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MATERIAL DO ALUNO

CURSO PARA CONDUTORES DE


VEÍCULOS DE TRANSPORTE DE
CARGA INDIVISÍVEL
CURSO PARA CONDUTORES DE
VEÍCULOS DE TRANSPORTE DE
CARGA INDIVISÍVEL
MATERIAL DO ALUNO
Versão 2023
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CURSO PARA CONDUTORES DE VEÍCULOS DE
TRANSPORTE DE CARGA INDIVISÍVEL
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO ............................................................................................................................. 7
Objetivos de Aprendizagem ................................................................................................................................ 8
Plano de estudo ................................................................................................................................................... 8
Categoria de habilitação e relação com veículos conduzidos .......................................................................... 10
Documentos do condutor e do veículo: apresentação e validade .................................................................... 20
Sinalização viária ............................................................................................................................................... 24
Sinalização vertical ........................................................................................................................................ 25
Sinalização de regulamentação .................................................................................................................... 27
Sinalização de advertência ............................................................................................................................ 29
Sinalização de indicação ............................................................................................................................... 31
Sinalização horizontal .................................................................................................................................... 33
Padrão de traçado ......................................................................................................................................... 33
Cores ............................................................................................................................................................. 34
Dispositivos auxiliares ................................................................................................................................... 35
Dispositivos luminosos .................................................................................................................................. 36
Sinalização semafórica .................................................................................................................................. 37
Dispositivos sonoros ...................................................................................................................................... 39
Gestos dos condutores .................................................................................................................................. 40
Gestos dos agentes ....................................................................................................................................... 41
Infrações, crimes de trânsito e penalidade ........................................................................................................ 44
Penalidades ................................................................................................................................................... 44
Tipos de penalidades..................................................................................................................................... 45
Advertência por escrito .................................................................................................................................. 45
Multa .............................................................................................................................................................. 45
Suspensão do direito de dirigir ...................................................................................................................... 47
Cassação da carteira nacional de habilitação ............................................................................................... 48
Curso de reciclagem ...................................................................................................................................... 49
Registro nacional positivo de condutores ...................................................................................................... 49
Crimes de trânsito.......................................................................................................................................... 50
Infrações e penalidades: Documentação do condutor e do veículo ............................................................. 54
Infrações e penalidades: Estacionamento, parada e circulação ................................................................... 57
Infrações e penalidades: Segurança e atitudes do condutor, passageiro, pedestre e demais atores do
processo de circulação .................................................................................................................................. 65
Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e circulação .................................................................... 67
Ultrapassagem ............................................................................................................................................... 69
O uso da buzina............................................................................................................................................. 70
O uso do pisca-alerta..................................................................................................................................... 70
O uso de luzes em veículo ............................................................................................................................ 70

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Regras de mudança de direção .................................................................................................................... 71
Classificação de vias ..................................................................................................................................... 72
Velocidades permitidas ................................................................................................................................. 74
Legislação específica sobre transporte de carga .............................................................................................. 75
Carga Indivisível: Conceitos, considerações e exemplos ............................................................................. 75
Acondicionamento: verificação da integridade do acondicionamento .......................................................... 75
Responsabilidades do condutor durante o transporte....................................................................................... 76
Documentação e simbologia ............................................................................................................................. 77
Documentos fiscais e de trânsito ................................................................................................................... 77
Documentos e símbolos relativos aos produtos transportados .................................................................... 77
Certificados de capacitação ............................................................................. Erro! Indicador não definido.
Sinalização no veículo ...................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo .......................................................................... 82
Das infrações e penalidades (CTB e legislação específica) ............................................................................. 83
CTB e Resoluções do CONTRAN ................................................................................................................. 83
Regulamentação da ANTT ............................................................................................................................ 84
Regulamentação do DNIT ............................................................................................................................. 84
Resumo do módulo............................................................................................................................................ 85
Exercícios de fixação ......................................................................................................................................... 86
DIREÇÃO DEFENSIVA ..................................................................................................................................... 88
Objetivos de Aprendizagem .............................................................................................................................. 89
Plano de estudo ................................................................................................................................................. 89
Conceito de direção defensiva .......................................................................................................................... 90
Conhecimento ................................................................................................................................................ 90
Código de Trânsito Brasileiro ........................................................................................................................ 90
Atenção .......................................................................................................................................................... 91
Previsão ......................................................................................................................................................... 91
Decisão .......................................................................................................................................................... 91
Habilidade ...................................................................................................................................................... 92
Condições adversas .......................................................................................................................................... 93
Luz ................................................................................................................................................................. 94
Tempo ............................................................................................................................................................ 95
Veículos ......................................................................................................................................................... 97
Via ................................................................................................................................................................ 101
Trânsito ........................................................................................................................................................ 102
Condutor ...................................................................................................................................................... 102
Acidente evitável ou não evitável .................................................................................................................... 104
Como ultrapassar e ser ultrapassado .............................................................................................................. 106
O acidente de difícil identificação de causa .................................................................................................... 107
Como evitar acidentes com outros veículos .................................................................................................... 108

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Colisão com o veículo da frente .................................................................................................................. 108
Colisão com o veículo de trás ..................................................................................................................... 110
Colisão frontal - nas retas ............................................................................................................................ 111
Colisão frontal - nas curvas ......................................................................................................................... 111
Colisão nos cruzamentos ............................................................................................................................ 112
Colisão nas ultrapassagens ........................................................................................................................ 113
O uso do cinto de segurança ....................................................................................................................... 116
Como evitar acidentes com pedestres e outros integrantes do trânsito ......................................................... 117
Pedestre ...................................................................................................................................................... 117
Ciclista ......................................................................................................................................................... 117
Motociclista .................................................................................................................................................. 118
Animais ........................................................................................................................................................ 120
A importância de ver e ser visto ...................................................................................................................... 120
A importância do comportamento seguro na condução de veículos especializados ...................................... 121
Comportamento seguro e comportamento de risco – diferença que pode poupar vidas ............................... 122
Velocidade ................................................................................................................................................... 122
Frenagem .................................................................................................................................................... 122
Manobras ..................................................................................................................................................... 123
Conversões .................................................................................................................................................. 123
Retornos ...................................................................................................................................................... 124
Passagem e ultrapassagem ........................................................................................................................ 124
Infrações referente à ultrapassagem ........................................................................................................... 124
Responsabilidades do condutor defensivo .................................................................................................. 125
Estado físico e mental do condutor, consequências da ingestão e consumo de bebida alcoólica e substâncias
psicoativas ....................................................................................................................................................... 126
Estresse ....................................................................................................................................................... 126
Sono ............................................................................................................................................................ 128
Fadiga .......................................................................................................................................................... 129
Bebidas alcoólicas ....................................................................................................................................... 130
Substâncias psicoativas .............................................................................................................................. 131
Resumo do Módulo.......................................................................................................................................... 132
Exercícios de fixação ....................................................................................................................................... 133
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS, RESPEITO AO MEIO AMBIENTE E PREVENÇÃO DE INCÊNDIO
......................................................................................................................................................................... 135
Objetivos de Aprendizagem ............................................................................................................................ 136
Plano de estudo ............................................................................................................................................... 136
Noções de Primeiros Socorros ........................................................................................................................ 138
Sinalização do local do acidente ..................................................................................................................... 141
Pessoas sinalizando o local do acidente ..................................................................................................... 142
Distância ideal para sinalização .................................................................................................................. 143
Identificar riscos para garantir mais segurança ........................................................................................... 143

Página 4
Identificar riscos para garantir mais segurança ........................................................................................... 144
Acionamento de recursos em caso de acidentes ............................................................................................ 147
Verificação das condições gerais da vítima .................................................................................................... 148
Como agir com a vítima inconsciente.......................................................................................................... 148
Cuidados com a vítima - o que não fazer ........................................................................................................ 152
Não movimentar a vítima! ............................................................................................................................ 153
Não tirar o capacete de um motociclista! .................................................................................................... 153
Não aplicar torniquetes! ............................................................................................................................... 153
Não dar nada para a vítima ingerir! ............................................................................................................. 153
O veículo como agente poluidor do meio ambiente ........................................................................................ 154
Regulamentação do CONAMA sobre poluição ambiental causada por veículos ........................................... 156
Principais órgãos fiscalizadores e reguladores ........................................................................................... 159
Programas ................................................................................................................................................... 159
Poluição: conceito, causas e consequências .............................................................................................. 159
Emissão de gases e partículas (fumaça) ........................................................................................................ 161
Emissão de ruídos ........................................................................................................................................... 162
Manutenção preventiva do veículo para a preservação do meio ambiente .................................................... 164
O indivíduo, o grupo e a sociedade ................................................................................................................. 165
Relacionamento interpessoal .......................................................................................................................... 166
O indivíduo como cidadão ............................................................................................................................... 167
A responsabilidade civil e criminal do condutor e o CTB ................................................................................ 168
Prevenção de incêndio .................................................................................................................................... 169
Conceito de Fogo ........................................................................................................................................ 169
Tetraedro ..................................................................................................................................................... 170
Fontes de Ignição ........................................................................................................................................ 171
Transmissão do Calor.................................................................................................................................. 171
Métodos de Extinção de Incêndio ............................................................................................................... 172
Classificação de incêndios .......................................................................................................................... 173
Tipos de Extintores, seus Agentes e Manuseio .......................................................................................... 174
Resumo do Módulo.......................................................................................................................................... 175
Exercícios de fixação ....................................................................................................................................... 176
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA ....................................................................................................................... 178
Objetivos de Aprendizagem ............................................................................................................................ 179
Plano de estudo ............................................................................................................................................... 180
Carga Indivisível .............................................................................................................................................. 181
Definição de carga perigosa ou indivisível .................................................................................................. 181
Efeito ou consequências no tráfego urbano ou rural de carga perigosa ou indivisível ............................... 183
Autorização Especial de Trânsito (AET)...................................................................................................... 184
Blocos de Rocha.............................................................................................................................................. 200
Conceituação e características dos blocos de rochas ................................................................................ 200

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Classes de rochas e dimensões usuais/permitidas dos blocos .................................................................. 201
Regulamentação específica ........................................................................................................................ 202
Comportamento preventivo do condutor ..................................................................................................... 206
Máquinas ou Equipamentos de Grandes Dimensões e Indivisíveis ............................................................... 207
Diferentes tipos de máquinas e equipamentos ........................................................................................... 208
Dimensões usuais/permitidas: comprimento, altura e largura da carga ..................................................... 208
Comportamento preventivo do condutor ..................................................................................................... 209
Procedimentos em casos de emergência ................................................................................................... 210
Toras, tubos e outras carga ............................................................................................................................. 211
Toras ............................................................................................................................................................ 211
Tubos ........................................................................................................................................................... 213
Fixação dos tubos no veículo ...................................................................................................................... 213
Procedimentos em casos de emergência com toras ou tubos ................................................................... 219
Outras Cargas Cujo Transporte Seja Regulamentado Pelo Contran ............................................................. 219
Procedimentos em casos de emergência ................................................................................................... 219
Resumo do Módulo.......................................................................................................................................... 220
Exercícios de fixação ....................................................................................................................................... 221
Referências Bibliográficas ............................................................................................................................... 223

Página 6
LEGISLAÇÃO
DE TRÂNSITO

Página 7
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Objetivos de Aprendizagem

Objetivos de Aprendizagem
No módulo de Legislação de Trânsito, nosso objetivo é equipá-lo com uma compreensão
aprofundada e aplicada do Código de Trânsito Brasileiro. É essencial não apenas entender
sua finalidade, mas também apreciar a relevância dos conceitos e definições que ele
contém.
Além disso, buscamos elucidar as disposições do CTB em relação às diferentes categorias
de habilitação, destacando sua correlação direta com o tipo de veículo que se pretende
conduzir. A importância disso não pode ser subestimada e, portanto, é um aspecto central
deste módulo.
Outro objetivo chave é familiarizá-lo com a sinalização viária e garantir que você seja
capaz de aplicá-la corretamente ao conduzir diferentes tipos de veículos. Esse
conhecimento prático é crucial para a segurança no trânsito.
Além disso, nos propomos a fornecer um conhecimento abrangente das infrações,
penalidades e medidas administrativas associadas ao trânsito. Este é um elemento
essencial para garantir a conformidade e a responsabilidade ao conduzir.
Por fim, pretendemos que você seja capaz de aplicar corretamente as normas gerais de
estacionamento, parada, comportamento e circulação no trânsito. Afinal, o cumprimento
destas regras é fundamental para um trânsito seguro e eficiente.

Plano de estudo
A seguir, confira o conteúdo que você estudará neste módulo, com o aprofundamento
necessário ao desempenho da função de motorista profissional.

Determinações do CTB quanto a:


- Categoria de habilitação e relação com veículos conduzidos;
- Documentação exigida para condutor e veículo;
- Sinalização viária;
- Infrações, crimes de trânsito e penalidades;
- Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e circulação.

Legislação específica sobre transporte de cargas:


- Carga indivisível;
- Conceitos, considerações e exemplos;
- Acondicionamento: verificação da integridade do acondicionamento (ancoragem e
amarração da carga).
Responsabilidade do condutor durante o transporte:
- Fatores de interrupção da viagem;
- Participação do condutor no carregamento e descarregamento do veículo.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Objetivos de Aprendizagem

Documentação e simbologia:
- Documentos fiscais e de trânsito;
- Documentos e símbolos relativos aos produtos transportados:
- Certificados de capacitação;
- Sinalização no veículo.

Registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo:


- Definição;
- Funcionamento;
- Importância e obrigatoriedade do seu uso.

Das infrações e penalidades (CTB e legislação específica):


- Tipificações, multas e medidas administrativas.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Categoria de habilitação e relação com veículos
conduzidos

Categoria de habilitação e relação com veículos


conduzidos

Todo condutor de veículo automotor ou elétrico deve possuir um documento de habilitação,


denominado Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou Autorização para Conduzir
Ciclomotores (ACC). Neste sentido, o Art. 143, do CTB, estabelece que os candidatos à
CNH podem habilitar-se nas categorias A, B, C, D ou E.
Quanto às categorias de CNH e às autorizações, de acordo com o CTB e o Anexo I, da
Resolução Contran n° 789/2020, elas podem ser:

CATEGORIA ACC

– Ciclomotores;

Ciclomotor
– Bicicletas dotadas originalmente de motor elétrico auxiliar, bem como aquelas que
tiverem o dispositivo motriz agregado posteriormente à sua estrutura, em que se verifique,
ao menos, uma das seguintes situações:
I – Com potência nominal superior a 350 W;

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Categoria de habilitação e relação com veículos
conduzidos

II – Velocidade máxima superior a 25 km/h;


III – Funcionamento do motor sem a necessidade de o condutor pedalar; e
IV – Dispor de acelerador ou de qualquer outro dispositivo de variação manual de potência.

Bicicleta elétrica com potência superior a 350 W

CATEGORIA A

– Veículos automotores e elétricos, de duas ou três rodas, com ou sem carro lateral ou
semirreboque especialmente projetado para uso exclusivo deste veículo;
– Todos os veículos abrangidos pela ACC.
Obs.: Não se aplica a quadriciclos, cuja categoria é a B.

Motocicleta

Triciclo

Motocicleta com carro lateral

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Categoria de habilitação e relação com veículos
conduzidos

CATEGORIA B

– Veículos automotores e elétricos, não abrangidos pela categoria A, cujo Peso Bruto
Total (PBT) não exceda a 3.500 kg e cuja lotação não exceda a oito lugares, excluído o
do motorista;

Automóvel (automotor ou elétrico)

Caminhonete (PBT menor ou igual a 3500 Kg)

Camioneta (até 8 passageiros)

– Combinações de veículos automotores e elétricos em que a unidade tratora se


enquadre na categoria B e cuja unidade acoplada, reboque, semirreboque, trailer ou
articulada tenha menos de 6.000 kg (seis mil quilogramas) de peso bruto total, e cuja
lotação não exceda a 8 (oito) lugares.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Categoria de habilitação e relação com veículos
conduzidos

Combinação (reboque com PBT menor que 6000 Kg e lotação de até 8 passageiros)

– Veículos automotores da espécie motor-casa, cujo peso não exceda a 6.000kg e cuja
lotação não exceda a oito lugares, excluído o do motorista;

Motor-casa com PBT de até 6000 Kg e lotação de até 8 passageiros

– Tratores de roda e equipamentos automotores destinados a executar trabalhos


agrícolas;

Trator agrícola

– Quadriciclos de cabine aberta ou fechada.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Categoria de habilitação e relação com veículos
conduzidos

Cabine Aberta

Cabine Fechada

CATEGORIA C

– Veículos automotores e elétricos utilizados em transporte de carga, cujo PBT exceda a


3.500 kg;

Caminhão-trator desatrelado

Caminhão
– Tratores de esteira, tratores mistos ou equipamentos automotores destinados à

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Categoria de habilitação e relação com veículos
conduzidos

movimentação de cargas, de terraplanagem, de construção ou de pavimentação;

Trator de rodas para terraplanagem

– Veículos automotores da espécie motor-casa, cujo PBT ultrapasse 6.000 kg, e cuja
lotação não exceda a oito lugares, excluído o do motorista;

Motor-casa com PBT de mais de 6000 Kg e lotação de até 8 passageiros

– Todos os veículos abrangidos pela categoria B.

CATEGORIA D

– Veículos automotores e elétricos utilizados no transporte de passageiros, cuja lotação


exceda a oito lugares, excluído o do condutor;

Microônibus

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Categoria de habilitação e relação com veículos
conduzidos

Ônibus

– Veículos destinados ao transporte de escolares independentemente da lotação;

Kombi escolar

– Veículos automotores da espécie motorcasa, cuja lotação exceda a oito lugares,


excluído o do motorista;

Motor-casa com PBT de mais de 6000 Kg e lotação de mais de 8 passageiros

– Ônibus articulado;

Ônibus articulado

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Categoria de habilitação e relação com veículos
conduzidos

– Todos os veículos abrangidos nas categorias B e C.

CATEGORIA E

– Combinações de veículos automotores e elétricos em que a unidade tratora se


enquadre nas categorias B, C ou D e cuja unidade acoplada, reboque, semirreboque,
trailer ou articulada tenha 6.000 kg ou mais de PBT, ou cuja lotação exceda a oito
lugares;

Caminhão-trator com semirreboque cujo PBT é de mais de 6000 Kg

– Combinações de veículos automotores e elétricos com mais de uma unidade


tracionada, independentemente da capacidade máxima de tração ou PBTC;

Automóvel tracionando duas unidades (reboque do tipo asa-delta e outro automóvel)

– Todos os veículos abrangidos nas categorias B, C e D.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Categoria de habilitação e relação com veículos
conduzidos

É importante conhecermos também os prazos exigidos para o início do processo de


mudança de categoria das habilitações, quais sejam:

"B" PARA "C" - Somente após o motorista ter cumprido um ano na categoria "B"

"B" PARA "D" - Somente após dois anos na categoria "B"

"B" PARA "E" - Está mudança não é permitida

"C" PARA "D" - Somente após um ano na categoria "C"

"C" PARA "E" - Somente após um ano na categoria "C"

- Embora o CTB, não mencione o prazo; a praxe administrativa fixou


"D" PARA "E"
em um ano

A Autorização para Conduzir Ciclomotor é um documento necessário para os condutores


de ciclomotores. De acordo com o Anexo I do CTB, a definição desse veículo é a
seguinte:
“Veículo de 2 (duas) ou 3 (três) rodas, provido de motor de combustão interna, cuja
cilindrada não exceda a 50 cm3 (cinquenta centímetros cúbicos), equivalente a 3,05
pol 3 (três polegadas cúbicas e cinco centésimos), ou de motor de propulsão elétrica com
potência máxima de 4 kW (quatro quilowatts), e cuja velocidade máxima de fabricação não
exceda a 50 Km/h (cinquenta quilômetros por hora).”
A Carteira Nacional de Habilitação na categoria "A" substitui a "ACC", pois permite que o
condutor possa conduzir veículos de duas ou três rodas, inclusive o ciclomotor.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Categoria de habilitação e relação com veículos
conduzidos

Para habilitar-se na ACC, o condutor precisa realizar curso teórico de 45 horas/aula, prova
com trinta questões, além de 20 horas/aulas práticas.

Aqueles condutores que desejarem habilitar-se nas categorias D e E ou conduzir veículo


de transporte coletivo de passageiros, de escolares, de emergência, de produto
perigoso ou de cargas indivisíveis, deverá preencher os seguintes requisitos:
• Ser maior de 21 (vinte e um) anos;
• Estar habilitado:
- No mínimo há dois anos na categoria “B”, ou no mínimo há um ano na categoria
“C”, quando pretender habilitar-se na categoria “D”; e
- No mínimo há um ano na categoria “C”, quando pretender habilitar-se na categoria
“E”;
• Não ter cometido mais de uma infração gravíssima nos últimos doze meses;
• Ser aprovado em curso especializado e em curso de treinamento de prática
veicular em situação de risco, nos termos da normatização do CONTRAN.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária

Documentos do condutor e do veículo:


apresentação e validade
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro e regulamentação do Contran, são documentos
de porte obrigatório:
I – Autorização para Conduzir Ciclomotor - ACC, Permissão para Dirigir ou Carteira
Nacional de Habilitação - CNH, no original;
A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em meio físico e/ou digital, à escolha do
condutor, em modelo único e de acordo com as especificações do Contran, atendidos os
pré-requisitos estabelecidos neste Código, conterá fotografia, identificação e número de
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do condutor, terá fé pública e equivalerá a
documento de identidade em todo o território nacional.
O porte é por meio físico ou digital e poderá ser dispensado se no ato da abordagem o
agente fiscalizador dispuser de consulta aos sistemas informatizados para verificar se o
condutor está habilitado.
A partir de 1º de junho de 2022, entrou em vigor a nova Carteira Nacional de Habilitação
(CNH).

Página 20
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária

Mudanças na CNH:
● A cor verde deixa de ser predominante no documento, que passa a ter também a
cor amarela;
● Elementos gráficos foram inseridos no modelo para dificultar fraudes e falsificações;
● Uma tabela identifica os tipos de veículos que o motorista está apto a conduzir;
● A nova CNH também permite que o condutor use o nome social e, se desejar,
filiação afetiva;
● Outra novidade é a indicação das letras "P" ou "D", para motoristas que possuem,
respectivamente, apenas permissão para dirigir ou a CNH definitiva;

Página 21
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária

● No mesmo documento deverão constar informações sobre possíveis restrições


médicas do motorista e se ele exerce atividade remunerada;
● Um código internacional utilizado nos passaportes foi incorporado ao modelo, o que
permitirá ao condutor embarcar em terminais de autoatendimento nos aeroportos
brasileiros com a CNH;
● O documento também vai contar com versões traduzidas para inglês e espanhol.

ACC e Permissão para Dirigir, também poderá ser emitida em meio físico e/ou digital.

II – Certificado de Registro e Licenciamento Anual - CRLV, no original;


O Certificado de Licenciamento Anual será expedido ao veículo licenciado, vinculado ao
Certificado de Registro de Veículo, em meio físico e/ou digital, à escolha do
proprietário, de acordo com o modelo e com as especificações estabelecidos pelo
Contran.
O porte é por meio físico ou digital e poderá ser dispensado se no ato da abordagem o
agente fiscalizador dispuser de consulta aos sistemas informatizados para verificar se o
veículo está licenciado.

Cabe observar que caso o proprietário do veículo opte pela expedição do documento em
meio físico, o CRLV-e será impresso em papel A4 comum branco, conforme apresentado
na imagem acima.

O comprovante de pagamento do IPVA não é documento de porte obrigatório, haja


vista uma das condições para o licenciamento é o seu pagamento. O licenciamento é

Página 22
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária

expedido apenas após o pagamento do IPVA. A legislação de trânsito não considera


o comprovante de pagamento do IPVA como um documento de porte obrigatório.
III - Autorização Especial de Trânsito - AET
Aos veículos ou combinações de veículos de carga que não se enquadrem nos limites de
peso e dimensões estabelecidos pelo Contran, poderá ser concedida, pela autoridade com
circunscrição sobre a via, uma Autorização Especial de Trânsito. Este documento é de
porte obrigatório e somente poderá ser apresentado em meio físico.

IV - Certificado de Apólice Única do Seguro de Responsabilidade Civil


A chamada “Carta Verde” será exigida no caso do condutor/proprietário de automóvel
particular ou de aluguel, registrados nos Estados Parte do Mercosul (Argentina, Paraguai e
Uruguai) em circulação no Território Nacional (Resolução do Contran nº 238/2007 e
sucedâneas). Tal documento também é exigido dos brasileiros que estiverem transitando
nos outros países do Mercosul.

O condutor de veículo de transporte coletivo de passageiros, de escolares, de


emergência, de produto perigoso, de cargas indivisíveis, de mototáxi ou de
motofrete deverá ser aprovado em curso especializado e a comprovação desta
situação se dá somente através do registro correspondente no RENACH (Sistema
informatizado do Registro Nacional de Carteiras de Habilitação), nos termos da
Resolução Contran nº 985/22.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária

Sinalização viária

A sinalização de trânsito no Brasil inicialmente divide-se:


I - Vertical;
II - Horizontal;
III - Dispositivos Auxiliares:
a) Luminosos;
b) Sonoros;
c) Gestos do Agente e do Condutor.

A sinalização terá a seguinte ordem de prevalência:


1° As ordens do agente de trânsito sobre as normas de circulação e outros
sinais;
2° As indicações do semáforo sobre os demais sinais;
3° As indicações dos sinais sobre as demais normas de trânsito.

Não serão aplicadas as sanções previstas no Código de Trânsito Brasileiro por


desrespeito à sinalização quando esta for insuficiente ou incorreta.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária

Sinalização vertical
A sinalização vertical é aquela cujo meio de comunicação está na posição vertical,
normalmente em placa, fixada ao lado ou suspenso sobre a pista, transmitindo mensagens
de caráter permanente e, eventualmente, variáveis. A sinalização vertical classifica-se de
acordo com sua função, compreendendo os seguintes tipos:
I - Regulamentação;
II - Advertência; ou
III - Indicação.

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Sinalização viária

A sinalização vertical compreende os seguintes tipos:

Regulamentação

As placas de Regulamentação têm por finalidade informar aos usuários as proibições,


restrições, limitações e obrigações no uso da via. Suas mensagens são imperativas e o
seu desrespeito constitui "infração de trânsito".

Advertência

As placas de Advertência destinam-se a "alertar" os usuários sobre a existência de


condições potencialmente perigosas na via ou nas suas proximidades, tais como escolas
ou passagens de pedestres. Suas mensagens possuem caráter de recomendação.

Indicação

As placas de Indicação visam fornecer ao usuário "informações" úteis ao seu


deslocamento, tais como direções, localizações, pontos de interesse turístico ou de
serviços e transmitir mensagens educativas, dentre outras.

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Sinalização viária

Sinalização de regulamentação
A sinalização vertical de regulamentação informa aos usuários as condições, proibições,
obrigações ou restrições no uso das vias urbanas e rurais. O desrespeito a estes sinais
constitui infrações do Código de Trânsito Brasileiro.
Veja alguns exemplos de placas de regulamentação:

R-1 — Parada obrigatória


Informa ao condutor que deve parar seu veículo antes
de entrar ou cruzar a via ou a pista.

R-6c — Proibido parar e estacionar


Informa ao condutor que é proibido a parada e o
estacionamento de veículos.

R-9 — Proibido trânsito de caminhões


Informa ao condutor de caminhão a proibição de
transitar, a partir do ponto sinalizado, na área, via, pista
ou faixa.

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Sinalização viária

R-24b — Passagem obrigatória


Informa ao condutor do veículo que existe um obstáculo
e que a passagem é obrigatoriamente feita à
direita/esquerda do mesmo.

R-26 — Siga em frente


Informa ao condutor do veículo a obrigatoriedade de
realizar o movimento indicado, de seguir em frente.

R-27 — Ônibus, caminhões e veículos de grande


porte mantenham-se à direita
Informa ao condutor de ônibus, caminhões e veículos
de grande porte a obrigação de circular pela(s) faixa(s)
da direita.

R-39 — Circulação exclusiva de caminhão


Informa ao condutor do veículo que a área, via/pista ou
faixa é de circulação exclusiva de caminhão

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Sinalização viária

Sinalização de advertência
A sinalização vertical de advertência alerta aos usuários as condições potencialmente
perigosas, obstáculos ou restrições existentes na via ou adjacentes a ela, indicando a
natureza dessas situações à frente, quer sejam permanentes ou eventuais.
Veja alguns exemplos de placas de advertência:

A-1a — Curva acentuada à esquerda


Adverte ao condutor do veículo da existência, adiante, de
uma curva acentuada à esquerda.

A-18 — Saliência ou Lombada


Adverte ao condutor do veículo da existência, adiante, de
saliência, lombada ou ondulação transversal sobre a
superfície.

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Sinalização viária

A-20a — Declive acentuado


Adverte ao condutor do veículo da existência, adiante, de
local sinalizado com faixa de travessia de pedestres.

A-20b — Aclive acentuado


Adverte ao condutor do veículo da existência, adiante, de
local sinalizado com faixa de travessia de pedestres.

A-21a — Estreitamento de pista ao centro


Adverte ao condutor do veículo da existência, adiante, de
local sinalizado com faixa de travessia de pedestres.

A-32b — Passagem sinalizada de pedestres


Adverte ao condutor do veículo da existência, adiante, de
local sinalizado com faixa de travessia de pedestres.

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Sinalização viária

Sinalização de indicação
A sinalização vertical de indicação tem por finalidade identificar as vias e os locais de
interesse, bem como orientar condutores de veículos quanto aos percursos, os destinos,
as distâncias, os serviços auxiliares e ter como função a educação do usuário.
As Placas de Identificação posicionam o condutor ao longo do seu deslocamento ou com
relação a distâncias ou ainda aos locais de destino.
Veja exemplo de placa de identificação:

Placa de Identificação
Rodovias e Estradas Federais.

As Placas de Orientação de Destino indicam ao condutor a direção que o mesmo deve


seguir para atingir determinados lugares, orientando seu percurso e/ou distâncias.
Veja exemplo de placa de orientação de destino:

Placa de Orientação de Destino


Placa indicativa de sentido (direção)

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária

As Placas Educativas têm a função de educar aos usuários da via quanto ao seu
comportamento adequado e seguro no trânsito. Podem conter mensagens que reforcem
normas gerais de circulação.
Veja exemplo de placa de educativa:

Sinalização de Indicação
Placa Educativa.

As Placas de Serviços Auxiliares indicam aos usuários da via os locais onde os mesmos
podem dispor dos serviços indicados, orientando sua direção ou identificando estes
serviços.
Veja exemplos de placas de serviços auxiliares:

Placas de Serviços Auxiliares


Pronto socorro.

Placas de Serviços Auxiliares


Placa para condutores.

As Placas de Atrativos Turísticos indicam aos usuários da via os locais onde os mesmos
podem dispor de atrativos turísticos existentes, orientando sobre sua direção ou
identificando estes pontos de interesse.
Veja exemplo de placa de atrativo turístico:

Atrativos históricos e culturais


Museu.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária

Sinalização horizontal
A sinalização horizontal utiliza linhas, marcações, símbolos e legendas sobre o pavimento
das vias. Sua função é:
I - Organizar o fluxo de veículos e pedestres;
II - Controlar e orientar os deslocamentos em situações com problemas de
geometria, topografia ou obstáculos;
III - Complementar os sinais verticais de regulamentação, advertência ou indicação;
e
IV - Regulamentar os casos previstos no Código de Trânsito Brasileiro.
Em algumas situações a sinalização horizontal atua, por si só, como controladora de
fluxos. Pode ser empregada como reforço da sinalização vertical, bem como ser
complementada com dispositivos auxiliares. Em casos específicos, tem poder de
regulamentação.

Padrão de traçado

Contínua: linhas sem interrupção; podem estar longitudinalmente ou transversalmente


apostas à via. A simples contínua proíbe a ultrapassagem em ambos os sentidos e a dupla
dá ênfase na proibição.

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Sinalização viária

Tracejado ou seccionado: linhas interrompidas, com espaçamentos iguais ou maior que


o traço. A simples tracejada permite a ultrapassagem em ambos os sentidos, a dupla
contínua e tracejada proíbe a ultrapassagem no lado contínuo e permite no lado tracejado.

Símbolos e legendas: informações escritas ou desenhadas no pavimento, indicando uma


situação ou complementando uma sinalização vertical existente.

Cores

Amarela: utilizada na regulação de fluxos de sentidos opostos, regulamentar


ultrapassagem e deslocamento lateral, na delimitação de espaços proibidos para
estacionamento e/ou parada e na marcação de obstáculos.

Branca: utilizada na regulação de fluxos de mesmo sentido, na delimitação de trechos de


vias, destinados ao estacionamento regulamentado de veículos em condições especiais;

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Sinalização viária

na marcação de faixas de travessias de pedestres, setas, símbolos e legendas.

Vermelha: utilizada para contrastar a marca viária e o pavimento das ciclo faixas e
ciclovias e nos símbolos de hospitais e farmácias (cruz).

Azul: utilizada nas pinturas de símbolos de pessoas com deficiência, em áreas especiais
de estacionamento ou de parada para embarque e desembarque.

Preta: utilizada para proporcionar contraste entre o pavimento e a pintura.

Dispositivos auxiliares
São elementos aplicados na via ou em obstáculos próximos a ela, de forma a tornar mais
eficiente e segura a operação do trânsito.
Sua função é aumentar a visibilidade da sinalização, do alinhamento da via e dos
obstáculos à circulação; reduzir a velocidade do trânsito; reduzir os acidentes e minimizar
sua gravidade; alertar os condutores quanto a situações de perigo potencial, em caráter
permanente ou temporário; fornecer proteção aos usuários da via e da ocupação às
margens dela; controlar o acesso de veículos em determinadas vias, áreas e passagens de
nível.

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Sinalização viária

Os dispositivos auxiliares são utilizados para complementar a sinalização padronizada e,


quando isolados, não possuem função de regulamentar a circulação nas vias públicas.

Veja exemplos de dispositivos auxiliares:

Cone
Tachão

Dispositivos luminosos
São elementos que utilizam recursos luminosos para proporcionar melhor visualização, ou
que, conjugados a elementos eletrônicos, permitem a variação da sinalização ou de
mensagens.

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Sinalização viária

Painel de mensagens variáveis eletrônico móvel

Sinalização semafórica
É um subsistema da sinalização viária que se compõe de indicações luminosas acionadas
alternada ou intermitentemente através de sistema elétrico/eletrônico, cuja função é
controlar os deslocamentos ou advertir de uma situação perigosa na via.
Existem dois grupos:
Sinalização semafórica de regulamentação:
A sinalização semafórica de regulamentação tem a função de efetuar o controle do trânsito
num cruzamento ou seção de via, através de indicações luminosas, alternando o direito de
passagem dos vários fluxos de veículos e/ou pedestres.
Cabe destacar que é livre o movimento de conversão à direita diante de sinal vermelho do
semáforo onde houver sinalização indicativa que permita essa conversão, observados
as seguintes precauções:
● Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o condutor do veículo deve
demonstrar prudência especial, transitando em velocidade moderada, de forma que
possa deter seu veículo com segurança para dar passagem a pedestre e a veículos
que tenham o direito de preferência.
● Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe seja favorável, nenhum condutor
pode entrar em uma interseção se houver possibilidade de ser obrigado a imobilizar
o veículo na área do cruzamento, obstruindo ou impedindo a passagem do trânsito
transversal.
● Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre as faixas delimitadas para
esse fim terão prioridade de passagem, exceto nos locais com sinalização
semafórica, onde deverão ser respeitadas as disposições deste Código.

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Sinalização viária

Veja exemplos de sinalizações semafóricas de regulamentação:

Semáforos para pedestres Semáforos para veículos

Agora vejamos o significado das cores utilizadas nos semáforos para pedestres e para
veículos:
Para pedestres:

Vermelho: Não atravessar

Verde: Atravessar

Para veículos:

Vermelho: parar (sinal fechado)

Amarelo: atenção (advertência)

Verde: trânsito livre (sinal aberto)

Sinalização semafórica de advertência:


A sinalização semafórica de advertência tem a função de advertir sobre a existência de
obstáculo ou situação perigosa, devendo o condutor reduzir a velocidade e adotar as
medidas de precaução compatíveis com a segurança para seguir adiante.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária

Semáforos para sinalização semafórica de advertência

Dispositivos sonoros
Sinal sonoro é aquele emitido por um agente da autoridade de trânsito e somente deve ser
utilizado junto com os gestos dos agentes.

Sinais de apito Significado Emprego

Libera o trânsito em direção


Um silvo breve Siga e/ou sentindo indicado pelo
agente.

Indica parada de determinado


Dois silvos
Pare veículo para a fiscalização de
breves
documento ou outro fim.

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Sinalização viária

Diminua a Quando for necessário, diminuir


Um silvo longo
marcha a marcha do veículo.

Existem os gestos efetuados tanto pelos agentes de trânsito quanto pelos condutores, que
também são sinais de trânsito.

Gestos dos condutores


São movimentos convencionais de braço, adotados exclusivamente pelos condutores, para
orientar ou indicar que vão efetuar uma manobra de mudança de direção, redução brusca
de velocidade ou parada.

Sinal

Diminuir a marcha
Significado Dobrar à esquerda Dobrar à direita
ou parar

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária

Gestos dos agentes


São movimentos de braço, adotados exclusivamente pelos agentes de autoridades de
trânsito nas vias, para orientar, indicar o direito de passagem dos veículos ou pedestres ou
emitir ordens, sobrepondo-se ou completando outra sinalização ou norma constante no
CTB.

As normas emanadas por gestos do Agentes da Autoridade de Trânsito prevalecem


sobre as regras de circulação e as normas definidas por outros sinais de trânsito.

Sinal: Braço levantado verticalmente, com a palma da mão para a frente

Significado: Ordem de parada obrigatória para todos os veículos. Quando executada


em interseções, os veículos que já se encontram nela não são obrigados a parar.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária

Sinal: Braços estendidos horizontalmente, com a palma da mão para a frente

Significado: Ordem de parada para todos os veículos que venham de direções que
cortem ortogonalmente a direção indicada pelos braços estendidos, qualquer que seja o
sentido de seu deslocamento.

Sinal: Braço estendido horizontalmente, com a palma da mão para a frente, do lado
do trânsito a que se destina

Significado: Ordem de parada para todos os veículos que venham de direções que
cortem ortogonalmente a direção indicada pelo braço estendido, qualquer que seja o
sentido de seu deslocamento.

Sinal: Braço estendido horizontalmente, com a palma da mão para baixo, fazendo
movimentos verticais

Significado: Ordem de diminuição da velocidade.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária

Sinal: Braço estendido horizontalmente, agitando uma luz vermelha para um


determinado veículo

Significado: Ordem de parada para os veículos aos quais a luz é dirigida.

Sinal: Braço levantado, com movimento de antebraço da frente para a retaguarda e a


palma da mão voltada para trás

Significado: Ordem de seguir.

Toda a sinalização viária referenciada no Código de Trânsito Brasileiro está reunida


na Resolução Contran n° 973/2022, que institui o Regulamento de Sinalização Viária,
e na Resolução Contran n° 985/2022, que aprova o Manual Brasileiro de Fiscalização
de Trânsito (MBFT).

