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INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO

Direção Defensiva

DIREÇÃO DEFENSIVA
MÓDULO IV - PARTE B

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 1


INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO
Direção Defensiva

2 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


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SUMÁRIO: DIREÇÃO DEFENSIVA

APRESENTAÇÃO ....................................................................................................... 7
ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO ................................................................................... 9

UNIDADE I
EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO ........................................................... 13
1. A educação no trânsito ........................................................................................ 13
2. Elementos do trânsito ........................................................................................... 14
3. Acidentes de trânsito ............................................................................................ 14
3.1. Acidentes evitáveis ............................................................................................ 15
3.2. Acidentes não-evitáveis ..................................................................................... 15
4. Métodos de prevenção ........................................................................................ 15
4.1. A engenharia ................................................................................................... 15
4.2. O policiamento ................................................................................................ 16
4.3. A educação no trânsito ..................................................................................... 16
5. Estatística nacional de acidentes ........................................................................... 17
6. O que fazer frente a um acidente de trânsito ......................................................... 17
6.1. Acidente sem vítimas ........................................................................................ 17
6.2. Acidente com vítimas ........................................................................................ 17
ATIVIDADE I ............................................................................................................ 19

UNIDADE II
DIREÇÃO DEFENSIVA ................................................................... 21
1. Definição de direção defensiva ............................................................................ 21
2. Motorista defensivo .............................................................................................. 21
3. Causas dos acidentes .......................................................................................... 21
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4. Elementos da direção defensiva ........................................................................... 21


4.1. Conhecimento .................................................................................................. 22
4.2. Atenção ........................................................................................................... 22
4.3. Previsão ........................................................................................................... 22
4.4. Decisão ........................................................................................................... 22
4.5. Habilidade....................................................................................................... 22
5. O condutor ......................................................................................................... 23
ATIVIDADE II ........................................................................................................... 24

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UNIDADE III
CONDIÇÕES ADVERSAS ............................................................... 27
1. Definição de condições adversas .......................................................................... 27
1.1. Condição adversa: luz ...................................................................................... 27
1.2. Condição adversa: tempo ................................................................................. 28
1.3. Condição adversa: via...................................................................................... 28
1.4. Condição adversa: trânsito ............................................................................... 29
1.5. Condição adversa: veículo ................................................................................ 30
1.6. Condição adversa: motorista ............................................................................ 31
ATIVIDADE III .......................................................................................................... 33

UNIDADE IV
AQUAPLANAGEM OU HIDROPLANAGEM ........................................ 35
1. Aquaplanagem ou hidroplanagem ....................................................................... 35
2. Pneus .................................................................................................................. 35
2.1. Partes de um pneu ............................................................................................ 35
2.2. Tipos de pneus ................................................................................................. 36
2.3. Pressão do ar ................................................................................................... 37
2.4. Verificação das pressões ................................................................................... 38
3. Balanceamento ................................................................................................... 38
3.1. Quando realizar o balanceamento .................................................................... 38
4. Rodízio ............................................................................................................... 39
5. Alinhamento ........................................................................................................ 39
5.1. Caster .............................................................................................................. 39
5.2. Camber ........................................................................................................... 40
5.3. Saiba quando se deve fazer o alinhamento ........................................................ 40
6. Como evitar a hidroplanagem ............................................................................. 40
ATIVIDADE IV .......................................................................................................... 42
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UNIDADE V
ÁLCOOL E A SEGURANÇA NO TRÂNSITO ....................................... 47
1. Álcool e o trânsito ............................................................................................... 47
ATIVIDADE V ........................................................................................................... 50

UNIDADE VI
CINTO DE SEGURANÇA ................................................................ 51
1. Cinto de segurança ............................................................................................. 51
2. Tipos de cinto de segurança................................................................................. 51
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2.1. Cinto sub-abdominal ........................................................................................ 51


2.2. Cinto diagonal ................................................................................................. 51
2.3. Cinto de três pontos ......................................................................................... 52
2.4. Outros tipos de cintos de segurança .................................................................. 52
3. Cinto de segurança na gravidez ........................................................................... 52
4. Cinto de segurança em crianças ........................................................................... 53
5. A legislação ........................................................................................................ 53
5.1. O Código de Trânsito Brasileiro ........................................................................ 53
5.2. A Resolução 277/2008 - CONTRAN ................................................................. 54
ATIVIDADE VI .......................................................................................................... 58

UNIDADE VII
PREVENÇÃO DE ACIDENTES ......................................................... 61
1. Colisões .............................................................................................................. 61
2. Tipos de colisões ................................................................................................. 61
2.1. Colisão com o veículo da frente ........................................................................ 61
2.2. Colisão com o veículo de trás ........................................................................... 62
2.3. Colisão frente a frente ...................................................................................... 62
2.4. Colisão em cruzamentos ................................................................................... 64
2.5. Colisão em ultrapassagens ............................................................................... 65
2.6. Colisão misteriosa ............................................................................................ 66
ATIVIDADE VII ......................................................................................................... 67

UNIDADE VIII
DISTÂNCIA DE SEGURANÇA NO TRÂNSITO .................................. 69
1. Distâncias ........................................................................................................... 69
1.1. Distância de seguimento ................................................................................... 69
1.2. Distância de parada ......................................................................................... 71
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1.3. Distância de reação ......................................................................................... 71


1.4. Distância de frenagem ...................................................................................... 72
ATIVIDADE VIII ........................................................................................................ 74

UNIDADE IX
PROCEDIMENTOS ADEQUADOS DO CONDUTOR DE VEÍCULOS ...... 77
1. Posicionamento do condutor dentro do veículo ...................................................... 77
2. Nas conversões ................................................................................................... 77
3. Passageiros ......................................................................................................... 78
4. Frente a condições adversas ................................................................................. 78
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5. Manobras de marcha-a-ré ................................................................................... 78


6. Ultrapassagem .................................................................................................... 78
7. Atitudes do motorista ........................................................................................... 80
8. A diferença entre parar e estacionar ..................................................................... 80
8.1. Parar ............................................................................................................... 80
8.2. Estacionar ........................................................................................................ 81
8.3. Estacionar ou parar numa emergência............................................................... 82
8.4. Partir da posição de parado ou estacionado ...................................................... 82
8.5. Posições convencionais de estacionamento de veículos ....................................... 83
9. Regras de preferência .......................................................................................... 84
10. Entrada e saída de rodovias .............................................................................. 84
10.1. Entrada em uma rodovia ................................................................................ 84
10.2. Saída de uma rodovia .................................................................................... 85
11. Condução econômica ........................................................................................ 85
ATIVIDADE IX .......................................................................................................... 87

UNIDADE X
PILOTAGEM DEFENSIVA............................................................... 91
1. O que é pilotagem defensiva ............................................................................... 91
2. Equipamento de segurança: ................................................................................. 91
2.1. Capacete ......................................................................................................... 91
2.2. Viseira ou óculos .............................................................................................. 98
2.3. Vestimenta ....................................................................................................... 98
2.4. Bota ................................................................................................................ 98
3. Postura ................................................................................................................ 98
4. Normas específicas para pilotagem defensiva ....................................................... 99
4.1. Procedimentos gerais de segurança ................................................................... 99
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4.2. Procedimentos em cruzamentos ....................................................................... 100


4.3. Procedimentos em curva ................................................................................. 100
4.4. Procedimentos ao usar os freios....................................................................... 101
ATIVIDADES X........................................................................................................ 102

ANEXO ....................................................................................... 105

RESPOSTAS DAS ATIVIDADES .................................................... 107

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................ 115


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APRESENTAÇÃO
APRESENTAÇÃO

Seja bem vindo ao Programa de Ensino a Distância para Formação,


Capacitação e/ou Reciclagem de Recursos Humanos da Área de Trânsito.
Este Programa foi elaborado especialmente para você, que pretende
ser uma pessoa capacitada na área de trânsito.
Ao elaborarmos este Programa de Ensino a Distância, bem como o
material didático a ser usado, tivemos o cuidado e a seriedade de fazê-lo
atendendo às suas necessidades e, acreditamos que você poderá ter sucesso
se, efetivamente, estudar e seguir as orientações apresentadas aqui.
Cada um dos Cursos a Distância possui várias disciplinas, este mate-
rial que você está recebendo é da disciplina de Direção Defensiva e Preven-
ção de Acidentes de Trânsito, que mostra as formas de dirigir sem se envolver
em acidentes.
Antes de iniciar esta disciplina, leia todas as informações sobre o Pro-
grama de Ensino a Distância para Formação, Capacitação e/ou Reciclagem
de Recursos Humanos da Área de Trânsito, em especial as Orientações para
Estudo, que se encontra nas páginas seguintes. Direção Defensiva

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ORIENTAÇÕES
ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO
PARA ESTUDO
Leia com atenção !

Neste Curso você será capaz de aprender, assimilando por si só todos


os conteúdos necessários à sua formação.
.
Lembre-se!
Como você ira estudar sozinho, antes de iniciar os seus estudos, pro-
cure tomar todas as providências descritas abaixo.

Horário
Escolha de preferência, sempre o mesmo horário
para estudar e na medida do possível, isto deve ser feito de
segunda-feira a sábado.

Ambiente
Escolha o local para estudar que seja do seu agrado, mas lembre-se:
televisão deve estar sempre desligada;
rádio, aparelho de som, etc, também sempre desligados;
não atenda ao telefone, campainha, etc;
alimente-se antes de iniciar seus estudos, mas sem exageros,
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você precisa de concentração máxima para estudar;


vá ao banheiro antes de iniciar os estudos.

Material pedagógico
Feito isso, leve para o local escolhido de estudo:
a apostila, lápis, caneta, borracha, régua;
dicionário, enciclopédia, livros que possam auxiliá-lo, etc.;
não esqueça de levar também o Código de Trânsito Brasileiro.

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Atenção!
Para estudar prefira os Códigos de Trânsito que contenham seus
Anexos bem como as Resoluções do Conselho Nacional de Trânsito -
CONTRAN.

Como estudar
1) Faça uma leitura global de cada unidade para se familiarizar com
o vocabulário (palavras, expressões, etc.) e conteúdos (matéria a
ser estudada).
2) Faça uma segunda leitura, bem mais detalhada, sublinhando con-
ceitos, definições e palavras que não são do seu
entendimento e anote-as ao lado da página.
3) As palavras ou expressões de difícil entendimento
devem ser anotados em uma folha e, com o au-
xílio de um dicionário ou enciclopédia, procure
seus significados. Desta forma, você estará cons-
truindo um amplo vocabulário que irá auxiliá-lo em seus estudos.
4) Após a segunda leitura, você deverá ter entendido conceitos, defi-
nições, palavras e expressões.
5) Isto feito, você com certeza terá compreendido melhor os textos,
as definições e os conceitos. Enfim, você já iniciou o seu próprio
processo de aprendizagem.
6) Antes de avançar para a próxima unidade, resolva as atividades
propostas, sempre com bastante atenção. Certamente, você não
terá dúvidas.
7) Para conferir as respostas dos exercícios, há uma folha de respos-
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tas ao final da apostila.


8) Confira as respostas; se houver algum erro, refaça com atenção e
lembre-se de que só estudando com muita atenção é que você
conseguirá sucesso em seus estudos e em sua vida profissional.

Atenção!
Estude no mínimo quatro horas por dia, de segunda a sábado, com
um intervalo de vinte minutos a cada duas horas.

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UNIDADE I
EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO

1. A educação no trânsito
Antes de iniciarmos o aprendizado sobre direção defensiva é impor-
tante ter consciência de alguns fatores fundamentais que vão ajudá-lo a re-
ver princípios básicos de educação
e valores referentes à vida.
Faça uma auto-análise
questionando no que acredita e
qual sua importância, pois vivemos
em um mundo onde tudo acontece
muito rápido, estamos sempre em
busca do que julgamos ser a me-
lhor forma de levarmos a vida, mas
ela nos cobra também dinheiro, su-
cesso, saúde e poder.
Aí é que vem o problema.
Teoricamente a vida deveria vir em
primeiro lugar, pois sem ela de que
adiantaria o dinheiro, poder e su-
cesso? Mas na prática não é o que acontece.
No mundo em que vivemos não temos muito tempo para nos preo-
cupar com detalhes, pois temos que trabalhar para obter dinheiro, conquis-
tar o poder e alcançar desta forma o sucesso. O inconveniente é que nossa
vida passou a ser um detalhe. No trânsito, então, um detalhe que passa des-
percebido, considerando que ainda vivemos a ilusão de que “comigo nada
acontece”. Somos incapazes de considerar que hoje estamos vivos e que
amanhã poderemos ser mais uma vítima fatal de acidente de trânsito ou,
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com mais otimismo, uma vítima inválida numa cama.


Então, antes de aprender sobre trânsito, tenha para si o verdadeiro
valor pela vida, com todos os cuidados que ela exige. Ame-a e respeite-a
acima de tudo e somente desta forma você estará preparado para defender
e ensinar o que aprendeu.

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Lembre-se!
Veículos, estradas, sinalizações e tudo que envolve o trânsito existem
para nos propiciar uma qualidade melhor de vida e não para
destruí-la.

2. Elementos do trânsito
Considera-se que o sistema de trânsito é constituído por três impor-
tantes fatores: a via, o veículo e o homem. O terceiro fator é o principal,
pois é o homem que comanda
todo o complexo sistema de trân-
sito.
Cabe então a você, edu-
cador, transmitir ao candidato à
Carteira Nacional de Habilitação,
não apenas as informações ne-
cessárias para que seja aprovado
nos exames e sim a conscientiza-
ção do papel do motorista que
deve ser desempenhado com responsabilidade, bom senso, prudência e prin-
cipalmente na prática de seus deveres e obrigações.

“ Todo homem é diferente de qualquer outro homem porque em virtude de sua


maneira pessoal e particular de ver e enfrentar o mundo, se comporta, sente e pensa de
acordo com padrões exclusivamente seus”.
Chris Argyris
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3. Acidentes de trânsito
É todo fato ocorrido em vias públi-
cas ou particulares ocasionando algum
dano material e/ou físico envolvendo
veículo(s), pessoa(s) e/ou animal(is).
Podemos classificar os acidentes
como evitáveis e não evitáveis:

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3.1. Acidentes evitáveis


São aqueles em que você deixou de fazer tudo o que razoavelmente
poderia ter feito para evitá-lo.
Exemplo: Se um condutor
não respeita a sinalização de
pare no cruzamento de uma via
preferencial, as possibilidades de
um acidente sobem a 100%.
Desta forma ele evitaria o aci-
dente respeitando a sinalização e
parando seu veículo.

3.2. Acidentes não-evitáveis


São aqueles provocados por condições
adversas que não dependam do homem, tais
como as condições atmosféricas (vento, chu-
va, granizo e neve), problemas na pista (óleo,
buracos, etc.) e no veículo.

4. Métodos de prevenção
Existem três meios de ação, considera-
dos o tripé básico para manter a ordem e o
bom funcionamento do trânsito. Podemos considerá-los como os principais
métodos de prevenção, são eles: A Engenharia, o Policiamento e a Educa-
ção no Trânsito.

4.1. A engenharia
Formada por engenheiros,
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planejadores, administradores e outros téc-


nicos que realizam projetos e implantam
dispositivos de segurança para os usuários
com a função de criar condições favoráveis
para a circulação de pessoas com segu-
rança, economia e eficiência.

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4.2. O policiamento
O policial e o agente de trânsito
devem exercer a função de orientar a po-
pulação usuária da via pública no cumpri-
mento das leis, coibindo abusos, punindo
infratores, evitando assim a geração de
acidentes.
Em caso de emergência, a polícia
atua de modo a auxiliar e socorrer aciden-
tados.
O policial de trânsito é elemento
essencial para a segurança de motoristas e
pedestres realizando desta forma o papel
de agente de humanização nas relações
de tráfego.
Podemos afirmar então que o policial tem por função orientar, polici-
ar e fiscalizar todas as atividades relacionadas ao trânsito.

