizada com um menor número de veículos o que certamente fará com que
os usuários do serviço fiquem aguardando por outro veículo por um período maior e,
provavelmente, quando este passar estará com sua lotação no mínimo acima do
esperado. Observe-se que é o serviço de transporte coletivo essencial à população,
devendo, pois, ser contínuo, além de adequado, eficiente e seguro, na forma do art.
22, caput, da lei nº 8.078/90, devendo, em caso de descumprimento, ser compelida a
ré a cumprir tais requisitos e reparar os danos causados, ex vi do parágrafo único
deste dispositivo legal.

Aliás, é a própria Constituição Federal que dispõe serem as pessoas jurídicas


de direito privado prestadoras de serviço público responsáveis objetivamente pelos
danos causados por atos de seus agentes, ex vi do § 6º do seu art. 37.

Como se não bastasse, o art. 14 da lei nº 8.078/90 estabelece a mesma


responsabilidade objetiva aos prestadores de serviços pelos danos causados aos
consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, considerando-se
defeituoso, dentre outros, aqueles que não fornecem a segurança que dele se possa
esperar, consideradas certas circunstâncias, dentre elas, o modo de seu fornecimento,
o resultado e os riscos que razoavelmente deles se esperam, a teor do § 1º, incisos I e
II do dispositivo legal supra.

Fácil é concluir que não se pode ter por seguro um serviço de transporte
coletivo prestado de forma irregular, como se verifica no caso presente, uma vez que
a empresa ré não vem respeitando o itinerário aprovado pelo Poder Concedente para
a linha 1131, Santa Cruz x Castelo. Ressalta-se que com a referida alteração a
empresa ré auferirá uma maior lucratividade, eis que o número de coletivos para
operar o serviço da linha S-15 será maior do que permitido, em prejuízo da linha
1131 que, ao ter deslocado para esta linha os seus coletivos, operará sempre com
baixa frota, gerando os danos acima mencionados.
Assim, mister se faz a presente ação civil pública para se tutelarem os direitos
metaindividuais dos usuários das linhas de ônibus operadas pela empresa-ré, eis que
direito dos consumidores à efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e
morais, individuais, coletivos e difusos que lhe são ou poderão ser causados, a teor
do art. 6º, VI da lei nº 8.078/90.

DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA

Tendo em vista que a empresa ré é useira e vezeira das práticas abusivas suso
mencionadas, eis que já figura como ré por fatos análogos em duas outras ações
civis públicas promovidas por esta PROMOTORIA DE JUSTIÇA, verifica-se que a
dita empresa está sendo utilizada para a prática rotineira de infrações à lei, com o
cometimento renitente das práticas abusivas acima consignadas, redundando em
prejuízo diariamente causado ao consumidor usuário dos serviços públicos de
transporte que presta.

Em sendo assim, como medida para assegurar a eficácia prática da decisão


que ora se pleiteia, faz-se necessária a decretação da desconsideração da
personalidade jurídica da ré a fim de alcançar a pessoa de seus sócios, o que ora se
requer, com vistas a coibir a perpetuação dos excessos e abusos até agora
praticados, a teor do disposto no art. 28 da lei nº 8.078/90.

Com tal proceder, requer-se, ad cautelam, a decretação da indisponibilidade


dos bens móveis e imóveis, bem como de todo e qualquer numerário que se
encontre depositado em nome dos sócios e da empresa-ré até o julgamento final
da presente demanda, evitando-se, com isso, que haja evasão do patrimônio
necessário para garantir a satisfação da pretensão jurídica ora exercida, o que ora
se requer, com fincas no art. 84, § 5º da lei nº 8.078/90 e do art. 273, § 7º do CPC,
haja vista o princípio da fungibilidade agora existente entre tutela cautelar e
antecipação de tutela, conforme o novel dispositivo legal suso citado.

Para garantir-se a eficácia de tal indisponibilidade, requer-se, desde já, seja


oficiado aos RGI’s deste estado, aos 5º e 6º distribuidores gerais, bem como ao
DETRAN/RJ e ao BANCO CENTRAL DO BRASIL para que se verifique a
existência de bens móveis e imóveis em nome dos sócios e da empresa-ré, bem
como de numerário, determinando-se sua indisponibilidade, na forma acima
requerida.
Tais medidas são tomadas em virtude, inclusive, de os sócios VALTER e
ÁLVARO acima qualificados responderem a diversos procedimentos de índole
criminal, inclusive, por cometimento, em tese, de crime de apropriação indébita, o
que demonstra a necessidade de se garantir a eficácia das medidas judiciais ora
pleiteadas.

DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA

Diante da plausibilidade jurídica do pedido e do periculum in mora, há que se


deferir, também, a antecipação de tutela no presente processo para o fim de obrigar
os réus a, imediatamente, prestarem serviço de transporte coletivo eficaz,
adequado, contínuo e seguro, restabelecendo o itinerário da linha 1131, Santa
Cruz x Castelo, com o número de coletivos a que está obrigada a cumprir,
abstendo-se de alterar o itinerários destes coletivos para a linha S-15 ou para
qualquer outra que opere ou venha a operar, bem como a obedecer aos horários,
dias de funcionamento e à frota determinada, fazendo, desta forma, cessar todas
as irregularidades constatadas pela SMTR, sob pena de pagamento de multa
diária no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) ou interdição por tempo
necessário da empresa-ré à regularização de suas atividades, com o devido
afastamento dos sócios de sua gerência e administração, nomeando-se, para tanto,
interventor judicial, haja vista a reincidência das práticas abusivas ora descritas, eis
que se trata de serviço público essencial à população.

A plausibilidade do direito alegado é demonstrada não só pelas comunicações


de multas aplicadas pela SMTR à empresa-ré e que demonstram a ocorrência na
prática de infrações que importam na prestação defeituosa dos serviços a que se
destinam, bem como face às duas ações civis públicas já propostas, cujas cópias das
exordiais seguem em anexo.

O periculum in mora decorre da demora natural do processo, eis que


demandará tempo até que se aperfeiçoe a relação jurídica processual e até que se
exauram todas as fases processuais, o que pode acarretar a ineficácia do provimento
jurisdicional satisfativo definitivo que ora se busca.

Isto posto, requer-se na melhor forma de direito a concessão da tutela


antecipada, a teor do art. 84 do CDC e 273, § 7º do CPC, devendo-se oficiar à
SMTR a fim de que proceda à fiscalização do cumprimento de tal decisão.
DO PEDIDO

Ex positis, requer o MINISTÉRIO PÚBLICO:

1 - a condenação dos réus a, imediatamente, prestarem serviço de transporte


coletivo eficaz, adequado, contínuo e seguro, restabelecendo o itinerário da linha
1131, Santa Cruz x Castelo, com o número de coletivos a que está obrigada a
cumprir, abstendo-se de alterar o itinerários destes coletivos para a linha S-15 ou
para qualquer outra que opere ou venha a operar, bem como a obedecer aos
horários, dias de funcionamento e à frota determinada, fazendo, desta forma,
cessar todas as irregularidades constatadas pela SMTR, sob pena de pagamento
de multa diária no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) ou interdição por
tempo necessário da empresa-ré à regularização de suas atividades, com o devido
afastamento dos sócios de sua gerência e administração, nomeando-se, para tanto,
interventor judicial;

2 - a condenação dos réus ao ressarcimento de qualquer dano material a ser


liquidado em pertinente processo de liquidação;

3- a condenação dos réus a título de ressarcimento de dano moral coletivo no


valor de R$ 1.000.000,00 (hum milhão de reais) a ser depositado no fundo de
ressarcimento descrito no art. 13 da lei nº 7.347/85;

3 – seja determinado, em definitivo, a desconsideração da personalidade jurídica


da empresa, bem como, a indisponibilidade dos bens móveis e imóveis, bem como
de todo e qualquer numerário que se encontre depositado em nome de seus sócios
até o julgamento final da presente demanda;

4 – seja declarado, ante a reiteração das praticas abusivas não só descritas no


corpo desta inicial, mas também nas iniciais das outras ACP’s suso mencionadas,
que a ré descumpre reiteradamente as obrigações a que está sujeita enquanto
prestadora de serviços públicos de transporte no que pertine à cobrança abusiva
de tarifas, mudança de itinerário e utilização de veículos inadequados, não
prestando, destarte, serviço público contínuo, eficaz, adequado e seguro, com
ofensa ao art. 6º, X e 22 da lei nº 8.078/90, se fazendo mister tal declaração ante o
disposto no art. 4º, p.u. do CPC, sem prejuízo dos pedidos de ressarcimento dos
danos daí oriundos, conforme suso pleiteado, eis que enquanto questões
processuais meramente prejudiciais quanto ao mérito da demanda poderão ser
rediscutidas em outra ação, por não integrarem a parte dispositiva da r. sentença,
ex vi do disposto no art. 469, I, II e III do CPC.

5 - a citação dos réus, para responderem à presente, sob pena de revelia;

6 – a publicação de editais, na forma do art. 94 do CDC;

7 – a produção de todos os meios de prova admitidos em direito, notadamente, prova


testemunhal, depoimento pessoal, prova documental, etc.;

8 – a condenação dos réus à paga de honorários advocatícios a serem revertidos à


Procuradoria Geral do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, a teor da lei
estadual nº 2.819/97;

Dá-se à causa o valor de R$1.000.000,00 (hum milhão de reais).

Rio de Janeiro, 14 de dezembro de 2009.

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