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

Infrações, crimes de trânsito e penalidade

Penalidades
As penalidades previstas no CTB serão impostas ao condutor, ao proprietário do veículo,
ao embarcador e ao transportador.
Aos proprietários e condutores de veículos serão impostas concomitantemente as
penalidades estabelecidas no CTB toda vez que houver responsabilidade solidária em
infração dos preceitos que lhes couber observar, respondendo cada um individualmente
pela falta em comum que lhes for atribuída.
Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade pela infração referente à prévia
regularização e preenchimento das formalidades e condições exigidas para o trânsito do
veículo na via terrestre, conservação e inalterabilidade de suas características,
componentes, agregados, habilitação legal e compatível de seus condutores, quando esta
for exigida, e outras disposições que deva observar.
Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações decorrentes de atos praticados na
direção do veículo.
O embarcador é responsável pela infração relativa ao transporte de carga com excesso de
peso nos eixos ou no peso bruto total, quando simultaneamente for o único remetente da
carga e o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for inferior àquele aferido.
O transportador é o responsável pela infração relativa ao transporte de carga com excesso
de peso nos eixos ou quando a carga proveniente de mais de um embarcador ultrapassar
o peso bruto total.
O transportador e o embarcador são solidariamente responsáveis pela infração relativa ao
excesso de peso bruto total, se o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for
superior ao limite legal.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

Tipos de penalidades
O Código de Trânsito Brasileiro estabelece em seu Art. 256 que os infratores estão
sujeitos às seguintes penalidades:
I - Advertência por escrito;
II - Multa;
III - Suspensão do direito de dirigir;
IV - Cassação da Carteira Nacional de Habilitação – CNH;
V - Frequência obrigatória em curso de reciclagem.
Cabe observar que, antes da aplicação da penalidade pela autoridade de trânsito, ela deve
instaurar processo administrativo, com fundamento nos seguintes normativos:
● Multa e advertência por escrito: Resolução Contran n° 918/22;
● Suspensão do direito de dirigir e Cassação da Carteira Nacional de Habilitação –
CNH: Resolução Contran n° 723/18 (alterada pela Res. Contran n° 844/21); e
● Cassação decorrente de crime de trânsito: Resolução Contran n° 300/08.

Advertência por escrito


Deverá ser imposta a penalidade de advertência por escrito à infração de natureza leve ou
média, passível de ser punida com multa, caso o infrator não tenha cometido nenhuma
outra infração nos últimos 12 (doze) meses. A conversão da penalidade de multa em
advertência por escrito deverá ser realizada automaticamente pelo órgão de trânsito
responsável pela autuação.

Multa
As infrações puníveis com multa classificam-se, de acordo com sua gravidade, em quatro
categorias, e para cada uma delas é atribuída uma pontuação ao condutor. Veja a tabela
abaixo:

Natureza Pontuação Valor

LEVE 3 R$ 88,38

MÉDIA 4 R$ 130,16

GRAVE 5 R$ 195,23

GRAVÍSSIMA 7 R$ 293,47

Os valores de multas previstas no CTB poderão ser corrigidos monetariamente pelo


Contran, respeitado o limite da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) no exercício anterior. Estes novos valores deverão ser divulgados com, no
mínimo, 90 (noventa) dias de antecedência de sua aplicação.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

Existem infrações previstas no Código de Trânsito Brasileiro que não são pontuáveis,
como por exemplo, as infrações mandatórias.
Infrações mandatórias ou auto suspensivas são aquelas que, pela sua gravidade, o
CTB impõe diretamente a penalidade de suspensão do direito de dirigir,
independentemente de pontuação.
Veja alguns exemplos de infrações mandatórias:

Enquadramento no
Descrição da infração
CTB

Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra


Art. 165
substância psicoativa que determine dependência

Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia


ou outro procedimento que permita certificar influência de
Art. 165-A
álcool ou outra substância psicoativa, na forma estabelecida
pelo art. 277

Art. 173 Disputar corrida

Utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir manobra


Art. 175 perigosa, mediante arrancada brusca, derrapagem ou
frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus

Além das infrações mandatórias, o CTB também estabelece outras infrações que não são
pontuáveis, conforme tabela abaixo:

Enquadramento no
Descrição da infração
CTB

Portar no veículo placas de identificação em desacordo com


Art. 221
as especificações e modelos estabelecidos pelo Contran

Art. 230, VII Conduzir o veículo com a cor ou característica alterada

Conduzir o veículo de carga, com falta de inscrição da tara e


Art. 230, XXI
demais inscrições previstas no CTB

Conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório


Art. 232
referidos no CTB

Deixar de efetuar o registro de veículo no prazo de trinta


dias, junto ao órgão executivo de trânsito, ocorridas as
hipóteses previstas no art. 123, do CTB, quais sejam:
Art. 233
I - For transferida a propriedade;
II - O proprietário mudar o Município de domicílio ou
residência;

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

III - For alterada qualquer característica do veículo;


IV - Houver mudança de categoria

Deixar o responsável de promover a baixa do registro de


Art. 240
veículo irrecuperável ou definitivamente desmontado

Deixar de atualizar o cadastro de registro do veículo ou de


Art. 241
habilitação do condutor

Por fim, o outro caso em que não é aplicável a pontuação referente às infrações
praticadas por passageiros usuários do serviço de transporte rodoviário de
passageiros em viagens de longa distância transitando em rodovias com a utilização de
ônibus, em linhas regulares intermunicipal, interestadual, internacional e aquelas em
viagem de longa distância por fretamento e turismo ou de qualquer modalidade, excluídas
as situações regulamentadas pelo Contran, conforme disposto no art. 65, do CTB.

Suspensão do direito de dirigir


O Código de Trânsito Brasileiro estabelece em seu Art. 261 que a penalidade de
suspensão do direito de dirigir será imposta nos seguintes casos:
I - Sempre que o infrator atingir, no período de 12 (doze) meses, a seguinte contagem de
pontos:
a) 20 (vinte) pontos, caso constem 2 (duas) ou mais infrações gravíssimas na pontuação;
b) 30 (trinta) pontos, caso conste 1 (uma) infração gravíssima na pontuação; e
c) 40 (quarenta) pontos, caso não conste nenhuma infração gravíssima na pontuação;
II - Por transgressão às normas estabelecidas no CTB, cujas infrações preveem, de forma
específica, a penalidade de suspensão do direito de dirigir, ou seja, infrações mandatórias.

Os prazos para aplicação da penalidade de suspensão do direito de dirigir são os


seguintes:
I - Quando decorrente do acúmulo de pontos: de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e, no caso de
reincidência no período de 12 (doze) meses, de 8 (oito) meses a 2 (dois) anos;
II - Quando em razão de infrações mandatórias: de 2 (dois) a 8 (oito) meses, exceto para
as infrações com prazo descrito no dispositivo infracional, e, no caso de reincidência no
período de 12 (doze) meses, de 8 (oito) a 18 (dezoito) meses, respeitada a possibilidade
de redundar na cassação do documento de habilitação.

A Carteira Nacional de Habilitação será devolvida a seu titular imediatamente após


cumprida a penalidade de suspensão do direito de dirigir e realizado o curso de
reciclagem.
Quando for imposta a penalidade de suspensão do direito de dirigir pelo acúmulo de
pontos, eles serão eliminados para fins de contagem subsequente.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

No caso do condutor que exerce atividade remunerada ao veículo, a penalidade de


suspensão do direito de dirigir por acúmulo de pontos será imposta quando o infrator
atingir o limite de 40 (quarenta) pontos.
Independentemente da natureza das infrações cometidas, será facultado ao condutor
participar de curso preventivo de reciclagem sempre que, no período de 12 (doze) meses,
atingir 30 (trinta) pontos, conforme regulamentação do Contran. O motorista que optar pelo
referido curso não poderá fazer nova opção no período de 12 (doze) meses.
O condutor que, notificado da penalidade de suspensão do direito de dirigir conduzir
veículo automotor em via pública, incorrerá na infração de dirigir veículo com a CNH,
permissão para dirigir ou ACC, cassada ou suspensa (prevista no inciso II, do art. 162, do
CTB).
O processo de suspensão do direito de dirigir pelo cometimento de infração mandatória
deverá ser instaurado concomitantemente ao processo de aplicação da penalidade de
multa, e ambos serão de competência do órgão ou entidade responsável pela aplicação da
multa, na forma definida pelo Contran.

Cassação da carteira nacional de habilitação


Ocorrerá a cassação do documento de habilitação:
I - Quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir qualquer veículo;
II - No caso de reincidência, no prazo de doze meses, das seguintes infrações:

Enquadramento no
Descrição da infração
CTB

Dirigir veículo com Carteira Nacional de Habilitação ou


Art. 162, III Permissão para Dirigir de categoria diferente da do veículo
que esteja conduzindo

Entregar a direção do veículo a pessoa nas condições


Art. 163
previstas no Art. 162

Permitir que pessoa nas condições referidas nos incisos do


Art. 164 art. 162 tome posse do veículo automotor e passe a conduzi-
lo na via

Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra


Art. 165
substância psicoativa que determine dependência

Art. 173 Disputar corrida

Promover, na via, competição, eventos organizados,


exibição e demonstração de perícia em manobra de veículo,
Art. 174
ou deles participar, como condutor, sem permissão da
autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via

Art. 175 Utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir manobra


perigosa, mediante arrancada brusca, derrapagem ou

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus

III - quando condenado judicialmente por delito de trânsito, observado o disposto no art.
160, do CTB.
Decorridos dois anos da cassação da Carteira Nacional de Habilitação, o infrator poderá
requerer sua reabilitação, submetendo-se a todos os exames necessários à habilitação, na
forma estabelecida pelo Contran, ou seja, deve refazer todo o processo de formação de
condutor.
Se for constatada, em processo administrativo, a irregularidade na expedição do
documento de habilitação, a autoridade expedidora promoverá o seu cancelamento.

Curso de reciclagem
O infrator será submetido a curso de reciclagem, na forma estabelecida pelo CONTRAN:
I - Quando suspenso do direito de dirigir;
II - Quando se envolver em acidente grave para o qual haja contribuído,
independentemente de processo judicial;
III - Quando condenado judicialmente por delito de trânsito; e
IV - A qualquer tempo, se for constatado que o condutor está colocando em risco a
segurança do trânsito.

Voltar a conduzir veículo automotor antes de realizar o curso de reciclagem


implicará nas sanções previstas no Art. 162, VII, do CTB, que é gravíssima.

Registro nacional positivo de condutores


Recentemente foi criado o Registro Nacional Positivo de Condutores (RNPC), o qual pode
beneficiar os condutores que tenham um bom comportamento no trânsito, ou seja, não
tenham cometido nos últimos 12 (doze) meses infração de trânsito sujeita à pontuação,
conforme regulamentação do Contran. Entretanto, para fazer parte do Cadastro o condutor
tem que autorizar que seu nome entre nesse registro, o qual é administrado pela
SENATRAN, atualizado mensalmente e poderá ser consultado por qualquer cidadão.
A exclusão do RNPC ocorrerá:
I - Por solicitação do cadastrado;
II - Quando for atribuída ao cadastrado pontuação por infração;
III - quando o cadastrado tiver o direito de dirigir suspenso;
IV - Quando a Carteira Nacional de Habilitação do cadastrado estiver cassada ou com
validade vencida há mais de 30 (trinta) dias;
V - Quando o cadastrado estiver cumprindo pena privativa de liberdade.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão utilizar o RNPC para


conceder benefícios fiscais ou tarifários aos condutores cadastrados, na forma da
legislação específica da cada ente da Federação.
Crimes de trânsito
O Código de Trânsito Brasileiro, atento à realidade de violência e impunidade que reinava
nas vias terrestres abertas à circulação em território nacional, onde continua sendo comum
a prática de atos que, não raro, acabam por levar à morte pessoas inocentes, tratou de
tipificar condutas que, acaso praticadas na direção de veículos, serão consideradas como
crimes de trânsito.
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabeleceu que constitui crime de trânsito:

HOMICÍDIO CULPOSO DE TRÂNSITO


Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor tem uma pena de detenção, de
dois a quatro anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação
para dirigir veículo automotor.
Esta pena poderá ser aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se o condutor:
I - Não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
II - Praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
III - Deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do
acidente;
IV - No exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de
passageiros.

Além disso, se o agente conduz veículo automotor sob a influência de álcool ou de


qualquer outra substância psicoativa que determine dependência:
Penas - reclusão, de cinco a oito anos, e suspensão ou proibição do direito de se obter a
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Outro aspecto relevante é que ao cometer o homicídio culposo sob a influência de álcool
ou de qualquer outra substância que determine dependência, não pode trocar a pena
privativa de liberdade por uma restritiva de direito.

LESÃO CORPORAL CULPOSA DE TRÂNSITO


Aquele que pratica lesão corporal culposa na direção de veículo automotor poderá ter uma
pena de detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Além disso, a pena será aumentada de 1/3 (um terço) à metade se ocorrer qualquer das
hipóteses apresentadas anteriormente para o crime de homicídio de trânsito.
Caso a lesão corporal causada seja de natureza grave ou gravíssima ou se o autor esteja
com a capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra
substância psicoativa que determine dependência, a pena será privativa de liberdade de

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

reclusão de dois a cinco anos (sem prejuízo das outras penas previstas) e o condutor
não poderá trocar a pena privativa de liberdade por restritiva de direito.

OMISSÃO DE SOCORRO
Somente aquele que se envolveu em acidente de trânsito pode ser o autor deste crime. Se
houve homicídio ou lesão corporal e o causador do acidente não prestar socorro, ele
responderá pelo crime correspondente (art. 302 ou 303) e sua pena será aumentada de
um terço à metade.
A pena para a omissão como crime isolado é de seis meses a um ano de detenção.

O CTB beneficia aquele que presta socorro, afirmando que ao condutor de veículo,
nos casos de acidente de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em
flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela. A
intenção do legislador ao incluir esse dispositivo no CTB é fazer com que o
causador do acidente possa permanecer no local e socorrer a vítima, sem que sua
permanência possa ser interpretada em seu desfavor. Prestar socorro a uma vítima
de acidente atende a um dos principais objetivos da lei de trânsito, que é a
preservação da vida.

FUGA DE LOCAL DO ACIDENTE


O Art. 305, do CTB, estabelece que afastar-se do local do acidente para fugir da
responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída é crime de trânsito. A
constitucionalidade deste crime é duvidosa, mas segue tendo uma pena prevista de seis
meses a um ano de detenção.

EMBRIAGUEZ OU USO DE OUTRAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS


Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência
de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência tem pena de
detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
A alteração da capacidade psicomotora será constatada por:
I - Concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou
superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou
II - Sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade
psicomotora.
A verificação do estado de alteração pode ser obtida mediante teste de alcoolemia ou
toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em
direito admitidos, observado o direito à contraprova.
A Resolução Contran n° 432, de 23 de janeiro de 2013, dispôs sobre a equivalência entre
os distintos testes de alcoolemia para efeito de caracterização deste crime e reafirmou que
poderá ser empregado qualquer aparelho homologado pelo Instituto Nacional de

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

Metrologia, Qualidade e Tecnologia - Inmetro - para se determinar a ocorrência dele. Já


para os testes toxicológicos, ainda não há regulamentação pelo Contran.

VIOLAÇÃO DA SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR


Já vimos as situações em que são impostas as penalidades de suspensão ou a proibição
de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor, as quais também
podem ser impostas judicialmente. Comete esse crime aquele que é flagrado na direção de
veículo automotor estando nesta condição, o qual terá uma pena é de seis meses a um
ano de detenção, com nova imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou de
proibição.

RACHA OU EXIBIÇÃO DE MANOBRA


Disputar corrida em via pública ou ainda de exibição ou demonstração de perícia em
manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente, gerando
situação de risco à incolumidade pública ou privada, tem uma pena é de seis meses a
três anos de detenção. Entretanto, se da prática do crime resultar lesão corporal de
natureza grave, a pena é de três a seis anos de reclusão. Se houver morte, a pena
privativa de liberdade é de reclusão de cinco a dez anos.
Temos o popularmente conhecido como crime de “racha”, praticado por dois condutores
que decidem deliberadamente disputar corrida em via pública colocando em risco à
segurança. Além do crime de "racha", aquele condutor que faz manobras arriscadas, como
por exemplo "cavalo de pau", responde por crime de trânsito.

CONDUZIR SEM HABILITAÇÃO


O CTB estabelece que é crime de trânsito dirigir veículo automotor, em via pública, sem a
devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir,
gerando perigo de dano.
Importante frisar que o crime só ocorre se a conduta gerar perigo de dano (pena de seis
meses a um ano de detenção), do contrário teremos somente a infração administrativa por
conduzir veículo sem possuir CNH, PPD ou ACC, conforme previsto no art. 162, inciso I,
do CTB.

PERMITIR, CONFIAR OU ENTREGAR A DIREÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR À


PESSOA INABILITADA
O simples fato de entregar o veículo a uma pessoa que não seja habilitada já configura
esse crime, que prevê pena de seis meses a um ano de detenção.

TRAFEGAR COM VELOCIDADE INCOMPATÍVEL


Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas,
hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo de dano,


tem uma pena de seis meses a um ano de detenção.

ALTERAR CENA DE ACIDENTE


É crime de trânsito inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com
vítima, na pendência do respectivo procedimento policial preparatório, inquérito policial ou
processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o
agente policial, o perito, ou juiz.
Qualquer pessoa pode cometer esse crime, que basicamente pune com pena de seis
meses a um ano de detenção aquele que mexe na cena do acidente com o intuito de
ludibriar peritos e a própria justiça.

POSSIBILIDADE DE SUBSTITUIÇÃO DE PENA POR PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS


Para os crimes que apresentamos, nas situações em que o juiz aplicar a substituição de
pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos, esta deverá ser de prestação de
serviço à comunidade ou a entidades públicas, em uma das seguintes atividades:
I - Trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos corpos de bombeiros e em
outras unidades móveis especializadas no atendimento a vítimas de trânsito;
II - Trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais da rede pública que recebem
vítimas de acidente de trânsito e politraumatizados;
III - Trabalho em clínicas ou instituições especializadas na recuperação de acidentados de
trânsito;
IV - Outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento e recuperação de vítimas de
acidentes de trânsito.

CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES
No caso do cometimento de crimes de trânsito, estes podem ser agravados em razão da
própria conduta ou comportamento daquele que praticou o crime. São circunstâncias que
sempre agravam as penalidades dos crimes de trânsito ter o condutor do veículo cometido
a infração:
● Com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave dano
patrimonial a terceiros;
● Utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas;
● Sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
● Com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria diferente da do veículo;
● Quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o transporte de
passageiros ou de carga;
● Utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou características que
afetem a sua segurança ou o seu funcionamento de acordo com os limites de velocidade
prescritos nas especificações do fabricante;
● Sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a pedestres.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

Infrações e penalidades: Documentação do condutor e do


veículo
Institui o Código de Trânsito Brasileiro no seu art. 161 que constitui infração de trânsito a
inobservância de qualquer dos seus preceitos ou da legislação complementar e que o
infrator se sujeita às penalidades, às medidas administrativas e às punições nele previstas.
Assim, apresentamos algumas das infrações mais comuns no cotidiano do condutor
brasileiro, no que diz respeito à documentação do condutor e do veículo:

Enquadramento Infração Medida


Tipificação
no CTB Penalidade Administrativa

Dirigir veículo sem possuir


Gravíssima Retenção do veículo
Carteira Nacional de Habilitação,
até a apresentação
Art. 162, I Permissão para Dirigir ou Multa
de condutor
Autorização para Conduzir (três vezes) habilitado
Ciclomotor

Recolhimento do
Dirigir veículo com Carteira
documento de
Nacional de Habilitação, Gravíssima habilitação e
Permissão para Dirigir ou
Art. 162, II Multa retenção do veículo
Autorização para Conduzir
Ciclomotor cassada ou com (três vezes) até a apresentação
de condutor
suspensão do direito de dirigir
habilitado

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

Dirigir veículo com Carteira Gravíssima Retenção do veículo


Nacional de Habilitação ou
Multa até a apresentação
Art. 162, III Permissão para Dirigir de
de condutor
categoria diferente da do veículo (duas
habilitado
que esteja conduzindo vezes)

Retenção do veículo
Dirigir veículo com Carteira Gravíssima até a apresentação
Art. 162, V Nacional de Habilitação vencida
Multa de condutor
há mais de 30 (trinta) dia
habilitado

Dirigir veículo sem usar lentes


corretoras de visão, aparelho Retenção do veículo
auxiliar de audição, de prótese Gravíssima até o saneamento
Art. 162, VI física ou as adaptações do veículo da irregularidade ou
impostas por ocasião da Multa apresentação de
concessão ou da renovação da condutor habilitado
licença para conduzir

Retenção do veículo
Dirigir veículo sem possuir os Gravíssima até a apresentação
Art. 162, VII cursos especializados ou
Multa de condutor
específicos obrigatórios
habilitado

Retenção do veículo
Entregar a direção do veículo a As mesmas
até a apresentação
Art. 163 pessoa nas condições previstas previstas no
de condutor
no Art. 162 Art. 162
habilitado

Permitir que pessoa nas


as mesmas Retenção do veículo
condições referidas nos incisos do
previstas até a apresentação
Art. 164 Art. 162 tome posse do veículo
nos incisos de condutor
automotor e passe a conduzi-lo na
do Art. 162 habilitado
via

Conduzir o veículo que não esteja Gravíssima


Art. 230, V registrado e devidamente Remoção do veículo
licenciado Multa

Leve
Conduzir veículo sem os Retenção do veículo
Art. 232 documentos de porte obrigatório Multa até a apresentação
referidos neste Código Obs: Não do documento
tem

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

cômputo de
pontos

Média
Deixar de efetuar o registro de
Multa
veículo no prazo de trinta dias,
Art. 233 junto ao órgão executivo de Obs: Não Remoção do veículo
trânsito, ocorridas as hipóteses tem
previstas no art. 123 cômputo de
pontos

Recusar-se a entregar à
autoridade de trânsito ou a seus
agentes, mediante recibo, os
documentos de habilitação, de Gravíssima
Art. 238 Remoção do veículo
registro, de licenciamento de Multa
veículo e outros exigidos por lei,
para averiguação de sua
autenticidade

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

Infrações e penalidades: Estacionamento, parada e circulação


Quando proibido o estacionamento na via, a parada deverá restringir-se ao tempo
indispensável para embarque ou desembarque de passageiros, desde que não interrompa
ou perturbe o fluxo de veículos ou a locomoção de pedestres.
O condutor e os passageiros não deverão abrir a porta do veículo, deixá-la aberta ou
descer do veículo sem antes se certificar de que isso não constitui perigo para eles e para
outros usuários da via.
O embarque e o desembarque devem ocorrer sempre do lado da calçada, exceto para o,
condutor.
Em motocicletas, motonetas e ciclomotores o embarque e desembarque devem ocorrer
pelo lado da esquerda para evitar se queimar com o escapamento, com o veículo
perpendicular a via.
Para a correta interpretação das condutas que são consideradas infrações de trânsito é
fundamental a compreensão dos seguintes conceitos:
Estacionamento: imobilização de veículos por tempo superior ao necessário para
embarque ou desembarque de passageiros.
Parada: imobilização do veículo com a finalidade e pelo tempo estritamente necessário
para efetuar embarque ou desembarque de passageiros.
Circulação: movimentação de pessoas, animais e veículos em deslocamento, conduzidos
ou não, em vias públicas ou privadas abertas ao público e de uso coletivo.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

Veja a seguir as infrações de estacionamento previstas no CTB:

Enquadramento Infração Medida


Tipo de estacionamento proibido
no CTB Penalidade Administrativa

Nas esquinas e a menos de cinco Média Remoção do


Art. 181, I metros do bordo do alinhamento da via
Multa veículo
transversal

Afastado da guia da calçada (meio-fio) Leve Remoção do


Art. 181, II
de cinquenta centímetros a um metro Multa veículo

Afastado da guia da calçada (meio-fio) a Grave Remoção do


Art. 181, III
mais de um metro Multa veículo

Em desacordo com as posições Média Remoção do


Art. 181, IV
estabelecidas no CTB Multa veículo

Na pista de rolamento das estradas, das Gravíssima


Remoção do
Art. 181, V rodovias, das vias de trânsito rápido e
Multa veículo
das vias dotadas de acostamento

Junto ou sobre hidrantes de incêndio,


registro de água ou tampas de poços de Média Remoção do
Art. 181, VI visita de galerias subterrâneas, desde
Multa veículo
que devidamente identificados, conforme
especificação do Contran

Nos acostamentos, salvo motivo de Leve Remoção do


Art. 181, VII
força maior Multa veículo

No passeio ou sobre faixa destinada a


pedestre, sobre ciclovia ou ciclofaixa,
bem como nas ilhas, refúgios, ao lado ou Grave Remoção do
Art. 181, VIII
sobre canteiros centrais, divisores de Multa veículo
pista de rolamento, marcas de
canalização, gramados ou jardim público

Onde houver guia de calçada (meio-fio) Média Remoção do


Art. 181, IX rebaixada destinada à entrada ou saída
Multa veículo
de veículos

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

Impedindo a movimentação de outro Média Remoção do


Art. 181, X
veículo Multa veículo

Grave Remoção do
Art. 181, XI Ao lado de outro veículo em fila dupla
Multa veículo

Na área de cruzamento de vias, Grave Remoção do


Art. 181, XII prejudicando a circulação de veículos e
Multa veículo
pedestres

Onde houver sinalização horizontal


delimitadora de ponto de embarque ou
desembarque de passageiros de Média Remoção do
Art. 181, XIII transporte coletivo ou, na inexistência
Multa veículo
desta sinalização, no intervalo
compreendido entre dez metros antes e
depois do marco do ponto

Grave Remoção do
Art. 181, XIV Nos viadutos, pontes e túneis
Multa veículo

Grave
Art. 181, XV Na contramão de direção –
Multa

Em aclive ou declive, não estando


devidamente freado e sem calço de
segurança, quando se tratar de veículo Grave Remoção do
Art. 181, XVI com peso bruto total superior a três mil e
Multa veículo
quinhentos quilogramas
Obs: é proibido abandonar o calço de segurança
na via

Em desacordo com as condições


regulamentadas especificamente pela Grave Remoção do
Art. 181, XVII
sinalização (placa - Estacionamento Multa veículo
Regulamentado)

Em locais e horários proibidos Média Remoção do


Art. 181, XVIII especificamente pela sinalização (placa -
Multa veículo
Proibido Estacionar)

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

Em locais e horários de estacionamento Grave Remoção do


Art. 181, XIX e parada proibidos pela sinalização
Multa veículo
(placa - Proibido Parar e Estacionar)

Nas vagas reservadas às pessoas Grave Remoção do


Art. 181, XX com deficiência ou idosos, sem
Multa veículo
credencial que comprove tal condição

Quando constatada uma infração relacionada a estacionamento, o agente da autoridade


de trânsito aplicará a penalidade preferencialmente após a remoção do veículo.

Veja a seguir as infrações de parada previstas no CTB:

Enquadramento Infração
Tipos de paradas proibidas
no CTB Penalidade

Nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do Média


Art. 182, I
alinhamento da via transversal Multa

Afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinquenta Leve


Art. 182, II
centímetros a um metro Multa

Afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um Média


Art. 182, III
metro Multa

Leve
Art. 182, IV Em desacordo com as posições estabelecidas no CTB
Multa

Na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das Grave


Art. 182, V
vias de trânsito rápido e das vias dotadas de acostamento Multa

No passeio ou sobre faixa destinada a pedestres, nas Leve


Art. 182, VI ilhas, refúgios, canteiros centrais e divisores de pista de
rolamento e marcas de canalização Multa

Na área de cruzamento de vias, prejudicando a circulação Média


Art. 182, VII
de veículos e pedestres Multa

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

Média
Art. 182, VIII Nos viadutos, pontes e túneis
Multa

Média
Art. 182, IX Na contramão de direção
Multa

Em local e horário proibidos especificamente pela Média


Art. 182, X
sinalização (placa - Proibido Parar) Multa

Grave
Art. 182, XI Sobre ciclovia ou ciclofaixa
Multa

Parar o veículo sobre a faixa de pedestres na mudança de Média


Art. 183
sinal luminoso Multa

Perceba que para as infrações relacionadas à parada não há previsão de aplicação de


medida administrativa.

Veja a seguir algumas infrações por circulação em desacordo com o CTB:

Enquadramento Infração Medida


Circulação em desacordo com CTB
no CTB Penalidade Administrativa

Transitar com o veículo na faixa ou pista


da direita, regulamentada como de Leve
Art. 184, I circulação exclusiva para determinado –
tipo de veículo, exceto para acesso a Multa
imóveis lindeiros ou conversões à direita

Transitar com o veículo na faixa ou pista


da esquerda regulamentada como de Grave
Art. 184, II –
circulação exclusiva para determinado Multa
tipo de veículo

Transitar com o veículo na faixa ou via


de trânsito exclusivo, regulamentada
Art. 184, III com circulação destinada aos veículos Gravíssima Remoção do
de transporte público coletivo de Multa veículo
passageiros, salvo casos de força maior
e com autorização do poder público

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

competente

Quando o veículo estiver em movimento,


deixar de conservá-lo:
I - na faixa a ele destinada pela Média
Art. 185, I e II sinalização de regulamentação, exceto –
em situações de emergência; Multa
II - nas faixas da direita, os veículos
lentos e de maior porte

Transitar pela contramão de direção em


vias com duplo sentido de circulação,
exceto para ultrapassar outro veículo e Grave
Art. 186, I –
apenas pelo tempo necessário, Multa
respeitada a preferência do veículo que
transitar em sentido contrário

Transitar pela contramão de direção em Gravíssima


Art. 186, II vias com sinalização de regulamentação –
de sentido único de circulação Multa

Transitar em locais e horários não


permitidos pela regulamentação Média
Art. 187, I –
estabelecida pela autoridade Multa
competente

Transitar ao lado de outro veículo, Média


Art. 188 –
interrompendo ou perturbando o trânsito Multa

Deixar de dar passagem aos veículos


precedidos de batedores, de socorro de
incêndio e salvamento, de polícia, de
operação e fiscalização de trânsito e às Gravíssima
Art. 189 –
ambulâncias, quando em serviço de Multa
urgência e devidamente identificados por
dispositivos regulamentados de alarme
sonoro e iluminação intermitente

Seguir veículo em serviço de urgência,


estando este com prioridade de Grave
Art. 190 passagem devidamente identificada por –
dispositivos regulamentares de alarme Multa
sonoro e iluminação intermitente

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

Gravíssima
multa (dez
vezes) e
suspensão
do direito
Forçar passagem entre veículos que, de dirigir
transitando em sentidos opostos,
Art. 191 estejam na iminência de passar um pelo Obs: Aplica- –
outro ao realizar operação de se em dobro
ultrapassagem a multa
prevista no
caput em
caso de
reincidência
no período de
até 12 meses
da infração

Deixar de guardar distância de


segurança lateral e frontal entre o seu
veículo e os demais, bem como em Grave
Art. 192 relação ao bordo da pista, considerando- –
se, no momento, a velocidade, as Multa
condições climáticas do local da
circulação e do veículo

Transitar com o veículo em calçadas,


passeios, passarelas, ciclovias, Gravíssima
ciclofaixas, ilhas, refúgios,
Multa
Art. 193 ajardinamentos, canteiros centrais e –
divisores de pista de rolamento, (Três
acostamentos, marcas de canalização, vezes)
gramados e jardins públicos

Transitar em marcha à ré, salvo na


distância necessária a pequenas Grave
Art. 194 –
manobras e de forma a não causar Multa
riscos à segurança

Quando o veículo estiver em movimento:

Art. 250, I e III I - deixar de manter acesa a luz baixa:


Média
a) durante a noite; –
Obs: inciso II foi Multa
revogado b) de dia, em túneis e sob chuva,
neblina ou cerração;
c) de dia, no caso de veículos de

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

transporte coletivo de passageiros em


circulação em faixas ou pistas a eles
destinadas;
d) de dia, no caso de motocicletas,
motonetas e ciclomotores;
e) de dia, em rodovias de pista simples
situadas fora dos perímetros urbanos, no
caso de veículos desprovidos de luzes
de rodagem diurna;
III - deixar de manter a placa traseira
iluminada, à noite;

Quando o veículo estiver em movimento


Retenção do
deixar o veículo de transporte público Gravíssima
Art. 250, IV veículo até a
coletivo de passageiros ou de escolares Multa regularização
de manter a porta fechada

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

Infrações e penalidades: Segurança e atitudes do condutor,


passageiro, pedestre e demais atores do processo de
circulação
O Código de Trânsito Brasileiro deixa claro em seu artigo 3º que a sua abrangência não se
restringe apenas aos condutores e proprietários de veículos brasileiros, sendo válido para
estrangeiros e outras pessoas nele mencionadas.
Neste contexto, o CTB estabelece em seu art. 254 que o pedestre poderá estar sujeito a
uma infração leve, punível com multa de 50% do valor desta infração, quando:
I - Permanecer ou andar nas pistas de rolamento, exceto para cruzá-las onde for permitido;
II - Cruzar pistas de rolamento nos viadutos, pontes, ou túneis, salvo onde exista
permissão;
III - Atravessar a via dentro das áreas de cruzamento, salvo quando houver sinalização
para esse fim;
IV - Utilizar-se da via em agrupamentos capazes de perturbar o trânsito, ou para a prática
de qualquer folguedo, esporte, desfiles e similares, salvo em casos especiais e com a
devida licença da autoridade competente;
V - Andar fora da faixa própria, passarela, passagem aérea ou subterrânea;
VI - Desobedecer à sinalização de trânsito específica.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

Já para os ciclistas o CTB definiu apenas uma infração de trânsito referente à conduta de
conduzir bicicleta em passeios onde não seja permitida a circulação desta, ou de forma
agressiva, a qual é uma infração média, com penalidade de multa e a possibilidade de
remoção da bicicleta.

Veja na figura abaixo algumas dicas de comportamento para a perfeita convivência entre
veículos automotores e ciclistas na via pública.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e
circulação

Regras gerais de estacionamento, parada, conduta


e circulação

Antes de colocar o veículo em circulação, o condutor deve verificar as boas condições de


funcionamento dos equipamentos de uso obrigatório, bem como assegurar-se da
existência de combustível suficiente para chegar ao local de destino. Ter o veículo parado
na pista para reparo (salvo nos casos de impedimento total e desde que o veículo esteja
devidamente sinalizado) ou por falta de combustível são infrações.
Além disso, o condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o
com atenção e cuidado, zelando pela segurança. O ideal é que o calçado tenha um solado
fino, não saia do pé, não escorregue e permita ao motorista sentir bem os pedais. Até
mesmo os cadarços de tênis merecem atenção, devendo estar sempre bem amarrados.
Saltos altos, plataformas ou sandálias não são os mais adequados, podendo atrapalhar o
movimento dos pés.
A circulação será feita pelo lado direito da via, admitindo-se as exceções devidamente
sinalizadas. O condutor deve respeitar as faixas da direita destinadas aos veículos mais
lentos e de maior porte (quando não houver faixa especial para estes), e, as da esquerda à
ultrapassagem e aos veículos de maior velocidade, além de manter distância segura. Caso
contrário, fica sujeito à multa.
Fique atento à sinalização, pois transitar na faixa ou pista de circulação exclusiva de outros
veículos é considerada uma infração, estando o infrator sujeito a multa, além da apreensão
e remoção do veículo.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e
circulação

Veja a seguir algumas infrações por desobediência às normas gerais de circulação e


conduta previstas no CTB:

Enquadramento Normas gerais de circulação e Infração Medida


no CTB conduta Penalidade Administrativa

Retenção do
Deixar o condutor ou passageiro de Grave veículo até que
Art. 167
usar o cinto de segurança Multa a irregularidade
seja sanada

Transportar crianças em veículo Retenção do


automotor sem observância das Gravíssima veículo até que
Art. 168
normas de segurança especiais Multa a irregularidade
estabelecidas neste Código seja sanada

Gravíssima
Multa
(cinco vezes)
Ultrapassar pela contramão outro Obs: Aplica-se
veículo onde houver marcação viária em dobro a
Art. 203, V longitudinal de divisão de fluxos multa prevista –
opostos do tipo linha dupla contínua no caput em
ou simples contínua amarela caso de
reincidência no
período de até
12 (doze) meses
da infração
anterior

Conduzir pessoas, animais ou carga Grave Retenção do


Art. 235 nas partes externas do veículo, salvo veículo para
nos casos devidamente autorizados Multa transbordo

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e
circulação

Ultrapassagem
A ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá ser feita pela esquerda e antes de
efetuar uma ultrapassagem o condutor deve certificar-se de que:
● Nenhum condutor que venha atrás haja começado uma manobra para ultrapassá-lo;
● Quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja indicado o propósito de
ultrapassar um terceiro;
● A faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa extensão suficiente para que sua
manobra não ponha em perigo ou obstrua o trânsito que venha em sentido
contrário.

O condutor que tenha o propósito de ultrapassar um veículo de transporte coletivo


que esteja parado, efetuando embarque ou desembarque de passageiros, deverá
reduzir a velocidade, dirigindo com atenção redobrada ou parar o veículo com vistas
à segurança dos pedestres.

Quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem, se aproximarem de local não
sinalizado, terá preferência de passagem:
● No caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, aquele que estiver
circulando por ela;
● No caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela;
● Nos demais casos, o que vier pela direita do condutor.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e
circulação

O uso da buzina
O condutor de veículo só poderá fazer uso de buzina, desde que em toque breve, nas
seguintes situações:
● Para fazer as advertências necessárias a fim de evitar acidentes;
● Fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir um condutor de que se
tem o propósito de ultrapassá-lo.

O uso do pisca-alerta
O condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes situações:
● Em imobilizações ou situações de emergência;
● Quando a regulamentação da via assim o determinar.

O uso de luzes em veículo


O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes determinações:
I - O condutor manterá acesos os faróis do veículo, utilizando luz baixa, durante à noite e
mesmo durante o dia, nos túneis e sob chuva, neblina ou cerração;

Em rodovias de pista simples situadas fora dos perímetros urbanos, mesmo durante
o dia deverão manter os faróis acesos, caso o veículo não tenha luz de rodagem
diurna.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e
circulação

II - Nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta, exceto ao cruzar com outro
veículo ou ao segui-lo;
III - A troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e por curto período de tempo, com o
objetivo de advertir outros motoristas, só poderá ser utilizada para indicar a intenção de
ultrapassar o veículo que segue à frente ou para indicar a existência de risco à segurança
para os veículos que circulam no sentido contrário;
IV - O condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes situações:
a) Em imobilizações ou situações de emergência;
b) Quando a regulamentação da via assim o determinar;
V - Durante à noite, em circulação, o condutor manterá acesa a luz de placa;
VI - O condutor manterá acesas, à noite, as luzes de posição quando o veículo estiver
parado para fins de embarque ou desembarque de passageiros e carga ou descarga de
mercadorias.
Ainda é importante ressaltar que os veículos de transporte coletivo de passageiros, quando
circularem em faixas ou pistas a eles destinadas, e as motocicletas, motonetas e
ciclomotores deverão utilizar-se de farol de luz baixa durante o dia e à noite.

Regras de mudança de direção


Nas vias providas de acostamento, a conversão à esquerda e a operação de retorno
deverão ser feitas nos locais apropriados e, onde estes não existirem, o condutor deverá
aguardar no acostamento, à direita, para cruzar a pista com segurança.
Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via ou em lotes lindeiros, o condutor
deverá:
I - Ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o máximo possível do bordo direito da pista
e executar sua manobra no menor espaço possível;
II - Ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar-se o máximo possível de seu eixo ou da
linha divisória da pista, quando houver, caso se trate de uma pista com circulação nos dois
sentidos, ou do bordo esquerdo, tratando-se de uma pista de um só sentido.
Durante a manobra de mudança de direção, o condutor deverá ceder passagem aos
pedestres e ciclistas, aos veículos que transitem em sentido contrário pela pista da via da
qual vai sair, respeitadas as normas de preferência de passagem.,
Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá ser feita nos locais para isto
determinados, quer por meio de sinalização, quer pela existência de locais apropriados, ou,
ainda, em outros locais que ofereçam condições de segurança e fluidez, observadas as
características da via, do veículo, das condições meteorológicas e da movimentação de
pedestres e ciclistas.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e
circulação

Classificação de vias
As vias abertas à circulação, de acordo com sua utilização, classificam-se em vias urbanas
e rurais.
São vias urbanas as de trânsito rápido, arterial, coletora e local. Enquanto as vias rurais
são as estradas e rodovias.
De acordo com o Anexo I do CTB, a definição de cada uma dessas vias é a seguinte:

VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO: aquela caracterizada por acessos especiais com trânsito
livre, sem interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem
travessia de pedestres em nível.