4.3. A educação no trânsito


A Educação no Trânsito tem a função de orientar a população, inici-
ando o trabalho junto a crianças, instruindo-as com respeito aos riscos, às
causas e conseqüências dos aciden-
tes e, principalmente, na prática de
seus direitos e deveres em relação ao
trânsito.
A Educação tem papel funda-
mental no trabalho de
conscientização, pois não basta co-
nhecer as leis, temos que respeitá-las.
Direção Defensiva

Lembre-se!
“Educação no Trânsito, uma educação em respeito à vida”.

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5. Estatística nacional de acidentes

ÍNDICE\DADO 1995 1997 1998 2006


População 153.725.670 159.636.413 161.793.311 186.770.562
Fr ota 26.609.232 28.839.441 30.939.466 45.370.640
Acidentes (com vítima) 255.537 327.640 257.751 320.333
Vítimas Fatais 23.020 22.313 19.664 19.752

Vítima Não Fatais 286.732 297.993 311.126 404.385

Total de Vítimas 309.752 320.306 330.790 424.137

6. O que fazer frente a um acidente de trânsito


Se você se envolveu ou presenciou um acidente imediatamente deve-
rá tomar algumas providências:

6.1. Acidente sem vítimas


sinalizar o local,
desobstruir a via,
se necessário, avisar a
polícia de trânsito através
do número telefônico do
seu município, no caso
de acidentes em estradas,
avisar a Polícia Rodoviá-
ria no posto policial mais
próximo.
Direção Defensiva

6.2. Acidente com vítimas


Se tiver conhecimentos de primeiros socorros e sentir-se capaz, preste
socorro às vítimas encaminhando-as a
um hospital se necessário, caso contrá-
rio avise o Corpo de Bombeiro pelo
número telefônico 193 (nível
nacional).No caso de acidente em es-
tradas avisar a Polícia Rodoviária no
posto policial mais próximo.

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 17


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Se não for capaz de socorrer as vítimas, ajude sinalizando o local e


deixando a disposição seu veículo caso seja necessário transportar as vítimas
com urgência.
Se ao notar um acidente e perceber que a polícia e/ou o Corpo de
Bombeiro já se encontram no local, não pare por curiosidade, evitando, as-
sim, engarrafamento ou outro acidente.

Lembre-se!
Omissão de socorro é crime, conforme o Art. 304 do Código de Trânsi-
to Brasileiro.
Direção Defensiva

18 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


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ATIVIDADE I

01) RESPONDA
a) Qual é a função do educador, além de ensinar os conhecimentos
técnicos ao seu aluno, futuro condutor?

b) O que é acidente evitável? Exemplifique.

c) O que é acidente não-evitável? Exemplifique.

Direção Defensiva

d) Quais são os principais métodos de prevenção de acidentes?

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02) DEFINA
a) A função de educação no trânsito.

b) A função do policiamento de trânsito.

c) A função de engenharia de trânsito.


Direção Defensiva

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UNIDADE II
DIREÇÃO DEFENSIVA

1. Definição de direção defensiva


Direção defensiva é dirigir de modo a evitar acidentes, apesar das
ações incorretas (erradas) dos outros e das condições adversas (contrárias)
que encontramos nas vias de trânsito.

2. Motorista defensivo
Motorista defensivo é aquele que
adota um procedimento preventivo no trân-
sito, sempre com cautela e civilidade. O
motorista defensivo não dirige apenas, pois
está sempre pensando em segurança, em
prevenir acidentes, independente dos fatores
externos e das condições adversas que pos-
sam estar presentes.

3. Causas dos acidentes


Segundo dados formulados em pesquisa realizada na europa, as prin-
cipais causas de acidentes, com seus respectivos percentuais são:
problemas da via: 06%
problemas mecânicos: 30%
problemas do motorista: 64%
A principal causa de acidentes é o motorista, tornando-se assim o
principal alvo dos métodos de prevenção. A partir de um estudo mais deta-
lhado sobre o condutor surgiram os elementos da direção defensiva.
Direção Defensiva

4. Elementos da direção defensiva


Como vimos, a principal causa de acidentes é o motorista, tornando-
se assim o principal alvo dos métodos de prevenção. A partir de estudos mais
detalhados sobre o condutor, surgiram os elementos da direção defensiva,
que são: conhecimento, atenção, previsão, decisão e habilidade.
Vejamos agora cada um destes elementos.

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 21


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4.1. Conhecimento
Dirigir com segurança requer muitos conhecimentos: leis de trânsito,
normas, trajetos, sinalização, veículo e o seu próprio corpo. Ser capaz de
identificar as condições de todos os componentes do trânsito é imprescindí-
vel. Todos estes conhecimentos práticos e teóricos devem ser passados para
os futuros candidatos à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, pois
é fundamental na formação do condutor.

4.2. Atenção
O condutor de um veículo tem que
manter-se em estado de alerta durante
cada segundo em que se encontrar ao vo-
lante e consciente de que está sempre cor-
rendo o risco de um possível acidente.

4.3. Previsão
É a habilidade de prever e preparar-se para a maioria das eventuali-
dades. A previsão pode ser exercida sobre um raio de ação próximo ou dis-
tante. A direção defensiva exige tanto a prevenção a curto prazo como a
longo.
Exemplo: O motorista que revisa o seu veículo antes de iniciar uma
longa viagem está fazendo uma previsão a longo prazo ou mediata. En-
quanto aquele que prevê complicações em um cruzamento está fazendo pre-
visão a curto prazo ou imediata.

4.4. Decisão
Todo condutor precisa ser capaz de decidir e determinar qualquer
ação inesperada, pois ao reconhecer um perigo imediato a sua frente, ele
terá que tomar uma decisão e esta vai depender da sua habilidade para fazer
Direção Defensiva

uma escolha inteligente a tempo de evitar um acidente.

4.5. Habilidade
É o requisito que diz respeito à experiência que o condutor segura-
mente adquire com conhecimento, atenção, previsão e capacidade de deci-
são, tornando-se assim hábil para fazer qualquer manobra no trânsito sem
causar transtorno. E é esta habilidade que você, instrutor, deve passar ao
aluno no decorrer de suas aulas.

22 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


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5. O condutor
Todos os elementos da direção defensiva não funcionam se usados
isoladamente.
É na soma deles que o condutor estará hábil o suficiente para usar
todo o seu potencial.
Sendo importante que todas estas informações sejam levadas a todos
os candidatos à habilitação, fazendo com que os futuros motoristas tornem-
se conhecedores dos elementos da direção defensiva, tornando o motorista
mais maduro e responsável no trânsito.

Direção Defensiva

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ATIVIDADE II

01) DEFINA
Motorista defensivo.

02) RESPONDA
Qual das alternativas indica o principal causador de acidentes?Explique.
Problemas da via
Problemas mecânicos
Problemas do motorista
Direção Defensiva

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03) CAÇA PALAVRAS


No quadro abaixo, procure as palavras que correspondem aos elemen-
tos da direção defensiva:
G U O E H N I M V A A B
C O N H E C I M E N T O
A B Ç E B E T O G U E I
A D F A O D K H B N N K
Ç E H A B D E A C O Ç A
P C O N D U T B C A A A
R I R P O E V I S O O O
E S A O A C C L O E O I
V A G D F E E I D A D E
O O B V J U G D U R E C
A P R E V I S A O S P N
R O D A C O N D U T O R
F E I O A C A E K M F R

04) RESPONDA
Segundo o que você aprendeu, por que não é funcional usar os ele-
mentos da direção defensiva isoladamente?

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UNIDADE III
CONDIÇÕES ADVERSAS

1. Definição de condições adversas


As condições adversas são todos os fatores
que podem prejudicar sua forma de dirigir, influen-
ciando o desempenho do condutor, tornando suas
condições desfavoráveis ou inadequadas no trân-
sito.
Temos como condições adversas: a luz, o
tempo, a estrada, a trânsito, o veículo e o motoris-
ta.
Vejamos cada uma destas condições:

1.1. Condição adversa: luz


Esta condição adversa é responsável pela intensidade da luz natural
ou artificial, que em certos momentos, pode afetar a capacidade do motoris-
ta de ver ou ser visto, considerando que nossas pupilas demoram em média
de 4 a 7 segundos para se adaptar a uma nova intensidade de luz, seja o
ofuscamento ou a penumbra. O ofuscamento ocorre quando há excesso de
luz e a penumbra quando há falta de luz.
Exemplo: O ofuscamento acontecerá de duas formas: artificial e na-
tural. A primeira acontecerá quando o motorista que vier em sentido contrá-
rio ao nosso e estiver com luz alta nos faróis. A segunda acontecerá quando
os raios solares forem muito fortes ou estiverem muito inclinados, o que
acontece pela manhã e ao final da tarde.
O que fazer:
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a) No caso de faróis altos: alertar o motorista piscando os faróis;


se a situação persistir, volte a visão
para o lado direito do acostamen-
to;
diminuir a velocidade;
olhar para a linha branca da direita;
nunca olhar diretamente para os fa-
róis.

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b) No caso de sol:
mova o quebra-sol e ajuste-o de forma
a dar sombra aos seus olhos;
use óculos escuros;
dirija com atenção redobrada

Exemplo 2: A penumbra que acontecerá devido à falta de luz, à noite,


em ruas mal iluminadas, em túneis, com tempo nublado ou com muita cer-
ração. Nestas situações diminua a velocidade e use faróis baixos.

1.2. Condição adversa: tempo


Esta condição está relacionada diretamente com as condições at-
mosféricas tais como: chuva, vento, granizo, neve, neblina e até mesmo o
calor excessivo.
Estes fatores reduzem a visibilidade e tornam a estrada escorregadia e
perigosa. A grande maioria dos acidentes ocorridos em condições climáticas
devem-se à inadaptação de alguns motoristas que continuam a dirigir o seu
veículo de forma e velocidade incompatíveis ao clima do momento.
O que fazer:
reduzir a marcha;
acender os faróis (luz baixa);
acionar o limpador de pára-brisa;
evitar o embaçamento interno dos
vidros ligando o ar ou abrindo um
pouco as janelas;
se o tempo estiver muito ruim, sair
da estrada e esperar as condições melhorarem
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1.3. Condição adversa: via


Esta condição adversa refere-se ao caminho que vamos percorrer.
Reconhecer suas condições é muito importante e pode salvar sua vida. O
motorista deve ter consciência do estado das ruas ou estradas por onde vai
dirigir.
São muitas as condições adversas das vias de trânsito e listamos algu-
mas para que você tenha idéia dos problemas que irá enfrentar:

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curvas;
aclives;
declives;
largura da via;
acostamento;
buracos;
desvio;
árvores marginais à via;
desníveis;
obras na pista;
elevações;
trechos escorregadios;
lombadas;
tipos de pavimentação.
O que fazer:
Informe-se sobre as condições da via com a polícia ou pelas rá-
dios que oferecem este serviço ou ainda com outro motorista
que a conheça melhor do que você.
Observe e obedeça toda a sinalização, pois elas informam as
condições, proibições e restrições no uso da via.
Lembre-se de que as vias variam de uma para outra. Portanto di-
rija sempre de acordo com as condições que ela lhe oferecer.

1.4. Condição adversa: trânsito


As condições de trânsito envolvem
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a presença de outros usuários nas ruas e


estradas, interferindo no comportamento
do motorista.
O trânsito pode sofrer variações
de acordo com a via , o número de veí-
culos e a fluidez do tráfego. O motorista
tem que estar preparado para enfrentar congestionamento (baixa velocidade)
ou uma boa fluidez, (dependendo da estrada será em alta velocidade), man-
tendo desta forma seu estado emocional (paciência, irritação) controlado
em ambos os casos.

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O condutor deve observar algumas características que o trânsito ofe-


rece, para que possa ter um bom desempenho nas vias do tráfego. São eles:
fluidez ou não do tráfego;
velocidade máxima permitida;
excesso de pedestres atravessando a via;
transportes lentos como carroças, máquinas agrícolas, animais e
ciclistas;
motocicletas.

Lembre-se!
O condutor deve redobrar seus cuidados em determinadas épocas do
ano, como no carnaval, Natal, período de férias escolares e feriados,
pois é nestas épocas que ocorrem maior número de acidentes de trânsi-
to.

O que fazer:
Planejar com antecedência o percurso alternativo que irá reali-
zar, sair antes ou depois do horário crítico.

1.5. Condição adversa: veículo


Esta condição adversa trata do estado em que se encontra o veículo.
A manutenção realizada de forma correta e constante permite ao veículo
condições de reagir instantânea e eficientemente a todos os comandos, ga-
rantindo ao condutor o controle do veículo. Não é possível dirigir com segu-
rança num veículo defeituoso.
Vejamos os defeitos mais comuns que podem causar acidentes:
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pneus gastos;
freios desregulados;
lâmpadas queimadas;
limpador de pára-brisa
com defeito;
falta de buzina;
espelho retrovisor defici-
ente;

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cintos de segurança defeituosos;


amortecedores vencidos;
folga na direção;
suspensão emperrada;
faróis queimados;
piscas que não funcionam.
O que fazer:
É muito importante que um veículo passe por revisões periódicas
mantendo-se em boas condições de uso, tornando desta forma
seu passeio, viajem ou compromisso mais seguros.

1.6. Condição adversa: motorista


Esta condição adversa pode
ser considerada a mais importante,
pois se refere ao estado em que o
motorista se encontra, isto é, se está
física e mentalmente em condições
de dirigir um veículo. Como já vimos
anteriormente o condutor é a princi-
pal causa de acidentes, acima de
qualquer problema mecânico, cli-
mático ou na estrada, pois dele de-
pende a boa e defensiva condução
de um veículo.
A condição adversa “motorista” divide-se em condições físicas e men-
tais. Vejamos agora algumas delas:
a) Condições Físicas
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fadiga (cansaço);
estado alcoólico;
sono;
visão deficiente;
audição deficiente;
perturbações físicas;
uso de medicamentos;
uso de drogas; etc.

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b) Condições Mentais
preocupação;
medo;
ansiedade;
agressividade;
pressa; etc.

Lembre-se!
A maneira de dirigir também é uma das causas de acidentes.

Encontramos os mais variados motivos para perder a atenção e o


controle do veículo:
dirigir com uma das mãos;
apanhar objetos dentro do veículo em
movimento;
acender cigarros;
usar telefone celular ao dirigir;
efetuar manobras bruscas com o veículo.
O que fazer:
Tenha sempre controle da situação, seja ela emocional ou física,
mantenha a calma sendo gentil, sem se irritar com o erro dos
outros. Procure descansar e dormir sempre que for fazer uma vi-
agem longa e principalmente nunca dirija alcoolizado ou sob
uso de drogas.
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Lembre-se!
Não esqueça que as condições adversas nunca aparecem isoladas. O
motorista deve estar preparado e atento a tudo o que poderá ocorrer
em seu trajeto, mantendo um comportamento de educação e respeito
para consigo mesmo e para com os demais usuários da via, praticando
desta forma a “direção defensiva”.

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ATIVIDADE III

01) RESPONDA
a) O que são condições adversas?
.

b) Quais são as condições adversas?

02) RELACIONE
1 - Condição adversa tempo 4 - Condição adversa trânsito
2 - Condição adversa veículo 5 - Condição adversa motorista
3 - Condição adversa via 6 - Condição adversa luz

( ) Ao transitarmos por uma estrada, o farol alto do veículo em sentido


contrário pode causar-nos cegueira momentânea, dificultando o
controle do veículo.
( ) A chuva, o vento, o granizo, a neve e a neblina diminuem muito a
nossa capacidade de ver e avaliar as condições reais da estrada e do
veículo.
( ) Esta condição envolve a presença de outros usuários da via, interfe-
rindo no comportamento do motorista.
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( ) Todo motorista deve manter seu veículo em condições de reagir efici-


entemente a todos os comandos, fazendo revisões periódicas.
( ) Podemos nos preparar melhor para aquilo que vamos enfrentar e to-
mar os cuidados indispensáveis à segurança conhecendo previamente
curvas, tipo de pavimentação, obras na pista, desvio, buracos, acos-
tamento e etc..
( ) O motorista alcoolizado cria um excesso de auto-confiança, reduz o
campo de visão e altera a audição, a fala e o senso de equilíbrio, pre-
judicando desta forma as condições de conduzir um veículo.

