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Bibliografia.
ISBN 978-65-88245-01-9
MATERIAL DO ALUNO 1
Página 0
Sinalização viária .......................................................................................... 26
Infrações, crimes de trânsito e penalidade .................................................... 47
Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e circulação ................. 73
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA E NORMAS SOBRE TRANSPORTE DE
PRODUTOS PERIGOSOS............................................................................... 82
Cargas de produtos perigosos – conceito, considerações e exemplos......... 82
A legislação específica e normas sobre o transporte rodoviário de produtos
perigosos .................................................................................................... 100
A Agência Nacional de Transporte Terrestres - ANTT ................................ 103
Normas da Associação Brasileiro de Normas Técnicas - ABNT ................. 104
Portarias do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial (Inmetro) ...................................................................................... 108
Legislação Ambiental (Federal, Estadual e Municipal)..... Erro! Indicador não
definido.
Outros órgãos e Entidades de governo....................................................... 138
Transporte terrestre de produtos perigosos em âmbito internacional ......... 142
Outros instrumentos necessários para a realização do transporte ............. 144
A Lei dos Caminhoneiros e sua Repercussão na Atividade de Transporte
Rodoviário de Produtos Perigosos .............................................................. 145
A carga e seu acondicionamento ................................................................ 146
RESPONSABILIDADES DO CONDUTOR DURANTE O TRANSPORTE .. Erro!
Indicador não definido.
DOCUMENTAÇÃO E SIMBOLOGIA ............................................................. 151
Documentação para o transporte rodoviário de produtos perigosos ........... 151
Simbologia utilizada no transporte rodoviário de produtos perigosos ......... 158
Da sinalização dos veículos ........................................................................ 160
REGISTRADOR INSTANTÂNEO E INALTERÁVEL DE VELOCIDADE E
TEMPO .......................................................................................................... 166
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES (LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA) .......... 175
Infrações e penalidades na legislação de transporte rodoviário de produtos
perigosos .................................................................................................... 175
Resumo do módulo ..................................................................................... 233
Exercícios de fixação .................................................................................. 235
DIREÇÃO DEFENSIVA ................................................................................. 237
Objetivos de Aprendizagem ........................................................................ 238
Página 1
Plano de estudo .......................................................................................... 238
Introdução ................................................................................................... 239
Conceito de direção defensiva .................................................................... 240
Condições adversas.................................................................................... 244
Acidente evitável ou não evitável ................................................................ 256
Como ultrapassar e ser ultrapassado ......................................................... 257
O acidente de difícil identificação de causa ................................................ 258
Como evitar sinistros com outros veículos .................................................. 259
Como evitar sinistros com pedestres e outros integrantes do trânsito ........ 268
A importância de ver e ser visto .................................................................. 273
A importância do comportamento seguro na condução de veículos
especializados ............................................................................................ 273
Comportamento seguro e comportamento de risco – diferença que pode
poupar vidas ............................................................................................... 275
Estado físico e mental do condutor, consequências da ingestão e consumo
de bebida alcoólica e substâncias psicoativas ............................................ 280
Resumo do Módulo ..................................................................................... 288
Exercícios de fixação .................................................................................. 289
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS, RESPEITO AO MEIO AMBIENTE E
PREVENÇÃO DE INCÊNDIO ........................................................................ 292
Objetivos de Aprendizagem ........................................................................ 293
Plano de estudo .......................................................................................... 293
Introdução ................................................................................................... 295
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS ....................................................... 296
Sinalização do local do acidente ................................................................. 299
Acionamento de recursos em caso de sinistros .......................................... 306
Verificação das condições gerais da vítima ................................................ 308
Cuidados com a vítima - o que não fazer.................................................... 311
Regulamentação do CONAMA sobre poluição ambiental causada por
veículos ....................................................................................................... 314
Emissão de gases e partículas (fumaça) .................................................... 319
Emissão sonora .......................................................................................... 320
Manutenção preventiva do veículo para a preservação do meio ambiente 322
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O indivíduo, o grupo e a sociedade............................................................. 326
Relacionamento interpessoal ...................................................................... 327
O indivíduo como cidadão ........................................................................... 329
A responsabilidade civil e criminal do condutor e o CTB ............................ 330
PREVENÇÃO DE INCÊNDIO ........................................................................ 331
Conceito de Fogo, Tetraedro e Fontes de Ignição ...................................... 331
Transmissão do Calor ................................................................................. 332
Métodos de Extinção de Incêndio ............................................................... 332
Classificação de incêndios .......................................................................... 333
Tipos de Extintores, seus Agentes e Manuseio .......................................... 334
Resumo do Módulo ..................................................................................... 336
Exercícios de fixação .................................................................................. 338
MOVIMENTAÇÃO DE PRODUTOS PERIGOSOS ........................................ 340
Plano de estudo .......................................................................................... 341
Introdução ................................................................................................... 343
PRODUTOS PERIGOSOS............................................................................. 344
Classificação dos Produtos Perigosos ........................................................ 344
Rótulos de risco .......................................................................................... 345
Reações Químicas (Conceituações) ........................................................... 347
CLASSE DE RISCO 1 — EXPLOSIVOS ....................................................... 349
Estudo das Classes de Risco .......................... Erro! Indicador não definido.
Segurança no Transporte Rodoviário de Explosivos .................................. 350
CLASSE DE RISCO 2 — GASES ................................................................. 351
Segurança no Transporte Rodoviário de Gases ......................................... 354
Cuidados dos condutores de veículos de transporte de produtos perigosos,
referentes a gases ...................................................................................... 355
CLASSE DE RISCO 3 — LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS ................................... 358
Segurança no transporte rodoviário de líquidos inflamáveis ....................... 359
CLASSE DE RISCO 4 — SÓLIDOS INFLAMÁVEIS; ........... Erro! Indicador não
definido.
Substâncias sujeitas a combustão espontânea; substâncias que, em contato
com a água, emitem gases inflamáveis ........... Erro! Indicador não definido.
Substâncias espontaneamente combustíveis ............................................. 363
Segurança no Transporte Rodoviário de Sólidos Inflamáveis ..................... 364
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CLASSE DE RISCO 5 — SUBSTÂNCIAS OXIDANTES E PERÓXIDOS
ORGÂNICOS ................................................................................................. 364
Segurança no transporte rodoviário de oxidantes e peróxidos orgânicos ... 366
CLASSE DE RISCO 6 — SUBSTÂNCIAS TÓXICAS E SUBSTÂNCIAS
INFECTANTES .............................................................................................. 367
Segurança no transporte rodoviário de substâncias tóxicas e infectantes .. 369
CLASSE DE RISCO 7 — SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS... Erro! Indicador não
definido.
CLASSE DE RISCO 8 — SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS ........................... 373
Segurança no transporte rodoviário de substâncias corrosivas .................. 374
CLASSE 9 – SUBSTÂNCIAS E ARTIGOS PERIGOSOS DIVERSOS,
INCLUINDO AS SUBSTÂNCIAS QUE APRESENTAM RISCOS PARA O
MEIO AMBIENTE .......................................................................................... 375
Segurança no transporte rodoviário de substâncias e artigos perigosos
diversos....................................................................................................... 377
Efeito de cada classe sobre o meio ambiente ............................................. 377
RISCOS MÚLTIPLOS .................................................................................... 380
RESÍDUOS..................................................................................................... 381
Resíduos Perigosos para fins de Transporte .............................................. 381
Cuidados com os veículos e equipamentos de transporte .......................... 381
Cuidados com as embalagens .................................................................... 382
Comportamento Preventivo do Motorista para todas as Classes de Risco . 382
Procedimentos em caso de Emergência..................................................... 385
Equipamentos para situação de emergência .............................................. 385
Equipamentos de proteção individual - EPI ................................................ 386
Procedimentos gerais em situação de emergência..................................... 387
Procedimentos de emergência de acordo com a Classe de Risco ............. 388
Classe de Risco 1 — Explosivos ................................................................ 388
Classe de Risco 2 — Gases ....................................................................... 389
Classe de Risco 3 — Líquidos Inflamáveis ................................................. 390
Classe de Risco 4 — Sólidos inflamáveis, substâncias sujeitas a combustão
espontânea e substâncias que, em contato com a água, emitem gases
inflamáveis .................................................................................................. 391
Classe de Risco 5 — Substâncias Oxidantes e Peróxidos Orgânicos ........ 391
Classe de Risco 6 — Substâncias Tóxicas e Infectantes ........................... 391
Classe de Risco 8 — Substâncias Corrosivas ............................................ 392
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Classe de Risco 9 — Substâncias e artigos perigosos diversos, incluindo as
substâncias que apresentam risco para o meu ambiente. .......................... 393
Resumo do Módulo ..................................................................................... 397
Exercícios de fixação .................................................................................. 398
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 400
Página 5
LEGISLAÇÃO DE
TRÂNSITO
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Objetivos de Aprendizagem
- Entender o propósito do Código de Trânsito Brasileiro e reconhecer a importância de
seus conceitos e definições.
- Conhecer as determinações do CTB quanto às categorias de habilitação e sua relação
direta com o tipo de veículo conduzido.
- Conhecer e saber utilizar corretamente a sinalização viária na condução dos diferentes
veículos existentes.
- Conhecer as infrações, penalidades e medidas administrativas relacionadas ao trânsito.
- Conhecer e saber utilizar corretamente as regras gerais de estacionamento, parada,
conduta e circulação no trânsito.
- Entender o propósito do transporte de produtos perigosos e reconhecer a importância de
seus conceitos e definições.
- Conhecer e saber realizar o acondicionamento de produtos perigosos em veículos de
cargas.
- Identificar a proibição do transporte de animais, produtos para uso humano ou animal
(alimentos, medicamentos e embalagens afins), juntamente com produtos perigosos.
- Conhecer as responsabilidades do condutor durante o transporte de produtos perigosos.
- Identificar a documentação exigida para o transporte de produtos perigosos, a sinalização
necessária nos veículos e nas embalagens, bem como, os demais itens relacionados para
a realização do transporte de forma eficiente e eficaz.
- Entender a importância da utilização do registrador instantâneo e inalterável de
velocidade e tempo nos veículos que transportam produtos perigosos.
- Entender o propósito da lei dos caminhoneiros e sua repercussão na atividade de
transporte de produtos perigosos.
- Conhecer e identificar as sanções administrativas aplicáveis ao transportador e ao
expedidor pelo descumprimento do Regulamento para o Transporte Rodoviário de
Produtos Perigosos.
Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará neste módulo:
Determinações do CTB quanto à(s):
- Categoria de habilitação e relação com veículos conduzidos;
- Documentação exigida para condutor e veículo;
- Sinalização viária;
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- Infrações, crimes de trânsito e penalidades;
- Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e circulação.
No que diz respeito à legislação específica e normas sobre transporte de produtos
perigosos, abordaremos os seguintes pontos:
- Cargas de produtos perigosos;
- Conceitos, considerações e exemplos.
- Acondicionamento:
- Verificação da integridade do acondicionamento (se há vazamentos ou contaminação
externa);
- Proibição do transporte de animais, produtos para uso humano ou animal (alimentos,
medicamentos e embalagens afins), juntamente com produtos perigosos;
- Utilização do veículo que transporta produtos perigosos para outros fins;
descontaminação quando permitido.
Já sobre as responsabilidades do condutor durante o transporte, veremos:
- Fatores de interrupção da viagem;
- Participação do condutor no carregamento e descarregamento do veículo;
- Trajes e equipamentos de proteção individual.
Estudaremos também aspectos relacionados à documentação e simbologia, dentre eles:
- Documentos fiscais e de trânsito;
- Documentos e símbolos relativos aos produtos transportados:
- Certificados de capacitação;
- Ficha de emergência;
- Envelope para o transporte;
- Marcação e rótulos nas embalagens;
- Rótulos de risco principal e subsidiário;
- Painel de segurança;
- Sinalização em veículos.
Conheceremos o registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo,
especificamente sua(seu):
- Definição;
- Funcionamento;
- Importância e obrigatoriedade do seu uso;
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- A Lei dos Caminhoneiros e sua Repercussão na Atividade de Transporte Rodoviário de
Produtos Perigosos.
E, encerrando nosso módulo, trataremos das infrações e penalidades (CTB e legislação
específica), conhecendo um pouco mais sobre:
- Tipificações, multas e medidas administrativas.
Introduzimos também nesse módulo, conteúdos diferenciados denominados partes
especiais, os quais irão além do conteúdo programático, indicando a você motorista
condições do dia a dia acerca do transporte rodoviário de produtos perigosos.
Nesse sentido, quando tratarmos desses temas, teremos o título específico, indicando a
você que se trata de situação que poderá ser essencial para o seu cotidiano quando de
fato transportar produtos perigosos.
Dessa forma, a LM CURSOS DE TRÂNSITO não está preocupada somente nas condições
impostas para a realização de uma avaliação de verificação de conhecimentos, está
igualmente comprometida em proporcionar o aprendizado necessário para que realize o
transporte de produtos perigosos com eficiência, eficácia, atendendo as normativas
vigentes, evitando assim, sanções, interrupções indesejadas da viagem,
responsabilizações, dentre outras situações caso este transporte esteja sendo realizado de
forma irregular.
Realizadas as considerações iniciais, desejamos a você um ótimo aprendizado e um
excelente curso!
Introdução
Caro(a) Aluno (a),
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB), documento que rege a movimentação nas vias
terrestres em todo o território nacional, comemorou 25 anos da sua entrada em vigor em
janeiro de 2023. O atual CTB representa uma inovação na legislação de trânsito por
apresentar capítulos que tratam da Educação, da Proteção ao Pedestre e do Meio
Ambiente.
Entretanto, duas décadas e meia depois, verifica-se que o desconhecimento e o
desrespeito aos seus artigos são constantes e respondem por inúmeros sinistros
registrados todos os dias em nosso país.
Com o intuito de revisar e atualizar seus conhecimentos, neste módulo abordaremos
diversos tópicos do CTB, assim como outros mandamentos normativos que interferem em
nosso trânsito. Além disso, indicaremos amplo material complementar que possibilitará a
continuidade de seus estudos sobre o tema.
Esperamos, ao final desta jornada, possibilitar a compreensão da relação existente entre o
cumprimento das normas de trânsito, o respeito ao direito constitucional de ir e vir e a
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construção coletiva da mobilidade pacífica e consciente que todos desejamos. Afinal,
conforme prevê o Código de Trânsito Brasileiro, capítulo I, Art. 1º, §2º:
O trânsito em condições seguras, é um direito de todos.
Bons estudos!
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Categoria de habilitação e relação com veículos
conduzidos
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CATEGORIA ACC
– Ciclomotores;
– Bicicletas dotadas originalmente de motor elétrico auxiliar, bem como aquelas que
tiverem o dispositivo motriz agregado posteriormente à sua estrutura, em que se
verifique, ao menos, uma das seguintes situações:
I – com potência nominal superior a 350 W;
II – velocidade máxima superior a 25 km/h;
III – funcionamento do motor sem a necessidade de o condutor pedalar; e
IV – dispor de acelerador ou de qualquer outro dispositivo de variação manual de
potência.
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CATEGORIA A
– Veículos automotores e elétricos, de duas ou três rodas, com ou sem carro lateral ou
semirreboque especialmente projetado para uso exclusivo deste veículo;
– Todos os veículos abrangidos pela ACC.
Obs.: Não se aplica a quadriciclos, cuja categoria é a B.
lateral
CATEGORIA B
– Veículos automotores e elétricos, não abrangidos pela categoria A, cujo Peso Bruto
Total (PBT) não exceda a 3.500 kg e cuja lotação não exceda a oito lugares, excluído o
do motorista;
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Caminhonete (PBT menor ou igual a 3500 Kg)
Combinação (reboque com PBT menor que 6000 Kg e lotação de até 8 passageiros)
– Veículos automotores da espécie motor-casa, cujo peso não exceda a 6.000kg e cuja
lotação não exceda a oito lugares, excluído o do motorista;
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Motor-casa com PBT de até 6000 Kg e lotação de até 8 passageiros
Trator agrícola
CATEGORIA C
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3.500 kg;
– Veículos automotores da espécie motor-casa, cujo PBT ultrapasse 6.000 kg, e cuja
lotação não exceda a oito lugares, excluído o do motorista;
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– Todos os veículos abrangidos pela categoria B.
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CATEGORIA D
Microônibus Ônibus
Kombi escolar
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– Ônibus articulado;
Ônibus articulado
CATEGORIA E
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– Todos os veículos abrangidos nas categorias B, C e D.
"B" PARA "C" - Somente após o motorista ter cumprido um ano na categoria "B"
Aqueles condutores que desejarem habilitar-se nas categorias “D” e “E" ou conduzir
veículo de transporte coletivo de passageiros, de escolares, de emergência, de produto
perigoso ou de cargas indivisíveis, além do requisito temporal apresentado na tabela
acima, ainda deverão ser maior de 21 anos e não poderão ter cometido mais de uma
infração gravíssima nos últimos 12 meses.
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Documentos do condutor e do veículo: apresentação
e validade
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro e regulamentação do Contran, são documentos
de porte obrigatório:
I – Autorização para Conduzir Ciclomotor - ACC, Permissão para Dirigir ou Carteira
Nacional de Habilitação - CNH, no original;
A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em meio físico e/ou digital, à escolha do
condutor, em modelo único e de acordo com as especificações do Contran, atendidos os
pré-requisitos estabelecidos neste Código, conterá fotografia, identificação e número de
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do condutor, terá fé pública e equivalerá a
documento de identidade em todo o território nacional.
O porte é por meio físico ou digital e poderá ser dispensado se no ato da abordagem o
agente fiscalizador dispuser de consulta aos sistemas informatizados para verificar se o
condutor está habilitado.
A partir de 1º de junho de 2022, entrou em vigor a nova Carteira Nacional de Habilitação
(CNH).
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Mudanças na CNH
● A cor verde deixa de ser predominante no documento, que passa a ter também a
cor amarela;
● Elementos gráficos foram inseridos no modelo para dificultar fraudes e falsificações;
● Uma tabela identifica os tipos de veículos que o motorista está apto a conduzir;
● A nova CNH também permite que o condutor use o nome social e, se desejar,
filiação afetiva;
● Outra novidade é a indicação das letras "P" ou "D", para motoristas que possuem,
respectivamente, apenas permissão para dirigir ou a CNH definitiva;
● No mesmo documento deverão constar informações sobre possíveis restrições
médicas do motorista e se ele exerce atividade remunerada;
● Um código internacional utilizado nos passaportes foi incorporado ao modelo, o que
permitirá ao condutor embarcar em terminais de autoatendimento nos aeroportos
brasileiros com a CNH;
● O documento também vai contar com versões traduzidas para inglês e espanhol.
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ATENÇÃO
ACC e Permissão para Dirigir, também poderão ser emitidas em meio físico
e/ou digital.
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II – Certificado de Registro e Licenciamento Anual - CRLV-e, no original;
O Certificado de Licenciamento Anual será expedido ao veículo licenciado, vinculado ao
Certificado de Registro de Veículo, em meio físico e/ou digital, à escolha do
proprietário, de acordo com o modelo e com as especificações estabelecidos pelo
Contran.
O porte é por meio físico ou digital e poderá ser dispensado se no ato da abordagem o
agente fiscalizador dispuser de consulta aos sistemas informatizados para verificar se o
veículo está licenciado.
Cabe observar que caso o proprietário do veículo opte pela expedição do documento em
meio físico, o CRLV-e será impresso em papel A4 comum branco, conforme apresentado
na imagem acima.
SAIBA MAIS
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III - Autorização Especial de Trânsito – AET;
Aos veículos ou combinações de veículos de carga que não se enquadrem nos limites de
peso e dimensões estabelecidos pelo Contran, poderá ser concedida, pela autoridade com
circunscrição sobre a via, uma Autorização Especial de Trânsito. Este documento é de
porte obrigatório e somente poderá ser apresentado em meio físico.
ATENÇÃO
O condutor de veículo de transporte coletivo de passageiros, de escolares,
de emergência, de produto perigoso, de cargas indivisíveis, de mototáxi ou
de moto-frete deverá ser aprovado em curso especializado e a
comprovação desta situação se dá somente através do registro
correspondente no RENACH (Sistema informatizado do Registro Nacional
de Carteiras de Habilitação), nos termos da Resolução Contran nº 985/2022.
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Sinalização viária
SAIBA MAIS
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SINALIZAÇÃO VERTICAL
A sinalização vertical é aquela cujo meio de comunicação está na posição vertical,
normalmente em uma placa, fixada ao lado ou suspenso sobre a pista, transmitindo
mensagens de caráter permanente e, eventualmente, variáveis. A sinalização vertical, de
acordo com sua função, classifica-se em:
I - Regulamentação;
II - Advertência; ou
III - Indicação.
Regulamentação
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seu desrespeito constitui "infração de trânsito".
Advertência
Indicação
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SINALIZAÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO
A sinalização vertical de regulamentação informa aos usuários as condições, proibições,
obrigações ou restrições no uso das vias urbanas e rurais. O desrespeito a estes sinais
constitui infração aio Código de Trânsito Brasileiro.
Veja alguns exemplos de placas de regulamentação:
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R-9 — Proibido o trânsito de caminhões
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SINALIZAÇÃO DE ADVERTÊNCIA
A sinalização vertical de advertência alerta aos usuários as condições potencialmente
perigosas, obstáculos ou restrições existentes na via ou adjacentes a ela, indicando a
natureza dessas situações à frente, quer sejam permanentes ou eventuais.
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A-20a — Declive acentuado
Adverte ao condutor do veículo da existência, adiante, de
local sinalizado com faixa de travessia de pedestres.
SINALIZAÇÃO DE INDICAÇÃO
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A sinalização vertical de indicação tem por finalidade identificar as vias e os locais de
interesse, bem como orientar condutores de veículos quanto aos percursos, os destinos,
as distâncias, os serviços auxiliares e ter como função a educação do usuário.
As Placas de Identificação posicionam o condutor ao longo do seu deslocamento ou com
relação a distâncias ou ainda aos locais de destino.
Veja exemplo de placa de identificação:
Placa de Identificação
Rodovias e Estradas Federais.
As Placas Educativas têm a função de educar aos usuários da via quanto ao seu
comportamento adequado e seguro no trânsito. Podem conter mensagens que reforcem
normas gerais de circulação.
Veja exemplo de placa de educativa:
Sinalização de Indicação
Placa Educativa.
As Placas de Serviços Auxiliares indicam aos usuários da via os locais onde os mesmos
podem dispor dos serviços indicados, orientando sua direção ou identificando estes
serviços.
Veja exemplo de placa de serviços auxiliares:
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Pronto socorro
Posto de Abastecimento
Atendimento mecânico
Restaurante ou lanchonete
Pátio coletivo de estacionamento
As Placas de Atrativos Turísticos indicam aos usuários da via os locais onde eles podem
dispor de atrativos turísticos existentes, orientando sobre sua direção ou identificando
estes pontos de interesse.
Veja exemplo de placa de atrativo turístico:
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SINALIZAÇÃO HORIZONTAL
A sinalização horizontal utiliza linhas, marcações, símbolos e legendas sobre o pavimento
das vias. Sua função é:
I - Organizar o fluxo de veículos e pedestres;
II - Controlar e orientar os deslocamentos em situações com problemas de
geometria, topografia ou obstáculos;
III - Complementar os sinais verticais de regulamentação, advertência ou indicação;
e
IV - Regulamentar os casos previstos no Código de Trânsito Brasileiro.
Em algumas situações a sinalização horizontal atua, por si só, como controladora de
fluxos. Pode ser empregada como reforço da sinalização vertical, bem como ser
complementada com dispositivos auxiliares. Em casos específicos, tem poder de
regulamentação.
PADRÃO DE TRAÇADO
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Tracejado ou seccionado: linhas interrompidas, com espaçamentos iguais ou maior que
o traço. A simples tracejada permite a ultrapassagem em ambos os sentidos, a dupla
contínua e tracejada proíbe a ultrapassagem no lado contínuo e permite no lado tracejado.
CORES
Vermelha: utilizada para contrastar a marca viária e o pavimento das ciclofaixas e ciclovias e
nos símbolos de hospitais e farmácias (cruz).
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Azul: utilizada nas pinturas de símbolos de pessoas com deficiência, em áreas especiais de
estacionamento ou de parada para embarque e desembarque.
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DISPOSITIVOS AUXILIARES
São elementos aplicados na via ou em obstáculos próximos a ela, de forma a tornar mais
eficiente e segura a operação do trânsito.
Sua função é aumentar a visibilidade da sinalização, do alinhamento da via e dos
obstáculos à circulação; reduzir a velocidade do trânsito; reduzir os sinistros e minimizar
sua gravidade; alertar os condutores quanto a situações de perigo potencial, em caráter
permanente ou temporário; fornecer proteção aos usuários da via e da ocupação às
margens dela; controlar o acesso de veículos em determinadas vias, áreas e passagens de
nível.
Os dispositivos auxiliares são utilizados para complementar a sinalização padronizada e,
quando isolados, não possuem função de regulamentar a circulação nas vias públicas.
Cone
Tachão
DISPOSITIVOS LUMINOSOS
São elementos que utilizam recursos luminosos para proporcionar melhor visualização, ou
que, conjugados a elementos eletrônicos, permitem a variação da sinalização ou de
mensagens.
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Veja exemplos de dispositivos auxiliares:
SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA
É um subsistema da sinalização viária que se compõe de indicações luminosas acionadas
alternada ou intermitentemente através de sistema elétrico/eletrônico, cuja função é
controlar os deslocamentos ou advertir de uma situação perigosa na via.
Existem dois grupos:
Sinalização semafórica de regulamentação:
A sinalização semafórica de regulamentação tem a função de efetuar o controle do trânsito
num cruzamento ou seção de via, através de indicações luminosas, alternando o direito de
passagem dos vários fluxos de veículos e/ou pedestres.
Cabe destacar que é livre o movimento de conversão à direita diante de sinal vermelho do
semáforo onde houver sinalização indicativa que permita essa conversão, observados
as seguintes precauções:
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- Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o condutor do veículo deve
demonstrar prudência especial, transitando em velocidade moderada, de forma que
possa deter seu veículo com segurança para dar passagem a pedestre e a veículos
que tenham o direito de preferência.
- Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe seja favorável, nenhum condutor
pode entrar em uma interseção se houver possibilidade de ser obrigado a imobilizar
o veículo na área do cruzamento, obstruindo ou impedindo a passagem do trânsito
transversal.
- Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre as faixas delimitadas para
esse fim terão prioridade de passagem, exceto nos locais com sinalização
semafórica, onde deverão ser respeitadas as disposições deste Código.
Veja exemplos de sinalizações semafóricas de regulamentação:
Agora vejamos o significado das cores utilizadas nos semáforos para pedestres e para
veículos:
Para pedestres:
Verde: Atravessar
Para veículos:
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Sinalização semafórica de advertência:
A sinalização semafórica de advertência tem a função de advertir sobre a existência de
obstáculo ou situação perigosa, devendo o condutor reduzir a velocidade e adotar as
medidas de precaução compatíveis com a segurança para seguir adiante.
DISPOSITIVOS SONOROS
Sinal sonoro é aquele emitido por um agente da autoridade de trânsito e somente deve ser
utilizado junto com os gestos dos agentes.
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Sinais de apito Significado Emprego
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Existem os gestos efetuados tanto pelos agentes de trânsito quanto pelos condutores, que
também são sinais de trânsito.
GESTOS DOS CONDUTORES
São movimentos convencionais de braço, adotados exclusivamente pelos condutores, para
orientar ou indicar que vão efetuar uma manobra de mudança de direção, redução brusca
de velocidade ou parada.
Sinal
Diminuir a marcha ou
Significado Dobrar à esquerda Dobrar à direita
parar
ATENÇÃO
Sinal
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Braço levantado verticalmente, com a palma da mão para a frente
Sinal
Sinal
Sinal
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Braço estendido horizontalmente, com a palma da mão para baixo,
fazendo movimentos verticais.
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Sinal
Sinal
SAIBA MAIS
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Infrações, crimes de trânsito e penalidade
PENALIDADES
As penalidades previstas no CTB serão impostas ao condutor, ao proprietário do veículo,
ao embarcador e ao transportador.
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O transportador é o responsável pela infração relativa ao transporte de carga com excesso
de peso nos eixos ou quando a carga proveniente de mais de um embarcador ultrapassar
o peso bruto total.
TIPOS DE PENALIDADES
O Código de Trânsito Brasileiro estabelece em seu Art. 256 que os infratores estão sujeitos
às seguintes penalidades:
I - Advertência por escrito;
II - Multa;
III - Suspensão do direito de dirigir;
IV - Cassação da Carteira Nacional de Habilitação – CNH;
V - Frequência obrigatória em curso de reciclagem.
Cabe observar que, antes da aplicação da penalidade pela autoridade de trânsito, ela deve
instaurar processo administrativo, com fundamento nos seguintes normativos:
● Multa e advertência por escrito: Resolução Contran n° 918/2022;
● Suspensão do direito de dirigir e Cassação da Carteira Nacional de Habilitação –
CNH: Resolução Contran n° 723/2018 (alterada pela Res. Contran n° 844/2021); e
● Cassação decorrente de crime de trânsito: Resolução Contran n° 300/2008.
MULTA
As infrações puníveis com multa classificam-se, de acordo com sua gravidade, em quatro
categorias, e para cada uma delas é atribuída uma pontuação ao condutor. Veja a tabela a
seguir:
Página 48
NATUREZA PONTUAÇÃO VALOR
LEVE 3 R$ 88,38
MÉDIA 4 R$ 130,16
GRAVE 5 R$ 195,23
GRAVÍSSIMA 7 R$ 293,47
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Além das infrações mandatórias, o CTB também estabelece outras infrações que não
são pontuáveis, conforme tabela a seguir:
Por fim, o outro caso em que não é aplicável a pontuação referente às infrações
praticadas por passageiros usuários do serviço de transporte rodoviário de
passageiros em viagens de longa distância transitando em rodovias com a utilização de
ônibus, em linhas regulares intermunicipal, interestadual, internacional e aquelas em
viagem de longa distância por fretamento e turismo ou de qualquer modalidade, excluídas
as situações regulamentadas pelo Contran, conforme disposto no art. 65, do CTB.
Página 50
I - Sempre que o infrator atingir, no período de 12 (doze) meses, a seguinte
contagem de pontos:
a) 20 (vinte) pontos, caso constem 2 (duas) ou mais infrações gravíssimas
na pontuação;
b) 30 (trinta) pontos, caso conste 1 (uma) infração gravíssima na pontuação;
e
c) 40 (quarenta) pontos, caso não conste nenhuma infração gravíssima na
pontuação;
II - Por transgressão às normas estabelecidas no CTB, cujas infrações
preveem, de forma específica, a penalidade de suspensão do direito de dirigir,
ou seja, infrações mandatórias.
Página 51
O condutor que, notificado da penalidade de suspensão do direito de dirigir conduzir
veículo automotor em via pública, incorrerá na infração de dirigir veículo com a CNH,
permissão para dirigir ou ACC, cassada ou suspensa (prevista no inciso II, do art. 162, do
CTB).
O processo de suspensão do direito de dirigir pelo cometimento de infração mandatória
deverá ser instaurado concomitantemente ao processo de aplicação da penalidade de
multa, e ambos serão de competência do órgão ou entidade responsável pela aplicação da
multa, na forma definida pelo Contran.
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perigosa, mediante arrancada brusca, derrapagem ou
frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus
CURSO DE RECICLAGEM
O infrator será submetido a curso de reciclagem, na forma estabelecida pelo
CONTRAN:
ATENÇÃO
Página 53
Recentemente foi criado o Registro Nacional Positivo de Condutores (RNPC), o qual pode
beneficiar os condutores que tenham um bom comportamento no trânsito, ou seja, não
tenham cometido nos últimos 12 (doze) meses infração de trânsito sujeita à pontuação,
conforme regulamentação do Contran. Entretanto, para fazer parte do Cadastro o condutor
tem que autorizar que seu nome entre nesse registro, o qual é administrado pela Senatran,
atualizado mensalmente e poderá ser consultado por qualquer cidadão.
SAIBA MAIS
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão utilizar o
RNPC para conceder benefícios fiscais ou tarifários aos condutores
cadastrados, na forma da legislação específica da cada ente da Federação.
CRIMES DE TRÂNSITO
O Código de Trânsito Brasileiro, atento à realidade de violência e impunidade que reinava
nas vias terrestres abertas à circulação em território nacional, onde continua sendo comum
a prática de atos que, não raro, acabam por levar à morte pessoas inocentes, tratou de
tipificar condutas que, acaso praticadas na direção de veículos, serão consideradas como
crimes de trânsito.
Página 54
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do
acidente;
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de
passageiros.
Além disso, se o agente conduz veículo automotor sob a influência de álcool ou de
qualquer outra substância psicoativa que determine dependência:
OMISSÃO DE SOCORRO
Somente aquele que se envolveu em acidente de trânsito pode ser o autor deste crime. Se
houve homicídio ou lesão corporal e o causador do acidente não prestar socorro, ele
responderá pelo crime correspondente (art. 302 ou 303) e sua pena será aumentada de
um terço à metade.
A pena para a omissão como crime isolado é de seis meses a um ano de detenção.
Página 55
ATENÇÃO
Página 56
A verificação do estado de alteração pode ser obtida mediante teste de alcoolemia ou
toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em
direito admitidos, observado o direito à contraprova.
Página 57
conduzir veículo sem possuir CNH, PPD ou ACC, conforme previsto no art. 162, inciso I,
do CTB.
PERMITIR, CONFIAR OU ENTREGAR A DIREÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR À
PESSOA INABILITADA
O simples fato de entregar o veículo a uma pessoa que não seja habilitada já configura
esse crime, que prevê pena de seis meses a um ano de detenção.
Página 58
CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES
● Com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave dano
patrimonial a terceiros;
● Utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas;
● Sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
● Com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria diferente da do
veículo;
● Quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o transporte de
passageiros ou de carga;
● Utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou características
que afetem a sua segurança ou o seu funcionamento de acordo com os limites de
velocidade prescritos nas especificações do fabricante;
● Sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a pedestres.
Página 59
Institui o Código de Trânsito Brasileiro no seu art. 161 que constitui infração de trânsito a
inobservância de qualquer dos seus preceitos ou da legislação complementar e que o
infrator se sujeita às penalidades, às medidas administrativas e às punições nele previstas.
Gravíssima
Dirigir veículo sem possuir Carteira Retenção do veículo até
Nacional de Habilitação, Permissão a apresentação de
Art. 162, I para Dirigir ou Autorização para Multa condutor habilitado
Conduzir Ciclomotor
(três vezes)
Página 60
(três vezes) condutor habilitado
Gravíssima
Dirigir veículo com Carteira Nacional de Retenção do veículo até
Art. 162, III Habilitação ou Permissão para Dirigir a apresentação de
de categoria diferente da do veículo Multa condutor habilitado
que esteja conduzindo
(duas vezes)
Gravíssima
Retenção do veículo até
Dirigir veículo com Carteira Nacional de
Art. 162, V Habilitação vencida há mais de 30 a apresentação de
(trinta) dia condutor habilitado
Multa
Gravíssima
Retenção do veículo até
Dirigir veículo sem possuir os cursos
Art. 162, VII especializados ou específicos a apresentação de
obrigatórios condutor habilitado
Multa
as mesmas
Permitir que pessoa nas condições Retenção do veículo até
Art. 164 referidas nos incisos do Art. 162 tome previstas nos a apresentação de
posse do veículo automotor e passe a incisos do
condutor habilitado
conduzi-lo na via Art. 162
Página 61
Gravíssima
Art. 230, V Conduzir o veículo que não esteja Remoção do veículo
registrado e devidamente licenciado Multa
Leve
Média
Deixar de efetuar o registro de veículo Multa
Art. 233 no prazo de trinta dias, junto ao órgão Remoção do veículo
executivo de trânsito, ocorridas as Obs: Não tem
hipóteses previstas no art. 123 cômputo de
pontos
Página 62
Quando proibido o estacionamento na via, a parada deverá restringir-se ao tempo
indispensável para embarque ou desembarque de passageiros, desde que não interrompa
ou perturbe o fluxo de veículos ou a locomoção de pedestres.
O condutor e os passageiros não deverão abrir a porta do veículo, deixá-la aberta ou
descer do veículo sem antes se certificar de que isso não constitui perigo para eles e para
outros usuários da via.
O embarque e o desembarque devem ocorrer sempre do lado da calçada, exceto para o,
condutor.
Em motocicletas, motonetas e ciclomotores o embarque e desembarque devem ocorrer
pelo lado da esquerda para evitar se queimar com o escapamento, com o veículo
perpendicular a via.
Para a correta interpretação das condutas que são consideradas infrações de trânsito é
fundamental a compreensão dos seguintes conceitos:
Estacionamento: imobilização de veículos por tempo superior ao necessário para
embarque ou desembarque de passageiros.
Parada: imobilização do veículo com a finalidade e pelo tempo estritamente necessário
para efetuar embarque ou desembarque de passageiros.
Circulação: movimentação de pessoas, animais e veículos em deslocamento, conduzidos
ou não, em vias públicas ou privadas abertas ao público e de uso coletivo.
