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PRETO- SP
Processo nº
I. DOS FATOS
Logo, foi notado por ele que fora vítima de furto qualificado,
especificadamente fraude bancária por falha na segurança da prestação de serviços bancários
realizados pela ré, uma vez que houve a retirada de todo o valor de sua conta por meio do PIX, além
da realização de crédito consignado em seu nome no valor de R$ xxxxx, também com saque deste
valor no dia xxxxx.
No mesmo dia, a vítima compareceu à Delegacia para a realização de
um Boletim de Ocorrência para o registro do crime, sendo ele emitido as xxxx horas.
Ainda, na mesma data, por volta das xxxxx horas, o requerente entrou
em contato com o saque da instituição bancária para se informar dos procedimentos a serem seguidos
para a restituição dos valores. Foi a ele informado a necessidade de contato com o gerente que cuidava
de suas finanças no endereço da instituição financeira que ele havia aberto conta, mas que, de
antemão, a empresa não responsabilizava por tais atos fraudulentos.
II. DO DIREITO
Tudo isso garante que, de acordo com o § 2º do art. 300, a tutela seja
deferida liminarmente inaudita altera pars, ou seja, a partir de um contraditório postergado “[...]
quando a demora inerente à formação do contraditório implicar concretização da ameaça que se
pretende inibir reiteração de ilícito ou a sua continuação, ocorrência de dano irreparável ou de difícil
reparação ou agravamento injusto do dano.”, de acordo com Marinoni.
Cabe salientar que, por força do art. 6º, VIII, do CDC, é possível ao
juiz inverter o ônus da prova quando for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente,
segundo as regras ordinárias de experiências. Frente o poder de controle sobre as transações bancárias
realizadas em seus sistemas e da utilização dos dados de seus clientes, apesar da culpa ser objetiva
frente a instituição, é plenamente capaz a demonstração de quem é o culpado, conforme jurisprudência
colacionada.
Frente a isso, de acordo com art. 46, “Os agentes de tratamento devem
adotar medidas de segurança, técnicas e administrativas aptas a proteger os dados pessoais de acessos
não autorizados e de situações acidentais ou ilícitas de destruição, perda, alteração, comunicação ou
qualquer forma de tratamento inadequado ou ilícito.”
Dispõe o art. 927 do CC: "Aquele que, por ato ilícito, causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos especificados em lei [...]”
4. DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
O requerente, com fulcro nos artigos 319, inciso VII, e 334 do CPC,
manifesta-se favorável a audiência de conciliação, requerendo desde já a designação de data para ato
conciliatório.
5. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Requer, também:
d) REQUERIMENTOS FINAIS
Nestes termos,
Pede-se deferimento.
Local, data.
OAB/SP nº 451.486