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DIREITO CIVIL:

PARTE GERAL
- DIREITOS DA PERSONALIDADE
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e
reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida
prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou
colateral até o quarto grau.

– PESSOAS JURÍDICAS
IMPORTANTE:
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins
não econômicos.
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.

Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la

- NEGÓCIOS JURÍDICOS
CC, Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme
for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos
negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de
direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo
vigente no País
Espécies de simulação:
Diante da questão, por razões didáticas, serão abordadas as espécies de simulação
presentes no ordenamento jurídico pátrio, para enfim apresentar a alternativa correta.
Simulação absoluta: É um ato negocial praticado para não ter eficácia. Ou seja, na
realidade, não há nenhum negócio jurídico, mas mera aparência. Como exemplo,
podemos citar confissões de dívidas simuladas no intuito de prejudicar o cônjuge na
partilha de bens.
Simulação relativa: Diferentemente da absoluta, nesta há de fato um negócio jurídico,
todavia ocultado por um outro. Percebe-se, assim, dois atos negociais, um aparente
(simulado – nulo) e um “escondido” (dissimulado – eventualmente convalidado, se
válido na forma e substância).
A simulação relativa pode ainda ser dividida em:
Simulação relativa subjetiva: quando “aparentarem conferir ou transmitir direitos a
pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem” (Art. 167,
§1º, inciso I do Código Civil)
Simulação relativa objetiva: “quando contiverem declaração, confissão, condição ou
cláusula não verdadeira”; ou “se os instrumentos particulares forem antedatados, ou
pós-datados” (Art. 167, §1º, inciso II e III do Código Civil).
Art. 206. Prescreve:
§ 5 o Em cinco anos:
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou
particular;

Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do


devedor, não obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir
a ação.
Lembrando que "ilidir" significa refutar, impugnar, rebater etc., ou seja, no caso dado a
prescrição da dívida, que era de conhecimento do devedor, constituía meio apto para
ilidir a ação, tendo ele [devedor], ainda, oposto ao pagamento.
Se o terceiro não interessado fizer o pagamento em nome e em conta do devedor, sem
oposição deste, não terá direito a nada, pois é como se fizesse uma doação, uma ato de
liberalidade (interpretação do art. 304, parágrafo único, do CC). Em caso de dúvidas,
prevalece a premissa segundo a qual o terceiro pagou em seu próprio nome, eis que atos
de liberalidade não admitem interpretação extensiva (art. 114 do CC).

Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes


convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da
obrigação ou das circunstâncias.
Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher entre eles.

Art. 188. Não constituem atos ilícitos:


I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover
perigo iminente.

- RESPONSABILIDADE CIVIL:
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não
forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro,
contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver
ressarcido ao lesado.
Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa de quem se
causou o dano (art. 188, inciso I).

O ato praticado em estado de necessidade é lícito, conforme previsto no art. 188, II do


CC. No entanto, mesmo sendo lícito, não afasta o dever do autor do dano de indenizar a
vítima quando esta não tiver sido responsável pela criação da situação de perigo (art.
929).
Desse modo, o causador do dano, mesmo tendo agido em estado de necessidade,
deverá indenizar a vítima e, depois, se quiser, poderá cobrar do autor do perigo aquilo
que pagou (art. 930).
Vale ressaltar, no entanto, que o valor desta indenização deverá ser fixado com
proporcionalidade, evitando-se a imposição de valores abusivos (desproporcionais) para
alguém que estava agindo de forma lícita.
STJ. 3ª Turma. REsp 1292141-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 4/12/2012
(Info 513).

DIREITO ADMINISTRATIVO:
- ATOS ADMINISTRATIVOS:
Ratificação: corrige o vício de incompetência
Reforma: Retira o objeto inválido e mantém o válido
Conversão: retira-se a parte inválida do ato e a substitui por uma parte válida
Em regra, os atos administrativos precisam ser motivados, isto é, deve haver uma
finalidade específica que se pretende alcançar com ele. A não motivação do ato, ou uma
motivação que não seja do interesse público, configura razão para nulidade por vício no
elemento finalidade. Este vício, por sua vez, é considerado desvio de poder (ou desvio
de finalidade).
A falta de motivo de ato administrativo revela elemento indiciário do desvio de poder.

- IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA:
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se agente público o agente político, o
servidor público e todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma
de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades referidas
no art. 1º desta Lei (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)

DIREITO CONSTITUCIONAL:
- COMPETÊNCIA
Se trata de competência dos Tribunais de Justiça processar e julgar originariamente os
mandados de segurança contra atos de governadores, conforme disposto na Constituição
Estadual.

FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA:


Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime
democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos
humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais
e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV
do art. 5º desta Constituição Federal.

- PODER JUDICIÁRIO:
Compete ao Conselho Nacional de Justiça, enquanto órgão administrativo, fazer o
controle da atividade administrativa, financeira ou disciplinar de todos os órgãos e de
todos os juízes do Poder Judiciário nacional.
Comentário: O item está ERRADO, pois o Supremo Tribunal Federal já afirmou que,
não obstante as atribuições de controle da atividade administrativa, financeira e
disciplinar da magistratura atribuídas ao CNJ pela Constituição Federal, essa
competência é relativa apenas aos órgãos e juízes situados, hierarquicamente, abaixo da
Corte Suprema, havendo, assim preeminência deste, como órgão máximo do Poder
Judiciário, sobre o Conselho, cujos atos e decisões estão sujeitos a seu controle
jurisdicional (arts. 102, caput, I, “r”, e 103-B, § 4º, CRFB/1988). Em assim sendo, o
Conselho Nacional de Justiça não tem nenhuma competência sobre o Supremo Tribunal
Federal e seus ministros, sendo esse último o órgão máximo do Poder Judiciário
nacional, a que aquele está sujeito (ADI n° 3.367/DF, Rel.: Min. Cezar Peluso, Pleno, j.
em 13.4.2005).

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