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UNIDADE IV
AQUAPLANAGEM OU HIDROPLANAGEM

1. Aquaplanagem ou hidroplanagem
A aquaplanagem ou hidroplanagem é a perda da aderência dos
pneus com o solo, devido a uma camada de água que se interpõe entre os
dois fazendo com que o veículo passe a
deslizar sobre a água ficando desta forma
desgovernado.
A falta de aderência do pneu com
a pista faz com que ele derrape e o con-
dutor perca o controle do veículo, pois
para acontecer a aquaplanagem ou
hidroplanagem dos pneus basta haver
uma combinação da velocidade, com a calibragem dos pneus, o tipo de pis-
ta, a quantidade de água na pista e os “sulcos” dos pneus.

2. Pneus
Como já vimos, é necessário fazer uma revisão periódica em seu veí-
culo. Os pneus também seguem esta regra, pois o
seu mau uso e o retardo de sua troca podem ser
causadores de acidente. Um grande número de
mortes no trânsito é ocasionado pelo mau estado
dos pneus.
Devemos lembrar que a palavra pneu é
uma contração da palavra pneumático.
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2.1. Partes de um pneu


Conheça a seguir as principais partes de um pneu:
a) Carcaça de lonas – normalmente é composta de cordonéis de
rayon, nylon ou aço e constitui a parte resistente do pneu. É ela
que retém o ar sob pressão, suporta o peso total do veículo e re-
siste a todas as solicitações a que o pneu é submetido.
b) Talões – são constituídos inteiramente de arames de aço de grande
resistência e tem por finalidade manter o pneu acoplado ao aro,
impedindo-o de ter movimentos independentes.

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c) Banda de Rodagem – é a parte do pneu que entra diretamente em


contato com o solo. Necessita de uma grande resistência ao des-
gaste e as lacerações, o que é conseguido através de uma mistura
de borracha com agentes químicos especiais. Seus desenhos,
criteriosamente estudados visam proporcionar boa atração, esta-
bilidade e segurança do veículo.
d) Flancos – são compostos de uma mistura especial de borracha
que proporciona alto grau de flexibilidade e têm por objetivo pro-
teger a carcaça de lonas contra os agentes externos.
e) Sulcos – São frisos existentes na banda de rodagem, que servem
para o escoamento da água em caso de chuva, evitando a
aquaplanagem e permitindo uma melhora na área de atrito entre
o pneu e o solo, pois faz o escoamento dos detritos existentes no
solo. A profundidade mínima destes sulcos é estabelecida através
da Resolução do CONTRAN, cuja profundidade dos sulcos na
banda de rodagem não deva ser inferior a 1,6mm. Dentro destes
sulcos existem ressaltos, no fundo dos sulcos, que indicam quando
o pneu deve ser substituído.

2.2. Tipos de pneus


Os pneus mais conhecidos são os diagonais ( ou convencionais ) e os
radiais que atualmente é o mais utilizado. Os pneus radiais diferem dos con-
vencionais devido aos cordéis têxteis serem colocados paralelamente no sen-
tido perpendicular ao movimento da roda ou no sentido radial. Já nos pneus
diagonais os cordéis têxteis são colocados cruzados, no sentido diagonal da
circunferência.
Confira a seguir as ilustrações:
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36 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


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A vantagem do pneu radial, além de


uma maior durabilidade, que por ser mais ma-
cio que o convencional, reage melhor a bura-
cos, meio-fio e passagens de nível; prolongan-
do desta forma sua vida útil, sendo mais segu-
ro, pois em curvas a sua banda de rodagem
não perde contato com o solo, e as chances
de estourar são menores (em caso de furo ele
vai esvaziando).

2.3. Pressão do ar
O pneu com baixa pressão terá uma área de contato com o solo
adulterada, o que provocará um desgaste acelerado e irregular da banda de
rodagem na área dos ombros, reduzindo assim a sua durabilidade e aumen-
tando o consumo de combustível, bem como reduzindo a superfície de atrito
com o solo tornado perigosa a direção deste veículo.
Da mesma forma que uma baixa pressão, a alta pressão altera a área
de contato do pneu com o solo, ocasionando um desgaste acelerado no
centro da banda de rodagem, fazendo com que o pneu perca milhares de
quilômetros de vida útil.

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Lembre-se!
Para saber qual é a calibragem correta, verifique no manual do pro-
prietário do veículo e identifique qual é a correta. Caso tenha trocado
os pneus por medidas diferentes das originais, consulte a tabela da
fábricante.

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2.4. Verificação das pressões


Vejamos agora como proceder para a verificar a pressão de um
pneu:
a calibragem deve ser verificada semanalmente ou, no máximo,
a cada 15 dias;
antes de empreender viagens
longas, faça a checagem das
pressões;
a checagem das pressões de
inflação devem ser feitas sem-
pre com os pneus frios;
um pneu de passeio, depen-
dendo do percurso percorrido e da velocidade a que foi submeti-
do, demora entre 1 e 2 horas para esfriar.

3. Balanceamento
Quando as rodas do veículo ficam desbalanceadas elas danificam os
pneus, diminuem em milhares de quilômetros sua vida útil e provocam um
indesejável desconforto ao dirigir.
O dano mais comum quando as rodas estão desbalanceadas é o
desgaste acentuado e irregular em pontos alternados do pneu.
Existem dois tipos de balanceamento: o estático e o dinâmico.
a) O balanceamento estático se dará quando cada ponto da circun-
ferência da roda tiver o mesmo peso do seu ponto oposto.
b) O balanceamento dinâmico se dará quando os pontos opostos
de cada lado da mesma roda tiverem o mesmo peso.
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3.1. Quando realizar o balanceamento


Saiba quando se deve fazer o balanceamento das rodas:
a cada troca de pneus;
por ocasião dos rodízios;
ao primeiro sinal de vibração;
após ter efetuado reparo no pneu ou
na câmara de ar;
quando cair em buracos fundos.

38 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


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4. Rodízio
Para aproveitar o potencial total do pneu, o rodízio ou revezamento
deve ser feito com intervalos de 10.000 km. O rodízio serve para compensar
a diferença em desgaste, permitindo aumento de quilometragem e eficiência,
proporcionando uma boa estabilidade, especialmente em curvas e freadas,
tornando assim mais segura sua jornada ao volante.
Os pneus devem ser trocados de acordo com o quadro abaixo. Para
um maior entendimento observe ainda a legenda que o acompanha.

Observação Importante: para pneus radiais utilizar apenas os


indicativos demonstrados no quadro 3.

5. Alinhamento
O alinhamento é indicado pelo fabricante do veículo para oferecer
uma maior eficiência de rolamento e melhor dirigibilidade. Qualquer altera-
ção que ocorra nas especificações de alinhamento, ocasionada por impac-
to, trepidação, compressão lateral e desgaste dos componentes da suspen-
são, poderá provocar um desgaste irregular e prematuro dos pneus. Para
que você entenda melhor a importância do alinhamento, conheça algumas
de suas especificações:
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5.1. Caster
É o ângulo de inclinação para frente ( negativo ) ou para trás (positi-
vo) do pino mestre ou do braço de suporte do eixo na parte superior, com
relação a um plano vertical. O caster é responsável pela estabilidade
direcional do veículo. O caster desigual faz com que a rodas puxe para um
lado, provocando um desgaste irregular do pneu. O caster excessivo origina-
rá um desgaste total e prematuro do pneu.

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5.2. Camber
O camber é determinado pela inclinação da parte superior da roda,
para dentro ou para fora do veículo em relação a um plano vertical. A
cambagem pode ser positiva ou negativa. Se o camber for positivo, o des-
gaste será no ombro externo do pneu; e se for negativo, o desgaste será no
ombro interno do pneu.

5.3. Saiba quando se deve fazer o alinhamento


A cada troca de pneus;
quando os pneus tiverem apresentando
desgaste excessivo na área do ombro;
quando um pneu tem maior desgaste
que o outro;
trepidação das rodas dianteiras;
vibração do carro;
volante duro;
veículo tende para direita ou para esquerda.

Lembre-se!
Motorista defensivo é aquele que cuida do seu veículo fazendo revi-
são constante, portanto não circule com pneus em mau estado, pois
quando menos esperar você pode precisar deles.

6. Como evitar a hidroplanagem


O que fazer para evitar a hidroplanagem ou aquaplanagem:
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em dias de chuva, reduza a velocidade;


não freie bruscamente;
aumente sua distância de seguimento;
calibre corretamente os pneus;
respeite o limite do seu pneu, que é de 1,6mm de profundidade
dos sulcos da banda de rodagem;
identifique o tipo de pista e adapte a velocidade de acordo com
as suas condições;

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nunca “lave” seu veículo em poças d’água, pois a grande maio-


ria dos acidentes ocorre nestas condições.

Observe a seguir como um veículo perde aderência em uma curva


com a pista molhada.

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ATIVIDADE IV

01) RESPONDA
a) Quais são os cuidados especiais que devemos ter em relação à con-
servação dos pneus?

b) Quais são os tipos de pneus mais utilizados?

c) Com que freqüência deve ser verificada a calibragem dos pneus?

d) Quais são os efeitos causados num veículo cujas rodas estão


desbalanceadas?
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e) Qual é a finalidade da realização do rodízio?

42 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


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f) O que acontece quando ocorre alguma alteração nas especificações


do alinhamento de um veículo?

g) O que é caster e pelo que é responsável?

h) Como pode ser a cambagem e aonde provoca um desgaste mais


acentuado.

02) CITE
Cite as principais partes de um pneu.
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03) DEFINA
Defina balanceamento estático e dinâmico.

04) ASSINALE AS ALTERNATIVAS


Que indicam situações em que deve ser feito o balanceamento das ro-
das.
a) ( ) A cada troca de pneus.
b) ( ) A cada 10.000 km rodados.
c) ( ) Desgaste irregular do pneu.
d) ( ) Após reparo no pneu ou na câmara de ar.
e) ( ) A cada troca de óleo.
f) ( ) Após sinal de vibração.
g) ( ) Por ocasião do rodízio.

05) ASSNALE COM “V” PARA VERDADEIRO E “F” PARA FALSO


( ) A pressão de ar usada nos pneus deve ser a recomendada pelo fabri-
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cante do veículo, ou seja, deve ser sempre alta.


( ) O balanceamento das rodas do veículo pode ser estático ou dinâmi-
co: o estático é quando cada ponto de circulação da circunferência
da roda tiver o mesmo peso do seu ponto oposto; o dinâmico é
quando os pontos opostos de cada lado da mesma roda tiverem o
mesmo peso.
( ) Todo condutor deve, após o primeiro rodízio, verificar o alinhamento
do veículo, o balanceamento e a pressão dos pneus.
( ) As pressões dos pneus devem ser verificadas semanalmente, ou no
máximo de 15 em 15 dias.

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( ) As verificações de pressão devem ser feitas com os pneus quentes,


quando o pneu for de carro de passeio, há a demora em média de 2
horas para ele esfriar.
( ) A alta pressão não provoca danos ao pneu; isto não reduzirá sua vida
útil.

06) DEFINA
Aquaplanagem.

07) COMPLETE
Complete as sentenças de acordo com o texto:
No pneu existem................................ cuja profundidade é determina-
da por lei, sendo de ......................mm de profundidade.
A importância dos sulcos é dar passagem à ...................................
que encontra-se na pista, aumentando a ......................................da banda
de rodagem com o .................... .
Para acontecer a hidroplanagem dos pneus basta haver uma combi-
nação da............................................. com a ........................................dos
pneus, o tipo de...................................., a .....................................da água
na ...................................e os........................................ dos pneus.
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08) DESCREVA
Descreva, de forma reduzida, o que fazer para evitar a hidroplanagem.

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 45


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UNIDADE V
ÁLCOOL E A SEGURANÇA NO TRÂNSITO

Nesta unidade vamos conhecer alguns pontos básicos de segurança


no trânsito e também métodos de prevenção de
acidentes em colisões. É de suma importância,
pois estaremos tratando das principais causas de
morte no trânsito como álcool, cinto de segu-
rança, pneus, aquaplanagem e colisões que
ocorrem devido a imperícia, por falta de aten-
ção ou por irresponsabilidade por parte do con-
dutor.

1. Álcool e o trânsito
Beber antes de dirigir ou dirigir depois de beber são as ações mais cri-
minosas que podem ocorrer no trânsito brasileiro. Ano a ano, 65% dos aci-
dentes de trânsito (segundo o Ministério da Saúde) são provocados pela
ingestão do álcool.
O abuso do álcool interfere, tumultua e destrói a sua capacidade de
dirigir de modo traiçoeiro e muitas vezes irreversível.
A dosagem alcoólica concentra-se elevadamente no cérebro. Cria
um excesso de autoconfiança, reduz o
campo de visão, altera a audição, a fala e
o senso de equilíbrio. A aparente euforia
que domina a pessoa, chamada de excita-
ção alcoólica, nada mais é do que a
anestesia dos centros cerebrais
controladores do comportamento.
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Muitas pessoas acham que toman-


do algumas medidas após ingerirem bebi-
das alcoólicas, como tomar café forte,
banho frio, dar caminhadas longas, tomar
um pouco de ar, resolvem sua embria-
guez, mas estão completamente equivocadas, pois continuam tão bêbadas
quanto antes. O organismo absorve o álcool rapidamente, mas elimina len-
tamente, levando de seis a oito horas. Esta eliminação ocorre através do fí-
gado (90%), pela respiração (8%) e pela transpiração (2%).

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 47


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No Brasil, dirigir com nível superior a 2 (duas) decigramas de álcool


por litro de sangue resulta em multa de R$ 957,70, suspensão do direito de
dirigir e detenção de seis meses a três anos, sendo considerada infração
gravíssima.
Para que você entenda melhor o que o álcool faz no organismo veja
abaixo os efeitos em seu corpo, quando ingerimos álcool, nas seguintes con-
centrações no sangue:
1g álcool/l sangue (1000 mg álcool/l sangue).
Atividade motora e fala prejudicada. Comportamento alterado
que interfere com as atividades sociais e ocupacionais. Capaci-
dade de julgamento prejudicada. Emocional instável.
2g álcool/l sangue (2000 mg álcool/l sangue).
Efeito profundo sobre a área motora do cérebro (reflexos
muito prejudicados). Severa diminuição do açúcar no sangue
(hipoglicemia ).
3g álcool/l sangue (3000 mg álcool/l sangue).
Inconsciente, mas capaz de ser estimulada. Percepção sensorial
severamente perturbada.
4g álcool/l sangue (4000 mg álcool/l sangue).
Coma. Incapacidade de ser ressuscitada.
5g álcool/l sangue (5000 mg álcool/l sangue).
Paralisia respiratória central e morte.

Lembre-se!
Com 2 (duas) decigramas de álcool/litro de sangue, o motorista encon-
tra-se impedido de dirigir, segundo o Código de Trânsito Brasileiro.
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Nas cidades, a maioria dos acidentes envolvendo motoristas ou pe-


destres alcoolizados ocorre nos fins de semana, à noite e de madrugada.
Eles acontecem entre as 23h de sexta-feira e as 3h de sábado.
Em geral os acidentados têm idade entre 23 e 27 anos.
A quantidade de bebida ingerida, na grande maioria, é de 2 a 4 co-
pos de cerveja.

48 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


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Lembre-se!
Saiba que o efeito do álcool no organismo sofre uma variação de pes-
soa para pessoa, considerando seu peso, sua sensibilidade etílica ou
se está de estômago vazio.