Média Remoção do
Art. 181, I Nas esquinas e a menos de cinco metros do
bordo do alinhamento da via transversal Multa veículo
Leve Remoção do
Art. 181, II Afastado da guia da calçada (meio-fio) de
cinquenta centímetros a um metro Multa veículo
Grave Remoção do
Art.181, III Afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de
um metro Multa veículo
Página 63
Média Remoção do
Art. 181, IV Em desacordo com as posições estabelecidas no
CTB Multa veículo
Leve Remoção do
Art. 181, VII Nos acostamentos, salvo motivo de força maior
Multa veículo
Média Remoção do
Art. 181, IX Onde houver guia de calçada (meio-fio) rebaixada
destinada à entrada ou saída de veículos Multa veículo
Média Remoção do
Art. 181, X Impedindo a movimentação de outro veículo
Multa veículo
Grave Remoção do
Art. 181, XI Ao lado de outro veículo em fila dupla
Multa veículo
Grave Remoção do
Art. 181, XII Na área de cruzamento de vias, prejudicando a
circulação de veículos e pedestres Multa veículo
Página 64
Art. 181, XIII passageiros de transporte coletivo ou, na Multa veículo
inexistência desta sinalização, no intervalo
compreendido entre dez metros antes e depois do
marco do ponto
Grave Remoção do
Art. 181, XIV Nos viadutos, pontes e túneis
Multa veículo
Grave
Art. 181, XV Na contramão de direção –
Multa
Média Remoção do
Art. 181, XVIII Em locais e horários proibidos especificamente
pela sinalização (placa - Proibido Estacionar) Multa veículo
Página 65
Veja a seguir as infrações de parada previstas no CTB:
Enquadramento Infração
Tipo de estacionamento proibido
no CTB Penalidade
Média
Art. 182, I Nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do
alinhamento da via transversal Multa
Leve
Art. 181, II Afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinqüenta
centímetros a um metro Multa
Média
Art. 182, III Afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um metro
Multa
Leve
Art. 182, IV Em desacordo com as posições estabelecidas no CTB
Multa
Grave
Art. 182, V Na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das vias de
trânsito rápido e das vias dotadas de acostamento Multa
Média
Art. 182, VII Na área de cruzamento de vias, prejudicando a circulação de
veículos e pedestres Multa
Média
Art. 182, VIII Nos viadutos, pontes e túneis
Multa
Média
Art. 182, IX Na contramão de direção
Multa
Página 66
Média
Art. 182, X Em local e horário proibidos especificamente pela sinalização
(placa - Proibido Parar) Multa
Grave
Art. 182, XI Sobre ciclovia ou ciclofaixa
Multa
Média
Art. 183 Parar o veículo sobre a faixa de pedestres na mudança de sinal
luminoso Multa
Página 67
competente
Média
Art. 188 Transitar ao lado de outro veículo, interrompendo –
ou perturbando o trânsito Multa
Página 68
identificada por dispositivos regulamentares de Multa
alarme sonoro e iluminação intermitente
Gravíssima
multa (dez
vezes) e
suspensão
do direito
Forçar passagem entre veículos que, transitando de dirigir
Art. 191 em sentidos opostos, estejam na iminência de –
Obs: Aplica-
passar um pelo outro ao realizar operação de se em dobro a
ultrapassagem multa prevista
no caput em
caso de
reincidência
no período de
até 12 meses
da infração
Gravíssima
Transitar com o veículo em calçadas, passeios,
passarelas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, Multa
Art. 193 ajardinamentos, canteiros centrais e divisores de –
pista de rolamento, acostamentos, marcas de (Três
canalização, gramados e jardins públicos vezes)
Página 69
foi revogado I - deixar de manter acesa a luz baixa:
Página 70
O Código de Trânsito Brasileiro deixa claro em seu artigo 3º que a sua abrangência não se
restringe apenas aos condutores e proprietários de veículos brasileiros, sendo válido para
estrangeiros e outras pessoas nele mencionadas.
Neste contexto, o CTB estabelece em seu art. 254 que o pedestre poderá estar sujeito a
uma infração leve, punível com uma multa de 50% do valor desta infração, quando:
I - permanecer ou andar nas pistas de rolamento, exceto para cruzá-las onde for permitido;
II - cruzar pistas de rolamento nos viadutos, pontes, ou túneis, salvo onde exista
permissão;
III - atravessar a via dentro das áreas de cruzamento, salvo quando houver sinalização
para esse fim;
IV - utilizar-se da via em agrupamentos capazes de perturbar o trânsito, ou para a prática
de qualquer folguedo, esporte, desfiles e similares, salvo em casos especiais e com a
devida licença da autoridade competente;
V - andar fora da faixa própria, passarela, passagem aérea ou subterrânea;
VI - desobedecer à sinalização de trânsito específica;
Página 71
Já para os ciclistas o CTB definiu apenas uma infração de trânsito referente à conduta de
conduzir bicicleta em passeios onde não seja permitida a circulação desta, ou de forma
agressiva, a qual é uma infração média, com penalidade de multa e a possibilidade de
remoção da bicicleta.
Veja na figura abaixo algumas dicas de comportamento para a perfeita convivência entre
veículos automotores e ciclistas na via pública.
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Regras gerais de estacionamento, parada, conduta
e circulação
A circulação será feita pelo lado direito da via, admitindo-se as exceções devidamente
sinalizadas. O condutor deve respeitar as faixas da direita destinadas aos veículos mais
lentos e de maior porte (quando não houver faixa especial para estes), e, as da esquerda à
ultrapassagem e aos veículos de maior velocidade, além de manter distância segura. Caso
contrário, fica sujeito à multa.
Página 73
Fique atento à sinalização, pois transitar na faixa ou pista de circulação exclusiva de outros
veículos é considerada uma infração, estando o infrator sujeito a multa, além da apreensão
e remoção do veículo.
Veja a seguir algumas infrações por desobediência às normas gerais de circulação e
conduta previstas no CTB:
Retenção do
Grave veículo até que
Art. 167 Deixar o condutor ou passageiro de usar o
cinto de segurança Multa a irregularidade
seja sanada
Retenção do
Transportar crianças em veículo automotor Gravíssima veículo até que
Art. 168 sem observância das normas de segurança
Multa a irregularidade
especiais estabelecidas neste Código seja sanada
Gravíssima
Multa
(cinco vezes)
Ultrapassar pela contramão outro veículo
Art. 203, V onde houver marcação viária longitudinal de –
divisão de fluxos opostos do tipo linha dupla
contínua ou simples contínua amarela Obs: Aplica-se em
dobro a multa
prevista no caput em
caso de reincidência
no período de até 12
(doze) meses da
infração anterior
Grave Retenção do
Conduzir pessoas, animais ou carga nas
Art. 235 partes externas do veículo, salvo nos casos veículo para
Multa transbordo
devidamente autorizados
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ULTRAPASSAGEM
A ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá ser feita pela esquerda e antes de
efetuar uma ultrapassagem o condutor deve certificar-se de que:
● Nenhum condutor que venha atrás haja começado uma manobra para ultrapassá-lo;
● Quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja indicado o propósito de
ultrapassar um terceiro;
● A faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa extensão suficiente para que sua
manobra não ponha em perigo ou obstrua o trânsito que venha em sentido
contrário.
ATENÇÃO
Quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem, se aproximarem de local não
sinalizado, terá preferência de passagem:
● No caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, aquele que estiver
circulando por ela;
● No caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela;
Página 75
● Nos demais casos, o que vier pela direita do condutor.
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O USO DO PISCA-ALERTA
O condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes situações:
● Em imobilizações ou situações de emergência;
● Quando a regulamentação da via assim o determinar.
ATENÇÃO
II - nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta, exceto ao cruzar com outro
veículo ou ao segui-lo;
III - a troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e por curto período de tempo, com o
objetivo de advertir outros motoristas, só poderá ser utilizada para indicar a intenção de
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ultrapassar o veículo que segue à frente ou para indicar a existência de risco à segurança
para os veículos que circulam no sentido contrário;
Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá ser feita nos locais para isto
determinados, quer por meio de sinalização, quer pela existência de locais apropriados, ou,
ainda, em outros locais que ofereçam condições de segurança e fluidez, observadas as
características da via, do veículo, das condições meteorológicas e da movimentação de
pedestres e ciclistas.
Página 78
CLASSIFICAÇÃO DE VIAS
As vias abertas à circulação, de acordo com sua utilização, classificam-se em vias urbanas
e rurais.
São vias urbanas as de trânsito rápido, arterial, coletora e local. Enquanto as vias rurais
são as estradas e rodovias.
De acordo com o Anexo I do CTB, a definição de cada uma dessas vias é a seguinte:
VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO: aquela caracterizada por acessos especiais com trânsito
livre, sem interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem
travessia de pedestres em nível.
VIA ARTERIAL: aquela caracterizada por interseções em nível, geralmente controlada por
semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais,
possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade.
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VIA COLETORA: aquela destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade
de entrar ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das
regiões da cidade.
VIA LOCAL: aquela caracterizada por interseções em nível não semaforizadas, destinada
apenas ao acesso local ou a áreas restritas.
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VELOCIDADES PERMITIDAS
A velocidade máxima permitida nessas vias quando NÃO houver sinalização indicando a
velocidade será:
AUTOMÓVEIS
CAMIONETAS 110 km/h
CAMINHONETES
MOTOCICLETAS
AUTOMÓVEIS
CAMIONETAS 100 km/h
CAMINHONETES
MOTOCICLETAS
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA E
NORMAS SOBRE TRANSPORTE DE
PRODUTOS PERIGOSOS
Cargas de produtos perigosos – conceito,
considerações e exemplos
Qual a diferença entre carga perigosa e produto perigoso?
Carga perigosa pode representar qualquer carregamento mal estivado ou acondicionado
em um veículo (por exemplo, transporte de toras e madeira bruta) capaz de provocar um
acidente, devido ao risco de queda ou tombamento, porém, sem colocar a população ou o
meio ambiente em condição de risco direto de explosão, incêndio, intoxicação ou radiação
em razão de suas características.
Já no carregamento constituído por produtos perigosos para fins de transporte a condição
é diferente, em função de suas características físicas e químicas, tais como: explosividade,
inflamabilidade, toxicidade, radioatividade. Na ocorrência de um acidente esses produtos
perigosos podem colocar em risco a saúde das pessoas, a segurança pública e o meio
ambiente devido as características apresentadas.
Como exemplo, imagine o transporte de óleo diesel (nº ONU 1202) realizado em um
caminhão tanque da refinaria até um posto de combustível para revenda. Se no trajeto
ocorrer um acidente, além das intervenções necessárias para o atendimento do acidente
de trânsito, teremos as medidas de enfrentamento à emergência com o produto
transportado, pois, em caso de vazamento teremos o risco de inflamabilidade do produto
associado ao dano ambiental ao solo ou a algum recurso hídrico, caso existente no local
do acidente.
Deste modo, conhecer o produto, suas peculiaridades e características faz toda a diferença
para o profissional do volante, exigindo que o condutor esteja bem-preparado para o
transporte e as empresas adotem todas as medidas necessárias de prevenção para evitar
ocorrências envolvendo o transporte de produtos perigosos.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT, através da Resolução ANTT nº
5.998/2022 define o que é produto perigoso, assim como especifica quais são classificados
para o transporte.
“Produto Perigoso – significa produto que tenha potencial de causar
dano ou apresentar risco à saúde, segurança e meio ambiente,
classificado conforme os critérios estabelecidos neste Regulamento e
no Manual de Ensaios e Critérios publicado pela ONU.”
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Como podemos observar, para fins de transporte, não basta ter características física e
químicas, o produto deve estar classificado conforme critérios estabelecidos no
Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e nas suas Instruções
Complementares.
CLASSE 1 – EXPLOSIVOS
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posicionada em local de fácil acesso, próximo à porta ou tampa da carroceria e afixada de
modo a não se deslocar durante o transporte.
Página 84
Neste norte, a consulta ao contido na legislação que trata do tema é fundamental se você
for realizar este tipo de transporte.
Além disso, o transportador deve verificar a necessidade de licença/autorização ambiental
para efetuar o transporte, assim como, autorização do Exército Brasileiro, visando um
transporte seguro e de acordo com as normas vigentes.
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CLASSE 2 – GASES
A classe de risco dos gases apresenta três subclasses, cada qual com sua característica,
devemos observar a reação de cada produto para entender em qual subclasse este estará
classificado, assim como, realizar a consulta na relação de produtos perigosos.
Subclasse 2.1: Gases inflamáveis (exemplo: butano - ONU 1011, GLP - ONU 1075);
Subclasse 2.3: Gases tóxicos exemplo: (exemplo: amônia anidra - ONU 1005, cloro
– ONU 1017);
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CLASSE 4 – SÓLIDOS INFLAMÁVEIS
Subclasse 4.2:
4.2:Substâncias
Substânciassujeitas
sujeitas à combustão
à combustão espontânea
espontânea (exemplo:
(exemplo: carvão
carvão de de
tóxicos (exemplo: amônia anidra - ONU 1005, cloro - ONU 1017).
origem animal ou vegetal - ONU 1361, sulfeto de sódio anidro - ONU 1385);
Subclasse 4.3: Substâncias que, em contato com água, emitem gases inflamáveis
(exemplo: fosfeto de cálcio - ONU 1360, fosfeto de alumínio - ONU 1397, carbureto de
cálcio - ONU 1402).
A classe de risco das substâncias oxidantes e dos peróxidos orgânicos apresenta duas
subdivisões, cada qual com sua característica, devemos, portanto, observar a reação de
cada produto, realizar as devidas consultas para entender em qual subclasse o produto
estará classificado.
Cabe destacar ainda, que essa classe tem por característica o rótulo de risco, que
estudaremos mais adiante, trazer no seu vértice o número completo da subclasse que
pertence. As demais classes, por exemplo, sempre trarão o número principal. Deste modo,
tendo por exemplo um produto aerossol – ONU 1950, gás inflamável da subclasse 2.1. O
rótulo de risco fixado no veículo ou na embalagem irá trazer apenas a informação “2” no
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vértice e a cor vermelha indicará que é um rótulo de risco da classe 2 gases e subclasse
dos gases inflamáveis.
Subclasse 4.2:
5.2: Substâncias sujeitas à
Peróxidos orgânicos combustão
(exemplo: espontânea
peróxido (exemplo:
orgânico carvão–de orig
tipo B líquido
Substâncias que, em contato com água, emitem gases inflamáveis (exemplo: fosfeto de
ONU 3101, peróxido orgânico tipo C – ONU 3104).
cálcio
A classe de risco das substâncias tóxicas e infectantes apresenta duas subdivisões, cada
qual com sua característica, devemos, portanto, observar a reação de cada produto,
realizar as devidas consultas para entender em qual subclasse o produto será classificado.
Podemos ainda destacar que ambas as subclasses são responsáveis por movimentação
expressiva de produtos perigosos no Brasil.
As substâncias tóxicas em sua grande maioria movimentam o transporte de agrotóxicos,
responsáveis por combater as ervas daninhas na lavoura. Interessante destacar, que nem
todos os agrotóxicos são classificados como produtos perigosos.
Sendo assim, antes da realização do transporte de tais produtos, devemos consultar a
documentação disponibilizada, as embalagens, visando identificar se o produto é
classificado ou não.
Por outro lado, não menos importante, temos o transporte de substâncias infectantes, as
quais também há uma movimentação significativa, pois há o transporte de material
biológico que gera muitas dúvidas a você aluno, principalmente se for direcionar suas
atividades laborais para este setor.
Nos últimos anos, muito em razão da intensificação de exames laboratoriais dos mais
diversos, em especial, a coleta de amostras para verificar a questão de pacientes estarem
sob a influência do vírus relacionado ao covid-19, ocorreu aumento significativo da
Página 88
demanda neste setor e, consequentemente, o transporte destas amostras biológicas para
teste.
Nesse sentido, em que pese estarmos apresentando as mais diferentes classes,
estaremos também mais a frente, indicando o que deve ser atendido, conforme legislação
vigente, visando a realização do transporte destes materiais com segurança e nas
condições previstas no Regulamento de Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos
atualizado pela Resolução ANTT nº 5.998/2022.
Subclasse 6.2: Substâncias infectantes (exemplo: substância infectante, que afeta seres
humanos - ONU 2814, resíduos clínicos inespecíficos, N.E. - ONU 3291).
A classe de risco dos materiais radioativos aborda produtos que podem através das
partículas radioativas gerar contaminação em pessoas expostas a tais substâncias.
Deste modo, é um transporte especial que em muitas oportunidades requer a observância
de normativas da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN.
Ademais, ao contrário de outras classes de risco, é possível a realização do transporte de
produtos radioativos em veículos da espécie automóvel.
Deste modo, quem for realizar esse transporte deve estar atento a exposição a
radioatividade, realizar as verificações necessárias durante o trajeto e ao mesmo tempo
observar se a embalagem que acondiciona a substância radioativa está em perfeitas
condições. Para este tipo de transporte, conforme o risco, existe a sinalização específica
para o veículo e para a embalagem.
Para esta última na simbologia consta a informação do grupo de risco que pertence
Não há subdivisões nesta classe, mas, há características do produto e divisões por grupo
de embalagem conforme o risco do produto que está sendo transportado.
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CLASSE 8 – SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS
A classe de risco das substâncias corrosivas também é outra que abrange grande
movimentação de produtos perigosos no Brasil.
Temos diversos produtos perigosos classificados nesta classe, tais como: cloro, ácidos,
bases que são utilizados para diversas atividades na indústria, sendo, portanto, classe de
risco com intensa circulação nas vias urbanas e rodovias brasileiras.
É importante ter atenção especial quando for realizar o transporte desses produtos, pois, o
contato direto do produto com os tecidos vivos: mãos, braços, pernas, olhos podem causar
severas queimaduras e a destruição desses tecidos com danos irreversíveis.
Deste modo, devemos usar materiais adequados para lidar com as substâncias corrosivas,
tais como: luvas compatíveis, óculos de proteção, vestimentas que absorvam o produto
sem que deixe que este chegue à pele, dentre outros itens recomendados.
Dentre os exemplos, podemos destacar: ácido fórmico - ONU 1779, ácido clorídrico - ONU
1789, hipoclorito solução - ONU 1791, hidróxido de sódio solução - ONU 1824.
Essa classe não traz subdivisões, todos os produtos classificados são considerados
substâncias corrosivas.
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deve ostentar em todos os lados do veículo simbologia da árvore e do peixe indicando que
o transporte representa risco ao meio ambiente.
Mas, atenção, somente para estes produtos deve ser utilizada essa simbologia. Tem sido
comum, verificar nas vias urbanas e rodovias a aposição desta simbologia na realização do
transporte de outros produtos, situação que é considerada uma irregularidade passível de
aplicação de notificação e culminando na aplicação de multa relacionada a informação
irregular.
Agora que você já tem informes mais detalhados a respeito das classes e subclasses
previstas no Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e nas suas
Instruções Complementares, cabe destacar, que poderão existir nomes similares e até
produtos classificados em classes ou subclasses diferentes.
Nesse sentido, convém destacar que quando se atribui o número ONU a determinado
produto, se específica claramente qual produto estamos tratando e, consequentemente,
transportando.
Nesse viés, é importante que você motorista preste muita atenção em relação ao número
ONU informado na embalagem ou documentação entregue, pois ele será o norteador
quanto aos demais procedimentos que deverá atender para realizar o transporte.
Mais à frente estaremos apresentando a relação de produtos perigosos e as diversas
informações que ela possibilita quando analisada cuidadosamente.
Sendo assim, na dúvida, faça as devidas consultas para obter melhores orientações
acerca do transporte que pretende realizar.
Você deve estar pensando agora: essa legislação é muito complexa e difícil, não vai ser
fácil assimilar esse tema!
Tenha calma, basta ler com atenção os conteúdos que você vai ver que a norma é
simples.
Para tanto, complementando a importância de conhecer as diferentes classes e subclasses
de produtos perigosos, vamos demonstrar na prática o porquê do aprendizado.
Acreditamos que você já visualizou na cidade ou na rodovia uma sinalização diferente
afixada nos veículos que transportam combustíveis (gasolina, etanol, diesel), gás liquefeito
de petróleo (gás de cozinha), dentre outros.
A sinalização que visualizou fixada nestes veículos era um painel laranja (retângulo) e um
rótulo de diversas cores (losango).
Muito provavelmente, você deve ter estranhado aquela simbologia fixada no veículo e com
certeza não deve ter entendido quais informações indicava.
Pois, então, trata-se de sinalização de advertência que tem por objetivo alertar aos demais
motoristas que aquele veículo transporta produtos perigosos. Além disso, indica qual
Página 91
classe pertence e quais riscos o produto representa, indicando, as respectivas reações (se
desprende vapores inflamáveis, se é perigoso quando molhado, se é tóxico, corrosivo,
infectante, dentre outras reações).
Vamos aprender mais adiante para que serve essa simbologia afixada. Mas, por ora, o
objetivo é identificar as informações disponibilizadas nessa simbologia.
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Parece um tanto complexo obter essa informação, mas é extremamente simples, pois o
número ONU vai exigir a consulta direta na relação de produtos perigosos para identificar a
qual produto se refere.
No entanto, em relação ao número de risco, é possível identificar rapidamente as reações
do produto.
Essa informação auxilia muito no caso de sinistros, pois, possibilitará ou não a
aproximação das equipes de emergência e as ações do condutor em caso de algum
vazamento do produto perigoso no equipamento de transporte ou nas embalagens que o
acondicionam.
Para facilitar essa análise, apresentamos a seguir, a tabela 1 de Risco principal
(classes de risco) e a tabela 2 de Reações secundárias dos produtos perigosos, que
disponibilizarão informações que facilitarão o entendimento acerca do número de
risco no painel de segurança.
1 - EXPLOSIVOS;
2 - GASES (gases inflamáveis; não-inflamáveis e não-tóxicos; e tóxicos);
3 - INFLAMÁVEIS;
4 - SÓLIDOS INFLAMÁVEIS (sólidos inflamáveis; substâncias sujeitas à combustão
espontânea; e substâncias que, em contato com água, emitem gases inflamáveis);
5 - OXIDANTES E PERÓXIDOS ORGÂNICOS;
6 - TÓXICOS OU INFECTANTES;
7 - RADIOATIVOS;
8 - CORROSIVOS;
9 - SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS.
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6 - toxicidade ou risco de infecção;
7 - radioatividade;
8 - corrosividade;
9 - risco de violenta reação espontânea;
0 - não há risco subsidiário;
X - a substância reage perigosamente com água.
Acompanhe o raciocínio:
a) A letra “X” na parte superior, significa que o produto reage com água;
b) O primeiro número na parte superior da esquerda para a direita é “4”. Consultando a
tabela 1, verificamos que é da classe de sólidos inflamáveis, tendo três
possibilidades. Deste modo, temos um sólido inflamável que reage com água.
Vamos complementar a análise?
c) Na sequência temos os números “2” e “3”.
Consultando a tabela 2, que é aplicável a todos os demais números, à exceção do
primeiro da esquerda para a direita, temos a informação de gás e de inflamável.
Página 94
Se analisarmos atentamente a tabela 2, visualizamos que o “2” remete a
desprendimento de gás e o “3” líquidos, vapores, gases inflamáveis. Ou seja,
estamos diante de um produto SÓLIDO INFLAMÁVEL, QUE EMANA GÁS
INFLAMÁVEL QUANDO MOLHADO.
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No painel de segurança da esquerda o número 33 informa que é um “Líquido altamente
inflamável” e a numeração 3475, se refere a mistura de etanol e gasolina.
Essa segunda informação, somente será obtida mais adiante, quando você acessar a
relação de produtos perigosos que incluímos o link neste material. Por ora, o aprendizado
deve ser focado na identificação das reações do produto transportado.
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
O número “0” informa que não há risco secundário. Dessa forma, no exercício o
número de risco informa apenas a condição de o produto ser um sólido inflamável
sem outras ações físicas e químicas vinculadas ao produto.
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Se o transporte for realizado em um veículo acima de 3.500 kg de peso bruto total, o
painel de segurança terá as seguintes dimensões: 300 mm (30 cm) de altura e 400 mm
(40 cm) de largura.
Ainda, sobre o tema, há situações em que o painel de segurança estará fixado sem
qualquer inscrição.
A situação significa que há diversos produtos perigosos de números ONU diferentes
no veículo.
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As cores dos painéis de segurança serão sempre de cor alaranjada com borda, letra
e números na cor preta, sendo os caracteres de acordo com a imagem a seguir:
Produto:
ONU 0160
As características são exigidas visando em caso de acidente, ter uma visualização precisa
do produto transportado. Situação que seria muito prejudicada, caso a norma não
estabelecesse um padrão para letra e números.
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Quanto ao verso do painel, não pode trazer nenhuma informação, podendo somente ser na
cor alaranjada, quando a parte frontal dispuser de mesma informação. Nos demais casos,
deve vir sem nenhuma cor, tendo por objetivo não confundir as equipes de emergência em
caso de desprendimento da sinalização em um acidente, por exemplo.
Também não podem ser colocados sobrepostos painéis de segurança ou rótulos de risco
quando da composição da sinalização no veículo.
Painéis de segurança sobrepostos (por baixo outro painel de segurança indicando produto
diferente)
Ademais, os painéis de segurança podem ser de qualquer material, podendo ser pintados,
afixados ou até mesmo afixados por imãs. No entanto, a legislação preconiza que devem
permanecer intactos durante todo o trajeto. Dessa forma, cabe ao transportador escolher o
tipo de material que irá utilizar na sinalização do transporte de produtos perigosos.
Porém, permanece a obrigação de no momento da fiscalização ou acidente, a sinalização
afixada cumprir a função de sinalizar o veículo.
Essas exigências são rígidas e cobradas frequentemente pelos órgãos de fiscalização,
devendo o transportador adotar as medidas necessárias para a correta utilização da
sinalização.
Não raras vezes é verificado no transporte de produtos perigosos veículos trafegando com
painéis de segurança desbotados, quebrados, com informes errados, dentre tantas outras
irregularidades.
Página 99
A legislação específica e normas sobre o transporte
rodoviário de produtos perigosos
Além da legislação de trânsito, o condutor deve ainda atentar para a legislação específica
de transporte. No que concerne à legislação de transporte rodoviário de produtos
perigosos no Brasil, ela é representada, sobretudo, pela Resolução ANTT nº 5.998/2022 e
suas alterações, que atualiza o Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos
Perigosos e aprova as suas Instruções Complementares, e dá outras providências.
Página 100
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Página 101
- CARREGAMENTO:
É o momento em que é acondicionada a carga no veículo: quando o transporte é
fracionado deve-se ter atenção à devida estiva, segregação e observância aos rótulos de
manuseio que indicam posição da embalagem, quantidade máxima que pode ser
empilhada, dentre outras informações; já no transporte a granel, é realizada a conferência
se o veículo que se predispõe a efetuar o transporte está apto para receber o produto
perigoso.
Nessa etapa também é conferida a documentação que habilita o(s) veículo(s) para o
transporte a granel de produtos perigosos: o Certificado de Inspeção Veicular - CIV,
referente às condições mecânicas e técnicas do(s) veículo(s) e o Certificado de Inspeção
de Produtos Perigosos - CIPP, que especifica as condições técnicas do equipamento que
irá acondicionar o produto perigoso a granel, no qual deve constar os grupos aptos ao
transporte que devem ser compatíveis com o produto a ser carregado.
- TRANSPORTE:
Após cumpridas as etapas anteriores, se inicia o transporte, a partir da condução do
veículo pelo motorista. É uma fase importante, pois atribui obrigações que devem ser
observadas visando a realização de um transporte seguro e sem incidentes.
Para tanto, o condutor deve estar bem-preparado fisicamente, conhecer as normas
vigentes e entender que, além das precauções relacionadas ao trânsito, deve redobrar os
cuidados para evitar sinistros ou outras ocorrências de menor gravidade, pois está
transportando produtos perigosos.
Deve ainda, compreender o que transporta, suas consequências e ter o mínimo
conhecimento do que fazer em caso de uma situação de emergência. Mais adiante
abordaremos esse tema com maiores esclarecimentos a você condutor.
- DESCARREGAMENTO:
Não menos importante que as etapas anteriores, o descarregamento deve ser realizado
com muita cautela e cuidado. Nessa fase, o condutor deve ter muita atenção nas
manobras, posição do veículo, isolamento para afastar curiosos e adotar ações de
descarregamento e estiva de acordo com o tipo de produto que transporta.
Em todas as fases há responsáveis pelas diversas obrigações impostas pela legislação, se
o processo começar sem atender às normas vigentes, certamente, o transporte será
realizado de forma irregular.
Página 102
É muito importante que você condutor tenha conhecimento dessas etapas, pois, em muitas
oportunidades é você que vai chamar a atenção dos demais atores envolvidos em relação
às respectivas obrigações.
Mais adiante será apresentada essas fases com maior detalhamento. Nesse momento,
procuramos fazer uma abordagem prática de como ocorre as etapas de uma operação de
transporte de produtos perigosos.
Dessa forma, você condutor, se situa melhor no cenário de transporte e consegue
compreender o tema objeto de estudo.
As regras para o transporte de produtos perigosos que estão vigentes no Brasil – nos
modais rodoviário, ferroviário, aéreo e aquaviário — têm como principal objetivo conjugar
dois princípios fundamentais: O da garantia da segurança da operação e o da facilitação
do transporte. Para tanto, tais regras seguem padrões internacionais da Organização das
Nações Unidas (ONU).
Página 103
Normas Técnicas – ABNT, tornando-as aplicáveis ao transporte terrestre de produtos
perigosos.
A norma traz dentre outros aspectos a regulamentação da simbologia que deverá ser
utilizada nos veículos que transportam produtos perigosos, assim como nas embalagens
destinadas a tais produtos.
Já realizamos a abordagem acerca do tema, especificando as características da
simbologia, cuidados, forma de fixação, bem como indicando que deve permanecer intacta
durante todo o trajeto.
Os esclarecimentos que realizamos estão de acordo com a Resolução ANTT nº
5.998/2022 e conforme estabelece a normativa da Associação Brasileira de Normas
Técnicas.
Deste modo, para que o transporte de produtos perigosos atenda a legislação vigente,
independentemente da classe de risco do produto que pretenda transportar, basta ler o
conteúdo deste material que você atenderá ao que preconiza a legislação.
Essa norma traz a relação dos equipamentos para situação de emergência e de proteção
individual exigíveis para o transporte de produtos perigosos.
Da mesma forma que a anterior, neste material de estudo contemplamos todos os
equipamentos exigíveis atualizando as informações conforme é atualizada a normativa da
Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Deste modo, para saber quais equipamentos de forma geral deverá atender para realizar o
transporte de produtos perigosos, consulte as informações disponibilizadas no módulo 4,
momento em que estudaremos o tema.
Página 105
Essa norma estabelece requisitos e métodos de ensaio para embalagens, embalagens
grandes e contentores intermediários para granel (IBC).
Apesar da parte 6 da resolução em comento tratar destes quesitos, a norma da Associação
Brasileira de Normas Técnicas passa com o advento da vigência da nova resolução da
ANTT a ter observância obrigatória no que não conflitar com a resolução.
Deste modo, é importante de forma complementar, que as empresas observem e analisem
o que estabelece essa normativa para que sejam atendidas todas as exigências relativas
aos requisitos e métodos de ensaio previstos para o acondicionamento de produtos
perigosos nestes tipos de embalagens.
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ABNT NBR 17056 - Transporte de produtos perigosos - Contentor intermediário
para granel (IBC) para líquidos inflamáveis – Requisitos e métodos de ensaio
Página 107
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
Nestes termos, é muito importante estudar com muita atenção o previsto no Regulamento
para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e suas Instruções Complementares,
visando a compreensão das diretrizes estabelecidas para a realização do transporte de
produtos perigosos atendendo a legislação vigente em todas as etapas necessárias para o
transporte de tais produtos.
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Deste modo, para se verificar se a embalagem está adequada para o transporte, basta
consultar a Parte 4 da norma mencionada para saber se aquela embalagem pode
acondicionar o produto perigoso que se pretende transportar.
Na parte 6, por sua vez, a norma estabelece a questão da marcação e aprovação junto ao
Inmetro, especificando as características técnicas da embalagem, seus ensaios e,
consequentemente, aprovando o projeto, resultando na respectiva marcação “UN” que vai
disposta na embalagem, bem como, aprovando a inclusão do selo de identificação da
conformidade do Inmetro (selo de compulsoriedade) nas embalagens fabricadas no Brasil,
tornando-as aptas para o transporte de produtos perigosos.
Exemplo de marcação:
Exemplo de marcação:
Página 109
Dessa forma, é possível realizar o transporte com maior tranquilidade, uma vez que o
acondicionamento do produto perigoso será mais seguro.
Como comentamos, há de forma complementar nas embalagens, um selo de identificação
da conformidade (selo de compulsoriedade do Inmetro), indicando que esta passou pelos
testes e ensaios previstos.
Entretanto, é importante atenção especial nesse ponto quando for realizar a inspeção do
transporte, pois, o selo será exigido somente para embalagens fabricadas no Brasil.
A resposta é muito simples, basta analisar a marcação “UN” que acabamos de apresentar
para você.
Note, que na marcação “UN” a embalagem traz diversas marcações e informações, dentre
elas a sigla “BR”.
SAIBA MAIS
Quando constar a sigla “BR”, significa que a embalagem foi fabricada no Brasil,
quando constar outra informação, que será, via de regra, outra sigla, significa que
a embalagem foi fabricada em outro país e, consequentemente, não se exigirá o
SAIBA
selo de compulsoriedade do INMETRO.
Muito bem, comentamos sobre o selo de compulsoriedade, indicamos que deve estar
inserido junto a marcação “UN” quando a embalagem for fabricada no Brasil.
Porém, precisamos visualizar como é este selo, bem como saber informações adicionais
sobre sua colocação.
Nesse contexto, na sequência traremos um exemplo, mas, precisamos antes disso, indicar
que o selo de compulsoriedade deve ser colocado na parte da embalagem em que é
colocada a marcação “UN”, em local facilmente visível e que não impeça a visualização
das demais marcações.
Página 110
Na figura a seguir, é possível identificar a marcação de homologação de embalagem “UN”,
bem como o selo de identificação da conformidade (selo de compulsoriedade do Inmetro),
exigido para embalagens fabricadas no Brasil.
Além disso, na mesma imagem de forma complementar, trouxemos as demais informações
pertinentes a embalagens, sendo estas: o nome apropriado para embarque, o número
ONU precedido das letras “UN” ou “ONU” e o rótulo de risco.
As demais informações se referem às condições de estiva, onde contemplamos os
símbolos de manuseio e as setas de orientação. Informações importantes para o correto
carregamento e a disposição dos produtos perigosos no carregamento. Há também, a
depender do material utilizado nas embalagens informações quanto ao empilhamento
máximo, as quais também vêm dispostas na embalagem.
SAIBA MAIS
Página 111
PARTE ESPECIAL II – CIV, CTPP e CIPP
Mas, atenção, a condição deve ser comprovada com a apresentação da DANFE que
comprova este prazo no momento da fiscalização.
Página 112
A Portaria Inmetro nº 127/2022 estabelece diversos itens que são inspecionados nos
veículos que transportam produtos perigosos a granel.
Desse modo, ainda no exemplo, será emitido dois documentos CIV, um para o cavalo-
trator e outro para o semirreboque.
A outro tanto, se for um veículo simples, será inspecionada as condições deste veículo,
sendo emitido apenas um documento CIV.
Na prática, se você condutor for parado conduzindo um veículo que transporta produtos
perigosos a granel, terá inspecionada além das demais exigências relativas ao transporte,
as condições técnicas operacionais desse veículo.
Recomenda-se, portanto, que façam a conferência prévia destes itens antes do início de
cada viagem, visando evitar interrupções desnecessárias na viagem.
CHECKLIST (CIV)
SAIBA MAIS
Página 114
ou falhas. Não pode apresentar qualquer deformação,
em qualquer plano.
Quanto aos demais itens, em especial, dimensões,
altura do solo e elementos retrorrefletivos, deverá estar
de acordo com a legislação de trânsito à época de sua
instalação. Lembrando que, conforme calendário
existente, todos os veículos com final de placa de 1 a 6
já devem estar de acordo com a Resolução Contran nº
952/2022.
12.Para-lama deve estar bem fixado, em bom estado de conservação,
sem trinca, corrosão, parte solta ou desprendida. Não é
admitido para-lama seccionado, sem parte superior, ou
que ofereça apenas proteção parcial ao
costado/carroçaria do equipamento. Esta condição é
aplicável também para caminhão trator.
Obs.: estas exigências não se aplicam à para-lama
dianteiro de veículos automotores e à para- lama
traseiro de veículos com carroçaria aberta ou fechada.
13.Para-barro deve estar bem fixado, em bom estado de conservação,
sem trincas, corrosão, partes soltas ou desprendidas.
Deve atender a ABNT-NBR 11409, conforme figura.
Página 115
superfície de contato com a mesa do pino rei.
19.Pneus devem estar em bom estado geral de conservação, sem
remendo, banda de rodagem solta, deformação, rasgo,
corte profundo, lesão ou ruptura nos flancos. Não são
admitidos pneus em que a banda de rodagem tenha
atingido, em qualquer ponto, o TWI ou apresente
profundidade remanescente inferior a 1,6 mm,
constatada através dos próprios indicadores de
desgaste.
Ademais, não é admitido o uso de pneu reformado no
eixo dianteiro dos veículos automotores, sendo
permitido nos demais eixos e veículos, desde que
atendam à Portaria Inmetro nº 433, de 2021, que
aprova o Regulamento Técnico da Qualidade e os
Requisitos de Avaliação da Conformidade para
Reforma de Pneus e apresentem, entre outras, a
gravação de “reformado”, e a marca do reformador.
Obs.: não é admitido sobre o conjunto roda e pneu
sobressalente e seu suporte, materiais ou objetos de
qualquer natureza que não estejam adequadamente
fixados.