VIA ARTERIAL: aquela caracterizada por interseções em nível, geralmente controlada por
semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais,
possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade.

VIA COLETORA: aquela destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade
de entrar ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das
regiões da cidade.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e
circulação

VIA LOCAL: aquela caracterizada por interseções em nível não semaforizadas, destinada
apenas ao acesso local ou a áreas restritas.

RODOVIA: via rural pavimentada.

ESTRADA: via rural não pavimentada.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e
circulação

Velocidades permitidas
A velocidade máxima permitida nessas vias quando NÃO houver sinalização indicando a
velocidade será:

VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO 80 km/h

VIA ARTERIAL 60 km/h

VIA COLETORA 40 km/h

VIA LOCAL 30 km/h

NAS RODOVIAS DE PISTA DUPLA

AUTOMÓVEIS
CAMIONETAS
110 km/h
CAMINHONETES
MOTOCICLETAS

DEMAIS VEÍCULOS 90 km/h

NAS RODOVIAS DE PISTA SIMPLES

AUTOMÓVEIS
CAMIONETAS
100 km/h
CAMINHONETES
MOTOCICLETAS

DEMAIS VEÍCULOS 90 km/h

NAS ESTRADAS 60 km/h

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Legislação específica sobre transporte de carga

Legislação específica sobre transporte de carga


Carga Indivisível: Conceitos, considerações e exemplos
Carga indivisível é aquela que não pode ser dividida em partes menores sem que se
comprometa a sua integridade, funcionalidade ou valor. Essas cargas podem ter grandes
dimensões e/ou pesos, e geralmente são caracterizadas por sua complexidade de
movimentação e transporte.
O transporte de cargas indivisíveis requer cuidados especiais e regulamentações
específicas para garantir a segurança nas vias. No Brasil, o Conselho Nacional de Trânsito
(CONTRAN) estabelece diretrizes para o transporte de cargas indivisíveis. Essas diretrizes
podem incluir limites de peso e dimensões, exigências de equipamentos de segurança, a
necessidade de Autorização Especial de Trânsito (AET), entre outros requisitos. Além
disso, o transportador é responsável por qualquer dano que o veículo ou a carga possa
causar à via ou a terceiros durante o transporte.
Alguns exemplos de cargas indivisíveis incluem grandes blocos de rocha, maquinário
pesado, estruturas de concreto pré-moldado, transformadores, turbinas eólicas, entre
outros. Esses itens são geralmente grandes e pesados e não podem ser divididos sem
comprometer sua função ou valor. Portanto, requerem veículos de transporte
especializados e estratégias cuidadosas de carregamento e descarregamento.

Acondicionamento: verificação da integridade do


acondicionamento
O acondicionamento de uma carga indivisível é uma etapa crucial no seu transporte. Isso
envolve o uso adequado de equipamentos e técnicas de ancoragem e amarração para
garantir que a carga permaneça segura e estável durante todo o trajeto. A verificação da

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Legislação específica sobre transporte de carga

integridade do acondicionamento é, portanto, uma etapa essencial para a segurança do


transporte.
Ancoragem: A ancoragem refere-se à fixação da carga no veículo. Isso pode ser realizado
através de dispositivos de fixação como correntes, cabos de aço ou cintas. Os pontos de
ancoragem devem ser estrategicamente localizados para distribuir uniformemente o peso
da carga e evitar qualquer movimento indesejado.
Amarração da carga: A amarração da carga é realizada para reforçar a ancoragem e
garantir que a carga permaneça segura mesmo sob condições adversas, como curvas
acentuadas, frenagens bruscas ou terrenos irregulares. Isso geralmente é feito usando
cintas, correntes ou cordas.
A verificação da integridade do acondicionamento envolve a inspeção dos dispositivos de
ancoragem e amarração para verificar se eles estão corretamente aplicados e em bom
estado de conservação. Além disso, a carga deve ser inspecionada para verificar se está
estável e segura. Qualquer sinal de movimento ou instabilidade pode indicar que o
acondicionamento não é adequado e deve ser ajustado.

Responsabilidades do condutor durante o


transporte
O condutor desempenha um papel crucial durante o transporte de cargas indivisíveis, e
sua responsabilidade vai além de apenas conduzir o veículo. Aqui estão algumas de suas
responsabilidades e considerações importantes:
Verificação da carga: Antes do início da viagem, é responsabilidade do condutor verificar
se a carga está adequadamente acondicionada e segura. Ele deve garantir que a carga
está corretamente ancorada e amarrada, e que não haja risco de deslocamento durante a
viagem.
Condução segura: O condutor deve conduzir de maneira segura e responsável durante
todo o transporte. Isso inclui observar todas as leis e regulamentações de trânsito, manter
uma velocidade segura e tomar precauções extras em condições adversas.
Interrupção da viagem: Existem vários fatores que podem levar à interrupção da viagem,
como condições climáticas adversas, falhas mecânicas ou problemas de saúde do
condutor. Nesses casos, a segurança deve ser sempre a prioridade, e o condutor deve
tomar as medidas necessárias para garantir a segurança da carga, do veículo e de si
mesmo.
Participação no carregamento e descarregamento: Embora o carregamento e
descarregamento da carga seja geralmente responsabilidade da equipe de carga, o
condutor pode ser solicitado a participar nesse processo. Nesses casos, ele deve garantir
que a carga seja manuseada de maneira segura e que todas as normas e procedimentos
sejam seguidos.
Comunicação: O condutor deve manter uma comunicação aberta e regular com a equipe
de carga e a empresa de transporte. Isso pode incluir a notificação de quaisquer problemas
ou atrasos, assim como a atualização do status da viagem.
Lembrando que a segurança é sempre a prioridade máxima, e o condutor deve sempre
agir de maneira responsável e profissional.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Registrador instantâneo e inalterável de velocidade e
tempo

Documentação e simbologia
Documentos fiscais e de trânsito
Para o transporte de cargas indivisíveis, o condutor deve portar alguns documentos
obrigatórios, dentre eles:
- Autorização Especial de Trânsito (AET), emitida pelo órgão competente (ANTT ou DNIT,
dependendo da rodovia em questão);
- Licença Ambiental (quando houver exigência para o tipo de carga transportada);
- Certificado de Inspeção Técnica do Veículo (CITV) atualizado;
- Documentos do veículo (CRV/CRLV);
- Documentos de identificação do condutor.
Além desses, é importante que o condutor também porte cópias dos documentos de
identificação do proprietário da carga e da empresa responsável pelo transporte, bem
como do projeto de amarração da carga, em caso de cargas com dimensões especiais. É
fundamental que todos esses documentos estejam em dia e em conformidade com as
exigências legais para evitar problemas durante a fiscalização.

Documentos e simbologia relativos aos produtos transportados


Para o transporte de cargas indivisíveis, é necessário ter uma série de documentos de
acordo com as regulamentações do CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) e da
ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Além disso, há símbolos que
representam o tipo de produto transportado. Aqui estão alguns dos documentos e símbolos
mais comuns:

Página 77
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Registrador instantâneo e inalterável de velocidade e
tempo

Documentos:
Autorização Especial de Trânsito (AET): Este é um documento obrigatório emitido pelo
órgão de trânsito competente que autoriza o transporte de cargas indivisíveis que
ultrapassam os limites de peso e dimensão estabelecidos pela legislação de trânsito. A
AET especifica a rota que deve ser seguida e pode incluir outras condições específicas
para o transporte.
Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas (CTRC): Este é um documento
fiscal que acompanha a carga durante o transporte, contendo informações como a
descrição da carga, o valor do frete, a origem e o destino.
Documento Fiscal (Nota Fiscal ou Declaração de Carga): Estes documentos descrevem
a natureza da carga, o valor, o remetente e o destinatário.

Simbologia:
Os símbolos mais comumente associados ao transporte de cargas indivisíveis não se
referem especificamente ao produto transportado, mas sim às dimensões ou
características especiais do transporte.

Certificados de capacitação
O motorista que transporta cargas indivisíveis deve ter certificação em curso específico.
Para realizar o curso, o motorista deverá apresentar os seguintes requisitos mínimos:
● Ser maior de 21 anos;
● Estar habilitado na categoria “C” ou “E” de CNH; Não estar cumprindo pena de
suspensão do direito de dirigir, cassação da CNH, pena decorrente de crime de
trânsito, bem como não estar impedido judicialmente exercer seus direitos.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Registrador instantâneo e inalterável de velocidade e
tempo

Sinalização no veículo
O transporte de cargas indivisíveis requer uma sinalização adequada para garantir a
segurança no trânsito. A Resolução do DNIT nº 11/22, conforme o artigo 5º, § 3º, deixa
claro que caso identificado excesso nas dimensões de largura ou comprimento, com ou
sem carga, os conjuntos transportadores, veículos ou combinações de veículos deverão
ser sinalizados com placa traseira especial de advertência, conforme os critérios e
especificações dispostas nos anexos da Resolução do CONTRAN, nº 882/21. Vejamos a
seguir quais são as placas especiais de advertência.

I - Sinalização especial de advertência traseira para comprimento


excedente

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Registrador instantâneo e inalterável de velocidade e
tempo

Especificações: dispositivo de segurança autoadesivo aplicado diretamente no veículo ou


sobre placa metálica, de madeira ou material com propriedades equivalentes, possuindo
faixas inclinadas de 45º da direita para a esquerda e de cima para baixo, nas cores preta e
laranja, alternadamente. As cores: branca, laranja e vermelha devem ser em material
retrorrefletivo.

II - Sinalização especial de advertência traseira para largura excedente

Especificações: dispositivo de segurança autoadesivo aplicado diretamente no veículo ou


sobre placa metálica, de madeira ou material com propriedades equivalentes, possuindo
faixas inclinadas de 45º da direita para a esquerda e de cima para baixo, nas cores preta e
laranja, alternadamente. As cores: branca, laranja e vermelha devem ser em material
retrorrefletivo.

III - Sinalização especial de advertência traseira para comprimento e


largura excedente

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Registrador instantâneo e inalterável de velocidade e
tempo

Especificações: dispositivo de segurança autoadesivo aplicado diretamente no veículo ou


sobre placa metálica, de madeira ou material com propriedades equivalentes, possuindo
faixas inclinadas de 45ºda direita para a esquerda e de cima para baixo, nas cores preta e
laranja, alternadamente. As cores: branca, laranja e vermelha devem ser em material
retrorrefletivo.

IV - Sinalização especial de advertência traseira do tipo bipartida

Especificações: dispositivo de segurança autoadesivo aplicado diretamente no veículo ou


sobre placa metálica, de madeira ou material com propriedades equivalentes, possuindo
faixas inclinadas de 45º da direita para a esquerda e de cima para baixo, com adesivo
refletivo na cor preta e laranja alternadamente, com espaçamento máximo de 5,0 cm
entre as duas partes sem alterar ou comprometer as letras e formato da sinalização,
nas cores preta e laranja, alternadamente. As cores: branca e laranja devem ser em
material retrorrefletivo.

Essas placas especiais de advertência são importantes para alertar os demais usuários da
via, sobre a existência de uma carga de grandes dimensões ou de características
especiais, para que possam tomar as precauções adequadas, respeitando a distância de
segurança, bem como atentos as orientações dos veículos de escolta.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Registrador instantâneo e inalterável de velocidade e
tempo

Registrador instantâneo e inalterável de


velocidade e tempo
O Registrador Instantâneo e Inalterável de Velocidade e Tempo, mais conhecido como
tacógrafo, é um instrumento que registra de forma gráfica ou digital a velocidade, o tempo
e a distância percorrida por um veículo em um determinado período.
O tacógrafo funciona em conjunto com um sensor de velocidade instalado no veículo. O
sensor envia informações ao tacógrafo, que as registra em um disco diagrama (no caso do
tacógrafo analógico) ou em uma memória digital (no caso do tacógrafo digital). Este
registro é contínuo e inalterável, o que significa que os dados não podem ser modificados
ou apagados.
Há basicamente três tipos principais de tacógrafos: mecânicos, eletrônicos e digitais.
Mecânicos: Também conhecidos como analógicos, os tacógrafos mecânicos são os mais
antigos. Eles funcionam por meio de um cabo conectado à transmissão do veículo que gira
um eixo dentro do tacógrafo. Este eixo, por sua vez, move as mãos do relógio e grava a
velocidade e a distância percorrida em um disco de papel.
Eletrônicos: Esses tacógrafos utilizam um sensor eletrônico para registrar a velocidade e
a distância. Eles são mais precisos do que os modelos mecânicos e permitem a
recuperação de dados de forma mais eficiente. Os dados são gravados em uma fita de
papel, similar ao modelo mecânico, mas também podem ser transmitidos para um
computador para análise.
Digitais: Os tacógrafos digitais são os mais modernos e precisos. Eles funcionam por meio
de um sensor eletrônico que envia dados diretamente para uma memória digital. Isso
permite a recuperação e a análise de dados de forma mais eficiente e precisa. Os dados
podem incluir não apenas a velocidade e a distância, mas também informações sobre o
comportamento do condutor, como tempo de direção, pausas, períodos de descanso, entre
outros.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Registrador instantâneo e inalterável de velocidade e
tempo

A importância do tacógrafo está na sua capacidade de fornecer dados precisos sobre a


condução do veículo, o que contribui para a segurança no trânsito. Ele permite verificar se
o condutor está respeitando os limites de velocidade e cumprindo os tempos de descanso
obrigatórios, prevenindo assim o cansaço e o risco de acidentes.
No Brasil, o uso do tacógrafo é obrigatório para veículos de transporte de passageiros com
mais de 10 lugares e veículos de carga com peso bruto total superior a 4.536 kg, conforme
estabelecido pelo Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN).
Além disso, os dados do tacógrafo podem ser usados para fins de gestão de frotas,
permitindo uma análise mais detalhada do desempenho do veículo e do condutor, bem
como para fins legais em caso de acidentes de trânsito.

Das infrações e penalidades (CTB e legislação


específica)
Ao iniciar o estudo do tema, temos que focar nas regulamentações que se aplicam a todo
Brasil: CTB e Resoluções do CONTRAN. E aquelas específicas para Rodovias Federais:
- Concedidas: Legislação da ANTT
- E não concedidas: legislação do DNIT.

CTB e Resoluções do CONTRAN


Acredito que uma forma bem didática se se enfrentar o tema seria focando, nas infrações
que se pode praticar por transgredir as normas de trânsito:
Art. 169: veículo transportando bloco de rocha ornamental ou chapas serradas com
dispositivos de amarração sem estarem devidamente tensionados, ou transportando bloco
de rocha ornamental com travas de segurança sem estarem devidamente travadas;
Art. 230, inciso VII: veículo transportando bloco de rocha ornamental com as devidas
adaptações, porém sem possuir o registro da carroceria específica no Certificado de
Registro e Licenciamento de Veículo em meio digital (CRLV-e);
Art. 230, inciso IX: veículo transportando bloco de rocha ornamental sem utilização de
todas as travas de segurança e/ou lingas de corrente; com trava de segurança ou linga de
corrente com peças defeituosas, ausentes ou com qualquer desconformidade que
comprometa sua eficiência; ou ainda utilizando as travas de segurança corretamente
travadas, porém afastadas em demasia do bloco, possibilitando sua movimentação
relativa;
Art. 230, inciso IX: veículo transportando chapas serradas sem utilizar cintas têxteis na
amarração; com cinta têxtil amarrando a carga, porém com defeito no tensionador, ou no
terminal de amarração, ou ainda utilizando pontos de ancoragem inadequados,
possibilitando eventuais deslocamentos da carga;
Art. 230, inciso IX: veículo transportando chapas serradas com a utilização de cinta têxtil
com rasgos, defeito em seus terminais ou outros danos; utilizando cavalete solto ou mal
fixado, ou com as travessas soltas ou mal fixadas;

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Das infrações e penalidades (CTB e legislação
específica)

Art. 230, inciso IX: veículo transportando bloco de rocha ornamental ou chapas serradas
em contêiner, ou ainda transportando bloco de rocha ornamental de dimensões reduzidas
em caçambas sem o devido travamento interno, ou com ele insuficiente;
Art. 230, inciso X: veículo transportando bloco de rocha ornamental com linga de corrente
e/ou travas em desacordo com as especificações mínimas; com linga na qual não seja
possível identificar o grau da corrente; ou utilizando linga de corrente com tensionador de
alavanca;
Art. 230, inciso X: veículo transportando chapas serradas com cavaletes em desacordo
com as especificações mínimas; com cintas têxteis em quantidade, posição de amarração
ou carga máxima de trabalho em desacordo com art. 13; ou utilizando cintas têxteis nas
quais não seja possível identificar a carga máxima de trabalho;
Art. 230, inciso X: veículo transportando chapas serradas com os dispositivos de
amarração transversais passando pelo lado externo das guardas laterais, quando
existentes, exceto quando a carga ocupar toda a largura da carroceria;
Art. 232: veículo que esteja transportando bloco de rocha ornamental ou chapa serrada e
cujo condutor não comprove ter concluído o CETCI ou esteja com ele vencido; e
Art. 237: veículo transportando bloco de rocha com trava de segurança não identificada
por plaqueta.
Parágrafo único. As situações infracionais descritas nas alíneas deste artigo não afastam
a possibilidade de aplicação de outras penalidades previstas no CTB.

Regulamentação da ANTT
As regulamentações da ANTT sobre o transporte de cargas indivisíveis estabelecem
restrições e critérios específicos que devem ser seguidos pelos transportadores. Algumas
das principais normas incluem a necessidade de autorização prévia para o transporte, a
obrigação de cumprir medidas de segurança para evitar acidentes, a exigência de escolta
para cargas de dimensões especiais, entre outras. Além disso, as regulamentações
também estabelecem penalidades em caso de descumprimento das normas. É importante
consultar a Resolução nº 4.799/15 da ANTT para mais detalhes.
Regulamentação do DNIT
As regulamentações do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes)
sobre o transporte de cargas indivisíveis estabelecem critérios e procedimentos específicos
que devem ser seguidos pelos transportadores. Algumas das principais normas incluem a
necessidade de obter autorização prévia para o transporte, a obrigação de cumprir
medidas de segurança para evitar acidentes e danos às vias públicas, a exigência de
escolta para cargas com dimensões especiais e a proibição de circulação em
determinados horários e locais. Além disso, as regulamentações também preveem
penalidades para o descumprimento das normas.
É importante consultar a Resolução nº 430/2004 do DNIT para mais detalhes.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Resumo do módulo

Resumo do módulo
Neste módulo de Legislação de Trânsito, nós revisitamos os princípios da dirigibilidade
defensiva e os elementos que podem comprometer a segurança nas vias. Aqui,
destacamos:
- O Código de Trânsito Brasileiro, em seu capítulo sobre as Normas Gerais de Circulação e
Conduta, promove a direção defensiva/preventiva, estabelecendo o comportamento
adequado para os usuários das vias, principalmente os condutores.
- O Código de Trânsito Brasileiro tem como propósito tornar o trânsito mais seguro ao
estabelecer normas de circulação e conduta, buscando reduzir o número de acidentes e
vítimas.
- A legislação do transporte rodoviário de cargas é abrangente, cobrindo desde os critérios
para se tornar um transportador até as regras de operação no mercado. Algumas cargas
possuem legislação específica para garantir a segurança da carga, do meio ambiente e
principalmente do transportador.
- A elaboração e fiscalização dessa legislação é responsabilidade do governo e de seus
órgãos competentes. É essencial que os transportadores cumpram as normas vigentes. É
dever do transportador manter-se atualizado quanto às normas da atividade e às
atualizações da legislação.
Ao final deste módulo, espera-se que o condutor tenha adquirido a compreensão dos
preceitos de segurança no trânsito e esteja mais bem preparado para seguir as normas de
circulação e conduta, contribuindo para um trânsito mais seguro para todos.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Exercícios de fixação

Exercícios de fixação
1 - São órgãos normativos, que elaboram as normas de trânsito, dentro do Sistema
Nacional de Trânsito:
a) Secretaria Municipal de Trânsito e SENATRAN.
b) CONTRAN, CETRAN e CONTRANDIFE.
c) CONTRANDIFE e Guarda Municipal.
d) SENATRAN e JARI.

2 - A Carteira Nacional de Habilitação somente terá validade para a condução do veículo


quando apresentada:
a) junto com o Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo
b) em cópia autenticada pelo DETRAN
c) junto com a Carteira de Identidade
d) em original, por meio físico ou digital

3 - Para dirigir um ônibus o condutor precisa estar habilitado em qual categoria de


habilitação?
a) Categoria A
b) Categoria B
c) Categoria C
d) Categoria D

4 - O veículo "A" circula a 90 Km/h e o veículo "B" circula a 70 Km/h. Considerando que
ambos circulam em uma via arterial, quem está desrespeitando a velocidade máxima
permitida?
a) o veículo A
b) o veículo B
c) os dois
d) nenhum dos dois

5 - Todo condutor, numa rodovia, ao perceber que outro veículo no sentido contrário iniciou
uma ultrapassagem sem distância suficiente para realizar a manobra, deverá:
a) aumentar a velocidade, buzinar e desviar do veículo que iniciou a ultrapassagem.
b) aumentar a velocidade, e se necessário, dirigir-se ao acostamento até que o outro
veículo conclua a ultrapassagem.
c) reduzir a velocidade, e se necessário, dirigir-se ao acostamento até que o outro
veículo conclua a ultrapassagem.
d) reduzir a velocidade até parar, para que o outro veículo conclua a ultrapassagem.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Exercícios de fixação

GABARITO
1 - São órgãos normativos, que elaboram as d) nenhum dos dois
normas de trânsito, dentro do Sistema Nacional de
Comentário: O art. 61, do CTB, nos informa que
Trânsito:
onde não houver sinalização regulamentadora de
a) Secretaria Municipal de Trânsito e velocidade, deverá ser seguida a norma. Em uma
SENATRAN. via arterial a velocidade máxima permitida é de 60
Km/h. Logo o veículo "A" e o veículo "B", estão
b) CONTRAN, CETRAN e CONTRANDIFE.
desrespeitando a velocidade máxima permitida da
c) CONTRANDIFE e Guarda Municipal. via.
d) SENATRAN e JARI. 5 - Todo condutor, numa rodovia, ao perceber que
Comentário: O artigo 12, I, do CTB, diz: compete outro veículo no sentido contrário iniciou uma
ao CONTRAN, estabelecer as normas ultrapassagem sem distância suficiente para
regulamentares referidas neste Código e as realizar a manobra, deverá:
diretrizes da Política Nacional de Trânsito. Já no a) aumentar a velocidade, buzinar e desviar
art. 14, II diz que: compete ao do veículo que iniciou a ultrapassagem.
CETRAN/CONTRANDIFE, elaborar normas no
âmbito das respectivas competências. b) aumentar a velocidade, e se necessário,
dirigir-se ao acostamento até que o outro
2 - A Carteira Nacional de Habilitação somente veículo conclua a ultrapassagem.
terá validade para a condução do veículo quando
c) reduzir a velocidade, e se necessário,
apresentada:
dirigir-se ao acostamento até que o
a) junto com o Certificado de Registro e outro veículo conclua a ultrapassagem.
Licenciamento do Veículo
d) reduzir a velocidade até parar, para que o
b) em cópia autenticada pelo DETRAN outro veículo conclua a ultrapassagem.
c) junto com a Carteira de Identidade Comentário: Todos os usuários da via devem
abster-se de qualquer ato que possa constituir
d) em original, por meio físico ou digital perigo ou obstáculo para o trânsito de veículos, de
Comentário: Carteira Nacional de Habilitação e a pessoas ou de animais, ou ainda causar danos a
Permissão para Dirigir somente terão validade propriedades públicas ou privadas. O motorista
para a condução de veículo quando apresentada deve sempre adotar procedimentos preventivos no
em original. Art. 159, § 5º do CTB. Vale destacar trânsito, sempre com cautela e civilidade, abrindo
que a CNH, pode ser emitida em meio físico e/ou mão do seu direito de modo a priorizar a
digital a escolha do condutor. segurança viária. O trânsito seguro é um direito de
todos, logo para exercer esse direito todos têm
3 - Para dirigir um ônibus o condutor precisa estar responsabilidades. Art. 26, do CTB C/C Art. 1, §
habilitado em qual categoria de habilitação? 2º, do CTB.
a) Categoria A
b) Categoria B
c) Categoria C
d) Categoria D
Comentário: Categoria "D", condutor de veículo
motorizado utilizado no transporte de passageiros,
cuja lotação exceda a 8 lugares, excluído o do
motorista. Art. 142, IV, do CTB.
4 - O veículo "A" circula a 90 Km/h e o veículo "B"
circula a 70 Km/h. Considerando que ambos
circulam em uma via arterial, quem está
desrespeitando a velocidade máxima permitida?
a) o veículo A
b) o veículo B
c) os dois

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DIREÇÃO
DEFENSIVA

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Objetivos de Aprendizagem

Objetivos de Aprendizagem
Na disciplina de Direção Defensiva, estabelecemos como objetivos de aprendizagem:
- O reconhecimento da participação humana como o principal fator associado aos
acidentes de trânsito. Nesse sentido, buscamos enfatizar a necessidade de uma condução
consciente e responsável, reduzindo a probabilidade de incidentes;
- O entendimento dos procedimentos e cuidados necessários para evitar e prevenir
acidentes. Nossa meta é fornecer aos alunos as ferramentas para atuarem de forma
segura no trânsito, considerando outros veículos, pedestres e todos os participantes do
tráfego;
- O desenvolvimento da habilidade de antecipação a possíveis situações de risco,
auxiliando na prevenção de acidentes e contribuindo para um trânsito mais seguro;
- A revisão da importância do processo de recolha de informações, tomada de decisões e
ações concretas na tarefa da condução. Queremos reforçar a necessidade de uma
atenção constante e informada ao dirigir;
- A reflexão sobre os fatores físicos e emocionais que interferem na condução, permitindo
aos alunos reconhecer e entender a influência desses elementos na própria prática de
condução;
- O conhecimento dos riscos associados à ingestão de bebida alcoólica e ao uso de drogas
na condução, em especial para condutores de veículos especializados, promovendo uma
consciência sobre a gravidade dessas atitudes;
- A identificação dos fatores comportamentais que podem levar a situações adversas e a
compreensão das ações de prevenção que devem ser adotadas em tais situações;
- E por fim, incentivamos a realização de uma autoavaliação constante sobre todas as
manobras executadas no trânsito, identificando áreas de conhecimento e habilidades que
necessitam ser aprimoradas para a redução de riscos.
Ao fim do curso, espera-se que os alunos tenham incorporado estas práticas e
conhecimentos, tornando-se condutores mais seguros e conscientes nas vias.

Plano de estudo
A seguir, confira o conteúdo que você estudará neste módulo, com o aprofundamento
necessário ao desempenho da função de motorista profissional.

- Conceito de direção defensiva;


- Acidente evitável ou não evitável;
- Como ultrapassar e ser ultrapassado;
- O acidente de difícil identificação da causa;
- Como evitar acidentes com outros veículos;
- Como evitar acidentes com pedestres e outros integrantes do trânsito;
- A importância de ver e ser visto;

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Objetivos de Aprendizagem

- A importância do comportamento seguro na condução de veículos especializados;


- Comportamento seguro e comportamento de risco – diferença que pode poupar vidas;
- Estado físico e mental do condutor, consequências da ingestão e consumo de bebida
alcoólica e substâncias psicoativas.

Conceito de direção defensiva


Direção Defensiva é dirigir de modo a evitar acidentes, apesar das ações incorretas
(erradas) dos outros e das condições adversas (contrárias), que encontramos nas vias de
trânsito. Para que um condutor possa praticar a Direção Defensiva, precisa de certos
elementos e conhecimentos, não só de legislação de trânsito, mas também de
comportamentos que devem ser praticados no dia a dia, no uso do veículo. São eles:

Conheça o que representa cada um dos elementos:


Conhecimento
A legislação de trânsito é a sua maior aliada na busca desse conhecimento, mas também é
necessário desenvolver um rápido conhecimento dos riscos no trânsito e da maneira de
prevenir-se contra eles. Você precisa conhecer seus direitos e deveres em qualquer
situação de trânsito, como condutor ou como pedestre, para evitar tomar atitudes que
possam causar acidentes ou danos aos usuários da via.

Código de Trânsito Brasileiro


O CTB, complementado pelas Resoluções do Contran, fornece muitas informações que
devemos conhecer, além disso, existem livros e revistas especializadas para o trânsito e
publicações jornalísticas sérias que nos mantêm em dia com as atualizações legislativas.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas

Existem alguns procedimentos do condutor ou problemas com o veículo que são


considerados infrações, tendo como consequência penalidades previstas nas leis de
trânsito, por isso você tem que conhecer todos eles. Outros procedimentos dependem do
bom senso de todos os condutores e pedestres, são as atitudes educadas, compreensivas,
de paciência, que ajudam a fazer um trânsito mais seguro.

IMPORTANTE
O veículo motorizado que circula em vias terrestres é o que mais exige a atenção do
condutor. Um navio ou avião conta com aparelhos e auxiliares que podem ajudar
nessa tarefa. Portanto, mantenha sua atenção no trânsito e não se distraia com
conversas, com som alto ou no uso de rádio ou aparelho celular.

Atenção
A atenção deve ser direcionada a todos os elementos da via (condições, sinalização,
tempo, etc.), e as condições físicas e mentais do condutor, os cuidados e a manutenção do
veículo, tempo de deslocamento, conhecimento prévio do percurso, entre outros.
O condutor deve manter-se em estado de alerta durante todo o tempo em que estiver
conduzindo o veículo, consciente das situações de risco em que pode envolver-se e pronto
a tomar a atitude necessária em tal situação para evitar o acidente.

Previsão
Você não precisa de uma bola de cristal para prever os perigos do trânsito, apenas precisa
prever e preparar-se para algumas eventualidades comuns no dia a dia, como furar um
pneu, um buraco ou óleo na pista, um pedestre fazendo a travessia fora do local
adequado, um acidente, etc.
Essas previsões podem ser desenvolvidas e treinadas no uso do seu veículo e são
exercidas numa ação próxima (imediata) ou distante (mediata), dependendo sempre do
seu bom senso e conhecimento.
A direção defensiva exige tanto a previsão mediata como a imediata, sendo que algumas,
inclusive, fazem parte das leis de trânsito (cuidados com o veículo, equipamentos
obrigatórios).

Decisão
Sempre que for necessário tomar uma decisão, numa situação de perigo, ela dependerá
do conhecimento das alternativas que se apresentem e do seu conhecimento das
possibilidades do veículo, das leis e normas que regem o trânsito, do tempo e do espaço
que você dispõe para tomar uma atitude correta. Essa decisão ou tomada de atitude vai
depender da sua habilidade, tempo e prática de direção, previsão das situações de risco,
conhecimento das condições do veículo e da via. Ao renovar o exame de habilitação, o
condutor que não tenha curso de Direção Defensiva e Primeiros Socorros, deverá a eles
ser submetido conforme art. 150 do CTB e Resolução nº 789 - CONTRAN.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas

Portanto, esteja sempre preparado para fazer a escolha correta nas situações imprevistas,
de modo que possa contribuir para evitar acidentes de trânsito, mantendo-se atento a tudo
que circunda a via, mesmo à sua traseira, para que esta decisão possa ser rápida e
precisa, salvando sua vida e a de outros envolvidos numa situação de risco.

Habilidade
A habilidade se desenvolve por meio do aprendizado e da prática. Devemos aprender o
modo correto de manuseio do veículo e executar várias vezes essas manobras, de forma a
fixar esses procedimentos e adquirir a habilidade necessária à prática de direção no
trânsito das vias urbanas e rurais.
Esse requisito diz respeito ao manuseio dos controles do veículo e à execução, com
bastante perícia e sucesso, de qualquer uma das manobras básicas de trânsito, tais como
fazer curvas, ultrapassagens, mudanças de velocidade e estacionamento.
Atualmente a Permissão para Dirigir tem a validade de 12 meses, sendo conferida a
Carteira Nacional de Habilitação ao término desse prazo, desde que o condutor não tenha
cometido nenhuma infração de natureza grave ou gravíssima nem seja reincidente em
infração média.
Ser um condutor hábil ou com habilidade significa que você é capaz de manusear os
controles de um veículo e executar com perícia e sucesso qualquer manobra necessária
no trânsito, tais como: fazer curvas, ultrapassar, mudar de velocidade ou de faixa,
estacionar, etc.

A prática conduz à perfeição, tornando você um condutor defensivo. É necessário


conhecimento e atenção para que você possa fazer uma previsão dos problemas
que vai encontrar no trânsito e tomar, no momento necessário, a decisão mais
correta, com habilidade adquirida pelo trino no uso da direção, tornando o trânsito
mais humano e seguro para você e para todos.

Outros conceitos importantes:


Direção Ofensiva: É utilizado nos casos em que é preciso agir para evitar alguma
situação como uma perseguição. Essa forma de dirigir não é indicada para
motoristas comuns e é amplamente adotada por policiais.
Direção Evasiva: É o tipo de direção aplicada em casos de emergência, como
acidentes de trânsito ou situações perigosas, como emboscadas ou sequestros.
Esse tipo é muito aplicado por veículos responsáveis por escolta.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas

Condições adversas
As condições adversas são aqueles fatores que podem atrapalhar o motorista,
aumentando a possibilidade de acidentes. Alguns fatores prejudicam o rendimento do
condutor e podem levá-lo a ser mais uma vítima do trânsito.
Os riscos e os perigos a que estamos sujeitos no trânsito são conhecidos como condições
adversas e estão relacionados com:
● Luz;
● Tempo;
● Veículo;
● Via;
● Trânsito;
● Condutor.
Vamos examinar separadamente os principais riscos e perigos que encontramos no
trânsito.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas

Luz
A falta de luz (iluminação) atrapalha os motoristas. Mas também um excesso da mesma
traz um empecilho. O ofuscamento causado por outros condutores, no momento em que
ativam o farol alto, é considerado uma condição adversa, pois tira parte da visão do
condutor que recebe a luz. Por isso, nas vias de mão dupla, é bom abaixar a luz alta
quando outro motorista se aproxima.

O farol alto também pode cegar temporariamente o carro da frente, quando a luz incide no
retrovisor. Nesses casos, também é aconselhável diminuir o farol quando atrás de outro
veículo no mesmo sentido. É indicado, sempre que possível, trafegar com luz baixa.
Ao passar em túneis escuros, no período diurno, a mudança de luz causa uma espécie de
ofuscação. Uma solução para esse fenômeno pode ser feita através de uma técnica bem
fácil. Feche um olho e mantenha o outro aberto até o final do túnel. Ao sair, o motorista
terá uma visão bem melhor do que estando com os dois abertos.
Recomendações:
● Evitar viajar nos horários em que o sol esteja mais forte;
● Usar óculos escuros ou pala de proteção;
● Em caso de crepúsculo, ligue os faróis.
No caso de farol alto em sentido contrário:
● Piscar os faróis;
● Reduzir a velocidade;
● Não olhar diretamente para os faróis;
● Se orientar pela linha de bordo da pista.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas

Tempo
Outro fator que atrapalha bastante o condutor são as condições do tempo.
A chuva é um grande contribuinte para acidentes no trânsito. Uma pista molhada é como
um chão ensaboado. Havia uma propaganda que alertava sobre isso. Ela usava um slogan
que dizia: “choveu, virou sabão”. Trouxe à tona que o motorista precisa dirigir com atenção
em situações como essa.
● A pista molhada diminui a aderência entre os pneus e o solo, o que pode gerar a
aquaplanagem e perda de controle. Diminua a velocidade e freie com cuidado;
● Usar o limpador de para-brisa, desembaçador;
● Em casos extremos (chuvas fortes) analise as condições da via para optar entre
parar em local seguro e aguardar a melhoria do tempo ou seguir.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas

Em casos de neblina, é essencial ficar atento. O carro da frente é quase impossível de se


enxergar, por isso, ela é considerada um elemento contra os condutores.
● Recomenda-se ligar o farolete ou os faróis baixos e só parar em locais com
acostamento, sinalizando com o pisca.

A fumaça causada por incêndios, da mesma forma. Ou seja, a cautela se torna bem
relevante.
Se o vento estiver transversal, a recomendação é abrir as janelas; se vier de frente,
aconselha-se diminuir a velocidade. Atenção com objetos que podem ser arremessados
contra os vidros.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas

Veículos
O motorista defensivo deve manter seu veículo em condições de reagir eficientemente a
todos os comandos, pois não é possível dirigir com segurança um veículo defeituoso.
Os defeitos mais comuns que podem causar acidentes são:
● Pneus gastos;
● Freios desregulados;
● Lâmpadas queimadas;
● Limpadores de para-brisa com defeito;
● Falta de buzina;
● Espelho retrovisor deficiente;
● Cintos de segurança defeituosos;
● Amortecedores vencidos;
● Folga na direção e suspensão empenada.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas

Uma manutenção bem executada é fundamental para que a vida útil prescrita de um
veículo ou de um equipamento seja maximizada, tanto no que se refere ao seu
desempenho quanto à sua disponibilidade. Alguns dos principais objetivos da manutenção
preventiva são:
● Otimizar os insumos, garantindo mais segurança e reduzindo os impactos
ambientais.
● Garantir a frota disponível para a operação do serviço.
● Manter o controle do histórico da manutenção ao longo de toda a vida útil do
veículo.
A manutenção preventiva é efetuada frequentemente de acordo com critérios pré-
estabelecidos para reduzir a probabilidade de falha do veículo ou a degradação de um
serviço efetuado. Os tipos de manutenção preventiva são:
● Manutenção sistemática: de acordo com o tempo de uso do equipamento.
● Manutenção condicional: executada de acordo com o estado do equipamento
após a evolução de um sintoma significativo.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas

A manutenção sistemática ou programada é realizada geralmente em intervalos fixos.


Especialistas recomendam que ela seja adotada somente se sua utilização criar uma
oportunidade para reduzir falhas que não são detectáveis antecipadamente ou se ela for
imposta por exigência de produção ou segurança.
A manutenção preventiva evita que potenciais problemas ocorram e possibilita a tomada
de ações para aumentar a segurança e evitar acidentes. Dentre outros, são itens básicos
que devem ser verificados:
● Pneus e rodas.
● Cintos de segurança.
● Faróis, lanternas, luz de freio, pisca-pisca e pisca-alerta.
● Freios.
● Limpadores de para-brisa.
● Nível de água do radiador.
● Nível de óleo.
● Direção.

Os pneus devem estar em perfeitas condições, pois representam um fator importante de


segurança. O desgaste dos pneus deve se dar por igual tanto no sentido radial quanto no
transversal. No entanto, há várias causas que provocam um desgaste irregular, mesmo
que o pneu esteja calibrado corretamente.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas

O freio é um dos dispositivos mais importantes para a segurança e tem por finalidade fazer
o veículo parar. Os veículos leves são equipados com freio de serviço e de
estacionamento. Já os veículos médios e pesados, além do freio de serviço e de
estacionamento, são equipados com o freio motor.

Os espelhos retrovisores, internos e externos devem ser mantidos limpos, firmes e


regulados para a posição que permita boa visibilidade pelo motorista.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas

A suspensão diminui as trepidações e os choques resultantes do contato dos pneus do


veículo com o solo. Atenção aos amortecedores, molas e estabilizadores, pois eles são
muito importantes na manutenção da dirigibilidade, da estabilidade e da segurança do seu
veículo.
Toda parte elétrica do veículo deve estar funcionando perfeitamente. Qualquer sinal de
mau funcionamento no painel de instrumento merece ser investigado.