Direção Defensiva

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 49


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ATIVIDADE V

01) RESPONDA
a) Quais são os efeitos causados pelo álcool no organismo humano?

b) Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, qual é o nível mínimo de ál-


cool encontrado no sangue para que o motorista seja considerado im-
pedido de dirigir?

c) Quais as conseqüências legais aplicadas a um motorista que dirige


alcoolizado?
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50 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


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UNIDADE VI
CINTO DE SEGURANÇA

1. Cinto de segurança
O cinto de segurança é um dispositivo sim-
ples que serve para proteger sua vida e diminuir as
conseqüências dos acidentes. Em caso de colisão ele
impede que seu corpo se choque contra o volante,
painel e pára-brisa, ou que seja projetado para fora.
Em uma colisão existe uma sucessão de cho-
ques: o primeiro é do veículo com outro obstáculo,
o segundo é dos passageiros com a parte interna do veículo e o terceiro é o
lançamento de algum passageiro ou do próprio motorista para fora do veí-
culo. O cinto de segurança é a maior garantia contra o choque dos passa-
geiros com o veículo ou seu lançamento para fora.

2. Tipos de cinto de segurança

2.1. Cinto sub-abdominal


Foi o primeiro tipo de cinto a ser adotado nos veícu-
los. Este cinto, colocado sobre a pelvis, impede que o con-
dutor ou passageiro seja lançado para fora do veículo, mas
não impede que o corpo seja arremessado para frente, cau-
sando lesões no tórax e na cabeça ( partes mais atingidas
em acidentes). O uso deste cinto aumenta em 33% a possi-
bilidade de sobrevivência em acidentes com risco de morte.
Direção Defensiva

2.2. Cinto diagonal


Este cinto foi criado para diminuir o impacto interno,
que acabava ocorrendo com o cinto de dois pontos. Ele é
preso atrás do ombro na coluna do veículo e ao lado do
quadril. Impede que a pessoa seja lançada para a frente,
não permitindo o choque do tórax e da cabeça, mas o cor-
po pode passar por baixo do cinto causando lesões nas per-
nas, coluna cervical e pescoço. O uso deste cinto aumenta
em 44% a possibilidade de sobrevivência em acidentes com
risco de morte.

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 51


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2.3. Cinto de três pontos


O cinto de três pontos é o que dá maior proteção ao
condutor e aos passageiros, pois ele impede que as pessoas
sejam lançadas para fora, se choquem dentro do veículo ou
escapem por baixo do cinto. Este é o tipo de cinto mais segu-
ro porque o usuário fica firme ao veículo em três locais dife-
rentes, ou seja, nos dois lados do assento e no alto junto à
coluna central do veículo. O uso deste cinto aumenta em
57% a possibilidade de sobrevivência em acidentes com risco
de morte.

2.4. Outros tipos de cintos de segurança


Existem outros tipos de cintos de segurança, contudo não são utiliza-
dos nos veículos que circulam comumente nas vias. São cintos de segurança
especiais, que são utilizados em corridas, como por exemplo, o cinto do tipo
quatro pontos.

Lembre-se!
Ao usar o cinto de segurança, não se esqueça do encosto para cabeça,
peça fundamental para evitar lesões no pescoço. Ele deve estar ajus-
tado na altura do crânio para impedir o “efeito chicote”, que é o mo-
vimento feito pela cabeça em uma colisão traseira, ou uma parada
muito brusca, onde a cabeça vai para a frente e volta para trás em
velocidade muito alta. Este equipamento é obrigatório segundo Reso-
lução 44/98 – CONTRAN.

3. Cinto de segurança na gravidez


Direção Defensiva

Neste caso, ao contrário do que se pensa, o cinto


de segurança deve ser usado, mas com alguns cuidados:
a parte abdominal do cinto deve passar por sobre a
pélvis e abaixo da barriga e a parte diagonal deverá pas-
sar pela região central do ombro, entre os seios, não
pressionando desta forma o bebê.

52 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


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4. Cinto de segurança em crianças


Crianças com menos de 10 anos devem ser trans-
portadas no banco de trás do veículo, usando dispositivo de
segurança adequado à idade e com 0o cinto de segurança.
Crianças pequenas devem ser transportadas em ca-
deiras de segurança presas ao cinto de segurança.

Lembre-se!
Bebês e crianças jamais devem ser transportadas no colo, onde não
há qualquer tipo de proteção.

5. A legislação

5.1. O Código de Trânsito Brasileiro


Transcrevemos abaixo os artigos do Código de Trânsito Brasileiro que
versam a respeito do cinto de segurança.
a) obrigatoriedade de uso
Art. 65. É obrigatório o uso de cinto de segurança para condutor e passageiros
em todas as vias do território nacional, salvo em situações regulamentadas pelo
CONTRAN.
b) obrigatoriedade da presença do cinto no veículo
Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros a serem esta-
belecidos pelo CONTRAN:
I- cinto de segurança, conforme regulamentação específica do CONTRAN,
com exceção dos veículos destinados ao transporte de passageiros em
percursos em que seja permitido viajar em pé;
Direção Defensiva

Art. 136. Os veículos especialmente destinados à condução coletiva de escolares


somente poderão circular nas vias com autorização emitida pelo órgão ou entidade exe-
cutivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, para tanto:
VI - cintos de segurança em número igual à lotação;
c)penalidade por não utilizar o cinto de segurança
Art. 167. Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de segurança, conforme
previsto no art. 65:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo até colocação do cinto pelo infrator.

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 53


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5.2. A Resolução 277/2008 - CONTRAN


Transcrevemos agora a Resolução nº 277/2008 para que você, edu-
cador, tenha maior conhecimento da legislação sobre o que diz a respeito
do cinto de segurança e do transporte de menores de dez anos e dá outras
providências.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, no uso das atribuições
legais que lhe confere o Art. 12, inciso I, da Lei 9503, de 23 de setembro de 1997 que ins-
titui o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme o Decreto 4711 de 29 de maio de 2003,
que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, e
Considerando a necessidade de aperfeiçoar a regulamentação dos artigos 64 e
65, do Código de Trânsito Brasileiro;
Considerando ser necessário estabelecer as condições mínimas de segurança
para o transporte de passageiros com idade inferior a dez anos em veículos, resolve:
Art.1° Para transitar em veículos automotores, os menores de dez anos deverão ser
transportados nos bancos traseiros usando individualmente cinto de segurança ou sistema
de retenção equivalente, na forma prevista no Anexo desta Resolução.
§1º. Dispositivo de retenção para crianças é o conjunto de elementos que contém
uma combinação de tiras com fechos de travamento, dispositivo de ajuste, partes de fixa-
ção e, em certos casos, dispositivos como: um berço portátil porta-bebê, uma cadeirinha
auxiliar ou uma proteção anti-choque que devem ser fixados ao veículo, mediante a utili-
zação dos cintos de segurança ou outro equipamento apropriado instalado pelo fabri-
cante do veículo com tal finalidade.
§2º. Os dispositivos mencionados no parágrafo anterior são projetados para re-
duzir o risco ao usuário em casos de colisão ou de desaceleração repentina do veículo,
limitando o deslocamento do corpo da criança com idade até sete anos e meio.
§ 3º As exigências relativas ao sistema de retenção, no transporte de crianças com
até sete anos e meio de idade, não se aplicam aos veículos de transporte coletivo, aos de
aluguel, aos de transporte autônomo de passageiro (táxi), aos veículos escolares e aos
demais veículos com peso bruto total superior a 3,5t.
Art. 2º Na hipótese de a quantidade de crianças com idade inferior a dez anos
exceder a capacidade de lotação do banco traseiro, será admitido o transporte daquela
de maior estatura no banco dianteiro, utilizando o cinto de segurança do veículo ou dispo-
sitivo de retenção adequado ao seu peso e altura.
Direção Defensiva

Parágrafo único. Excepcionalmente, nos veículos dotados exclusivamente de ban-


co dianteiro, o transporte de crianças com até dez anos de idade poderá ser realizado
neste banco, utilizando-se sempre o dispositivo de retenção adequado ao peso e altura da
criança.
Art. 3°. Nos veículos equipados com dispositivo suplementar de retenção (airbag),
para o passageiro do banco dianteiro, o transporte de crianças com até dez anos de ida-
de neste banco, conforme disposto no Artigo 2º e seu parágrafo, poderá ser realizado
desde que utilizado o dispositivo de retenção adequado ao seu peso e altura e observa-
dos os seguintes requisitos:
I – É vedado o transporte de crianças com até sete anos e meio de idade, em dis-
positivo de retenção posicionado em sentido contrário ao da marcha do veículo.

54 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO

II – É permitido o transporte de crianças com até sete anos e meio de idade, em


dispositivo de retenção posicionado no sentido de marcha do veículo, desde que não pos-
sua bandeja, ou acessório equivalente, incorporado ao dispositivo de retenção;
III - Salvo instruções específicas do fabricante do veículo, o banco do passageiro
dotado de airbag deverá ser ajustado em sua última posição de recuo, quando ocorrer o
transporte de crianças neste banco.
Art. 4º. Com a finalidade de ampliar a segurança dos ocupantes, adicionalmente
às prescrições desta Resolução, o fabricante e/ou montador e/ou importador do veículo
poderá estabelecer condições e/ou restrições específicas para o uso do dispositivo de re-
tenção para crianças com até sete anos e meio de idade em seus veículos, sendo que tais
prescrições deverão constar do manual do proprietário.
Parágrafo único. Na ocorrência da hipótese prevista no caput deste artigo, o fa-
bricante ou importador deverá comunicar a restrição ao DENATRAN no requerimento de
concessão da marca/modelo/versão ou na atualização do Certificado de Adequação à
Legislação de Trânsito (CAT)
Art. 5º. Os manuais dos veículos automotores, em geral, deverão conter informa-
ções a respeito dos cuidados no transporte de crianças, da necessidade de dispositivos de
retenção e da importância de seu uso na forma do artigo 338 do CTB.
Art 6º. O transporte de crianças em desatendimento ao disposto nesta Resolução
sujeitará os infratores às sanções do artigo 168, do Código de Trânsito Brasileiro.
Art 7º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, produzindo
efeito nos seguintes prazos:
I – a partir da data da publicação desta Resolução as autoridades de trânsito e
seus agentes deverão adotar medidas de caráter educativo para esclarecimento dos usu-
ários dos veículos quanto à necessidade do atendimento das prescrições relativas ao
transporte de crianças;
II - a partir de 360 ( trezentos e sessenta ) dias após a publicação desta Resolu-
ção, os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito deverão iniciar
campanhas educativas para esclarecimento dos condutores dos veículos no tocante aos
requisitos obrigatórios relativos ao transporte de crianças;
III - A partir de 1º de setembro de 2010, os órgão e entidades componentes do
Sistema Nacional de Trânsito fiscalizarão o uso obrigatório do sistema de retenção para o
transporte de crianças ou equivalente. (Redação dada pela Resolução 352/2010)
Direção Defensiva

Art. 8º Transcorrido um ano da data da vigência plena desta Resolução, os ór-


gãos executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, bem como as entidades que
acompanharem a execução da presente Resolução, deverão remeter ao órgão executivo
de trânsito da União, informações e estatísticas sobre a aplicação desta Resolução, seus
benefícios, bem como sugestões para aperfeiçoamento das medidas ora adotadas.
Art. 9º O não cumprimento do disposto nesta Resolução sujeitará os infratores
às penalidades prevista no art. 168 do CTB.
Art.10º Fica revogada a Resolução n.º 15, de 06 de janeiro de 1998, do
CONTRAN

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 55


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Assinam: Alfredo Peres da Silva (Presidente), José Antonio Silvério (Ministério da


Ciência e Tecnologia), Rui César da Silveira Barbosa (Ministério da Defesa), Elcione Diniz
Macedo (Ministério das Cidades), Edson Dias Gonçalves (Ministério dos Transportes),
Valter Chaves Costa (Ministério da Saúde), Marcelo Paiva dos Santos (Ministério da Justi-
ça).

ANEXO
DISPOSITIVO DE RETENÇÃO PARA TRANSPORTE DE CRIANÇAS EM VEÍCULOS
AUTOMOTORES PARTICULARES
OBJETIVO: estabelecer condições mínimas de segurança de forma a reduzir o
risco ao usuário em casos de colisão ou de desaceleração repentina do veículo, limitando
o deslocamento do corpo da criança.
1 – As Crianças com até um ano de idade deverão utilizar, obrigatoriamente, o
dispositivo de retenção denominado “bebê conforto ou conversível” (figura 1)

Figura 1
2 – As crianças com idade superior a um ano e inferior ou igual a quatro anos de-
verão utilizar, obrigatoriamente, o dispositivo de retenção denominado “cadeirinha” (figu-
ra 2)
Direção Defensiva

Figura 2
3 – As crianças com idade superior a quatro anos e inferior ou igual a sete anos e
meio deverão utilizar o dispositivo de retenção denominado “assento de elevação”.

Figura 3

56 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


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4 – As crianças com idade superior a sete anos e meio e inferior ou igual a dez
anos deverão utilizar o cinto de segurança do veículo ( figura 4)

Figura 4

Lembre-se!
Conscientize-se da necessidade do uso do cinto de segurança e de sua
obrigatoriedade e transmita-a ao seu aluno.

Direção Defensiva

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 57


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ATIVIDADE VI

01) RESPONDA
Qual é a função do cinto de segurança?

02) ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA


( ) Em caso de colisão, o primeiro choque é do veículo com outro veícu-
lo.
( ) O segundo choque é dos passageiros com a parte interior do veículo.
( ) O terceiro choque é dos passageiros com a parte interior do veículo.
( ) O terceiro choque é o lançamento de algum passageiro ou motorista
para fora do veículo.
( ) A melhor maneira de evitar o acontecimento do terceiro choque é o
uso do cinto de segurança.

03) RELACIONE AS COLUNAS


a) Cinto sub-abdominal ou dois pontos
b) Cinto diagonal
c) Cinto de três pontos
Direção Defensiva

( ) Diminui o impacto interno, é preso atrás do ombro na coluna do veí-


culo e ao lado do quadril impedindo o choque do tórax e da cabeça,
mas não impede que o corpo escape por baixo dele.
( ) Colocado sobre os quadris, impede que o condutor seja jogado para
fora do carro, mas não impede que o corpo seja arremessado para
frente.
( ) Confere maior proteção ao condutor e aos passageiros, preso nos
dois lados do assento e no alto junto a coluna do veículo.

58 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


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04) REDAÇÃO
Faça uma redação falando sobre a importância da utilização do cinto
de segurança e os dispositivos que devemos utilizar para o transporte de
menores de 10 anos.

Direção Defensiva

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 59


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Direção Defensiva

60 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


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UNIDADE VII
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

1. Colisões
Nesta unidade vamos aprender
sobre os principais tipos de colisão e a
forma de prevení-las, considerando que
elas ocorrem devido principalmente à
imprudência, imperícia,
irresponsabilidade e negligência dos
condutores, matando aproximadamente 30.000 pessoas por ano no Brasil.

2. Tipos de colisões

2.1. Colisão com o veículo da frente


É a colisão que ocorre devido à inexistência da distância de segmen-
to, ou seja, o motorista do veículo não mantém uma distância segura do veí-
culo que vai a frente, ficando impossibilitado de evitar a colisão. E na maio-
ria das vezes alega que o motorista da frente parou repentinamente, não si-
nalizando sua intenção, sendo desta
forma o causador do acidente. Entre-
tanto, se o motorista do veículo de
trás fosse defensivo, evitaria este aci-
dente facilmente, utilizando a distân-
cia de segmento, que já foi estudada
anteriormente.
Direção Defensiva

O que fazer para evitar esta colisão:


fique alerta;
domine a situação;
mantenha distância;
comece a frear mais cedo.