20.Portas devem estar íntegras, bem fixadas, operando sem
dificuldade e com todos os dispositivos de abertura,
fechamento, travamento e acionamento do vidro
presentes, em bom estado e atuando.
21.Protetor quando aplicável (veículos com PBT superior a 3.500
lateral kg fabricados a partir de 1º janeiro de 2011 ou que
alteraram a característica original da carroceria a partir
desta data). O protetor lateral deve estar íntegro, bem
fixado e com especificações de acordo com a legislação
de trânsito vigente (Resolução Contran nº 952/2022).
Obs.: atentar para as dispensas previstas na resolução
em comento.
22.Rodas devem estar bem fixadas e com todos os elementos de
fixação. Não é admitido trinca ou reparo por solda. Além
disso, os elementos de fixação da roda, tais como:
prisioneiros, porcas, castanhas, anéis e outros, devem
estar íntegros, bem fixados e sem trinca.
Os furos de fixação não podem estar ovalados e os
cubos das rodas não podem apresentar vazamento,
folga excessiva, trinca e reparos por solda.
23.Roda/pneu deve atender às exigências aplicáveis estabelecidas
sobressalente para as rodas, de acordo com a legislação de trânsito
(conjunto) vigente. Os suportes de apoio e os elementos de
fixação devem estar íntegros, bem fixados, sem trinca e
sem corrosão acentuada.
24.Reservatório deve estar com tampa, bem fixado, íntegro, sem
de combustível corrosão e vazamento. Somente é admitido reparo por
solda. Ainda, deve apresentar respiro no corpo ou na
tampa e as cintas de fixação devem estar em bom
Página 116
estado de conservação, bem fixadas e com todos os
componentes.
Os suportes de sustentação devem estar bem fixados,
sem trinca ou corrosão.
25.Reservatório deve estar com tampa, bem fixado, íntegro, sem
de combustível corrosão e vazamento. Somente é admitido reparo por
(suplementar) solda. Ainda, deve apresentar respiro no corpo ou na
tampa e as cintas de fixação devem estar em bom
estado de conservação, bem fixadas e com todos os
componentes.
Os suportes de sustentação devem estar bem fixados,
sem trinca ou corrosão.
A instalação de reservatório de combustível
suplementar deve ser comprovada mediante
informação no campo observações do CRLV de que o
veículo foi aprovado em inspeção veicular e emitido
Certificado de Segurança Veicular – CSV.
26.Sistema de todos os componentes (tubo de descarga, tubo de
descarga de escapamento, abafador, silencioso e conversor
gases catalítico) devem estar: íntegros, bem fixados, sem furo
e sem corrosão acentuada.
Obs.: no sistema de descarga de gases, para os
veículos que transportam produtos da classe 3, o tubo
de descarga deve estar protegido em toda a sua
extensão, quando próximo ao equipamento, de forma a
evitar qualquer risco ao transporte em decorrência de
aquecimento.
27.Sistema de deve estar funcionando perfeitamente. Não é admitido
direção reparo por solda na coluna da direção, braços, barras e
quaisquer outros componentes sujeitos a esforços,
assim como, não é admitido folga excessiva nos
terminais, embuchamento da coluna, juntas universais e
esféricas.
28.Sistema de deve possuir freio de estacionamento em perfeitas condições
freio (freio de de uso.
estacionamento)
29.Sistema de Não pode apresentar vazamento.
freio (freio de
serviço
pneumático e
hidropneumático)
30.Sistema de Cilindro mestre: não pode apresentar vazamento.
freio Correia do compressor: deve estar em bom estado de
(Componentes conservação, sem apresentar trinca, fissura e
do sistema) deslizamento (patinar).
Conexões do circuito: não pode apresentar
vazamento e as braçadeiras devem estar bem fixadas e
em bom estado.
Página 117
Guarnição da sapata de freio (lona de freio): deve
estar íntegra, bem fixada, sem vestígio de óleo ou
graxa. Não é admitida lona de freio com espessura
inferior a 6 mm, em qualquer ponto e estas devem estar
protegidas por espelhos, íntegros e bem fixados.
Mangueiras: devem estar devidamente conectadas,
não podem apresentar vazamento, rachadura, abrasão,
queimadura, dobramento e estrangulamento. Nenhuma
mangueira pode estar isolada.
Medidor de pressão ou indicador de pressão:
veículo com sistema de freio pneumático ou
hidropneumático deve possuir medidor de pressão ou
indicador de pressão íntegro e em funcionamento.
Servo-mecanismo de acionamento (câmara
pneumática – cuica de freio): deve estar bem fixado e
não apresentar vazamento.
Tambor de freio: deve estar bem fixado, sem trinca,
rachadura, empenamento e reparo por solda, sendo
admitido tambor de freio cintado desde que atenda a
estas condições.
Tubulação de freio: deve estar adequadamente fixada,
sem contato direto com o chassi do veículo e não pode
apresentar vazamento, amassamento e
estrangulamento.
31.Sistema de A conservação, aplicação, instalação, montagem,
iluminação requisitos de localização e visibilidade dos dispositivos
de iluminação deve estar de acordo com a legislação de
trânsito vigente (Resolução Contran nº 970/2022 e
resoluções anteriores, conforme ano de fabricação do
veículo).
O sistema de iluminação deve estar íntegro, completo,
bem fixado e operando.
32.Suspensão Amortecedor: deve estar íntegro e sem vazamento e
estar bem fixado, com todos os elementos de fixação e
não apresentar folga.
Balanças: devem estar alinhadas com o chassi e os
suportes devem estar íntegros, bem fixados, sem trinca
e desgaste excessivo. Não é admitida balança que
esteja quebrada, amassada ou apresente trinca, folga
excessiva ou atrito com a longarina do chassi. Além
disso, o tensor de fixação e retenção não pode estar
solto, trincado, com folga excessiva e com reparo por
solda.
Feixes de molas: as lâminas de molas não podem
estar trincadas, quebradas, desalinhadas, encavaladas
ou com calço. Ademais, os componentes dos feixes de
molas devem estar em bom estado de conservação, e
bem fixados.
Suspensão pneumática: o conjunto deve estar íntegro
e bem fixado. Além disso, as câmaras de ar (foles de
Página 118
suspensão) não podem apresentar vazamento.
33.Transmissão Cardan (eixo): o eixo cardan, constituído por 1 (um) ou
mais elementos, deve estar íntegro e protegido por
alça, corrente ou cinta em bom estado e fixada
adequadamente. Esta exigência não se aplica aos eixos
cardan que possuem sistema de fixação por mancais.
Obs.: quando existente, o sistema de fixação por
mancais deve estar íntegro, sem folga excessiva, trinca,
rachadura e reparo por solda.
Cruzetas: as cruzetas não podem apresentar folga
excessiva.
Rolamento de centro: o rolamento deve estar
devidamente fixado e sem folga excessiva.
34.Triângulo de deve estar em bom estado de conservação.
sinalização ou
equipamento
similar
35.Veículo (tipo os veículos chassi porta-contêiner, além dos demais
Chassi Porta- requisitos aplicáveis e definidos anteriormente, devem
contêiner e atender também ao estabelecido na legislação de
correlatos) trânsito vigente (Resolução Contran nº 812/2020).
Obs.: os veículos porta-contêiner, fabricados ou
adaptados, devem ter dispositivos de fixação em bom
estado de conservação e bem fixados. Além disso, para
os veículos porta-contêiner construídos ou adaptados
após 28 de setembro de 1988, devem ser certificados
pelo Inmetro e receber um Certificado de Garantia
emitido pelo fabricante ou adaptador homologado. Na
estrutura do veículo deve estar afixada 1 (uma)
plaqueta de identificação de certificação da construção
ou adaptação.
No CRV ou CRLV deve constar no Campo
Espécie/Tipo, uma das seguintes inscrições:
a) caminhão plataforma porta-contêiner;
b) caminhão chassi porta-contêiner;
c) reboque plataforma porta-contêiner;
d) reboque chassi porta-contêiner;
e) semirreboque plataforma porta-contêiner; e
f) semirreboque chassi porta-contêiner.
36.Veículo deve estar em bom estado de conservação, sem
(Caminhonete) corrosão acentuada localizada ou generalizada e
atender a todas as exigências expostas anteriormente.
A tampa traseira deve estar íntegra, bem fixada,
operando sem dificuldade e com todos os dispositivos
de abertura, fechamento e travamento presentes, em
bom estado e atuando.
37.Veículo somente devem ser inspecionados se houver
(Camioneta e segregação entre o habitáculo onde a carga (de
Página 119
Utilitário) qualquer classe) é transportada e o habitáculo
destinado à condução do veículo.
A segregação deve ser efetuada de forma adequada e
não pode apresentar fresta, abertura e janela móvel.
Para tanto, não se admite materiais de baixa resistência
ou que apresentem condições de propagação de
chamas como madeira e produtos derivados.
O habitáculo onde a carga é transportada deve estar
provido de meio de ventilação adequado e as portas e
tampa de acesso devem estar íntegras, bem fixadas e
dotadas de mecanismo de fechamento atuando
perfeitamente.
http://sistema-sil.inmetro.gov.br/rtac/RTAC002942.pdf
Agora que você já tem conhecimento do que é cobrado do veículo que transporta produto
ou substância perigosa a granel. Que tal antecipar qualquer problema que possa ocorrer
durante a sua viagem e fazer uma boa inspeção no seu veículo?
Está lançando o desafio, o qual proporcionará mais segurança em sua viagem, assim
como, evitar a aplicação em seu desfavor de notificações, multas, retenções e outras
medidas caso o transporte de produtos ou substâncias perigosas esteja sendo realizado de
forma irregular.
O primeiro passo foi dado, através do repasse da informação, agora o resto é com você.
Mas, vamos seguindo com nosso aprendizado.
Comentamos sobre a inspeção do veículo que realiza o transporte de produtos ou
substâncias perigosas a granel. Faltou mencionarmos como ocorre a inspeção do
equipamento que acondiciona o produto.
Mencionamos anteriormente que o transporte a granel não ocorre somente em
equipamentos tanque, podendo ocorrer em outras carrocerias desde que o produto esteja
em contato diretamente com ela. Para tanto, tais equipamentos necessitam ser
inspecionados e estarem aptos para o transporte de produtos perigosos.
Mas, será que podemos simplesmente dispor o veículo para o transporte de produtos
perigosos sem qualquer controle ou há um controle de acordo com o veículo, estrutura e
produtos que se pretende transportar?
A resposta para a pergunta é bem simples, pois, não basta ser a granel (tanque, caçamba
ou outro equipamento), estes devem ser testados e possuírem a estrutura necessária para
Página 120
acondicionar produtos ou substâncias perigosas conforme as respectivas características
físicas e químicas.
Para tanto, ocorre a inspeção dessas estruturas e conforme forem sua construção ou
projeto-tipo, bem como, após a realização da verificação das condições estruturais por
OIA-PP acreditados pelo Inmetro, estarão aptos a transportarem produtos ou substâncias
perigosas de acordo com grupos ou famílias estabelecidos pelo órgão metrológico.
Deste modo, se estabelece a segurança no transporte, pois, previamente o órgão
metrológico através da sua rede de acreditados habilita veículos ao transporte conforme a
estrutura se adequa aos produtos ou substâncias perigosas que se pretende transportar.
Sendo assim, é muito importante que você condutor preste muita atenção, tendo como
objetivo a sua segurança, pois se transportar produtos que a estrutura do veículo que
conduz não permite, poderá estar se expondo a risco totalmente desnecessários no
transporte.
Para melhor esclarecer o que estamos apresentando, vamos estudar a portaria do Inmetro
que estabelece as condições de inspeção dos equipamentos destinados ao transporte a
granel de produtos ou substâncias perigosas.
Página 121
Deste modo, cabe a você motorista, fazer a correta identificação antes de realizar qualquer
carregamento, identificando se o equipamento ou tanque é adequado para o produto que
pretende transportar.
As empresas expedidoras, por sua vez, devem também na inspeção preliminar ao
carregamento avaliar se o equipamento ou tanque apresentado para efetuar o
carregamento atende a legislação vigente.
Lembrando que a documentação mencionada é exigida para o transporte a granel, ou seja,
produto em contato com a estrutura do veículo que o acondiciona.
Recomenda-se, portanto, que façam a conferência prévia destes itens antes do início de
cada viagem, visando evitar interrupções desnecessárias na viagem.
CHECKLIST (CIPP)
SAIBA MAIS
CHECKLIST
ITENS INSPECIONADOS CONFORME PORTARIA INMETRO Nº 128/2022 (CIPP)
Checklist Item Condições
1.Aterramento Líquidos inflamáveis:
Verificar se o tanque de carga possui no mínimo 2 (dois)
Página 122
pontos de aterramento, um em cada lateral, devendo ser de
material não ferroso, isento de pintura e que proporcione o
não deslizamento da garra.
2.Documento: Campo 02 - Data de Vencimento
CIPP Deve ser verificado se o documento não está vencido.
Campo 09 - N° de Equipamento
Destinado a informação do nº do equipamento.
Requer consulta:
Campo 17 - Nº do Lacre
Deve estar preenchido com o número do lacre afixado na
Placa de Inspeção do Inmetro, quando aplicável.
Página 123
Nota 3: O lacre deve ser substituído na troca da Placa de
Inspeção do Inmetro.
Campo 30 observações
Condições extraordinárias:
O contêiner-tanque que transita no território nacional
transportando produtos perigosos com Certificado de
Inspeção Internacional emitido por organismo de inspeção
internacionalmente reconhecido, o prazo de validade é de
90 (noventa) dias após a data de seu vencimento,
conforme estabelecido na Convenção de Segurança de
Contêineres (CSC/72).
Página 124
4.Placa de É parte integrante do equipamento, devendo ser afixada na
Inspeção do inspeção inicial e substituída à cada inspeção periódica.
Inmetro
Campo placa - Quando o veículo estiver aguardando o
número da placa de licença, os espaços do Campo devem
permanecer vazios. Somente quando do seu emplacamento,
o Campo deve ser preenchido, por qualquer OIA-PP.
Notas Gerais:
Nota 1: Deve estar lacrada ao seu suporte porta-placas,
através de lacre específico, quando aplicável.
Página 125
5.Registro de Este documento ter por finalidade realizar os registros de
Não eventual não conformidade constatada na inspeção, assim
Conformidade como, informações referentes a dados do veículo e a
(RNC) respectiva inspeção.
Página 126
NA PRÁTICA
Página 127
No caso do exemplo acima, se você condutor for parado conduzindo este veículo que
transporta produtos perigosos a granel, terá inspecionada além das demais exigências
relativas ao transporte, as condições técnicas do veículo e do equipamento que
acondiciona o produto transportado, devendo apresentar a fiscalização:
Página 128
Aprova os requisitos de avaliação da conformidade para tanques de carga rodoviários
destinados ao transporte de produtos perigosos fabricados a partir de 15/01/2018.
A norma estabelece a obrigatoriedade de os tanques de carga rodoviários destinados ao
transporte de produtos perigosos fabricados, importados, distribuídos e comercializados
serem direcionados ao transporte de forma a não oferecer riscos que comprometam a
segurança.
Deste modo, na fabricação e na avaliação da conformidade, às especificações para o selo
de identificação da conformidade devem em uma das etapas atenderem aos requisitos
técnicos da norma em comento para evitar condições inseguras.
Após a avaliação, será emitido o documento Certificado para o Transporte de Produtos
Perigosos – CTPP, que em conjunto com a identificação afixada ao veículo, permitirá
desde a construção habilitar o tanque de carga para o transporte de produtos perigosos.
Vencida a certificação citada, os tanques de carga realizarão os procedimentos de
inspeção em OIA-PP que emitirá o CIPP periodicamente.
Para entendermos didaticamente a dinâmica dessas exigências, preparamos para você um
checklist acerca do que é inspecionado neste equipamento.
Recomenda-se, portanto, que façam a conferência prévia destes itens antes do início de
cada viagem, visando evitar interrupções desnecessárias na viagem.
CHECKLIST (CTPP)
SAIBA MAIS
CHECKLIST
ITENS INSPECIONADOS CONFORME PORTARIA INMETRO Nº 134/2022 (CTPP)
Checklist Item Condições
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1.Aterramento Líquidos inflamáveis:
Verificar se o tanque de carga possui no mínimo 2 (dois)
pontos de aterramento, um em cada lateral, devendo ser de
material não ferroso, isento de pintura e que proporcione o
não deslizamento da garra.
2.Documento: Campo 20 - FAMÍLIA
CTPP Deve estar preenchido com a designação da família do
tanque de carga.
Requer consulta:
Campo 28 – OBSERVAÇÕES
Página 130
contendo as seguintes inscrições:
a) identificação do fabricante;
b) número de série;
c) data de fabricação (dia/mês/ano);
d) norma de construção: Anexo I-Portaria Inmetro nº xx/xxxx
(nº/ano da Portaria de aprovação deste Regulamento).
Exemplo: AnexoI/Port.Inmetroxx/xxxx;
e) família;
f) capacidade geométrica (m³ ou l);
g) espessura original: calotas e costado (mm);
h) tara do tanque de carga (kg ou t);
SAIBA MAIS
NA PRÁTICA
Página 131
No caso do exemplo acima, se você condutor for parado conduzindo este veículo que
transporta produtos perigosos a granel, terá inspecionada além das demais exigências
relativas ao transporte, as condições técnicas do veículo e do equipamento que
acondiciona o produto transportado, devendo apresentar a fiscalização:
Página 132
A partir da 1ª inspeção, será inclusa a PLACA DE INSPEÇÃO e o documento CTPP será
substituído pelo CIPP.
ATENÇÃO
Página 133
Nesse sentido, inicialmente trouxemos a conhecimento alguns dispositivos normativos
aplicáveis. Entretanto, é extremamente importante que façamos alguns comentários a
respeito, possibilitando que você condutor tenha entendimento amplo acerca do tema.
Contudo, faz-se necessário destacarmos que você condutor poderá ser considerado
partícipe do processo quando o transporte de produtos perigosos for irregular ou ocorrer
um acidente.
A Lei de Crimes Ambientais é muito clara em alguns aspectos, nesse contexto, extraímos
alguns artigos dessa lei que podem trazer responsabilizações a todos os envolvidos,
vejamos:
“Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam
resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a
destruição significativa da flora:
§ 1º Se o crime é culposo:
§ 2º Se o crime:
II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos
habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população;
III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de
água de uma comunidade;
§ 3º Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior quem deixar de adotar,
quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco de
dano ambiental grave ou irreversível.”
Página 134
É frequente nos sinistros que envolvem produtos perigosos termos desdobramentos de
causa de poluição e, a depender da avaliação de causa e consequências da ocorrência,
resultar em responsabilização.
O fato de conduzir o veículo com negligência, imperícia e imprudência, que será visto no
módulo seguinte, impõe de certa forma responsabilizações a você condutor, pois, se
comprovado erro humano de conduta, haverá responsabilização.
O fato de conduzir o veículo com negligência, imperícia e imprudência, que será visto no
módulo seguinte, impõe de certa forma responsabilizações a você condutor, pois, se
comprovado erro humano de conduta, haverá responsabilização.
Sendo assim, é muito importante que na condução de veículos que transportam produtos
perigosos sejam adotadas as recomendações dispostas no módulo de Direção Defensiva
deste curso.
O artigo 56 do mesmo diploma legal, é outro dispositivo que deve ser observado por você
condutor.
Página 135
da CNEN, do Ibama, dos Órgãos Ambientais Estaduais, do Exército Brasileiro e outras que
tenham relação ou disciplinam o transporte.
A conduta e tipificação restará configurada infringindo alguma norma relacionada de
acordo com o produto transportado.
Cabe, portanto, que seja realizada uma avaliação preliminar das condições do produto,
documentação e do veículo antes de realizar o transporte, sob pena de a depender do
caso e da gravidade, serem aplicadas as sanções administrativas, que veremos mais
adiante, associadas a sanções cíveis e penais a depender do caso concreto.
Nessa condição, pode ocorrer a responsabilização de você condutor, sendo partícipe do
processo ou até mesmo autor, se der causa ao fato.
Há ainda, dentre os dispositivos normativos da mesma lei, o artigo 60.
“Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do
território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores,
sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as
normas legais e regulamentares pertinentes:
Nesse dispositivo identificamos algo muito simples, mas que merece muita atenção, em
especial pelo transportador.
Refere-se à licença ambiental para poder realizar o transporte de produtos perigosos.
A saber, temos duas possibilidades:
a) Licença Estadual; e
b) Autorização Ambiental para Transporte de Produtos Perigosos.
A Licença Estadual é obtida nos órgãos ambientais que possuem previsão e exigência
para os empreendimentos que desempenhem atividades potencialmente poluidoras.
Já a Autorização Ambiental para Transporte de Produtos Perigosos é uma autorização
disponibilizada pelo Ibama a empreendimento potencialmente poluidor que possui
Cadastro Técnico Federal, possibilitando com que o transportador, ao realizar o transporte
entre estados, não tenha que providenciar licença no órgão ambiental do estado em que
pretende se direcionar quando da realização do transporte de produtos perigosos.
A regulamentação, em síntese, corrigiu um problema histórico que ocorria, pois, antes da
existência da autorização, era necessário que o transportador que pretendesse realizar
uma viagem transportando produtos perigosos entre estados, providenciasse licença
ambiental em cada estado que trafegava.
Com o advento da autorização, prevista na Instrução Normativa nº 05/2012, do Ibama, as
licenças foram substituídas por este documento.
Dessa forma, para fácil compreensão, se for realizar o transporte de produtos perigosos
exclusivamente dentro de determinado estado, basta cumprir as regras ambientais
estabelecidas pelo órgão ambiental deste.
Página 136
Se for realizar o transporte de produtos perigosos entre estados, terá que providenciar a
Autorização Ambiental de Transporte de Produtos Perigoso prevista na Instrução
Normativa nº 05/2012.
A autorização deve ser apresentada no ato da fiscalização aos órgãos que estão
realizando o procedimento. Possuem validade de três meses, sendo renovadas em igual
período.
Já para as licenças ambientais fornecidas pelos estados, a validade dependerá de cada
órgão ambiental que as disciplina.
Em que pese para fins de transporte de produtos perigosos a Lei nº 9.605/1998 ser a mais
importante, pois trata das condições em que o transporte irregular pode gerar dano ao
meio ambiente e consequentemente ocasionar impacto ambiental, não podemos deixar de
lado outras políticas relacionadas ao meio ambiente.
Nesse contexto, os demais dispositivos normativos estabelecem muitos princípios que
podem ser evidenciados nas responsabilizações já mencionados no decorrer deste
capítulo direcionado a legislação ambiental.
Devemos, portanto, observar o previsto nas normativas, pois além das exigências de
ordem federal em relação a boas práticas direcionadas ao meio ambiente, pode haver
exigências municipais que devem ser respeitadas.
Além disso, cumpre destacar princípios previstos nas normativas que tratam do meio
ambiente, como poluidor-pagador, responsabilidade de pessoas jurídicas, dentre outras
condições introduzidas no ordenamento jurídico.
Neste norte, como cidadãos, devemos ter em mente que todos somos responsáveis pelo
meio ambiente e a garantia deste ter como princípio o desenvolvimento sustentável, que
visa garantir que gerações futuras usufruam dos benefícios ambientais, cabendo a esta
geração proporcionar essa garantia.
Página 137
Sendo assim, na condição de condutor de veículo que transporta produto perigosos, você
tem papel fundamental nesse processo, pois ao evitar sinistros, conduzindo com
segurança, poderá estar contribuindo para um meio ambiente adequado para esta e
futuras gerações, apesar dos erros cometidos pelos demais usuários que utilizam nossas
vias.
Link: http://www.dfpc.eb.mil.br/
Página 138
Prescreve instruções acerca do transporte de materiais radioativos.
Para saber mais sobre o tema, acesse o link a seguir que remeterá para a página da
Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN, em especial a norma que regulamenta e
estabelece os requisitos de segurança e radioproteção radiológica para o transporte de
materiais radioativos.
Neste sentido, a norma em comento, a NN 5.01 – Regulamento para o Transporte Seguro
de Materiais Radioativos (Resolução CNEN 271/2021) prevê todos os requisitos que
devem ser observados por quem pretende realizar este tipo de transporte.
São 96 páginas que detalham todas as regras que devem ser observadas, as quais
podem ser acessadas pelo link:
https://www.gov.br/cnen/pt-br/acesso-rapido/normas/grupo5/grupo5_nrm571.pdf
Página 139
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA
Link:
http://antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/3427425/%282%29RDC_222_2018_.p
df/679fc9a2-21ca-450f-a6cd-6a6c1cb7bd0b
Link:
http://antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/6278627/RDC_504_2021_.pdf/2a5ef30
1-325b-4947-b2fe-c4c25665b9b1
Página 140
substâncias, muito em razão dos testes relacionados ao covid-19, existindo, portanto,
muitas dúvidas sobre o tema.
O Sistema Nacional de Emergências Ambientais é administrado pelo Ibama, órgão que faz
a gestão das comunicações dos Acidentes Ambientais.
Deste modo, ao detectar uma ocorrência envolvendo produtos perigosos, como nas
situações de explosão, colisão entre veículos, incêndios, vazamentos, derramamentos,
dentre outras, na condição de cidadão, você condutor deve comunicar ao órgão
responsável por fazer a gestão desses processos, bem como a intervenção com o objetivo
de recuperar o meio ambiente afetado.
Sendo assim, o sistema visa também receber denúncias de crime ambiental e informações
sobre ocorrência de acidentes ambientais que permitem, em razão da celeridade, que
sejam providenciados os meios necessários para a correta intervenção.
Página 141
Para tanto, disponibilizaremos a seguir o endereço eletrônico que permitirá com que
acesse o sistema visando conhecê-lo.
Link: https://siema.ibama.gov.br/
Página 142
TRANSPORTE TERRESTRE DE PRODUTOS PERIGOSOS COM PAÍSES DO
MERCOSUL
O transporte terrestre de produtos perigosos entre estes países, ou seja, a transposição
terrestre das fronteiras, está regulado pelo Decreto nº 1.797/1996, o qual dispõe sobre a
execução do Acordo de Alcance Parcial para a Facilitação do Transporte de Produtos
Perigosos entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
A norma traz todas as regras de transporte de produtos perigosos, as quais são similares
às do Regulamento de Transporte aplicado em âmbito nacional.
No entanto, há diferenças significativas, pois, a fiscalização depende de convênio com a
Agência Nacional de Transporte Terrestre - ANTT e está diretamente relacionada às regras
do Acordo de Transporte Internacional Terrestre - ATIT, existindo, portanto, muitas
peculiaridades adicionais.
O Acordo de Alcance Parcial para Facilitação do Transporte de Produtos Perigosos,
internalizado pelo Decreto nº 1.797/1996 foi revisado recentemente e está em processo de
internalização pelos países, momento em que serão corrigidas diversas situações, pois, o
Decreto vigente apresenta regras da 7ª edição do “Orange Book " (conhecido como livro da
ONU), que é internalizado pelos países que adotam a ONU como referência para o
transporte de produtos perigosos.
Para ciência, o Brasil no transporte interno utiliza a 21ª edição como referência, situação
em que no transporte nacional, há muitos produtos que já receberam classificação da
ONU, enquanto na edição do transporte internacional no âmbito do Mercosul a
classificação é genérica, dentre outros fatores.
Página 143
Nesse cenário, atualmente temos a possibilidade de transporte internacional
terrestre entre o Brasil e os seguintes países: Chile, Bolívia, Peru, Venezuela, Guiana
e Guiana Francesa.
Página 144
A Lei dos Caminhoneiros e sua Repercussão na
Atividade de Transporte Rodoviário de Produtos
Perigosos
A Lei nº 13.103/2015 – conhecida como Lei dos Caminhoneiros — foi um marco importante
na regulamentação da profissão de motorista profissional. Eis alguns de seus efeitos para
o condutor de veículos no transporte rodoviário de produtos perigosos:
Página 145
2 (duas) horas ininterruptas e for exigida a permanência do motorista empregado junto ao
veículo, caso o local ofereça condições adequadas, o tempo será considerado como de
repouso para os fins do intervalo;
• Prazos para carga e descarga: o prazo máximo para carga e descarga a partir do
momento em que o veículo chega ao destino é de 5 (cinco) horas. Se esse limite for
excedido, o motorista ou a empresa transportadora passam a ter direito a uma indenização
pecuniária;
Antes de sua viagem, consulte os sítios eletrônicos do DNIT e da ANTT e saiba quais são
os locais de repouso e descanso nas rodovias federais.
Página 146
de equipamento, empilhamento, entrelaçamento e amarração), atendendo ao previsto nos
símbolos de manuseio e setas de orientação.
Durante as operações de transporte (constituídas por carga, descarga, transbordo e o
próprio transporte) os volumes não podem ficar expostos ao sol e ao calor por longos
períodos de tempo, nem atirados ou submetidos a choques.
Página 147
Todos os volumes do carregamento contendo produtos perigosos devem ser
convenientemente arrumados e escorados entre si ou presos por meios adequados no
veículo ou dentro do cofre de carga, de maneira a evitar qualquer deslocamento, seja de
um volume em relação a outro, seja desses em relação às paredes do veículo ou do cofre
de carga. 3
ATENÇÃO
É proibido transportar produtos para uso humano ou animal em tanques de carga
destinados ao transporte de produtos perigosos a granel.
Já abordamos esse tema quando estudamos a Portaria Inmetro nº 128/2022 que se refere
a certificação do equipamento.
Nesse sentido, rememorando, cada equipamento possui um grupo de produtos aptos a
serem transportados. Deve, portanto, cada transportador observar as condições de
transporte e fazer a devida conferência se aquele produto que pretende transportar pode
ser acondicionado.
Em se tratando de alimentos ou insumos destinados ao uso ou consumo humano/animal,
as restrições são maiores ainda, pois, há o risco da contaminação cruzada que pode a
depender da frequência, contaminação das paredes internas do equipamento certificado
acumular micropartículas que misturas ao produto alimentício transportado, por exemplo,
ser o percursor para riscos potenciais de contaminação aos seres humanos ou animais.
Então, para fins de segurança da cadeia alimentar e, consequentemente, da saúde das
pessoas, você como condutor deve estar muito atento a essas condições, recusando o
transporte de produtos incompatíveis. Ainda mais, se forem destinados ao uso ou consumo
humano/animal.
Página 148
Contamos com você, pois, a saúde das pessoas depende de boas práticas de todos.
Muito se comenta em relação a descontaminar o equipamento e realizar o transporte.
Entretanto, tal condição é utilizada apenas quando se pretende manutenir o equipamento,
sendo necessária a realização dessa medida com o intuito de minimizar riscos a operação,
haja vista que a depender do produto transportado, por exemplo, líquidos inflamáveis,
vapores podem ficar no interior do equipamento e, consequentemente, na realização da
manutenção serem os percursores de um incidente que poderia ser facilmente evitado
caso a descontaminação do equipamento fosse realizada.
Contudo, as operações de limpeza e descontaminação não autorizam o carregamento de
produtos para uso ou consumo humano ou animal em equipamentos certificados para o
transporte de produtos perigosos, sejam estes tanques, contêiner-tanque, caçambas ou
outros que acondicionem o produto diretamente a estrutura do respectivo equipamento.
Do mesmo modo, não é permitido o uso de embalagens, IBCs, tanques portáteis, dentre
outros, já utilizados para o transporte de produtos perigosos, acondicionar produtos
destinados para uso ou consumo humano ou animal, mesmo que devidamente limpos e
supostamente descontaminados.
RESPONSABILIDADES DO
CONDUTOR DURANTE O
TRANSPORTE
Página 149
De acordo com a Resolução ANTT nº 5.998/2022 e suas alterações, o condutor ou o
auxiliar, deve, em caso de sinistro, avaria ou outro fato que obrigue a imobilização do
veículo transportando produtos perigosos, avaliar a situação e fazer uso dos equipamentos
de proteção individual e dos equipamentos para situação de emergência, quando
necessário para a segurança. Ainda, avisar imediatamente ao transportador, ao expedidor
do produto e às autoridades de trânsito e responsáveis pelo atendimento à emergência,
quando preciso, detalhando a ocorrência, o local, o nome apropriado para embarque, ou o
número ONU e a quantidade dos produtos transportados.
Os equipamentos em comento serão detalhados no módulo 4 deste curso.
O condutor de veículo utilizado no transporte de produtos perigosos deve ter sido aprovado
em curso específico, conforme regulamentado pelo Conselho Nacional de Trânsito -
Contran, salvo se disposto em contrário nas Instruções Complementares ao Regulamento
para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos.
Durante o transporte, o condutor do veículo e os auxiliares devem usar o traje
mínimo obrigatório, ficando desobrigados do uso dos Equipamentos de Proteção
Individuais (EPIs).
O traje mínimo não é considerado EPI e é constituído por calça comprida, camisa ou
camiseta, com mangas curtas ou compridas e calçados fechados.
Página 150
O pessoal que participar das operações de carregamento, descarregamento ou transbordo
de produtos perigosos a granel deve receber treinamento específic
DOCUMENTAÇÃO E SIMBOLOGIA
Documentação para o transporte rodoviário de
produtos perigosos
Para o transporte rodoviário de produtos perigosos, são obrigatórios os seguintes
documentos:
CONDUTOR
CNH cuja categoria deve ser correspondente ao veículo dirigido com registro junto
ao Registro Nacional de Carteiras de Habilitação – RENACH da realização de curso
especializado para o transporte de produtos perigosos – CETPP.
Tal registro será realizado diretamente pelo Detran ou órgão credenciado do estado de
realização da prova no sistema RENACH.
VEÍCULO
Página 151
Ressalta-se que os documentos mencionados podem ser físicos ou digitais. Entretanto, de
acordo como o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, se o condutor/proprietário optar por
apresentar os documentos digitais, deverá possuir meios de que o equipamento em que se
encontra armazenadas as informações possua carga suficiente para disponibilizar os
dados vinculados ao veículo.
A outro tanto, nos termos do parágrafo único do art. 133 e do §1º-A do art. 159 do CTB, o
porte do CRLV e da CNH será dispensado quando, no momento da fiscalização, for
possível, que o agente fiscalizador tenha acesso ao sistema informatizado para verificar se
o veículo está licenciado e a habilitação está regular.
Quanto aos demais documentos é importante que se consulte os órgãos responsáveis pela
expedição, visando identificar se autorizam a apresentação, no momento da fiscalização
em formato digital.
CARGA
Agora que você já sabe como deve vir disposto um documento fiscal de transporte de
produtos perigosos, que tal visualizar a disposição de um documento tendo como base um
nome apropriado da Relação de Produtos Perigosos.
Página 152
1. DOCUMENTO FISCAL PARA O TRANSPORTE
Vamos entender como devem ser dispostas, tendo como base as alíneas mencionadas
anteriormente. Desta forma, hipoteticamente você está realizando o transporte do produto
perigosos conforme painel de segurança a seguir.
Produto:
ONU 1098
ÁLCOOL ALÍLICO
Página 153
Vamos ver como será a sequência das informações na tabela que organizamos para
você fazer a verificação antes de iniciar o transporte (Compare com o documento de
transporte fornecido pelo expedidor):
a) b) c) d) e) f)
Nº ONU Nome Classe ou Classe ou Grupo de Quantidade
apropriado Subclasse de Subclasse dos embalagem quando total de PP,
risco riscos subsidiários aplicável em qualquer
correspondentes parte do
(deve vir entre Pode ser precedido documento
parênteses) das letras “GE”
Pode ser adotada a informação a seguir também (as duas condições estão corretas
Antes de iniciarmos a abordagem de novo tema, temos que fazer mais um informe
importante:
Página 154
4. TRANSPORTE EM QUANTIDADE LIMITADA
No que se refere ainda ao transporte em quantidade limitada, temos ainda o transporte por
quantidade limitada por embalagem interna, sendo importante que se consigne que o
transporte nestas condições não está dispensado de cumprir o regulamento.
O que ocorre é uma flexibilização das exigências, caso seja informada a condição e
a embalagem externa (volume) apresente simbologia que indique que houve
carregamento em quantidade limitada por embalagem interna.
Página 155
SAIBA MAIS
NÃO
DECLARAÇÃO DO EXPEDIDOR EXIGÍVEL
Página 156
FACULTADA
Possui informações sobre o produto a ser transportado, bem como instruções para casos
de vazamentos, fogo, poluição, envolvimento de pessoas e informações ao médico. Cada
produto transportado possui uma ficha, e o expedidor é responsável por sua entrega no ato
do carregamento.
FACULTADA
Página 157
inverso, os veículos oriundos desses países deverão apresentar a ficha de emergência no
idioma português.
Página 158
Como podemos observar, os rótulos estão sem a informação da classe de risco a que
pertencem, pois, essa informação é facultativa. Desta forma, podem ser afixados dispondo
ou não dessa descrição.
No módulo 4 detalharemos os rótulos de risco, comentando a respeito dos riscos e perigos
associados.
Há de se mencionar que há no transporte de produtos perigosos uma sinalização especial
destinada ao transporte de substâncias perigosas ao meio ambiente, conhecida
popularmente como símbolo do peixe e da árvore.
O símbolo especial foi introduzido na regulamentação aplicável ao transporte terrestre de
produtos perigosos, por meio da Resolução ANTT nº 3.632/2011.
Página 159
É importante destacar que o símbolo especial do “peixe e árvore” é utilizado
exclusivamente nos produtos ONU 3077 e ONU 3082. Deste modo, a utilização no
transporte de outro produto sujeitará a sanções previstas no Regulamento de
transporte.
Ressalta-se, ainda, que em se tratando de transporte de produtos ONU 3077 e ONU
3082 em embalagens com peso bruto total de até 5 quilos ou 5 litros, o transporte
estará dispensado de cumprir o Regulamento para o Transporte Rodoviário de
Produtos Perigosos e suas Instruções Complementares.