Via
As vias podem ser inimigas também, visto que muitas delas estão esburacadas, com
sinalização horizontal apagadas e sem sinalização vertical. Conhecer o veículo, saber do
que ele precisa, além de checar todos os itens de segurança é imprescindível. As luzes de
freio devem estar acendendo corretamente, os pneus têm que ser calibrados, o sistema de
suspensão, os espelhos, extintor e etc.
Em caso de problemas na conservação das pistas, é indicado adequar a velocidade às
condições observadas.
● Recomenda-se atenção a desvios, trechos em meia pista ou sem acostamento;
● Em vias sem sinalização, atenção redobrada;
● Definir o trajeto antecipadamente é uma forma de evitar conversões bruscas e
velocidades abaixo das mínimas ao se procurar um endereço;
● Em descidas, a indicação é usar o freio rápido e suavemente, e manter-se com a
marcha engatada (em vez de utilizar "banguela").

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Condições adversas

Trânsito
Um congestionamento, os horários de grande fluxo de veículos e pessoas são empecilhos
e comprometem a concentração e a tranquilidade dos motoristas. O condutor deve estar
atento a todo o momento ao trânsito de ciclistas e animais, os quais já vimos que fazem
parte do trânsito. As cargas levadas por um carro são consideradas, quando não se
encontra de acordo com a lei de trânsito, uma condição adversa. Assim, o condutor deve:
● Procurar vias alternativas;
● Manter distância de segurança;
● Procurar o melhor horário para evitar congestionamentos;
● Ajustar a velocidade de acordo com a fluidez do trânsito.

Condutor
As condições para que o condutor do veículo transite em segurança são fatores humanos
e está relacionado com a atenção e a distração. Para conduzir um veículo é sempre
necessária atenção redobrada e dedicada ao volante, pois, dirigir um veículo é um ato
composto por múltiplas tarefas que envolvem a tomada de informação, o processamento
de informação, a tomada de decisão e as atividades motoras.
Existem vários fatores, tanto físicos quanto emocionais, que afetam diretamente a
capacidade de dirigir com segurança:
Fadiga: é uma das maiores causas de acidentes, pois afeta a tomada de decisões, retarda
os reflexos e prejudica a visão. A fadiga é um tipo de cansaço permanente, para suavizar
seus efeitos, recomenda-se dormir e se alimentar com regularidade e planejar as horas de
descanso.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas

Atenção: não se distraia com celulares, fumo, problemas pessoais e conversas. Se


perceber que sua atenção está falha, procure parar e descansar.
Audição: o som faz parte da comunicação do trânsito, como, por exemplo, a buzina e os
apitos do agente de trânsito. Mas o barulho em excesso prejudica a direção, por isso não
ligue o rádio do seu carro com som alto e use a buzina somente quando necessário.
Visão: é um fator muito importante na sua condução, faz parte inclusive do processo de
habilitação.

Dirigir veículo sem usar lentes corretoras de visão ou aparelho auxiliar de audição
impostos por ocasião da concessão ou da renovação da licença para conduzir é uma
infração gravíssima (CTB, Art. 162, inciso VI).

As principais funções psicológicas do condutor para uma condução bem-sucedida são:


correta capacidade de percepção e atenção para captar o que ocorre ao redor, identificar e
discriminar os estímulos de situações e problemas de trânsito a serem resolvidos; percebê-
las e interpretá-las corretamente para tomar uma decisão sobre a ação ou manobra mais
adequada; executar a decisão com a rapidez e precisão possíveis.
A sua posição correta ao dirigir evita desgaste físico e contribui para evitar situações de
perigo. Siga as orientações:
● Dirija com os braços e pernas ligeiramente dobrados, evitando tensões;
● Apoie bem o corpo no assento e no encosto do banco, o mais próximo possível de
um ângulo de 90 graus;

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas

● Ajuste o encosto de cabeça de acordo com a altura dos ocupantes do veículo, de


preferência na altura dos olhos;
● Segure o volante com as duas mãos, como os ponteiros do relógio na posição de 9
horas e 15 minutos. Assim você enxerga melhor o painel, acessa melhor os
comandos do veículo e, nos veículos com “air bag”, não impede o seu
funcionamento;
● Procure manter os calcanhares apoiados no assoalho do veículo e evite apoiar os
pés nos pedais, quando não os estiver usando;
● Utilize calçados que fiquem bem fixos aos seus pés, para que você possa acionar
os pedais rapidamente e com segurança;
● Coloque o cinto de segurança, de maneira que ele se ajuste firmemente ao seu
corpo. A faixa inferior deve passar pela região do abdome e a faixa transversal
passar sobre o peito e não sobre o pescoço.

Fique em posição que permita enxergar bem as informações do painel e verifique


sempre o funcionamento de sistemas importantes como, por exemplo, a temperatura
do motor.

Acidente evitável ou não evitável


Acidentes de trânsito são ocorrências infelizmente comuns em nossa sociedade. Existem
duas categorias gerais para esses acidentes: evitáveis e não evitáveis. Para compreender
cada tipo, é essencial definir o que cada um deles significa.
Um acidente de trânsito evitável é aquele em que o motorista falhou em fazer tudo que
poderia razoavelmente ter feito para evitar a colisão. Isso inclui situações em que o
motorista estava dirigindo de forma imprudente ou negligente, como excedendo a
velocidade permitida, dirigindo sob a influência de álcool ou drogas, não respeitando as leis
de trânsito, ou não prestando atenção adequada ao volante. Em outras palavras, se o
motorista tivesse agido de maneira diferente, o acidente poderia ter sido evitado.
Por outro lado, um acidente de trânsito não evitável é aquele em que o motorista fez tudo
que era razoavelmente possível para evitar a colisão, mas o acidente ocorreu mesmo
assim. Isso poderia acontecer em situações em que um obstáculo inesperado aparece na
estrada, como um animal, ou quando ocorre uma falha mecânica súbita e imprevisível no
veículo.
No entanto, é importante notar que a linha entre evitável e não evitável pode ser tênue e
depende de muitos fatores, incluindo as condições da estrada, o comportamento de outros
motoristas e as condições climáticas. Além disso, mesmo os acidentes classificados como
"não evitáveis" podem muitas vezes ser prevenidos com a manutenção regular do veículo
e a condução defensiva.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Acidente evitável ou não evitável

No final das contas, a melhor maneira de prevenir ambos os tipos de acidentes é conduzir
de forma segura e responsável, mantendo sempre a atenção na estrada e seguindo todas
as leis e regulamentos de trânsito.
Existem várias causas comuns para acidentes de trânsito. Aqui estão alguns exemplos:
● Condução distraída: Um dos maiores problemas de segurança na estrada hoje em
dia é a condução distraída. Isso inclui qualquer coisa que tire a atenção do motorista
da estrada, como o uso de smartphones, comer, conversar com passageiros,
maquiar-se, entre outros.
● Velocidade Excessiva: Dirigir acima do limite de velocidade é uma causa comum
de acidentes. A alta velocidade reduz o tempo que o motorista tem para evitar um
acidente e aumenta a gravidade de qualquer colisão que ocorra.
● Condução sob Influência de Álcool ou Drogas: O álcool e as drogas prejudicam
a habilidade do motorista de dirigir com segurança, afetando o julgamento, a
coordenação e os tempos de reação.
● Condições Climáticas Adversas: A chuva, neve, neblina, gelo ou ventos fortes
podem tornar a condução mais perigosa e levar a acidentes.
● Fadiga: A condução enquanto se está cansado pode ser tão perigosa quanto a
condução sob a influência do álcool. A fadiga pode afetar o tempo de reação e a
capacidade de um motorista de se concentrar na estrada.
● Não Seguir as Regras de Trânsito: Não parar em um sinal de parada, dirigir na
direção errada, não ceder a passagem quando necessário, e outras violações das
leis de trânsito podem causar acidentes.
● Condições Ruins da Estrada: Buracos, falta de sinalização adequada e outros
problemas de infraestrutura podem contribuir para acidentes de trânsito.
● Falha Mecânica: Problemas com os freios, pneus, direção, luzes ou outros
componentes do veículo podem levar a acidentes.
Lembre-se, é importante sempre dirigir com segurança e estar atento ao seu entorno para
prevenir acidentes.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Como ultrapassar e ser ultrapassado

Como ultrapassar e ser ultrapassado


A ultrapassagem é um movimento que deve ser feito com muita precaução para evitar
acidentes. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), há várias regras para a
ultrapassagem, tanto para quem ultrapassa quanto para quem está sendo ultrapassado.
Onde há sinalização proibindo a ultrapassagem, não ultrapasse. A sinalização é a
representação da lei e foi implantada por pessoal técnico que já calculou que naquele
trecho não é possível a ultrapassagem, porque há perigo de acidente.
Nos trechos onde houver sinalização permitindo a ultrapassagem, ou onde não houver
qualquer tipo de sinalização, só ultrapasse se a faixa do sentido contrário de fluxo estiver
livre e, mesmo assim, só tome a decisão considerando a potência do seu veículo e a
velocidade do veículo que vai à frente.
Nas subidas só ultrapasse quando já estiver disponível a terceira faixa, destinada a
veículos lentos. Não existindo esta faixa, siga as mesmas orientações anteriores, mas
considere que a potência exigida do seu veículo vai ser maior que na pista plana.
Para ultrapassar, acione a seta para esquerda, mude de faixa a uma distância segura do
veículo à sua frente e só retorne à faixa normal de tráfego quando puder enxergar o
veículo ultrapassado pelo retrovisor.
Nos declives, as velocidades de todos os veículos são muito maiores. Para ultrapassar,
tome cuidado adicional com a velocidade necessária para a ultrapassagem. Lembre-se
que você não pode exceder a velocidade máxima permitida naquele trecho da via.
Outros veículos podem querer ultrapassá-lo. Não dificulte a ultrapassagem, mantendo a
velocidade do seu veículo ou até mesmo reduzindo-a ligeiramente.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Como ultrapassar e ser ultrapassado

Quando for ultrapassar:


● Somente ultrapasse quando tiver certeza de que pode completar a manobra sem
perigo de colidir com o veículo que vai à frente ou com aquele que vem em sentido
contrário.
● Antes de ultrapassar, certifique-se de que o motorista do veículo que segue à frente
não tenha indicado a intenção de ultrapassar um terceiro.
● Indique sua intenção de ultrapassar utilizando a seta de direção do seu veículo.
● Não ultrapasse pela direita, a não ser em casos de vias de múltiplas faixas no
mesmo sentido ou quando o veículo à frente estiver sinalizando a intenção de virar à
esquerda.
● Em interseções e passagens de nível, não ultrapasse.
● Não ultrapasse em faixas contínuas que delimitam a pista de rolamento destinada a
sua direção. Elas indicam proibição de ultrapassar.
Quando for ultrapassado:
● Mantenha-se na faixa de trânsito em que está, sem acelerar.
● Se necessário, reduza a velocidade para facilitar a ultrapassagem.
● Não mude a direção do seu veículo para a esquerda enquanto o outro veículo
estiver em manobra de ultrapassagem.
Desrespeitar as regras de ultrapassagem é considerado infração gravíssima e pode
resultar em multa e perda de pontos na carteira de motorista. Além disso, em situações
mais perigosas, a ultrapassagem inadequada pode causar acidentes graves e até fatais.

O acidente de difícil identificação de causa


É chamada de colisão misteriosa acidentes com causa desconhecida, envolvendo apenas
um veículo.
O acidente de trânsito de difícil identificação de causa refere-se a um incidente em que as
circunstâncias que levaram ao acidente não são imediatamente claras ou facilmente
discerníveis. Esses acidentes podem ocorrer devido a uma combinação de fatores que não
se limitam apenas ao comportamento do motorista, condições da via ou estado do veículo.
A complexidade desses acidentes pode envolver elementos como condições
meteorológicas extremas, problemas de saúde súbitos do motorista (por exemplo, ataques
cardíacos ou convulsões), falhas mecânicas imprevistas no veículo, interações
inesperadas com pedestres ou animais, entre outras situações.
As identificações da causa em tais casos podem necessitar de investigação intensiva,
muitas vezes exigindo a participação de especialistas em reconstrução de acidentes,
profissionais de saúde e mecânicos. Além disso, pode envolver a análise de evidências no

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com outros veículos

local do acidente, testemunhos, registros de câmeras de segurança ou do veículo, dados


do tacógrafo, registros médicos do motorista, entre outros.
O resultado dessa investigação é fundamental não apenas para determinar a
responsabilidade pelo acidente, mas também para aprimorar as medidas de segurança e
prevenção de acidentes, desenvolvendo estratégias eficazes que considerem essas
situações complexas e imprevisíveis.

Como evitar acidentes com outros veículos


Colisão com o veículo da frente
É aquela em que o condutor bate no veículo que está à sua frente e diz: “não foi possível
parar porque o veículo à frente parou de repente”. O condutor defensivo evitaria facilmente
o acidente, utilizando-se corretamente da distância de segurança, que significa evitar dirigir
muito próximo ao veículo da frente.
Deixar de guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu veículo e os demais,
bem como em relação ao bordo da pista, resulta em multa, sendo considerada infração
grave. É fundamental que o condutor defensivo tenha plena consciência de que
velocidades maiores exigem tempos mais longos de frenagem.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com outros veículos

Veja o quadro abaixo:

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com outros veículos

Colisão com o veículo de trás


Uma das principais causas de colisões na traseira é motivada por motoristas que dirigem
"colados". Nem sempre pode-se escapar dessa situação, principalmente em uma
emergência. Sabemos da existência do dito popular de que "quem bate na traseira é
legalmente culpado", mas o fato de envolver-se em um acidente (estando com a razão ou
não) pode trazer-lhe consequências graves ou até mesmo matá-lo, como no caso de
fratura no pescoço em razão do “efeito chicote”.
A primeira atitude do condutor defensivo é livrar-se do condutor que o segue a curta
distância, reduzindo a velocidade ou deslocando-se para outra faixa de trânsito, levando-o
a ultrapassá-lo com segurança. Algumas recomendações:
● Regule os retrovisores;
● Regule o encosto de cabeça;
● Evite bagagens no interior do veículo;
● Observe pelos retrovisores e evite o ponto cego.

Como evitar esse tipo de colisão:


● Saiba a manobra que vai realizar;
● Sinalize suas intenções;
● Pare suave e gradativamente;
● Facilite a ultrapassagem de quem o segue a curta distância, reduzindo a velocidade
e/ou deslocando-se para faixa de rolamento mais à direita.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com outros veículos

Colisão frontal - nas retas


É a pior das colisões, pois, as velocidades dos veículos se somam. Considerando-se uma
colisão frontal em uma via onde a velocidade regulamentada é 80km/h, os ocupantes dos
veículos podem chegar a sofrer uma força resultante de um impacto a 160km/h. Esse tipo
de colisão pode ocorrer em qualquer tipo de via, sendo mais comum em pistas de duplo
sentido de circulação, principalmente, durante ultrapassagens, em curvas e onde a
visibilidade é ruim. Saiba o que fazer:
● Não fique indeciso quanto ao percurso, entradas ou saídas que irá usar;
● Esquematize antes o seu trajeto para não confundir os outros condutores com
manobras bruscas;
● Pesquise antes o percurso em mapas atualizados e as sinalizações que irá
encontrar, não seja surpreendido com vias em reformas ou em situações precárias;
● Sinalize suas atitudes: informe através da sinalização correta e antecipada o que
você pretende fazer;
● Certifique-se de que todos viram sua sinalização e a entenderam, dessa forma os
outros condutores terão tempo para se planejar.

Colisão frontal - nas curvas


A reunião de vários fatores, tais como: velocidade, tipo de pavimento, raio de curva,
condições dos pneus entre outros, podem levar o veículo a sair de sua mão de direção,
jogando-o para a contramão ou acostamento. Contornar curvas exige prudência e
habilidade do condutor. A possibilidade de ocorrência de um acidente cresce conforme a
velocidade do veículo e do ângulo da curva. Neste caso se o condutor não tomar certas
precauções pode vir a perder o controle do veículo, causando um acidente. Um veículo em

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com outros veículos

movimento está sujeito às atuações das leis da física em seu percurso. Sendo assim,
observe os seguintes cuidados:
● Se você entrar acelerando em uma curva, seu veículo receberá menos peso
(massa) em seu eixo dianteiro, tendendo a descarregar as rodas dianteiras,
podendo sair fora da curva, isso ocorre em razão da ação da chamada força
centrífuga;
● Ao perceber que percorrerá por uma curva, prepare-se com antecedência, conheça
e respeite seus limites, bem como os do veículo e da via.

Colisão nos cruzamentos


As estatísticas demonstram que 1/3 dos acidentes acontecem nos cruzamentos e tem
como principais causas:
● Falta de visibilidade;
● Desconhecimento de preferências;
● Manobras inesperadas de veículos, etc.
As colisões frontais em cruzamentos ocorrem por manobras que ocupam o espaço de
quem vem em sentido contrário. Veja dicas de como evitar a colisão frontal nos
cruzamentos:
● Antever a entrada;
● Manter-se à direita;
● Reduzir a velocidade;
● Sair pela direita se necessário.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com outros veículos

Já o abalroamento é o choque lateral entre veículos ou colisão em "T". A maioria dos


abalroamentos acontecem devido ao desconhecimento das regras de preferências,
circulação, conduta e má visibilidade nos cruzamentos.
O Código de Trânsito Brasileiro determina que ao aproximar-se de qualquer tipo de
cruzamento, o condutor de veículo deve demonstrar prudência especial, transitando em
velocidade moderada, de forma que possa deter seu veículo com segurança para dar
passagem a pedestres e a veículos que tenham direito de preferência.

Colisão nas ultrapassagens


Ultrapassagens mal feitas, aliadas a excesso de velocidade, ocasionam os acidentes mais
graves e normalmente com vítimas fatais. Imprudência e falta de conhecimento/habilidade
agravam ainda mais as consequências.
Para ultrapassar com segurança são necessários alguns cuidados:
● Ultrapasse somente em locais onde seja permitido, em plenas condições de
segurança e visibilidade;
● Ultrapasse somente pela esquerda, salvo se o condutor do veículo à frente
demonstrar intenção de convergir à esquerda;
● Antes de ultrapassar, evite ficar muito próximo do veículo à frente, isso reduz a
visibilidade;
● Sinalize sua intenção;
● Certifique-se de que há espaço suficiente para executar a manobra;
● Verifique a situação do trânsito pelos retrovisores, não esqueça os pontos cegos;
● Se outro condutor já estiver iniciando a ultrapassagem, facilite e aguarde sua vez;
● Se todas as condições forem favoráveis, realize a ultrapassagem;

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com outros veículos

● Para retornar à sua faixa de origem, confira pelo retrovisor da direita;


● Não retorne até ter certeza de que concluiu a manobra e não se esqueça de
sinalizar;
● Jamais ultrapasse em curvas, túneis, viadutos, aclives, lombadas, cruzamentos e
outros pontos que você não veja e seja visto.

Só faça uma ultrapassagem com absoluta certeza de que conseguirá completá-la


sem colocar em risco sua segurança e a dos demais usuários da via. Ao ser
ultrapassado, não tente apostar corrida e facilite a manobra diminuindo sua
velocidade até que o outro carro passe e atinja uma distância segura.

O Brasil apresenta índices elevadíssimos de acidentes de trânsito, dentre os maiores do


mundo. Isto, com certeza, deve-se ao comportamento errado com que os motoristas
conduzem, ao grande movimento de pedestres sob condições inseguras, e à precariedade
da educação e da fiscalização de trânsito.
A sua contribuição poderá fazer com que os altos índices de acidentes sejam reduzidos.
Não deixe de colocar em prática as regras básicas de segurança no trânsito e aconselhe
seus colegas a fazerem o mesmo. Veja algumas dicas simples:
● Dirija com velocidade adequada ao local;
● Ultrapasse com segurança;
● Mantenha distância adequada do veículo da frente;
● Sinalize as intenções;
● Só utilize farol alto se necessário;
● Use o cinto de segurança;

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com outros veículos

● Pare somente em locais permitidos;


● Evite dirigir sozinho longas distâncias.

Ver, pensar e agir com conhecimento, rapidez e responsabilidade, são os princípios


básicos de qualquer método de prevenção de acidentes.
Boa parte das vítimas de acidentes de trânsito ocupavam uma motocicleta. Para minimizar
os danos decorrentes destes acidentes, é imprescindível o uso de todos os itens de
segurança. O de maior destaque, sem dúvida, é o capacete, que quando utilizado
corretamente minimiza os efeitos causados por impactos contra a cabeça do usuário em
um acidente. Quem não usa o capacete, além do risco de trauma em acidentes, comete
uma infração gravíssima, com multa de R$ 293,47 e suspensão do direito de dirigir.

Qual é a distância mais segura entre os veículos?


Peritos de todo mundo, após vários tipos de testes, garantem que a distância garantida
de parar o carro sem atingirmos o da frente é a DISTÂNCIA DOS DOIS SEGUNDOS.
Estando a dois segundos do veículo da frente, a distância aumenta automaticamente com
o aumento da velocidade e o nível de segurança desejado é mantido. Para ter a certeza de
que está a dois segundos do veículo que segue a sua frente, use a seguinte técnica:
● Escolha um ponto fixo à margem da via;
● Quanto ao veículo que vai à sua frente passar pelo ponto fixo, comece a contar;
● Conte dois segundos pausadamente. Uma maneira fácil é contar palavras em
sequência "cinquenta e um, cinquenta e dois";
● A distância entre o seu veículo e o que vai à frente vai ser segura se o seu veículo
passar pelo ponto fixo após a contagem de dois segundos;
● Caso contrário, reduza a velocidade e faça nova contagem. Repita até estabelecer a
distância segura.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com outros veículos

O uso do cinto de segurança


O uso do cinto é obrigatório para todos os passageiros dos veículos em que ele é
obrigatório e a falta do seu uso é infração de natureza grave, punida com multa no valor de
R$ 195,23.
Crianças menores de 10 anos que não tenham atingido 1,45 m (um metro e quarenta e
cinco centímetros) de altura devem ser transportadas nos bancos traseiros, em dispositivo
de retenção adequado para cada idade, peso e altura.
O cinto de segurança existe para limitar a movimentação dos ocupantes de um veículo, em
casos de acidentes ou numa freada brusca. Nestes casos, o cinto impede que as pessoas
se choquem com as partes internas do veículo ou sejam lançados para fora dele,
reduzindo assim a gravidade das possíveis lesões.
Para isso, os cintos de segurança devem estar em boas condições de conservação e todos
os ocupantes devem usá-los, inclusive os passageiros dos bancos traseiros, mesmo as
gestantes e as crianças.
Faça sempre uma inspeção dos cintos:
● Veja se os cintos não têm cortes, para não se romperem numa emergência;
● Confira se não existem dobras que impeçam a perfeita elasticidade;
● Teste o travamento para ver se está funcionando perfeitamente;
● Verifique se os cintos dos bancos traseiros estão disponíveis para utilização dos
ocupantes.
Uso correto do cinto:
● Ajuste firmemente ao corpo, sem deixar folgas;
● A faixa inferior deverá ficar abaixo do abdome, sobretudo para as gestantes;
● A faixa transversal deve vir sobre o ombro, atravessando o peito, sem tocar o
pescoço.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com pedestres e outros
integrantes do trânsito

Como evitar acidentes com pedestres e outros


integrantes do trânsito
Pedestre
O pedestre é o usuário mais importante da via pública e, no entanto, é o mais indefeso,
principalmente crianças, idosos, portadores de deficiência física e necessidades especiais.
Para evitar atropelamentos, a regra para o condutor é ser cuidadoso com o pedestre e dar-
lhe sempre o direito de passagem, principalmente nos locais adequados (faixas, área de
cruzamento, área escolar).
O condutor deve respeitar as normas estabelecidas pelo CTB, que determina:
● Os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos
menores;
● Os motorizados, pelos não motorizados;
● E, todos juntos, respondem pela incolumidade (livre do perigo, são e salvo) dos
pedestres.

Ciclista
O ciclista com o seu veículo não motorizado é frágil e vulnerável. Além de que, tem a
preferência sobre os veículos automotores. Entretanto, para evitar que você se envolva
nesse tipo de acidente, o melhor é ficar atento, checar constantemente os retrovisores,
tendo cuidado com os pontos cegos dos veículos, anunciando sua presença com leves
toques na buzina.
A bicicleta é um veículo de passageiros que tem direito de trânsito como qualquer outro
veículo e por ser silencioso e pequeno, muitas vezes não é percebida.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com pedestres e outros
integrantes do trânsito

O CTB determina que o condutor deve deixar uma distância lateral de 1,50 m ao passar ou
ultrapassar a bicicleta.
Recomendações para evitar esse tipo de acidente:
● Cuidados com ciclistas entre o seu veículo e a guia da calçada;
● Alerte o ciclista ao ultrapassá-lo;
● Cuidado ao abrir portas de veículos.

O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se ao pedestre em direitos e


deveres.

Motociclista
O motociclista conduz um veículo motorizado, estando sujeito a direitos e deveres como
qualquer outro. Muitos condutores desse tipo de veículo costumam ter comportamentos
que põem em risco a segurança do trânsito e dos usuários da via. É importante lembrar
que os acidentes envolvendo motociclistas sempre têm consequências trágicas, devido à
sua fragilidade.
Não importa de quem é o erro, neste tipo de colisão o motociclista fica mais exposto e
sujeito a sofrer lesões. Independente das atitudes dos motociclistas, os condutores dos
demais veículos devem zelar por eles, até porque os veículos de porte maior devem prezar
pela segurança dos menores.
Recomendações para evitar esse tipo de acidente:
● Cuidados com motociclistas entre o seu veículo e a guia;
● Cuidado ao abrir portas de veículos;
● Ajuste adequadamente os retrovisores para evitar o ponto cego.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com pedestres e outros
integrantes do trânsito

O motociclista desmontado, empurrando a motocicleta, NÃO se equipara ao


pedestre em direitos e deveres.

Velocidades mais altas aumentam a chance de morte de pedestres e ciclistas em


acidentes.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com pedestres e outros
integrantes do trânsito

Animais
Ocorre com mais frequência nas zonas rurais, pois os animais muitas vezes invadem a
estrada. Portanto, assim que perceber qualquer animal na pista reduza a marcha até que o
tenha ultrapassado e nunca use a buzina, pois poderá assustá-lo e fazer com que se volte
contra o seu veículo.
● Em áreas rurais, redobre a atenção e transite com os vidros fechados.
Caso perceba algum animal na via:
● Reduza a marcha até que o tenha ultrapassado e evite usar a buzina, pois poderá
assustá-lo e fazer com que se volte contra o seu veículo

A importância de ver e ser visto


A capacidade de ver e ser visto no trânsito é crucial para a segurança de todos os usuários
da via, sejam eles motoristas, ciclistas ou pedestres. Este conceito de visibilidade é
essencial para a prevenção de acidentes e constitui a base para a condução defensiva.
Ver no trânsito não se limita apenas a olhar, mas sim a interpretar corretamente todas as
situações e condições da via. Isso inclui prestar atenção aos outros veículos, sinais de
trânsito, condições da estrada, condições meteorológicas, e ainda antecipar o
comportamento dos demais usuários da via.
Ser visto, por outro lado, é tornar a sua presença na via evidente para os outros. Isso pode
ser alcançado através do uso adequado de luzes e sinais do veículo, usando roupas ou
equipamentos reflexivos se você for um ciclista ou pedestre, e fazendo contato visual com
outros motoristas, quando possível.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
A importância do comportamento seguro na
condução de veículos especializados

A importância de ver e ser visto no trânsito é tal que muitos acidentes podem ser
prevenidos apenas por garantir uma visibilidade adequada. Uma direção segura, portanto,
depende da conscientização e da prática contínua desses dois aspectos fundamentais.

A importância do comportamento seguro na


condução de veículos especializados
A segurança é uma prioridade quando se trata de conduzir qualquer tipo de veículo, e isso
é especialmente para veículos especializados. Estes veículos, que incluem caminhões de
carga de produtos perigosos, cargas indivisíveis, ônibus, vans e veículos de emergência,
possuem características e funções específicas que requerem um nível adicional de
competência e atenção dos motoristas.
O comportamento seguro na condução de veículos especializados é crucial por várias
razões:
● Proteção pessoal e do público: Veículos especializados são muitas vezes maiores
e mais pesados do que os veículos comuns, tornando os potenciais acidentes muito
mais perigosos. Um comportamento seguro pode evitar lesões graves ou até fatais.
● Proteção do investimento: Veículos especializados são frequentemente caros de
comprar e manter. Conduzir de forma segura pode evitar danos ao veículo que
podem ser custosos para reparar.
● Cumprimento da legislação: Há regras e regulamentos específicos que regem a
operação de veículos especializados. Dirigir de maneira segura ajuda a garantir a
conformidade com essas leis, evitando multas ou penalidades.
● Responsabilidade profissional: Motoristas de veículos especializados estão
desempenhando suas funções profissionais. Um comportamento seguro não apenas
reflete positivamente no profissionalismo do condutor, mas também na reputação da
empresa para a qual trabalham.
● Manutenção da infraestrutura: A condução segura de veículos especializados
também ajuda a proteger a infraestrutura viária. Veículos pesados podem causar
danos às estradas se não forem conduzidos de forma adequada e segura.
Para conduzir de forma segura, é essencial que os motoristas recebam treinamento
adequado, entendam e respeitem todas as regras de trânsito, mantenham seus veículos
em boas condições de funcionamento, e estejam sempre atentos ao seu entorno.
Comportamento seguro na condução é, em última análise, uma questão de
responsabilidade - para com o próprio condutor, para com os outros na estrada, e para
com a comunidade em geral.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Comportamento seguro e comportamento de risco –
diferença que pode poupar vidas

Comportamento seguro e comportamento de risco


– diferença que pode poupar vidas

Velocidade
● A velocidade máxima permitida nem sempre é uma velocidade segura;
● A velocidade adequada é aquela compatível com todos os elementos do trânsito,
principalmente com as condições adversas;
● A velocidade inadequada reduz o tempo disponível para uma reação eficiente em
caso de perigo;
● A velocidade deve ser compatível com as condições locais: o tipo de piso, condições
climáticas, quantidade e posição de pedestres, motociclistas, caminhões e elementos
do trânsito;
● Mesmo velocidades baixas podem ser incompatíveis em caso de aglomerações ou
outras situações de risco;
● Mesmo que não existam fatores adversos, nunca exceder a velocidade máxima
permitida;
● Quanto maior e mais pesado o veículo, menor é a capacidade de manobras de
velocidade.

Frenagem
● Frenagens e reduções devem ser graduais e progressivas;
● Frenagens bruscas devem ser usadas apenas em emergências;

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Comportamento seguro e comportamento de risco –
diferença que pode poupar vidas

● Nas frenagens de emergência, instintivamente acionamos o freio até o final,


causando, nos veículos sem o sistema ABS, o bloqueio das rodas e fazendo com que
os pneus “arrastem” (diferente dos veículos com sistema ABS). Esse travamento
deve ser evitado, porque o veículo com as rodas travadas percorre um espaço maior
para parar, não obedece à direção e pode sair pela tangente nas curvas;
● Nos veículos sem o sistema ABS, é preciso treinar frenagens no menor espaço
possível, sem travar as rodas. Esse treinamento deve ser feito em uma rua afastada
que não ofereça perigo.

Manobras
É o movimento executado pelo condutor para alterar a posição em que o veículo está no
momento em relação à via. O condutor deve executar as manobras após garantir que não
há perigo para os demais usuários das vias, cedendo passagem àqueles que têm a
preferência. Antes de iniciar uma manobra, o condutor deve sinalizar com a luz indicadora
de direção do veículo (pisca ou seta) ou, ainda, com o gesto convencional de braço. Vale
lembrar que, deixar de acionar a luz indicadora de direção é uma infração grave (5 pontos
na CNH), passível de multa.

Conversões
Durante a manobra de mudança de direção, o condutor deverá ceder passagem aos
pedestres, ciclistas e veículos que transitam em sentido contrário pela pista da via da qual
vai sair, respeitando a preferência de passagem, do contrário comete uma infração e
estará sujeito a multa, penalidades e medidas cabíveis.
Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via ou em lotes lindeiros (terrenos que
fazem limite com a via), o condutor deverá:
● Ao sair pelo lado direito, aproximar-se o máximo possível do bordo direito;
● Ao sair pelo lado esquerdo, aproximar-se o máximo possível de seu eixo ou linha
divisória da pista;
● No caso de mão única, deslocar-se totalmente à esquerda.

Para acessar lotes lindeiros e garagens, deve-se seguir os mesmos procedimentos


adotados para conversão.
Entrar ou sair de lotes lindeiros sem se posicionar corretamente ou sem zelar pela
segurança dos pedestres e demais veículos, é uma infração média (4 pontos na CNH),
passível de multa.
Nas vias providas de acostamento, a conversão à esquerda e a operação de retorno
deverão ser feitas nos locais sinalizados. O condutor deve aguardar no acostamento, à
direita, para cruzar a pista com segurança.
São infrações graves (5 pontos na CNH) e sujeitas a multa: realizar conversão (à direita ou
esquerda) em locais proibidos; e, não aguardar no acostamento à direita para cruzar a
pista.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Comportamento seguro e comportamento de risco –
diferença que pode poupar vidas

Caso não seja possível executar a conversão no local, o condutor deve seguir adiante até
que as condições da via e do trânsito permitam.
Retornos
Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá ser feita nos locais determinados, quer
por meio de sinalização, quer pela existência de locais apropriados (canteiros), ou ainda,
em outros locais que ofereçam condições de segurança e fluidez; observadas as
características da via, do veículo, das condições meteorológicas e da movimentação de
pedestres e ciclistas. Em vias rurais (rodovias ou estradas), o retorno deve ser realizado
nos locais apropriados. Caso não exista, o condutor deve aguardar no acostamento para
cruzar com segurança.
Executar o retorno em locais proibidos por sinalização, curvas, descidas, subidas, pontes,
viadutos, túneis, cruzamentos, entrando na contramão da via transversal, passado por
cima de calçadas, passeios, canteiros, faixas de pedestres é uma infração gravíssima (7
pontos na CNH) e o condutor estará sujeito a multa.

Passagem e ultrapassagem
Passagem é o movimento de passar à frente de outro veículo que se desloca no mesmo
sentido, em menor velocidade, mas em faixas distintas da via. Ao realizar a mudança de
faixa, o condutor deve observar se no local é permitido realizar a mudança e fazê-la com
segurança, para isso, deve reduzir a velocidade e sinalizar avisando aos outros de sua
intenção, com luzes (pisca ou seta) ou gestos de braço. A mudança deve ser feita
gradativamente quando existirem várias faixas.
Ultrapassagem é o movimento de passar à frente de outro veículo que se desloca no
mesmo sentido, em menor velocidade e na mesma faixa de tráfego, necessitando sair e
retornar à faixa de origem. A ultrapassagem deve ser feita pela esquerda, obedecendo a
sinalização e as demais normas. Antes de efetuar uma ultrapassagem, certifique-se de
que:
● Nenhum condutor que venha atrás tenha começado a ultrapassá-lo;
● Quem o precede na mesma faixa não tenha intenção de ultrapassar;
● A faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa extensão suficiente para que a
manobra não ponha em perigo ou obstrua o trânsito.

Ao efetuar a ultrapassagem o condutor deverá:


● Indicar com antecedência a manobra, acionando a luz indicadora de direção;
● Afastar-se do usuário aos quais ultrapassa;
● Retornar, após a efetivação da manobra, à faixa de origem.

Infrações referente à ultrapassagem


INFRAÇÃO GRAVÍSSIMA (7 pontos na CNH)

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Comportamento seguro e comportamento de risco –
diferença que pode poupar vidas

● Ultrapassar pela direita transporte coletivo ou de escolares parado para embarque


ou desembarque de passageiro;
Também são infrações gravíssimas, sujeitas à multa (5 vezes o valor), aplicada em dobro
na reincidência em 12 meses:
● Ultrapassar outro veículo pelo acostamento ou em interseções e passagens de
nível;
● Ultrapassar na contramão:
- Nas curvas, em subidas e descidas, sem visibilidade;
- Parado em fila junto a qualquer impedimento à livre circulação;
- Em vias com duplo sentido de direção e pista única;
- Nas pontes, nos viadutos e nas travessias de pedestres, exceto quando
houver sinalização permitindo a ultrapassagem.

INFRAÇÃO GRAVE (5 pontos na CNH)


● Ultrapassar veículos parados em fila de semáforo, cancela, bloqueio ou qualquer
outro obstáculo.

INFRAÇÃO MÉDIA (4 pontos na CNH)


● Ultrapassar pela direita, exceto se o veículo da frente der sinal que vai entrar à
esquerda.

INFRAÇÃO LEVE (3 pontos na CNH)


● Ultrapassar o veículo que estiver em cortejo.

Responsabilidades do condutor defensivo


● Conhecer as leis do trânsito e obedecer à sinalização;
● Usar sempre o cinto de segurança;
● Conhecer o veículo que está dirigindo e saber como comandá-lo;
● Manter o veículo sempre em boas condições de funcionamento;
● Prever possibilidades de acidentes e ser capaz de evitá-los;
● Ser capaz de decidir com rapidez e corretamente em situações de perigo;
● Não aceitar desafios e provocações;
● Não dirigir cansado, sob efeito de álcool e/ou drogas;
● Ver e ser visto;
● Não abusar da autoconfiança.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Estado físico e mental do condutor

Estado físico e mental do condutor,


consequências da ingestão e consumo de bebida
alcoólica e substâncias psicoativas

O ato de dirigir é algo extremamente complexo no âmbito cognitivo, segundo especialistas,


a capacidade intelectual do ser humano está classificada em oito inteligências: a da
comunicação, a do raciocínio lógico, a da noção de espaço, a da coordenação motora, a
de se situar no meio ambiente e a da distinção e interpretação de sons. Em geral, para
cada tarefa que realizamos, utilizamos várias dessas inteligências, já o ato de dirigir exige
a utilização de todas as oito.
Neste sentido, a condição física e mental do condutor poderá ser o principal fator de risco
na sua condução segura, tendo em vista que afetam diretamente a capacidade de dirigir.
Alguns fatores que influenciam negativamente o desempenho do condutor são: cansaço,
sono, uso de álcool, drogas ou medicamentos e estados psicológicos alterados como
pressa, distração, agressividade, irritação e espírito competitivo. Veremos a seguir, como
alguns fatores afetarão diretamente o desempenho do motorista, bem como, quais as
medidas adequadas para preveni-los ou minimizá-lo.