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 61


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2.2. Colisão com o veículo de trás


É a colisão que ocorre principalmente quando o motorista do veículo
traseiro tem o mau hábito de dirigir colado ao veículo da frente, tornando
impossível para o motorista que vai à frente avisá-lo de suas intenções, seja
mudança de pista, parada, ultrapassagem ou até mesmo uma manobra de
emergência.
O que fazer para evitar esta colisão:
incentivar o outro condutor a ultrapassá-lo;
levar o próprio veículo para o acostamento ou para a faixa mais
à direita possível, facilitando a ultrapassagem;
observar os veículos de trás e do lado;
sinalizar suas intenções;
no caso de parada, faça-a suave e gradativamente, sempre sina-
lizando.

Lembre-se!
No caso de colisão traseira, é muito importante o uso
do encosto de cabeça, pois ele vai evitar que ocorram
lesões no pescoço, por isso mantenha-o sempre na altu-
ra ideal.

2.3. Colisão frente a frente


A colisão entre dois veículos frente a frente é um dos piores tipos de
acidente, pois no momento da colisão as velocidades se somam, causando
muita destruição. Em poucos segundos os veículos se transformam em uma
massa de ferro torcido, envolvendo os motoristas de tal maneira que rara-
mente escapam com vida. Este tipo de colisão pode ocorrer em retas ou cur-
Direção Defensiva

vas.
a) Em retas: a principal causa de acidentes em retas é a ultrapassa-
gem em locais de pouca visibilidade, quando o condutor ao ultra-
passar sem as devidas precauções de segurança, depara-se com
outro veículo em sentido contrário e devido à velocidade, não tem
tempo de desviar ou evitar a colisão.
Para evitar este tipo de colisão o condutor deve ultrapassar so-
mente quando tiver visibilidade total, tempo suficiente e respeitar a
sinalização vigente no local.

62 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


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b) Em curvas: esta colisão ocorre devido a vários fatores, tais como


velocidade, tipo de pavimentação, ângulo de convergência da
curva, condições dos pneus, condições climáticas e a falha do
condutor. Qualquer um destes fatores pode provocar a saída de
um veículo da sua mão de direção, empurrando-o para a contra-
mão ou para o acostamento.
Em curvas para a direita a força
centrífuga empurra o veículo para
a esquerda no sentido da faixa de
contramão. Para evitar este deslo-
camento devemos reduzir a veloci-
dade ao aproximar-nos de uma
curva, mantendo o veículo no lado
direito da faixa próximo ao acosta-
mento. Acelerando suavemente ao
entrar na curva a força do motor
irá compensar a ação da força centrífuga.
Em curvas para a esquerda a força centrífuga empurra o veículo
para a direita no sentido do acosta-
mento, fazendo com que o motorista
perca o controle do veículo, tornan-
do-se quase impossível evitar um aci-
dente. Para evitar este deslocamento é
necessário reduzir a velocidade ao
aproximar-se da curva, mantendo o
veículo no meio da pista próximo à
faixa de divisão de direção. Aceleran-
do suavemente ao fazer a curva, a for-
ça do motor compensa os efeitos da
força centrífuga.
Direção Defensiva

Lembre-se!
O condutor deve frear sempre antes da curva e nunca durante, pois
ao frear na curva ele estará desestabilizando o peso de seu veículo
tornando impossível o controle do veículo ocasionando certamente
uma colisão ou um acidente.

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 63


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2.4. Colisão em cruzamentos


Estatísticas comprovam que um terço de todos os acidentes de trânsi-
to ocorre em cruzamentos sinalizados, causados principalmente por :
desrespeito à sinalização;
falta de visibilidade;
desconhecimento das vias prefe-
renciais;
manobras inesperadas de veículos;
trânsito de pedestres e ciclistas.

Dentro do perímetro urbano, o maior número de acidentes e os mais


graves ocorrem em cruzamentos
sinalizados principalmente com se-
máforos. Isso não deveria ocorrer,
pois todos sabem o seu significa-
do:
Com o passar do tempo os
condutores acabaram mudando o
significado do sinal amarelo que,
em vez de servir para redobrar a
atenção e parar, é entendido
como “passe mais rápido que o sinal já vai fechar”. Será que compensa cor-
rer o risco de avançar o sinal somente para ganhar trinta segundos, que é o
tempo médio de duração do sinal vermelho? É preciso lembrar que o mes-
mo raciocínio pode ter o motorista do veículo na outra via do cruzamento. E
nesse caso, a “esperteza” terminaria em um acidente grave ou fatal.
O que fazer para evitar colisão em cruzamentos:
respeitar a sinalização;
Direção Defensiva

estar atento;
reduzir sua velocidade;
sinalizar suas intenções;
ter definido anteriormente o seu trajeto (ex: posicionar antecipa-
damente seu veículo à direita quando for virar à direita).

64 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


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2.5. Colisão em ultrapassagens


Ultrapassar ou ser ultrapassado são situações que colocam os con-
dutores em perigo, pois um dos veículos precisa ocupar a pista da contra-
mão. A ultrapassagem feita com imprudência poderá resultar em colisões
frontais, laterais, derrapagens e saída da pista.
Este tipo de colisão também ocorre pela dificuldade de estabelecer o
tempo e a distância necessária para fazê-la com segurança.
Observação: a ultrapassagem só deve ser realizada quando houver
realmente necessidade.

a) Como ultrapassar:
respeite a sinalização de ultra-
passagem
mantenha a distância de se-
gurança
se houver dificuldade de visibi-
lidade, desloque seu veículo
alguns centímetros à esquerda
para se assegurar de que não
há veículo em sentido contrário
observe os veículos que vêm atrás
sinalize sua intenção de ultrapassar
saia para a pista da esquerda, acelerando o veículo à medida
que vai ultrapassando
sinalize o retorno à pista da direita
retome a velocidade normal
Direção Defensiva

b) Como agir ao ser ultrapassado:


mantenha-se à direita
reduza um pouco a velocidade
avise o outro motorista se há ou não condições de ultrapassa-
gem
domine a situação observando o veículo que está atrás e se exis-
te veículo vindo na contramão

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 65


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2.6. Colisão misteriosa


É chamado de colisão misteriosa o aci-
dente que envolve apenas um veículo e o mo-
torista não sabe exatamente a razão pela qual
aconteceu o acidente.
Estatísticas comprovam que esse tipo
de colisão representa anualmente um terço
dos acidentes de trânsito, na grande maioria
com morte imediata e violenta do motorista ou
dos passageiros.
Os principais elementos da colisão misteriosa são:
a) pista de rolamento: curvas, buracos, ondulações, desníveis,
depressões, areia, óleo na pista, lombadas e poças d’água;
b) condições climáticas: chuva, neve, geada, neblina, granizo e
vendaval;
c) condições do condutor: sono, stress, cansaço, doença, dro-
gas, álcool, desrespeito e falta de atenção.

Lembre-se!
Motorista defensivo é aquele que está preparado para qualquer emer-
gência tanto física como mentalmente e tem seu veículo em condições
de uso para evitar um acidente. Respeita sempre as regras de circula-
ção, a legislação de trânsito, a sinalização e principalmente sua pró-
pria vida.
Direção Defensiva

66 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


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ATIVIDADE VII

01) ASSINALE COM UM “V” PARA VERDADEIRO “F” PARA FALSO

( ) Colisão com o veículo da frente é aquela que ocorre devido à


inexistência da distância de segmento, ou seja, o motorista de trás
não mantém uma distância segura do veículo da frente, ficando im-
possibilitado de evitar a colisão.
( ) Para evitar a colisão com o veículo da frente é necessário que o mo-
torista esteja alerta, domine a situação e comece e frear mais cedo.
( ) Colisão com o veículo de trás pode ocorrer quando o motorista do
veículo traseiro tem o hábito de dirigir colado ao veículo da frente.
( ) Uma maneira de evitar uma colisão traseira no caso de uma parada é
fazê-la brusca e rapidamente, sempre sinalizando.
( ) Uma maneira de evitar uma colisão traseira é incentivar o outro con-
dutor a ultrapassar.
( ) No caso de colisão traseira é importante o uso de cinto mas não é
muito necessário o uso de encosto de cabeça.
( ) Numa colisão frente a frente as velocidades dos veículos se somam,
causando grande destruição, de tal maneira que raramente os ocu-
pantes escapam com vida.
( ) A principal causa de acidentes em retas é a ultrapassagem em locais
de pouca visibilidade.
( ) Fatores como velocidade, tipo de pavimentação e condição do pneu
podem provocar a saída de um veículo de sua mão de direção em-
purrando-o para a contramão ou para o acostamento.
( ) Para evitar a colisão frente a frente o motorista não deve ultrapassar
Direção Defensiva

nunca.
( ) A melhor maneira de evitar a desestabilização do veículo numa curva
é frear durante o trajeto da mesma.

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 67


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02) RESPONDA
a) Quais as principais causas de colisão em cruzamentos?

b) O que se deve fazer para evitar colisões em cruzamentos?

c) Quando e sob quais condições deve ser realizada a ultrapassagem?

03) CITE
Os principais elementos da colisão misteriosa dando exemplos.
Direção Defensiva

68 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


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UNIDADE VIII
DISTÂNCIA DE SEGURANÇA NO TRÂNSITO

Nesta unidade vamos conhecer alguns pontos básicos de segurança


no trânsito e também dos métodos de prevenção de acidentes em colisões.
É de suma importância, pois estaremos tratando de um dos pontos essen-
ciais para evitar acidentes.

1. Distâncias
Muitos acidentes são ocasionados por motoristas que dirigem cola-
dos ao veículo da frente. Mantendo uma distância segura, você observará
com mais atenção os sinais e intenções do condutor que vai a sua frente,
podendo assim, ao avistar algum tipo de perigo, tomar as decisões devidas e
com tempo hábil para evitar um acidente.
As distâncias se dividem em distância de seguimento, distância de pa-
rada, distância de reação e distância de frenagem ou freagem.

1.1. Distância de seguimento


Também conhecida como distância de segurança. É a distância entre
um veículo e o que segue a sua frente. Esta distância permitirá que o moto-
rista defensivo pare ou desvie o seu veículo antes de chocar-se com o veículo
da frente.

Direção Defensiva

Para manter uma distância de seguimento segura entre seu veículo e


o que está a sua frente, o motorista deve usar a técnica dos 2 segundos, ob-
servando o outro veículo e marcando um ponto fixo de referência na estrada
(uma árvore, placa de sinalização, poste, etc.). Quando o veículo da frente
passar com a traseira pelo ponto de referência, deve começar a contar pau-
sadamente “cinqüenta e um, cinqüenta e dois” que equivale aproximada-

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 69


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mente a dois segundos. Esta técnica é válida para trânsito em vias rurais (ro-
dovias e estradas) e para veículos de aproximadamente 4 metros. Se o veícu-
lo for maior acrescentar 1 segundo para cada 3 metros.
Exemplo: veículo com 7 metros deverá ficar a uma distância de 3 se-
gundos do veículo da frente.

a) Avistar um ponto de referência, podendo ser uma árvore, uma


placa ou qualquer outro objeto fixo que possa ser visto de longe.
b) Começar a contagem no exato momento em que o veículo da
frente estiver passando pelo ponto de referência.
Direção Defensiva

c) Terminar a contagem no momento em que você estiver passando


pelo ponto de referência.

Se ao passar com o veículo pelo ponto de referência o condutor já


tiver terminado a contagem, isto significa que ele está mantendo uma distân-
cia segura. Caso o condutor ao passar pelo ponto de referência não tenha
terminado a contagem, significa que a distância de seguimento do seu veícu-
lo para com o da frente não é segura, devendo neste caso aumentar a dis-
tância.

70 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


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1.2. Distância de parada


É a distância que o veículo percorre desde que o perigo é visto até a
imobilização completa do veículo.

Lembre-se!
A distância de parada deve estar dentro da distância de segmento, ou
seja, a distância de parada deverá ser sempre menor que a distância
de segmento, evitando desta forma uma colisão.

1.3. Distância de reação


É a distância percorrida pelo veículo, desde o instante em que o peri-
go é visto, até o momento em que o motorista toma a atitude de parar (pisar
no freio).
Direção Defensiva

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 71


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Em condições normais, o tempo médio de reação do motorista é de


0,75 segundos a 1 segundo, considerando que o tempo de reação é variá-
vel de pessoa para pessoa.
Para que você entenda melhor a distância de reação e o que isso re-
presenta em espaço percorrido num determinado tempo real, transcrevemos
abaixo a fórmula que calcula esta distância.
Considerando uma velocidade de 40 km/h:
Temos que:
1 Km = 1.000 metros
1 hora = 60 minutos = 3.600 segundos
¾ de segundo = 0,75 segundos
Portanto, um veículo que está se deslocando a 40 Km/h, ele se deslo-
ca a 40 Km/h = 40.000 metros/3.600 segundos, ou seja, estará se deslo-
cando a uma velocidade de 11,11 metros/segundo
Se o tempo de reação de uma pessoa normal é de ¾ de segundo, te-
mos:
11,11 m/s X 0,75 segundos = 8,33 metros
Desta forma você pode observar que numa velocidade de 40 km/h,
no seu tempo de reação você irá percorrer uma distância de 8,33 m antes
de começar a parar.

1.4. Distância de frenagem


É a distância que o veículo percorre desde que é acionado o meca-
nismo do freio até a parada total do veículo. Esta distância estará, portanto,
relacionada diretamente ao tipo de via, tipo de pneu do seu veículo, o tipo
de freio, as condições do pavimento, se existe algum detrito ou água na pis-
ta, a velocidade em que se está trafegando, etc. Vemos então que são inú-
Direção Defensiva

meras as variáveis que influenciam na sua distância de frenagem.

72 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO

Lembre-se!
A Distância de Reação (DR) somada à Distância de Frenagem (DF)
resulta na Distância de Parada (DP) que deverá ser menor que a
Distância de Segmento (DS) para que não haja choque com o veículo
da frente.
Ex.: DR + DF = DP < DS

Direção Defensiva

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 73


INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO

ATIVIDADE VIII

01) RESPONDA
a) O que é distância de seguimento?

b) Como o condutor deve proceder para calcular a distância de segui-


mento?

c) O que é distância de parada?

d) O que é distância de reação?


Direção Defensiva

e) O que é distância de frenagem?

74 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO

02) APONTE
De acordo com a ilustração a seguir, aponte os quatro tipos de distânci-
as estudados nesta unidade.

a) distância de __________________
b) distância de __________________
c) distância de __________________
d) distância de __________________

03) ATIVIDADE PRÁTICA


Diante disto, saia às vias com seu veículo e pratique os tipos de distância
por dois motivos:
a) Você estará praticando direção defensiva;
b) Ao praticar direção defensiva você estará colaborando para um trân-
sito seguro e confiável; logo, ensinará seu futuro aluno com maior pro-
priedade.
Obs.: Você estará fazendo uma atividade prática nas vias públicas; por
isto, redobre sua atenção, caso contrário, além de você cometer infra-
ções no trânsito, poderá envolver-se em um acidente.
Direção Defensiva

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 75


INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO
Direção Defensiva

76 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO

UNIDADE IX
PROCEDIMENTOS ADEQUADOS DO
CONDUTOR DE VEÍCULOS

Para que o trânsito seja seguro e confiável, e para que o tráfego te-
nha fluidez, passamos a você, alguns procedimentos que acreditamos serem
adequados para todo condutor.

1. Posicionamento do condutor
dentro do veículo
a) Sempre procurar sentar-se na melhor posi-
ção no banco do veículo:
o condutor precisa alcançar todos os co-
mandos, todos os instrumentos do painel
do veículo.
a posição ao sentar-se sobre o assento é muito importante, pois
o condutor precisa sempre ter a maior visibilidade possível.
b) Sempre regular os espelhos retrovisores,
tanto o interno quanto os externos:
estes procedimentos devem ser toma-
dos antes do condutor deslocar o veí-
culo.
o movimento que o condutor deve fa-
zer para se utilizar dos espelhos
retrovisores é apenas desviando o olhar
e não movimentando a cabeça.
Direção Defensiva

2. Nas conversões
Para se fazer uma conversão em uma esquina, o condutor precisa
mover a cabeça e não apenas desviar o olhar, pois a coluna do pára-brisa
pode ocultar um veículo ou um pedestre convergente;
Para se fazer uma conversão em vias que se cruzam em ângulos agu-
dos (45º), o condutor precisa mover a cabeça para o ângulo mais conveni-
ente pois, pode ocorrer que a coluna traseira do veículo que ele está dirigin-
do reduza a visão e desta forma podem não ficar visíveis outros veículos ou
pedestres.