Veja a seguir como deve ser a sinalização nos veículos que transportam produtos
perigosos:
Página 160
Transporte de carga fracionada com um único produto perigoso na mesma unidade
de transporte:
Página 161
Transporte de carga fracionada com diferentes produtos perigosos da mesma classe
ou subclasse de risco na mesma unidade de transporte:
Página 162
Transporte de carga fracionada de um produto considerado uma substância
perigosa diversa ao meio ambiente (ONU 3082)
Página 163
Ademais, compreender que os rótulos especiais do símbolo do peixe e árvore irão também
na parte da frente do veículo.
Página 164
Na imagem é possível observar que os painéis ficam posicionados à esquerda (lado do
motorista) e os rótulos de risco adjacentes. Esta é a posição correta que deve estar
sinalizado o veículo.
Importante destacar que quando há risco subsidiário os rótulos de risco devem estar
adjacentes, ou seja, um próximo ao outro.
Página 165
de segurança e as duas laterais. Na sequência, sinaliza-se com os rótulos
correspondentes ao produto transportado nas duas laterais e na traseira. Pronto,
está concluída a sinalização da primeira unidade de transporte.
2) Basta repetir o mesmo processo na segunda unidade, momento em que a
sinalização ficará completa.
O processo é muito simples, pois as sinalizações são separadas, cada unidade receberá a
sua sinalização. Deste modo, diante de alguma eventualidade, não há a interrupção da
viagem da unidade que não apresentou problema, bastando apenas que seja
providenciado um novo cavalo-trator que utilizará a parte frontal da sinalização desta
unidade colocando-a na frente deste veículo, momento que a sinalização ficará adequada
para esse novo transporte.
Sendo assim, esclarece-se as indagações acerca da existência desta simbologia que num
primeiro momento parece sem sentido entre a traseira da primeira unidade e a parte frontal
da segunda.
A sinalização ocorre da seguinte forma:
c) painéis de segurança em cada unidade de transporte de acordo com o produto
transportado, posicionados na frente e na traseira e nas duas laterais: quatro em
cada unidade;
d) rótulos de risco nas duas laterais e na traseira de cada unidade, indicando a classe
dos produtos que estão sendo transportados: três em cada unidade de transporte.
Na imagem é possível observar que os painéis ficam posicionados à esquerda (lado do
motorista) e os rótulos de risco adjacentes. Esta é a posição correta que deve estar
sinalizado o veículo.
REGISTRADOR INSTANTÂNEO E
INALTERÁVEL DE VELOCIDADE E
TEMPO
O registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo ou cronotacógrafo é um
dispositivo empregado em veículos para monitorar o tempo de uso, a distância percorrida e
a velocidade que desenvolveu.
O equipamento utiliza um disco-diagrama de papel carbonado ou uma fita diagrama para
registrar as informações, sendo que cada disco pode registrar a informação de um dia (24
horas), uma semana ou outro período de tempo conforme a versão do aparelho (7 ou 8
dias). Versões digitais e mais recentes desses aparelhos utilizam fita diagrama,
possibilitando a leitura das últimas 24 horas ou períodos selecionados, conforme versão do
dispositivo.
Página 166
Visando evitar fraudes e adulterações nos registros, os aparelhos mecânicos, eletrônicos,
modulares ou digitais, passam por aferição do Inmetro, fazendo com que sejam
disponibilizadas informações fidedignas do deslocamento.
Para melhor compreensão a respeito do tema, vamos compreender as regras relacionadas
a esse equipamento?
Pois bem, as exigências normativas estão previstas no Código de Trânsito Brasileiro –
CTB, sendo assim, temos no item II do art. 105 desta norma a previsão do cronotacógrafo
como equipamento obrigatório para alguns veículos.
“II - para os veículos de transporte e de condução escolar, os de
transporte de passageiros com mais de dez lugares e os de carga com
peso bruto total superior a quatro mil, quinhentos e trinta e seis
quilogramas, equipamento registrador instantâneo inalterável de
velocidade e tempo.”
Página 167
● Cronotacógrafo mecânico: utiliza disco diagrama e seu acionamento é feito
através de cabo flexível.
Página 168
● Cronotacógrafo digital: utiliza fita-diagrama, apresenta unidade de registro e
gravação em separado; possui um visor de cristal líquido com todas as informações
registradas.
Os equipamentos que utilizam disco diagrama podem ter períodos de registro de 24 horas,
quando utilizam um único disco, ou de 7 ou 8 dias, quando utilizam conjunto de discos 7 ou
8 discos de 24 horas cada. As informações, portanto, dependem do tipo de equipamento
instalado no veículo.
ATENÇÃO
Importante destacar que, se o equipamento é para mais discos, deve ser disponibilizada a
fiscalização o conjunto de discos correspondentes. Não há como o condutor separar esses
discos, todo o conjunto deve estar armazenado dentro do equipamento cronotacógrafo.
Quando o equipamento é diário, ou seja, dispõe de apenas um único disco, o condutor
deve ter atenção especial de trazer no veículo o disco anterior, tendo por objetivo
apresentar a fiscalização as informações referentes às últimas 24 horas.
Página 169
Trata-se de um único disco que possui como característica principal a área central
ser oval.
Colocação no equipamento: por ser um único disco é de fácil inserção, não requer
ajustes, basta que o relógio do equipamento esteja com a hora ajustada. Você deverá
apenas encaixar na parte oval correspondente ao centro, travando-a logo em seguida e
fechando a tampa protetora. O cronotacógrafo funcionará realizando as marcações
correspondentes no disco diagrama automaticamente.
Atenção para não colocar disco de 7 ou 8 dias em equipamento destinado a disco
diagrama de 24 horas.
Ainda, a cada 24 horas deve ser trocado o disco diagrama.
É um conjunto de discos que possui como característica principal a área central ser
circular e ter a marcação numeral de 1 a 7 ou 1 a 8, conforme quantitativo de discos.
Colocação no equipamento: por ser um conjunto de discos, deve-se inserir o conjunto
completo por baixo da lâmina de corte observando ponto de encaixe do primeiro disco de
forma que o horário de colocação esteja de acordo com o indicador vermelho do
equipamento (ajuste da colocação da hora). Deve-se ter o cuidado de travar logo na
sequência a região central através do anel de travamento. Após essa etapa fechar a tampa
protetora ou a gaveta. O cronotacógrafo funcionará realizando as marcações
correspondentes nos discos diagramas.
Atenção para não colocar disco de 24 horas em equipamento destinado a disco diagrama
de 7 ou 8 discos.
Ainda, a cada 7 ou 8 dias deve ser trocado o conjunto de discos.
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As informações obrigatórias que devem estar dispostas “manuscritas” no disco diagrama,
independentemente, de ser 24 horas ou de 7 ou 8 dias, referem-se aos dados do condutor
(nome ou número do prontuário); placa de identificação do veículo e data de colocação do
disco. Os demais informes são facultativos.
FICA A DICA!
Outra dica interessante a respeito do exemplo, é poder identificar que tipo de disco foi
colocado.
Requer novamente sua atenção!
Observe que temos linhas de velocidade, conforme indicado nas flechas, condição que
significa que o equipamento registra velocidade de até 180 km/h. Além disso, temos outro
fator importante, pois, este disco diagrama é utilizado somente em equipamentos que
registra informações das últimas 24 horas. Você identificará isto pela característica “oval”
do furo central do disco diagrama, conforme abordamos anteriormente.
Página 171
Desta forma, se no seu veículo tiver instalado um equipamento nestas condições, você
terá que trocar o disco diariamente, ou seja, a cada 24 horas deverá providenciar a
substituição levando consigo o disco anterior como forma de comprovar o tempo de
descanso e de trabalho a fiscalização.
Manusear e entender as informações acerca do equipamento é muito fácil, devemos ter,
portanto, muita atenção para não colocar no cronotacógrafo um disco incompatível quanto
a velocidade e também em relação a forma de marcação (24 horas / 7 ou 8 dias).
Além disso, o condutor deve dispor no veículo de disco ou conjunto de discos reservas,
quando for equipamento que registre os informes de 24 horas ou de 7 ou 8 dias.
Nos cronotacógrafos digitais, não há disco diagrama, o registro das informações
obrigatórias ocorre na fita diagrama. Não há necessidade de ser impressa, a impressão
ocorre no ato da fiscalização pelo agente fiscalizador no interesse de verificar por quanto
tempo o condutor está dirigindo, bem como, sobre a forma com que conduz o veículo
objeto da fiscalização.
Pode ainda, a empresa ou o gestor de frota desta, ter interesse em controlar a condução
dos veículos que gerencia. Desta forma, haverá a impressão da fita diagrama para análise.
Para melhor compreensão sobre a fita diagrama, ela dispõe automaticamente dos dados
do condutor, veículo e data de extração. Para tanto, é importante que se tenha atenção
especial de gravar esses informes toda vez que ocorre a troca de motoristas, sob pena de
estar cometendo infração de à legislação de trânsito se não dispor dessas informações
obrigatórias.
Na ilustração acima consta no campo condutor “???????”, informe que significa que não
há condutor registrado no equipamento ou não foi selecionado. É importante, portanto,
atenção especial a este informe adequando a situação antes do início da viagem.
Deste modo, da mesma forma que ocorre com o disco diagrama, o condutor deve possuir
fita diagrama reserva para o caso de a fita terminar durante a impressão.
Constitui infração à legislação de trânsito a ausência de disco diagrama ou fita diagrama
reserva.
Ademais, consigne-se que ambos os equipamentos, independentemente do tipo,
necessitam estar aprovados na verificação metrológica do INMETRO.
Para saber se o seu aparelho está aferido, basta realizar a consulta no seguinte sítio
eletrônico: https://cronotacografo.rbmlq.gov.br/certificados/consultar
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Com o uso do registrador podem ser obtidas diversas informações, dentre as quais a
distância percorrida, a velocidade do veículo no decorrer da viagem e o tempo da
movimentação do veículo e suas interrupções. Com este equipamento é possível um maior
controle, auxiliando na identificação de possíveis falhas e causas de sinistros.
Página 173
II - se as ligações necessárias ao seu correto funcionamento estão devidamente
conectadas, lacradas e seus componentes sem qualquer alteração;
Página 174
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
(LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA)
Infrações e penalidades na legislação de transporte
rodoviário de produtos perigosos
De acordo com a Resolução ANTT nº 5.948/2022, as penalidades podem ser atribuídas ao
expedidor e ao transportador.
As infrações classificam-se, de acordo com a sua gravidade, em 4 (quatro) grupos:
I - Primeiro Grupo: punidas com multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais);
II - Segundo Grupo: punidas com multa no valor de R$ 1.400,00 (mil e quatrocentos
reais);
III - Terceiro Grupo: punidas com multa no valor de R$ 1.000,00 (mil reais);
IV - Quarto Grupo: punidas com multa no valor de R$ 600,00 (seiscentos reais);
Na reincidência de infrações com idêntica tipificação, no prazo de 12 (doze) meses, a
contar do trânsito em julgado da primeira infração cometida, a multa deverá ser aplicada
com acréscimo de 25% em relação aos valores estabelecidos.
Quando cometidas simultaneamente 2 (duas) ou mais infrações de diferentes tipificações
serão aplicadas as penalidades correspondentes a cada uma delas.
Página 175
Mas, você dever estar se perguntando, o que é carga própria?
DANFE CRLVS
EMISSOR PROPRIETÁRIO
Página 176
Transportando de mercadoria que adquire
DANFE CRLVS
EMISSOR PROPRIETÁRIO
DESTINATÁRIO
CNPJ 00.000.000/0001-01
Página 177
Retomando o tema objeto do curso e trazendo ambas situações para o transporte de
produtos perigosos, quando ocorrer situações análogas a explicada, as sanções referentes
ao expedidor estarão limitadas a quatro infrações referentes as embalagens, pois, não faz
sentido penalizar “duplamente” pela realização de um transporte na condição de expedidor
e transportador se a operação de transporte indica condição em que não há a figura do
transportador envolvida, uma vez que nestas condições ocorre o transporte em veículo de
propriedade da empresa que expede ou que adquire o produto.
Esclarecidas as dúvidas acerca do tema e avançando no estudo desse curso, é importante
que façamos um recorte em relação a abordagem da legislação específica no próximo
item.
Até o momento, abordamos diversos temas buscando um aprofundamento técnico, mas de
forma didática para que seja facilitada a compreensão, pois, de nada adianta decorar as
informações se você não as compreende quando for adotá-las e utilizá-las na sua prática
diária de transporte.
Nesse sentido, construímos um curso dentro do próprio curso. Mas, como assim?
Explicamos melhor!
A ideia foi organizar as infrações que se referem ao transportador e ao expedidor de forma
diferenciada. Para tanto, além de trazer a você aluno as condutas que não devem ser
adotadas quando se realiza o transporte ou a expedição de produtos perigosos, trouxemos
também comentários acerca de cada item.
Consequentemente, você terá nessa parte do curso, as informações necessárias e
concentradas a respeito de cada tema que pode ocasionar sanções e responsabilizações
durante as etapas de transporte, que são: carregamento, transporte, descarregamento e
transbordo, momento em que destacamos dispositivos normativos, apresentamos dicas
importantes, indicamos pesquisas, rememoramos temas apresentados, indicamos
consultas, dentre outros itens.
Sendo assim, como já exposto, você está acessando informações muitos importantes que
permitirão que realize o transporte de produtos perigosos de forma segura e com
conhecimento a respeito do tema.
Conforme mencionado, as penalidades podem ser atribuídas ao transportador e ao
expedidor.
Nesse sentido, na maioria das infrações que serão apresentadas na sequência, teremos a
responsabilização simultaneamente do transportador e do expedidor pela mesma
irregularidade, pois, a norma se refere a dois atos distintos, o de transportar e de expedir.
Sendo assim, cada um será responsabilizado pela conduta praticada.
Portanto, é extremamente importante que exista a fiscalização mútua de ambas as partes,
visando com que se evitem erros tanto na expedição quanto no transporte.
Página 178
Desta forma, é possível evitar autuações administrativas, bem como, possíveis
responsabilizações cíveis e penais, decorrentes de sinistros ou incidentes, devido a erros
que poderiam ter sido evitados.
Para facilitar essa compreensão, no quadro a seguir abordaremos as respectivas
tipificações, responsabilidades, valores e, quando necessário, faremos breves comentários
a respeito da irregularidade.
RESPONSABILIDADES DO TRANSPORTADOR
Comentário: Quando há o transporte de produto perigoso proibido por publicação da ANTT ou por
outro ato normativo.
Página 179
Comentário: Quando há o transporte de produtos perigosos em veículo ou equipamento
desprovidos (sem nenhuma sinalização) da simbologia exigida (painéis de segurança, rótulos de
risco e símbolos especiais, quando aplicáveis), conforme dispõe a Resolução ANTT nº 5.998/2022 e
a ABNT-NBR 7500.
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Comentário: Quando há o transporte de produtos perigosos em equipamentos deixando de atender
as condições técnicas previstas nas instruções complementares e, no caso de transporte a granel,
deixar de atender as características técnicas e operacionais previstas nos regulamentos do Inmetro -
aplicáveis ao equipamento ou tanque de carga, a partir da inspeção dos itens, conforme Portarias
Inmetro nº 128/2022 e 134/2022, respectivamente, Certificado de Inspeção de Produtos Perigosos –
CIPP e Certificação de Transporte de Produtos Perigosos – CTPP – Checklist neste material de
estudo.
Comentário: O transporte deverá ser realizado por veículos dessas espécies, salvo situações
previstas nas instruções complementares, por exemplo, o transporte de radioativos que poderá ser
realizado em automóveis.
Comentário: Quando o transporte for realizado (A GRANEL) em veículo não inspecionado, o qual,
não possui o documento Certificado de Inspeção Veicular – CIV, em desacordo com o previsto na
Portaria Inmetro nº 127/2022.
Página 181
Inspeção Veicular – CIV estiver VENCIDO (exigência prevista na Portaria Inmetro nº 127/2022).
CTPP – Tanques de carga (não certificado; não inspecionado; sem o documento original; sem a
placa de identificação do fabricante fixada; sem o selo da conformidade do Inmetro fixado, estes
últimos em desacordo com a Portaria Inmetro nº 134/2022);
CIPP – demais veículos a granel ou Tanques de carga anteriores a 15/01/2018 (não certificado; não
Página 182
inspecionado; sem o documento original; sem a placa de identificação fixada; sem a placa a placa de
inspeção fixada ou com estas últimas com informações em desacordo com a Portaria Inmetro nº
128/2022).
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Comentário: Quando o transporte for realizado (A GRANEL), porém não consta no documento
Certificado de Transporte de Produtos Perigosos – CTPP (para Tanques de carga fabricados a partir
de 15/01/2018 – Portaria Inmetro nº 134/2022) em campo próprio, a família vinculada ao
equipamento ou grupo apto para o transporte conforme produto transportado, assim como, não
consta a informação do grupo apto para o transporte em campo próprio do Certificado de Inspeção
de Produtos Perigosos (para os demais veículos a granel ou para Tanques de carga fabricados antes
de 15/01/2018 – Portaria Inmetro nº 128/2022).
Página 184
Art. 43, § 2º, XV Transportar produtos perigosos R$ 1.400,00
juntamente com alimentos,
Transportador
medicamentos, insumos, aditivos e
matérias primas alimentícios,
cosméticos, farmacêuticos ou
veterinários ou objetos ou produtos já
acabados destinados a uso ou
consumo humano ou animal de uso
direto ou, ainda, com embalagens de
mercadorias destinadas ao mesmo fim,
em desacordo ao inciso III do art. 17.
Página 185
operação de transporte, em desacordo Transportador
ao inciso VI do art. 17;
Comentário I: Uso, instalação ou manter no veículo equipamento que possa gerar alguma fonte de
ignição. Geralmente se observa como irregularidade mais contumaz a presença de botijão de gás
liquefeito de petróleo (GLP) integrante da cozinha instalada no veículo. Nesse sentido, registra-se a
vedação expressa de se ter qualquer fonte de ignição no veículo, mesmo que seja para as refeições
do condutor. Deste modo, independentemente de ser veículo que transporta carga fracionada
(produto perigoso em embalagens), se estiver realizando o transporte é vedada, inclusive, a
presença destes meios de ignição instalados no veículo.
Comentário II: Aplica-se também a sanção se ocorrer a instalação de tanque extra de combustível
(tanque suplementar), exceto se for realizada a inspeção veicular, fazendo constar no campo
observações do CRLV do veículo a informação do Certificado de Segurança Veicular – CSV de que a
alteração foi autorizada em consonância com o previsto na legislação de trânsito.
Página 186
aprovado em curso específico para o Transportador
transporte de produtos perigosos, em
desacordo ao Art. 20.
Ao condutor do veículo será aplicada a sanção prevista no Código de Trânsito Brasileiro – CTB,
tipificada no Art. 162, VII – Dirigir veículo sem possuir os cursos especializados ou específicos
obrigatórios, infração de natureza gravíssima (7 pontos), culminando na medida administrativa de
retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado que possua o curso previsto.
Ao proprietário do veículo será aplicada a sanção prevista no CTB, tipificada no Art. 164 – Permitir
que pessoa nas condições referidas nos incisos do art. 162 tome posse do veículo automotor e
passe a conduzi-lo na via, infração de natureza gravíssima (7 pontos).
Se o proprietário estiver presente no veículo, a sanção prevista no CTB será a tipificada no Art. 163 –
Entregar a direção do veículo a pessoa nas condições referidas nos incisos do art. 162 e passe a
conduzi-lo na via, infração de natureza gravíssima (7 pontos).
Além disso, conforme já exposto no presente material de estudo, a depender do caso concreto,
poderá ocorrer sanções cíveis e criminais relacionadas a ausência do curso em comento.
Página 187
(conduta) estabelecida neste artigo, ato de TRANSPORTAR produto perigoso em que o condutor do
veículo está com o curso específico para realizar o transporte VENCIDO.
Ao condutor do veículo será aplicada a sanção prevista no Código de Trânsito Brasileiro – CTB,
tipificada no Art. 162, VII – Dirigir veículo sem possuir os cursos especializados ou específicos
obrigatórios, uma vez que por estar vencido conduz a condição de não possuir o curso, infração de
natureza gravíssima (7 pontos), culminando na medida administrativa de retenção do veículo até a
apresentação de condutor habilitado que possua o curso previsto.
Ao proprietário do veículo será aplicada a sanção prevista no CTB, tipificada no Art. 164 – Permitir
que pessoa nas condições referidas nos incisos do art. 162 tome posse do veículo automotor e
passe a conduzi-lo na via, infração de natureza gravíssima (7 pontos).
Se o proprietário estiver presente no veículo, a sanção prevista no CTB será a tipificada no Art. 163 –
Entregar a direção do veículo a pessoa nas condições referidas nos incisos do art. 162 e passe a
conduzi-lo na via, infração de natureza gravíssima (7 pontos).
Além disso, conforme já exposto no presente material de estudo, a depender do caso concreto,
poderá ocorrer sanções cíveis e criminais relacionadas ao curso estar VENCIDO.
Página 188
Comentário: Em caso de emergência ou acidentes (sinistro) deixar de prestar as informações
quando solicitadas pela autoridade competente (ANTT, pelas autoridades com circunscrição sobre a
via e demais autoridades públicas envolvidas na emergência).
Comentário: O transporte de produtos perigosos nestes veículos é PROIBIDO. Deste modo, só há,
pela legislação de trânsito a previsão quando é utilizado o sidecar na motocicleta, sendo permitido
neste caso, o transporte de botijões de gás (gás liquefeito de petróleo – GLP) com capacidade
máxima de 13 kg (treze quilogramas).
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Comentário: Quando há o transporte de produtos perigosos e a sinalização afixada em veículo ou
equipamento de transporte (painéis de segurança, rótulos de risco ou símbolos especiais) ESTÁ
INCOMPLETA (falta algum componente da sinalização) ou AFIXADA DE FORMA INADEQUADA
[está em posição invertida, por exemplo: painel de segurança do lado direito do veículo (lado do
passageiro) e o rótulo de risco do lado esquerdo (lado do motorista); rótulo de risco posição na parte
frontal (dianteira do veículo) sem existir previsão normativa para que se afixe neste local], condições
que contrariam a Resolução ANTT nº 5.998/2022 e a ABNT-NBR 7500.
Página 190
- Alicate universal;
- 4 cones para sinalização da via, conforme ABNT-NBR 15.071 (somente este quantitativo,
independentemente da quantidade de veículos).
- Alicate universal;
- 4 cones para sinalização da via, conforme ABNT-NBR 15.071 (somente este quantitativo,
independentemente da quantidade de veículos).
Página 191
TRANSPORTADO CONFIGURA A IRREGULARIDADE PREVISTA NESTE ARTIGO.
Cada produto exige um conjunto de equipamentos de proteção individual diferente. Deste modo,
deverá ser consultada a ABNT-NBR em comento para que se verifique quais equipamentos deve
portar quando realizar determinado transporte de produtos perigosos.
Atenção: “TRAJE MÍNIMO OBRIGATÓRIO (camisa ou camiseta com mangas compridas ou curta,
calça comprida e calçados fechados) NÃO SÃO EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.”
Página 192
Trabalho), dentre outros].
Cada produto exige um conjunto de equipamentos de proteção individual diferente. Deste modo,
deverá ser consultada a ABNT-NBR em comento para que se verifique quais equipamentos deve
portar quando realizar determinado transporte de produtos perigosos.
Atenção: “TRAJE MÍNIMO OBRIGATÓRIO (camisa ou camiseta com mangas compridas ou curta,
calça comprida e calçados fechados) NÃO SÃO EQUIPAMETNOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.”
Comentário: Quando for realizado o transporte de produtos perigosos nesses veículos, misto ou
especial, e os produtos transportados nãos estiverem em compartimento estanque e próprio,
segregado (separado) de forma física do condutor e auxiliares.
Importante destacar que não pode ser utilizado painéis parciais, compensados laminados, acrílicos
ou outros meios improvisados para a segregação. A separação da carga e ocupantes do veículo
requer a existência de compartimento estanque e próprio para cumprir a finalidade prevista na
norma.
Página 193
Art. 43, § 3º, VIII Transportar produtos perigosos em R$ 1.000,00
embalagens que apresentem sinais de
Transportador
violação, deterioração, mau estado de
conservação, em desacordo ao inciso
VIII do art. 17.
A condição estará configurada quando, por exemplo, os volumes estiverem abertos; apresentarem
danos pelas condições de estiva e acondicionamento; estiverem amassados, dentre outras situações
que conduzam a tipificação de sinais de violação, deterioração e mau estado de conservação.
Volumes: Devem conter número ONU, precedido das letras “ONU” ou “UN”, nome apropriado para
embarque, rótulos de risco, marcação “UN” (sendo a embalagem fabricada no Brasil, a sigla “BR” na
marcação) e selo de compulsoriedade do Inmetro caso o volume (embalagem externa) for de
fabricação nacional. Se estiver incorreta ou ilegível alguma dessas informações, conduz a tipificação
deste artigo.
Página 194
alguma dessas informações, conduz a tipificação deste artigo.
Obs.: Se o transporte for em quantidade limitada por embalagem interna nos volumes contidos pela
sobreembalagem, deverá vir nesta o “símbolo da quantidade limitada por embalagem interna”
juntamente com a informação “SOBREEMBALAGEM”, “SOBREEMBALAJE” ou “OVERPACK”. Se
estiver incorreta ou ilegível alguma dessas informações, conduz a tipificação deste artigo.
Cofres de carga: segregam produtos perigosos dos não perigosos, devem estar devidamente
fechados, estanques e possuir em uma das faces a simbologia painel de segurança, a qual deverá
ser de cor alaranjada sem qualquer inscrição. Se estiver incorreta ou ilegível a sinalização informada,
conduz a tipificação deste artigo.
Volumes: Devem conter número ONU, precedido das letras “ONU” ou “UN”, nome apropriado para
embarque, rótulos de risco, marcação “UN” (sendo a embalagem fabricada no Brasil, a sigla “BR” na
marcação) e selo de compulsoriedade do Inmetro caso o volume (embalagem externa) for de
fabricação nacional. ESTANDO AUSENTE TODAS AS INFORMAÇÕES, conduz a tipificação deste
artigo.
Página 195
INFORMAÇÕES, conduz a tipificação deste artigo.
Obs.: Se o transporte for em quantidade limitada por embalagem interna nos volumes contidos pela
sobreembalagem, deverá vir nesta o “símbolo da quantidade limitada por embalagem interna”
juntamente com a informação “SOBREEMBALAGEM”, “SOBREEMBALAJE” ou “OVERPACK”.
ESTANDO AUSENTE TODAS AS INFORMAÇÕES, conduz a tipificação deste artigo.
Cofres de carga: segregam produtos perigosos dos não perigosos, devem estar devidamente
fechados, estanques e possuir em uma das faces a simbologia painel de segurança, a qual deverá
ser de cor alaranjada sem qualquer inscrição. ESTANDO AUSENTE O PAINEL DE SEGURANÇA,
conduz a tipificação deste artigo.
Mal estivados, por exemplo, quando há no compartimento de carga volumes soltos; desrespeito a
rótulos de manuseio, orientação e empilhamento máximo; produtos tombados, dentre outras
situações.
Presos por meios não apropriados, por exemplo, encostados em outros produtos sem que haja
nenhum meio de evitar durante o deslocamento o tombamento, preso por materiais frágeis que em
qualquer movimentação podem se romper, dentre outras situações.
Comentário: Quando há o transporte de produtos perigosos e são conduzidas pessoas que não se
Página 196
revestem da condição de auxiliares na operação de transporte (carona).
Página 197
Art. 43, § 3º, XV Transportar produtos perigosos R$ 1.000,00
utilizando cofre de carga inadequado,
Transportador
em desacordo ao art. 18.
Ilegível, situação que há todas as informações disponibilizadas no documento e qualquer uma delas
encontra-se ilegível.
Os dados ilegíveis ou incorretos acerca destas informações, conduz a tipificação deste artigo.
Página 198
Art. 43, § 3º, XVII Transportar produtos perigosos R$ 1.000,00
portando ou disponibilizando, no caso
Transportador
de utilização de documento eletrônico,
outros documentos ou declarações
exigidas incorretamente preenchidas,
em desacordo ao art. 23.
Página 199
Art. 43, § 3º, XX O condutor não adotar, em caso de R$ 1.000,00
acidente, avaria ou outro fato que
Transportador
obrigue a imobilização do veículo, as
providências constantes no art. 24.
Comentário: O condutor, em caso de sinistro (acidente), avaria ou outro fato que obrigue a
imobilização do veículo, deixar de avaliar, sinalizar e de utilizar equipamentos de proteção individual
para a medidas necessárias para intervir em eventual situação de emergência, caso necessário.
Assim como, não adotar as medidas cabíveis em relação aos devidos acionamentos para as demais
providências.
Página 200
para a comunicação do fato, pedido de socorro ou atendimento médico. As medidas adotadas visam
minimizar eventuais riscos impostos pela condição de emergência, parada técnica, falha mecânica
ou sinistro (acidente).
Comentário: Deve ser providenciada a retirada da sinalização que indica o transporte de produtos
perigosos dos veículos ou equipamentos de transporte nas seguintes condições:
Após as operações de limpeza e descontaminação (transporte a granel), quando o veículo está vazio
e descontaminado e apresenta o certificado de descontaminação dentro do período estabelecido
(dentro do prazo de validade) – Inciso II, do § 1º do art. 6º.
Caso não retire a simbologia nas situações mencionadas, conduz as sanções previstas neste artigo.
Página 201
§ 5º do art. 6º.
É proibido utilizar nos veículos ou equipamentos que transportem produtos perigosos ou que estejam
vazios e não limpos, elementos visuais que possam se assemelhar, em formato, cor ou imagens, à
sinalização relacionada ao transporte de produtos perigosos, por exemplo: rótulo de risco amarelo
com imagem de um surfista, rótulo de risco de cor vermelha com escudo de time de futebol, dentre
outras - § 5º do art. 6º.
Art. 43, § 4º, III Utilizar a sinalização de que trata esta R$ 600,00
Resolução durante o transporte de
Transportador
produtos não classificados como
perigosos, em desacordo ao §4º do art.
6º.
Página 202
Comentário: Quando há o transporte de produtos perigosos e o veículo NÃO POSSUI, PELO
MENOS, UM CONJUNTO DE EQUIPAMENTOS PARA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA.
- Alicate universal;
- 4 cones para sinalização da via, conforme ABNT-NBR 15.071 (somente este quantitativo,
independentemente da quantidade de veículos).
Página 203
ANTT nº 5.998/2022 (Parte 7) e de forma complementar na ABNT-NBR 9735, sendo:
- Alicate universal;
- 4 cones para sinalização da via, conforme ABNT-NBR 15.071 (somente este quantitativo,
independentemente da quantidade de veículos).
Página 204
Comentário: Quando há o transporte de produtos perigosos e o veículo PORTAR, PELO MENOS,
UM CONJUNTO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL FORA DA CABINE VEÍCULO.
Volumes: Devem conter número ONU, precedido das letras “ONU” ou “UN”, nome apropriado para
embarque, rótulos de risco, marcação “UN” (sendo a embalagem fabricada no Brasil, a sigla “BR” na
marcação) e selo de compulsoriedade do Inmetro caso o volume (embalagem externa) for de
fabricação nacional. ESTANDO AS INFORMAÇÕES DISPOSTAS DE FORMA DIVERSA, conduz a
tipificação deste artigo.
Página 205
“SOBREEMBALAGEM”, “SOBREEMBALAJE” ou “OVERPACK”. ESTANDO AS INFORMAÇÕES
DISPOSTAS DE FORMA DIVERSA, conduz a tipificação deste artigo.
Obs.: Se o transporte for em quantidade limitada por embalagem interna nos volumes contidos pela
sobreembalagem, deverá vir nesta o “símbolo da quantidade limitada por embalagem interna”
juntamente com a informação “SOBREEMBALAGEM”, “SOBREEMBALAJE” ou “OVERPACK”.
ESTANDO AS INFORMAÇÕES DISPOSTAS DE FORMA DIVERSA, conduz a tipificação deste
artigo.
Cofres de carga: segregam produtos perigosos dos não perigosos, devem estar devidamente
fechados, estanques e possuir em uma das faces a simbologia painel de segurança, a qual deverá
ser de cor alaranjada sem qualquer inscrição. ESTANDO O PAINEL DE SEGURANÇA COM
INFORMAÇÕES DISPOSTAS DE FORMA DIVERSA DO PREVISTO, por exemplo, com inscrição,
conduz a tipificação deste artigo.
Página 206
traje mínimo obrigatório.
Importante destacar que o traje mínimo obrigatório não é equipamento de proteção individual, sendo
assim, mesmo no transporte de produtos perigosos (fracionados) em quantidade limitada por veículo
(coluna 8) e quantidade limitada por embalagem interna (coluna 9) da Relação de Produtos
Perigosos, não há dispensa de sua utilização caso o transporte seja realizado nestas condições. Ou
seja, não há dispensa em nenhuma hipótese de o condutor e o auxiliar isentarem-se de utilizar o traje
mínimo obrigatório, salvo se não for aplicado as condições em que não é aplicado o Regulamento de
Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos.
O traje mínimo obrigatório tanto para o condutor, quanto para o auxiliar é composto de: calça
comprida, camisa ou camiseta, com mangas curtas ou compridas, e calçados fechados.
Página 207
RESPONSABILIDADES DO EXPEDIDOR
Comentário: Expedir produto perigoso cujo transporte seja proibido por publicação da ANTT ou
outro ato normativo.
Página 208
Art. 43, § 6º, III Expedir produtos perigosos em veículo R$ 1.400,00
com características técnicas ou
Expedidor
operacionais inadequadas, em
desacordo ao art. 7º.
Página 209
VEÍCULO.
- Alicate universal;
- 4 cones para sinalização da via, conforme ABNT-NBR 15.071 (somente este quantitativo,
independentemente da quantidade de veículos).
Página 210
outro semirreboque corresponde a outra unidade de transporte);
- Alicate universal;
- 4 cones para sinalização da via, conforme ABNT-NBR 15.071 (somente este quantitativo,
independentemente da quantidade de veículos).
Cada produto exige um conjunto de equipamentos de proteção individual diferente. Deste modo,
deverá ser consultada a ABNT-NBR em comento para que se verifique quais equipamentos deve
portar quando realizar determinado transporte de produtos perigosos.
Atenção: “TRAJE MÍNIMO OBRIGATÓRIO (camisa ou camiseta com mangas compridas ou curta,
calça comprida e calçados fechados) NÃO SÃO EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.”
Página 211
Art. 43, § 6º, VIII Expedir produtos perigosos em veículo R$ 1.400,00
com conjuntos de EPIs inadequados ao
Expedidor
uso ou ao produto transportado, em
desacordo ao art. 9º.
Cada produto exige um conjunto de equipamentos de proteção individual diferente. Deste modo,
deverá ser consultada a ABNT-NBR em comento para que se verifique quais equipamentos deve
portar quando realizar determinado transporte de produtos perigosos.
Atenção: “TRAJE MÍNIMO OBRIGATÓRIO (camisa ou camiseta com mangas compridas ou curta,
calça comprida e calçados fechados) NÃO SÃO EQUIPAMETNOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.”
Página 212
desacordo ao art. 12.
Existem exceção prevista na Resolução ANTT nº 5.998/2022, a qual nas suas instruções
complementares estabelece que o transporte de materiais radioativos poderá ser realizado em
automóveis.
Página 213
Como exemplo seria a utilização de uma embalagem para determinado produto perigoso, porém,
esta embalagem não está prevista, pelas suas características de fabricação, para acondicionar esse
produto.
Art. 43, § 6º, XIII Expedir produtos perigosos sem utilizar Expedidor R$ 1.400,00
embalagens, quando exigidas, em
desacordo ao Art. 14.
Página 214
Comentário: Quando há a expedição para o transporte de produtos perigosos sem a utilização de
embalagens, exceto se na consulta realizada na Relação de Produtos Perigosos (coluna 10 –
Instruções para embalagem) constar a informação de não aplicável (NA), a qual indica que não é
exigida embalagem para aquele produto perigoso.
Produtos: ONU 2215 - Anidrido maléico, fundido; ONU 2304 – Naftaleno, fundido; ONU 2312, Fenol,
fundido; ONU 2426 – Nitrato de amônio, líquido (solução concentrada por aquecimento); ONU 2447,
Fósforo, branco, fundido; ONU 2576 – Oxibrometo de fósforo, fundido; os quais conforme consulta na
Relação de Produtos de Perigosos (Resolução ANTT nº 5.998/2022), consta a informação “NA” no
campo Instruções para embalagem, não sendo, portanto, exigido o atendimento destas por esses
números ONU.
Página 215
Comentário: Quando há a expedição para o transporte de produtos perigosos em embalagens que
apresentam marcação de homologação, sendo estas fabricadas no Brasil, as quais indicam nesta
marcação de homologação a sigla “BR”, mas, não dispõem do selo de identificação da conformidade
do Inmetro.
Há previsão de infração para a ausência de marcação, assim como, por ausência do selo de
identificação da conformidade do Inmetro.
Volumes: Devem conter número ONU, precedido das letras “ONU” ou “UN”, nome apropriado para
embarque, rótulos de risco, marcação “UN” (sendo a embalagem fabricada no Brasil, a sigla “BR” na
marcação) e selo de compulsoriedade do Inmetro caso o volume (embalagem externa) for de
fabricação nacional. ESTANDO AUSENTE TODAS AS INFORMAÇÕES, conduz a tipificação deste
artigo.