Estresse
O estresse é um conjunto de reações do organismo que prejudica o desenvolvimento das
atividades diárias e a própria saúde do indivíduo, provocando alterações indesejáveis no
metabolismo e no comportamento, podendo ter consequências perigosas. Cada pessoa
reage ao estresse de maneira diferente.
Muitos podem ser os fatores estressantes: pressões do trabalho ou da família, dívidas,
compromissos profissionais, ambiente hostil, trabalho excessivo, alterações bruscas na

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Estado físico e mental do condutor

vida, brigas, rompimentos de relacionamentos, falecimento de pessoas próximas,


problemas de saúde, deixar de fumar ou beber, fazer dieta e diversos outros.
Algumas das condições que facilitam ou agravam o estresse: pouca atividade física, comer
demais ou de menos, refeições irregulares, alimentação rica em gorduras e/ou pobre em
fibras, baixo consumo de líquidos, dormir pouco, perder noites e vida desorganizada.
No início, o estresse pode apresentar os seguintes sintomas:
● Insônia, falta de concentração, perda de memória, baixo desempenho profissional;
● Alteração do apetite, alterações do peso;
● Dores de estômago, problemas digestivos, náuseas, azia, gastrite;
● Dores de cabeça, dores nas costas, tensões musculares, sensações de
formigamento;
● Extremidades frias, boca seca, suor excessivo;
● Alterações do humor, diminuição do desejo sexual;
● Emotividade exagerada, irritabilidade;
● Alterações da pressão arterial, mal-estar, tonturas;
● Problemas de pele, alergias.
No trânsito, o estresse afeta o comportamento. Por exemplo, o indivíduo que apresenta
características de irritabilidade, quando estiver estressado certamente irá piorar seu
comportamento, tornando-se agressivo ou hostil e provocando acidentes.
As pressões e tensões extras que o trânsito proporciona podem funcionar como a “gota
d’água”, alterando padrões de comportamento do condutor e fazendo-o criar situações de
risco e insegurança, para si e para os demais usuários.
Para sair e voltar sem stress:
● Ao sair de casa pense em coisas positivas;
● Tenha uma boa alimentação (a fome também acarreta o stress);
● Ouça músicas baixas que te faça sentir bem;
● Saia sempre com minutos de antecedência;
● Antes de se estressar, conte até dez e respire fundo;
● Não brigue nem resmungue (todos estão na mesma situação que você);
● Pense sempre que você vai chegar e que alguém está à sua espera.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Estado físico e mental do condutor

Sono
Esta é uma das condições mais adversas à segurança rodoviária, pois durante a
sonolência a pessoa entra num estado fisiológico caracterizado pela falha de sensações e
de movimentos voluntários, que originam uma série de desordens no organismo muito
perigosas para condução.
A sonolência diminui muito a capacidade de dirigir. Cada um de nós tem sua própria
necessidade de sono e, em geral, dormimos menos do que precisamos. Muitas pessoas
acreditam que podem controlar o sono utilizando artifícios como café, música alta ou vento
no rosto, mas sem perceber elas podem “tirar” um cochilo fatal.
Sinais de sonolência:
● Necessidade de se esforçar para se concentrar e manter os olhos abertos;
● Sensação de peso na cabeça;
● Bocejos constantes;
● Visão sem foco;
● Pensamentos vagos e desconexos;
● Pequenos “desligamentos” com desvios de trajetória do veículo.
Cuidados indispensáveis:
● Nas primeiras horas da manhã redobre os cuidados, pois a maioria dos acidentes,
devido a sonolência, ocorre neste período;
● Só dirigir se estiver realmente descansado e bem-disposto;
● Ficar atento aos períodos em que há baixa no nível de energia, como após refeições
e durante a madrugada;
● Em trajetos longos, planejar paradas e revezamentos, para não chegar ao limite.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Estado físico e mental do condutor

O sono não é proveniente apenas do cansaço, mas está ligado também a muitos
outros distúrbios de saúde. Portanto, se apesar de dormir adequadamente você
continua com sono constante, recomenda-se uma visita ao médico.

Fadiga
A fadiga é uma sensação de cansaço permanente, resultante de certas doenças como
estresse e esgotamento, podendo ser originada por má distribuição entre horas de trabalho
e descanso, por períodos prolongados. Essa condição é muito perigosa para quem passa
muitas horas no trânsito.
Em estado de fadiga a pessoa:
● Cochila em qualquer lugar;
● Apresenta “desligamentos” e tem dificuldade de concentração;
● Apresenta falha de memória constantemente;
● Sente que o corpo parece pesado demais.
Quando tiver esses sintomas, os reflexos do condutor estarão muito mais lentos, neste
caso, deve-se evitar dirigir ou pilotar. Se isso não for possível, deve-se reduzir a velocidade
e redobrar a atenção.
Para amenizar os efeitos da fadiga, é necessário dormir e se alimentar com regularidade,
além de planejar corretamente os períodos de trabalho e descanso. Se os sintomas
persistirem, deve-se procurar ajuda médica.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Estado físico e mental do condutor

Bebidas alcoólicas
Excesso no consumo de álcool ainda é uma das principais causas de acidentes de trânsito.
Dependendo da quantidade ingerida, o álcool causa inicialmente um estímulo no cérebro,
associado a uma sensação de alegria, de confiança e de força, quando na direção de um
veículo ele leva ao excesso de velocidade, às manobras para exibir perícia e à confiança
excessiva em si mesmo, no veículo, na via, etc.
Dependendo da quantidade de bebida ingerida, o cérebro começa a perder a capacidade
de resposta e coordenação, tirando e retardando as reações do condutor ao volante. Nas
fases mais avançadas de embriaguez, o motorista já não percebe o que se passa ao seu
redor, perdendo a noção de distâncias e direções, como também o controle dos seus
movimentos.
Como regra geral jamais dirija após ter ingerido bebidas alcoólicas, pois em cada três
condutores mortos em acidentes, um está sob o efeito do álcool. Saiba ainda que nos
finais de semana dobra o número de vítimas fatais alcoolizadas.
O organismo demora algum tempo para eliminar o álcool ingerido e o tempo necessário
para a eliminação do álcool pode variar de pessoa para pessoa. A Lei em vigor rege que é
proibido o consumo de bebidas alcoólicas quando for dirigir.
Ano após ano, 50% de todas as mortes em acidentes de trânsito são devido à
incapacidade causada pelo álcool.
Não seja passageiro de ninguém que tenha bebido mesmo que só um pouco. Mesmo
doses pequenas podem comprometer a habilidade do condutor, o condutor embriagado
apresenta as pupilas totalmente dilatadas e os olhos em geral estão mais sensíveis à luz,
ficando com as mãos e pernas trêmulas (frias).
Tomar café forte sem açúcar, banho frio ou remédios e chás caseiros na tentativa de
diminuir os efeitos do álcool no organismo, não adianta. Essas ações conseguem apenas
transformar um bêbado com sono em um bêbado acordado.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Estado físico e mental do condutor

Se beber, tomar remédio ou fizer uso de qualquer tipo de droga, não dirija. Procure um
meio alternativo como transporte coletivo, táxi, carona ou espere passar o efeito do produto
ingerido.
Em 2018 entrou em vigor a Lei n° 13.546, que alterou o Código de Trânsito Brasileiro
(CTB) em relação às penalidades referentes aos crimes cometidos na direção de veículos
automotores.
Portanto, a partir daquele momento, o condutor que cometer homicídio culposo ou causar
lesão grave ou gravíssima ao dirigir alcoolizado ou sob efeito de qualquer outra substância
psicoativa terá, como penalidade prevista, a reclusão de cinco a oito anos e de dois a cinco
anos, respectivamente.
As mudanças que entraram em vigor são referentes aos crimes em que ocorre lesão à
vida. Nos outros aspectos, a lei continua igual. Até então, como a detenção prevista era de
até quatro anos, era possível que o condutor pagasse fiança e fosse liberado em casos de
crimes de trânsito em decorrência da ingestão de bebida alcoólica. Entretanto, a partir de
agora, nestes casos, os delegados não poderão mais arbitrar fiança aos motoristas.
Também estão previstas, pela legislação, penalidades mais severas aos motoristas que
causarem lesões graves ou gravíssimas, como reclusão de dois a cinco anos.
Anteriormente, a penalidade prevista em casos em que acontecia lesão corporal culposa
na direção de veículo automotor era de seis meses a dois anos, mais a suspensão ou
proibição de obter a permissão ou habilitação para dirigir.
A autoridade policial está autorizada a conceder fiança para os crimes cuja pena privativa
de liberdade máxima não ultrapasse os quatro anos, como é o caso da situação citada no
parágrafo anterior.

Substâncias psicoativas
Além do álcool, existem outras drogas que o condutor defensivo também deve ficar
distante. Porém, não é isso que se verifica nas vias nacionais. Infelizmente, as drogas
estão presentes em todos os níveis da sociedade e o trânsito não fica fora.
As drogas são divididas basicamente em três classes distintas: depressoras, estimulantes
e perturbadoras.
Todas alteram o funcionamento do sistema nervoso central, retardando, acelerando ou
desgovernado. Dificultam a coordenação motora, mental e emocional. Os sintomas variam
de acordo com vários fatores: grau de pureza da droga, quantidade da substância usada e
indivíduo, dentre outros.
Drogas Depressoras: São as drogas que baixam ou reduzem a atividade mental,
diminuindo a disposição psicológica geral, intelectual e a capacidade de vigilância.
Drogas Estimuladoras: Agem como estimulantes no sistema nervoso central, iniciando-se
os efeitos por euforia, bem-estar, disposição pronta, aumento de atividade e outros.
Provocam também excitação, irritabilidade e insônia. Após a fase estimulante, geralmente
surge uma fase depressiva.
Drogas Perturbadoras: Essas drogas causam alucinações, alterações ilusórias, isto é,
alterações de ordem psicológica do sistema sensorial do ser humano. As pessoas veem
imagens distorcidas criadas pela mente, imagens inexistentes no mundo real, alucinações
auditivas, perseguições e sensação de bichos andando sobre a pele. Dirigir sob o efeito de
substâncias tóxicas ou determinados remédios é muito perigoso para si mesmo e para os
outros.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Resumo do Módulo

Resumo do Módulo
Caro(a) condutor(a), neste módulo de Direção Defensiva, abordamos diversos aspectos
que podem comprometer a segurança no trânsito, e como a condução defensiva pode
ajudar a mitigá-los. Aqui estão os destaques deste conteúdo:
- Reiteramos que a direção defensiva é o método mais eficaz de comportamento no
trânsito, pois permite preservar a vida, a saúde e o meio ambiente, além de prever
situações de risco que podem causar acidentes envolvendo o próprio veículo e os demais
usuários da via.
- Destacamos a importância da atitude do condutor no trânsito e como ela pode evitar
muitos acidentes ou ao menos minimizar suas consequências.
- Lembramos que dirigir é uma tarefa complexa que exige conhecimentos e habilidades
específicas. Por isso, o aprimoramento dessas competências deve ser constante,
envolvendo o acesso à informação e práticas reais.
- Ressaltamos que o fator humano é predominante na ocorrência de acidentes de trânsito.
Portanto, a autoavaliação individual e a detecção de comportamentos que comprometem a
segurança são essenciais para a prevenção.
- Explicamos que, embora muitos acidentes envolvam mais de um veículo, é sempre
possível reduzir as chances de ocorrência através da aplicação dos princípios da direção
defensiva.
- Apresentamos o método básico de prevenção de acidentes e como ele deve ser aplicado
por todos os condutores, principalmente aqueles responsáveis pelo transporte de
passageiros.
- Reforçamos a necessidade de cuidados especiais ao conduzir veículos de grande porte,
como ônibus e caminhões, durante manobras, ultrapassagens e paradas.
- Discutimos sobre a importância da atenção constante aos requisitos de segurança,
aplicando sempre a direção defensiva a favor da segurança.
E, por fim, alertamos sobre os riscos da direção sob efeito de álcool, ressaltando que
qualquer nível de embriaguez compromete a segurança do motorista, dos passageiros e
dos demais usuários da via.
Esperamos que este módulo contribua para uma condução mais segura, consciente e
responsável.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Exercícios de fixação

Exercícios de fixação
1 - Um condutor está dirigindo seu veículo, quando percebe um motorista tentando
ultrapassá-lo. Nesse momento, reduz a velocidade e aproxima seu veículo da borda direita
da pista para facilitar a manobra do outro. Nesse caso, esse condutor agiu com:
a) Cortesia
b) Reciprocidade
c) Mutualidade
d) Coesão

2 - Do ponto de vista da direção defensiva, um condutor responsável pode ser reconhecido


quando:
a) manifesta tal controle sobre o veículo que não precisa dirigir com as duas mãos ao
volante
b) dimensiona os riscos e age com cautela antecipadamente, mesmo que a situação
tenha sido criada por outro usuário da via
c) acha que é seguro ao fazer ultrapassagem de outro veículo sobre pontes em uma
rodovia
d) consegue fazer curva em segurança, mesmo quando acessa a curva em excesso
de velocidade

3 - De acordo com os conceitos básicos da Direção Defensiva, o condutor ao parar em um


acostamento devido às condições climáticas de neblina ou cerração, deverá:
a) manter o pisca-alerta ligado
b) acender os faróis altos
c) abrir os vidros do veículo
d) ligar o limpador de para-brisa

4 - Carlos não tem o hábito de realizar periodicamente a manutenção preventiva em seu


carro, o que é fundamental para minimizar o risco de acidentes de trânsito. Nessa situação,
segundo os conceitos de Direção Defensiva, Carlos age com:
a) Imprudência
b) Estupidez
c) Negligência
d) Imperícia

5 - A fadiga é uma das causas de acidentes. Dentre outros fatores podemos dizer que a
fadiga decorre:
a) da falta de atividade física e mental
b) da excessiva atividade física e mental, da tensão nervosa e privação do sono
c) da tranquilidade dos fins de semana
d) da ausência de coordenação motora

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Exercícios de fixação

GABARITO
1 - Um condutor está dirigindo seu veículo, Comentário: O código de trânsito brasileiro define
quando percebe um motorista tentando o pisca-alerta como uma luz intermitente do
ultrapassá-lo. Nesse momento, reduz a velocidade veículo, utilizada em caráter de advertência,
e aproxima seu veículo da borda direita da pista destinada a indicar aos demais usuários da via
para facilitar a manobra do outro. Nesse caso, que o veículo está imobilizado ou em situação de
esse condutor agiu com: emergência. Como o nome indica, ele serve para
a) Cortesia alertar outros motoristas de quaisquer condições
ou situações incomuns na estrada. O art. 40, V,
b) Reciprocidade alínea "a", do CTB, diz: o condutor utilizará o
c) Mutualidade pisca-alerta em imobilizações ou situações de
d) Coesão emergência.
Comentário: Além de ser uma cortesia, vale 4 - Carlos não tem o hábito de realizar
ressaltar que o art. 30 do CTB, diz: todo condutor, periodicamente a manutenção preventiva em seu
ao perceber que outro que o segue tem o carro, o que é fundamental para minimizar o risco
propósito de ultrapassá-lo, deverá, se estiver de acidentes de trânsito. Nessa situação, segundo
circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se os conceitos de Direção Defensiva, Carlos age
para a faixa da direita, sem acelerar a marcha. com:
Caso, o motorista reduza a marcha, facilitará a a) Imprudência
manobra de ultrapassagem, logo vai gerar mais
b) Estupidez
segurança a todos os usuários.
c) Negligência
2 - Do ponto de vista da direção defensiva, um
condutor responsável pode ser reconhecido d) Imperícia
quando: Comentário: Direção defensiva é a melhor
a) manifesta tal controle sobre o veículo que maneira de dirigir e se comportar no trânsito. É a
não precisa dirigir com as duas mãos ao possibilidade de um condutor reconhecer
volante antecipadamente as situações de perigo, prever
suas consequências e estar preparado para tomar
b) dimensiona os riscos e age com decisões que protejam os ocupantes dos veículos
cautela antecipadamente, mesmo que a e os demais usuários da via. O art. 26, do CTB,
situação tenha sido criada por outro diz: os usuários das vias terrestres devem abster-
usuário da via se de todo ato que possa constituir perigo ou
c) acha que é seguro ao fazer obstáculo para o trânsito, ou ainda causar danos a
ultrapassagem de outro veículo sobre propriedades públicas ou privadas.
pontes em uma rodovia 5 - A fadiga é uma das causas de acidentes.
d) consegue fazer curva em segurança, Dentre outros fatores podemos dizer que a fadiga
mesmo quando acessa a curva em decorre:
excesso de velocidade a) da falta de atividade física e mental
Comentário: É aquele que adota um procedimento b) da excessiva atividade física e mental,
preventivo no trânsito, sempre com cautela e da tensão nervosa e privação do sono
civilidade. O condutor responsável não dirige
apenas; ele está sempre pensando na segurança, c) da tranquilidade dos fins de semana
em prevenir acidentes. Independentemente de d) da ausência de coordenação motora
fatores externos ou condições adversas. Comentário: A fadiga é uma sensação de cansaço
Lembrando que o art. 1, § 2º, do CTB, diz: que o permanente, resultante de certas doenças como
trânsito, em condições seguras, é um direito de estresse e esgotamento, podendo ser originada
todos. por má distribuição entre horas de trabalho e
3 - De acordo com os conceitos básicos da descanso, por períodos prolongados. Essa
Direção Defensiva, o condutor ao parar em um condição é muito perigosa para quem passa
acostamento devido as condições climáticas de muitas horas no trânsito. É importante ressaltar
neblina ou cerração, deverá: que o condutor que dirige nessa condição
responde por uma infração de trânsito do art. 252,
a) manter o pisca-alerta ligado
III, do CTB, que diz: dirigir com incapacidade física
b) acender os faróis altos ou mental temporária que comprometa a
c) abrir os vidros do veículo segurança do trânsito; logo gera uma infração de
natureza média, com o cômputo de 4 pontos, mais
d) ligar o limpador de para-brisa
uma multa no valor de R$130,16.

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NOÇÕES DE
PRIMEIROS
SOCORROS,
RESPEITO AO
MEIO AMBIENTE E
PREVENÇÃO DE
INCÊNDIO

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS, RESPEITO AO
MEIO AMBIENTE E PREVENÇÃO DE INCÊNDIO
Objetivos de Aprendizagem

Objetivos de Aprendizagem
Nesta disciplina de Noções de Primeiros Socorros, Respeito ao Meio Ambiente e
Prevenção de Incêndio, nós temos os seguintes objetivos de aprendizagem:
- Familiarizar-se com as ações iniciais dos primeiros socorros e ser capaz de aplicá-las em
situações reais de acidentes de trânsito, proporcionando cuidados imediatos e eficazes.
- Entender as diferenças entre os vários tipos e a gravidade dos acidentes, a fim de poder
reagir adequadamente conforme a situação exige, minimizando assim os danos e o
sofrimento das vítimas.
- Ser capaz de avaliar de maneira precisa as condições de uma vítima de acidente ou
passageiro que sofre um mal súbito, a fim de fornecer as informações mais precisas para
os socorristas e profissionais de saúde.
- Desenvolver a capacidade de sinalizar corretamente a área de segurança ao redor de um
local de acidente, para prevenir outros acidentes e garantir a segurança dos envolvidos e
dos socorristas.
- Rever e atualizar as informações sobre o acionamento de recursos de emergência, como
bombeiros, polícia, ambulância e concessionárias de vias, para garantir a resposta mais
rápida e eficaz em situações de emergência.
- Reconhecer e entender os impactos negativos na saúde e no meio ambiente causados
pela poluição atmosférica dos veículos, aumentando assim a consciência ambiental.
- Conhecer as regulamentações do CONAMA e as resoluções estaduais e municipais
relacionadas ao trânsito e entender como essas regras influenciam as práticas de
condução.
Associar a emissão de gases poluentes e partículas de fumaça ao meio ambiente com a
adoção de práticas de condução segura e econômica, a manutenção regular do veículo e a
utilização correta dos equipamentos de segurança veicular, reforçando a importância de
uma condução consciente e responsável.

Plano de estudo
A seguir, confira o conteúdo que você estudará neste módulo, com o aprofundamento
necessário ao desempenho da função de motorista profissional.
Primeiros Socorros:
Primeiras providências quanto a acidente de trânsito:
- Sinalização do local de acidente;
- Acionamento de recursos: bombeiros, polícia, ambulância, concessionária da via e
outros;
- Verificação das condições gerais de vítima de acidente de trânsito;
- Cuidados com a vítima de acidente (o que não fazer) em conformidade com a
periculosidade da carga, e/ou produto transportado.

Meio Ambiente:

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS, RESPEITO AO
MEIO AMBIENTE E PREVENÇÃO DE INCÊNDIO
Objetivos de Aprendizagem

- O veículo como agente poluidor do meio ambiente;


- Regulamentação do CONAMA sobre poluição ambiental causada por veículos;
- Emissão de gases;
- Emissão de partículas (fumaça);
- Emissão de ruídos;
- Manutenção preventiva do veículo;
- O indivíduo, o grupo e a sociedade;
- Relacionamento interpessoal;
- O indivíduo como cidadão;
- A responsabilidade civil e criminal do condutor e o CTB;
- Conceitos de poluição: causas e consequências.

Prevenção de Incêndio:
- Conceito de fogo;
- Triângulo de fogo;
- Fontes de ignição;
- Classificação de incêndios;
- Tipos de aparelhos extintores;
- Agentes extintores;
- Escolha, manuseio e aplicação dos agentes extintores.

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Noções de Primeiros Socorros

Noções de Primeiros Socorros

Acidentes de trânsito podem acontecer com todos. Mas poucos sabem como agir na hora
que eles acontecem. Para isso, esse material apresenta informações básicas que você
deve conhecer para atuar com segurança caso ocorra um acidente.

O objetivo dessa disciplina não é ensinar primeiros socorros que necessitem de


treinamento, medidas de socorro como respiração boca-a-boca, massagens
cardíacas, imobilizações, entre outros procedimentos, exigem treinamento
específico. Caso estes conhecimentos sejam de seu interesse, procure um curso
especializado.

Como agir diante de um acidente?


Com frequência os acidentes de trânsito podem provocar outros ainda mais graves do que
o primeiro. Ao prestar socorro, a regra fundamental é não colocar em risco a sua própria
segurança:
● Pare o carro em lugar seguro, nunca junto ao acidente e sim alguns metros à frente
dele;
● Sinalize devidamente o local do acidente com triângulo, folhagens, tochas etc. para
evitar novos acidentes; coloque o triângulo a pelo menos 30 metros antes do local
(se for uma curva, inicie a contagem somente após ela);
● Evite a aglomeração de curiosos, o que pode provocar novos acidentes;
● Tranquilize as vítimas;

Página 138
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Noções de Primeiros Socorros

● Peça a alguém para chamar socorro especializado, informando o local exato do


acidente;
● Após providenciar auxílio médico, no caso de existir vítima, solicite a presença de
autoridades policiais.

O que são Primeiros Socorros?


Segundo a ABRAMET (2005), Primeiros Socorros são as primeiras providências tomadas
no local do acidente. É o atendimento inicial e temporário, até a chegada de um socorro
profissional.

Quais são essas providências?


● Uma rápida avaliação da vítima;
● Aliviar as condições que ameacem a vida ou que possam agravar o quadro da
vítima, com a utilização de técnicas simples;
● Acionar corretamente um serviço de emergência local.
Simples, não é? As técnicas de Primeiros Socorros têm sido divulgadas para toda a
sociedade, em todas as partes do mundo. E agora você terá acesso a uma parte delas.
Elas podem salvar vidas e não há nada no mundo que valha mais que isso.
Além de que, de acordo com o artigo 135 do Código Penal Brasileiro, deixar de prestar
socorro à vítima de acidente, ou pessoas em perigo iminente, podendo fazê-lo, caracteriza
crime.

E como se dá a sequência das ações de socorro?

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Noções de Primeiros Socorros

Cada acidente é diferente de outro e, por isso, só se pode falar na melhor forma de socorro
quando se sabe quais as suas características. Um veículo que está se incendiando, um
local perigoso (uma curva, uma ponte estreita), vítimas presas nas ferragens, a presença
de cargas perigosas, etc, tudo isso interfere na forma do socorro. Estas ações também vão
ser diferentes caso haja outras pessoas iniciando os socorros, ou mesmo se você estiver
ferido.
A sequência das ações a serem realizadas será sempre a mesma:
● Manter a calma;
● Garantir a segurança;
● Pedir socorro;
● Controlar a situação;
● Verificar a situação das vítimas;
● Realizar algumas ações com as vítimas.
O importante é ter sempre em mente a sequência dessas ações. E saber que uma ação
pode ser iniciada sem que outra tenha sido terminada. Como, por exemplo, começar a
garantir a segurança, sinalizando o local, parar para pedir socorro e voltar depois a
completar a segurança do local, controlando ainda toda a situação. Com calma e bom
senso, os primeiros socorros podem evitar que as consequências do acidente sejam
ampliadas (ABRAMET, 2005). Segundo a ABRAMET (2005), para ficar calmo após um
acidente é imprescindível seguir o seguinte roteiro:
● Parar e pensar! Não fazer nada por instinto ou por impulso;
● Respirar profundamente algumas vezes;
● Ver se você sofreu ferimentos, caso seja um dos envolvidos;
● Avaliar a gravidade geral do acidente;
● Confortar os ocupantes do seu veículo;
● Manter a calma. Você precisa dela para controlar a situação e agir.
Para garantir a segurança, as diversas ações num acidente de trânsito podem ser feitas
por mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Enquanto uma pessoa telefona, outra sinaliza
o local e assim por diante.

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Sinalização do local do acidente

Sinalização do local do acidente

Os acidentes acontecem nas ruas e estradas, impedindo ou dificultando a passagem


normal dos outros veículos. Por isso, esteja certo de que situações de perigo vão ocorrer
(novos acidentes ou atropelamentos), se você demorar muito ou não sinalizar o local de
forma adequada. Segundo a ABRAMET (2005), algumas regras são fundamentais para
você fazer a sinalização do acidente:
a) Iniciar a sinalização em um ponto em que os motoristas ainda não possam ver o
acidente: não adianta ver o acidente quando já não há tempo suficiente para parar ou
diminuir a velocidade. No caso de vias de fluxo rápido, com veículos ou obstáculos na
pista, é preciso alertar os motoristas antes que eles percebam o acidente.
b) Demarcar todo o desvio do tráfego até o acidente: não é só a sinalização que deve
se iniciar bem antes do acidente. É necessário que todo o trecho, do início da sinalização
até o acidente, seja demarcado, indicando quando houver desvio de direção.
c). Manter o tráfego fluindo: faça isso por duas razões: se ocorrer uma parada no
tráfego, o congestionamento, ao surgir repentinamente, pode provocar novas colisões.
Além disso, não se esqueça que, com o trânsito parado, as viaturas de socorro vão
demorar mais a chegar.
Para manter o tráfego fluindo, tome as seguintes providências:
● Manter, dentro do possível, as vias livres para o tráfego fluir;
● Colocar pessoas ao longo do trecho sinalizado para cuidarem da fluidez;
● Não permitir que curiosos parem na via destinada ao tráfego.

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Sinalização do local do acidente

d) Sinalizar o local do acidente: ao passar por um acidente, todos ficam curiosos e


querem ver o que ocorreu, diminuindo a marcha ou até parando. Para evitar isso, alguém
deverá ficar sinalizando no local do acidente, para manter o tráfego fluindo e garantir a
segurança.
Existem muitos materiais fabricados especialmente para sinalização, mas na hora do
acidente, provavelmente, você terá apenas o triângulo de segurança à mão, já que ele é
um dos itens obrigatórios de todos os veículos.
● Use o seu triângulo e os dos motoristas que estejam no local.
● À noite ou com neblina, a sinalização deve ser feita com materiais luminosos.
● Lanternas, pisca-alerta e faróis dos veículos devem sempre ser utilizados.
Tudo o que for usado para sinalização deve ser de fácil visualização e não pode
oferecer risco, transformando-se em verdadeiras armadilhas para os passantes e
outros motoristas.

Pessoas sinalizando o local do acidente


O emprego de pessoas sinalizando é bastante eficiente, porém é sempre arriscado. Ao
se colocar pessoas na sinalização, é necessário tomar alguns cuidados:
● Suas roupas devem ser coloridas e contrastar com o terreno;
● As pessoas devem ficar na lateral da pista sempre de frente para o fluxo dos
veículos;
● Devem ficar o tempo todo agitando um pano colorido para alertar os motoristas;
● Prestar muita atenção e estar sempre preparado para o caso de surgir algum
veículo desgovernado.

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Sinalização do local do acidente

As pessoas nunca devem ficar logo depois de uma curva ou em outro local
perigoso. Elas devem ser vistas, de longe, pelos motoristas.
Distância ideal para sinalização
A sinalização deve ser iniciada, para ser visível pelos motoristas de outros veículos,
antes que eles vejam o acidente. Na prática, a recomendação é seguir a tabela abaixo,
onde o número de passos longos corresponde à velocidade máxima permitida no local.

Distância para
Distância para
Velocidade início da
início da
Tipo da via máxima sinalização
sinalização
permitida (chuva, neblina,
(pista seca)
fumaça, à noite)

Vias locais 40 km/h 40 passos longos 80 passos longos

Avenidas 60 km/h 60 passos longos 120 passos longos

Vias de fluxo
80 km/h 80 passos longos 160 passos longos
rápido

Rodovias 100 km/h 100 passos longos 200 passos longos

OBS: Em nevoeiro denso deve-se parar em local seguro e não se deve desembarcar do
veículo sobre a pista (para evitar risco de gerar outro acidente).

Quando você estiver contando os passos e encontrar uma curva, pare a contagem.
Caminhe até o final da curva e então recomece a contar a partir do zero. Faça a
mesma coisa quando o acidente ocorrer no topo de uma elevação, sem visibilidade
para os veículos que estão subindo.

Identificar riscos para garantir mais segurança


O maior objetivo deste manual é dar orientações para que, numa situação de acidente,
você possa tomar providências a fim de:
● Evitar o agravamento do acidente, com novas colisões, atropelamentos ou
incêndios;
● Garantir que as vítimas não terão suas lesões agravadas por uma demora no
socorro ou uma remoção mal feita.

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Sinalização do local do acidente

Segundo a ABRAMET (2005), além das providências como acionar o socorro, sinalizar o
acidente e assumir o controle da situação, se deve também observar os itens
complementares de segurança, tendo em mente as seguintes questões:
● Eu estou seguro?
● Minha família e os passageiros do meu veículo estão seguros?
● As vítimas estão seguras?
● Outras pessoas podem se ferir?
● O acidente pode tomar maiores proporções?
Para isso, é preciso evitar os riscos que surgem em cada acidente, agindo rapidamente.

Identificar riscos para garantir mais segurança


É só acontecer um acidente que podem ocorrer várias situações de risco. De acordo com a
ABRAMET (2005), as principais situações com que devemos nos preocupar são:

Novas Colisões: ao sinalizar adequadamente o local do acidente, seguindo as instruções


anteriormente mencionadas, fica bem reduzida a possibilidade de novas colisões. Porém,
imprevistos acontecem. Por isso, nunca é demais usar simultaneamente mais de um
procedimento, aumentando ainda mais a segurança.

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Sinalização do local do acidente

Atropelamentos: adotar as mesmas providências empregadas para evitar novas colisões.


Mantendo o fluxo de veículos na pista livre. Orientando para que curiosos não parem na
área de fluxo e que pedestres não fiquem caminhando pela via. Isolar o local do acidente e
evitar a presença de curiosos. Fazer isso, sempre solicitando auxílio e distribuindo tarefas
entre as pessoas que querem ajudar, mesmo que estas precisem ser orientadas.

Incêndio: sempre existe o risco de incêndio. E ele aumenta bastante quando ocorre
vazamento de combustível.

Página 145
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Sinalização do local do acidente

Nesses casos é importante adotar os seguintes procedimentos:


● Afastar os curiosos;
● Se for fácil e seguro, desligar o motor do veículo acidentado;
● Orientar para que não fumem no local;
● Pegue o extintor de seu veículo e deixe-o pronto para uso, a uma distância segura
do local de risco.

Números de Emergência

Polícia Militar 190

Polícia Rodoviária Federal 191

SAMU 192

Bombeiros 193

Defesa Civil 199

Central de Atendimento à Mulher 180

Denunciar violações de Direitos Humanos 100

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Acionamento de recursos em caso de acidentes

Acionamento de recursos em caso de acidentes

É necessário observar se alguém já tomou a iniciativa e está à frente das ações, caso já
tenha ocorrido ofereça-se para ajudar. Se ninguém ainda tomou a frente, verifique se entre
as pessoas presentes há algum médico, bombeiro, policial militar ou qualquer profissional
acostumado a lidar com este tipo de emergência.

Se não houver ninguém mais capacitado, assuma o controle e comece as ações.

Solicite um socorro profissional o mais rápido possível, pois quanto mais cedo ele
chegar, melhor para as vítimas do acidente.

Nem todo mundo está preparado para assumir a liderança após um acidente. Este pode
ser o seu caso, mas numa emergência você poderá ter que tomar a frente. Siga as
recomendações adiante, para que todos trabalhem de forma organizada e eficiente,
diminuindo o impacto do acidente (ABRAMET, 2005):
● Mostre decisão e firmeza nas suas ações;
● Peça ajuda aos outros envolvidos no acidente e aos que estiverem próximos;
● Distribua tarefas às pessoas, ou forme equipes para executar as tarefas;
● Não perca tempo discutindo;
● Passe as tarefas mais simples, nos locais mais afastados do acidente, às pessoas
que estejam mais desequilibradas ou contestadoras;
● Trabalhe muito, não fique só dando ordens;
● Motive a todos, elogiando e agradecendo cada ação realizada.

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Acionamento de recursos em caso de acidentes

Atualmente, no Brasil contamos com diversos serviços de atendimento às emergências. As


Unidades de Resgate, pertencentes aos Corpos de Bombeiros, os SAMU’s, os
atendimentos das próprias rodovias ou outros tipos de socorro, recebem chamados por
telefone, fazem uma triagem prévia e enviam equipes treinadas em ambulâncias
equipadas. No próprio local, após uma primeira avaliação, os feridos são atendidos
emergencialmente para que, em seguida, possam ser transferidos aos hospitais.
São serviços gratuitos, que têm, em muitos casos, números de telefone padronizados em
todo o Brasil. Use o seu celular, o de outra pessoa, os telefones dos acostamentos das
rodovias, os telefones públicos ou peça para alguém que esteja passando pelo local que
vá até um telefone ou um posto rodoviário e acione rapidamente o Socorro.

Verificação das condições gerais da vítima


Ao avaliar uma vítima, que pode estar consciente ou inconsciente, é preciso fazer a
verificação dos sinais vitais: a respiração, a pulsação e a temperatura.

Como agir com a vítima inconsciente


Verifique os sinais vitais (respiração, temperatura e pulsação) na mesma posição em que
ela estiver.
Observe a respiração e a pulsação ao mesmo tempo.
Faça da seguinte maneira:
● Apoie dois dedos (indicador e médio) sobre a artéria carótida, localizada ao lado da
traqueia (no pescoço);

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Verificação das condições gerais da vítima

● Conte os batimentos durante 1 (um) minuto, aproximando seu rosto da boca e do


nariz da vítima para perceber sua respiração;
● Observe os movimentos do tórax e do abdômen da vítima.

O pulso também é um dos pontos onde você pode medir a frequência de batimentos
cardíacos.
Veja como fazer:

Página 149
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Verificação das condições gerais da vítima

● Estique o braço da pessoa e coloque dois dedos (indicador e médio) sobre a artéria,
na parte interna do pulso;
● Ao sentir a artéria pulsar, você deve contar o número de pulsações durante um
minuto.
É importante acompanhar o ritmo da respiração da vítima em função do perigo de parada
cardiorrespiratória. A respiração curta e acelerada pode indiciar a ocorrência em breve de
uma convulsão, de um desmaio ou pode alertar para que as vítimas estejam entrando em
estado de choque.
Frequência de batimentos cardíacos para diferentes idades:

Variam entre 130 a 160


Recém-nascidos
batimentos por minuto

Variam entre 115 a 130


Bebê maiores
batimentos por minuto

Variam entre 100 a 115


Crianças
batimentos por minuto

Variam entre 70 a 80
Adultos
batimentos por minuto

Variam entre 60 a 70
Idosos
batimentos por minuto

As vítimas inconscientes têm prioridade de atendimento.

FAÇA O CERTO!
Verificando a sensibilidade corporal: toque ou belisque partes do corpo da vítima,
enquanto pergunta se ela sente onde você está tocando ou beliscando.
Verificando a capacidade de movimentação: peça para a vítima mexer devagar os
dedos das mãos e dos pés. Depois, os braços e as pernas. Pergunte se ela sente alguma
dor no pescoço ou na coluna. Se houver suspeita de fratura, não movimente a vítima.
Verifique com mais detalhes o corpo da vítima, procurando outras lesões como fraturas e

Página 150
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Verificação das condições gerais da vítima

ferimentos. Faça todos esses testes no local e na posição em que a vítima se encontra.
Faça a verificação com muito cuidado e delicadeza, para evitar outras lesões.
Verificando a temperatura: Coloque sua mão no pescoço ou na testa da vítima para
verificar a temperatura. Se a vítima estiver muito quente, coloque compressas úmidas e
frias na testa e nas axilas dela. Assim, você poderá evitar convulsões, principalmente em
crianças, aqueça-as com cobertores, casacos ou mesmo jornais.

Qualquer problema com a mobilidades dos membros, sensação de dormência ou


formigamento pode indicar suspeita de lesão ou fratura da coluna. Movimentar a
vítima pode ser fatal.

Mas, e se existir risco de morte para a vítima, como incêndio ou desabamento?


Somente em casos extremos, onde a vida da vítima corre real perigo, você deve mudá-la
de lugar. Mesmo assim, há vários procedimentos para evitar causar danos maiores à
coluna e à saúde em geral. A primeira regra para transportar uma vítima com suspeita de
lesão na coluna é nunca dobrar o pescoço ou as costas dela. Ela deve ser movimentada
como um bloco único, por mais de uma pessoa.

Página 151
RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Cuidados com a vítima - o que não fazer

Cuidados com a vítima - o que não fazer

A Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (ABRAMET) é uma entidade que orienta


sobre os primeiros socorros em casos de acidentes de trânsito. Se você for o primeiro a
chegar a um acidente de trânsito, há algumas coisas importantes que você NÃO deve
fazer ao tentar ajudar as vítimas:
● Não Mova a Vítima: A menos que haja risco imediato (como incêndio), não mova a
vítima do local do acidente. Movimentos podem agravar lesões na coluna e outros
traumas.
● Não Dê Comida, Bebida ou Medicamentos: Não dê água, comida ou qualquer
medicamento para a vítima. Caso seja necessário algum procedimento cirúrgico, a
vítima deve estar em jejum. Além disso, medicamentos podem mascarar sintomas
ou causar reações adversas.
● Não Remova o Capacete de Motociclistas: Em caso de acidente com
motociclistas, não tente remover o capacete da vítima. Isso pode causar ou agravar
lesões no pescoço e na cabeça.
● Não Realize Manobras ou Procedimentos Médicos sem Treinamento: Apenas
realize procedimentos de primeiros socorros se você tiver treinamento adequado.
Do contrário, você pode acabar causando mais danos.
● Não Deixe a Vítima Sozinha: Mantenha-se presente e procure confortar e acalmar
a vítima até a chegada do socorro médico.

Lembre-se sempre de que a primeira coisa a fazer em caso de acidente é chamar o


serviço de emergência, fornecendo a eles o máximo de informações possíveis sobre a
situação e as condições da(s) vítima(s).

Página 152
RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Cuidados com a vítima - o que não fazer

Não movimentar a vítima!


A movimentação da vítima poderá causar piora de uma lesão na coluna ou em uma fratura
de um braço ou perna. A movimentação da cabeça ou do tronco de uma vítima que sofreu
um acidente com impacto que deforma ou amassa veículos, ou num atropelamento, pode
agravar muito uma lesão de coluna. Num acidente pode haver uma fratura ou
deslocamento de uma vértebra da coluna, por onde passa a medula espinhal. É ela que
transporta todo o comando nervoso do corpo, que sai do cérebro e atinge o tronco, os
braços e as pernas. Movimentando a vítima nessa situação, pode-se deslocar ainda mais a
vértebra lesada e danificar a medula, causando paralisia dos membros ou ainda da
respiração, o que com certeza vai provocar danos muito maiores, talvez irreversíveis.
No caso dos membros fraturados, a movimentação pode causar agravamento das lesões
internas no ponto de fratura, provocando o rompimento de vasos sanguíneos ou lesões
nos nervos, levando a graves complicações. Assim, a movimentação de uma vítima só
deve ser realizada antes da chegada de uma equipe de socorro, se houver perigos
imediatos como incêndio, perigo do veículo cair, ou seja, desde que esteja presente algum
risco incontrolável. Não havendo risco imediato, não movimente as vítimas. Até mesmo no
caso das vítimas que saem andando do acidente, é melhor que não se movimentem e
aguardem o socorro chegar para uma melhor avaliação. Aconselhe-as a aguardar
sentadas no veículo, ou em outro lugar seguro.

Não tirar o capacete de um motociclista!