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 77


INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO

3. Passageiros
Sempre que o veículo estiver com vários passageiros, pode ocorrer
que em algumas circunstâncias estes possam prejudicar a visibilidade lateral
ou traseira.
Neste caso, é aconselhável que o condutor peça para os passageiros
se manterem na posição mais conveniente para ele.

4. Frente a condições adversas


Sempre que estiver chovendo, garo-
ando ou com forte neblina, o condutor deve
dirigir com atenção redobrada, e diminuir a
velocidade, pois a visão frontal sofre redu-
ção.
Sempre que o condutor estiver dirigin-
do à noite, a sua atenção deve ser redobrada
também, pois a visão em profundidade é li-
mitada pelo alcance da luz dos faróis.
A velocidade imprimida pelo condutor
sobre o veículo neste caso, deve ser suficiente
para frear o veículo com segurança numa situação de emergência.

5. Manobras de marcha-a-ré
Sempre ao manobrar em marcha-à-ré, o condutor deve certificar-se
de que não há nenhum obstáculo de pequeno, médio ou grande porte (veí-
culos, pedestres, crianças, árvores, postes, etc.).
a) Os obstáculos de pequeno porte geralmente não são visíveis atra-
vés dos espelhos retrovisores.
b) Para manobrar em marcha-à-ré, é recomendável que o condutor
Direção Defensiva

vire totalmente a cabeça para a direita, estique totalmente e braço


direito sobre o encosto e segure o volante com a mão esquerda.

6. Ultrapassagem
Ultrapassar outro veículo, exige do condutor, atenção maior do que
as manobras comuns; isto é válido tanto para as vias urbanas, quanto para
as rodovias, ou seja, nas cidades ou estradas, o cuidado deve ser o mesmo.
Por isto, preste atenção às seguintes recomendações que são válidas
tanto para você, quanto para o seu futuro aluno:

78 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO

a) sempre verificar se há possibilidade para a ultrapassagem;


verificar os espelhos
retrovisores, pois pode haver
a possibilidade de que os es-
pelhos retrovisores (interno e
externos) não mostrem a
imagem do outro veículo,
pois este veículo pode estar
encoberto pela coluna trasei-
ra da esquerda (ponto cego),
é conveniente, neste caso,
que o condutor faça um movimento parcial e rápido de sua ca-
beça e para o lado direito, pois desta forma o campo visual será
aumentado;
isto é mais evidente quando o condutor já iniciou a ultrapassa-
gem;
lembrar-se que em curvas, além de proibida a ultrapassagem, a
condição de visibilidade é muito limitada;
se a visão for ofuscada pelo sol ou por faróis (à noite), também
evitar ultrapassar, pois não se terá visibilidade total e segura.
b) sempre sinalizar com antecedência - isto é válido tanto para o veí-
culo que se pretende ultrapassar, quanto para o que vem imedia-
tamente atrás;
c) sempre utilizar uma velocidade superior a do veículo que se deseja
ultrapassar; caso contrário, se estará colocando em risco a segu-
rança do trânsito;
d) sempre que ultrapassar outro veículo, só retornar à sua faixa de
origem após ter completado a ultrapassagem;
e) sempre manter a seta indicadora de mudança de direção ligada
Direção Defensiva

durante toda a ultrapassagem;


f) sempre que o condutor for ultrapassado por outro veículo, haven-
do necessidade, diminuir a velocidade para que a ultrapassagem
seja segura - desta forma se evitará uma situação de perigo (tanto
para um, quanto para o outro condutor que estiver ultrapassan-
do);
g) jamais acelerar o veículo quando outro condutor estiver ultrapas-
sando, pois se estará forçando o veículo desnecessariamente, a
ultrapassagem se transformará numa competição perigosa.

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 79


INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO

7. Atitudes do motorista
a) Sempre ao fazer qualquer manobra, use as setas indicadoras e/ou
a sinalização de braços.
b) Os movimentos com a cabeça devem ser parciais e rápidos (com
exceção da marcha-à-ré).
c) Não demorar mais do que o tempo necessário para fazer a ma-
nobra.

8. A diferença entre parar e estacionar


Você pode observar que existe muita confusão entre parar e estacio-
nar pois, a grande maioria dos condutores não sabe distinguir a função en-
tre um e outro.

8.1. Parar
É a imobilização do veículo pelo tempo necessário para o embarque
ou desembarque de passageiros. Quando o condutor estiver numa via urba-
na, a parada do veículo deve ser próxima à borda da pista, observando-se a
existência de permissão ou não para parar. Se não for permitido, o condutor
estará cometendo uma infração e além
disto poderá causar um acidente.
a) Exemplos de locais de parada
obrigatória:
parar antes da via preferen-
cial;
parar antes de transpor
uma via férrea de acordo
com o que a sinalização ordenar;
Direção Defensiva

parar para possibilitar a passagem de ambulâncias, veículos pre-


cedidos de batedores, veículos do Corpo de Bombeiros, veículos
da Polícia, sempre que os mesmos estiverem se utilizando de
sirenes ligadas ou luz de cor vermelha intermitente;
parar no sinal luminoso de cor vermelha;
parar nos cruzamentos que estiverem sinalizados com a faixa de
retenção;
parar quando estiverem fazendo a travessia das vias públicas
portadores de deficiência física, idosos, crianças enfim, qualquer
pedestre;

80 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO

parar em obediência à placa de parada obrigatória;


parar quando o Agente da Autoridade de Trânsito der a ordem
de parada.
b) Exemplos de locais onde é proibido parar o veículo:
nos túneis, pontes e viadutos;
na contramão de direção;
nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo de alinha-
mento da via transversal (para todos os veículos).
sobre as calçadas;
longe da borda da pista;
sobre a pista de rolamento;
sobre os canteiros divisores da pista de rolamento.

8.2. Estacionar
Estacionar um veículo é uma
parada em tempo superior ao necessá-
rio para embarque e desembarque de
passageiros ou então carga e descarga
de mercadorias.
O ato de estacionar o veículo
não é caracterizado somente quando o
condutor desce do veículo. Mesmo
com o condutor dentro do carro e se
este estiver parado por tempo superior
ao da parada, o veículo é considerado estacionado.
Exemplos de Locais onde é Proibido Estacionar o Veículo:
onde houver sinalização proibitiva;
Direção Defensiva

próximo aos hidrantes;


nos pontos de ônibus;
nos túneis, pontes e viadutos;
nos acostamentos;
nas portas de garagens, casas de diversões públicas e repartições
públicas;
sobre as calçadas;
longe da borda da pista;

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 81


INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO

nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo de alinha-


mento da via transversal (para todos os veículos).
na contramão da direção;
sobre a pista de rolamento das estradas;
sobre as faixas de pedestre.

8.3. Estacionar ou parar numa emergência


Existem situações em que o condutor é obrigado a parar ou estacio-
nar.
Vejamos então, um exemplo de uma situação como esta:
o veículo apresentou problemas mecânicos e não pode ser reti-
rado da pista de rolamento ou então do acostamento;
o condutor deve imediatamente usar o equipamento de seguran-
ça Triângulo de Segurança; este dispositivo deve ser colocado de
tal forma (a alguns metros do veículo) que possa alertar aos de-
mais condutores de que o veículo em questão, está numa situa-
ção emergencial na pista ou no acostamento;
deixar os faroletes acesos e também a luz de alerta, isto indepen-
dentemente durante o dia ou à noite;
havendo necessidade, o condutor pode colocar lanternas ou ra-
mos sobre a via;
logo após o recolhimento do veículo, a sinalização deve ser reti-
rada.

8.4. Partir da posição de parado ou estacionado


Quando o veículo está parado ou estacionado e o condutor desejar
ingressar no fluxo de tráfego, deve tomar os seguintes cuidados:
Direção Defensiva

utilizar-se de sinal indicador de direção para indicar a direção


que vai seguir (esquerda ou direita);
observar com muita atenção o tráfego à sua retaguarda, lateral
esquerda e se for o caso, lateral direita;
só depois destes cuidados é que o condutor deve ingressar no
fluxo de tráfego.

82 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO

8.5. Posições convencionais de estacionamento


de veículos
a) em paralelo, os veículos ficam alinhados ao meio-fio;

b) em ângulo de 90º, os veículos ficam estacionados formando ân-


gulos de 90º com a borda da calçada;

c) em ângulo de 45º, os veículos ficam estacionados em posição in-


clinada em relação à borda da calçada, com a frente voltada
para o meio-fio.
Direção Defensiva

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 83


INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO

9. Regras de preferência
A preferência de passagem ao condutor de veículo (ou prioridade de
trânsito, como é conhecida), é decorrente da necessidade para o ordenado
uso das vias públicas, que trará segurança e fluidez no trânsito.

Você deve estar consciente que preferência não é sinônimo de privilé-


gio. Sendo assim, ao perceber que o outro condutor não irá respeitar a sua
preferência, dê a preferência a ele, pois você poderá evitar acidentes.
As regras de circulação não podem deixar de ser seguidas, nem por
aqueles que ensinam como por aqueles que estão aprendendo a dirigir, use
sempre o “bom senso”.

Lembre-se!
Quando veículos, transitando por direções que cruzem, se aproxima-
rem de local não sinalizado, terá preferência de passagem o que vier
da direita”.

10. Entrada e saída de rodovias


Direção Defensiva

10.1. Entrada em uma rodovia


O condutor que desejar entrar em uma rodovia, como dissemos an-
teriormente, precisa prestar atenção à sinalização e deve:
utilizar-se da faixa de aceleração para acelerar o veículo, estan-
do atento para que ele atinja a via expressa na mesma velocida-
de do seu fluxo;
havendo necessidade do condutor esperar para entrar na via,
deve diminuir a velocidade já no início da faixa de aceleração,
84 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA
INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO

de forma que se tenha espaço suficiente para acelerar até a velo-


cidade necessária; assim, o condutor não atrapalhará (ou não
causará acidentes) na rodovia;
ao entrar numa via expressa muito devagar, o condutor pode
causar “atrapalhos” no tráfego ou até mesmo acidentes, ao en-
trar com velocidade superior ao fluxo normal da via pode tam-
bém causar os mesmos incidentes citados.
Assim como o condutor deve sinalizar para sair de uma via expressa,
ele deve fazer o mesmo para entrar nela;
neste caso, o da entrada em uma via, só
deve sinalizar com o braço se houver veícu-
los atrás do que ele estiver conduzindo.

10.2. Saída de uma ro-


dovia
O condutor que desejar sair de uma
rodovia, além de prestar atenção à sinaliza-
ção deve:
havendo faixa de desaceleração, entrar nesta faixa mantendo a
velocidade que vinha na via expressa e, só depois começar o
processo de desaceleração do veículo;
não havendo faixa de desaceleração, diminuir progressivamente
a velocidade antes de alcançar a saída.
Nos dois casos, o condutor deve utilizar as setas indicativas de mu-
dança de direção (pisca) com antecedência e, se for conveniente, deve usar
também a sinalização de braço.

11. Condução econômica


Direção Defensiva

Para economizar combustível, o condutor deve observar alguns cui-


dado:
Pneus
Os pneus devem estar sempre calibrados adequadamente, pois quan-
do vazios, rolam com dificuldade, tornando o veículo mais pesado e,
consequentemente, aumentando o consumo de combustível.
Freios
Freios desregulados, prendendo as rodas, aumentam não apenas o
próprio desgaste, como também o consumo de combustível. Assim, é neces-
sário regular periodicamente os freios do veículo.
CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 85
INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO

Motor
É preciso também manter o motor do veículo bem regulado, com fil-
tro de ar sempre limpo, para melhor rendimento e economia.
Carga
Sempre que possível, o condutor deve evitar o uso de bagageiro ou
excesso de carga no veículo.
Velocidade
Igualmente, o condutor deve evitar frenagens e acelerações bruscas,
mantendo uma velocidade constante o maior tempo possível.
Marchas
Para maior economia, deve usar adequada para cada situação, a fim
de não forçar a aceleração do motor.
Combustível
Procure abastecer em postos que você tenha certeza da qualidade do
combustível.
Direção Defensiva

86 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO

ATIVIDADE IX

01) RESPONDA
a) Por que o condutor precisa sentar-se na melhor posição no assento
do veículo?

b) Quando o condutor deve regular os espelhos retrovisores e que mo-


vimento este condutor deve fazer para se utilizar deste equipamento
obrigatório do veículo?

c) Quando o condutor desejar fazer uma conversão em uma esquina


ou em vias que se cruzem, quais movimentos ele precisa fazer com a ca-
beça?

Direção Defensiva

d) Que atitude o condutor deve tomar quando em seu veículo estiver


com vários passageiros?

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 87


INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO

e) Que cuidados o condutor deve ter quando der marcha-à-ré?

f) O que o condutor deve fazer para partir (sair) da posição de parada


ou estacionado?

02) DIFERENCIE
Parar - estacionar.
Direção Defensiva

03) CITE
a) Cinco exemplos de parada obrigatória.

88 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO

b) Cinco exemplos de onde é proibido parar.

c) Cinco exemplos de onde é proibido estacionar.

04) PENSE E ESCREVA


Parar ou estacionar numa emergência.

Direção Defensiva

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 89


INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO
Direção Defensiva

90 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO

UNIDADE X
PILOTAGEM DEFENSIVA

1. O que é pilotagem defensiva


Pilotagem defensiva consiste no ato de pilotar uma motocicleta de
forma a evitar acidentes, respeitando
as regras de circulação, as leis de
trânsito e os cuidados especiais que
são necessários para pilotar como: a
vestimenta, o capacete, a moto, a
postura, a perícia e principalmente a
responsabilidade.
A motocicleta oferece vanta-
gem por ser um meio de transporte
rápido e econômico, mas em com-
pensação não oferece grande segu-
rança ao motociclista.
Entretanto, muita coisa pode
ser feita pelo motociclista quanto à
segurança ao conduzir sua motoci-
cleta.

2. Equipamento de segurança:

2.1. Capacete
É o principal equipamento de segurança para o motociclista e o pas-
sageiro (garupa) pois a maioria dos aci-
Direção Defensiva

dentes fatais de trânsito são causados prin-


cipalmente por lesões sofridas na cabeça.
O uso do capacete é obrigatório por lei.
Ao adquirir um capacete certifique-se se é
adequado ao tamanho de sua cabeça e
principalmente se tem o selo de inspeção
do INMETRO.
Veja a seguir o que diz a Resolução
203/2006- CONTRAN já com as altera-
ções previstas pelas Resoluções 257/07 e
270/08.sobre o uso do capacete.
CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 91
INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO

Resolução 203 de 29 de setembro de 2006.