Página 216
“SOBREEMBALAGEM”, “SOBREEMBALAJE” ou “OVERPACK”. ESTANDO AUSENTE TODAS AS
INFORMAÇÕES, conduz a tipificação deste artigo.
Obs.: Se o transporte for em quantidade limitada por embalagem interna nos volumes contidos pela
sobreembalagem, deverá vir nesta o “símbolo da quantidade limitada por embalagem interna”
juntamente com a informação “SOBREEMBALAGEM”, “SOBREEMBALAJE” ou “OVERPACK”.
ESTANDO AUSENTE TODAS AS INFORMAÇÕES, conduz a tipificação deste artigo.
Cofres de carga: segregam produtos perigosos dos não perigosos, devem estar devidamente
fechados, estanques e possuir em uma das faces a simbologia painel de segurança, a qual deverá
ser de cor alaranjada sem qualquer inscrição. ESTANDO AUSENTE O PAINEL DE SEGURANÇA,
conduz a tipificação deste artigo.
Volumes: Devem conter número ONU, precedido das letras “ONU” ou “UN”, nome apropriado para
embarque, rótulos de risco, marcação “UN” (sendo a embalagem fabricada no Brasil, a sigla “BR” na
marcação) e selo de compulsoriedade do Inmetro caso o volume (embalagem externa) for de
fabricação nacional. Se estiver incorreta ou ilegível alguma dessas informações, conduz a tipificação
deste artigo.
Página 217
Devem dispor nestas sobreembalagens as seguintes informações (rótulo de risco, nome apropriado
para embarque, número ONU, precedido das letras “ONU” ou “UN” e a informação
“SOBREEMBALAGEM”, “SOBREEMBALAJE” ou “OVERPACK”. Se estiver incorreta ou ilegível
alguma dessas informações, conduz a tipificação deste artigo.
Obs.: Se o transporte for em quantidade limitada por embalagem interna nos volumes contidos pela
sobreembalagem, deverá vir nesta o “símbolo da quantidade limitada por embalagem interna”
juntamente com a informação “SOBREEMBALAGEM”, “SOBREEMBALAJE” ou “OVERPACK”. Se
estiver incorreta ou ilegível alguma dessas informações, conduz a tipificação deste artigo.
Cofres de carga: segregam produtos perigosos dos não perigosos, devem estar devidamente
fechados, estanques e possuir em uma das faces a simbologia painel de segurança, a qual deverá
ser de cor alaranjada sem qualquer inscrição. Se estiver incorreta ou ilegível a sinalização informada,
conduz a tipificação deste artigo.
Art. 43, § 6º, XIX Expedir produtos perigosos juntamente Expedidor R$ 1.400,00
com alimentos, medicamentos, insumos,
aditivos e matérias primas alimentícios,
cosméticos, farmacêuticos ou
veterinários ou objetos ou produtos já
acabados destinados a uso ou consumo
humano ou animal de uso direto ou,
ainda, com embalagens de mercadorias
destinadas ao mesmo fim, em
Página 218
desacordo ao inciso III do art. 17.
Página 219
Comentário: Quando há a expedição para o transporte de produtos perigosos e ocorre o transporte
simultâneo de animais e produtos perigosos no mesmo compartimento de veículos ou equipamentos
de transporte.
Ao condutor do veículo será aplicada a sanção prevista no Código de Trânsito Brasileiro – CTB,
tipificada no Art. 162, VII – Dirigir veículo sem possuir os cursos especializados ou específicos
obrigatórios, infração de natureza gravíssima (7 pontos), culminando na medida administrativa de
retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado que possua o curso previsto.
Página 220
Ao proprietário do veículo será aplicada a sanção prevista no CTB, tipificada no Art. 164 – Permitir
que pessoa nas condições referidas nos incisos do art. 162 tome posse do veículo automotor e
passe a conduzi-lo na via, infração de natureza gravíssima (7 pontos).
Se o proprietário estiver presente no veículo, a sanção prevista no CTB será a tipificada no Art. 163 –
Entregar a direção do veículo a pessoa nas condições referidas nos incisos do art. 162 e passe a
conduzi-lo na via, infração de natureza gravíssima (7 pontos).
Além disso, conforme já exposto no presente material de estudo, a depender do caso concreto,
poderá ocorrer sanções cíveis e criminais relacionadas a ausência do curso em comento.
Ao condutor do veículo será aplicada a sanção prevista no Código de Trânsito Brasileiro – CTB,
tipificada no Art. 162, VII – Dirigir veículo sem possuir os cursos especializados ou específicos
obrigatórios, uma vez que por estar vencido conduz a condição de não possuir o curso, infração de
natureza gravíssima (7 pontos), culminando na medida administrativa de retenção do veículo até a
apresentação de condutor habilitado que possua o curso previsto.
Ao proprietário do veículo será aplicada a sanção prevista no CTB, tipificada no Art. 164 – Permitir
que pessoa nas condições referidas nos incisos do art. 162 tome posse do veículo automotor e
passe a conduzi-lo na via, infração de natureza gravíssima (7 pontos).
Se o proprietário estiver presente no veículo, a sanção prevista no CTB será a tipificada no Art. 163 –
Entregar a direção do veículo a pessoa nas condições referidas nos incisos do art. 162 e passe a
Página 221
conduzi-lo na via, infração de natureza gravíssima (7 pontos).
Além disso, conforme já exposto no presente material de estudo, a depender do caso concreto,
poderá ocorrer sanções cíveis e criminais relacionadas ao curso estar VENCIDO.
Comentário: Quando há a expedição para o transporte e este for realizado (A GRANEL) em veículo
não inspecionado, o qual, não possui o documento Certificado de Inspeção Veicular – CIV, em
desacordo com o previsto na Portaria Inmetro nº 127/2022.
Comentário: Quando há a expedição para o transporte e este for realizado (A GRANEL), porém o
documento Certificado de Inspeção Veicular – CIV estiver VENCIDO (exigência prevista na Portaria
Inmetro nº 127/2022).
Comentário: Quando há a expedição para o transporte e este for realizado (A GRANEL), porém o
documento Certificado de Inspeção Veicular – CIV estiver incorretamente preenchido (dados
Página 222
incorretos, faltando informações) ou ilegível (que não seja possível identificar as informações
disponibilizadas), exigências previstas na Portaria Inmetro nº 127/2022.
CTPP – Tanques de carga (não certificado; não inspecionado; sem o documento original; sem a
placa de identificação do fabricante fixada; sem o selo da conformidade do Inmetro fixado, estes
últimos em desacordo com a Portaria Inmetro nº 134/2022);
CIPP – demais veículos a granel ou Tanques de carga anteriores a 15/01/2018 (não certificado; não
inspecionado; sem o documento original; sem a placa de identificação fixada; sem a placa a placa de
inspeção fixada ou com estas últimas com informações em desacordo com a Portaria Inmetro nº
128/2022).
Página 223
ao inciso I do art. 23.
Comentário: Quando há a expedição para o transporte e este for realizado (A GRANEL), porém o
documento Certificado de Transporte de Produtos Perigosos – CTPP (para Tanques de carga
fabricados a partir de 15/01/2018 – Portaria Inmetro nº 134/2022) e o Certificado de Inspeção de
Produtos Perigosos (para os demais veículos a granel ou para Tanques de carga fabricados antes de
15/01/2018 – Portaria Inmetro nº 128/2022) estiverem incorretamente preenchidos (dados incorretos,
faltando informações) ou ilegíveis (que não seja possível identificar as informações disponibilizadas).
Art. 43, § 6º, Expedir produtos perigosos sem portar Expedidor R$ 1.400,00
XXXI ou disponibilizar, no caso de utilização
de documento eletrônico, o documento
para o transporte de produtos perigosos
em desacordo ao inciso II do art. 23.
Página 224
Art. 43, § 6º, Expedir produtos perigosos portando ou Expedidor R$ 1.400,00
XXXII disponibilizando, no caso de utilização
de documento eletrônico, o documento
para o transporte de produtos perigosos
incorretamente preenchido ou ilegível,
em desacordo ao art. 23.
Ilegível, situação que há todas as informações disponibilizadas no documento e qualquer uma delas
encontra-se ilegível.
Os dados ilegíveis ou incorretos acerca destas informações, conduz a tipificação deste artigo.
Art. 43, § 6º, Expedir produtos perigosos sem portar Expedidor R$ 1.400,00
XXXIII ou disponibilizar, no caso de utilização
de documento eletrônico, outros
documentos ou declarações exigidas,
em desacordo ao inciso III do art. 23.
Página 225
Art. 43, § 6º, Expedir produtos perigosos Expedidor R$ 1.400,00
XXXIV portando ou disponibilizando, no
caso de utilização de documento
eletrônico, outros documentos ou
declarações exigidas ilegíveis, em
desacordo ao Art. 23;
Art. 43, § 6º, Expedir produtos perigosos a granel que Expedidor R$ 1.400,00
XXXVI não constem no CTPP ou CIPP, em
desacordo ao inciso VIII do art. 29.
Página 226
Comentário: Quando há a expedição para o transporte e este for realizado (A GRANEL), porém não
consta no documento Certificado de Transporte de Produtos Perigosos – CTPP (para Tanques de
carga fabricados a partir de 15/01/2018 – Portaria Inmetro nº 134/2022) em campo próprio, a família
vinculada ao equipamento ou grupo apto para o transporte conforme produto transportado, assim
como não consta a informação do grupo apto para o transporte em campo próprio do Certificado de
Inspeção de Produtos Perigosos (para os demais veículos a granel ou para Tanques de carga
fabricados antes de 15/01/2018 – Portaria Inmetro nº 128/2022).
Comentário: O transporte de produtos perigosos nestes veículos é PROIBIDO. Deste modo, só há,
pela legislação de trânsito a previsão quando é utilizado o sidecar na motocicleta, sendo permitido
neste caso, o transporte de botijões de gás (gás liquefeito de petróleo – GLP) com capacidade
máxima de 13 kg (treze quilogramas).
Página 227
afixada em veículo ou equipamento de transporte (painéis de segurança, rótulos de risco ou símbolos
especiais) ESTÁ INCOMPLETA (falta algum componente da sinalização) ou AFIXADA DE FORMA
INADEQUADA [está em posição invertida, por exemplo: painel de segurança do lado direito do
veículo (lado do passageiro) e o rótulo de risco do lado esquerdo (lado do motorista); rótulo de risco
posição na parte frontal (dianteira do veículo) sem existir previsão normativa para que se afixe neste
local], condições que contrariam a Resolução ANTT nº 5.998/2022 e a ABNT-NBR 7500.
Art. 43, § 7º, III Expedir produtos perigosos em veículo Expedidor R$ 1.000,00
com conjunto de equipamentos para
situação de emergência incompletos,
em desacordo ao art. 8º.
Página 228
- Extintor(es) compatível com a carga;
- Alicate universal;
- 4 cones para sinalização da via, conforme ABNT-NBR 15.071 (somente este quantitativo,
independentemente da quantidade de veículos).
Página 229
Art. 43, § 7º, V Expedir, em veículos classificados como Expedidor R$ 1.000,00
"misto" ou "especial", produtos
perigosos em compartimento não
segregado do condutor e auxiliares, em
desacordo ao §2º do art. 12.
Importante destacar que não pode ser utilizado painéis parciais, compensados laminados, acrílicos
ou outros meios improvisados para a segregação. A separação da carga e ocupantes do veículo
requer a existência de compartimento estanque e próprio para cumprir a finalidade prevista na
norma.
Volumes: Devem conter número ONU, precedido das letras “ONU” ou “UN”, nome apropriado para
embarque, rótulos de risco, marcação “UN” (sendo a embalagem fabricada no Brasil, a sigla “BR” na
marcação) e selo de compulsoriedade do Inmetro caso o volume (embalagem externa) for de
fabricação nacional. ESTANDO AS INFORMAÇÕES DISPOSTAS DE FORMA DIVERSA, conduz a
tipificação deste artigo.
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para embarque, número ONU, precedido das letras “ONU” ou “UN” e a informação
“SOBREEMBALAGEM”, “SOBREEMBALAJE” ou “OVERPACK”. ESTANDO AS INFORMAÇÕES
DISPOSTAS DE FORMA DIVERSA, conduz a tipificação deste artigo.
Obs.: Se o transporte for em quantidade limitada por embalagem interna nos volumes contidos pela
sobreembalagem, deverá vir nesta o “símbolo da quantidade limitada por embalagem interna”
juntamente com a informação “SOBREEMBALAGEM”, “SOBREEMBALAJE” ou “OVERPACK”.
ESTANDO AS INFORMAÇÕES DISPOSTAS DE FORMA DIVERSA, conduz a tipificação deste
artigo.
Cofres de carga: segregam produtos perigosos dos não perigosos, devem estar devidamente
fechados, estanques e possuir em uma das faces a simbologia painel de segurança, a qual deverá
ser de cor alaranjada sem qualquer inscrição. ESTANDO O PAINEL DE SEGURANÇA COM
INFORMAÇÕES DISPOSTAS DE FORMA DIVERSA DO PREVISTO, por exemplo, com inscrição,
conduz a tipificação deste artigo.
Art. 43, § 7º, VII Expedir produtos perigosos fora do Expedidor R$ 1.000,00
compartimento de carga, mal estivados
nos veículos ou presos por meios não-
apropriados, em desacordo ao art. 16.
Mal estivados, por exemplo, quando há no compartimento de carga volumes soltos; desrespeito a
rótulos de manuseio, orientação e empilhamento máximo; produtos tombados, dentre outras
situações.
Presos por meios não apropriados, por exemplo, encostados em outros produtos sem que haja
nenhum meio de evitar durante o deslocamento o tombamento, preso por materiais frágeis que em
qualquer movimentação podem se romper, dentre outras situações.
Página 231
Art. 43, § 7º, VIII Fumar durante as etapas da operação Expedidor R$ 1.000,00
de carga, em desacordo ao inciso VI do
Art. 17.
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Art. 43, § 7º, XI Expedir produtos perigosos portando ou Expedidor R$ 1.000,00
disponibilizando, no caso de utilização
de documento eletrônico, outros
documentos ou declarações exigidas
incorretamente preenchidas, em
desacordo ao art. 23.
Resumo do módulo
Prezado (a) condutor (a), trazemos como destaque deste conteúdo:
- Acompanhar a evolução da legislação de trânsito permite ao condutor estar sempre
atualizado, sabendo quais são seus deveres e direitos, evitando muitos problemas durante
o exercício de sua atividade profissional de transporte.
Página 233
- Se você for motorista profissional empregado, fique atento aos pontos acumulados na
sua CNH. Isso demonstra o tipo de zelo que está tendo na condução e o seu empregador
pode ter acesso a esses dados.
- Reforçando um dos princípios fundamentais das regras de condução: abster-se de todo
ato que possa constituir perigo ou obstáculo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de
animais, ou ainda causar danos a propriedades públicas ou privadas.
- O conhecimento da legislação específica do transporte rodoviário de produtos perigosos,
além de permitir ao condutor o planejamento adequado de sua viagem, também pode
evitar o surgimento de muitos problemas operacionais durante o seu percurso.
- Documento fiscal para o transporte de produtos perigosos é qualquer documento
(declaração de carga, nota fiscal, conhecimento de transporte, manifesto de carga ou
outro documento que acompanhe a expedição) que contenha as informações exigidas pela
legislação.
- Compreender as responsabilidades do condutor de veículos que transportam produtos
perigosos é fundamental para evitar sinistros e suas consequências, assim como,
responsabilizações administrativas, cíveis e penais.
- Neste módulo, além de procurarmos trazer informações essenciais para a realização do
transporte de produtos perigosos de forma segura, direcionamos esforços para melhor
orientá-lo acerca de exigências normativas, procedimentos, fazendo com que esteja
atualizado diante das constantes alterações na legislação vigente.
- Além disso, buscamos também, contribuir com informes detalhados acerca de diversas
temas relacionados ao transporte rodoviário de produtos perigosos, para que você possa
no dia a dia desempenhar suas atividades na condição de condutor, transportador e
expedidor entendo o que prevê as normativas legais, visando evitar sanções, interrupções
na viagem e outros aborrecimentos indesejados.
- Nesse contexto, o material em comento vai muito além do que é previsto na grade
curricular, uma vez que contempla o mínimo exigido, mas, sem deixar de trazer a
qualidade desejada para que o transporte rodoviário de produtos perigosos possa ser
realizado com segurança, eficiência e eficácia, possibilitando a você os conhecimentos
necessários para cumprir esse objetivo.
- No caso de ainda haver dúvidas sobre os temas, é extremamente importante a releitura
dos itens apresentados, visando realizar adequadamente o transporte de produtos
perigosos em todas as suas etapas.
Página 234
Exercícios de fixação
1 - A Carteira Nacional de Habilitação somente terá validade para a condução do
veículo quando apresentada:
a) junto com o Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo
b) em cópia autenticada pelo DETRAN
c) junto com a Carteira de Identidade
d) em original, por meio físico ou digital
4 - Todo condutor, numa rodovia, ao perceber que outro veículo no sentido contrário
iniciou uma ultrapassagem sem distância suficiente para realizar a manobra, deverá:
a) aumentar a velocidade, buzinar e desviar do veículo que iniciou a ultrapassagem.
b) aumentar a velocidade, e se necessário, dirigir-se ao acostamento até que o outro
veículo conclua a ultrapassagem.
c) reduzir a velocidade, e se necessário, dirigir-se ao acostamento até que o outro
veículo conclua a ultrapassagem.
d) reduzir a velocidade até parar, para que o outro veículo conclua a ultrapassagem.
Página 235
GABARITO
1 - A Carteira Nacional de Habilitação somente d) nenhum dos dois
terá validade para a condução do veículo quando
Comentário: O art. 61, do CTB, nos informa que
apresentada:
onde não houver sinalização regulamentadora de
a) junto com o Certificado de Registro e velocidade, deverá ser seguida a norma. Em uma
Licenciamento do Veículo via arterial a velocidade máxima permitida é de 60
b) em cópia autenticada pelo DETRAN Km/h. Logo o veículo "A" e o veículo "B", estão
c) junto com a Carteira de Identidade desrespeitando a velocidade máxima permitida da
d) em original, por meio físico ou digital via.
Comentário: Carteira Nacional de Habilitação e a 4 - Todo condutor, numa rodovia, ao perceber que
Permissão para Dirigir somente terão validade outro veículo no sentido contrário iniciou uma
para a condução de veículo quando apresentada ultrapassagem sem distância suficiente para
em original. Art. 159, § 5º do CTB. Vale destacar realizar a manobra, deverá:
que a CNH, pode ser emitida em meio físico e/ou
a) aumentar a velocidade, buzinar e desviar
digital a escolha do condutor.
do veículo que iniciou a ultrapassagem.
2 - Para dirigir um ônibus o condutor precisa estar b) aumentar a velocidade, e se necessário,
habilitado em qual categoria de habilitação? dirigir-se ao acostamento até que o outro
veículo conclua a ultrapassagem.
a) Categoria A
c) reduzir a velocidade, e se necessário,
b) Categoria B
c) Categoria C dirigir-se ao acostamento até que o
d) Categoria D outro veículo conclua a ultrapassagem.
d) reduzir a velocidade até parar, para que o
Comentário: Categoria "D", condutor de veículo outro veículo conclua a ultrapassagem.
motorizado utilizado no transporte de passageiros,
cuja lotação exceda a 8 lugares, excluído o do Comentário: Todos os usuários da via devem,
motorista. Art. 142, IV, do CTB. abster-se de todo ato que possa constituir perigo
ou obstáculo para o trânsito de veículos, de
pessoas ou de animais, ou ainda causar danos a
propriedades públicas ou privadas. O motorista
3 - O veículo "A" circula a 90 Km/h e o veículo "B"
deve sempre adotar procedimentos preventivos no
circula a 70 Km/h. Considerando que ambos
trânsito, sempre com cautela e civilidade, abrindo
circulam em uma via arterial, quem está
desrespeitando a velocidade máxima permitida? mão do seu direito de modo a priorizar a
segurança viária. O trânsito seguro é um direito de
a) o veículo A todos, logo para exercer esse direito todos tem
b) o veículo B responsabilidades. Art. 26, do CTB C/C Art. 1, §
c) os dois 2º, do CTB.
Página 236
DIREÇÃO
DEFENSIVA
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Objetivos de Aprendizagem
- Reconhecer que o principal fator relacionado ao acidente de trânsito é o humano.
- Conhecer os procedimentos e cuidados para evitar e prevenir sinistros envolvendo outros
veículos, pedestres e demais integrantes do trânsito.
- Agir com antecipação em possíveis situações de risco, prevenindo sinistros.
- Relembrar a importância da recolha da informação, da tomada de decisão e da ação na
tarefa da condução.
- Rever os fatores físicos e emocionais que interferem na condução; relembrar e identificar
a influência desses fatores na sua própria condução.
- Conhecer os riscos que traz a ingestão de bebida alcoólica e o uso de drogas para
condutores de veículos especializados.
- Identificar os fatores comportamentais e as ações de prevenção a serem adotadas em
situações adversas.
-Realizar autoavaliação em relação à realização de todas as manobras e identificar
conhecimentos e habilidades necessários para o aprimoramento e redução de riscos.
Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará neste módulo:
- Conceito de direção defensiva;
- Acidente evitável ou não evitável;
- Como ultrapassar e ser ultrapassado;
- O acidente de difícil identificação da causa;
- Como evitar sinistros com outros veículos;
- Como evitar sinistros com pedestres e outros integrantes do trânsito;
- A importância de ver e ser visto;
- A importância do comportamento seguro na condução de veículos especializados;
- Comportamento seguro e comportamento de risco – diferença que pode poupar vidas;
- Estado físico e mental do condutor, consequências da ingestão e consumo de bebida
alcoólica e substâncias psicoativas.
Página 238
Introdução
Para que o condutor de veículo que transporta produtos perigosos aja de forma
segura e correta durante o exercício profissional de sua atividade, deve estar
preparado para lidar com as mais variadas situações cotidianas, desde aquelas
referentes a si mesmo, até as relativas às condições da via.
Neste módulo, abordaremos os sinistros evitáveis ou não evitáveis, as condições
adversas de luminosidade, tempo, via, tráfego, veículo e motorista, as relações
existentes entre o fator humano e os sinistros de trânsito, como ultrapassar e ser
ultrapassado e o acidente de difícil identificação da causa.
As ações do condutor que transporta produtos perigosos devem ser sempre
pensadas e calculadas previamente. É para isso que existem conceitos como
distâncias de frenagem e tempos de reação. Ademais, não basta manobrar
corretamente — é preciso que os outros motoristas possam identificar qual
manobra vai ser executada por esse condutor.
Abordaremos sobre como evitar sinistros com os outros veículos, com pedestres e
com os demais integrantes do trânsito, e a importância de ver e ser visto nesse
contexto.
Uma das boas notícias dos estudiosos do comportamento humano é que os
comportamentos negativos podem ser dessensibilizados e os comportamentos
positivos podem ser condicionados pelo hábito — o que pode concorrer para a
adoção de comportamentos seguros pelo condutor do veículo.
Estudaremos a importância do comportamento seguro na condução de alguns
tipos especiais de veículo, o comportamento seguro e o comportamento de risco
do pós-acidente, e o estado físico e mental do condutor.
Bons estudos!
Página 239
Conceito de direção defensiva
Direção Defensiva é dirigir de modo a evitar sinistros, apesar das ações incorretas
(erradas) dos outros e das condições adversas (contrárias), que encontramos nas vias de
trânsito. Para que um condutor possa praticar a Direção Defensiva, precisa de certos
elementos e conhecimentos, não só de legislação de trânsito, mas também de
comportamentos que devem ser praticados no dia-a-dia, no uso do veículo. São eles:
Página 240
Conheça o que representa cada um dos elementos:
CONHECIMENTO
A legislação de trânsito é a sua maior aliada na busca desse conhecimento, mas também é
necessário desenvolver um rápido conhecimento dos riscos no trânsito e da maneira de
prevenir-se contra eles. Você precisa conhecer seus direitos e deveres em qualquer
situação de trânsito, como condutor ou como pedestre, para evitar tomar atitudes que
possam causar sinistros ou danos aos usuários da via.
IMPORTANTE
O veículo motorizado que circula em vias terrestres é o que mais exige a atenção
do condutor. Um navio ou avião conta com aparelhos e auxiliares que podem
ajudar nessa tarefa, já os nossos veículos normalmente não possuem esta
tecnologia. Portanto, mantenha sua atenção no trânsito e não se distraia com
conversas, com som alto ou no uso de rádio ou aparelho celular.
ATENÇÃO
A atenção deve ser direcionada a todos os elementos da via (condições, sinalização,
tempo, etc.), e as condições físicas e mentais do condutor, os cuidados e a manutenção do
veículo, tempo de deslocamento, conhecimento prévio do percurso, entre outros.
O condutor deve manter-se em estado de alerta durante todo o tempo em que estiver
conduzindo o veículo, consciente das situações de risco em que pode envolver-se e pronto
a tomar a atitude necessária em tal situação para evitar o acidente.
PREVISÃO
Você não precisa de uma bola de cristal para prever os perigos do trânsito, apenas precisa
prever e preparar-se para algumas eventualidades comuns no dia-a-dia, como furar um
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pneu, um buraco ou óleo na pista, um pedestre fazendo a travessia fora do local
adequado, um acidente, etc.
Essas previsões podem ser desenvolvidas e treinadas no uso do seu veículo e são
exercidas numa ação próxima (imediata) ou distante (mediata), dependendo sempre do
seu bom senso e conhecimento.
A direção defensiva exige tanto a previsão mediata como a imediata, sendo que algumas,
inclusive, fazem parte das leis de trânsito (cuidados com o veículo, equipamentos
obrigatórios).
DECISÃO
Sempre que for necessário tomar uma decisão, numa situação de perigo, ela dependerá
do conhecimento das alternativas que se apresentem e do seu conhecimento das
possibilidades do veículo, das leis e normas que regem o trânsito, do tempo e do espaço
que você dispõe para tomar uma atitude correta. Essa decisão ou tomada de atitude vai
depender da sua habilidade, tempo e prática de direção, previsão das situações de risco,
conhecimento das condições do veículo e da via. Ao renovar o exame de habilitação, o
condutor que não tenha curso de Direção Defensiva e Primeiros Socorros, deverá a eles
ser submetido, conforme art. 150 do CTB e Resolução Contran nº 789/2020. Portanto,
esteja sempre preparado para fazer a escolha correta nas situações imprevistas, de modo
que possa contribuir para evitar sinistros de trânsito, mantendo-se atento a tudo que
circunda a via, mesmo à sua traseira, para que esta decisão possa ser rápida e precisa,
salvando sua vida e a de outros envolvidos numa situação de risco.
HABILIDADE
A habilidade se desenvolve por meio do aprendizado e da prática. Devemos aprender o
modo correto de manuseio do veículo e executar várias vezes essas manobras, de forma a
fixar esses procedimentos e adquirir a habilidade necessária à prática de direção no
trânsito das vias urbanas e rurais.
Esse requisito diz respeito ao manuseio dos controles do veículo e à execução, com
bastante perícia e sucesso, de qualquer uma das manobras básicas de trânsito, tais como
fazer curvas, ultrapassagens, mudanças de velocidade e estacionamento.
Atualmente a Permissão para Dirigir tem a validade de 12 meses, sendo conferida a
Carteira Nacional de Habilitação ao término desse prazo, desde que o condutor não tenha
cometido nenhuma infração de natureza grave ou gravíssima nem seja reincidente em
infração média.
Ser um condutor hábil ou com habilidade significa que você é capaz de manusear os
controles de um veículo e executar com perícia e sucesso qualquer manobra necessária
no trânsito, tais como: fazer curvas, ultrapassar, mudar de velocidade ou de faixa,
estacionar, etc.
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DICA
SAIBA MAIS
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Condições adversas
LUZ
A falta de luz (iluminação) atrapalha os motoristas. Mas também um excesso da mesma
traz um empecilho. O ofuscamento causado por outros condutores, no momento em que
ativam o farol alto, é considerado uma condição adversa, pois tira parte da visão do
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condutor que recebe a luz. Por isso, nas vias de mão dupla, é bom abaixar a luz alta
quando outro motorista se aproxima.
O farol alto também pode cegar temporariamente o carro da frente, quando a luz incide no
retrovisor. Nesses casos, também é aconselhável diminuir o farol quando atrás de outro
veículo no mesmo sentido. É indicado, sempre que possível, trafegar com luz baixa.
Ao passar em túneis escuros, no período diurno, a mudança de luz causa uma espécie de
ofuscação. Uma solução para esse fenômeno pode ser feita através de uma técnica bem
fácil. Feche um olho e mantenha o outro aberto até o final do túnel. Ao sair, o motorista
terá uma visão bem melhor do que estando com os dois abertos.
Recomendações:
● Evitar viajar nos horários em que o sol esteja mais forte;
● Usar óculos escuros ou pala de proteção;
● Em caso de crepúsculo, ligue os faróis.
No caso de farol alto em sentido contrário:
● Piscar os faróis;
● Reduzir a velocidade;
● Não olhar diretamente para os faróis;
● Se orientar pela linha de bordo da pista.
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TEMPO
Outro fator que atrapalha bastante o condutor são as condições do tempo.
A chuva é um grande contribuinte para sinistros no trânsito. Uma pista molhada é como
um chão ensaboado. Havia uma propaganda que alertava sobre isso. Ela usava um slogan
que dizia: “choveu, virou sabão”. Trouxe à tona que o motorista precisa dirigir com atenção
em situações como essa.
● A pista molhada diminui a aderência entre os pneus e o solo, o que pode gerar a
aquaplanagem e perda de controle. Diminua a velocidade e freie com cuidado;
● Usar o limpador de para-brisa, desembaçador;
● Em casos extremos (chuvas fortes) analise as condições da via para optar entre
parar em local seguro e aguardar a melhoria do tempo ou seguir.
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Em casos de neblina, é essencial ficar atento. O carro da frente é quase impossível de se
enxergar, por isso, ela é considerada um elemento contra os condutores.
● Recomenda-se ligar o farolete ou os faróis baixos e só parar em locais com
acostamento, sinalizando com o pisca. Se possível, pare fora das rodovias,
diminuindo o risco de sinistros.
A fumaça causada por incêndios, da mesma forma. Ou seja, a cautela se torna bem
relevante.
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Se o vento estiver transversal, a recomendação é abrir as janelas; se vier de frente,
aconselha-se diminuir a velocidade. Atenção com objetos que podem ser arremessados
contra os vidros.
VEÍCULOS
O motorista defensivo deve manter seu veículo em condições de reagir eficientemente a
todos os comandos, pois não é possível dirigir com segurança um veículo defeituoso.
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Uma manutenção bem executada é fundamental para que a vida útil prescrita de um
veículo ou de um equipamento seja maximizada, tanto no que se refere ao seu
desempenho quanto à sua disponibilidade. Alguns dos principais objetivos da manutenção
preventiva são:
● Otimizar os insumos, garantindo mais segurança e reduzindo os impactos
ambientais.
● Garantir a frota disponível para a operação do serviço.
● Manter o controle do histórico da manutenção ao longo de toda a vida útil do
veículo.
A manutenção preventiva é efetuada frequentemente de acordo com critérios pré-
estabelecidos para reduzir a probabilidade de falha do veículo ou a degradação de um
serviço efetuado. Os tipos de manutenção preventiva são:
● Manutenção sistemática: de acordo com o tempo de uso do equipamento.
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● Manutenção condicional: executada de acordo com o estado do equipamento
após a evolução de um sintoma significativo.
A manutenção sistemática ou programada é realizada geralmente em intervalos fixos.
Especialistas recomendam que ela seja adotada somente se sua utilização criar uma
oportunidade para reduzir falhas que não são detectáveis antecipadamente ou se ela for
imposta por exigência de produção ou segurança.
A manutenção preventiva evita que potenciais problemas ocorram e possibilita a tomada
de ações para aumentar a segurança e evitar sinistros. Dentre outros, são itens básicos
que devem ser verificados:
● Pneus e rodas.
● Cintos de segurança.
● Faróis, lanternas, luz de freio, pisca-pisca e pisca-alerta.
● Freios.
● Limpadores de para-brisa.
● Nível de água do radiador.
● Nível de óleo.
● Direção.
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O freio é um dos dispositivos mais importantes para a segurança e tem por finalidade fazer
o veículo parar. Os veículos leves são equipados com freio de serviço e de
estacionamento. Já os veículos médios e pesados, além do freio de serviço e de
estacionamento, são equipados com o freio motor.
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A suspensão diminui as trepidações e os choques resultantes do contato dos pneus do
veículo com o solo. Atenção aos amortecedores, molas e estabilizadores, pois eles são
muito importantes na manutenção da dirigibilidade, da estabilidade e da segurança do seu
veículo.
Toda parte elétrica do veículo deve estar funcionando perfeitamente. Qualquer sinal de
mau funcionamento no painel de instrumento merece ser investigado.
VIA
As vias podem ser inimigas também, visto que muitas delas estão esburacadas, com
sinalização horizontal apagadas e sem sinalização vertical. Conhecer o veículo, saber do
que ele precisa, além de checar todos os itens de segurança é imprescindível. As luzes de
freio devem estar acendendo corretamente, os pneus têm que ser calibrados, o sistema de
suspensão, os espelhos, extintor e etc.
Em caso de problemas na conservação das pistas, é indicado adequar a velocidade às
condições observadas.
● Recomenda-se atenção a desvios, trechos em meia pista ou sem acostamento;
● Em vias sem sinalização, atenção redobrada;
● Definir o trajeto antecipadamente é uma forma de evitar conversões bruscas e
velocidades abaixo das mínimas ao se procurar um endereço;
● Em descidas, a indicação é usar o freio rápido e suavemente, e manter-se com a
marcha engatada (em vez de utilizar "banguela").
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TRÂNSITO
Um congestionamento, os horários de grande fluxo de veículos e pessoas são empecilhos
e comprometem a concentração e a tranquilidade dos motoristas. O condutor deve estar
atento a todo o momento ao trânsito de ciclistas e animais, os quais já vimos que fazem
parte do trânsito. As cargas levadas por um carro são consideradas, quando não se
encontra de acordo com a lei de trânsito, uma condição adversa. Assim, o condutor deve:
● Procurar vias alternativas;
● Manter distância de segurança;
● Procurar o melhor horário para evitar congestionamentos;
● Ajustar a velocidade de acordo com a fluidez do trânsito.
CONDUTOR
As condições para que o condutor do veículo transite em segurança são fatores humanos
e está relacionado com a atenção e a distração. Para conduzir um veículo é sempre
necessária atenção redobrada e dedicada ao volante, pois, dirigir um veículo é um ato
composto por múltiplas tarefas que envolvem a tomada de informação, o processamento
de informação, a tomada de decisão e as atividades motoras.
Existem vários fatores, tanto físicos quanto emocionais, que afetam diretamente a
capacidade de dirigir com segurança:
Fadiga: é uma das maiores causas de sinistros, pois afeta a tomada de decisões, retarda
os reflexos e prejudica a visão. A fadiga é um tipo de cansaço permanente, para suavizar
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seus efeitos, recomenda-se dormir e se alimentar com regularidade e planejar as horas de
descanso.
ATENÇÃO
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● Dirija com os braços e pernas ligeiramente dobrados, evitando tensões;
● Apoie bem o corpo no assento e no encosto do banco, o mais próximo possível de
um ângulo de 90 graus;
● Ajuste o encosto de cabeça de acordo com a altura dos ocupantes do veículo, de
preferência na altura dos olhos;
● Segure o volante com as duas mãos, como os ponteiros do relógio na posição de 9
horas e 15 minutos. Assim você enxerga melhor o painel, acessa melhor os
comandos do veículo e, nos veículos com “air bag”, não impede o seu
funcionamento correto;
● Procure manter os calcanhares apoiados no assoalho do veículo e evite apoiar os
pés nos pedais, quando não os estiver usando;
● Utilize calçados que fiquem bem fixos aos seus pés, para que você possa acionar
os pedais rapidamente e com segurança;
● Coloque o cinto de segurança, de maneira que ele se ajuste firmemente ao seu
corpo. A faixa inferior deve passar pela região do abdome e a faixa transversal
passar sobre o peito e não sobre o pescoço.
DICA
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Acidente evitável ou não evitável
Acidente evitável é aquele em que os motoristas envolvidos, ou pelo menos um deles, não
fizeram tudo que poderia ser feito para evitar que o acidente acontecesse.
IMPORTANTE
O acidente não acontece por acaso, por destino ou por azar. Na maioria dos
casos, o fator humano está presente, ou seja, cabe aos condutores e aos
pedestres uma boa dose de responsabilidade.
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Como ultrapassar e ser ultrapassado
Quando houver sinalização proibindo a ultrapassagem, não ultrapasse. A sinalização é a
representação da lei. Ela foi pensada e implantada por uma equipe técnica que já calculou
que naquele trecho não é possível realizar a ultrapassagem de forma segura.
De acordo com o Art 29, do CTB, a ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá
ser feita pela esquerda, obedecida a sinalização regulamentar e as demais normas
estabelecidas no CTB, exceto quando o veículo a ser ultrapassado estiver sinalizando o
propósito de entrar à esquerda.
O Código de Trânsito Brasileiro ainda acrescenta que todo condutor ao efetuar a
ultrapassagem deverá:
a) Indicar com antecedência a manobra pretendida, acionando a luz indicadora de direção
do veículo ou por meio de gesto convencional de braço.
b) Afastar-se do usuário ou de usuários que ultrapassa, de tal forma que deixe livre uma
distância lateral de segurança.
c) Retomar, após a efetivação da manobra, a faixa de trânsito de origem, acionando a luz
indicadora de direção do veículo ou fazendo gesto convencional de braço, adotando os
cuidados necessários para não pôr em perigo ou obstruir o trânsito dos veículos que
ultrapassou.