Retirar o capacete de um motociclista que se acidenta é uma ação de alto risco. A atitude
será de maior risco ainda, se ele estiver inconsciente. A simples retirada do capacete pode
movimentar intensamente a cabeça e agravar lesões existentes no pescoço ou mesmo no
crânio. Por isso deve-se aguardar a equipe de socorro ou pessoas habilitadas para que
eles realizem essa ação.

Não aplicar torniquetes!


O torniquete não deve ser realizado para estancar hemorragias externas. Atualmente este
procedimento é feito só por profissionais treinados e mesmo assim, em caráter de
exceção, quase nunca é aconselhado. Sua utilização se restringe aos casos de
amputação, avulsão e esmagamento.

Não dar nada para a vítima ingerir!


Nada deve ser dado para ingerir a uma vítima de acidente que possa ter lesões internas ou
fraturas e certamente será transportada para um hospital. Nem mesmo água. Se o socorro
já foi chamado, aguarde os profissionais que vão decidir sobre a conveniência ou não. O
motivo é que a ingestão de qualquer substância poderá interferir de forma negativa nos
procedimentos hospitalares. Por exemplo, se a vítima for submetida à cirurgia, o estômago
com água ou alimentos, é fator que aumentará o risco no atendimento hospitalar.
Com exceção, dos casos de pessoas cardíacas que fazem uso de alguns medicamentos
em emergências, geralmente aplicados embaixo da língua. Não impeça o uso dos
medicamentos que são rotina para eles. Recomenda-se sempre aguardar o socorro
especializado, porém, infelizmente, no extenso território brasileiro, existem áreas em que
este tipo de serviço especializado da saúde é escasso ou ineficiente.

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RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
O veículo como agente poluidor do meio ambiente

O veículo como agente poluidor do meio ambiente


Os veículos automotores são significativos agentes poluidores do meio ambiente. A
queima de combustíveis fósseis como gasolina e diesel gera uma série de poluentes
atmosféricos que impactam negativamente a qualidade do ar e contribuem para as
mudanças climáticas. Além disso, a fabricação, manutenção e descarte de veículos
também tem consequências ambientais consideráveis. A seguir, são descritos
detalhadamente alguns dos principais impactos.
• Poluição atmosférica: Os gases emitidos pelo escapamento dos veículos incluem
dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (NOx),
hidrocarbonetos voláteis (HVOCs) e partículas finas. Esses poluentes contribuem
para a formação de smog, prejudicam a qualidade do ar e podem causar uma série
de problemas de saúde, incluindo doenças respiratórias e cardíacas.
• Mudanças climáticas: O CO2 é um dos principais gases de efeito estufa,
contribuindo para o aquecimento global e as mudanças climáticas. A indústria de
transporte é responsável por uma significativa parcela das emissões globais de
CO2.
• Poluição sonora: Os veículos também são uma fonte significativa de poluição
sonora, especialmente em áreas urbanas. O ruído do tráfego pode contribuir para o
estresse, perturbar o sono e prejudicar a qualidade de vida.
• Poluição da água: Os fluidos de veículos, como óleo, anticongelante e fluido de
freio, podem vazar e entrar no solo e na água, causando poluição. Além disso, os
metais pesados dos sistemas de frenagem e dos pneus também podem ser lavados
pelas chuvas e acabar nos cursos d'água.
• Poluição do solo: O descarte inadequado de veículos no final de sua vida útil, bem
como vazamentos de óleo e outros fluidos, podem contaminar o solo.
Para mitigar esses impactos, é essencial implementar uma série de estratégias, incluindo o
desenvolvimento e a promoção de veículos mais eficientes e menos poluentes, a melhoria
dos padrões de emissões, a promoção de formas alternativas de transporte, como ciclismo

Página 154
RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
O veículo como agente poluidor do meio ambiente

e transporte público, e a adoção de práticas de fabricação e descarte mais sustentáveis


para veículos.

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RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Regulamentação do CONAMA sobre poluição
ambiental causada por veículos

Regulamentação do CONAMA sobre poluição


ambiental causada por veículos
O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) é o órgão responsável pela definição
de políticas e critérios para a proteção e melhoria da qualidade ambiental no Brasil. O
CONAMA tem emitido várias resoluções relacionadas à poluição do ar causada por
veículos.
Essas regulamentações são uma parte importante dos esforços para reduzir a poluição do
ar no Brasil e mitigar os impactos ambientais negativos dos veículos a motor. No entanto,
também é importante lembrar que a efetivação dessas medidas depende de uma série de
outros fatores, incluindo a capacidade de fiscalização dos órgãos competentes, a
conscientização do público e a disponibilidade de tecnologias mais limpas e acessíveis.
A Legislação de Trânsito prevê sanções aos condutores e proprietários de veículos que
agridem o meio ambiente, tanto de forma ativa quanto passiva.
Para reduzir a poluição atmosférica causada pelos veículos, o Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA) instituiu o Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos
Automotores (PROCONVE), que engloba a conscientização da população a respeito da
poluição causada pelos veículos, o incentivo ao desenvolvimento da tecnologia no setor
automobilístico para redução de poluentes emitidos, o aprimoramento da qualidade dos
combustíveis líquidos utilizados e a fiscalização e a criação de programas de inspeção e
manutenção para veículos automotores em uso.
O CONAMA estabelece normas referentes a dispositivos destinados ao controle de
emissão de gases poluentes e de ruído, bem como prazos para sua fabricação e
instalação obrigatória nos veículos.
Por sua vez, o CTB estabelece características básicas dos veículos e do seu uso para a
proteção ao meio ambiente, dentre elas:

Página 156
RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Regulamentação do CONAMA sobre poluição
ambiental causada por veículos

● Quais situações em que pode se fazer uso da buzina (Art. 41).


● Emissão de Poluentes: Possibilidade de alteração dos motores para utilização de
CMV– Gás Metano Veicular como combustível, desde que atendam aos mesmos
limites e exigências de emissão de poluentes e ruído previstos pelos órgãos
ambientais competentes e pelo Contran (Art. 98, § 1°).
● Exigência do Dispositivo destinado ao controle de emissão de gases poluentes e de
ruído, como equipamento obrigatório (Art. 105, V).
Além disso, o Código de Trânsito Brasileiro estabelece infrações diretamente relacionadas
à proteção do meio ambiente, entre as quais podemos citar:

Enquadramento Infração Medida


Tipificação
no CTB Penalidade Administrativa

Atirar do veículo ou abandonar na Média


Art. 172 –
via objetos ou substâncias Multa

Deixar de retirar todo e qualquer Média


Art. 226 objeto que tenha sido utilizado –
para sinalização temporária da via Multa

Usar buzina:
I - em situação que não a de
simples toque breve como
advertência ao pedestre ou a
condutores de outros veículos;
II - prolongada e sucessivamente a
qualquer pretexto; Leve
Art. 227 –
III - entre as vinte e duas e as seis Multa
horas;
IV - em locais e horários proibidos
pela sinalização;
V - em desacordo com os padrões
e frequências estabelecidas pelo
Contran.

Usar no veículo equipamento com


som em volume ou frequência que Grave Retenção do veículo
Art. 228
não sejam autorizados pelo Multa para regularização
Contran

Página 157
RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Regulamentação do CONAMA sobre poluição
ambiental causada por veículos

Usar indevidamente no veículo


aparelho de alarme ou que Média
produza sons e ruído que
Art. 229 Remoção do veículo
perturbem o sossego público, em
desacordo com normas fixadas Multa
pelo CONTRAN

Conduzir o veículo com descarga


livre ou silenciador de motor de Grave Retenção do veículo
Art. 230, XI
explosão defeituoso, deficiente ou Multa para regularização
inoperante

Conduzir o veículo em mau estado


de conservação, comprometendo a
segurança, ou reprovado na Grave Retenção do veículo
Art. 230, XVIII
avaliação de inspeção de Multa para regularização
segurança e de emissão de
poluentes e ruído

Transitar com o veículo


derramando, lançando ou
arrastando sobre a via:
a) carga que esteja transportando; Gravíssima Retenção do veículo
Art. 231, II
b) combustível ou lubrificante que Multa para regularização
esteja utilizando;
c) qualquer objeto que possa
acarretar risco de acidente.

Transitar com o veículo produzindo


fumaça, gases ou partículas em Grave Retenção do veículo
Art. 231, III
níveis superiores aos fixados pelo Multa para regularização
CONTRAN

Utilizar a via para depósito de


mercadorias, materiais ou Grave Remoção da
Art. 245 equipamentos, sem autorização do mercadoria ou do
órgão ou entidade de trânsito com Multa material
circunscrição sobre a via

O art. 104 do CTB estabelece que todos os veículos em circulação terão suas
condições de segurança, de controle de emissão de gases poluentes e de ruído
avaliadas mediante inspeção, que será obrigatória, na forma e periodicidade

Página 158
RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Regulamentação do CONAMA sobre poluição
ambiental causada por veículos

estabelecidas pelo CONTRAN para os itens de segurança, e pelo CONAMA para


emissão de gases poluentes e ruídos.

Os veículos reprovados nas inspeções serão retidos para regularização, tanto os


considerados inseguros quanto os considerados poluentes. Tal reprovação compromete os
condutores tanto para a obtenção do Licenciamento Anual de Veículo quanto para a
obtenção de um novo Certificado de Registro do Veículo.

Principais órgãos fiscalizadores e reguladores


● IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis;
● CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente;
● INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia;
● ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Programas
● PROCONVE – Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores,
cuja base técnica foi da CETESB e resultou na Resolução 18/86 do CONAMA.
O PROCONVE estabeleceu os limites máximos de emissão de poluentes por veículos
produzidos no país ou importados a partir de 1998.
Propiciou melhorias tecnológicas como: catalisador, canister, injeção eletrônica, etc.
A CETESB também exigiu da PETROBRÁS a substituição do chumbo, por determinada
porcentagem de álcool na gasolina.

Poluição: conceito, causas e consequências


Poluição é a deterioração das condições ambientais, que pode atingir o ar, a água e o solo.
Em linhas gerais, a palavra poluição designa qualquer modificação desfavorável do meio
natural, cujos efeitos possam alterar o equilíbrio do meio ambiente e provocar uma perda
na qualidade de vida.
No que tange às causas, os agentes que provocam a poluição são chamados poluentes.
Os poluentes podem ser gasosos, líquidos ou sólidos e concentram-se na atmosfera, na
água ou no solo. Entre eles, citam-se os gases tóxicos liberados na atmosfera, os detritos
acumulados nos rios e nas praias, o ruído excessivo produzido nos centros urbanos e até
mesmo os cartazes de publicidade, que modificam o aspecto visual de uma paisagem e
confundem a compreensão do homem.
Os veículos motorizados queimam combustíveis fósseis, liberando poluentes atmosféricos.
Além disso, o ruído do tráfego também é uma forma significativa de poluição sonora.
A principal fonte de poluição atmosférica ainda é o monóxido de carbono produzido pela
frota de veículos, cujo crescimento resultou do desenvolvimento da indústria
automobilística. Para a Abetran (2015), o monóxido de carbono emitido por veículos leves

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RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Regulamentação do CONAMA sobre poluição
ambiental causada por veículos

é responsável por 68,4% do total dessa fonte. Os veículos pesados contribuem com
28,6%, os processos industriais com 2,2%, e a queima de lixo com 2,6%.

As consequências da poluição são graves e multifacetadas, afetando a saúde humana, os


ecossistemas e o clima. Aqui estão algumas delas:
• Saúde humana: A exposição a poluentes pode causar uma série de problemas de
saúde, incluindo doenças respiratórias, cardiovasculares, câncer e até mesmo
problemas neurológicos.
• Ecossistemas: A poluição pode levar à perda de biodiversidade, alterando ou
destruindo habitats e prejudicando ou matando espécies de plantas e animais.
• Mudanças Climáticas: A poluição por gases de efeito estufa é a principal causa do
aquecimento global e das mudanças climáticas, que podem resultar em
consequências graves, como aumento do nível do mar, eventos climáticos extremos
e alterações nos padrões climáticos.
• Poluição da Água e do Solo: A poluição desses recursos pode afetar a vida
selvagem, a agricultura, a disponibilidade de água potável e a segurança alimentar.
Para combater a poluição, é necessário um esforço conjunto de governos, indústrias e
indivíduos, para promover práticas mais sustentáveis e reduzir a emissão de poluentes.

Página 160
RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Emissão de ruídos

Emissão de gases e partículas (fumaça)

A emissão de gases e partículas (fumaça) por veículos motorizados é uma das principais
formas de poluição do ar e contribui significativamente para a má qualidade do ar,
especialmente em áreas urbanas densamente povoadas. Os poluentes emitidos pelos
veículos incluem monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2), óxidos de
nitrogênio (NOx), compostos orgânicos voláteis (COVs) e partículas finas (PM2.5 e PM10).
• Monóxido de Carbono (CO): Este é um gás incolor e inodoro, mas altamente
tóxico, produzido pela combustão incompleta do combustível. Ele pode causar
asfixia em altas concentrações, impedindo o transporte de oxigênio no sangue.
• Dióxido de Carbono (CO2): Principal gás de efeito estufa emitido pelos veículos,
contribui significativamente para o aquecimento global e as mudanças climáticas.
• Óxidos de Nitrogênio (NOx): Esses gases contribuem para a formação de smog e
chuva ácida. Eles também reagem com a luz solar para formar o ozônio de nível do
solo, que é prejudicial à saúde humana e aos ecossistemas.
• Compostos Orgânicos Voláteis (COVs): São gases que contribuem para a
formação de ozônio de nível do solo e smog. Alguns COVs são tóxicos e podem
causar problemas de saúde.
• Partículas Finas (PM2.5 e PM10): São partículas pequenas o suficiente para serem
inaladas e podem causar problemas de saúde, incluindo doenças cardíacas e
respiratórias.
O Artigo 230 do CTB estabelece como infração de trânsito a condução de veículo em mau
estado de conservação, comprometendo a segurança, ou reprovado na avaliação de
inspeção de segurança e de emissão de poluentes e ruído.
No entanto, a legislação mais específica sobre emissão de gases e partículas por veículos
no Brasil é estabelecida pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), através
das Resoluções nº 418/2009 e nº 436/2011, que estabelecem os limites máximos de
emissão de poluentes para veículos automotores.

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RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Emissão de ruídos

Estes limites são regulados e fiscalizados pelo Programa de Controle da Poluição do Ar


por Veículos Automotores (PROCONVE), que foi instituído pelo CONAMA e é administrado
pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). O
PROCONVE estabelece fases (denominadas "fases PROCONVE") que correspondem a
limites progressivamente mais rigorosos para a emissão de poluentes.
Os veículos que não atendem a esses padrões de emissão podem ser multados, ter o
licenciamento negado ou até mesmo ser proibidos de circular. É importante lembrar que a
inspeção veicular, incluindo a medição de emissões, é uma prática recomendada e
obrigatória em determinadas regiões do país.
Os governos ao redor do mundo têm implementado regulamentações para reduzir essas
emissões, incluindo padrões de emissões mais rigorosos para veículos novos, inspeções
regulares de emissões de veículos e incentivos para veículos com baixas emissões, como
carros elétricos e híbridos. Além disso, a adoção de práticas de condução ecológica, como
a manutenção regular do veículo, a condução a velocidades moderadas e a minimização
do uso de ar-condicionado, também pode ajudar a reduzir as emissões de gases e
partículas dos veículos.

Emissão de ruídos

O controle de ruídos emitidos por veículos automotores é um aspecto importante tanto do


ponto de vista ambiental quanto do de saúde pública. Esses ruídos podem causar
desconforto, estresse e até mesmo problemas de saúde nos habitantes de áreas urbanas
densamente povoadas.
No Brasil, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) estabelece as
regulamentações relacionadas ao controle de emissões sonoras de veículos. A Resolução
CONAMA nº 252 de 1999 define limites para a emissão de ruídos produzidos por veículos
automotores, independente do tipo de motor ou sistema de combustível utilizado.

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RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Emissão de ruídos

Além disso, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) também se refere à questão do ruído em
seu artigo 227, que considera infração grave "usar buzina:
I - Em situação que não a de simples toque breve como advertência ao pedestre ou a
condutores de outros veículos;
II - Prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto;
III - Entre as vinte e duas e as seis horas;
IV - Em locais e horários proibidos pela sinalização;
V - Em desacordo com os padrões e frequências estabelecidas pelo CONTRAN".
O CTB também menciona o uso inadequado de equipamento de som no artigo 228, que
estabelece que "usar no veículo equipamento com som em volume ou frequência que não
seja autorizada pelo CONTRAN" é uma infração grave, passível de multa e retenção do
veículo para regularização.
Por fim, é importante ressaltar que as normas sobre emissão de ruídos podem variar de
um município para outro, com regulamentações locais adicionais complementando as
regras federais. Portanto, é sempre importante verificar as leis locais de trânsito e ruído em
sua área.

Página 163
RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Manutenção preventiva do veículo para a
preservação do meio ambiente

Manutenção preventiva do veículo para a


preservação do meio ambiente

A manutenção preventiva é fundamental para a preservação do meio ambiente, pois ajuda


a manter o veículo funcionando de forma eficiente, reduzindo a emissão de poluentes e
melhorando a eficiência do combustível.
● Sistema de escape: A manutenção regular do sistema de escape pode identificar
problemas no catalisador, que é essencial para a redução de gases nocivos. Se
estiver com defeito, a quantidade de gases tóxicos emitidos pode aumentar
significativamente.
● Sistema de combustível: Uma limpeza regular do sistema de combustível pode
melhorar a eficiência do combustível e reduzir as emissões. Isso inclui a verificação
de componentes como o filtro de combustível e os injetores.
● Sistema de ignição: Velas de ignição desgastadas ou cabos de ignição defeituosos
podem resultar em uma mistura ar-combustível inadequada, levando a um maior
consumo de combustível e aumento da emissão de poluentes.
● Filtros de ar: Os filtros de ar sujos ou entupidos podem reduzir a eficiência do
motor e aumentar as emissões. A substituição regular dos filtros de ar pode
melhorar a eficiência do motor e reduzir as emissões de gases poluentes.
● Pneus: Pneus desgastados ou inadequadamente inflados podem aumentar o
consumo de combustível e, consequentemente, as emissões de gases de efeito
estufa. Verifique a pressão dos pneus regularmente e substitua-os quando
necessário.
● Óleo do motor: O óleo do motor sujo ou velho pode fazer o motor funcionar de
maneira menos eficiente, aumentando o consumo de combustível e a emissão de
gases poluentes. O óleo deve ser trocado em intervalos regulares.

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RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Manutenção preventiva do veículo para a
preservação do meio ambiente

Lembrando que, além de reduzir o impacto ambiental, a manutenção preventiva pode


prolongar a vida útil do veículo, melhorar a segurança e o desempenho, e pode
economizar dinheiro a longo prazo ao evitar reparos caros.

O indivíduo, o grupo e a sociedade


Todos os seres vivos têm a tendência de viver em grupos de estruturas definidas,
principalmente quanto à divisão de trabalho. Deste modo, é mais fácil obter alimentos,
defender a prole, sem contar que a possibilidade de sobrevivência é muito maior do que
com a vida isolada.
O homem, apesar de viver em comunidade, mantém um alto grau de individualidade, o que
não acontece com os outros seres vivos. E da atividade mental do homem surge a
originalidade, que também só se aplica ao ser humano, e cuja ausência em outros tipos de
sociedade permite maior rigidez de estrutura e automatismo.
O estudo do meio ambiente no trânsito, se faz necessário, para que haja consciência e
humanização no trânsito, respeitando assim os elementos que o compõem. Desse modo
poderemos diagnosticar os problemas causados pelo comportamento inadequado do
homem, principalmente no meio urbano, apontando assim medidas práticas para a solução
dos problemas. Para que haja uma harmonização no trânsito é necessário conhecer e
cumprir as regras de circulação e conduta.
Você, condutor, como a maioria das pessoas, pertence a algum grupo de indivíduos
atraídos por interesses comuns, como, por exemplo: família, amigos, clube, igreja. Esses
grupos, por sua vez, são integrantes e formadores da sociedade.
Apesar de fazer parte dos grupos, o indivíduo possui características próprias que o
diferenciam dos outros. O motorista precisa conhecer a caracterização da população com
a qual irá trabalhar.

Cada pessoa tem um jeito de falar, de vestir e de viver. E para manter uma boa
convivência com as pessoas é importante conhecer e respeitar as diferenças
individuais, que são divididas em: sociais, físicas, psicológicas, culturais e
religiosas.

Ou seja, cada pessoa tem a sua personalidade, que é o conjunto de características que
tornam o indivíduo único e diferente dos outros. A personalidade possui diferentes
aspectos, tais como a aparência física, a capacidade intelectual, a emotividade, as
qualidades sociais e o sistema de valores.
Alguns fatores podem determinar a personalidade: a herança biológica ou a natureza do
indivíduo, o ambiente e a idade.

Página 165
RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Relacionamento interpessoal

Relacionamento interpessoal
O relacionamento interpessoal é um conceito do âmbito da sociologia e psicologia
que significa uma relação entre duas ou mais pessoas. Esse tipo de relacionamento
é marcado pelo contexto em que o indivíduo está inserido, podendo ser no ambiente
familiar, escolar, de trabalho, de comunidade (CARDO, 2015; MARIUZA e GARCIA,
2010).

É imprescindível que os profissionais do transporte, de sua parte, saibam agir


corretamente frente às diversas situações cotidianas, identificando e mudando as más
atitudes e posturas negativas. A fim de que isso ocorra, é necessário relembrar, resgatar e
colocar em uso os valores descritos em seguida:
● Educação: corresponde ao cultivo de boas maneiras no trato com todas as pessoas;
● Empatia: está relacionada à habilidade de se colocar no lugar do outro;
● Receptividade: diz respeito à facilidade de manter a mente aberta e explicitar boa
vontade no atendimento às pessoas;
● Respeito: constitui a base de qualquer relacionamento entre os colegas, superiores,
subordinados e os clientes;
● Bom senso: está associado à capacidade de entender uma situação e resolvê-la da
melhor forma possível;
● Flexibilidade: corresponde à aptidão de lidar com pontos de vista distintos;
● Paciência: está relacionada a saber não tomar decisões de forma precipitada;
● Persistência: é a perseverança da utilização de todos os valores positivos no
cotidiano;
● Equilíbrio: corresponde a ter as rédeas do próprio comportamento;
● Igualdade: está associada à percepção de que todos merecem ser tratados com
cortesia, sem diferenciação;
● Humildade: constitui a aptidão de reconhecimento dos próprios equívocos;
● Simplicidade: consiste na habilidade de simplificar questões a serem resolvidas,
bem como em se fazer entender por meio de linguagem de fácil compreensão.

Página 166
RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
O indivíduo como cidadão

O indivíduo como cidadão


O indivíduo como cidadão ocupa um papel fundamental na sociedade. Ele tem direitos e
deveres que são garantidos e exigidos, respectivamente, pelo estado e pela comunidade
em que vive. Ser cidadão implica na participação ativa nos assuntos que regem a vida em
sociedade, seja através do voto, do respeito às leis, da contribuição para o bem-estar
comum ou do exercício do direito de expressar suas opiniões e ideias.
Cidadania é, em essência, a prática de respeito aos direitos humanos, à democracia e à
justiça social. Um cidadão consciente busca aprimorar seu conhecimento sobre questões
sociais, políticas e econômicas para poder fazer escolhas informadas e responsáveis.
Também se preocupa com a sustentabilidade e a proteção do meio ambiente, pois entende
que essas questões têm impacto direto em sua qualidade de vida e na sociedade como um
todo.
Além disso, a cidadania envolve o compromisso com a comunidade local. Isso pode incluir
a participação em associações de bairro, conselhos escolares, grupos de voluntariado,
entre outros. Essas atividades fortalecem o senso de pertencimento e coesão social, ao
mesmo tempo em que contribuem para a melhoria das condições de vida da comunidade.
Portanto, ser um cidadão é mais do que ser um habitante de uma nação. É ser participante
ativo na construção de uma sociedade justa, equitativa e democrática. Cada indivíduo, com
sua contribuição singular, é essencial para a criação de um futuro melhor e mais inclusivo.

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PREVENÇÃO DE INCÊNDIO
A responsabilidade civil e criminal do condutor e o
CTB

A responsabilidade civil e criminal do condutor e o


CTB
A responsabilidade civil e criminal do condutor está bem estabelecida no Código de
Trânsito Brasileiro (CTB). Tanto na esfera civil quanto na criminal, o condutor pode ser
responsabilizado pelas consequências de suas ações no trânsito.
No âmbito civil, a responsabilidade do condutor pode ser acionada quando suas ações
causam danos a terceiros. Isso pode incluir danos físicos (lesões) ou materiais (danos ao
veículo ou propriedade). Quando isso ocorre, o condutor pode ser obrigado a pagar uma
indenização à parte prejudicada. Isso está previsto no artigo 932 do Código Civil Brasileiro,
que inclui os condutores de veículos entre os responsáveis por atos praticados pelos quais
devem responder.
Já na esfera criminal, o condutor pode ser responsabilizado por delitos de trânsito que
resultem em lesões corporais ou morte. De acordo com o artigo 302 do CTB, por exemplo,
praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor é crime, e a pena pode variar
de 2 a 4 anos de detenção. Se o condutor estiver sob a influência de álcool ou outra
substância psicoativa, a pena pode ser aumentada.
Além disso, o CTB define uma série de infrações de trânsito que podem resultar em
penalidades como multas, pontos na carteira de motorista e, em casos mais graves,
suspensão ou proibição de se obter a permissão para dirigir.
Em resumo, é crucial que os condutores estejam cientes de suas responsabilidades civis e
criminais. O conhecimento e a aderência às leis de trânsito não são apenas uma questão
de evitar penalidades, mas de garantir a segurança de todos no trânsito.

Página 168
PREVENÇÃO DE INCÊNDIO
Prevenção de incêndio

Prevenção de incêndio
Conceito de Fogo
O fogo é uma reação química conhecida como combustão, que acontece quando um
material combustível entra em contato com o oxigênio presente no ar e é submetido a uma
fonte de calor. O resultado dessa reação é a produção de calor, luz, fumaça e gases,
também chamados de produtos de combustão.
Existem três elementos fundamentais para a ocorrência do fogo, que são conhecidos como
o Triângulo do Fogo. Esses elementos são:
● Combustível: Este é o material que será queimado. Pode ser de natureza muito
variada, abrangendo sólidos (como madeira ou plástico), líquidos (como gasolina ou
álcool) ou gases (como o propano ou o metano).
● Oxigênio (comburente): O oxigênio presente no ar é o mais comum, mas outros
gases ou compostos químicos também podem atuar como comburentes, como o
cloro ou o peróxido de hidrogênio.
● Calor (energia de ativação): Para que a reação de combustão comece, é
necessário que se atinja uma certa temperatura, conhecida como temperatura de
ignição. Isso pode ser fornecido por uma fonte de calor, como uma faísca ou uma
chama.
Se qualquer um desses elementos for retirado, a reação de combustão cessará e o fogo
será extinto. Isso é a base para a maioria dos métodos de combate a incêndios, que
buscam remover um ou mais desses elementos do triângulo do fogo.
Com o avanço dos estudos, um quarto elemento foi adicionado ao conceito, formando o
que se chama de Tetraedro do Fogo. O quarto elemento é a Reação em Cadeia. Sem essa
reação, que mantém o processo de combustão, o fogo se extingue. Portanto, um método

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PREVENÇÃO DE INCÊNDIO
Prevenção de incêndio

adicional de extinguir o fogo é interromper a reação em cadeia, o que é feito por alguns
agentes extintores de incêndio, como o Halon, por exemplo.

Tetraedro
O Tetraedro do Fogo é um modelo que representa os quatro componentes necessários
para que um incêndio ocorra. Os quatro componentes são:
● Combustível: Este é o material que arde em um incêndio. Pode ser qualquer coisa
que seja capaz de queimar, incluindo madeira, papel, tecido, gases, líquidos
inflamáveis e alguns tipos de metais.
● Oxigênio: O oxigênio, presente no ar que respiramos, é necessário para sustentar a
combustão. O oxigênio precisa estar presente em uma concentração de pelo menos
16% para que o fogo possa ocorrer. Normalmente, o ar em nossa atmosfera contém
cerca de 21% de oxigênio.
● Calor: A energia térmica é necessária para aumentar a temperatura do combustível
a um ponto em que os vapores possam ser emitidos para que a ignição possa
ocorrer. Isso é conhecido como a "temperatura de ignição". Diferentes tipos de
combustível têm diferentes temperaturas de ignição.
● Reação em cadeia: A reação em cadeia é um componente crítico do fogo. É o
processo contínuo de geração de calor que sustenta a chama e permite que o
incêndio continue. A reação em cadeia ocorre quando o calor, o combustível e o
oxigênio interagem e causam um incêndio para continuar a queimar até que um ou
mais dos componentes do tetraedro sejam removidos.
Entender o Tetraedro do Fogo é fundamental para prevenir e combater incêndios. Ao
remover qualquer um desses componentes, o fogo pode ser extinto. Por exemplo, a água é
usada para resfriar o fogo (removendo o calor), enquanto as coberturas podem ser usadas
para sufocar um incêndio (removendo o oxigênio). Em muitos extintores de incêndio

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PREVENÇÃO DE INCÊNDIO
Prevenção de incêndio

modernos, os agentes de extinção química são usados para interromper a reação em


cadeia.

Fontes de Ignição
Fontes de ignição são agentes que fornecem a energia inicial necessária para começar um
incêndio. Essas fontes fornecem calor suficiente para elevar a temperatura do combustível
a um ponto em que gases inflamáveis são liberados, o que permite que a chama se
sustente. Aqui estão algumas fontes de ignição comuns:
● Fogo Aberto: Isso pode incluir fósforos, isqueiros, velas e outras fontes de fogo
aberto. Esses itens são fontes de ignição comuns e podem facilmente iniciar um
incêndio se forem deixados desacompanhados ou se entrarem em contato com
materiais combustíveis.
● Faíscas Elétricas: A eletricidade pode causar faíscas que podem acender gases ou
vapores inflamáveis. Isso pode acontecer em situações onde há uma sobrecarga
elétrica, curto-circuito ou o uso inseguro de equipamentos elétricos.
● Aquecimento ou Equipamento de Culinária: Estufas, aquecedores, fritadeiras, e
outros aparelhos de cozinha ou aquecimento podem se tornar fontes de ignição se
não forem usados corretamente ou deixados sem supervisão.
● Fumar: Cigarros acesos ou material de fumo são fontes de ignição comuns,
especialmente quando são descartados de maneira insegura.
● Atrito: O atrito pode gerar calor suficiente para iniciar um incêndio em certas
circunstâncias. Isso pode incluir coisas como freios de veículos ou até mesmo a
fricção de certos materiais.
● Energia Radiante: Fontes de energia radiante, como a luz solar, podem se
concentrar suficientemente para gerar calor e iniciar um incêndio. Uma lente de
aumento ou uma janela de vidro pode concentrar a luz do sol em um único ponto,
causando o suficiente calor para iniciar um incêndio.
● Reações Químicas: Algumas reações químicas liberam calor suficiente para iniciar
um incêndio. Por exemplo, a mistura de certos produtos químicos pode resultar em
uma reação exotérmica que gera calor suficiente para iniciar um incêndio.
Compreender as diferentes fontes de ignição e como elas podem iniciar um incêndio é
fundamental para a prevenção de incêndios. A remoção segura ou o controle de fontes de
ignição é uma estratégia chave na prevenção de incêndios.

Transmissão do Calor
A transmissão de calor, também conhecida como transferência de calor, é o processo de
movimento de energia térmica de uma região de alta temperatura para uma região de
baixa temperatura. Existem três principais modos de transmissão de calor: condução,
convecção e radiação.
● Condução: Este é o processo de transferência de calor entre corpos que estão em
contato direto. Ocorre quando a energia térmica se move de molécula para
molécula. Um exemplo disso é quando uma colher de metal é deixada em uma
panela quente. A parte da colher que está em contato direto com a panela se

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PREVENÇÃO DE INCÊNDIO
Prevenção de incêndio

aquecerá primeiro e, em seguida, o calor será conduzido ao longo do resto da


colher.
● Convecção: Este é o processo de transferência de calor que ocorre em fluidos,
como líquidos e gases, através do movimento de massas de fluido. Este movimento
é geralmente causado por diferenças de densidade que são consequência de
diferenças de temperatura. Um exemplo disso é a água fervendo em uma panela. O
calor da chama do fogão aquece a água na parte inferior da panela. Esta água
quente então sobe para o topo, empurrando a água fria para o fundo onde pode ser
aquecida.
● Radiação: Este é o processo de transferência de calor através do vácuo, sem a
necessidade de um meio físico. A energia é transportada por ondas
eletromagnéticas. Um exemplo disso é o sol aquecendo a terra. A energia é
transportada através do vácuo do espaço em forma de radiação eletromagnética.
Cada um desses modos de transmissão de calor tem um papel importante a desempenhar
nos sistemas naturais e construídos. Compreender como o calor é transmitido pode nos
ajudar a projetar sistemas eficientes de aquecimento e refrigeração, bem como nos auxiliar
a entender fenômenos naturais como o clima e a atividade vulcânica.

Métodos de Extinção de Incêndio


A extinção de incêndios envolve a utilização de uma ou mais estratégias para eliminar pelo
menos um dos quatro elementos do tetraedro do fogo: combustível, oxigênio, calor e
reação em cadeia. Os métodos mais comuns de extinção de incêndios incluem:
● Resfriamento: Esse é o método mais comum, que envolve a redução da
temperatura do combustível ao ponto de não conseguir mais liberar vapores
suficientes para sustentar a combustão. A água é o agente de resfriamento mais
utilizado devido à sua disponibilidade e eficiência.

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PREVENÇÃO DE INCÊNDIO
Prevenção de incêndio

● Abafamento: Este método envolve a diminuição ou a eliminação do oxigênio ou


outros agentes oxidantes ao redor do fogo, o que impede a combustão. Isso pode
ser realizado usando materiais como espumas, gases inertes, pó químico ou
simplesmente cobrindo o fogo com um material não combustível.
● Remoção do Combustível: Se o combustível for removido, a chama se extinguirá
por falta de recursos para continuar queimando. Isso pode ser feito cortando a fonte
de combustível, como fechar um registro de gás, ou removendo materiais
combustíveis das proximidades do fogo.
● Interrupção da reação em cadeia: Algumas substâncias podem ser usadas para
interromper a reação química em cadeia que sustenta a chama. Isso é comum em
extintores de incêndio, que usam produtos químicos como halon ou pó químico seco
para esse propósito.
● Isolamento: Em alguns casos, o incêndio pode ser contido isolando-o. Isto é feito
para prevenir a propagação do fogo para outras áreas.
Cada método é mais adequado para diferentes tipos de incêndios e é essencial escolher o
método correto para garantir a extinção eficaz do incêndio e minimizar os danos e riscos à
segurança.

Classificação de incêndios
Os incêndios são classificados com base no tipo de combustível que está queimando.
Essa classificação é importante porque determina quais métodos de extinção serão mais
eficazes. No geral, a classificação de incêndios é a seguinte:
● Classe A: Esses incêndios envolvem combustíveis sólidos que deixam resíduos,
como madeira, papel, tecido, borracha e alguns tipos de plástico. A água ou
extintores de espuma são geralmente eficazes para apagar esses tipos de
incêndios.
● Classe B: Esses incêndios envolvem líquidos ou sólidos que se tornam líquidos,
como gasolina, óleo, graxa, tinta, cera, e outros. O melhor método para extinguir
esses incêndios geralmente envolve abafar as chamas com espuma, dióxido de
carbono (CO2), pó químico seco ou outro agente extintor que interrompa a reação
em cadeia.
● Classe C: Incêndios envolvendo equipamentos elétricos energizados. Nesses
casos, a eletricidade apresenta um perigo de choque elétrico, por isso, a energia
deve ser desligada antes que se possa usar água ou outros agentes condutores
para extinguir o incêndio. Geralmente, os extintores de CO2 ou pó químico seco são
utilizados.
● Classe D: Esses incêndios envolvem metais combustíveis, como magnésio, titânio,
zircônio, sódio, lítio e potássio. Eles exigem um agente extintor especial, como o pó
metálico seco.
● Classe K (ou classe F em algumas classificações): Esses incêndios envolvem
gorduras e óleos de cozinha. Eles são particularmente perigosos porque podem
atingir temperaturas muito altas, e a água pode causar um incêndio de gordura a se
espalhar. Extintores de CO2, pó químico úmido ou outros agentes desenvolvidos
especificamente para incêndios de cozinha são utilizados.

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PREVENÇÃO DE INCÊNDIO
Prevenção de incêndio

Lembre-se sempre, o mais importante é garantir a segurança de todos presentes e acionar


os bombeiros imediatamente em caso de um incêndio.

Tipos de Extintores, seus Agentes e Manuseio


Os extintores de incêndio são um componente fundamental de qualquer plano de
segurança contra incêndio. Cada tipo de extintor é projetado para combater um ou mais
tipos de incêndio, dependendo do agente extintor que eles contêm. Vamos explorar alguns
dos tipos mais comuns de extintores e os agentes que eles utilizam:
● Extintor de Água: Este é um dos extintores mais comuns e é usado em incêndios
da classe A. A água atua resfriando o material, reduzindo sua temperatura até que o
fogo não possa mais continuar.
● Extintor de Espuma: Estes são usados em incêndios de classe A e B. A espuma
forma uma camada entre o combustível e o oxigênio, eliminando o fogo. Além disso,
a água na espuma ajuda a resfriar o fogo.
● Extintor de Dióxido de Carbono (CO2): Estes extintores são eficazes em
incêndios de classe B e C. O CO2 atua deslocando o oxigênio, sufocando o fogo.
Eles também são úteis para incêndios elétricos, pois não deixam resíduos
prejudiciais e não conduzem eletricidade.
● Extintor de Pó Químico Seco: Este tipo de extintor é usado em incêndios de
classe A, B e C. O pó químico seco funciona interrompendo a reação química do
fogo.
● Extintor de Pó Metálico Seco: Estes são usados especificamente em incêndios de
classe D. O pó metálico atua absorvendo o calor do material, impedindo a reação
em cadeia.
● Extintor de Água com Aditivo (Água + Espuma): Estes são mais eficazes que os
extintores de água puros e podem ser usados em incêndios de classe A e alguns de
classe B.
● Extintor de CO2 com Aditivo: Usados para incêndios de classe B e C. O aditivo
melhora a eficácia do extintor de CO2 em incêndios de classe B.
● Extintor de CO2 + Pó Químico: Este extintor combina os benefícios de ambos os
extintores de CO2 e pó químico, sendo eficaz para incêndios de classe A, B e C.
Quanto ao manuseio de extintores, existem cinco passos principais, lembrados através do
acrônimo P.A.S.S.:
● Puxe (Pull): Puxe a trava de segurança ou pino.
● Aponte (Aim): Aponte a mangueira ou bico para a base do fogo.
● Aperte (Squeeze): Aperte o gatilho para liberar o agente extintor.
● Saque (Sweep): Passe de um lado para o outro na base do fogo até que ele esteja
totalmente apagado.
Por fim, sempre lembre-se de que a segurança pessoal vem em primeiro lugar. Se um
incêndio se tornar muito.