Disciplina o uso de capacete para condutor e passageiro de motocicleta, motone-
ta, ciclomotor, triciclo motorizados e quadriciclo motorizado, e dá outras providências.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, no uso da atribuição que
lhe confere o art.12, da Lei 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de
Trânsito Brasileiro, e conforme o Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que dispõe
sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito,
Considerando o disposto no inciso I dos artigos 54 e 55 e os incisos I e II do arti-
go 244 do Código de Transito Brasileiro,
Resolve:
Art. 1º - É obrigatório, para circular na vias publicas, o uso de capacete pelo con-
dutor e passageiro de motocicleta, motoneta, ciclomotor, triciclo motorizado e quadriciclo
motorizado.
§ 1º O capacete tem de estar devidamente afixado à cabeça pelo conjunto for-
mado pela cinta jugular e engate, por debaixo do maxilar inferior.
§ 2º O capacete tem de estar certificado por organismo acreditado pelo Instituto
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO, de acordo
com regulamento de avaliação da conformidade por ele aprovado.
Art. 2º Para fiscalização do cumprimento desta Resolução, as autoridades de trân-
sito ou seus agentes devem observar a aposição de dispositivo refletivo de segurança nas
partes laterais e traseira do capacete, a existência do selo de identificação da conformida-
de do INMETRO, ou etiqueta interna com a logomarca do INMETRO, podendo esta ser
afixada no sistema de retenção, sendo exigíveis apenas para os capacetes fabricados a
partir de 1º de agosto de 2007, nos termos do § 2º do art. 1º e do Anexo desta Resolução.
(Redação dada pele Resolução 270/2008)
Parágrafo único. A fiscalização de que trata o caput deste artigo, será
implementada a partir de 1º de junho de 2008. (Redação dada pele Resolução 270/
2008)
Art. 3º - O condutor e o passageiro de motocicleta, motoneta, ciclomotor, triciclo
motorizado e quadriciclo motorizado, para circular na via pública, deverão utilizar capa-
cete com viseira, ou na ausência desta, óculos de proteção
§ 1º Entende-se por óculos de proteção, aquele que permite ao usuário a utiliza-
ção simultânea de óculos corretivos ou de sol.
Direção Defensiva

§ 2º Fica proibido o uso de óculos de sol, óculos corretivos ou de segurança do


trabalho (EPI) de forma singular, em substituição aos óculos de proteção de que trata este
artigo.
§ 3º Quando o veículo estiver em circulação, a viseira ou óculos de proteção de-
verão estar posicionados de forma a dar proteção total aos olhos.
§ 4º No período noturno, é obrigatório o uso de viseira no padrão cristal.
§ 5º É proibida a aposição de película na viseira do capacete e nos óculos de
proteção. 1
Art. 4º - Dirigir ou conduzir passageiro sem o uso do capacete implicará nas san-
ções previstas nos incisos I e II do art. 244, do Código de Trânsito Brasileiro.

92 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO

Parágrafo único. Dirigir ou conduzir passageiro com o capacete fora das


especificações contidas no artigo 2º desta Resolução, incidirá o condutor nas penalidades
do inciso X do art. 230 do Código de Trânsito Brasileiro.” (Redação dada pela Resolução
257/2007)
Art. 5º - Esta Resolução entra em vigor no dia 1º de janeiro de 2008, revogando
os artigos 1º, 2º e 4º da Resolução nº 20, de 17 de fevereiro de 1998.” (Redação dada
pela Resolução 257/2007)

ASSINAM (ALFREDO PERES DA SILVA - Presidente - JAQUELINE FILGUEIRAS


CHAPADENSE PACHECO Ministério das Cidades – Suplente - JOSE ANTONIO SILVÉRIO
Ministério da Ciência e Tecnologia – Suplente - FERNANDO MARQUE S DE FREITAS Minis-
tério da Defesa – Suplente - RODRIGO LAMEGO DE TEIXEIRA SOARES Ministério da Edu-
cação – Titular - CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS Ministério do Meio Ambiente –
Suplente - VALTER CHAVES COSTA Ministério da Saúde – Titular - EDSON DIAS GONÇAL-
VES Ministério dos Transportes – Titular)

ANEXO

I - DISPOSITIVO RETRORREFLETIVO DE SEGURANÇA


O capacete deve contribuir para a sinalização do usuário diuturnamente, em to-
das as direções, através de elementos retrorrefletivos, aplicados na parte externa do casco.
O elemento retrorrefletivo deve ter uma superfície de pelo menos 18 cm² (dezoito
centímetros quadrados) e assegurar a sinalização em cada lado do capacete: frente,
atrás, direita e esquerda. Em cada superfície de 18 cm², deve ser possível traçar um círculo
de 4,0 cm de diâmetro ou um retângulo de superfície de, no mínimo, 12,5 cm² com uma
largura mínima de 2,0 cm.
Cada uma destas superfícies deve estar situada o mais próximo possível do ponto
de tangência do casco com um plano vertical paralelo ao plano vertical longitudinal de
simetria, à direita e à esquerda, e do plano de tangência do casco com um plano vertical
perpendicular ao plano longitudinal de simetria, à frente e para trás.
A cor do material iluminado pela fonte padrão A da CIE deve estar dentro da
zona de coloração definida pelo CIE para branco retrorrefletivo.
Direção Defensiva

O CONTRAN definirá em resolução própria, as cores e as especificações técnicas


dos retrorefletivos a serem utilizados no transporte remunerado.
Especificação do coeficiente mínimo de retrorefletividade em candelas
por Lux por metro quadrado (orientação 0 e 90°):
Os coeficientes de retrorefletividade não deverão ser inferiores aos valores míni-
mos especificados. As medições serão feitas de acordo com o método ASTME-810. Todos
os ângulos de entrada deverão ser medidos nos ângulos de observação de 0,2° e 0,5°. A
orientação 90° é definida com a fonte de luz girando na mesma direção em que o disposi-
tivo será afixado no capacete.

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 93


INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO

II – DEFINIÇÕES
DEFINIÇÃO DE UM CAPACETE MOTOCICLISTICO
Tem a finalidade de proteger a calota craniana, o qual deve ser calçado e fixado
na cabeça do usuário, de forma que fique firme, com o tamanho adequado, encontrados
nos tamanhos, desde o 50 até o 64.
DEFINIÇÃO DE UM CAPACETE CERTIFICADO
Capacete que possui aplicado as marcações (selo de certificação holográfico/
etiqueta interna), com a marca do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade-
SBAC, comercializado, após o controle do processo de fabricação e ensaios específicos,
de maneira a garantir que os requisitos técnicos, definidos na norma técnica, foram atendi-
dos. Os modelos de capacetes certificados estão descritos abaixo nos desenhos
legendados de 01 a 07:
Direção Defensiva

94 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO

DEFINIÇÃO DE ÓCULOS DE PROTEÇÃO MOTOCICLISTICA


São óculos que permitem aos usuários a utilização simultânea de óculos corretivos
ou de sol, cujo uso é obrigatório para os capacetes que não possuem viseiras, casos espe-
cíficos das figuras 02, 05 e 06. E proibida a utilização de óculos de sol, ou de segurança
do trabalho (EPI) de forma singular, nas vias públicas em substituição ao óculos de prote-
ção motociclistica.

Direção Defensiva

DEFINIÇÕES DOS PRINCIPAIS COMPONENTES DE UM CAPACETE CER-


TIFICADO
CASCO EXTERNO: O casco pode ser construído em plásticos de engenharia,
como o ABS e o Policarbonato (PC), através do processo de injeção, ou, pelo processo de
multilaminação de fibras (vidro, aramídicas, carbono e polietileno), com resinas
termofixas.

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 95


INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO

CASCO INTERNO: Confeccionado em materiais apropriados, onde o mais co-


nhecido é poliestireno expansível (isopor), devido a sua resiliência, forrado com espumas
dubladas com tecido, item que em conjunto com o casco externo, fornece a proteção à ca-
lota craniana, responsável pela absorção dos impactos.
VISEIRA: Destinada à proteção dos olhos e das mucosas, é construída em plásti-
cos de engenharia, com transparência, fabricadas nos padrões, cristal, fume light, fume e
metalizadas. Para o uso noturno, somente a viseira cristal é permitida, as demais, são para
o uso exclusivo diurno, com a aplicação desta orientação na superfície da viseira, em alto
ou baixo relevo, sendo:
Idioma português: USO EXCLUSIVO DIURNO (podendo estar acompanhada com
a informação em outro idioma)
Idioma 7ngles: DAY TIME USE ONLY
NOTA: Quando o motociclista estiver transitando nas vias públicas, o capacete
deverá estar com a viseira totalmente abaixada, e no caso dos capacetes modulares, além
da viseira, a queixeira deverá estar totalmente abaixada e travada.

SISTEMA DE RETENÇÃO: Este sistema é composto de:


CINTA JUGULAR: Confeccionada em materiais sintéticos, fixadas ao casco de for-
ma apropriada, cuja finalidade é a de fixar firmemente (sem qualquer folga aparente) o
capacete à calota craniana, por debaixo do maxilar inferior do usuário, e;
ENGATES: tem a finalidade de fixar as extremidades da cinta jugular, após a
regulagem efetuada pelo usuário, não deixando qualquer folga, e, podem ser no formato
de Duplo “D”, que são duas argolas estampadas em aço ou através de engates rápidos,
nas suas diversas configurações.
Direção Defensiva

ACESSÓRIOS: são componentes que podem, ou, não fazer parte integrante de
um capacete certificado, como palas, queixeiras removíveis, sobreviseiras e máscaras.

96 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


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CAPACETES INDEVIDOS
Uso terminantemente proibido, nas vias públicas, por não cumprirem com os re-
quisitos estabelecidos na norma técnica.

FISCALIZAÇÃO EM VIAS PÚBLICAS


A autoridade de trânsito e seus agentes, ao abordar um motociclista trafegando
em via publica, deve verificar:
1) Se o condutor e o passageiro estejam utilizando capacete(s) motociclístico(s),
certificados pelo INMETRO;
2) Se o capacete ostenta afixado no parte de traz do casco, o selo holográfico do
INMETRO, conforme definição;
3) Na ausência do selo holográfico do INMETRO, examinar existência da
logomarca do INMETRO, na etiqueta interna do capacete, especificada na norma
NBR7471;
4) O estado geral do capacete, buscando avarias ou danos que identifiquem a
sua inadequação para o uso.
5) A existência de dispositivo retrorrefletivo de segurança como especificado nesta
Resolução.
A relação dos capacetes certificados pelo INMETRO, com a descrição do fabri-
Direção Defensiva

cante ou importador, do modelo, dos tamanhos, da data da certificação, estão


disponibilizados no site do INMETRO: www.inmetro.gov.br.

Lembre-se!
Troque seu capacete após três anos de uso, ou após uma queda ou
acidente.

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 97


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2.2. Viseira ou óculos


É essencial o uso da viseira ou óculos para a proteção dos olhos,
pois um simples cisco pode causar um acidente e uma
lesão nos olhos.
É necessário ter alguns cuidados com a viseira:
Evite deixar no sol quando não estiver usando,
pois o sol resseca o material alterando sua transparência
e prejudicando a visibilidade.
Mantenha a viseira sempre limpa e sem riscos,
pois eles provocam distorções na imagem.
Use-a sempre abotoada com todos os fechos; isso evitará que ela se
abra com o vento.

2.3. Vestimenta
Procure sempre que possível usar calça e ja-
queta de tecidos resistentes e em cores vivas para
que o condutor seja notado à distância. Outra peça
essencial para uma pilotagem segura é o uso de lu-
vas, pois elas irão proteger as mãos em uma queda,
como também irão evitar que elas escorreguem das
manoplas.

2.4. Bota
É o calçado mais indicado, pois ele vai garantir maior firmeza para
acionar os comandos, além de proteger os pés, tornozelos e pernas no caso
de acidente com queda.
Direção Defensiva

3. Postura
É essencial que o piloto conheça a postura correta ao conduzir sua
motocicleta, pois ela o ajudará a ter equilíbrio, a fazer manobras de desvio
ou curvas com maior habilidade e proporcionará maior conforto reduzindo
o cansaço físico que é causado pela tensão dos músculos.
E para pilotar com uma postura correta vamos ver alguns pontos im-
portantes:
mantenha a cabeça levemente levantada para aumentar a visibi-
lidade;

98 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


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nunca olhe fixamente num ponto único, mantenha uma visão


ampla e geral ao seu redor;
coluna reta;
sentar-se no centro da moto;
ombros e braços devem estar relaxados;
os pés devem estar paralelos à moto e apontados para a frente;
os joelhos devem pressionar levemente o tanque de gasolina;
os pulsos devem estar abaixo da altura das mãos, permitindo as-
sim o retorno imediato do acelerador à posição inicial, ao utili-
zar o freio dianteiro;
Para um melhor entendimento observe a figura abaixo.

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4. Normas específicas para pilotagem defensiva

4.1. Procedimentos gerais de segurança


Em muitos acidentes, os motoristas não vêem os motociclistas, ou
quando vêem já é tarde demais para evitar o choque. Circule, portanto,
sempre com o farol aceso, pois além da moto ser percebida mais facilmente
pelos motoristas de outros veículos, é obrigatório pelo Código de Trânsito
Brasileiro, mesmo durante o dia. Durante a noite, esteja atento ao uso do fa-
rol baixo direcionado corretamente para não ofuscar os outros condutores.

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 99


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Mantenha sempre a distância de segurança com o veículo da frente.


Posicione-se corretamente na via, utilizando o mesmo espaço de um veículo,
ou seja, no centro da faixa.
Evite manter-se nos pontos cegos dos automóveis ( que são os pontos
que impedem a visão dos motoristas, pelos retrovisores, em relação as late-
rais do veículo, sendo ocasionados pelas colunas traseiras do veículo).
Esteja atento às possibilidades de conversões súbitas não sinalizadas
pelo veículo da frente, que podem surpreender você.
Tenha sempre cuidado de não circular entre veículos parados. Quan-
do o fizer, não ultrapasse a velocidade de 20 km/h.
Mantenha sua motocicleta sempre em boas condições, pois espelhos
retrovisores, buzina, lanternas, luz de freio e piscas são indispensáveis para
sua segurança, além de serem obrigatórios. Verifique com freqüência o esta-
do e a calibragem dos pneus.

4.2. Procedimentos em cruzamentos


É nos cruzamentos que ocorre a maior incidência de acidentes, sendo
as mais perigosas as conversões à esquerda.
Saiba como evitar acidentes em cruzamentos respeitando as seguintes
regras:
reduza sempre a velocidade;
redobre sua atenção;
esteja preparado para qualquer manobra de emergência;
mantenha sempre sua motocicleta em condições de uso, com
todos os equipamentos obrigatórios funcionando.

4.3. Procedimentos em curva


Direção Defensiva

Vejamos agora como proceder para fazer uma curva:


controle a velocidade, ela deve ser reduzida, quanto maior for a
velocidade e mais fechada for a curva, maior será a inclinação
de sua moto e de seu corpo;
antes de entrar numa curva, reduza a velocidade usando os frei-
os e as marchas;
ao entrar e ao fazer a curva, não use os freios, pois você poderá
perder o controle da moto e conseqüentemente sofrerá uma
queda.

100 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


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4.4. Procedimentos ao usar os freios


Ao contrário do que muitos imaginam, o peso da motocicleta, em
caso de frenagem, é jogado para a roda dianteira, aliviando a traseira e po-
dendo ocasionar derrapagens.
ao frear você deve acionar os freios traseiro e dianteiro sempre
simultaneamente, com maior intensidade no freio dianteiro con-
siderando uma porcentagem de 70% para o dianteiro e 30%
para o traseiro;
outro recurso de segurança para frear é o uso do freio motor
que é feito com a mudança para uma marcha inferior.

Lembre-se!
O freio traseiro, além de ajudar a parar, mantém o equilíbrio da mo-
tocicleta.

Direção Defensiva

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 101


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ATIVIDADES X

01) CONCEITUE
Pilotagem defensiva.

02) RELACIONE AS COLUNAS


a) Capacete
b) Viseira
c) Vestimenta
d) Bota
e) Postura

( ) Usada com a finalidade de proteger os olhos. Pode evitar acidentes e


lesões nos olhos.
( ) Principal equipamento de segurança para o motociclista e o passa-
geiro.
( ) Deve ser trocado após 3 anos de uso ou após queda ou acidente.
( ) Deve ser feita de tecidos resistentes e em cores vivas para que o con-
dutor seja notado à distância.
Direção Defensiva

( ) É necessário que o piloto a mantenha correta ao conduzir sua moto-


cicleta, pois isto o ajudará a ter equilíbrio e maior habilidade ao con-
duzir.
( ) Se correta, proporcionará maior conforto ao conduzir, reduzindo o
cansaço físico ocasionado pela tensão dos músculos.
( ) Garante maior firmeza para acionar os comandos, além de proteger
os pés, tornozelo e pernas no caso de acidente com queda.