Outra recomendação é que nas subidas, só ultrapasse quando estiver disponível a terceira
faixa, destinada a veículos lentos. Se não existir essa faixa, siga as orientações anteriores,
mas considere que a potência exigida do seu veículo vai ser maior que na pista plana.
Lembre-se de que nas subidas é mais difícil ultrapassar do que em locais planos.
Nos declives, as velocidades dos veículos tendem a ser maiores. Para ultrapassar, tome
cuidado adicional com a velocidade necessária para a manobra. Lembre-se de que mesmo
para ultrapassar você não pode exceder a velocidade máxima permitida naquele trecho da
via.
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O acidente de difícil identificação de causa
SAIBA MAIS
Em muitos casos, não é possível identificar, exatamente, qual foi a causa ou o conjunto de
fatores que causaram o acidente. Um exemplo desta situação são as chamadas colisões
misteriosas. A colisão misteriosa é definida como o acidente de trânsito que envolve
apenas um veículo e não é possível identificar-se o que ocorreu e qual foi a causa. Não há
testemunhas e ninguém sabe o que houve. Estatísticas comprovam que este tipo de
colisão representa 1/3 dos sinistros de trânsito e, na grande maioria, envolvem a morte do
condutor, de passageiros e até de pedestres.
As principais causas desse tipo de colisão estão relacionadas com as condições adversas,
tais como: luz, tempo, via, trânsito, carga, veículo e motorista. É preciso ter em mente que
existe uma ou mais defesas para cada condição adversa, mas, se não souber usá-las, o
motorista pode se envolver em uma colisão dessa natureza.
A maioria dos motoristas envolvidos em colisões misteriosas não sabem a causa (quando
esta for, por exemplo, um defeito mecânico), não querem dizer qual a causa (quando for
algo constrangedor para o motorista como, por exemplo, ter dormido ou utilizado o telefone
celular ao volante, ou estar embriagado) ou ainda, não podem dizer qual a causa (porque
ficaram gravemente feridos ou morreram).
Novas técnicas de perícia são desenvolvidas e, a cada dia, mais sinistros têm suas
verdadeiras causas reveladas. Mesmo que o condutor não se lembre do ocorrido, ou que
não queira admitir que tenha cometido uma falha, muitas vezes, ainda é possível
comprovar a sua responsabilidade.
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Como evitar sinistros com outros veículos
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Veja o quadro abaixo:
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Como evitar esse tipo de colisão:
● Saiba a manobra que vai realizar;
● Sinalize suas intenções;
● Pare suave e gradativamente;
● Facilite a ultrapassagem de quem o segue a curta distância, reduzindo a velocidade
e/ou deslocando-se para faixa de rolamento mais à direita.
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COLISÃO FRONTAL - NAS RETAS
É a pior das colisões, pois, as velocidades dos veículos se somam. Considerando-se uma
colisão frontal em uma via onde a velocidade regulamentada é 80km/h, os ocupantes dos
veículos podem chegar a sofrer uma força resultante de um impacto a 160km/h. Esse tipo
de colisão pode ocorrer em qualquer tipo de via, sendo mais comum em pistas de duplo
sentido de circulação, principalmente, durante ultrapassagens, em curvas e onde a
visibilidade é ruim. Saiba o que fazer:
● Não fique indeciso quanto ao percurso, ou quanto às entradas ou saídas que irá
usar;
● Esquematize antes o seu trajeto para não confundir os outros condutores com
manobras bruscas;
● Pesquise antes o percurso em mapas atualizados e as sinalizações que irá
encontrar, não seja surpreendido com vias em reformas ou em situações precárias;
● Sinalize suas atitudes: informe através da sinalização correta e antecipada o que
você pretende fazer;
● Certifique-se de que todos viram sua sinalização e a entenderam, dessa forma os
outros condutores terão tempo para se planejar.
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precauções pode vir a perder o controle do veículo, causando um acidente. Um veículo em
movimento está sujeito às atuações das leis da física em seu percurso. Sendo assim,
observe os seguintes cuidados:
● Se você entrar acelerando em uma curva, seu veículo receberá menos peso
(massa) em seu eixo dianteiro, tendendo a descarregar as rodas dianteiras,
podendo sair fora da curva, isso ocorre em razão da ação da chamada força
centrífuga;
● Ao perceber que percorrerá por uma curva, prepare-se com antecedência, conheça
e respeite seus limites, bem como os do veículo e da via.
Página 263
● Reduzir a velocidade;
● Sair pela direita se necessário.
Já o abalroamento é o choque lateral entre veículos ou colisão em "T". A maioria dos
abalroamentos acontecem devido ao desconhecimento das regras de preferências,
circulação, conduta e má visibilidade nos cruzamentos.
O Código de Trânsito Brasileiro determina que ao aproximar-se de qualquer tipo de
cruzamento, o condutor de veículo deve demonstrar prudência especial, transitando em
velocidade moderada, de forma que possa deter seu veículo com segurança para dar
passagem a pedestres e a veículos que tenham direito de preferência.
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● Sinalize sua intenção;
● Certifique-se de que há espaço suficiente para executar a manobra;
● Verifique a situação do trânsito pelos retrovisores, não esqueça os pontos cegos;
● Se outro condutor já estiver iniciando a ultrapassagem, facilite e aguarde sua vez;
● Se todas as condições forem favoráveis, realize a ultrapassagem;
● Para retornar à sua faixa de origem, confira pelo retrovisor da direita;
● Não retorne até ter certeza que concluiu a manobra e não se esqueça de sinalizar;
● Jamais ultrapasse em curvas, túneis, viadutos, aclives, lombadas, cruzamentos e
outros pontos que você não veja e seja visto.
ATENÇÃO
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A sua contribuição poderá fazer com que os altos índices de sinistros sejam reduzidos.
Não deixe de colocar em prática as regras básicas de segurança no trânsito e aconselhe
seus colegas a fazerem o mesmo. Veja algumas dicas simples:
● Dirija com velocidade adequada ao local;
● Ultrapasse com segurança;
● Mantenha distância adequada do veículo da frente;
● Sinalize as intenções;
● Só utilize farol alto se necessário;
● Use o cinto de segurança;
● Estacione e pare somente em locais permitidos;
● Evite dirigir sozinho longas distâncias.
ATENÇÃO
Boa parte das vítimas de sinistros de trânsito ocupavam uma motocicleta. Para minimizar
os danos decorrentes destes sinistros, é imprescindível o uso de todos os itens de
segurança. O de maior destaque, sem dúvida, é o capacete, que quando utilizado
corretamente minimiza os efeitos causados por impactos contra a cabeça do usuário em
um acidente. Quem não usa o capacete, além do risco de trauma em sinistros, comete
uma infração gravíssima, com multa de R$ 293,47 e suspensão do direito de dirigir.
Qual é a distância mais segura entre os veículos?
Peritos de todo mundo, após vários tipos de testes, garantem que a distância garantida
de parar o carro sem atingirmos o da frente é a DISTÂNCIA DOS DOIS SEGUNDOS.
Estando a dois segundos do veículo da frente, a distância aumenta automaticamente com
o aumento da velocidade e o nível de segurança desejado é mantido. Para ter a certeza de
que está a dois segundos do veículo que segue a sua frente, use a seguinte técnica:
● Escolha um ponto fixo à margem da via;
● Quanto ao veículo que vai à sua frente passar pelo ponto fixo, comece a contar;
● Conte dois segundos pausadamente. Uma maneira fácil é contar palavras em
sequência "cinquenta e um, cinquenta e dois";
● A distância entre o seu veículo e o que vai à frente vai ser segura se o seu veículo
passar pelo ponto fixo após a contagem de dois segundos;
● Caso contrário, reduza a velocidade e faça nova contagem. Repita até estabelecer a
distância segura.
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O USO DO CINTO DE SEGURANÇA
O uso do cinto é obrigatório para todos os passageiros dos veículos em que ele é
obrigatório e a falta do seu uso é infração de natureza grave, punida com multa no valor de
R$ 195,23.
Crianças menores de 10 anos que não tenham atingido 1,45 m (um metro e quarenta e
cinco centímetros) de altura devem ser transportadas nos bancos traseiros, em dispositivo
de retenção adequado para cada idade, peso e altura.
O cinto de segurança existe para limitar a movimentação dos ocupantes de um veículo, em
casos de sinistros ou numa freada brusca. Nestes casos, o cinto impede que as pessoas
se choquem com as partes internas do veículo ou sejam lançados para fora dele,
reduzindo assim a gravidade das possíveis lesões.
Para isso, os cintos de segurança devem estar em boas condições de conservação e todos
os ocupantes devem usá-los, inclusive os passageiros dos bancos traseiros, mesmo as
gestantes e as crianças.
Faça sempre uma inspeção dos cintos:
● Veja se os cintos não têm cortes, para não se romperem numa emergência;
● Confira se não existem dobras que impeçam a perfeita elasticidade;
● Teste o travamento para ver se está funcionando perfeitamente;
● Verifique se os cintos dos bancos traseiros estão disponíveis para utilização dos
ocupantes.
Uso correto do cinto:
● Ajuste firmemente ao corpo, sem deixar folgas;
● A faixa inferior deverá ficar abaixo do abdome, sobretudo para as gestantes;
● A faixa transversal deve vir sobre o ombro, atravessando o peito, sem tocar o
pescoço.
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Como evitar sinistros com pedestres e outros
integrantes do trânsito
PEDESTRE
O pedestre é o usuário mais importante da via pública e, no entanto, é o mais indefeso,
principalmente crianças, idosos, portadores de deficiência física e necessidades especiais.
Para evitar atropelamentos, a regra para o condutor é ser cuidadoso com o pedestre e dar-
lhe sempre o direito de passagem, principalmente nos locais adequados (faixas, área de
cruzamento, área escolar).
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O condutor deve respeitar as normas estabelecidas pelo CTB, que determina:
● Os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos
menores;
● Os motorizados, pelos não motorizados;
● E, todos juntos, respondem pela incolumidade (livre do perigo, são e salvo) dos
pedestres.
CICLISTA
O ciclista com o seu veículo não motorizado é frágil e vulnerável. Além de que, tem a
preferência sobre os veículos automotores. Entretanto, para evitar que você se envolva
nesse tipo de acidente, o melhor é ficar atento, checar constantemente os retrovisores,
tendo cuidado com os pontos cegos dos veículos, anunciando sua presença com leves
toques na buzina.
A bicicleta é um veículo de passageiros que tem direito de trânsito como qualquer outro
veículo e por ser silencioso e pequeno, muitas vezes não é percebida.
O CTB determina que o condutor deve deixar uma distância lateral de 1,50 m ao passar ou
ultrapassar a bicicleta.
Recomendações para evitar esse tipo de acidente:
● Cuidados com ciclistas entre o seu veículo e a guia da calçada;
● Alerte o ciclista ao ultrapassá-lo;
● Cuidado ao abrir portas de veículos.
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ATENÇÃO
MOTOCICLISTA
O motociclista conduz um veículo motorizado, estando sujeito a direitos e deveres como
qualquer outro. Muitos condutores desse tipo de veículo costumam ter comportamentos
que põem em risco a segurança do trânsito e dos usuários da via. É importante lembrar
que os sinistros envolvendo motociclistas sempre têm consequências trágicas, devido à
sua fragilidade.
Não importa de quem é o erro, neste tipo de colisão o motociclista fica mais exposto e
sujeito a sofrer lesões. Independente das atitudes dos motociclistas, os condutores dos
demais veículos devem zelar por eles, até porque os veículos de porte maior devem prezar
pela segurança dos menores.
Recomendações para evitar esse tipo de acidente:
● Cuidados com motociclistas entre o seu veículo e a guia;
● Cuidado ao abrir portas de veículos;
● Ajuste adequadamente os retrovisores para evitar o ponto cego.
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ATENÇÃO
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ANIMAIS
Ocorre com mais frequência nas zonas rurais, pois os animais muitas vezes invadem a
estrada. Portanto, assim que perceber qualquer animal na pista reduza a marcha até que o
tenha ultrapassado e nunca use a buzina, pois poderá assustá-lo e fazer com que se volte
contra o seu veículo.
● Em áreas rurais, redobre a atenção e transite com os vidros fechados;
● Fique atento à sinalização de advertência, pois ela pode indicar a possibilidade de
presença de animais na via.
Caso perceba algum animal na via:
● Reduza a marcha até que o tenha ultrapassado e evite usar a buzina, pois poderá
assustá-lo e fazer com que se volte contra o seu veículo.
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A importância de ver e ser visto
Quanto mais você enxerga o que acontece à sua volta, maior a possibilidade de evitar
situações de perigo. Os retrovisores externos, esquerdo e direito, devem ser ajustados de
maneira que você, sentado na posição correta para dirigir, enxergue o limite traseiro do
seu veículo abrindo o máximo (90 graus) e com isso reduza a possibilidade de pontos
cegos.
Nos veículos com o retrovisor interno, sente-se na posição correta e ajuste-o de modo que
lhe dê uma visão ampla do vidro traseiro. Não coloque bagagens ou objetos que impeçam
sua visão pelo retrovisor interno.
Caso seu veículo não possua o retrovisor interno, a regra para os externos continua a
mesma, mas é imprescindível que sejam colocados retrovisores convexos adicionais nas
laterais para possibilitar maior amplitude de visão, facilitando pequenas manobras e
permitindo a visão completa do veículo.
Muitas coisas que fazemos no trânsito são automáticas. Isso, no entanto, esconde um
problema que está na base de muitos sinistros.
SAIBA MAIS
Em condições normais, nosso cérebro leva alguns décimos de segundo para
registrar o que enxergamos. Isso significa que, por mais atento que você esteja,
não será possível observar tudo.
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● Em frenagens, os veículos de grande porte precisam do dobro, ou até do triplo, da
distância para parar, quando comparados aos veículos menores.
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Comportamento seguro e comportamento de risco –
diferença que pode poupar vidas
VELOCIDADE
● A velocidade máxima permitida nem sempre é uma velocidade segura;
● A velocidade adequada é aquela compatível com todos os elementos do trânsito,
principalmente com as condições adversas;
● A velocidade inadequada reduz o tempo disponível para uma reação eficiente em
caso de perigo;
● A velocidade deve ser compatível com as condições locais: o tipo de piso,
condições climáticas, quantidade e posição de pedestres, motociclistas, caminhões
e elementos do trânsito;
● Mesmo velocidades baixas podem ser incompatíveis em caso de aglomerações ou
outras situações de risco;
● Mesmo que não existam fatores adversos, nunca exceder a velocidade máxima
permitida;
● Quanto maior e mais pesado o veículo, menor é a capacidade de manobras de
velocidade.
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FRENAGEM
● Frenagens e reduções devem ser graduais e progressivas;
● Frenagens bruscas devem ser usadas apenas em emergências;
● Nas frenagens de emergência, instintivamente acionamos o freio até o final,
causando, nos veículos sem o sistema ABS, o bloqueio das rodas e fazendo com
que os pneus “arrastem” (diferente dos veículos com sistema ABS). Esse
travamento deve ser evitado, porque o veículo com as rodas travadas percorre um
espaço maior para parar, não obedece à direção e pode sair pela tangente nas
curvas;
● Nos veículos sem o sistema ABS, é preciso treinar frenagens no menor espaço
possível, sem travar as rodas. Esse treinamento deve ser feito em uma rua afastada
que não ofereça perigo.
MANOBRAS
É o movimento executado pelo condutor para alterar a posição em que o veículo está no
momento em relação à via. O condutor deve executar as manobras após garantir que não
há perigo para os demais usuários das vias, cedendo passagem àqueles que têm a
preferência. Antes de iniciar uma manobra, o condutor deve sinalizar com a luz indicadora
de direção do veículo (pisca ou seta) ou, ainda, com o gesto convencional de braço. Vale
lembrar que, deixar de acionar a luz indicadora de direção é uma infração grave (5 pontos
na CNH), passível de multa.
CONVERSÕES
Durante a manobra de mudança de direção, o condutor deverá ceder passagem aos
pedestres, ciclistas e veículos que transitam em sentido contrário pela pista da via da qual
vai sair, respeitando a preferência de passagem, do contrário comete uma infração e
estará sujeito a multa, penalidades e medidas cabíveis.
Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via ou em lotes lindeiros (terrenos
que fazem limite com a via), o condutor deverá:
● Ao sair pelo lado direito, aproximar-se o máximo possível do bordo direito;
● Ao sair pelo lado esquerdo, aproximar-se o máximo possível de seu eixo ou linha
divisória da pista;
● No caso de mão única, deslocar-se totalmente à esquerda.
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Entrar ou sair de lotes lindeiros sem se posicionar corretamente ou sem zelar pela
segurança dos pedestres e demais veículos, é uma infração média (4 pontos na CNH),
passível de multa.
Nas vias providas de acostamento, a conversão à esquerda e a operação de retorno
deverão ser feitas nos locais sinalizados. O condutor deve aguardar no acostamento, à
direita, para cruzar a pista com segurança.
São infrações graves (5 pontos na CNH) e sujeitas a multa: realizar conversão (à direita ou
esquerda) em locais proibidos; e, não aguardar no acostamento à direita para cruzar a
pista.
Caso não seja possível executar a conversão no local, o condutor deve seguir adiante até
que as condições da via e do trânsito permitam.
RETORNOS
Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá ser feita nos locais determinados, quer
por meio de sinalização, quer pela existência de locais apropriados (canteiros), ou ainda,
em outros locais que ofereçam condições de segurança e fluidez; observadas as
características da via, do veículo, das condições meteorológicas e da movimentação de
pedestres e ciclistas. Em vias rurais (rodovias ou estradas), o retorno deve ser realizado
nos locais apropriados. Caso não exista, o condutor deve aguardar no acostamento para
cruzar com segurança.
Executar o retorno em locais proibidos por sinalização, curvas, descidas, subidas, pontes,
viadutos, túneis, cruzamentos, entrando na contramão da via transversal, passado por
cima de calçadas, passeios, canteiros, faixas de pedestres é uma infração gravíssima (7
pontos na CNH) e o condutor estará sujeito a multa.
PASSAGEM E ULTRAPASSAGEM
Passagem é o movimento de passar à frente de outro veículo que se desloca no mesmo
sentido, em menor velocidade, mas em faixas distintas da via. Ao realizar a mudança de
faixa, o condutor deve observar se no local é permitido realizar a mudança e fazê-la com
segurança, para isso, deve reduzir a velocidade e sinalizar avisando aos outros de sua
intenção, com luzes (pisca ou seta) ou gestos de braço. A mudança deve ser feita
gradativamente quando existirem várias faixas.
Ultrapassagem é o movimento de passar à frente de outro veículo que se desloca no
mesmo sentido, em menor velocidade e na mesma faixa de tráfego, necessitando sair e
retornar à faixa de origem. A ultrapassagem deve ser feita pela esquerda, obedecendo a
sinalização e as demais normas. Antes de efetuar uma ultrapassagem, certifique-se de
que:
● Nenhum condutor que venha atrás tenha começado a ultrapassá-lo;
● Quem o precede na mesma faixa não tenha intenção de ultrapassar;
Página 277
● A faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa extensão suficiente para que a
manobra não ponha em perigo ou obstrua o trânsito.
● Ultrapassar na contramão:
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● Conhecer o veículo que está dirigindo e saber como comandá-lo;
● Manter o veículo sempre em boas condições de funcionamento;
● Prever possibilidades de sinistros e ser capaz de evitá-los;
● Ser capaz de decidir com rapidez e corretamente em situações de perigo;
● Não aceitar desafios e provocações;
● Não dirigir cansado, sob efeito de álcool e/ou drogas;
● Ver e ser visto;
● Não abusar da autoconfiança.
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Estado físico e mental do condutor, consequências
da ingestão e consumo de bebida alcoólica e
substâncias psicoativas
ESTRESSE
O estresse é um conjunto de reações do organismo que prejudica o desenvolvimento das
atividades diárias e a própria saúde do indivíduo, provocando alterações indesejáveis no
metabolismo e no comportamento, podendo ter consequências perigosas. Cada pessoa
reage ao estresse de maneira diferente.
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Muitos podem ser os fatores estressantes: pressões do trabalho ou da família, dívidas,
compromissos profissionais, ambiente hostil, trabalho excessivo, alterações bruscas na
vida, brigas, rompimentos de relacionamentos, falecimento de pessoas próximas,
problemas de saúde, deixar de fumar ou beber, fazer dieta e diversos outros.
Algumas das condições que facilitam ou agravam o estresse: pouca atividade física, comer
demais ou de menos, refeições irregulares, alimentação rica em gorduras e/ou pobre em
fibras, baixo consumo de líquidos, dormir pouco, perder noites e vida desorganizada.
No início, o estresse pode apresentar os seguintes sintomas:
● Insônia, falta de concentração, perda de memória, baixo desempenho profissional;
● Alteração do apetite, alterações do peso;
● Dores de estômago, problemas digestivos, náuseas, azia, gastrite;
● Dores de cabeça, dores nas costas, tensões musculares, sensações de
formigamento;
● Extremidades frias, boca seca, suor excessivo;
● Alterações do humor, diminuição do desejo sexual;
● Emotividade exagerada, irritabilidade;
● Alterações da pressão arterial, mal-estar, tonturas;
● Problemas de pele, alergias.
No trânsito, o estresse afeta o comportamento. Por exemplo, o indivíduo que apresenta
características de irritabilidade, quando estiver estressado certamente irá piorar seu
comportamento, tornando-se agressivo ou hostil e provocando sinistros.
As pressões e tensões extras que o trânsito proporciona podem funcionar como a “gota
d’água”, alterando padrões de comportamento do condutor e fazendo-o criar situações de
risco e insegurança, para si e para os demais usuários.
Para sair e voltar para casa sem stress:
● Ao sair pense em coisas positivas;
● Tenha uma boa alimentação (a fome também acarreta o stress);
● Ouça músicas baixas que te faça sentir bem;
● Saia sempre com minutos de antecedência;
● Antes de se estressar, conte até dez e respire fundo;
● Não brigue nem resmungue (todos estão na mesma situação que você);
● Pense sempre que você vai chegar e que alguém está a sua espera.
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SONO
Esta é uma das condições mais adversas à segurança rodoviária, pois durante a
sonolência a pessoa entra num estado fisiológico caracterizado pela falha de sensações e
de movimentos voluntários, que originam uma série de desordens no organismo muito
perigosas para condução.
A sonolência diminui muito a capacidade de dirigir. Cada um de nós tem sua própria
necessidade de sono e, em geral, dormimos menos do que precisamos. Muitas pessoas
acreditam que podem controlar o sono utilizando artifícios como café, música alta ou vento
no rosto, mas sem perceber elas podem “tirar” um cochilo fatal.
Sinais de sonolência:
● Necessidade de se esforçar para se concentrar e manter os olhos abertos;
● Sensação de peso na cabeça;
● Bocejos constantes;
● Visão sem foco;
● Pensamentos vagos e desconexos;
● Pequenos “desligamentos” com desvios de trajetória do veículo.
Cuidados indispensáveis:
● Nas primeiras horas da manhã redobre os cuidados, pois a maioria dos sinistros
devido a sonolência ocorrem neste período;
● Só dirigir se estiver realmente descansado e bem-disposto;
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● Ficar atento aos períodos em que há baixa no nível de energia, como após refeições
e durante a madrugada;
● Em trajetos longos, planejar paradas e revezamentos, para não chegar ao limite.
ATENÇÃO
FADIGA
A fadiga é uma sensação de cansaço permanente, resultante de certas doenças como
estresse e esgotamento, podendo ser originada por má distribuição entre horas de trabalho
e descanso, por períodos prolongados. Essa condição é muito perigosa para quem passa
muitas horas no trânsito.
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● Sente que o corpo parece pesado demais.
Quando tiver esses sintomas, os reflexos do condutor estarão muito mais lentos, neste
caso, deve-se evitar dirigir ou pilotar. Se isso não for possível, deve-se reduzir a velocidade
e redobrar a atenção.
Para amenizar os efeitos da fadiga, é necessário dormir e se alimentar com regularidade,
além de planejar corretamente os períodos de trabalho e descanso. Se os sintomas
persistirem, deve-se procurar ajuda médica.
BEBIDAS ALCOÓLICAS
Excesso no consumo de álcool ainda é uma das principais causas de sinistros de trânsito.
Dependendo da quantidade ingerida, o álcool causa inicialmente um estímulo no cérebro,
associado a uma sensação de alegria, de confiança e de força, quando na direção de um
veículo ele leva ao excesso de velocidade, às manobras para exibir perícia e à confiança
excessiva em si mesmo, no veículo, na via, etc.
Dependendo da quantidade de bebida ingerida, o cérebro começa a perder a capacidade
de resposta e coordenação, tirando e retardando as reações do condutor ao volante. Nas
fases mais avançadas de embriaguez, o motorista já não percebe o que se passa ao seu
redor, perdendo a noção de distâncias e direções, como também o controle dos seus
movimentos.
Como regra geral jamais dirija após ter ingerido bebidas alcoólicas, pois em cada três
condutores mortos em sinistros, um está sob o efeito do álcool. Saiba ainda que nos finais
de semana dobra o número de vítimas fatais alcoolizadas.
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O organismo demora algum tempo para eliminar o álcool ingerido e o tempo necessário
para a eliminação do álcool pode variar de pessoa para pessoa. A Lei em vigor rege que é
proibido o consumo de bebidas alcoólicas quando for dirigir.
Ano após ano, 50% de todas as mortes em sinistros de trânsito são devido à incapacidade
causada pelo álcool.
Não seja passageiro de ninguém que tenha bebido mesmo que só um pouco. Mesmo
doses pequenas podem comprometer a habilidade do condutor, o condutor embriagado
apresenta as pupilas totalmente dilatadas e os olhos em geral estão mais sensíveis à luz,
ficando com as mãos e pernas trêmulas (frias).
Tomar café forte sem açúcar, banho frio ou remédios e chás caseiros na tentativa de
diminuir os efeitos do álcool no organismo, não adianta. Essas ações conseguem apenas
transformar um bêbado com sono em um bêbado acordado.
Se beber, tomar remédio ou fizer uso de qualquer tipo de droga, não dirija. Procure um
meio alternativo como transporte coletivo, táxi, carona ou espere passar o efeito do produto
ingerido.
Em 2018 entrou em vigor a Lei n° 13.546, que alterou o Código de Trânsito Brasileiro
(CTB) em relação às penalidades referentes aos crimes cometidos na direção de veículos
automotores.
Portanto, a partir daquele momento, o condutor que cometer homicídio culposo ou causar
lesão grave ou gravíssima ao dirigir alcoolizado ou sob efeito de qualquer outra substância
psicoativa terá, como penalidade prevista, a reclusão de cinco a oito anos e de dois a cinco
anos, respectivamente.
As mudanças que entraram em vigor são referentes aos crimes em que ocorre lesão à
vida. Nos outros aspectos, a lei continua igual.
Até então, como a detenção prevista era de até quatro anos, era possível que o condutor
pagasse fiança e fosse liberado em casos de crimes de trânsito em decorrência da
ingestão de bebida alcoólica.
Entretanto, a partir de agora, nestes casos, os delegados não poderão mais arbitrar fiança
aos motoristas.
Também estão previstas, pela legislação, penalidades mais severas aos motoristas que
causarem lesões graves ou gravíssimas, como reclusão de dois a cinco anos.
Anteriormente, a penalidade prevista em casos em que acontecia lesão corporal culposa
na direção de veículo automotor era de seis meses a dois anos, mais a suspensão ou
proibição de obter a permissão ou habilitação para dirigir.
A autoridade policial está autorizada a conceder fiança para os crimes cuja pena privativa
de liberdade máxima não ultrapasse os quatro anos, como é o caso da situação citada no
parágrafo anterior.
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SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS
Além do álcool, existem outras drogas que o condutor defensivo também deve ficar
distante. Porém, não é isso que se verifica nas vias nacionais. Infelizmente, as drogas
estão presentes em todos os níveis da sociedade e o trânsito não fica fora.
As drogas são divididas basicamente em três classes distintas: depressoras, estimulantes
e perturbadoras.
Todas alteram o funcionamento do sistema nervoso central, retardando, acelerando ou
desgovernando. Elas dificultam a coordenação motora, mental e emocional. Os sintomas
variam de acordo com vários fatores: grau de pureza da droga, quantidade da substância
usada e indivíduo, dentre outros.
Drogas Depressoras: São as drogas que baixam ou reduzem a atividade mental,
diminuindo a disposição psicológica geral, intelectual e a capacidade de vigilância.
Drogas Estimuladoras: Agem como estimulantes no sistema nervoso central, iniciando-se
os efeitos por euforia, bem-estar, disposição pronta, aumento de atividade e outros.
Provocam também excitação, irritabilidade e insônia. Após a fase estimulante, geralmente
surge uma fase depressiva.
Drogas Perturbadoras: Essas drogas causam alucinações, alterações ilusórias, isto é,
alterações de ordem psicológica do sistema sensorial do ser humano. As pessoas veem
imagens distorcidas criadas pela mente, imagens inexistentes no mundo real, alucinações
auditivas, perseguições e sensação de bichos andando sobre a pele. Dirigir sob o efeito de
substâncias tóxicas ou determinados remédios é muito perigoso para si mesmo e para os
outros.
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Resumo do Módulo
Prezado (a) condutor (a), neste módulo revisamos os preceitos de dirigibilidade defensiva,
bem como, os fatores que comprometem a segurança no trânsito. Trazemos como
destaque deste conteúdo:
- Direção defensiva, ou direção segura, é a melhor maneira de dirigir e de se comportar no
trânsito.
- Ao aplicar os conceitos e atitudes da direção defensiva, é possível conduzir preservando
a vida, a saúde e o meio ambiente, e prevendo situações de risco que podem causar
sinistros envolvendo o seu veículo, os de outros, e também os demais usuários da via.
- Sua atitude no trânsito pode evitar muitos sinistros ou ao menos reduzir os estragos que
eles causam.
- A compreensão de que o ato de dirigir é de extrema complexidade e requer
conhecimentos e habilidades específicas, sendo assim, o aprimoramento destas
competências deve ser constante, contemplando acesso à informação e vivências práticas.
- A percepção da supremacia do fator humano enquanto responsável pela ocorrência dos
inúmeros sinistros de trânsito; para transformação desta realidade, faz-se necessária a
autoavaliação individual para detecção de comportamentos e posturas que comprometam
a segurança.
- Grande parte dos sinistros envolve mais de um veículo. No entanto, é sempre possível
reduzir as chances de que os sinistros ocorram.
- O método básico de prevenção de sinistros deve ser utilizado diariamente por todos os
condutores, inclusive os do transporte de produtos perigosos. Quando for necessário dirigir
em estradas e rodovias, é recomendável que se faça, antes da viagem, uma avaliação das
condições das vias.
- Durante o trajeto ou nas paradas para embarque e desembarque, alguns cuidados devem
ser obrigatoriamente observados com todos os passageiros, especialmente com aqueles
que possuem alguma dificuldade de deslocamento.
- O condutor de veículos de grande porte, como ônibus e caminhões, ao realizar manobras
como conversões, ultrapassagens, manobras em cruzamentos, frenagens ou paradas,
deve ser mais cuidadoso do que os outros condutores.
- Algumas atitudes dos condutores podem salvar muitas vidas. É indispensável manter
atenção aos requisitos de segurança, utilizando sempre a direção defensiva a seu favor.
- Todo condutor em estado de embriaguez, mesmo leve, compromete sua segurança, a
dos demais usuários da via e a dos passageiros que estão apostando suas próprias vidas
nas boas condições de atuação do motorista.
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Exercícios de fixação
1 - Um condutor está dirigindo seu veículo, quando percebe um motorista tentando
ultrapassá-lo. Nesse momento, reduz a velocidade e aproxima seu veículo da borda
direita da pista para facilitar a manobra do outro. Nesse caso, esse condutor agiu
com:
a) Cortesia
b) Reciprocidade
c) Mutualidade
d) Coesão
5 - A fadiga é uma das causas de sinistros. Dentre outros fatores podemos dizer que
a fadiga decorre:
a) da falta de atividade física e mental
b) da excessiva atividade física e mental, da tensão nervosa e privação do sono
c) da tranquilidade dos fins de semana
d) da ausência de coordenação motora
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GABARITO
1 - Um condutor está dirigindo seu veículo, Comentário: O código de trânsito brasileiro define
quando percebe um motorista tentando o pisca-alerta como uma luz intermitente do
ultrapassá-lo. Nesse momento, reduz a velocidade veículo, utilizada em caráter de advertência,
e aproxima seu veículo da borda direita da pista destinada a indicar aos demais usuários da via
para facilitar a manobra do outro. Nesse caso, que o veículo está imobilizado ou em situação de
esse condutor agiu com: emergência. Como o nome indica, ele serve para
a) Cortesia alertar outros motoristas de quaisquer condições
b) Reciprocidade ou situações incomuns na estrada. O art. 40, V,
c) Mutualidade alínea "a", do CTB, diz: o condutor utilizará o
d) Coesão pisca-alerta em imobilizações ou situações de
Comentário: Além de ser uma cortesia, vale emergência.
ressaltar que o art. 30 do CTB, diz: todo condutor, 4 - Carlos não tem o hábito de realizar
ao perceber que outro que o segue tem o periodicamente a manutenção preventiva em seu
propósito de ultrapassá-lo, deverá, se estiver carro, o que é fundamental para minimizar o risco
circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se de sinistros de trânsito. Nessa situação, segundo
para a faixa da direita, sem acelerar a marcha. os conceitos de Direção Defensiva, Carlos age
Caso o motorista reduza a marcha, facilitará a com:
manobra de ultrapassagem, logo vai gerar mais a) Imprudência
segurança a todos os usuários. b) Estupidez
2 - Do ponto de vista da direção defensiva, um c) Negligência
condutor responsável pode ser reconhecido d) Imperícia
quando: Comentário: Direção defensiva é a melhor
a) manifesta tal controle sobre o veículo que maneira de dirigir e se comportar no trânsito. É a
não precisa dirigir com as duas mãos ao possibilidade de um condutor reconhecer
volante antecipadamente as situações de perigo, prever
b) dimensiona os riscos e age com suas consequências e estar preparado para tomar
cautela antecipadamente, mesmo que a decisões que protejam os ocupantes dos veículos
situação tenha sido criada por outro e os demais usuários da via. O art. 26, do CTB,
usuário da via diz: os usuários das vias terrestres devem abster-
c) acha que é seguro ao fazer se de todo ato que possa constituir perigo ou
ultrapassagem de outro veículo sobre obstáculo para o trânsito, ou ainda causar danos a
pontes em uma rodovia propriedades públicas ou privadas.
d) consegue fazer curva em segurança, 5 - A fadiga é uma das causas de sinistros. Dentre
mesmo quando acessa a curva em outros fatores podemos dizer que a fadiga
excesso de velocidade decorre:
Comentário: É aquele que adota um procedimento a) da falta de atividade física e mental
preventivo no trânsito, sempre com cautela e b) da excessiva atividade física e mental,
civilidade. O condutor responsável não dirige da tensão nervosa e privação do sono
apenas; ele está sempre pensando na segurança, c) da tranquilidade dos fins de semana
em prevenir sinistros. Independentemente de d) da ausência de coordenação motora
fatores externos ou condições adversas. Comentário: A fadiga é uma sensação de cansaço
Lembrando que o art. 1, § 2º, do CTB, diz: que o permanente, resultante de certas doenças como
trânsito, em condições seguras, é um direito de estresse e esgotamento, podendo ser originada
todos. por má distribuição entre horas de trabalho e
3 - De acordo com os conceitos básicos da descanso, por períodos prolongados. Essa
Direção Defensiva, o condutor ao parar em um condição é muito perigosa para quem passa
acostamento devido às condições climáticas de muitas horas no trânsito. É importante ressaltar
neblina ou cerração, deverá: que o condutor que dirige nessa condição
a) manter o pisca-alerta ligado responde por uma infração de trânsito do art. 252,
b) acender os faróis altos III, do CTB, que diz: dirigir com incapacidade física
c) abrir os vidros do veículo ou mental temporária que comprometa a
d) ligar o limpador de para-brisa segurança do trânsito; logo gera uma infração de
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natureza média, com o cômputo de 4 pontos, mais
uma multa no valor de R$130,16.
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NOÇÕES DE
PRIMEIROS
SOCORROS,
RESPEITO AO MEIO
AMBIENTE E
PREVENÇÃO DE
INCÊNDIO
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Objetivos de Aprendizagem
- Conhecer as primeiras providências de primeiros socorros e ser capaz de empregá-las
em caso de acidente de trânsito.
Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará neste módulo:
PRIMEIROS SOCORROS
MEIO AMBIENTE
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- Regulamentação do CONAMA sobre poluição ambiental causada por veículos;
- Emissão de gases;
- Emissão de ruídos;
- Relacionamento interpessoal;
PREVENÇÃO DE INCÊNDIO
- Conceito de fogo;
- Triângulo de fogo;
- Fontes de ignição;
- Classificação de incêndios;
- Agentes extintores;
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Introdução
Caro(a) Aluno (a),
Esclarecemos que as orientações aqui apresentadas, têm como principal objetivo a sua
proteção, bem como a dos demais envolvidos, evitando o agravamento da situação já
existente. Somente após os devidos cuidados com a sinalização do local, deverão ser
tomadas outras medidas.