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS, RESPEITO AO
MEIO AMBIENTE E CONVÍVIO SOCIAL
Resumo do Módulo

Resumo do Módulo
Neste módulo, abordamos tópicos importantes relacionados aos primeiros socorros,
respeito ao meio ambiente e convívio social. Aqui estão os pontos principais:
- Primeiros Socorros: Aprendemos que a prestação correta dos primeiros socorros pode
ser crucial em situações de emergência, especialmente em caso de acidentes de trânsito.
Porém, procedimentos inadequados podem agravar a situação, por isso é fundamental
conhecer as técnicas corretas, como avaliar a condição da vítima, saber quando e como
mover uma pessoa em segurança e como lidar com situações específicas, como
envenenamento.
- Sinalização de Acidentes: A sinalização correta de um local de acidente é vital para
prevenir mais danos. Deve-se garantir que a sinalização seja visível e esteja a uma
distância segura do local.
- Controle Emocional: Em situações de emergência, manter a calma pode fazer a diferença
entre uma resposta de socorro bem-sucedida e uma desastrosa. Se não se sentir
preparado, o melhor é aguardar o socorro profissional.
- Respeito ao Meio Ambiente: Discutimos os impactos negativos do tráfego intenso, como
a poluição do ar e do ruído, na saúde humana e no meio ambiente. A manutenção
preventiva dos veículos pode contribuir para a mitigação desses problemas.
- Convívio Social: O trânsito é um espaço democrático onde todos têm o direito de
participar, seja como condutores ou pedestres. O respeito às leis de trânsito e a cortesia
com os outros usuários da via são vitais para garantir a segurança e a fluidez do trânsito.
- Cidadania: Prestar socorro é um ato de cidadania. Todos nós temos a obrigação moral de
ajudar a minimizar o sofrimento de outros indivíduos em caso de acidente.
- Respeito ao Código de Trânsito Brasileiro (CTB): O CTB estabelece as regras para o uso
seguro das vias. Todos os usuários da via, incluindo os condutores de veículos de
emergência, têm a responsabilidade de respeitar essas regras para garantir a segurança
de todos.
Finalmente, reforçamos que um comportamento responsável e profissional no trânsito não
apenas previne acidentes, mas também contribui para a construção de uma imagem
profissional positiva.

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS, RESPEITO AO
MEIO AMBIENTE E CONVÍVIO SOCIAL
Exercícios de fixação

Exercícios de fixação
1 - As primeiras providências a serem tomadas são essenciais, pois podem salvar vidas e
evitar acidentes, a saber:
a) Sinalização do local do acidente
b) Acionamento de recursos: bombeiros, polícias, ambulância, concessionária da via,
etc.
c) Verificação das condições gerais da vítima
d) Todas as alternativas estão corretas

2 - Qual número de telefone acionamos o RESGATE DO CORPO DE BOMBEIRO?


a) 190
b) 191
c) 192
d) 193

3 - O atendimento inicial, feito no local do acidente, tem como finalidade principal:


a) manter a vítima viva independentemente das consequências
b) preparar a vítima para uma cirurgia, caso necessário
c) socorrer a vítima antes da chegada de atendimento médico
d) manter os sinais vitais

4 - Um motorista depara-se com um acidente ocasionado pela colisão de dois ônibus. No


interior dos veículos encontram-se algumas vítimas queixando-se de fome, sede e dores
musculares. Neste caso, a conduta correta do motorista é:
a) oferecer, após rápida avaliação, bebidas quentes e analgésicos
b) não oferecer alimentos ou bebidas, até ordem contrária dos médicos socorristas
c) estimular que todos comam alimentos com sal para evitar queda da pressão arterial
d) oferecer, após rápida avaliação, apenas alimentos doces

5 - Uma das regras principais de Primeiros Socorros é a sinalização do local do acidente.


Numa situação de chuva, em uma via de trânsito rápido, a distância do acidente para
iniciar a sinalização deverá ser de:
a) 80 passos
b) 100 passos
c) 160 passos
d) 200 passos

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS, RESPEITO AO
MEIO AMBIENTE E CONVÍVIO SOCIAL
Exercícios de fixação

GABARITO
1 - As primeiras providências a serem tomadas dos veículos encontram-se algumas vítimas
são essenciais, pois podem salvar vidas e evitar queixando-se de fome, sede e dores musculares.
acidentes, a saber: Neste caso, a conduta correta do motorista é:
e) Sinalização do local do acidente e) oferecer, após rápida avaliação, bebidas
quentes e analgésicos
f) Acionamento de recursos: bombeiros,
polícias, ambulância, concessionária da f) não oferecer alimentos ou bebidas, até
via, etc. ordem contrária dos médicos
socorristas
g) Verificação das condições gerais da vítima
g) estimular que todos comam alimentos
h) Todas as alternativas estão corretas
com sal para evitar queda da pressão
Comentário: Primeiramente, deve-se sinalizar o arterial
local a fim de não gerar outro acidente, verifique
h) oferecer, após rápida avaliação, apenas
as condições da vítima, chame socorro
alimentos doces
especializado e informe as condições da vítima ao
atendente. Comentário: Não dê nada para a vítima de
acidente tomar ou comer, mesmo que com
2 - Qual número de telefone acionamos o intenção de acalmá-la. Pois, a vítima pode ter
RESGATE DO CORPO DE BOMBEIRO? alteração da consciência e apresentar vômitos,
e) 190 engasgando-se e “aspirar” o líquido ou comida
para os pulmões, gerando asfixia. É importante
f) 191 destacar que não se deve dar medicamentos, pois
g) 192 não se sabe qual vai ser a reação no organismo
da pessoa, então nunca dê remédios a vítima.
h) 193
5 - Uma das regras principais de Primeiros
Comentário: CORPO DE BOMBEIROS: 193; Socorros é a sinalização do local do acidente.
SAMU: 192; POLÍCIA MILITAR: 190; POLÍCIA Numa situação de chuva, em uma via de trânsito
RODOVIÁRIA FEDERAL: 191. rápido, a distância do acidente para iniciar a
3 - O atendimento inicial, feito no local do sinalização deverá ser de:
acidente, tem como finalidade principal: e) 80 passos
e) manter a vítima viva independentemente f) 100 passos
das consequências
g) 160 passos
f) preparar a vítima para uma cirurgia, caso
necessário h) 200 passos

g) socorrer a vítima antes da chegada de Comentário: As distâncias para o início da


atendimento médico sinalização são calculadas com base no espaço
necessário para o veículo parar após iniciar a
h) manter os sinais vitais frenagem, mais o tempo de reação do motorista.
Comentário: No atendimento inicial, feito no local Assim, quanto maior a velocidade, maior deverá
do acidente, tem como finalidade manter os sinais ser a distância para iniciar a sinalização. Quando
vitais. Vale ressaltar que os sinais vitais são condições adversas estiverem presentes, deve-se
indicadores indispensáveis das funções dobrar os passos, por exemplo, via de trânsito
desempenhadas pelo nosso corpo. rápido: 160 passos largos; caso esteja em
condições normais: 80 passos largos.
4 - Um motorista depara-se com um acidente
ocasionado pela colisão de dois ônibus. No interior

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MOVIMENTAÇÃO
DE CARGA

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Plano de estudo

Objetivos de Aprendizagem
O motorista profissional que se dedica ao transporte de cargas indivisíveis ou à condução
de veículos especiais deve possuir alguns outros conhecimentos e habilidades necessários
ao exercício seguro da atividade, entre os quais podemos destacar: aptidão para conduzir
veículos de grandes dimensões e em condições especiais de trânsito; conhecimento da
legislação específica e da sinalização especial aplicável ao conjunto transportador e
domínio das técnicas para transitar nas vias públicas sem colocar em risco a coletividade
(pessoas, patrimônio público e privado, rodovias, sinalização, etc).
No estudo da disciplina de Movimentação de Carga, o condutor deve ter as noções de
segurança adequada ao transporte de carga indivisível. Estamos falando de cargas
superdimensionadas, perigosas e muitas vezes com excesso de peso. Isto mesmo aquelas
cargas enormes que não podemos dividir em vários caminhões. Então monta-se um
conjunto transportador para fazer o deslocamento.
Ao fim deste curso o condutor deve estar apto a tomar os seguintes procedimentos, em
caso de emergência:
- Acionar imediatamente os dispositivos de segurança, como o sinal de alerta e o triângulo
de sinalização, para avisar aos demais condutores sobre a emergência.
- Verificar a condição da carga, avaliando se houve deslocamento ou danos que possam
comprometer a estabilidade do veículo.
- Comunicar o ocorrido à central de atendimento da empresa transportadora ou às
autoridades de trânsito locais, informando a localização precisa do veículo e a natureza da
emergência.
- Avaliar as condições de segurança para o deslocamento do veículo, considerando os
riscos de acidentes ou danos à carga e aos demais usuários da via.
- Providenciar a assistência necessária aos envolvidos na emergência, como o
atendimento médico aos feridos e o isolamento da área em caso de vazamento de carga
perigosa.
- Aguardar a chegada das equipes de resgate e dos órgãos de fiscalização de trânsito,
seguindo as orientações e procedimentos estabelecidos pelas autoridades responsáveis.
- Registrar a ocorrência e os danos causados ao veículo e à carga, para eventual cobertura
do seguro ou indenização pelos responsáveis pela emergência.

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Plano de estudo

Plano de estudo
A seguir, confira o conteúdo que você estudará neste módulo, com o aprofundamento
necessário ao desempenho da função de motorista profissional.
Carga indivisível:
- Definição de carga perigosa ou indivisível;
- Efeito ou consequências no tráfego urbano ou rural de carga perigosa ou indivisível;
- Autorização Especial de Trânsito (AET).

Blocos de rochas:
- Conceituação;
- Classes de rochas e dimensões usuais/permitidas dos blocos;
- Regulamentação específica;
- Comportamento preventivo do condutor;
- Procedimentos em casos de emergência.

Máquinas ou equipamentos de grandes dimensões e indivisíveis:


- Conceituação;
- Dimensões usuais/permitidas; comprimento, altura e largura da carga;
- Comportamento preventivo do condutor;
- Procedimentos em casos de emergência.

Toras, tubos e outras cargas:


- Classes e conceituações;
- Dimensões usuais/permitidas; comprimento, altura e largura da carga;
- Comportamento preventivo do condutor;
- Procedimentos em casos de emergência.

Outras cargas cujo transporte seja regulamentado pelo CONTRAN:


- Comportamento preventivo do condutor;
- Procedimentos em casos de emergência.

Riscos múltiplos e resíduos


- Comportamento preventivo do condutor;
- Procedimentos em casos de emergência.
- Legislação específica.

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Carga Indivisível

Carga Indivisível
Definição de carga perigosa ou indivisível
O termo “Carga perigosa” pode representar qualquer carregamento mal estivado ou
acondicionado em um veículo (por exemplo, transporte de toras e madeira bruta) capaz de
provocar um acidente, devido ao risco de queda ou tombamento, porém, sem colocar a
população ou o meio ambiente em condição de risco direto de explosão, incêndio,
intoxicação ou radiação em razão das características da carga.
Assim, as cargas indivisíveis não são produtos perigosos, mas podem ser consideradas
como “cargas perigosas”, se não forem transportadas de forma adequada. Elas não são
inflamáveis, oxidantes, tóxicas, radioativas, corrosivas, etc. No entanto, o seu transporte
exige cuidados especiais por apresentarem peso e dimensões superiores àqueles
definidos pelo Conselho Nacional de Trânsito, através da Resolução Contran N°
882/2021 e, algumas vezes, necessitarem de acompanhamento durante a realização do
transporte (escolta).
Neste contexto, ainda há dúvida entre os profissionais do setor sobre quais são as cargas
consideradas indivisíveis para o transporte. Uma visão superficial do tema poderia nos
levar ao entendimento de que carga indivisível é simplesmente aquela que não se pode
dividir. Deste modo, poderiam ser consideradas cargas indivisíveis, por exemplo, um
automóvel, um contêiner de dimensões habituais, uma pequena máquina agrícola e outras
com essas mesmas características. Entretanto, é necessário que se faça uma análise bem
mais detalhada para chegar-se ao conceito correto.

Para efeito da legislação, carga indivisível é a carga unitária que, quando carregada,
apresenta peso ou dimensões excedentes aos limites regulamentares, ou cujo
transporte requeira o uso de veículos apropriados com lotação, dimensões,
estrutura, suspensão e direção adequadas. (Resolução DNIT N° 11/2022).

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Carga Indivisível

Desta forma, há três aspectos que compõem esse conceito:


a) singularidade da carga: é necessário que a carga a ser transportada seja composta
por apenas uma unidade, não existindo a possibilidade de unir-se duas cargas indivisíveis
com o objetivo de valer-se dos limites estabelecidos pela Resolução DNIT N° 11/2022.
b) excesso de peso e/ou de dimensões: o conjunto transportador (composto pelo veículo
ou combinação de veículos acrescido de sua carga) tem que extrapolar as dimensões
legais previstas na Resolução Contran N° 882/2021, a qual estabelece os limites de peso
e dimensões para veículos que transitem nas vias terrestres nacionais;
c) uso de veículo especial (ou com Autorização Especial de Trânsito): via de regra,
veículos com lotação, dimensões, estrutura, suspensão e direção apropriadas. Entretanto,
podemos ter o transporte de cargas com excesso lateral e sem excesso de peso, as quais
poderão ser transportadas em um veículo normal, mas com exigência de AET.
Em outras palavras, cargas indivisíveis são aquelas cargas unitárias que, quando
colocadas em um veículo de carga com dimensões comuns, apresentam excesso de
largura, altura, comprimento ou peso. Desde que atendam aos aspectos apresentados, já
podemos concluir que são exemplos de cargas indivisíveis, entre outras: equipamentos,
máquinas, peças, pás eólicas, vagões, transformadores, reatores, guindastes, máquinas
de uso industrial, máquinas da construção civil, do segmento agrícola e de terraplanagem,
estruturas metálicas, silos, caminhões basculantes ou veículos de serviço fora de estrada,
dentre outros.

Mas quais dimensões podem ter os veículos de carga comuns?


Altura: até 4,40 metros;
Largura: Até 2,60 metros;
Comprimento:
- Veículos não articulados: até 14 metros; e
- Veículos articulados com até duas unidades: até 18,60 metros.

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Carga Indivisível

Assim, qualquer carga unitária que, quando carregada, ultrapasse esses limites, será
considerada como carga indivisível para o transporte, e deverá atender aos regramentos
específicos para este tipo de movimentação.

Efeito ou consequências no tráfego urbano ou rural de carga


perigosa ou indivisível
Nossas rodovias e vias urbanas foram planejadas e dimensionadas para o trânsito de
veículos com dimensões comuns, como carros, ônibus, caminhões, etc. Entretanto, para a
garantia do desenvolvimento nacional é necessário que cargas indivisíveis transitem pelas
vias públicas de modo a saírem dos parques industriais onde foram produzidas e
chegarem ao local em que serão efetivamente empregadas.
Todavia, essa movimentação causa uma série de efeitos e consequências no tráfego
urbano e rural, vejamos os principais:
• Lentidão no tráfego: os conjuntos transportadores de cargas indivisíveis têm sua
velocidade limitada pela Autorização Especial de Trânsito (AET). Assim,
principalmente nas rodovias de pista simples e nos trechos urbanos, geram
congestionamentos e lentidão.
• Intervenções no trânsito: como os veículos empregados neste tipo de transporte
possuem grandes dimensões e, por vezes, peso muito acima do normal, para a sua
entrada e saída nas rodovias, passagem em rotatórias, transposição de pontes,
seguidamente é necessárias inversões de pista; bloqueios de acessos; tráfego na
contramão; remoção de balizas etc., causando transtornos à coletividade.

Nestes casos, compete aos órgãos executivos de trânsito de cada via autorizar e
executar as operações.

• Corte de serviços básicos: algumas cargas indivisíveis apresentam excesso de


largura ou altura e para a sua passagem em determinados pontos, principalmente,
em vias urbanas, é necessário o corte de serviços básicos, tais como energia
elétrica, TV a cabo ou telefonia.
• Infrações de trânsito: em razão da baixa velocidade que transitam e da
impossibilidade de serem ultrapassados, muitos condutores não envolvidos com o
transporte desrespeitam as normas gerais de circulação e conduta e cometem
infrações de trânsito para se desvencilhar das retenções causadas pelo transporte
de cargas indivisíveis.
• Ocorrência de danos: o trânsito de cargas indivisíveis sem um planejamento
rigoroso pode ocasionar graves danos à estrutura viária, à sinalização ou à própria
carga. Nestes casos, o transportador poderá ser responsabilizado e ter de ressarcir
os danos causados.

Constitui dever do transportador a reposição de quaisquer danos ao patrimônio


público em rodovias federais, em especial referente à sinalização horizontal,
oriundos da execução do transporte, no prazo máximo de 10 (dez) dias, nos termos
da legislação vigente.

Página 183
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Carga Indivisível

• Acidentes: em virtude das consequências anteriores, em razão do transporte de


cargas indivisíveis acontecem acidentes, sejam eles envolvendo diretamente ou o
conjunto transportador ou não.

Deste modo, conhecer esses efeitos e consequências do transporte de cargas indivisíveis


no tráfego urbano e rural faz toda a diferença para o profissional do volante, exigindo que o
condutor esteja bem preparado para o transporte e as empresas adotem todas as medidas
necessárias para a redução dos impactos.

Autorização Especial de Trânsito (AET)


O Código de Trânsito Brasileiro estabelece regras gerais para o trânsito nas vias abertas à
circulação pública. Ao tratar sobre os veículos utilizados no transporte de carga que não se
enquadram nos limites de peso e dimensões determinou que a eles poderá ser concedida,
pela autoridade com circunscrição sobre a via, Autorização Especial de Trânsito, com
prazo certo, válida para cada viagem ou por período, atendidas as medidas de segurança
consideradas necessárias, conforme regulamentação do Contran.
Essa autorização será concedida mediante requerimento, o qual especificará as
características do veículo ou combinação de veículos e da carga, o percurso, a data e o
horário do deslocamento inicial. Entretanto, a concessão da autorização não exime o
transportador da responsabilidade por eventuais danos que o veículo ou a combinação de
veículos causar à via ou a terceiros.
Neste contexto, o Código de Trânsito Brasileiro definiu a quem compete estabelecer os
critérios para a movimentação de cargas indivisíveis ou veículos especiais, vejamos:
“Art. 21. Compete aos órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição:
….
XIV - vistoriar veículos que necessitem de autorização especial para transitar e
estabelecer os requisitos técnicos a serem observados para a circulação desses
veículos ”

Assim, cabe ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), no âmbito


da União; aos Departamentos de Estradas e Rodagem (DER), nos estados; e aos
Departamentos Municipais de Trânsito, nos municípios, definirem o regramento para o
transporte de cargas indivisíveis.

Deste modo, podemos definir a Autorização Especial de Trânsito como:


Documento emitido única e exclusivamente pelos Órgãos ou Entidades Executivos
Rodoviários da União, dos Estados, dos Municípios ou do Distrito Federal (OEER),
ao veículo ou à combinação de veículos e/ou carga que não se enquadrem nos
limites de peso e dimensões, estabelecidos pela Resolução CONTRAN Nº 882, de
2021.

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Autorização Especial de Trânsito (AET)

Nos casos em que é exigida Autorização Especial de Trânsito para circular em via
pública, o seu porte no formato físico é obrigatório, sob pena de o veículo ser
autuado pelo Art. 232, do CTB (Conduzir veículo sem os documentos de porte
obrigatório) e ficar retido até a apresentação do documento.

O DNIT, no exercício da sua competência, publicou a Resolução DNIT N° 11, de 21 de


setembro de 2022, que estabelece normas sobre o uso de rodovias federais por veículos
ou combinações de veículos e equipamentos, destinados ao transporte de cargas
indivisíveis e excedentes em peso ou dimensões, observados os requisitos estabelecidos
pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
Essa Resolução é bem completa e apresenta, entre outros aspectos do transporte de
cargas indivisíveis: os requisitos para o transporte, a forma de solicitação da AET e como
se define a sua validade, a forma de distribuição de peso por eixo, os horários para o
transporte, os casos de transporte com escolta, como deve se dar a operação de
transposição de obras de arte especiais, as regras para o transporte em comboio e os
procedimentos em caso de acidente.
Para que você, futuro condutor de veículos que transportam cargas indivisíveis, tenha mais
familiaridade com o tema, passaremos a conhecer as particularidades existentes nas
Autorizações Especiais de Trânsito. Por uma questão didática, daremos prioridade às
informações constantes nas AETs emitidas pelo DNIT, uma vez que fazem parte da rotina
dos motoristas especializados de todo o Brasil, vejamos aquilo que é mais importante.

Veículos autorizados: A primeira preocupação do condutor ao analisar a Autorização


Especial de Trânsito de um conjunto transportador é verificar se todos os veículos
envolvidos no transporte estão previstos na AET. Em veículos não articulados, é bem
simples, pois apenas é necessário verificar a existência da sua placa na AET. Por outro
lado, em combinações de veículos, todas as placas devem constar na Autorização,
conforme exemplo abaixo, em que estaria autorizado o trânsito com dimensões
excedentes da combinação de veículos de placas XXX0000 e AAA0000.

Há casos em que o conjunto transportador é formado por vários veículos e cada


uma das placas deverá estar especificada na AET, sob pena de o veículo ser autuado
pelo Art. 231, IV, do CTB (Transitar com suas dimensões ou de sua carga superiores
aos limites estabelecidos legalmente ou pela sinalização, sem autorização) e ficar
retido até a regularização.

Especificações técnicas dos veículos: A Autorização Especial de Trânsito apresenta as


informações de tara, peso bruto total (PBT) ou peso bruto total combinado (PBTC) e
Capacidade Máxima de Tração (CMT). Esses dados são disponibilizados pelo fabricante

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Autorização Especial de Trânsito (AET)

ou implementador e variam conforme o(s) veículo(s) descrito(s) na AET. Cabe ao condutor


especializado no transporte de cargas indivisíveis conferir se essas informações estão
corretas na AET.

Trajeto autorizado: Cada órgão de engenharia rodoviária emite Autorizações Especiais de


Trânsito específicas para a sua circunscrição, conforme a tabela abaixo:

ÓRGÃO EMISSOR DA AUTORIZAÇÃO ESPECIAL DE TRÂNSITO

DNIT Rodovias e estradas federais

DER Rodovias e estradas estaduais

Órgãos municipais de trânsito Vias municipais

Assim, antes de iniciar o deslocamento com um conjunto transportador de carga indivisível


ou com um veículo especial, deve ser observado o trajeto autorizado na AET. Se o veículo
for transitar por vias federais, estaduais e municipais, deverá ter uma AET para cada umas
das circunscrições diferentes.

É necessário que a Autorização Especial de Trânsito seja compatível com o local por
onde o conjunto transportador irá circular, sob pena de o veículo ser autuado pelo
Art. 231, IV, do CTB (Transitar com suas dimensões ou de sua carga superiores aos
limites estabelecidos legalmente ou pela sinalização, sem autorização) e ficar retido
até a regularização.

Validade da AET: Conforme previsto no CTB, as Autorizações Especiais de Trânsito têm


um prazo certo de validade. Pela Resolução DNIT N° 11/2022 as AETs poderão ter
validade anual ou de 90 (noventa) dias para uma viagem única.
a) AET anual: Aos conjuntos transportadores, ou veículos especiais, poderá ser fornecida
AET por período, com prazo de validade de até 1 (um) ano, a partir da data de sua
liberação, para transitar do amanhecer ao pôr do sol em todas as rodovias federais,
incluídas aquelas sob regime de concessão e delegação, respeitados os seguintes limites
máximos de:
I - Comprimento total: até 30,00 m, sem excessos dianteiro ou traseiro;
II - Largura total: até 3,20 m, sem excessos laterais;
III - altura total: até 4,40 m;
IV - PBTC: inferior ou igual a 57,0 t; e
V - Distribuição de peso bruto por eixo ou conjunto de eixos, de acordo com o art. 11, da
Resolução DNIT n° 11/2022.

b) AET de viagem única: Para a combinação de veículos ou veículos especiais, a AET


será, inicialmente, fornecida com prazo de 90 (noventa) dias consecutivos e válida para
apenas uma viagem, com percurso definido, quando exceder quaisquer dos limites

Página 186
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Autorização Especial de Trânsito (AET)

definidos para a AET anual, incluído o retorno do veículo vazio ou transportando veículos
identificados na AET ou equipamentos usados na execução do transporte.

A circulação só pode ser realizada durante o prazo de validade da Autorização


Especial de Trânsito, sob pena de o veículo ser autuado pelo Art. 231, VI, do CTB
(Transitar com a Autorização Especial de Trânsito vencida) e ficar retido até a
regularização.

Carga a ser transportada: A Autorização Especial de Trânsito apresentará qual o tipo de


carga ou de veículo especial que está por ela amparado a transitar em via pública. Assim,
podemos ter três situações distintas, vejamos.
a) Trânsito vazio ou carregado somente com carga indivisível: Para os conjuntos
transportadores que possuam uma Autorização Especial de Trânsito Anual.

b) Carga Específica: Para os conjuntos transportadores que não atendam aos requisitos
para a AET anual e possuam uma de viagem certa. A AET especificará a carga que pode
ser transportada.

Será permitido também o transporte de carga composta de mais de uma unidade


indivisível por AET, no mesmo veículo ou combinação de veículos, desde que:
I - Esteja devidamente especificado na AET (por exemplo: dois tanques);

Página 187
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Autorização Especial de Trânsito (AET)

II - As cargas não ocasionem novos excessos de largura, comprimento ou altura


decorrentes da adição de segunda ou mais cargas;
III - As cargas acondicionadas uma ao lado da outra ou atrás da outra deverão respeitar os
limites da carroceria;
IV - As cargas acondicionadas uma sobre a outra, não excedam 4,40 m de altura;
V - As cargas não gerem excesso longitudinal, dianteiro ou traseiro, além da carroceria;
VI - O comprimento do conjunto transportador não ultrapasse 30,00 m;
VII - O peso por eixo ou conjunto de eixos não ultrapasse os limites do Art. 11º, da
Resolução DNIT n° 11/2022;
VIII - O PBTC não ultrapasse o limite de 74,0 t; e
IX - A segurança não seja comprometida.

Vejamos o exemplo da imagem abaixo, na qual são transportadas três estruturas de


concreto com excesso de comprimento:

c) Veículo Especial: para o veículo construído com características específicas, destinado


ao transporte de cargas indivisíveis e excedentes em peso ou dimensões, assim como os
dotados de equipamentos para prestação de serviço especializado, que se configurem
como carga permanente, tais como guindastes, máquinas perfuratrizes, usinas ou
subestações móveis, caminhões munck ou guindautos, dentre outros.

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Autorização Especial de Trânsito (AET)

Dimensões do conjunto transportador: A Autorização Especial de Trânsito apresentará


quais são a largura, a altura e o comprimento autorizados. É importante que o condutor
especializado se atente para efetivamente realizar as medições, pois a largura e o
comprimento devem ser exatamente iguais ao que foi autorizado pelo órgão concedente.
Já a informação da altura, se referir-se à carga, é considerado como um limite e o conjunto
poderá transitar com uma altura menor. Vejamos o exemplo abaixo para melhor
compreensão:

No caso da Autorização Especial de Trânsito acima o conjunto transportador deverá ter


exatamente 23 metros de comprimento, 3 metros de largura e 4,40 metros de altura. Você
deve estar atento a estas medidas e, dessa forma, evitará transtornos com a fiscalização
durante a viagem.

Excessos: A Autorização Especial de Trânsito pode prever a possibilidade de o conjunto


transportador transitar com excessos além da sua carroceria. Vejamos quais são os
excessos que podem existir na AET:
a) excesso lateral direito ou esquerdo: excesso da carga em relação ao lado
correspondente da carroceria.

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Autorização Especial de Trânsito (AET)

b) excesso longitudinal dianteiro: excesso da carga medido a partir do plano vertical do


para-choque ou do dispositivo de engate do cambão dianteiro do veículo trator.

c) excesso longitudinal traseiro ou excesso além da carroceria: excesso da carga


medido a partir do plano vertical transversal que contém o limite traseiro posterior da
carroceria ou do dispositivo de engate do cambão.

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Autorização Especial de Trânsito (AET)

As informações de excesso lateral, dianteiro ou traseiro são limites, ou seja, o conjunto


transportador pode ter autorização para transitar com excesso lateral de 40 centímetros em
cada lado e transitar com menos.

Peso da carga: A AET traz a informação do peso da carga autorizada a ser transportada.
Como é um limite, o transportador poderá transitar com uma carga mais leve.

No transporte de cargas indivisíveis é obrigatório que a carga esteja acompanhada


do documento fiscal.

Limites de peso autorizados: Para os veículos especiais ou que transportam cargas


indivisíveis a legislação permite o trânsito com peso por eixo superior ao disposto na
Resolução Contran n° 882/2022, desde que eles tenham limite técnico para usufruírem
dessa benesse. O limite de peso varia de acordo com a distância entre os eixos e a
quantidade de pneus por eixo e, no caso dos veículos que transitam nas rodovias federais,
segue a tabela abaixo:

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Autorização Especial de Trânsito (AET)

LIMITE DE PESO POR EIXO

PNEUS POR EIXO


CONJUNTO DE
DISTÂNCIA ENTRE EIXOS
EIXOS
2 4 8

Isolados Maior que 2,40m 7,5t 12t 16t

Maior ou igual a 1,35m e


- 22t 24t
menor que 1,50m
Tandem duplo
Maior ou igual a 1,50m e
- 24t 24t
menor que 2,40m

Maior ou igual a 1,35m e


- 28,5t 34,5tt
menor que 1,50m
Tandem triplo
Maior ou igual a 1,50m e
- 30t 36t
menor que 2,40m

Maior ou igual a 1,35m e 9,3t por 11,3t por


-
Quatro ou mais menor que 1,50m eixo eixo
eixos em
tandem Maior ou igual a 1,50m e 10t por 12t por
-
menor que 2,40m eixo eixo

Eixos em tandem: dois ou mais eixos que constituam um conjunto integral de


suspensão, dotados de sistema de equalização de peso entre eles, podendo
qualquer deles ser ou não motriz.

Ainda há veículos em que a distância entre eixos é menor do que 1,35m. Nestes casos,
para veículos fabricados até 31/01/2016 o limite por eixo será de 9,3 t por eixo. Para os
fabricados a partir desta data o limite será de 8,5 t por eixo.

Velocidade: De acordo com o peso ou as dimensões do conjunto transportador, a


Autorização Especial de Trânsito pode estabelecer velocidades menores que as previstas
no Código de Trânsito Brasileiro. Nas rodovias federais este dimensionamento é de acordo
com a tabela abaixo:

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Autorização Especial de Trânsito (AET)

VELOCIDADE MÁXIMA PERMITIDA

CARACTERÍSTICAS DAS RODOVIAS


CARACTERÍSTICAS DO VEÍCULO PISTA SIMPLES PISTA DUPLA

LARGURA

até 3,20m 60 km/h 60 km/h

de 3,21 até 3,80m 50 km/h 60 km/h

de 3,81 até 5,00m 50 km/h 60 km/h

de 5,01 até 5,50m 40 km/h 50 km/h

acima de 5,50m 40 km/h 40 km/h

COMPRIMENTO

até 30m 60 km/h 60 km/h

de 30,01 até 35m 50 km/h 60 km/h

de 35,01 até 55m 50 km/h 50 km/h

de 55,01 até 75m 40 km/h 40 km/h

acima de 75,00m 40 km/h 40 km/h

ALTURA

até 5,00m 60 km/h 60 km/h

de 5,01 até 5,50m 40 km/h 50 km/h

acima até 5,50m 30 km/h 40 km/h

EXCESSO DIANTEIRO

até 1,00m 60 km/h 60 km/h

acima até 1,00m 50 km/h 60 km/h

EXCESSO TRASEIRO

até 1,00m 60 km/h 60 km/h

acima até 1,00m 50 km/h 60 km/h

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Autorização Especial de Trânsito (AET)

PESO

até 74t 70 km/h 70 km/h

acima de 74t até 100t 60 km/h 60 km/h

acima de 100t até 350t 40 km/h 40 km/h

acima de 350t 30 km/h 40 km/h

O condutor do conjunto transportador deverá estar atento à velocidade máxima permitida


na AET e respeitá-la durante todo o trajeto. No transporte de cargas superdimensionadas
acompanhadas por escolta policial, poderá ser definida a velocidade das combinações
veiculares e veículos especiais superior aos apresentados na tabela anterior, em vista da
fluidez do trânsito, respeitados os requisitos de segurança viária, desde que haja
concordância expressa do transportador, não o eximindo das responsabilidades em caso
de acidente.

Necessidade de escolta: Escolta é o acompanhamento e custódia, realizado pela pelos


órgãos policiais com essa atribuição ou por empresa de escolta credenciada para este fim,
de determinado conjunto veicular ou comboio de veículos. Para as cargas com peso ou
dimensões maiores a Autorização Especial de Trânsito estabelece a quantidade de
veículos de escolta credenciada e/ou de órgão policial que é necessária. Nas rodovias
federais este dimensionamento é de acordo com a tabela abaixo:

NECESSIDADE DE ESCOLTA

CARACTERÍSTICAS DAS RODOVIAS

PISTA SIMPLES PISTA DUPLA

CARACTERÍSTICAS DO Número de veículos Número de veículos


VEÍCULO
de escolta de escolta

Credenciada PRF Credenciada PRF

LARGURA

até 3,20m - - - -

de 3,21 até 3,80m 1 - 1 -

de 3,81 até 5,00m 2 - 1

de 5,01 até 5,50m 1 1 2

acima de 5,50m 2 1 1 1

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Autorização Especial de Trânsito (AET)

COMPRIMENTO

até 30m - - - -

de 30,01 até 35m 1 - 1 -

de 35,01 até 55m 2 - 1 -

de 55,01 até 75m 2 1 2 -

acima de 75,00m 2 1 2 1

ALTURA

até 5,00m - - - -

de 5,01 até 5,50m 1 - 1 -

acima até 5,50m 2 - 1 -

EXCESSO DIANTEIRO

até 1,00m - - - -

acima até 1,00m 1 - 1 -

EXCESSO TRASEIRO

até 1,00m - - - -

acima até 1,00m 1 - 1 -

PESO

até 74t - - - -

acima de 74t até 100t - - - -

acima de 100t até 350t 1 - 1 -

acima de 350t 2 1 2 1

O transporte de cargas indivisíveis do segmento eólico em rodovias federais tem regras


específicas e será autorizado:
I - Com comprimento máximo de 55,00 m, em combinação veicular formada por carreta
extensiva, com a utilização de duas escoltas credenciadas;
II - Com comprimento superior a 55,00 m até 70,00 m, em combinação veicular cujo eixos
do reboque ou semirreboque sejam direcionais e hidráulicos, com a utilização de duas
escoltas credenciadas; e

Página 195
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Autorização Especial de Trânsito (AET)

III - com comprimento superior a 70,00m até 80,00m, em combinação veicular cujo eixos
do reboque ou semirreboque sejam direcionais e hidráulicos, com a utilização de três
escoltas credenciadas; e
IV - Com comprimento superior a 80,00m, em combinação veicular cujos eixos do reboque
ou semirreboque sejam direcionais em sua totalidade, com a utilização de duas escoltas
credenciadas e uma escolta da própria PRF.
Excepcionalmente, em combinações veiculares com comprimento total de até 95,00 m, o
transporte poderá ser autorizado com a utilização de apenas três escoltas credenciadas,
desde que:
I - Apresentado o Estudo de Viabilidade Geométrica para a rota, elencando os pontos e
trechos nos quais se faz necessária a intervenção da PRF para garantir as condições de
segurança viária;
II - O transporte ocorra em semirreboques com os eixos autodirecionais hidráulicos;
III - na execução da primeira operação de transporte em cada rota, obrigatoriamente,
deverá haver a presença da PRF na realização da escolta, de forma a avaliar o grau de
risco e necessidade de interferência na segurança viária ao longo da rota estabelecida, de
forma a manifestar-se pela viabilidade de substituição da escolta PRF pela escolta
credenciada; e
IV - Seja disponibilizado à PRF o Plano de contingência.
Ressaltamos ainda que, quando o trânsito de veículos especiais ou de conjuntos
transportadores de cargas indivisíveis necessitar de escolta, deve-se atentar à legislação
da autoridade com circunscrição sobre a via no que diz respeito à empresa de escolta. Nas
rodovias federais essas empresas deverão atender ao Regulamento dos Serviços de
Escolta de Cargas Indivisíveis e Superdimensionadas da PRF, estando devidamente
credenciadas junto àquele órgão policial e dispondo de veículo caracterizados e
vistoriados, como o da imagem abaixo.

Página 196
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Autorização Especial de Trânsito (AET)

A relação das empresas credenciadas pela PRF para a execução do serviço de


escolta de cargas indivisíveis nas rodovias federais está disponível no link
EMPRESAS CREDENCIADAS PRF.
https://docs.google.com/spreadsheets/d/1WsEKSSPf1QX6x5AQPTDx1knW5t2Gyx3h
Zfgx_ivBr_g/pubhtml

Para facilitar a integração entre os motoristas, sempre que a movimentação for realizada
em conjunto com a empresa de escolta, deve-se possuir dispositivos que permitam a
comunicação imediata e simultânea entre os envolvidos na execução do transporte.

O transportador deve fornecer previamente cópia da AET à empresa contratada para


a escolta, para ciência da execução do transporte autorizado.

Horário de trânsito: O horário normal de trânsito será do amanhecer ao pôr do sol,


inclusive sábados, domingos e feriados, atendidas as condições favoráveis de visibilidade.

O horário do amanhecer e do pôr do sol varia de acordo com o local onde se está.
Assim, é fundamental que os motoristas dos conjuntos transportadores que tenham
limitação de horário busquem essa informação nos sites oficiais, dentre eles o do
INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que está disponível no link Nascer
e pôr do sol.
https://tempo.cptec.inpe.br/

O trânsito dos veículos especiais ou combinação de veículos em trechos de rodovia


contínua ao perímetro urbano das cidades poderá se estender ao período noturno,
atendendo às limitações locais, até que os mesmos possam alcançar um local seguro e
adequado para seu estacionamento.
Nos trechos rodoviários de pistas múltiplas nas rodovias federais, com separação física
entre as mesmas, será permitido o trânsito noturno de veículos especiais ou combinação
de veículos que não excedam a largura de 3,20 m, o comprimento de 30,00 m e a altura de
4,40 m e o PBTC de 57,0 t.
Aos veículos especiais equipados com guindaste, perfuratrizes, sondas ou assemelhados
e portadores de AET, quando apresentarem excessos dianteiro ou traseiro de até 3,00 m,
além dos para-choques, assim como pesos brutos totais iguais ou inferiores a 57,0 t,
poderá ser fornecida AET por período, para transitar vinte e quatro horas por dia, sem
acompanhamento de escolta, condicionando-se o trânsito noturno a estarem os mesmos
equipados com sistema de iluminação e sinalização elétrica de acordo com o estabelecido
na legislação de trânsito em vigor.
Nos casos em que esses veículos não se enquadrarem nos citados limites, o trânsito
noturno estará condicionado a estarem os mesmos equipados com sistema de iluminação
e sinalização elétrica de acordo com o estabelecido na legislação de trânsito em vigor e a
necessidade de utilização de escolta.

Página 197
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Autorização Especial de Trânsito (AET)

Portaria de Restrição: Deverá ser observada a eventual existência de portaria anual de


restrição de tráfego imposta pelos órgãos com circunscrição sobre a via, principalmente
nos feriados prolongados e datas festivas.

Transitar em desacordo com o estabelecido em Portaria de restrição do órgão com


circunscrição sobre a via é infração do Art. 187, I, do CTB (Transitar em locais e
horários não permitidos pela regulamentação estabelecida pela autoridade
competente) e o conjunto transportador ficará retido até o término da restrição.

Nas rodovias federais as restrições de tráfego de 2023 foram impostas pela


PORTARIA DIOP/PRF Nº 48, DE 21 DE MARÇO DE 2023, a qual você pode consultar
no link PORTARIA DE RESTRIÇÃO PRF.
https://www.gov.br/prf/pt-br/seguranca-viaria/restricao-de-
trafego/copy_of_SEI_PRF47325764PortariaNacional.pdf

Programação da concessionária da rodovia: A AET poderá prever a necessidade de


programação de passagem junto às empresas concessionárias das rodovias para conjunto
transportador ou veículo especial que ultrapasse qualquer dos limites abaixo
discriminados:
I - Largura de 4,50 m;
II - Altura de 5,30 m;
III - Comprimento de 30,00 m; ou
IV - PBTC de 100,0 t.