102 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


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03) COMPLETE AS LACUNAS


Deve-se sempre circular com ....................................... pois assim a
moto é mais facilmente percebida por outros motoristas, mesmo duran-
te o dia.
Mantenha sempre a ................................................. com o veículo da
frente.
Esteja atento às..........................................................................não sina-
lizadas pelo veículo da frente.
Tenha sempre cuidado ao circular entre veículos parados. Quando o
fizer, não ultrapasse a velocidade de .................... .

04) RESPONDA
Que regras devem ser seguidas para evitar acidentes em cruzamentos?

05) CITE
Cite dois procedimentos importantes que devem ser realizados ao se fa-
zer uma curva.
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CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 103


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104 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


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ANEXO

Veja abaixo, o que diz os artigos 54, 55 e 244 do Código de Trânsito


Brasileiro - CTB:

Art. 54. Os condutores de motocicletas, motonetas e ciclomotores só poderão cir-


cular nas vias:
I- utilizando capacete de segurança, com viseira ou óculos protetores;
II - segurando o guidom com as duas mãos;
III - usando vestuário de proteção, de acordo com as especificações do
CONTRAN.

Art. 55. Os passageiros de motocicletas, motonetas e ciclomotores só poderão ser


transportados:
I- utilizando capacete de segurança;
II - em carro lateral acoplado aos veículos ou em assento suplementar atrás
do condutor;
III - usando vestuário de proteção, de acordo com as especificações do
CONTRAN.

Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor:


I- sem usar capacete de segurança com viseira ou óculos de proteção e ves-
tuário de acordo com as normas e especificações aprovadas pelo
CONTRAN;
II - transportando passageiro sem o capacete de segurança, na forma
Direção Defensiva

estabelecida no inciso anterior, ou fora do assento suplementar colocado


atrás do condutor ou em carro lateral;
III - fazendo malabarismo ou equilibrando – se apenas em uma roda;
IV - com os faróis apagados;
V- transportando criança menor de sete anos ou que não tenha, nas circuns-
tâncias, condições de cuidar de sua própria segurança:
Infração – gravíssima;
Penalidade – multa e suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa – Recolhimento do documento de habilitação;

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 105


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VI - rebocando outro veículo


VII - sem segurar o guidom com ambas as mãos, salvo eventualmente para
indicação de manobras;
VIII - transportando carga incompatível com suas especificações:
Infração – média;
Penalidade – multa.
§ 1º. Para ciclos aplica-se o disposto nos incisos III, VII e VIII, além de:
conduzir passageiro fora da garupa ou do assento especial a ele destinado;
transmitir em vias de trânsito rápido ou rodovias, salvo onde houver acostamento
ou faixas de rolamento próprias.
Transportar crianças que não tenham, nas circunstâncias, condições de cuidar de
sua própria segurança.
§ 2º. Aplica-se aos ciclomotores o disposto na alínea b do parágrafo anterior:
Infração – média;
Penalidade – multa.
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106 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


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RESPOSTAS DAS ATIVIDADES

ATIVIDADE I
01) a) Cabe ao educador não apenas transmitir ao candidato à Carteira Nacional de
Habilitação os subsídios para que o mesmo seja aprovado nos exames, mas
sim a conscientização do seu papel a ser desempenhado com responsabilidade,
bom senso, prudência e principalmente a prática de seus deveres e obrigações.
b) Acidente evitável é aquele em que você deixou de fazer tudo o que razoavel-
mente poderia ter feito para evitá-lo. Exemplo: Se um condutor não respeita a
sinalização de PARE indicada por placa em um cruzamento onde a preferência
é da via que cruza a sua, as possibilidades de um acidente sobem a 100%.
Desta forma ele estaria evitando o acidente respeitando a sinalização e paran-
do seu veículo.
c) Acidente não-evitável é aquele provocado por algumas condições adversas des-
de que não dependam do homem, tais como as condições atmosféricas, pro-
blemas na pista e do veículo.
d) Os principais métodos de prevenção de acidentes são: a Engenharia, o Policia-
mento e a Educação no Trânsito.
02) a) A Educação de Trânsito tem a função de orientar a população, iniciando seu
trabalho junto às crianças instruindo-as com respeito aos riscos de trânsito, às
causas e conseqüências dos acidentes e principalmente, a forma de se portar
usando de seus direitos e deveres junto ao trânsito.
b) O policiamento de trânsito deve exercer a função de orientar a população
usuária da via pública, no sentido do cumprimento das leis referentes às atitu-
des no trânsito, coibir o abuso, punindo infratores e evitando assim a geração
de acidentes.
c) A Engenharia de Trânsito tem a função de criar condições favoráveis para a cir-
culação de pessoas com segurança economia e eficiência.
Direção Defensiva

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 107


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ATIVIDADE II
01) Motorista defensivo é aquele que adota um procedimento preventivo no trânsi-
to, sempre com cautela e civilidade. O motorista defensivo não dirige apenas,
pois está sempre pensando em segurança, prevenção de acidentes, indepen-
dentemente dos fatores externos e das condições adversas que possam estar
presentes.
02) Problemas do Motorista – resposta pessoal, elaborada pelo aluno.
03) A B Ç E B E T O G U A I
G U O E H N I M V A A B
C O N H E C I M E N T O
A D F A O D K H B N E K
Ç E H A B D E A C O N A
P C O N D U T B C A Ç A
R I R P O E V I S O A O
E S A O A C C L O E O I
V A G D F E E I D A D E
O O B V J U G D U R E C
A P R E V I S A O S P N
R O D A C O A D U T O R
F E I O A C A E K M F R
04) Resposta pessoal, elaborada pelo aluno.

ATIVIDADE III
01) a) Condições adversas são todos os fatores que podem prejudicar sua forma de
dirigir, influenciando o desempenho do condutor, tornando suas condições des-
favoráveis ou inadequadas no trânsito.
b) As condições adversas são: luz, tempo, via, veículo, trânsito, e motorista.
Direção Defensiva

02) (6)
(1)
(4)
(2)
(3)
(5)

108 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


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ATIVIDADE IV
01) a) Manter sempre com a calibragem correta, fazer balanceamento, geometria,
cambagem e o rodízio sempre que necessário.
b) Pneus radiais e pneus diagonais.
c) A calibragem de ser verificada semanalmente ou no máximo a cada 15 dias.
d) Danificam os pneus causando um desgaste irregular, diminui em milhares de
quilômetros sua vida útil e provocam um indesejável desconforto ao dirigir.
e) O rodízio serve para compensar a diferença em desgaste, permitindo aumento
de quilometragem e eficiência, aproveitando desta forma o potencial total do
pneu.
f) Provocará um desgaste irregular e prematuro comprometendo o bom compor-
tamento do veículo.
g) É o ângulo de inclinação para frente ou para trás do pino mestre com relação a
um plano vertical. O caster é responsável pela estabilidade direcional do veícu-
lo.
h) A cambagem pode ser positiva ou negativa. Se o câmber for positivo, o des-
gaste será no ombro externo do pneu, e se for negativo, o desgaste será no
ombro interno do pneu.
02) As principais partes de um pneu são: a carcaça de lonas, os talões, a banda de
rodagem, os flancos e os sulcos.
03) Balanceamento estático se dará quando cada ponto da circunferência tiver o
mesmo peso do seu ponto oposto, e o dinâmico quando os pontos opostos de
cada lado da mesma roda tiverem o mesmo peso.
04) A, D, F, G.
05) a) F
b) V
c) V
d) V
e) F
f) F
Direção Defensiva

06) É quando o pneu perde a aderência com o solo devido a uma camada de
água que se interpõe entre os dois fazendo com que o veículo passe a deslizar
sobre a água ficando desta forma desgovernado.
07) sulcos, 1,6 mm, água, aderência, solo, velocidade, calibragem, pista,
profundidade, pista, sulcos.
08) Reduzir a velocidade, não frear bruscamente, aumentar a distância do veículo
da frente.

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 109


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ATIVIDADE V
01) a) O álcool no organismo humano cria um excesso de auto-confiança no motoris-
ta, reduz o campo de visão, altera a audição, a fala e o senso de equilíbrio.
b) 2 (duas) decigramas de álcool por litro de sangue.
c) O motorista que á autuado dirigindo alcoolizado deve pagar uma multa de
900 UFIRs, além de ter suspenso o direito de dirigir e pode ser detido por um
prazo de seis meses a três anos, sendo considerada infração gravíssima.

ATIVIDADE VI
01) A função do cinto de segurança é impedir que o condutor ou passageiros sejam
lançados para fora ou se choquem dentro do veículo, aumentando a possibili-
dade de sobrevivência em acidentes com risco de morte.
02) C
03) B
A
C
04) Resposta pessoal elaborada pelo aluno.

ATIVIDADE VII
01) a) V
b) V
c) V
d) F
e) V
Direção Defensiva

f) F
g) V
h) V
i) V
j) F
l) F

110 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


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02) a) Desrespeito à sinalização, falta de visibilidade, desconhecimento das vias prefe-


renciais, manobras inesperadas de veículos, trânsito de pedestres e ciclistas.
b) Respeitar a sinalização, estar atento, reduzir a velocidade, sinalizar suas inten-
ções, ter definido anteriormente o seu trajeto.
c) A ultrapassagem só deve ser realizada quando houver realmente necessidade.
Para ultrapassar deve-se: respeitar a sinalização de ultrapassagem e manter a
distância de segurança. Se houver dificuldade de visibilidade desloque seu veí-
culo alguns centímetros à esquerda. Para se assegurar de que não há veículo
em sentido contrário, observe os veículos que vêm atrás, sinalize sua intenção
de ultrapassar, saia para a pista da esquerda acelerando o veículo à medida
que vai ultrapassando, sinalize o retorno à pista da direita, retome a velocidade
normal.
03) Pista de Rolamento: curvas, óleo na pista, depressões, lombadas.
Condições Climáticas: chuva, geada, granizo, vendaval, neblina.
Condições do condutor: sono, stress, drogas, doenças, álcool.

ATIVIDADE VIII
01) a) É a distância segura que o condutor deve manter entre o seu veículo e o que
está imediatamente à sua frente.
b) O condutor deve observar o veículo à sua frente e marcar um ponto fixo para
usar como referência; após o veículo da frente passar pelo ponto de referência
escolhido, o condutor deve contar pausadamente: setenta e um, setenta e dois,
(que equivalem exatamente a dois segundos); se, ao passar com o veículo pelo
ponto de referência escolhido, o condutor houver terminado de pronunciar as
palavras, isto significa que ele está mantendo uma distância segura.
c) É a distância que um determinado veículo percorre, desde que o perigo é visto
até o ato de parar.
d) É a distância que um determinado veículo percorre, desde que o perigo é visto
até o momento em que o condutor tome a atitude de frear.
e) É a distância que um determinado veículo percorre após ter acionado o meca-
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nismo de freios até a parada em si.


02) a) Distância de Seguimento
b) Distância de Parada
c) Distância de Reação
d) Distância de Frenagem
03) Resposta pessoal elaborada pelo aluno.

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 111


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ATIVIDADE IX
01) a) Porque o condutor precisa alcançar todos os comandos, todos os instrumentos
do painel e precisa ter a maior visibilidade possível.
b) O condutor deve sempre regular os retrovisores, tanto interno como externos,
antes de deslocar o veículo. O movimento que ele deve fazer para se utilizar
dos espelhos retrovisores é apenas desviando o olhar e não movimentando a
cabeça.
c) Para fazer uma conversão em uma esquina, precisa mover a cabeça e não ape-
nas desviar o olhar. Para fazer uma conversão em vias que se cruzam em ângu-
los agudos, o condutor precisa mover a cabeça para o ângulo mais convenien-
te.
d) O condutor deve pedir aos passageiros para se manterem na posição mais
conveniente a ele.
e) O condutor deve certificar-se de que não há nenhum obstáculo de pequeno,
médio ou grande porte (veículo, pedestres, crianças, árvores, postes, etc.).
f) - utilizar-se das setas indicadoras para indicar a direção que vai seguir.
- observar com muita atenção o tráfego à sua retaguarda, lateral esquerda e,
se for o caso, lateral direita.
02) Parar é a imobilização do veículo pelo tempo necessário para o embarque ou
desembarque de passageiros ou então carga e descarga de mercadorias. Esta-
cionar é uma parada em tempo superior ao necessário para embarque e de-
sembarque de passageiros ou carga de mercadorias.
03) a) - parar antes da via preferencial;
- parar no sinal luminoso de cor vermelha;
- para nos cruzamentos que estiverem sinalizados com a faixa de retenção;
- parar em obediência à Placa de Parada Obrigatória;
- parar quando o Policial de Trânsito der a ordem de parada.
b) - nos túneis, pontes e viadutos;
- na contramão de direção;
- sobre a pista de rolamento;
Direção Defensiva

- sobre os canteiros divisores da pista de rolamento;


- sobre as calçadas ou passeios.
c) - onde houver sinalização proibitiva;
- próximo aos hidrantes;
- nos pontos de ônibus;
- nos acostamentos;
- sobre a faixa de pedestre.
04) Resposta individual elaborada pelo aluno.
05) Resposta individual elaborada pelo aluno.

112 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


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ATIVIDADE X
01) Pilotagem defensiva consiste no ato de pilotar uma motocicleta de forma a evi-
tar acidentes respeitando as regras de circulação, as leis de trânsito e os cuida-
dos especiais que são necessários para pilotar como: a vestimenta, o capacete,
a moto, a postura, a perícia e principalmente a responsabilidade.
02) (B)
(A)
(A)
(C)
(E)
(E)
(D)
03) a) o farol aceso
b) distância de segurança
c) possibilidades de conversão súbita
d) 20 km/h
04) Reduzir sempre a velocidade, redobrar sua atenção, estar sempre preparado
para qualquer manobra de emergência, manter sempre sua motocicleta em
condições de uso com todos os equipamentos obrigatórios funcionando.
05) Controlar a velocidade. Ao fazer a curva não use os freios, pois você perderá o
controle da moto e conseqüentemente sofrerá uma queda.

Direção Defensiva

CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 113


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Direção Defensiva

114 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

01) BRASIL. Ministério da Justiça. DENATRAN. Curso de formação de instru-


tores de auto-escola: TOMO II - Textos básicos. 2. ed., Brasília,
1984. (Col. Cursos).
02) FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário da língua por-
tuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1986.
03) Grande enciclopédia prática mecânica do automóvel. Ed. Século Futuro
Ltda. Penha RJ. 1988.
04) BRASIL. Diário Oficial da União. Lei Nº. 9.503 de 27 de setembro de
1997. CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO - CTB. Brasília: 1997.
05) Manual Globo de Automóvel, Ed. Rio Gráfica, RJ. Volume 4, 1988.
06) UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas para
apresentação de trabalhos. 2 ed. Curitiba: Ed. da UFPR: Governo do
Paraná, 1992.
07) ROZESTRATEN, Reinier J.A. Psicologia no trânsito: conceitos e processos
básicos. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1988.
08) SENAI, Departamento Nacional. Direção defensiva: treinamento de mo-
toristas. Rio de Janeiro: Divisão de Ensino e Treinamento, 1984.
09) Manual de Educação para o Trânsito, ABTRAN, 1995.
10) Manual de Habilitação, DETRAN-PR, 4ª edição, setembro 1999.
11) Folder Educativo, DETRAN-PR.
12) Manual Goodyear, Mão na Roda
13) Manual do Motociclista, CET-SP, Honda, SMT-SP.
14) Manual do Motorista DETRAN-PR, 1994.
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CURSO A DISTÂNCIA Versão 10.10.01 115


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Depósito Legal feito junto à Biblioteca Nacional sob o Registro número 240.229
Livro 425, Folha 389.

Direitos reservados. Não é permitida a reprodução, no todo ou em parte.

MATERIAL APROVADO PELO

DENATRAN
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116 Versão 10.10.01 CURSO A DISTÂNCIA

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