Por fim, lembramos que a omissão de socorro é crime e possui penas previstas no Código
de Trânsito e no Código Penal brasileiros. Sobretudo, defendemos que a proteção
indiscriminada à vida deve ser um compromisso abraçado por toda a sociedade.
Bons estudos!
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NOÇÕES DE PRIMEIROS
SOCORROS
Sinistros de trânsito podem acontecer com todos. Mas poucos sabem como agir na hora
que eles acontecem. Para isso, esse material apresenta informações básicas que você
deve conhecer para atuar com segurança caso ocorra um acidente.
ATENÇÃO
Com frequência os sinistros de trânsito podem provocar outros ainda mais graves do que o
primeiro. Ao prestar socorro, a regra fundamental é não colocar em risco a sua própria
segurança:
● Pare o carro em lugar seguro, nunca junto ao acidente e sim alguns metros à frente
dele;
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● Sinalize devidamente o local do acidente com triângulo, folhagens, tochas etc. para
evitar novos sinistros; coloque o triângulo a pelo menos 30 metros antes do local (se
for uma curva, inicie a contagem somente após ela);
● Evite a aglomeração de curiosos, o que pode provocar novos sinistros;
● Tranquilize as vítimas;
● Peça a alguém para chamar socorro especializado, informando o local exato do
acidente;
● Após providenciar auxílio médico, no caso de existir vítima, solicite a presença de
autoridades policiais.
Simples, não é? As técnicas de Primeiros Socorros têm sido divulgadas para toda a
sociedade, em todas as partes do mundo. E agora você terá acesso a uma parte delas.
Elas podem salvar vidas e não há nada no mundo que valha mais que isso.
Além de que, de acordo com o artigo 135 do Código Penal Brasileiro, deixar de prestar
socorro à vítima de acidente, ou pessoas em perigo iminente, podendo fazê-lo, caracteriza
crime.
Cada acidente é diferente de outro e, por isso, só se pode falar na melhor forma de socorro
quando se sabe quais as suas características. Um veículo que está se incendiando, um
local perigoso (uma curva, uma ponte estreita), vítimas presas nas ferragens, a presença
de cargas perigosas, etc, tudo isso interfere na forma do socorro. Estas ações também vão
ser diferentes caso haja outras pessoas iniciando os socorros, ou mesmo se você estiver
ferido.
● Manter a calma;
● Garantir a segurança;
● Pedir socorro;
● Controlar a situação;
● Verificar a situação das vítimas;
● Realizar algumas ações com as vítimas.
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O importante é ter sempre em mente a sequência dessas ações. E saber que uma ação
pode ser iniciada sem que outra tenha sido terminada. Como, por exemplo, começar a
garantir a segurança, sinalizando o local, parar para pedir socorro e voltar depois a
completar a segurança do local, controlando ainda toda a situação. Com calma e bom
senso, os primeiros socorros podem evitar que as consequências do acidente sejam
ampliadas (ABRAMET, 2005). Segundo a ABRAMET (2005), para ficar calmo após um
acidente é imprescindível seguir o seguinte roteiro:
Para garantir a segurança, as diversas ações num acidente de trânsito podem ser feitas
por mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Enquanto uma pessoa telefona, outra sinaliza
o local e assim por diante.
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Sinalização do local do acidente
b) Demarcar todo o desvio do tráfego até o acidente: não é só a sinalização que deve
se iniciar bem antes do acidente. É necessário que todo o trecho, do início da sinalização
até o acidente, seja demarcado, indicando quando houver desvio de direção.
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c) Manter o tráfego fluindo: faça isso por duas razões: se ocorrer uma parada no
tráfego, o congestionamento, ao surgir repentinamente, pode provocar novas colisões.
Além disso, não se esqueça que, com o trânsito parado, as viaturas de socorro vão
demorar mais a chegar.
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● Colocar pessoas ao longo do trecho sinalizado para cuidarem da fluidez;
● Não permitir que curiosos parem na via destinada ao tráfego.
ATENÇÃO
Tudo o que for usado para sinalização deve ser de fácil visualização e não pode
oferecer risco, transformando-se em verdadeiras armadilhas para os passantes e
outros motoristas.
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PESSOAS SINALIZANDO O LOCAL DO ACIDENTE
ATENÇÃO
As pessoas nunca devem ficar logo depois de uma curva ou em outro local
perigoso. Elas devem ser vistas, de longe, pelos motoristas.
A sinalização deve ser iniciada, para ser visível pelos motoristas de outros veículos,
antes que eles vejam o acidente. Na prática, a recomendação é seguir a tabela abaixo,
onde o número de passos longos corresponde à velocidade máxima permitida no local.
60 km/h
Avenidas 60 passos longos 120 passos longos
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Vias de fluxo rápido 80 km/h 80 passos longos 160 passos longos
OBS: Em nevoeiro denso deve-se parar em local seguro e não se deve desembarcar do
veículo sobre a pista (para evitar risco de gerar outro acidente).
ATENÇÃO
Quando você estiver contando os passos e encontrar uma curva, pare a contagem.
Caminhe até o final da curva e então recomece a contar a partir do zero. Faça a
mesma coisa quando o acidente ocorrer no topo de uma elevação, sem visibilidade
para os veículos que estão subindo.
O maior objetivo deste manual é dar orientações para que, numa situação de acidente,
você possa tomar providências a fim de:
Segundo a ABRAMET (2005), além das providências como acionar o socorro, sinalizar o
acidente e assumir o controle da situação, se deve também observar os itens
complementares de segurança, tendo em mente as seguintes questões:
● Eu estou seguro?
● Minha família e os passageiros do meu veículo estão seguros?
● As vítimas estão seguras?
● Outras pessoas podem se ferir?
● O acidente pode tomar maiores proporções?
Para isso, é preciso evitar os riscos que surgem em cada acidente, agindo rapidamente.
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IDENTIFICAR RISCOS PARA GARANTIR MAIS SEGURANÇA
É só acontecer um acidente que podem ocorrer várias situações de risco. De acordo com a
ABRAMET (2005), as principais situações com que devemos nos preocupar são:
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Atropelamentos: adotar as mesmas providências empregadas para evitar novas colisões.
Mantendo o fluxo de veículos na pista livre. Orientando para que curiosos não parem na
área de fluxo e que pedestres não fiquem caminhando pela via. Isolar o local do acidente e
evitar a presença de curiosos. Fazer isso, sempre solicitando auxílio e distribuindo tarefas
entre as pessoas que querem ajudar, mesmo que estas precisem ser orientadas.
Incêndio: sempre existe o risco de incêndio e ele aumenta bastante quando ocorre
vazamento de combustível.
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Nesses casos é importante adotar os seguintes procedimentos:
● Afastar os curiosos;
● Se for fácil e seguro, desligar o motor do veículo acidentado;
● Orientar para que não fumem no local;
● Pegar o extintor de seu veículo e deixe-o, pronto para uso, a uma distância segura
do local de risco.
É necessário observar se alguém já tomou a iniciativa e está à frente das ações, caso já
tenha ocorrido ofereça-se para ajudar. Se ninguém ainda tomou a frente, verifique se entre
as pessoas presentes há algum médico, bombeiro, policial militar ou qualquer profissional
acostumado a lidar com este tipo de emergência.
ATENÇÃO
Solicite um socorro profissional o mais rápido possível, pois quanto mais cedo ele
chegar, melhor para as vítimas do acidente.
Nem todo mundo está preparado para assumir a liderança após um acidente. Este pode
ser o seu caso, mas numa emergência você poderá ter que tomar a frente. Siga as
recomendações adiante, para que todos trabalhem de forma organizada e eficiente,
diminuindo o impacto do acidente (ABRAMET, 2005):
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● Mostre decisão e firmeza nas suas ações;
● Peça ajuda aos outros envolvidos no acidente e aos que estiverem próximos;
● Distribua tarefas às pessoas, ou forme equipes para executar as tarefas;
● Não perca tempo discutindo;
● Passe as tarefas mais simples, nos locais mais afastados do acidente, às pessoas
que estejam mais desequilibradas ou contestadoras;
● Trabalhe muito, não fique só dando ordens;
● Motive a todos, elogiando e agradecendo cada ação realizada.
São serviços gratuitos, que têm, em muitos casos, números de telefone padronizados em
todo o Brasil. Use o seu celular, ou de outra pessoa, os telefones dos acostamentos das
rodovias, os telefones públicos ou peça para alguém que esteja passando pelo local que
vá até um telefone ou um posto rodoviário e acione rapidamente o Socorro.
Números de Emergência
SAMU 192
Bombeiros 193
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Verificação das condições gerais da vítima
Ao avaliar uma vítima, que pode estar consciente ou inconsciente, é preciso fazer a
verificação dos sinais vitais: a respiração, a pulsação e a temperatura.
ATENÇÃO
Para sua proteção, sempre que for ter contato direto com uma vítima de acidente
de trânsito utilize luvas e máscara de proteção.
● Apoie dois dedos (indicador e médio) sobre a artéria carótida, localizada ao lado da
traquéia (no pescoço);
● Conte os batimentos durante 1 (um) minuto, aproximando seu rosto da boca e do
nariz da vítima para perceber sua respiração;
● Observe os movimentos do tórax e do abdômen da vítima.
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O pulso também é um dos pontos onde você pode medir a frequência de batimentos
cardíacos.
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Veja como fazer:
● Estique o braço da pessoa e coloque dois dedos (indicador e médio) sobre a artéria,
na parte interna do pulso;
● Ao sentir a artéria pulsar, você deve contar o número de pulsações durante um
minuto.
ATENÇÃO
FAÇA O CERTO
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Verificando a temperatura: Coloque sua mão no pescoço ou na testa da vítima para
verificar a temperatura. Se a vítima estiver muito quente, coloque compressas úmidas e
frias na testa e nas axilas dela. Assim, você poderá evitar convulsões, principalmente em
crianças, aqueça-las com cobertores, casacos ou mesmo jornais.
ATENÇÃO
Somente em casos extremos, onde a vida da vítima corre real perigo, você deve mudá-la
de lugar. Mesmo assim, há vários procedimentos para evitar causar danos maiores à
coluna e à saúde em geral. A primeira regra para transportar uma vítima com suspeita de
lesão na coluna é nunca dobrar o pescoço ou as costas dela. Ela deve ser movimentada
como um bloco único, por mais de uma pessoa.
Na maioria dos sinistros, o condutor e demais envolvidos não são profissionais de resgate
e por isso devem se limitar a fazer o mínimo necessário com a vítima até a chegada do
socorro, até então se deve observar se a pessoa está respirando, e cuidar para mantê-la
respirando. Talvez a vítima esteja consciente, se isso ocorrer, é necessário perguntar o
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que está sentindo e observar possíveis hemorragias. Em hipótese alguma se pode dar
líquidos à vítima, e só encostar nos ferimentos se for para evitar grande perda de sangue.
Infelizmente, vão existir algumas situações que o socorro, mesmo chegando rapidamente
com equipamentos e profissionais treinados, pouco poderá fazer pela vítima. Mesmo
nestas situações difíceis, não se espera que alguém não habilitado faça algo para o qual
não esteja preparado ou treinado.
A movimentação da vítima poderá causar piora de uma lesão na coluna ou em uma fratura
de um braço ou perna. A movimentação da cabeça ou do tronco de uma vítima que sofreu
um acidente com impacto que deforma ou amassa veículos, ou num atropelamento, pode
agravar muito uma lesão de coluna. Num acidente pode haver uma fratura ou
deslocamento de uma vértebra da coluna, por onde passa a medula espinhal. É ela que
transporta todo o comando nervoso do corpo, que sai do cérebro e atinge o tronco, os
braços e as pernas. Movimentando a vítima nessa situação, pode-se deslocar ainda mais a
vértebra lesada e danificar a medula, causando paralisia dos membros ou ainda da
respiração, o que com certeza vai provocar danos muito maiores, talvez irreversíveis.
No caso dos membros fraturados, a movimentação pode causar agravamento das lesões
internas no ponto de fratura, provocando o rompimento de vasos sanguíneos ou lesões
nos nervos, levando a graves complicações. Assim, a movimentação de uma vítima só
deve ser realizada antes da chegada de uma equipe de socorro, se houver perigos
imediatos como incêndio, perigo do veículo cair, ou seja, desde que esteja presente algum
risco incontrolável. Não havendo risco imediato, não movimente as vítimas. Até mesmo no
caso das vítimas que saem andando do acidente, é melhor que não se movimentem e
aguardem o socorro chegar para uma melhor avaliação. Aconselhe-as a aguardar
sentadas no veículo, ou em outro lugar seguro.
Retirar o capacete de um motociclista que se acidenta é uma ação de alto risco. A atitude
será de maior risco ainda, se ele estiver inconsciente. A simples retirada do capacete pode
movimentar intensamente a cabeça e agravar lesões existentes no pescoço ou mesmo no
crânio. Por isso deve-se aguardar a equipe de socorro ou pessoas habilitadas para que
eles realizem essa ação.
O torniquete não deve ser realizado para estancar hemorragias externas. Atualmente este
procedimento é feito só por profissionais treinados e mesmo assim, em caráter de
Página 312
exceção, quase nunca é aconselhado. Sua utilização se restringe aos casos de
amputação, avulsão e esmagamento.
Nada deve ser dado para ingerir a uma vítima de acidente que possa ter lesões internas ou
fraturas e certamente será transportada para um hospital. Nem mesmo água. Se o socorro
já foi chamado, aguarde os profissionais que vão decidir sobre a conveniência ou não. O
motivo é que a ingestão de qualquer substância poderá interferir de forma negativa nos
procedimentos hospitalares. Por exemplo, se a vítima for submetida à cirurgia, o estômago
com água ou alimentos, é fator que aumentará o risco no atendimento hospitalar.
Com exceção, dos casos de pessoas cardíacas que fazem uso de alguns medicamentos
em emergências, geralmente aplicados embaixo da língua. Não impeça o uso dos
medicamentos que são rotina para eles. Recomenda-se sempre aguardar o socorro
especializado, porém, infelizmente, no extenso território brasileiro, existem áreas em que
este tipo de serviço especializado da saúde é escasso ou ineficiente.
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Regulamentação do CONAMA sobre poluição
ambiental causada por veículos
Os meios de transporte são responsáveis pela maior parte da emissão de gases e
partículas na atmosfera. No entanto, a poluição gerada pelos veículos não é apenas a
poluição do ar!
Entende-se por poluição a deterioração das condições ambientais que pode atingir o ar, a
água e o solo. Várias cidades vêm adotando medidas restritivas com o intuito de minimizar
os impactos negativos ao ambiente. Esse tema é considerado uma preocupação de caráter
internacional, resguardadas as especificidades de cada local, havendo necessidade de ser
abordada de forma sistemática.
A Legislação de Trânsito prevê sanções aos condutores e proprietários de veículos que
agridem o meio ambiente, tanto de forma ativa quanto passiva.
Para reduzir a poluição atmosférica causada pelos veículos, o Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA) instituiu o Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos
Automotores (PROCONVE), que engloba a conscientização da população a respeito da
poluição causada pelos veículos, o incentivo ao desenvolvimento da tecnologia no setor
automobilístico para redução de poluentes emitidos, o aprimoramento da qualidade dos
combustíveis líquidos utilizados e a fiscalização e a criação de programas de inspeção e
manutenção para veículos automotores em uso.
O CONAMA estabelece normas referentes a dispositivos destinados ao controle de
emissão de gases poluentes e de ruído, bem como prazos para sua fabricação e
instalação obrigatória nos veículos.
Por sua vez, o CTB estabelece características básicas dos veículos e do seu uso para a
proteção ao meio ambiente, dentre elas:
● Quais situações em que pode se fazer uso da buzina (Art. 41).
● Emissão de Poluentes: Possibilidade de alteração dos motores para utilização de
CMV– Gás Metano Veicular como combustível, desde que atendam aos mesmos
limites e exigências de emissão de poluentes e ruído previstos pelos órgãos
ambientais competentes e pelo Contran (Art. 98, § 1°).
● Exigência do Dispositivo destinado ao controle de emissão de gases poluentes e de
ruído, como equipamento obrigatório (Art. 105, V).
Além disso, o Código de Trânsito Brasileiro estabelece infrações diretamente relacionadas
à proteção do meio ambiente, entre as quais podemos citar:
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Enquadramento Infração Medida
Tipificação
no CTB Penalidade Administrativa
Média
Média
Deixar de retirar todo e qualquer objeto
Art. 226 que tenha sido utilizado para –
sinalização temporária da via Multa
Usar buzina:
Grave
Usar no veículo equipamento com som Retenção do veículo
Art. 228 em volume ou freqüência que não para regularização
sejam autorizados pelo Contran Multa
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sons e ruído que perturbem o sossego
público, em desacordo com normas
fixadas pelo CONTRAN Multa
Grave
Conduzir o veículo com descarga livre Retenção do veículo
Art. 230, XI ou silenciador de motor de explosão para regularização
defeituoso, deficiente ou inoperante Multa
Grave
Transitar com o veículo produzindo Retenção do veículo
Art. 231, III fumaça, gases ou partículas em níveis para regularização
superiores aos fixados pelo CONTRAN Multa
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IMPORTANTE
O art. 104 do CTB estabelece que todos os veículos em circulação terão suas
condições de segurança, de controle de emissão de gases poluentes e de ruído
avaliadas mediante inspeção, que será obrigatória, na forma e periodicidade
estabelecidas pelo Contran para os itens de segurança, e pelo Conama para
emissão de gases poluentes e ruídos.
PROGRAMAS
● PROCONVE – Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores,
cuja base técnica foi da CETESB e resultou na Resolução 18/86 do CONAMA.
O PROCONVE estabeleceu os limites máximos de emissão de poluentes por veículos
produzidos no país ou importados a partir de 1998.
Propiciou melhorias tecnológicas como: catalisador, canister, injeção eletrônica, etc.
A CETESB também exigiu da PETROBRÁS a substituição do chumbo, por determinada
porcentagem de álcool na gasolina.
SAIBA MAIS
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No que tange às causas, os agentes que provocam a poluição são chamados poluentes.
Os poluentes podem ser gasosos, líquidos ou sólidos e concentram-se na atmosfera, na
água ou no solo. Entre eles, citam-se os gases tóxicos liberados na atmosfera, os detritos
acumulados nos rios e nas praias, o ruído excessivo produzido nos centros urbanos e até
mesmo os cartazes de publicidade, que modificam o aspecto visual de uma paisagem e
confundem a compreensão do homem.
A principal fonte de poluição atmosférica ainda é o monóxido de carbono produzido pela
frota de veículos, cujo crescimento resultou do desenvolvimento da indústria
automobilística. Para a Abetran (2015), o monóxido de carbono emitido por veículos leves
é responsável por 68,4% do total dessa fonte. Os veículos pesados contribuem com
28,6%, os processos industriais com 2,2%, e a queima de lixo com 2,6%.
Algumas das consequências causadas pela relação entre trânsito e meio ambiente são:
● poluição atmosférica, visual, sonora e de gases poluentes;
● erosão, decorrente do mau planejamento de estradas;
● agressões contra o meio ambiente, resultantes de sinistros no transporte de
produtos tóxicos poluentes;
● incêndios devastadores, devido ao uso inadequado de lugares de descanso à beira
das rodovias, ou ao ato de jogar cigarro pela janela de veículos;
● poluição do habitat natural pelos detritos jogados pelos motoristas nas rodovias;
● enchentes em vias urbanas, provocadas pelo acúmulo de lixo deixado pelos
usuários (motoristas e pedestres) em bueiros ou próximo a rios e lagos;
● mortes de animais silvestres, provocadas por excesso de velocidade e descaso à
sinalização.
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Emissão de gases e partículas (fumaça)
O motor dos veículos transforma o combustível em gases que são lançados no ar.
Aproximadamente 99% desses gases podem ser considerados inofensivos. No entanto,
existe 1% dos gases que é altamente perigoso ao homem e ao meio ambiente.
Considerando a enorme frota de veículos automotores no país, essa pequena parcela
representa uma enorme quantidade de gases poluentes.
A poluição do ar também é causada pela evaporação do óleo e do combustível, que ocorre
com o carro parado ou em movimento, devido às variações da temperatura externa e do
motor. O veículo também elimina partículas no ar pelo atrito dos pneus com o asfalto, além
das partículas liberadas pelas pastilhas do freio a disco.
SAIBA MAIS
O CTB, em seu Art. 97, determina que as características dos veículos, inclusive em
relação às emissões, suas especificações básicas, configuração e condições essenciais
para registro, licenciamento e circulação serão estabelecidas pelo CONTRAN, em função
de suas aplicações.
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Já no Art. 231, o CTB estabelece que transitar com veículo produzindo fumaça, gases ou
partículas em níveis superiores aos fixados pelo Contran é infração grave, prevendo
penalidade de multa e medida administrativa de retenção do veículo para regularização.
Emissão sonora
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O veículo não polui apenas o ar! Ele também provoca poluição sonora. Uma pessoa que
fica exposta aos ruídos excessivos dos veículos está sujeita ao estresse precoce, ao
desgaste físico e a outros aborrecimentos, como: desequilíbrio emocional, dor de cabeça,
zumbido no ouvido, deficiência auditiva, agitação, irritação, distúrbios gástricos, palpitação,
insônia etc.
A poluição sonora, causada pelo excesso de barulho, tem muitas fontes, sendo que os
veículos contribuem em grande parte com esse tipo de poluição. Suas consequências
sobre cada organismo dependem de fatores como a intensidade, frequência, continuidade
ou intermitência, duração da exposição e, também, de características físicas e de saúde da
pessoa.
DICA
Para tentar reduzir a poluição sonora, o CTB estabelece como infrações o uso prolongado
e excessivo da buzina, o uso de equipamentos com som ou volume de frequência que não
sejam autorizados pelo Contran, e o uso indevido de aparelho de alarme que produza sons
e ruídos que perturbem o sossego público, entre outras.
De acordo com o Art. 227, do CTB, constitui infração leve, com penalidade de multa,
usar a buzina:
I - Em situação que não a de simples toque breve como advertência ao pedestre ou a
condutores de outros veículos.
II - Prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto.
III - Entre as vinte e duas e às seis horas.
IV - Em locais e horários proibidos pela sinalização.
V - Em desacordo com os padrões e frequências estabelecidas pelo Contran.
O CTB estabelece como infração grave, em seu Art. 228, usar no veículo equipamento
com som em volume ou frequência que não sejam autorizados pelo Contran. Haverá
penalidade de multa com retenção do veículo para regularização.
O Art. 229 estabelece que usar indevidamente no veículo aparelho de alarme ou que
produza sons e ruído que perturbem o sossego público, em desacordo com normas fixadas
pelo Contran, constitui infração média, com penalidades de multa e remoção do veículo.
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Manutenção preventiva do veículo para a
preservação do meio ambiente
Uma manutenção bem executada é fundamental para que a vida útil prescrita de um
veículo ou de um equipamento seja maximizada, tanto no que se refere ao seu
desempenho quanto à sua disponibilidade. Alguns dos principais objetivos da manutenção
preventiva são:
● Otimizar os insumos, garantindo mais segurança e reduzindo os impactos
ambientais.
● Garantir a frota disponível para a operação do serviço.
● Manter o controle do histórico da manutenção ao longo de toda a vida útil do
veículo.
A manutenção preventiva é efetuada frequentemente de acordo com critérios pré-
estabelecidos para reduzir a probabilidade de falha do veículo ou a degradação de um
serviço efetuado. Os tipos de manutenção preventiva são:
● Manutenção sistemática: de acordo com o tempo de uso do equipamento.
● Manutenção condicional: executada de acordo com o estado do equipamento
após a evolução de um sintoma significativo.
A manutenção sistemática ou programada é realizada geralmente em intervalos fixos.
Especialistas recomendam que ela seja adotada somente se sua utilização criar uma
oportunidade para reduzir falhas que não são detectáveis antecipadamente ou se ela for
imposta por exigência de produção ou segurança.
Página 322
A manutenção preventiva evita que potenciais problemas ocorram e possibilita a tomada
de ações para aumentar a segurança e evitar sinistros. Dentre outros, são itens básicos
que devem ser verificados:
● Pneus e rodas;
● Cintos de segurança;
● Faróis, lanternas, luz de freio, pisca-pisca e pisca-alerta;
● Freios;
● Limpadores de para-brisa;
● Nível de água do radiador;
● Nível de óleo; e
● Direção.
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Fazer manutenção periódica do veículo é uma das medidas preventivas para evitar
sinistros de trânsito.
Com algumas ações você evita danos ao meio ambiente, à sua saúde e dirige com mais
economia:
● Mantenha o motor regulado: você economiza cerca de 10% de combustível e evita a
transmissão excessiva de poluentes;
● Siga o plano de manutenção estabelecido pelo fabricante de seu veículo;
● Observe a vida útil dos componentes e equipamentos do veículo como filtros de ar
condicionado, óleo etc.;
● Abasteça o veículo com combustíveis de procedência comprovada;
● Conserve o nível de óleo de seu motor;
● Controle a pressão dos pneus: a pressão baixa aumenta o consumo de combustível;
● Evite carregar peso inútil.
Página 324
O freio é um dos dispositivos mais importante para a segurança e tem por finalidade fazer
o veículo parar. Os veículos leves são equipados com freio de serviço e de
estacionamento. Já os veículos médios e pesados, além do freio de serviço e de
estacionamento, são equipados com o freio motor.
Página 325
A suspensão diminui as trepidações e os choques resultantes do contato dos pneus do
veículo com o solo. Atenção aos amortecedores, molas e estabilizadores, pois eles são
muito importantes na manutenção da dirigibilidade, da estabilidade e da segurança do seu
veículo.
Toda parte elétrica do veículo deve estar funcionando perfeitamente. Qualquer sinal de
mau funcionamento no painel de instrumento merece ser investigado.
IMPORTANTE
Cada pessoa tem um jeito de falar, de vestir e de viver. E para manter uma boa
convivência com as pessoas é importante conhecer e respeitar as diferenças
individuais, que são divididas em: sociais, físicas, psicológicas, culturais e
religiosas.
Ou seja, cada pessoa tem a sua personalidade, que é o conjunto de características que
tornam o indivíduo único e diferente dos outros. A personalidade possui diferentes
Página 326
aspectos, tais como a aparência física, a capacidade intelectual, a emotividade, as
qualidades sociais e o sistema de valores.
Alguns fatores podem determinar a personalidade: a herança biológica ou a natureza do
indivíduo, o ambiente e a idade.
Relacionamento interpessoal
SAIBA MAIS
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SAIBA MAIS
DICA
Todos possuímos habilidades que são mais desenvolvidas e outras que são
menos. A mudança é difícil, pois exige de cada um a compreensão dolorosa de
que algumas de suas atitudes não são adequadas.
Página 328
Competência interpessoal não é, portanto, um dom ou talento inato da personalidade, e
sim, uma capacidade que se pode desenvolver por meio de treinamento próprio. No
entanto, é preciso conhecer melhor as pessoas para podermos utilizar de maneira mais
apropriada às nossas habilidades.
IMPORTANTE
O CTB estabelece as regras a serem respeitadas pelos usuários das vias, com
o objetivo de garantir a segurança do trânsito. Portanto, como cidadão, o
condutor tem o direito a um trânsito seguro e o dever de respeitar o CTB para
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garantir esse direito a todos os usuários, sejam motoristas, passageiros ou
pedestres.
DICA
Infringir o CTB, além de ser um fator de risco de sinistros, não condiz com uma
boa imagem profissional.
Página 330
PREVENÇÃO DE INCÊNDIO
Conceito de Fogo, Tetraedro e Fontes de Ignição
Fogo ou combustão é o resultado de uma reação química das mais simples e, para que ela
se efetive, é necessária a presença de quatro elementos: combustível, comburente, ignição
e reação em cadeia.
A conhecida figura do triângulo de fogo foi substituída pelo tetraedro do fogo, devido à
inclusão do quarto elemento: a reação em cadeia. Elencados a seguir estão os elementos
do tetraedro:
● Combustível: é o elemento que alimenta o fogo e que serve como campo para sua
propagação. Podem ser sólidos, líquidos e gasosos. O combustível, para reagir com
o oxigênio, deve ser aquecido até o seu ponto de fulgor (temperatura mínima em
que o material libera gases em quantidade suficiente para iniciar a combustão);
As causas dos incêndios são muito variadas. Alguns materiais, em temperatura ambiente,
podem pegar fogo com uma simples faísca. Outros, no entanto, necessitam de
aquecimento prévio para que entrem em combustão. É importante conhecer as fontes de
ignição, responsáveis por iniciar uma combustão. Citam-se, a seguir, as fontes de ignição
mais comuns:
● fontes de origem térmica: fósforos, cigarros, fornos, soldadura, recipientes a
gasolina, óleo ou outros;
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● fontes de origem elétrica: interruptores, disjuntores, aparelhos elétricos defeituosos,
eletricidade estática;
● fontes de origem mecânica: fagulhas provocadas por ferramentas,
sobreaquecimento devido à fricção mecânica;
● fontes de origem química: reação química com liberação de calor, reação de
substâncias auto-oxidantes.
Transmissão do Calor
Outro aspecto importante do fogo é a sua propagação. O calor é uma fonte de energia que
pode ser transmitida de um corpo a outro, sendo que essa transmissão pode ocorrer de
três formas, a saber:
● Condução: é o processo pelo qual o calor se transmite de um corpo a outro por
contato direto;
● Convecção: ocorre por meio de correntes circulatórias originadas da fonte, sendo
esta a forma particular de transmissão de calor nos líquidos e gases. Por exemplo,
em um incêndio localizado nos andares baixos de um edifício, os gases aquecidos
sobem pelas aberturas verticais (elevadores de ar, vãos de escadas, ou portas e
janelas), atingindo combustíveis de outros locais e provocando outros focos de
incêndio. É dessa forma que um incêndio se propaga em locais, às vezes, bastante
afastados do lugar onde se iniciou o fogo;
● Irradiação: ocorre por meio da transmissão de ondas de energia calorífica. Um
corpo quente emite radiação em todas as direções, atingindo outros corpos (ex. o
calor do sol).
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ATENÇÃO
Classificação de incêndios
Os incêndios podem pertencer a diferentes classes, a saber:
● Classe A: os materiais queimam em superfície e em profundidade deixando
resíduos. O resfriamento é o melhor método de extinção. Exemplos: fogo em papel,
madeira, tecidos;
● Classe B: fogo em líquidos inflamáveis. Os materiais queimam em superfície.
Nesse caso, o abafamento é o melhor método de extinção. O agente extintor ideal é
o Pó Químico Seco (PQS) e a espuma mecânica (LGE). Exemplos: fogo em
gasolina, óleo e querosene;
● Classe C: fogo em equipamentos elétricos energizados. O agente extintor ideal é o
Pó Químico Seco (PQS) e o gás carbônico (CO2). Exemplos: fogo em motores,
transformadores, geradores e computadores;
● Classe D: fogo em metais combustíveis. O agente extintor ideal é o pó químico
especial. Essa classe requer agentes extintores específicos. Exemplos: fogo em
zinco, alumínio, sódio, magnésio;
● Classe E: fogo em material radioativo. Essa classe requer isolamento imediato da
área. Contacte imediatamente o Corpo de Bombeiros (telefone 193). Exemplo: fogo
em produtos perigosos radioativos;
● Classe K: fogo em óleo e gorduras em cozinhas. O abafamento é o melhor método
de extinção. O agente extintor ideal Pó Químico Seco (PQS).
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Ademais, é importante que o condutor de veículos que transportam produtos perigosos
domine algumas definições relacionadas à temperatura:
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Puxe o pino de
segurança, retire o
esguicho e acione o
Espuma mecânica AeB 10 litros
gatilho direcionando o
jato para a base das
chamas
Puxe o pino de
segurança, retire o
1, 2, 4, 6, 8, 10 e 12 esguicho e acione o
Pó químico seco BeC
kg gatilho direcionando o
jato para a base das
chamas
Puxe o pino de
segurança, retire o
esguicho e acione o
Água pressurizada A 10 litros
gatilho direcionando o
jato para a base das
chamas.
É preciso identificar o tipo de incêndio que se vai combater, antes de escolher o agente
extintor ou equipamento adequado. Verifique sempre o rótulo dos extintores. Eles devem
conter no mínimo:
● data de validade: o extintor deve estar dentro do prazo de validade;
● lacre de segurança: certifique-se de que o lacre esteja intacto;
● conformidade Inmetro: veja se o extintor possui o selo do Inmetro.;
● condições gerais do extintor: o extintor não pode estar amassado, não pode ter
ferrugem e outros danos.
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Resumo do Módulo
Caro (a) condutor (a), neste módulo revisamos os procedimentos que devemos adotar em
caso de envolvimento ou testemunho de acidente de trânsito. É importante não esquecer:
- Para prestar os Primeiros Socorros, é importante ter o devido preparo pois, caso
contrário, pode-se agravar a situação e causar lesões graves, até mesmo definitivas.
- Assim como o condutor de veículo que transporta produtos perigosos deve conhecer a
legislação de trânsito e de transporte, é essencial que ele também esteja devidamente
capacitado a prestar os primeiros socorros em caso de acidente.
- Somente em casos extremos, onde a vida da vítima corre perigo imediato, pode-se mudá-
la de lugar.
- A sinalização para indicar a ocorrência de um acidente deve ser colocada de maneira que
as pessoas sejam avisadas antes de se aproximarem muito do local. Além disso, ela deve
ser visível.
- É por meio das interações e das relações com as pessoas que estabelecemos nossos
valores, propósitos, atitudes e comportamentos.
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- A principal fonte de poluição atmosférica ainda é o monóxido de carbono produzido pela
frota de veículos, cujo crescimento resultou do desenvolvimento da indústria
automobilística.
- Lembre-se de que o CTB estabelece as regras a serem respeitadas pelos usuários das
vias com o objetivo de garantir a segurança do trânsito. Portanto, como cidadão, o
condutor de veículo de emergência tem o direito a um trânsito seguro, e o dever de
respeitar o CTB para garantir esse direito a todos os demais usuários.
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Exercícios de fixação
1 - As primeiras providências a serem tomadas são essenciais, pois podem salvar
vidas e evitar sinistros, a saber:
a) Sinalização do local do acidente
b) Acionamento de recursos: bombeiros, polícias, ambulância, concessionária da via,
etc.
c) Verificação das condições gerais da vítima
d) Todas as alternativas estão corretas
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GABARITO
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MOVIMENTAÇÃO
DE PRODUTOS
PERIGOSOS
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Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará neste módulo:
PRODUTOS PERIGOSOS:
- Classificação dos produtos perigosos;
- Simbologia;
- Reações químicas (conceituações);
- Efeito de cada classe sobre o meio ambiente.
Classe 1: EXPLOSIVOS:
- Conceituação;
- Divisão da classe;
- Regulamentação específica do Ministério da Defesa;
- Comportamento preventivo do condutor;
- Procedimentos em casos de emergência.
Classe 2: GASES:
- Inflamáveis, não-inflamáveis, tóxicos e não-tóxicos:
- Comprimidos;
- Liquefeitos;
- Mistura de gases;
- Refrigerados.
- Em solução;
- Comportamento preventivo do condutor;
- Procedimentos em casos de emergência.
Classe 3: LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS
- Ponto de fulgor;
- Comportamento preventivo do condutor;
- Procedimentos em casos de emergência.
Classe 4: SÓLIDOS INFLAMÁVEIS; SUBSTÂNCIAS SUJEITAS À COMBUSTÃO
ESPONTÂNEA; SUBSTÂNCIAS QUE, EM CONTATO COM A ÁGUA, EMITEM GASES
INFLAMÁVEIS:
- Comportamento preventivo do condutor;
Página 341
- Procedimentos em casos de emergência;
- Produtos que necessitam de controle de temperatura.
Classe 5: SUBSTÂNCIAS OXIDANTES E PERÓXIDOS ORGÂNICOS:
- Comportamento preventivo do condutor;
- Procedimentos em casos de emergência;
- Produtos que necessitam de controle de temperatura.
Classe 6: SUBSTÂNCIAS TÓXICAS E SUBSTÂNCIAS INFECTANTES:
- Comportamento preventivo do condutor;
- Procedimentos em casos de emergência.
Classe 7: MATERIAL RADIOATIVO:
- Legislação específica pertinente;
- Comportamento preventivo do condutor;
- Procedimentos em casos de emergência.
Classe 8: SUBSTÂNCIAS CORROSIVOS:
- Comportamento preventivo do condutor;
- Procedimentos em casos de emergência.
Classe 9: SUBSTÂNCIAS E ARTIGOS PERIGOSOS DIVERSOS, INCLUINDO AS
SUBSTÂNCIAS QUE APRESENTAM RISCO PARA O MEIO AMBIENTE.
- Comportamento preventivo do condutor;
- Procedimentos em casos de emergência.
RISCOS MÚLTIPLOS:
- Comportamento preventivo do condutor;
- Procedimentos em casos de emergência.
RESÍDUOS:
- Legislação específica pertinente;
- Comportamento preventivo do condutor;
- Procedimentos em casos de emergência.
Página 342
Introdução
Caro(a) Aluno (a),
Quais são os principais aspectos dos produtos perigosos das Classes de Risco 1, 2 e 3?
Quais procedimentos de segurança o condutor deve adotar para o transporte de
explosivos, gases e líquidos inflamáveis?
Cada Classe de Risco de produtos perigosos para fins de transporte apresenta suas
características específicas, que influenciam nos procedimentos de segurança a serem
adotados pelo condutor do veículo transportador.
Neste módulo, falaremos sobre a classificação dos produtos perigosos para fins de
transporte, os conceitos básicos de físico-química, e daremos início ao estudo das Classes
de Risco (explosivos, gases e líquidos inflamáveis).