Nestes casos, cabe ao transportador, responsável pelo transporte, informar à empresa


concessionária a previsão de passagem do trecho sob concessão, através do telefone de
emergência ou qualquer outro canal disponibilizado para tal fim, nas 48 (quarenta e oito)
horas que antecederem a entrada do conjunto transportador ou veículo especial na via,
devendo ser observada a programação realizada. Vejamos um exemplo de programação
prevista em AET:

Página 198
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Autorização Especial de Trânsito (AET)

Perceba que neste caso a empresa concessionária da rodovia somente permitiu o trânsito
de segunda a sexta-feira, das 09h30min às 17 horas, excluídos os feriados. Além disso,
informou que a passagem poderá ser cancelada em razão de condições climáticas não
favoráveis.

Transitar em desacordo com a programação ou deixar de programar o transporte


com 48 horas de antecedência é infração do Art. 231, VI, do CTB (Transitar em
desacordo com a Autorização Especial de Trânsito).

Recomendações gerais: Normalmente as Autorizações Especiais de Trânsito trazem uma


série de recomendações, as quais devem ser rigorosamente obedecidas pelo condutor do
conjunto transportador, uma vez que visam garantir a segurança e a fluidez viária e
proteger a carga, a rodovia, a sinalização, a carga e o patrimônio público e de terceiros.
As principais recomendações para o trânsito de conjuntos transportadores de cargas
indivisíveis e veículos especiais são:
• Em caso de carga com excesso de altura, o transportador e a escolta deverão tomar
precaução a fim de evitar que a carga esbarre em vigas de passagem superior,
pórticos e sinalização vertical, sendo de sua responsabilidade retirar e recolocar os
obstáculos que forem necessários;
• Quando a carga for passar sob viadutos ou passarelas, no qual a medida é próxima
à limitação de altura, deverá ser feita com velocidade mínima evitando colisões que
possam danificá-los;
• Em caso de carga com excesso de largura, o transportador e a escolta, deverão
tomar precaução a fim de evitar que a carga esbarre em guarda-corpos, pilares e
sinalização vertical às margens da rodovia, sendo de sua responsabilidade, retirar e
recolocar o que for necessário;
• Em qualquer caso, a transportadora será responsável pela remoção e recolocação
das placas de sinalização, pórticos, elevações dos fios telefônicos e elétricos, bem
como quaisquer danos causados à rodovia e/ou a terceiros durante o percurso;
• Nos casos previstos na Autorização Especial de Trânsito, deverão ser feitos os
desvios dos viadutos e passarelas existentes no trajeto;
• Deverão ser observadas as restrições de peso impostas pelos órgãos com
circunscrição sobre a via nas pontes, viadutos ou em qualquer obra de arte especial
antes da passagem, efetuando desvios, se for caso;
• Eventualmente a travessia das obras de arte especiais deverá ser efetuada em
viagem isolada, rigorosamente centrada em relação ao eixo longitudinal da obra;
• Não frear, acelerar ou engrenar marcha sobre uma obra de arte especial;
• No caso de uma pane do conjunto transportador sobre a obra de arte especial, o
mesmo deverá ser retirado imediatamente, mediante “Pushers”, cabos de aço ou
similar, para evitar a atuação de forças horizontais nas estruturas; e
• Todo veículo com excesso traseiro, deverá ter ao final do excesso uma placa
retangular de madeira ou material capaz de resistir a possíveis impactos em caso de
acidentes, eliminando partes perfurantes ou cortantes.

Página 199
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Autorização Especial de Trânsito (AET)

Agora que você já conhece vários aspectos importantes que vêm expressos na
Autorização Especial de Trânsito certamente ficará bem mais confiante para realizar o
transporte de cargas indivisíveis ou conduzir veículos especiais.

O condutor especializado para o transporte de cargas indivisíveis SEMPRE deve


verificar a existência da Autorização Especial de Trânsito para o veículo especial que
irá conduzir e ler o documento do começo ao fim, atentando-se para os aspectos
destacados neste curso.

Blocos de Rocha
Conceituação e características dos blocos de rochas
São chamados blocos de rochas ornamentais os blocos de mármore, granito ou similares,
em forma de paralelepípedos, de quaisquer dimensões, destinados à indústria de
transformação, os quais apresentam características tais como:
● A sua indivisibilidade no embarque, pois é extraído de modo a preencher todo o
volume disponível no tear, o que provoca uma redução dos custos de produção e
uma quantidade maior de chapas serradas, quando comparado ao tear serrando
dois blocos pequenos;
● A sua concentração em parte da área disponível da carroceria, sendo também uma
carga alta – variando de 1,70 m a 2,10 m – e apresentando peso específico também
alto, em torno de 2.900 kg/m³;
● A dificuldade do condutor em controlar a carga, devido às suas características, bem
como ao fato deste tipo de carga ter o peso concentrado.

Página 200
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Blocos de Rocha

Outro conceito importante relacionado a este tipo de transporte é o de chapas serradas de


rochas ornamentais, que são o produto resultante do processamento dos blocos de rochas
ornamentais pelos teares das serrarias ou quaisquer chapas sintéticas de base mineral,
com dimensões e aplicações similares.

O condutor de veículo ou combinação de veículos que transporta blocos de rochas


ornamentais e suas chapas serradas deve ser aprovado e certificado em Curso
Especializado de Transporte de Cargas Indivisíveis (CETCI). Se deixar de atender a
esse requisito é infração do Art. 162, VII, do CTB (Dirigir o veículo sem possuir os
cursos especializados), que tem penalidade de 7 pontos e multa de de R$ 293,47.

Classes de rochas e dimensões usuais/permitidas dos blocos


Alguns tipos de materiais possuem peso específico mais elevado que outros. Podemos
dizer que o material quando é mais “fechado” (os seus componentes estão mais
agrupados) têm peso maior e, quando mais “aberto” (os seus componentes estão mais
afastados uns dos outros), tem menor peso. Veja as classes de materiais que compõem os
blocos de rochas e seu peso específico:

TIPO DE MATERIAL PESO ESPECÍFICO (MÉDIA) KG/M³

FECHADO 2.900

ABERTO 2.650

MÁRMORE 2.800

Fonte: adaptado de KALIL (2007).

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Blocos de Rocha

Os veículos ou combinações de veículos para transporte de carga (CVC) utilizados no


transporte de blocos de rochas ornamentais, assim como das chapas serradas, tanto na
disposição vertical quanto na horizontal, devem atender às configurações permitidas
conforme Portaria do órgão máximo executivo de trânsito da União, bem como obedecer
aos limites de pesos, dimensões e tolerâncias estabelecidos na Resolução Contran n°
822/2021, segundo a qual os veículos ou combinações de veículos podem ter:
• Altura de até 4,40 metros;
• Largura de até 2,60 metros;
• Comprimento:
- Veículos não articulados: até 14 metros;
- Veículos articulados com até duas unidades: até 18,60 metros;
- Veículo com duas ou mais articulações: até 19,80 metros.

Não é permitido o uso de CVC com Peso Bruto Total Combinado (PBTC) superior a 58,5 t
para o transporte de blocos de rochas ornamentais ou chapas serradas, salvo nos casos
de transporte em contêineres.

Regulamentação específica
Em razão das particularidades do transporte de blocos de rocha e de chapas serradas, o
Conselho Nacional de Trânsito (Contran) estabeleceu normas para esse tipo de transporte.
Os principais objetivos da regulamentação são reduzir os acidentes provocados com a
queda de blocos de rochas ornamentais dos caminhões e preservar a vida útil do
pavimento das rodovias e pontes.
Atualmente a Resolução Contran nº 935/2022 é a norma que dispõe sobre os
requisitos de segurança para o transporte de blocos e chapas serradas de rochas
ornamentais e está disponível no link Legislação Rocha ornamental.
https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-
contran/resolucoes/Resolucao9352022.pdf

TRANSPORTE DE BLOCOS DE ROCHA


De acordo com essa resolução, as CVC com até dois reboques ou semirreboques de
carga poderão ser utilizadas para o transporte de dois ou mais blocos de rochas
ornamentais, desde que trafeguem com as unidades simultaneamente carregadas, com os
blocos amarrados individualmente e que a unidade dianteira tenha carga com peso maior
ou igual à unidade traseira.
As CVC com mais de 54,5 toneladas de PBTC utilizadas no transporte de um único bloco
de rocha ornamental, devem ser, obrigatoriamente, formadas por:
I - Um caminhão trator do tipo 6x2 ou 6x4;
II - Um semirreboque dianteiro para distribuição do peso (dolly); e
III - Um semirreboque traseiro destinado ao carregamento de cargas indivisíveis de até 6 m
de comprimento.

Página 202
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Blocos de Rocha

O transporte de bloco de rocha ornamental com amarração longitudinal e transversal só é


permitido com a utilização de linga de corrente e quando a sua altura mínima for igual à
soma das seguintes parcelas:
I - O comprimento da trava do bloco;
II - O comprimento do gancho clevis mais três elos de corrente de 13 mm, grau 8;
III - Comprimento do tensionador de corrente, incluindo as garras ou ganchos
encurtadores; e
IV - Comprimento de cinco elos de corrente de 13 mm, grau 8.

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Blocos de Rocha

Para a amarração longitudinal e transversal de cada bloco de rocha deve ser utilizado um
conjunto mínimo de oito travas de segurança, sendo duas em cada lateral da carroceria,
duas frontais e duas traseiras.

O bloco de rocha ornamental pode estar apoiado sobre 2 (dois) barrotes transversais de
madeira, ou de outro material com resistência compatível, de seção retangular ou
quadrada, com altura máxima de 20 (vinte) cm, devendo a maior face estar voltada para
baixo.
Cada trava de segurança deve ter altura suficiente e ser posicionada de forma que
tangencie ou fique o mais próximo possível do bloco, haja vista a irregularidade da
superfície e o sistema de ajuste de posição da trava.

Em nenhuma hipótese pode haver sobreposição dos blocos de rochas ornamentais.

TRANSPORTE DE CHAPAS SERRADAS


Os veículos e CVC utilizados no transporte de chapas serradas devem atender aos
seguintes requisitos:
a) quando transportadas na vertical:
I - Devem ser utilizados no mínimo um par de cavaletes metálicos verticais, cada qual
afixado a uma travessa metálica, composta por um perfil "I" ou "U", instaladas
transversalmente sob o assoalho da carroceria. Cada cavalete deve estar fixado na
travessa metálica por meio de um par de grampos de 22,22 mm (7/8 de polegada), ou
sistema equivalente, que assegure a correta fixação. Por sua vez cada travessa metálica
deve estar soldada na estrutura da carroceria, quando esta for metálica, ou fixada ao
chassi do veículo com um par de grampos de 22,22 mm (7/8 de polegada) quando a
carroceria for de madeira;

Página 204
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Blocos de Rocha

II - As chapas serradas devem ser unitizadas à coluna do cavalete, separadamente em


cada face, por meio de duas cintas têxteis de poliéster de cada lado, na disposição
horizontal e longitudinal, com largura mínima de 50 mm e carga máxima de trabalho de, no
mínimo, 2.500 kgf, fator de segurança 2:1 cada uma, tensionadas por meio de catracas
intermediárias; e

III - O conjunto formado pelo cavalete e chapas serradas unitizados deve ser amarrado
transversalmente ao veículo por meio de, no mínimo, duas cintas têxteis com largura
mínima de 50 mm e carga máxima de trabalho de, no mínimo, 2.500 kgf, fator de
segurança 2:1 cada uma, tensionadas por meio de catracas fixas instaladas numa das
extremidades de cada travessa metálica, ou instalada na própria carroceria, quando for
metálica.

b) quando transportadas na horizontal:

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Blocos de Rocha

I - Devem possuir amarração transversal, por meio de, no mínimo, duas cintas têxteis,
tendo cada cinta Carga Máxima de Trabalho de, no mínimo, 10.000 Kgf cada uma, ambas
tensionadas por meio de catracas fixas, instaladas numa das extremidades de travessas
metálicas idênticas às utilizadas no transporte de chapas na vertical, ou instaladas na
própria carroceria, quando for metálica; e

II - Podem estar apoiadas sobre 2 ou mais barrotes transversais de madeira, ou outro


material de resistência compatível, de seção retangular ou quadrada, com altura máxima
de 20 cm, devendo a maior face estar voltada para baixo, de modo a permitir a correta
amarração longitudinal.
Ainda há regras que devem ser observadas tanto no transporte vertical como no horizontal,
quais sejam:
I - As cintas têxteis utilizadas para a amarração devem atender à norma NBR 15.883-2;
II - É proibida a utilização de cintas têxteis em que não seja possível identificar a carga
máxima de trabalho;
III - As cintas têxteis não podem apresentar cortes longitudinais ou transversais, assim
como costuras desfiadas ou rompidas, ou ainda desgaste excessivo; e
IV - Fica proibida a passagem dos dispositivos de amarração pelo lado externo das
guardas laterais da carroçaria do veículo, quando existentes, exceto quando a carga
ocupar toda a largura da carroceria.

Comportamento preventivo do condutor


O condutor especializado tem papel importantíssimo no transporte de blocos de rochas e
de chapas serradas, pois cabe a ele:
• Antes de colocar o veículo em circulação nas vias públicas, verificar a existência e
as boas condições de funcionamento dos equipamentos de uso obrigatório, bem
como assegurar-se da existência de combustível suficiente para chegar ao local de
destino;
• A todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados
indispensáveis à segurança do trânsito;
• Ao regular a velocidade, observar constantemente as condições físicas da via, do
veículo e da carga, as condições meteorológicas e a intensidade do trânsito,
obedecendo aos limites máximos de velocidade estabelecidos para a via;

Página 206
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Blocos de Rocha

• Não obstruir a marcha normal dos demais veículos em circulação sem causa
justificada, transitando a uma velocidade anormalmente reduzida;
• Sempre que quiser diminuir a velocidade de seu veículo deverá antes certificar-se
de que pode fazê-lo sem risco nem inconvenientes para os outros condutores, a não
ser que haja perigo iminente;
• Indicar, de forma clara, com a antecedência necessária e a sinalização devida, a
manobra de redução de velocidade;
• Verificar periodicamente durante o percurso o travamento das travas de segurança
dos blocos de rocha, além do tensionamento das lingas de corrente e cintas têxteis,
conforme o caso, reapertando quando necessário;
• Atentar para o estado de conservação das travas de segurança dos blocos de
rocha, além do tensionamento das lingas de corrente e cintas têxteis, buscando
substituí-las sempre que apresentarem cortes longitudinais ou transversais, assim
como costuras desfiadas ou rompidas, ou ainda desgaste excessivo;
• Seguir os limites de peso e dimensões estabelecidos pela Resolução Contran N°
882/2022; e
• Adotar uma postura defensiva na condução, sempre voltado para a promoção da
segurança e da fluidez viária e visando evitar acidentes.

Máquinas ou Equipamentos de Grandes


Dimensões e Indivisíveis
As máquinas e equipamentos são considerados cargas indivisíveis?
Cargas de grandes dimensões apresentam particularidades que devem ser respeitadas em
seu transporte. Nesta unidade vamos conhecer mais sobre o transporte de máquinas ou

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Máquinas ou Equipamentos de Grandes Dimensões e
Indivisíveis

equipamentos de grandes dimensões, tais como hélices e turbinas, considerados cargas


indivisíveis.
O transporte de máquinas e equipamentos de grandes dimensões reveste-se de
enorme importância para a economia nacional, uma vez que eles são produzidos em
grandes centros ou até mesmo fora do país e serão utilizados diretamente como
peças já acabadas ou como parte integrante de conjuntos de montagem, máquinas
ou equipamentos ainda maiores em outros pontos do território nacional.
Assim, pelo valor agregado nas cargas transportadas, o papel do motorista
especializado no transporte de cargas indivisíveis em garantir a segurança durante
todo o transporte é ainda maior.

Essas cargas serão consideradas como indivisíveis para o transporte quando


apresentarem excesso de dimensões.

Diferentes tipos de máquinas e equipamentos


Diversos são os tipos de máquinas e equipamentos considerados como cargas indivisíveis
que transitam nas rodovias. Dentre eles podemos citar:
• Transformadores;
• Reatores;
• Geradores;
• Silos;
• Tanques;
• Máquinas de uso industrial;
• Máquinas da construção civil;
• Máquinas do segmento agrícola e de terraplanagem;
• Estruturas metálicas;
• Veículos de serviço fora de estrada;
• Dentre outros.

Dimensões usuais/permitidas: comprimento, altura e largura da


carga
Os conjuntos transportadores utilizados no transporte de máquinas e equipamentos
considerados indivisíveis para o transporte, ou seja, que apresentem algum excesso de
dimensão, devem possuir Autorização Especial de Trânsito para transitar nas vias
públicas.
Normalmente os veículos ou combinações de veículos amparados por AET, somente
podem transitar vazios ou carregados com cargas indivisíveis. Entretanto, a Resolução
DNIT N° 11/2022 deixa claro que essa regra não se aplica:

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Máquinas ou Equipamentos de Grandes Dimensões e
Indivisíveis

a) transporte concomitante de partes ou acessórios da carga indivisível que esteja


embarcada no veículo: assim, é possível transportar uma máquina agrícola e todos os
seus acessórios em um veículo especial, sem que isso seja considerado infração de
trânsito

b) ao transporte de máquinas que estejam sendo efetivamente empregadas nos


serviços de construção e manutenção das rodovias: máquinas e equipamentos (tais
como retroescavadeiras, plataformas elevatórias, tratores, rolo compressores, pás
carregadeiras, dentre outros), mesmo que não excedentes em peso ou dimensões, se
atenderem a esta condição, poderão ser transportados em veículos especiais.

Para transporte de cargas indivisíveis e excedentes em peso ou dimensões do segmento


agrícola, poderá ser fornecida AET com prazo de validade de 90 (noventa) dias, a partir da
data de sua liberação, para transitar do amanhecer ao pôr do sol, para múltiplos
deslocamentos, conforme percurso autorizado, respeitados os seguintes limites máximos
de:
I - Comprimento total: até 25,00 m, sem excessos dianteiro ou traseiro;
II - Largura total: até 3,20 m, sem excessos laterais;
III - Altura total: até 4,95 m; e
IV - PBT ou PBTC: até 57,0 t.

Comportamento preventivo do condutor


Os grandes equipamentos ou máquinas, em geral, apresentam alto valor agregado e seu
transporte deve ser feito de maneira segura e eficiente, evitando perdas financeiras. Em
geral é inviável economicamente que sejam mantidas unidades reserva em cada
subestação de transmissão para trocas ou substituições. Dessa forma, em caso de
substituição é necessário que seja feito um transporte entre o seu local de produção e a
subestação de destino.
Por possuírem diferentes formatos e diferentes geometrias, a fixação deve respeitar as
dimensões e distribuição da carga no veículo. As cargas devem estar amarradas com
cabos de aço ou cintas com resistência total à ruptura correspondente a duas (2) vezes o
peso da carga transportada, travados e contidos no chassi do veículo.
Inicialmente a peça deverá ficar centralizada de forma a coincidir o seu centro de massa
com o centro de massa do veículo que irá fazer o transporte. A base do semirreboque
receberá marcação indicada do seu centro de gravidade, que deverá ser respeitada
durante o carregamento.
Para fixação da carga é necessário avaliar seu formato e dimensões. Em geral, a carga é
amarrada por meio de fixações longitudinais e transversais. É obrigatório o uso de travas
frontais e laterais, que permitam regulação adequada ao comprimento e à largura do
volume de cada carga, e os movimentos para frente e para trás, para dar maior
estabilidade, evitando o rompimento dos fixadores.

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Máquinas ou Equipamentos de Grandes Dimensões e
Indivisíveis

Procedimentos em casos de emergência


Em caso de acidente ou problema mecânico em rodovias, caberá ao transportador a
responsabilidade pela sinalização e remoção tempestiva da carga.
Para os transportes em rodovias federais de cargas com mais de 4,50m de largura, 5,30m
de altura, 30m de comprimento ou 100 t de PBTC, deverão ser apresentados à Polícia
Rodoviária Federal, às concessionárias de rodovias e ao DNIT o plano de contingência em
até seis horas após o sinistro, com vistas à retomada do fluxo de tráfego em até vinte e
quatro horas ou conforme plano de contingência aprovado pelo DNIT ou PRF.
Em caso do não cumprimento desses prazos e o disposto no plano de contingência
aprovado pelo DNIT ou PRF, poderá o DNIT ou às concessionárias realizar a
movimentação da carga e do veículo da via, com a devida cobrança ao transportador pelos
custos incorridos, como forma de ressarcimento ao erário.
Quando necessário o acompanhamento de escolta policial, poderá ser exigida a
disponibilização prévia do plano de contingência pelo transportador à Polícia Rodoviária
Federal, como condição para a execução da escolta.
O plano de contingência deverá conter, no mínimo, as seguintes informações:

a) Identificação da empresa responsável pelo transporte;


b) Telefones de contato, disponíveis 24h por dia, para acionamento em caso de sinistro;
c) Mapa da rota;
d) Pontos de parada;
e) Dados da carga;
f) Plano de ações com descrição dos possíveis cenários de incidentes envolvendo o
transporte rodoviário e as respectivas providências imediatas para liberar o fluxo e
mediatas para solucionar o problema, pelo menos, para os seguintes casos:
I - Falha mecânica do caminhão-trator ou do semirreboque;
II - Incêndio;
III - Saída do leito carroçável;
IV - Tombamento do conjunto transportador;
V - Acidentes envolvendo outros veículos, com ou sem vítimas; e
VI - outros cenários que a empresa considerar relevante.

g) Relação dos recursos disponíveis em cada cenário e de sua localização, dentre eles:
sinalização extra diurna e noturna, guindastes, veículos de tração e semirreboques
reserva, mecânicos especializados, dentre outros.

Plano de Contingência é o instrumento de orientação para a execução dos planos de


ação de emergência para respostas imediatas a eventos acidentais envolvendo
cargas indivisíveis, com o levantamento das condições operacionais da via e da
infraestrutura viária e de apoio.

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Toras, tubos e outras carga

Toras, tubos e outras carga


Toras
São consideradas toras as peças de madeira bruta com comprimento superior a 2,50
metros.

O transporte de toras e de madeira bruta por veículo rodoviário de carga tem seus
requisitos de segurança fixados pela Resolução Contran N° 917, de 28 de março de
2022.
As toras devem ser transportadas no sentido longitudinal do veículo, com disposição
vertical ou piramidal (triangular).
Quando transportadas em disposição vertical, as toras devem ser contidas por:
I - Painéis dianteiro e traseiro da carroçaria do veículo, exceto para os veículos extensíveis,
com toras acima de 8,00 m (oito metros) de comprimento, para os quais não são
necessários painéis traseiros;
II - Escoras laterais metálicas (fueiros) perpendiculares ao plano do assoalho da carroçaria
do veículo, sendo necessárias, no mínimo, duas escoras de cada lado para cada tora ou
pacote de toras; e
III - Cabos de aço ou cintas de poliéster, com capacidade mínima de ruptura à tração de
3.000 kgf (três mil quilogramas-força), tensionados(as) por sistema pneumático auto
ajustável ou catracas fixadas na carroçaria do veículo.
Já quando transportadas em disposição piramidal (triangular):
I - As toras devem ser contidas por:
a) painel dianteiro com largura igual à da carroçaria do veículo;

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Toras, tubos e outras carga

b) escoras laterais metálicas (fueiros) perpendiculares ao plano do assoalho da carroçaria


do veículo, com altura mínima de 0,50 m (cinquenta centímetros), reforçadas por salva-
vidas, sendo necessários, no mínimo, dois conjuntos de escoras/salva-vidas de cada lado
da carroçaria por tora inferior externa; e
c) cabos de aço ou cintas de poliéster, com capacidade mínima de ruptura à tração de
3.000 kgf (três mil quilogramas-força), tensionados(as) por sistema pneumático auto
ajustável ou catracas fixadas na carroçaria do veículo, sendo necessários, no mínimo, dois
cabos ou cintas de fixação por tora;

II - a camada superior de toras deve ter distribuição simétrica em relação à largura da


carroçaria;
III - as toras de maior diâmetro devem estar nas camadas inferiores; e
IV - cada uma das toras das camadas superiores deve estar encaixada entre duas toras da
camada imediatamente inferior.

Os veículos ou combinações de veículos para transporte de carga (CVC) utilizados no


transporte de toras devem atender às configurações permitidas conforme Portaria do órgão
máximo executivo de trânsito da União, bem como obedecer aos limites de pesos,
dimensões e tolerâncias estabelecidos na Resolução Contran n° 822/2021, segundo a qual
os veículos ou combinações de veículos podem ter:
• Altura de até 4,40 metros;
• Largura de até 2,60 metros;
• Comprimento:
- Veículos não articulados: até 14 metros;
- Veículos articulados com até duas unidades: até 18,60 metros;
- Veículo com duas ou mais articulações: até 19,80 metros, salvo a existência de
Autorização Especial de Trânsito.

A altura máxima da carga deve ser limitada pela menor altura do painel dianteiro do
veículo.

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Toras, tubos e outras carga

Entretanto, toras que excedam as dimensões ordinariamente previstas poderão ser


consideradas cargas indivisíveis para o transporte e estarão aptas a receberem
Autorização Especial de Trânsito para serem transportadas do local onde foram extraídas
até o seu local de beneficiamento.

Tubos
Tubo é o produto acabado oco, de parede uniforme e seção transversal constante,
geralmente circular e quase sempre retilíneo, revestido, ou não.

O transporte de tubos tem seus requisitos de segurança fixados pela Resolução Contran
N° 942, de 28 de março de 2022, que estabelece as exigências sobre o transporte de
materiais siderúrgicos e veículos de carga.

Fixação dos tubos no veículo


No transporte de tubos metálicos devem ser atendidas as seguintes condições:
I - Os veículos destinados ao transporte de tubos devem possuir sistema de proteção
frontal ou a utilização de redes, telas ou malhas que impeçam a movimentação da carga
no sentido longitudinal;

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Toras, tubos e outras carga

II - Os tubos com diâmetro inferior a 15 cm (quinze centímetros) devem estar separados


por pontaletes de madeira, camada por camada, firmemente amarrados com cabos de aço,
correntes ou cintas, travados à carroçaria do veículo e contidos pela mesma;
III - Quando o transporte dos tubos com diâmetro inferior a 15 cm (quinze centímetros) for
feito na forma de feixes amarrados, será obrigatória também a colocação de cunhas nas
extremidades dos pontaletes, para contê-los firmemente na posição correta dentro da
carroçaria;
IV - Os tubos, de diâmetro superior a 15 cm (quinze centímetros) e inferior ou igual a 40 cm
(quarenta centímetros), devem ser transportados em feixes, de acordo com as condições
estabelecidas no inciso II deste artigo ou em peças individuais;
a) os produtos que serão transportados em peças individuais, em quantidades que
obriguem ao empilhamento, devem ser acondicionados na horizontal e separados em
camadas por berços que assegurem o perfeito posicionamento dos tubos durante o
deslocamento, conforme especificado abaixo; e

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Toras, tubos e outras carga

b) opcionalmente, será aceito o berço da imagem abaixo; e

V - Os tubos com diâmetro superior a 40 cm (quarenta centímetros), para serem


transportados em quantidades que obriguem o empilhamento, devem ser separados,
individualmente na horizontal, por berços que proporcionem perfeita acomodação e
segurança da carga, ou separados por pontaletes com cunhas nas laterais.

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Toras, tubos e outras carga

Admite-se arrumação por encaixe de tubos, de modo que cada tubo tenha por apoio dois
outros da camada inferior, quando a viga com cunhas laterais será exigida apenas na base
do empilhamento.

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Toras, tubos e outras carga

Opcionalmente, será admitido o transporte de tubos de mais de 40 cm (quarenta


centímetros) de diâmetro na forma piramidal, com a utilização de cintas de amarração, de
redes de contenção e de berços intermediários feitos sob medida, de forma a permitir o
perfeito encaixe dos tubos e a perfeita distribuição de pesos e a evitar deslocamentos
laterais.

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Toras, tubos e outras carga

Todas as cargas devem estar amarradas com cabos de aço, correntes ou cintas com
resistência total à ruptura correspondente a duas (2) vezes o peso da carga transportada,
travados e contidos no chassi do veículo.
Os tubos com quaisquer diâmetros podem ser transportados nas formas previstas desde
que contidos, nas dimensões de largura e comprimento da carroçaria do veículo. A altura
deve estar limitada a 4,40m, de acordo com a regulamentação do Contran.
Admite-se, também, a arrumação de tubos de grande diâmetro, até o máximo de 1,55m,
em forma de pirâmide, desde que as dimensões da carga não ultrapassem a 3,20m de
largura, 4,70m de altura e 23m de comprimento, sem excesso de peso.

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Toras, tubos e outras carga

No transporte de tubos previsto na situação anterior, se as dimensões do veículo ou


da carga excederem a 2,60m de largura, 4,40m de altura ou 18,60m de comprimento,
o veículo deve portar à Autorização Especial de Trânsito e o condutor deverá
possuir o Curso Especializado para o Transporte de Cargas indivisíveis.

Procedimentos em casos de emergência com toras ou tubos


Diferentemente do que ocorre com o transporte de cargas indivisíveis que necessitam de
Autorização Especial de Trânsito com amparo na Resolução DNIT N° 11/2022, não há
previsão legal específica sobre quais devem ser as providências adotadas após a
ocorrência de um acidente de trânsito envolvendo o transporte de toras ou tubos.
Assim, de forma geral, o condutor deve adotar os seguintes procedimentos:
• Sinalizar o local do acidente;
• Verificar o estado físico das pessoas envolvidas e, se for necessário, acionar o
socorro;
• Se não houver vítimas, providenciar a retirada dos veículos da via;
• Acionar o órgão com circunscrição sobre a via (PRE, Polícia Rodoviária Estadual,
etc); e
• Entrar em contato com a empresa informando sobre a necessidade de remoção dos
veículos ou da carga que esteja sobre a via.

Outras Cargas Cujo Transporte Seja


Regulamentado Pelo Contran
Para o transporte de qualquer outra carga indivisível que necessite de veículo com peso
bruto ou dimensões superiores aos previstos na legislação de trânsito, será necessária a
obtenção, junto à autoridade com jurisdição sobre a via, da Autorização Especial de
Trânsito.
Por vezes isso estará expressa na regulamentação do Contran, como acontece com o
transporte de chapas metálicas, previsto na Resolução Contran n° 942/2022. Por outras
não, mas isso não eximirá o transportador de providenciar a AET e o condutor de possuir o
curso especializado para o transporte de cargas indivisíveis.

Procedimentos em casos de emergência


Em caso de acidente, a empresa responsável pelo transporte deverá isolar imediatamente
a carga e providenciar sua retirada da via pública no prazo de 24 horas. A concessionária
responsável pela via deverá ser imediatamente acionada, para que sejam tomadas as
providências de prevenção de acidentes.

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Resumo do Módulo

Resumo do Módulo
Caro (a) condutor (a), neste módulo estudamos a movimentação carga. É importante não
esquecer:
- As cargas indivisíveis são cargas com elevado peso específico, que também podem ter
grande dimensões, podendo exceder os limites legais de pesos e dimensões.
- Portar uma AET para o transporte de cargas consideradas indivisíveis e especiais não
exime o transportador da responsabilidade por eventuais danos que o veículo ou a
combinação de veículos possa causar à via ou a terceiros.
- Além disso, em todas as situações, o veículo de carga deverá estar devidamente
equipado para transitar de modo a evitar o derramamento ou desabamento da carga sobre
a via.
- Cada carga possui características próprias de dimensão, geometria e peso, que devem
ser conhecidas e respeitadas para um transporte seguro e eficiente.
- O transporte de blocos de rocha, peças e equipamentos exige cuidado no carregamento,
manuseio e descarregamento por se tratar de materiais de grandes dimensões e
acentuado grau de risco.
- O transporte de tubos, bobinas e toras de grandes dimensões exige bastante cuidado,
pois são cargas demasiadamente pesadas e com formato muito específico.
- Tubos e toras possuem formato alongado e são cargas que devem estar bem fixadas de
forma a não se desprenderem, formando superfícies pontiagudas que possam atingir os
veículos que vêm atrás.

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Exercícios de fixação

Exercícios de fixação
1 - Qual a definição de carga indivisível
São todos os produtos que pertencem a classe dos explosivos
a) Carga unitária que, quando carregada, apresenta peso ou dimensões excedentes
aos limites regulamentares, ou cujo transporte requeira o uso de veículos especiais
b) Toda carga que tem um produto perigoso
c) Carga incompatível para o transporte terrestre
d) Carga apenas com peso excedente

2 - Qual o significado de AET


a) Autorização especial de transporte
b) Autorização especial de trânsito
c) Autorização especial de tráfego de veículos
d) Autorização para o transporte

3 - Qual a definição de tora de madeira


a) Qualquer tora de qualquer dimensão
b) Considera-se tora a madeira bruta com comprimento superior a 2,50 m (dois metros
e cinquenta centímetros)
c) O transporte terrestre de tora de madeira não é permitido
d) A partir de 1,50

4 - Qual a resolução regulamenta o uso de rodovias federais por veículos destinados ao


transporte de cargas indivisíveis e excedentes em peso e dimensões
a) Resolução 101/1999 CONTRAN
b) Resolução 520/15 CONTRAN
c) Resolução 11/22 DNIT
d) Resolução 210/06 CONTRAN

5 - Aparelho que registra graficamente ocorrências com o veículo tal como hora de partida
e tempo de percurso. Trata-se do
a) Bloqueador
b) Rastreador
c) Tacógrafo
d) Comunicador

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MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Exercícios de fixação

GABARITO
1 - Qual a definição de carga indivisível e) Resolução 101/1999 CONTRAN
São todos os produtos que pertencem a classe f) Resolução 520/15 CONTRAN
dos explosivos
g) Resolução 11/22 DNIT
e) Carga unitária que, quando carregada,
h) Resolução 210/06 CONTRAN
apresenta peso ou dimensões
excedentes aos limites regulamentares, Comentário: A Resolução 11/22 DNIT estabelece
ou cujo transporte requeira o uso de normas sobre o uso de rodovias federais por
veículos especiais veículos ou combinações de veículos e
equipamentos, destinados ao transporte de cargas
f) Toda carga que tem um produto perigoso
indivisíveis e excedentes em peso ou dimensões,
g) Carga incompatível para o transporte observados os limites e os requisitos
terrestre estabelecidos pelo Conselho Nacional de Trânsito.
h) Carga apenas com peso excedente
Comentário: De acordo com o artigo 4 da 5 - Aparelho que registra graficamente ocorrências
Resolução 11/22 DNIT, conceito de carga com o veículo tal como hora de partida e tempo de
indivisível. percurso. Trata-se do
e) Bloqueador
2 - Qual o significado de AET f) Rastreador
e) Autorização especial de transporte g) Tacógrafo
f) Autorização especial de trânsito h) Comunicador
g) Autorização especial de tráfego de Comentário: De acordo com a Resolução 938/22
veículos CONTRAN.
h) Autorização para o transporte
Comentário: De acordo com o artigo 4 da
Resolução 11/22 DNIT.

3 - Qual a definição de tora de madeira


e) Qualquer tora de qualquer dimensão
f) Considera-se tora a madeira bruta com
comprimento superior a 2,50 m (dois
metros e cinquenta centímetros)
g) O transporte terrestre de tora de madeira
não é permitido
h) A partir de 1,50
Comentário: De acordo com a Resolução 917/22
CONTRAN.

4 - Qual a resolução regulamenta o uso de


rodovias federais por veículos destinados ao
transporte de cargas indivisíveis e excedentes em
peso e dimensões

Página 222
Referências Bibliográficas
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2005.
BRASIL. Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília/DF: Senado, 1988.
Disponível em: www.presidencia.gov.br. Acesso em 28/06/09.
BRASIL. Lei nº 11.705, de 19 de junho de 2008. Altera a Lei n° 9.503, de 23 de setembro
de 1997, que ‘institui o Código de Trânsito Brasileiro’, e a Lei n° 9.294, de 15 de julho de
1996, que dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígeros,
bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, nos termos do § 4º do
Art. 220 da Constituição Federal, para inibir o consumo de bebida alcoólica por condutor de
veículo automotor, e dá outras providências.
BRASIL. Lei nº 12.760, de 20 de dezembro de 2012. Altera a Lei n° 9.503, de 23 de
setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro.
BRASIL. Lei nº 12.971, de 9 de maio de 2014. Altera os arts. 173, 174, 175, 191, 202, 203,
292, 302, 303, 306 e 308 da Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código
de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre sanções administrativas e crimes de trânsito.
BRASIL. Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão de
motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do
motorista profissional; e dá outras providências.
BRASIL. Lei nº 13.154, de 30 de julho de 2015. Altera a Lei n° 9.503, de 23 de setembro
de 1997 — Código de Trânsito Brasileiro, a Consolidação das Leis do Trabalho — CLT,
aprovada pelo Decreto-Lei n° 5.452, de 1º de maio de 1943, e a Lei nº 13.001, de 20 de
junho de 2014; e dá outras providências.
CONAMA. Resolução nº 18, de 6 de maio de 1986. Instituir, em caráter nacional, o
Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores — Proconve.
CONAMA. Resolução nº 8, de 31 de agosto de 1993. Em complemento à Resolução
Conama n° 18, de 6 de maio de 1986, estabelecer os Limites Máximos de Emissão de
poluentes para os motores destinados a veículos pesados novos, nacionais e importados.
CONAMA. Resolução nº 258, de 26 de agosto de 1999. Determina que as empresas
fabricantes e as importadoras de pneumáticos ficam obrigadas a coletar e dar destinação
final ambientalmente adequada aos pneus inservíveis.
CONAMA. Resolução nº 416, de 30 de setembro de 2009. Dispõe sobre a prevenção à
degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua destinação ambientalmente
adequada, e dá outras providências.
CONTRAN. Resolução nº 160, de 22 de abril de 2004. Aprova o Anexo II do Código de
Trânsito Brasileiro.
CONTRAN. Resolução nº 166 de 15 de setembro de 2004. Aprova as diretrizes da Política
Nacional de Trânsito.
CONTRAN. Resolução nº 182 de 09 de setembro de 2005. Dispõe sobre uniformização do
procedimento administrativo para imposição das penalidades de suspensão do direito de
dirigir e de cassação da Carteira Nacional de Habilitação.

Página 223
CONTRAN. Resolução nº 205 de 20 de outubro de 2006. Dispõe sobre os documentos de
porte obrigatório e dá outras providências.
CONTRAN. Resolução nº 285 de 29 de julho de 2008. Altera e complementa o Anexo II da
Resolução no 168, de 14 de dezembro de 2004 do Contran, que trata dos cursos para
habilitação de condutores de veículos automotores e dá outras providências.
CONTRAN. Resolução nº 517 de 29 de janeiro de 2015. Altera a Resolução Contran nº
425, de 27 de novembro de 2012, que dispõe sobre o exame de aptidão física e mental, a
avaliação psicológica e o credenciamento das entidades públicas e privadas de que tratam
o Art. 147, I e §§ 1º a 4º, e o Art. 148 do Código de Trânsito Brasileiro.
CONTRAN. Resolução nº 529, de 14 de maio de 2015. Altera o Art. 3º da Resolução
Contran nº 517, de 29 de janeiro de 2015, de forma a prorrogar o prazo para a exigência
do exame toxicológico de larga janela de detecção.
CONTRAN. Resolução nº 557, de 15 de outubro de 2015. Altera os incisos I e II do Art. 16
da Resolução nº 182, de 09 de setembro de 2005, que dispõe sobre uniformização do
procedimento administrativo para imposição das penalidades de suspensão do direito de
dirigir e de cassação da Carteira Nacional de Habilitação.
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