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ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
AÇÕES COLETIVAS
1. Ação popular
2. Ação de improbidade administrativa
3. Ação civil pública
AÇÕES COLETIVAS
1. Ação Popular:
Lei 4.717/65
O legitimado ativo é o cidadão, mas o MP é fiscal e pode assumir a titularidade, caso haja abandono ou desistência
injustificados ou caso após 60 dias do trânsito em julgado da sentença não houver execução.
A pessoa jurídica interessada é litisconsorte necessária (deve ser citada), mas pode optar pelo polo ativo ou passivo.
Ainda, no curso do processo, ela pode mudar de polo. Por isso alguns autores falam em “litisconsórcio pendular”.
O objeto da Ação Popular tradicionalmente era anular o ato lesivo mais o pedido de ressarcimento, se houve danos.
Mas a partir de 1988 houve ampliação e é possível a proteção de direito metaindividual.
Segue-se o procedimento comum, mas o prazo de resposta é de 20 dias, prorrogáveis por mais 20 dias.
Mas, por ser uma regra especial, não há prazo em dobro para MP, ou para corréus com advogados distintos. O
prazo para resposta é sempre de 20 dias, prorrogáveis por mais 20.
Há previsão de remessa necessária nos casos de: improcedência da ação ou de extinção sem mérito por carência
da ação.
O MP, na ação popular, portanto, pode dar parecer (se fiscal) ou assumir o polo ativo e seguir como autor (na fase
de conhecimento) ou exequente (na fase executiva).
Lei 8.429/92
Objeto: anulação do ato improbo, ressarcimento ao erário e imposição das sanções da improbidade.
Há tese do MP de que o promotor deve indicar expressamente as sanções que pretende. A ideia é não fazer pedido
genérico.
Legitimidade passiva: agente público que praticou ato de improbidade, os participantes do ato ou contrato e os
beneficiários.
Esse litisconsórcio entre agentes públicos e beneficiários, segundo o STJ, é facultativo e simples, em regra.
O procedimento de ação de improbidade é o comum, mas tem um detalhe, já que prevê a intimação dos réus para
apresentar defesa prévia em 15 dias, depois o juiz decide se recebe ou rejeita a ação.
Diz-se, portanto, que a ação de improbidade é uma espécie de ação civil pública, porque tem a defesa prévia,
legitimidade reduzida e medidas cautelares específicas.
a. Sequestro
Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão
representará ao Ministério Público ou à procuradoria do órgão para
que requeira ao juízo competente a decretação do sequestro dos bens
do agente ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado
dano ao patrimônio público.
§ 1º O pedido de sequestro será processado de acordo com o disposto
nos arts. 822 e 825 do Código de Processo Civil.
§ 2° Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o
bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações financeiras mantidas
pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos tratados
internacionais.
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c. Indisponibilidade de bens
O STJ diz que se trata em medida cautelar baseada na evidência. Ou seja, não se exige perigo da demora (risco de
dilapidação do patrimônio). Basta que tenha pedido de ressarcimento.
É importante saber que toda a vez que houver ilegalidade, ou lesão ao erário u enriquecimento sem causa, em tese
cabe ação popular por qualquer cidadão ou ação de improbidade. O que ocorre, em regra, é reunião por continência
(porque o pedido da ação popular estaria contido na ação de improbidade).
Lei 7.347/85
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§ 2º Fica facultado ao Poder Público e a outras associações legitimadas
nos termos deste artigo habilitar-se como litisconsortes de qualquer
das partes.
§ 3° Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por
associação legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado
assumirá a titularidade ativa. (Redação dada pela Lei nº 8.078, de
1990)
§ 4.° O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz,
quando haja manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou
característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser
protegido. (Incluído pela Lei nª 8.078, de 11.9.1990)
§ 5.° Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os Ministérios
Públicos da União, do Distrito Federal e dos Estados na defesa dos
interesses e direitos de que cuida esta lei. (Incluído pela Lei nª
8.078, de 11.9.1990)
§ 6° Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados
compromisso de ajustamento de sua conduta às exigências legais,
mediante cominações, que terá eficácia de título executivo
extrajudicial. (Incluído pela Lei nª 8.078, de 11.9.1990)
Legitimidade passiva: qualquer pessoa que cause dano ou ameaça a interesse metaindividual.
Objeto: qualquer interesse metaindividual (meio ambiente, urbanismo, questões de etnia, etc.).
Será vara cível, quando só particulares; ou Fazenda quando envolver Estado, Município, suas autarquias e
fundações; ou federal se envolver União suas autarquias, fundações ou empresas públicas.
Quando eu comparo uma ACP com uma ação de improbidade, tem-se que:
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