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PRODUTOS PERIGOSOS
Classificação dos Produtos Perigosos
Página 344
Rótulos de risco
Os Rótulos de Risco devem ter a forma de um quadrado, colocado em um ângulo de 45º
(forma de losango), com dimensões mínimas de 100 mm por 100 mm e a largura mínima
da linha interna à borda, que forma o losango, deve ser de 2 mm. A linha interna à borda
do rótulo deve ser traçada a 5 mm dessa borda e ser paralela a seu perímetro. Na metade
superior do rótulo, a linha interna à borda deve ser da mesma cor do símbolo, e, na metade
inferior, da mesma cor do número que indica a classe ou subclasse no canto inferior.
No que se refere a veículo, há variação de acordo com o peso bruto total do veículo que
será utilizado para o transporte de produtos perigosos.
Os rótulos devem ser afixados sobre um fundo de cor contrastante ou devem ser
contornados externamente, em todo seu perímetro, por uma borda pontilhada ou
contínua.
Os rótulos devem ser afixados sobre um fundo de cor contrastante ou devem ser
contornados externamente, em todo seu perímetro, por uma borda pontilhada ou contínua,
na cor do símbolo, ou devem ser afixados em porta-placas, desde que o porta-placas seja
de cor contrastante rótulo de risco pode ser intercambiável ou dobrável, desde que seja
construído em material metálico e possua dispositivo de encaixe com quatro travas de
segurança, projetado e afixado de maneira que não exista movimentação das suas partes
sobrepostas ou que não se percam em razão de impactos ou ações não intencionais
durante o transporte.
Página 345
Destaca-se ainda, que não é permitida a utilização do verso do rótulo de risco
removível para identificar outra classe ou subclasse de risco.
Quanto ao texto na parte central do rótulo de risco, informa-se que é opcional. Ele
indica a classe de risco correspondente a simbologia apresentada. Em alguns casos,
quando é necessário informar a subclasse e o grupo de compatibilidade química, a
informação é obrigatória.
Dessa forma, nas imagens a seguir especificaremos as dimensões dos rótulos de risco
previstas para a sinalização dos veículos.
Se o transporte for realizado em um veículo de até 3.500 kg de peso bruto total, o rótulo de
risco terá as seguintes dimensões: 250 mm x 250 mm (25 cm x 25 cm).
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DIMENSÕES RELACIONADAS AO RÓTULOS DE RISCO – VEÍCULOS ACIMA DE ATÉ
3.500 KG
Se o transporte for realizado em um veículo acima de 3.500 kg de peso bruto total, o rótulo
de risco terá as seguintes dimensões: 300 mm x 300 mm (30 cm x 30 cm).
• Fenômeno químico: é todo aquele que ocorre com a formação de novas substâncias. Um
fenômeno químico, como a combustão, transforma uma substância em outra, com
diferentes propriedades químicas. Exemplo: após a combustão de um fósforo, a
composição da cinza e da fumaça é totalmente diferente do palito inicialmente presente. O
fenômeno químico altera a natureza da matéria.
Página 347
Os fenômenos físicos não alteram a constituição íntima da matéria, não formam novas
substâncias, e podem ser repetidos várias vezes.
Exemplos: mudança do estado físico da água.
Agora, você já sabe o que é fenômeno físico e químico, entendendo melhor porque alguns
produtos químicos são considerados perigosos. Nesta seção, será realizado um estudo de
cada Classe de Risco de produto perigoso para fins de transporte, identificando suas
principais características e os procedimentos de segurança no transporte rodoviário,
recomendados por manuais de atendimento de emergência envolvendo produtos
perigosos, consultas a Fichas de Informação sobre Segurança de Produtos Químicos
(FISPQ), dentre outros links de consulta que propiciem informes para o enfrentamento de
emergência envolvendo produtos perigosos.
Obviamente muitas medidas aqui disponibilizadas não serão realizadas por você em razão
de exigirem equipamentos ou conhecimentos especializados acerca dos produtos.
Entretanto, possuir os conhecimentos acerca do que faz um produto, suas reações, meios
de contaminação, dentre outros aspectos faz toda a diferença, pois, no momento da
emergência não há tempo suficiente para realizar pesquisas e se faz necessário adotar
procedimentos bem como indicar soluções para mitigar os efeitos daquela situação.
Neste norte, possuir conhecimentos prévios acerca do produto que transporta pode ser um
bom caminho de aprendizado e de escolhas no momento de uma intervenção.
Página 348
CLASSE DE RISCO 1 —EXPLOSIVOS
CLASSE 1 – EXPLOSIVOS
Página 349
na versão mais recente pelos Decretos nº 11.322/2022 e 11.615/2023, os quais alteraram
diversos artigos do Regulamento de Produtos Controlados.
DICA
O veículo de transporte, antes do carregamento, deverá ser limpo. Esse cuidado serve
para eliminar resíduos de materiais inflamáveis e objetos metálicos que possam produzir
centelhas.
A Classe dos gases se subdivide em três subclasses, cada qual com sua
particularidade e especificidade.
Subclasse 2.1: Gases inflamáveis (exemplo: butano - ONU 1011, GLP - ONU 1075);
Subclasse 2.3: Gases tóxicos exemplo: (exemplo: amônia anidra - ONU 1005, cloro
– ONU 1017);
Página 351
Nessa subclasse temos os riscos associados, obviamente, a inflamabilidade. Devemos,
portanto, quando transportar produtos perigosos que foram classificados nessa classe,
evitar gerar centelhas, fagulhas ou expor os produtos perigosos a ambientes que podem
potencializar riscos ou acidentes.
Sendo assim, não podemos negligenciar o transporte, pois nossas ações estão
diretamente relacionadas a segurança.
Também inserido nessa classe, temos a subclasse 2.2 relacionada aos gases não-
inflamáveis e não-tóxicos. A própria nomenclatura afasta a inflamabilidade e a
toxidade no desprendimento desses gases do produto perigoso transportado.
O transporte de qualquer produto classificado como perigoso apresenta riscos, pois, alguns
produtos alocados nessa subclasse, como os criogênicos, por exemplo, diminuem em
oitocentas vezes o seu volume, sendo transportados em baixíssimas temperaturas para
que o produto seja armazenado dentro de um equipamento de transporte.
Uma boa fonte de consulta para entender de forma mais adequadas as características
física e químicas de qualquer substância é a FISPQ (Ficha de Informação de Segurança
de Produtos Químicas), prevista como fonte de orientação para profissionais das empresas
e para o próprio trabalhador em caso de exposição prolongada a determinados produtos.
As informações do documento em comento são padronizadas e estão previstas na ABNT-
NBR 14.725, sendo divididas em dezesseis seções com muitos informes.
Página 352
Desta forma, a FISPQ passará a ser denominada FDS (Ficha com Dados de Segurança).
Pela publicação em julho de 2023 através da ABNT-NBR 14.725 de mesmo número,
porém, atualizada, as empresas terão dois anos para realizarem as adequações. Por
enquanto, prevalecerá os dois documentos concomitantemente,
No caso de dúvidas a respeito de produtos químicos, são dois excelentes documentos que
permitem informações atualizadas e podem ser acessados através de pesquisa em
buscadores na internet.
Ainda tratando da subclasse da classe dos gases, temos a subclasse 2.3 que
abrange os gases tóxicos.
O risco dessa subclasse é muito grande, pois estamos diante de produtos que se dissipam
no ar, uns mais leves que o ar (que se dispersam para o alto) e outros mais pesados (que
se direcionam ao solo) e, dependendo da toxidade, a simples exposição por curto espaço
de tempo pode trazer sérias consequências. Alguns gases, como a Amônia anidra, por
exemplo, número ONU 1005, corroem o sistema respiratório, fazendo com que a pessoa
exposta interrompa a respiração pela ação do produto. Causa ainda severas queimaduras
na pele e nos olhos.
Lidar com gases tóxicos é extremamente perigoso, pois alguns tem cheiro característico
como a amônia, outros não tem cheiro e quando a pessoa se dá conta, já está sob a ação
dos efeitos da exposição direta ao produto perigoso.
Desse modo, devemos ter muito cuidado ao visualizar ao transportar gases tóxicos em
razão dos riscos e perigos associados.
Página 353
● gás em solução: gás comprimido que, quando acondicionado para transporte, é
dissolvido num solvente; • gás asfixiante: gás que dilui ou substitui o oxigênio
normalmente existente na atmosfera; completamente gasoso à temperatura de 20
°C;
● gás não inflamável e não tóxico: gases transportados a uma pressão não inferior a
280 kPa, a 20 °C, ou como líquidos refrigerados e que sejam asfixiantes (gases que
diluem ou substituem o oxigênio normalmente existente na atmosfera), ou sejam
oxidantes (gases que, geralmente por fornecerem oxigênio, causem ou contribuam,
mais do que o ar, para a combustão de outra matéria), ou não se enquadrem em
outra subclasse;
● gás tóxico: gás reconhecidamente tão tóxico ou corrosivo para pessoas, que
constitui risco à saúde; ou que é supostamente tóxico ou corrosivo para pessoas por
apresentar um valor de concentração letal (CL50) igual ou inferior a 5.000 mL/m 3
(ppm).
Página 354
● jamais dirija com todos os vidros fechados, para neutralizar os possíveis efeitos de
gases no compartimento do motorista.
Importante
Fazer paradas periódicas para verificar a pressão por meio do manômetro.
DICA
Caso ocorra algum vazamento de gases do veículo, se os vidros estiverem fechados,
o condutor irá inalá-los, podendo sofrer intoxicação.
Importante
Na impossibilidade de fechar a válvula, levar o cilindro para uma área aberta.
Afastar as pessoas caso o cilindro esteja solto, protegendo-se dos movimentos rápidos;
DICA
Página 355
Se não for possível fechar a válvula, deixar o gás queimar, resfriando o cilindro com água
em um local protegido.
● Se o vazamento for em conexões sob pressão, não usar ferramentas que possam
causar atrito;
● Evitar o contato do gás com qualquer ponto aquecido, e não acender chama;
● Tentar desviar as chamas de outros cilindros ou materiais inflamáveis.
Importante
Caso o fogo persista, isolar o cilindro dos demais e deixar queimar.
Página 356
Com os passos seguintes:
● Se em ambiente fechado, procurar meios de realizar a purga do ambiente.
● Se em espaço aberto, procurar meios de neutralizar a atmosfera circundante, com
espargimento de gases inertes ao fogo e com deficiência de oxigênio.
É óbvio que as orientações apresentadas devem ser realizadas diante de possibilidades,
pois, a depender do gás transportado e das condições da ocorrência, não haverá outro
caminho que não seja isolar a área e adotar as medidas de afastamento de curiosos e
acionar os órgãos respondedores para intervirem na emergência.
Portanto, é importante que você motorista tenha conhecimento mínimo a respeito do
produto perigoso transportado para saber, principalmente, o que não fazer diante de um
sinistro ou incidente.
Na dúvida pesquise sobre o produto que transporta para conhecer seus efeitos e adote
sempre uma condução preventiva e segura para evitar acidentes (sinistros) durante a sua
viagem.
Página 357
CLASSE DE RISCO 3 — LÍQUIDOS
INFLAMÁVEIS
CLASSE 3 – LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS
Líquidos inflamáveis são líquidos, misturas de líquidos ou líquidos que contenham sólidos
em solução ou suspensão (por exemplo: tintas, vernizes, lacas) que produzam vapor
inflamável a temperaturas de até 60,5 °C em ensaio de vaso fechado, ou até 65,6 °C em
ensaio de vaso aberto, normalmente referido como ponto de fulgor. Explosivos líquidos
insensibilizados são substâncias explosivas dissolvidas ou suspensas em água ou em
outras substâncias líquidas, para formar uma mistura líquida homogênea que suprima suas
propriedades explosivas.
SAIBA MAIS
A eletricidade estática ocorre quando, por exemplo, há carregamento ou descarregamento
do produto, podendo, em determinadas condições, gerar centelhas e inflamar os vapores
do líquido.
Página 358
DICA
• O ponto de fulgor é a temperatura mínima em que um líquido libera vapores inflamáveis
que, em contato com uma fonte de ignição, inflama-se, apagando-se em seguida, em
razão da pouca quantidade de vapores formados.
• Um líquido inflamável incendeia-se quando atinge o ponto de combustão e entra em
contato com uma fonte externa de calor.
• A areia ou a terra podem ser utilizadas para anular a inflamabilidade de líquidos
inflamáveis.
DICA
De preferência, os tambores e as bombonas devem ser empilhados na posição vertical
com o uso de paletes, no máximo em três pilhas para tambores e duas para bombonas.
Importante
Página 359
Não manuseie líquidos inflamáveis e nem respire seus vapores, pois muitos desses
produtos apresentam risco subsidiários
Página 360
RÓTULOS DE RISCO – CLASSE 3 LÍQUIDOS
INFLAMÁVEIS:
Nesta unidade, continuaremos com o estudo das Classes de Risco, abordnado, agora, os
sólidos inflamáveis, as substâncias oxidantes e os peróxidos orgânicos, as substâncias
tóxicas e os infectantes, os materiais radioativos, as substâncias corrosivas e os artigos
perigosos diversos.
Página 361
Por essa razão, foram agrupados em três Subclasses:
Subclasse 4.2:
4.2:Substâncias
Substânciassujeitas
sujeitas à combustão
à combustão espontânea
espontânea (exemplo:
(exemplo: carvão
carvão de de
origem animal ou vegetal - ONU 1361, sulfeto de sódio anidro - ONU 1385);
Subclasse 4.3: Substâncias que, em contato com água, emitem gases inflamáveis
(exemplo: fosfeto de cálcio - ONU 1360, fosfeto de alumínio - ONU 1397, carbureto de
cálcio - ONU 1402).
A ideia foi facilitar a aprendizado para que desde já associem as cores a subclasse de
risco correspondente.
Ter cuidados básicos, faz com que você motorista adote medidas preventivas em todo o
transporte e evite potencializar a ocorrência, caso se envolva em um sinistro que não pode
ser evitado.
Página 362
RÓTULOS DE RISCO – RÓTULOS DE RISCO – RÓTULOS DE RISCO –
SUBCLASSE 4.1 SÓLIDOS SUBCLASSE 4.2 SUBCLASSE 4.3
INFLAMÁVEIS: SUBSTÂNCIAS SUJEITAS SUBSTÂNCIAS, QUE EM
À COMBUSTÃO CONTATO COM A ÁGUA,
ESPONTÂNEA: EMITEM GASES
Fundo vermelho e branco INFLAMÁVEIS:
Fundo vermelho e branco
listrado, pictograma acima Fundo azul, pictograma
dividido no meio,
preto, número da classe de acima preto ou branco,
pictograma acima preto,
risco no vértice na cor número da classe de risco
número da classe de risco
preta. no vértice na cor preta ou
no vértice na cor preta.
Obs.: é facultado o nome branca.
Obs.: é facultado o nome
da subclasse ao centro e Obs.: é facultado o nome
da subclasse ao centro e
não é permitido colocar o da subclasse ao centro e
não é permitido colocar o
número dessa subclasse não é permitido colocar o
número dessa subclasse
no vértice do rótulo de número dessa subclasse
no vértice do rótulo de
risco (exemplo: 4.1). no vértice do rótulo de
risco (exemplo: 4.2).
risco (exemplo: 4.3).
Importante
Um sólido inflamável quando queima, libera gases irritantes e tóxicos.
Página 363
Segurança no Transporte Rodoviário de Sólidos
Inflamáveis
Os procedimentos de segurança em que você deve ficar atento são os seguintes:
Dica
As embalagens devem ser protegidas da ação direta do sol e mantidas em local frio, bem
ventilado e longe de qualquer fonte de calor e umidade.
CLASSE DE RISCO 5 —
SUBSTÂNCIAS OXIDANTES E
PERÓXIDOS ORGÂNICOS
CLASSE 5 – SUBSTÂNCIAS OXIDANTES E PERÓXIDOS ORGÂNICOS
Essa Classe de Risco reúne substâncias que, na sua maioria, não são combustíveis,
mas que podem liberar rapidamente o oxigênio, aumentando ou sustentando a
combustão de outros materiais combustíveis.
Página 364
Essa Classe de Risco está dividida em duas Subclasses:
Subclasse 4.2:
5.2: Substâncias sujeitas à
Peróxidos orgânicos combustão
(exemplo: espontânea
peróxido (exemplo:
orgânico carvão–de orig
tipo B líquido
ONU 3101, peróxido orgânico tipo C – ONU 3104).
Desta forma, como pode ser observado na imagem a seguir, o rótulo de risco trará em seu
vértice a informação 5.1 (Substância oxidante) e 5.2 (Peróxido orgânico). Nenhuma outra
classe trará esse informe na simbologia. Preste atenção para sinalizar corretamente o seu
veículo e atender a legislação vigente.
Página 365
Os peróxidos orgânicos são substâncias termicamente instáveis que podem sofrer
decomposição exotérmica auto acelerados. Além disso, podem apresentar uma ou
mais das seguintes propriedades: ser sujeitos à decomposição explosiva; queimar
rapidamente; ser sensíveis a choque ou atrito; reagir perigosamente com outras
substâncias; causar danos aos olhos
Importante
O mesmo tratamento deve ser dado para os veículos que transportam esses
produtos embalados.
DICA
Nesses casos, o equipamento de refrigeração deve ser independente do motor de
propulsão.
Página 366
CLASSE DE RISCO 6 —
SUBSTÂNCIAS TÓXICAS E
SUBSTÂNCIAS INFECTANTES
CLASSE 6 – SUBSTÂNCIAS TÓXICAS E INFECTANTES
Substâncias tóxicas: são aquelas capazes de provocar a morte, lesões graves ou danos
à saúde humana, se ingeridas ou inaladas, ou se entrarem em contato com a pele.
Subclasse 6.2: Substâncias infectantes (exemplo: substância infectante, que afeta seres
humanos - ONU 2814, resíduos clínicos inespecíficos, N.E. - ONU 3291).
Página 367
A imagem a seguir apresenta as variações de padrão e cores dos rótulos de risco
vinculados às subclasses de risco mencionadas. Nesse sentido, é importante que você
preste muita atenção comparando-as com a simbologia que pretende afixar no veículo,
caso transporte produtos perigosos destas subclasses.
Fundo branco, pictograma acima preto, Fundo branco, pictograma acima preto,
número da classe de risco no vértice na número da classe de risco no vértice na
cor preta. cor preta.
● Intoxicação por contato de pele: apesar de a pele e a gordura agirem como uma
barreira protetora do corpo humano, alguns produtos como o ácido cianídrico,
mercúrio, e certos defensivos agrícolas têm a capacidade de penetrar por meio da
pele e da gordura, e atingir a corrente sanguínea, atuando como um agente tóxico
generalizado;
Página 368
Exemplo: o gás sulfídrico, por exemplo, apresenta um odor característico em baixas
concentrações, porém, em altas concentrações pode inibir a capacidade olfativa.
Importante
Os efeitos gerados a partir do contato com substâncias tóxicas estão relacionados com o
grau de toxicidade dessas e o tempo de exposição ou dose.
As substâncias desta Classe de Risco são muito tóxicas à vida aquática, representando
alto potencial de risco para a contaminação.
• Embora não sejam produtos químicos, foram incluídas na Classe de Risco 6, em razão
dos riscos que apresentam às pessoas, aos animais e ao meio ambiente.
• Os produtos dessa Classe de Risco são controlados pelo Ministério da Saúde (MS),
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA), pois são largamente utilizados para fins medicinais e agrícolas.
Importante
Página 369
Substâncias tóxicas não deverão ser carregadas ou descarregadas em locais públicos ou
próximos a concentrações de pessoas, sem a autorização de órgãos ou autoridades
competentes.
DICA
O veículo transportador de substâncias dessa Classe de Risco, após a descarga,
deverá ser devidamente descontaminado em local previamente licenciado pelo
órgão de controle ambiental.
Página 370
Substâncias radioativas são materiais fisicamente instáveis que sofrem
modificações, espontaneamente, na sua estrutura. Essas modificações ocorrem
quando há transformação nos elementos que passam a emitir energia sob a forma
de radiação.
Dá-se o nome de radioatividade justamente à propriedade que tais elementos têm de emitir
radiação. Exemplos: Urânio 235, Césio 137, Cobalto 60 e Tório 232.
Página 371
A radioatividade é uma forma de energia invisível, mas que pode ser sentida por
aparelhos especiais, como o contador Geiger. É capaz de penetrar e atravessar
vários tipos de materiais e, até mesmo, o corpo humano, ocasionando doenças
muito graves e podendo levar pessoas à morte.
Apesar de existirem regras de transporte previstas para tais materiais na Resolução ANTT
nº 5.998+2022 e seus anexos, a resolução remete o detalhamento do transporte para as
regras estabelecidas pela CNEN.
DICA
Não se pode aproximar de materiais radioativos que não estejam devidamente
blindados. Por isso, tais materiais radioativos são muito bem-acondicionados em
embalagens normalmente blindadas, que possuem paredes ou coberturas de
materiais que absorvem radiação ou atenuam ou impedem sua passagem.
Sinistros com esses materiais podem contaminar objetos de todo tipo, além do meio
ambiente, ocasionando consequências desastrosas, a exemplo do acidente que ocorreu
em Goiânia, que em setembro de 1987, cuja blindagem do Césio 137 foi destruída,
ocasionando às pessoas que tiveram contato com o material graves doenças, inclusive
provocando morte.
IMPORTANTE
A descontaminação dos veículos somente poderá ser feita pelos técnicos da Comissão
Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
Página 372
● Caso haja qualquer incidente envolvendo material radioativo, o local deve ser
imediatamente isolado e o fato comunicado à CNEN;
● Todo controle sobre a mineração, produção, transporte e uso de material radioativo
está a cargo da CNEN.
CLASSE DE RISCO 8 —
SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS
Substâncias corrosivas são aquelas que, por ação química, causam severos danos quando
em contato com tecidos vivos ou, em caso de vazamento, danificam ou mesmo destroem
outras cargas ou o próprio veículo.
A imagem a seguir apresenta o padrão e cores dos rótulos de risco vinculados à classe de
risco mencionada. Nesse sentido, é importante que você preste muita atenção
comparando-a com a simbologia que pretende afixar no veículo, caso transporte produtos
perigosos corrosivos.
Página 373
Mesmo em condições normais, algumas substâncias dessa Classe de Risco podem liberar
vapores ou gases corrosivos e irritantes. Costumam reagir violentamente com a água,
produzindo grande quantidade de calor. Atacam materiais de diversos tipos, entre eles os
metais e produtos têxteis.
DICA
No entanto, deve-se consultar a Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico -
FISPQ para um procedimento mais adequado.
● Após descarregar produtos corrosivos, lave e seque o tanque para receber outra
carga;
● Durante o transporte, evite que as embalagens se atritem, para evitar vazamentos;
Página 374
● As embalagens devem ser manuseadas e arrumadas de tal forma que sejam
impedidas de tombar;
IMPORTANTE
O material de manuseio deve ser resistente ao fogo.
CLASSE 9 – SUBSTÂNCIAS E
ARTIGOS PERIGOSOS DIVERSOS,
INCLUINDO AS SUBSTÂNCIAS
QUE APRESENTAM RISCOS PARA
O MEIO AMBIENTE
CLASSE 9 – SUBSTÂNCIAS E ARTIGOS PERIGOSOS DIVERSOS, INCLUINDO AS
SUBSTÂNCIAS QUE REPRESENTAM RISCO AO MEIO AMBIENTE
Página 375
RÓTULOS DE RISCO – RÓTULOS DE RISCO – RÓTULOS DE RISCO –
CLASSE 9 SUSTÂNCIAS E CLASSE 9 SUSTÂNCIAS E CLASSE 9 SUSTÂNCIAS E
ARTIGOS PERIGOSOS ARTIGOS PERIGOSOS ARTIGOS PERIGOSOS
DIVERSOS, INCLUINDO AS DIVERSOS, INCLUINDO AS DIVERSOS, INCLUINDO AS
SUBSTÂNCIAS QUE SUBSTÂNCIAS QUE SUBSTÂNCIAS QUE
REPRESENTAM RISCO AO REPRESENTAM RISCO AO REPRESENTAM RISCO AO
MEIO AMBIENTE: MEIO AMBIENTE: MEIO AMBIENTE:
Fundo branco com listras Fundo branco com listras Símbolo para o transporte
pretas na parte superior e pretas na parte superior e de substâncias perigosas
branco na parte inferior, branco na parte inferior, para o meio ambiente
número da classe de risco número da classe de risco (peixe e árvore)
no vértice na cor preta no vértice na cor preta
sublinhado. Pictograma conforme
sublinhado.
imagem acima,
Obs.: é facultado o nome Obs.: é facultado o nome acompanha o transporte
da classe ao centro. da classe ao centro. sinalizando veículos e
embalagens do números
(Rótulo de risco para
ONU 3077 (substâncias
embalagem), apresenta
sólidas) e ONU 3082
conjunto de bateria, sendo
(substâncias líquidas).
uma danificada ao centro,
Quando exigível, deve
emitindo chama na parte
sinalizar todos os lados do
inferior.
veículo (frente, traseira e
duas laterais).
Página 376
São exemplos: dibromodifluormetano, formaldeído (soluções inflamáveis), poliestireno
granulado impregnado com líquido inflamável, dióxido de carbono sólido (gelo seco),
amianto azul, hidrossulfito de zinco, farinha de peixe (pedaços de peixe) estabilizada,
baterias de lítio.
Página 377
tóxicas, como por exemplo: o Perclorato de Amônia (ONU 0402), Nitrato de Amônio (ONU
0222), Dinitrofenol, Ácido Tri Nitrobenzoíco.
Esses produtos, se inalados, ingeridos ou absorvidos pela pele, podem causar lesões
graves, queimaduras ou a morte. O meio ambiente pode ser contaminado por esses
produtos em caso de vazamentos resultantes do controle de incêndio ou da diluição com
água.
Substâncias tóxicas (Classe 6) podem queimar com o fogo, mas nenhuma se inflama de
imediato. A inalação ou contato com esses produtos pode causar infecções, doenças ou
morte e as águas residuais do controle de fogo podem causar poluição.
● Se o produto atingir corpos de água como açudes, rios e represas causará a morte
de peixes e animais que se valem destes para beber água ou se alimentar de
peixes, além de se espalhar facilmente por grandes distâncias aumentando
consideravelmente a extensão dos danos;
● Se atingir áreas florestais, poderá oferecer risco à fauna, à flora e à população local;
● Se atingir áreas urbanas, poderá oferecer risco direto à população, principalmente
em áreas de grande densidade populacional;
Página 378
● Como é característico de toda substância radioativa, os danos causados pela
exposição a essas substâncias possuem efeito prolongado, demandando ações de
alta periculosidade.
Além das classes mencionadas, temos diversos produtos perigosos que por características
próprias apresentam alguns fatores de risco, dentre os quais podemos destacar:
Página 379
RISCOS MÚLTIPLOS
Caro(a) Aluno (a),
Como fazer para enquadrar os produtos perigosos com riscos múltiplos? Quais as regras
para o transporte de resíduos perigosos? Como deve ser o comportamento preventivo do
motorista para o transporte de produtos perigosos das diversas Classes de Risco?
Os resíduos de produtos perigosos não podem ser subestimados, visto que muitos casos
de contaminação são decorrentes de negligência e imperícia em seu transporte. Por isso,
eles devem ser transportados adotando-se todos os cuidados necessários.
Nesta unidade, estudaremos os produtos com riscos múltiplos, os resíduos perigosos para
fins de transporte, o comportamento preventivo do motorista para todas as Classes de
Risco e os procedimentos em caso de emergência.
Para produtos com riscos múltiplos que não se encontrem especificamente nominados na
Relação de Produtos Perigosos, o grupo de embalagem mais restritivo, dentre os indicados
para os respectivos riscos, tem precedência sobre os demais grupos de embalagem,
independentemente, da precedência dos riscos apresentada.
A precedência das características de risco das Classes a seguir não está incluída no
Quadro de Precedência de Riscos, pois essas características primárias têm sempre
precedência:
Página 380
• material da Classe 7.
RESÍDUOS
Resíduos Perigosos para fins de Transporte
Você sabia que os resíduos perigosos também necessitam de cuidados e muita segurança
ao serem transportados?
IMPORTANTE
O transporte rodoviário de resíduos perigosos deve atender às exigências
estabelecidas para a Classe de Risco ou Subclasse apropriada, considerando os
respectivos riscos e critérios de classificação constantes na legislação específica,
inclusive estadual e municipal.
Página 381
DICA
Os veículos e contêineres descarregados, não limpos, que contenham resíduos de
seu conteúdo anterior e, por isso, possam ser considerados como potencialmente
perigosos, estão sujeitos às mesmas prescrições que os veículos carregados.
DICA
As embalagens vazias que tenham contido produtos perigosos estão sujeitas às
mesmas prescrições que as embalagens cheias, até que tenham sido expurgadas de
qualquer resíduo do conteúdo anterior.
● verifique a documentação:
Página 382
‐ confira se consta da Nota Fiscal as informações obrigatórias (Nº ONU, precedido das
letras “ONU ou “UN”, nome apropriado para embarque, classe de risco, subclasse de risco,
se exigível, grupo de embalagem, se exigível e quando o transporte for realizado em
quantidade limitada por veículo ou embalagem interna a informa do peso bruto em
quilograma de cada produto perigoso no documento de transporte.
IMPORTANTE
Retirá-los do veículo após completa limpeza e descontaminação.
● Condições gerais:
Página 383
DICA
Isso evita possíveis sinistros envolvendo pessoas, meio ambiente e patrimônio de
terceiros.
Adotando essa rotina antes do início da viagem, você estará buscando realizar um
transporte com segurança, eficiente e atendendo as normativas vigentes.
Página 384
Procedimentos em caso de Emergência
Equipamentos para situação de emergência
DICA
Para verificar se o extintor de incêndio é o adequado para o transporte rodoviário de
produtos perigosos, deve ser consultada a ABNT NBR 9735, Tabela 4. Nessa tabela,
constam os tipos de extintores a serem utilizados em função da Classe de Risco dos
produtos transportados, do tipo de veículo utilizado (granel ou fracionado) e da
quantidade transportada (mais de 1 tonelada ou até 1 tonelada).
Página 385
Equipamentos de proteção individual - EPI
São pouquíssimas exigências, visando com que a saúde e segurança do trabalhador seja
preservada.
Página 386
Os equipamentos de proteção individual devem estar na cabine do veículo,
devidamente agrupados, em condições de uso e válidos, apresentar certificado de
aprovação - CA marcado pelo fabricante no produto e, existindo auxiliar, deverá ser
providenciado um novo conjunto completo de equipamentos de proteção individual
para esta pessoa.
Cada produto perigoso classificado pela ONU, prevê, individualmente, quais equipamentos
de proteção individual serão exigíveis. Deste modo, requer que se consulte a ABNT-NBR
9735 para obter a informação sobre o tema.
● em caso de vazamentos:
Página 387
DICA
Contenha o produto derramado com auxílio dos equipamentos para emergência (pá,
mantas absorventes, batoques).
Em caso de incêndio, além do risco iminente de explosão, pode-se ter emanação de gases
tóxicos e/ou venenosos. Nesses casos, a proteção respiratória adequada é o equipamento
autônomo de respiração a ar comprimido, além de roupas especiais. Nos incêndios
envolvendo substâncias explosivas, esses equipamentos oferecem proteção limitada
devido à natureza do produto, ou seja, são eficientes apenas para a proteção contra gases
gerados pelo incêndio, e não para os efeitos decorrentes de uma eventual explosão.
Página 388
SAIBA MAIS
Caso a explosão tenha ocorrido, deve-se ter em mente que apenas parte da carga
tenha sido consumida pela explosão, podendo existir, no local, produtos intactos,
razão pela qual a operação de remoção dos explosivos deva ser realizada com todo
o cuidado possível.
Gases mais densos que o ar tende a se acumular ao nível do solo por serem de difícil
dispersão. Outro fator que dificulta a dispersão dos gases é a presença de grandes
obstáculos como, por exemplo, edificações nas áreas urbanas.
DICA
Em ambientes confinados, deve-se monitorar constantemente a concentração de
oxigênio. Nas situações em que a concentração de oxigênio esteja abaixo de 18%
(em volume), devem ser adotadas medidas de controle, como, por exemplo, o uso de
ventilação natural ou forçada do ambiente. Nessas situações, a proteção respiratória
a ser utilizada tem que ser do tipo autônoma.
Deve ser dada atenção especial quando o gás for inflamável, principalmente se esse
estiver confinado. Medições constantes dos índices de inflamabilidade do ambiente,
mediante a utilização de explosivos e a eliminação das possíveis fontes de ignição,
constituem ações prioritárias a serem adotadas.
Página 389
do ácido clorídrico. A água residual deve ser contida e recolhida para não causar poluição
dos recursos hídricos.
Já para os produtos com baixa solubilidade em água, o uso de neblina d’água pode ser
utilizado para formar um bloqueio físico ao deslocamento da nuvem. A neblina d’água deve
ser aplicada somente sobre a nuvem, e não sobre as eventuais bolhas formadas pelo gás
liquefeito, sob o risco de provocar intensa evaporação e aumento dos vapores na
atmosfera.
DICA
Os vapores inflamáveis somente queimam quando a porcentagem em volume está
entre os limites (inferior e superior) de explosividade, que é a mistura ideal para a
combustão.
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Classe de Risco 4 — Sólidos inflamáveis,
substâncias sujeitas a combustão espontânea e
substâncias que, em contato com a água, emitem
gases inflamáveis
Na ocorrência de um acidente, a perda da fase líquida propicia o contato com o ar, motivo
pelo qual a estanqueidade do vazamento deve ser adotada imediatamente.
IMPORTANTE
Outra ação a ser desencadeada em caso de acidente é o lançamento de água sobre o
produto, de forma a mantê-lo constantemente úmido, desde que seja compatível
com água, evitando sua ignição espontânea.
Os efeitos gerados a partir da exposição com substâncias tóxicas estão relacionados com
o grau de toxicidade e o tempo de exposição ou dose. Em função do alto risco apresentado
pelos produtos dessa Classe de Risco, durante as operações de atendimento à
emergência, é necessária a utilização de equipamentos de proteção respiratória.
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Entre esses equipamentos, pode-se citar as máscaras faciais com filtros químicos e os
conjuntos autônomos de respiração a ar comprimido. Deve-se ter em mente que os filtros
químicos retêm os poluentes atmosféricos, exigindo a presença de oxigênio no ambiente.
Dependendo da concentração dos contaminantes, os filtros podem saturar-se rapidamente.
Quanto à escolha do filtro adequado, é indispensável que o produto presente na atmosfera
seja previamente identificado. Já os conjuntos autônomos de respiração a ar comprimido
devem ser utilizados em ambientes confinados, em situações em que o produto envolvido
não está identificado ou em atmosferas com alta concentração de poluentes.
IMPORTANTE
Nas operações de emergência envolvendo substâncias tóxicas, deve ser realizado
monitoramento contínuo no local, principalmente para evitar a contaminação dos
corpos d’água.
A diluição deve ser utilizada nos casos em que não existe a possibilidade de contenção e
cujo volume seja bastante reduzido. Isso porque, para se obter concentrações seguras, o
volume de água necessário deve ser sempre muito grande, ou seja, da ordem de 1.000 a
10.000 vezes o volume do produto vazado. Se o volume de água adicionado ao produto
não for suficiente para diluí-lo a nível seguro, deve ocorrer o agravamento da situação
devido ao aumento do volume da mistura.
IMPORTANTE
A absorção e o recolhimento são as técnicas mais recomendadas, quando comparadas
com a neutralização e a diluição.
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da neutralização devem ser removidos para um aterro industrial aprovado pelo órgão
ambiental.
Para esses produtos, são aplicados todos os procedimentos básicos já descritos, além de
outros específicos (tais como barreiras de contenção e utilização de material absorvente),
de acordo com o tipo de produto perigoso e o local da ocorrência.
Nesse sentido, com o objetivo de deixar mais clara as exigências, entendermos como
pertinente escrever um capítulo especial comentando sobre o transporte de produtos
perigosos nesses veículos.
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“Resolução Contran nº 943/2022:
Temos, portanto, a primeira condição que permite fazer o uso da motocicleta, porém,
restritiva a GLP e com auxílio de sidecar.
Quais veículos?
Neste sentido, a norma de trânsito e a lei que regula o serviço de moto-frete permite o
transporte em motocicletas e motonetas com o auxílio de sidecar.
Compulsando a legislação específica que trata das regras de transporte, observamos que
a Resolução ANTT nº 5.998/2022 em seu artigo 12, § 3º define:
“Art. 12. O transporte de produtos perigosos deve ser realizado em veículos automotores ou
elétricos classificados como "de carga" ou "misto", conforme definições e prescrições
específicas estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro - CTB, salvo os casos previstos
nas Instruções Complementares anexas a esta Resolução.
(...)
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Sidecar
Semirreboque
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CHECKLIST DAS REGRAS PARA O TRANSPORTE
Resumo do Módulo
Caro (a) condutor (a), neste módulo estudamos a movimentação de produtos perigosos. É
importante não esquecer:
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Exercícios de fixação
1 - O que é incompatibilidade química nos transportes de produtos perigosos
a) São todos os produtos que pertencem a classe dos explosivos
b) São produtos que não podem ser transportados
c) Considerados incompatíveis substâncias ou artigos que, quando estivados em
conjunto, resultam em riscos indevidos, no caso de vazamento ou derramamento
d) São todos os produtos das classes dos gases
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GABARITO
a) Efeito oxidante
b) Explosivos
c) Deve misturar com água
d) Reage perigosamente com água
a) Explosivos
b) Gases
c) Corrosivos
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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
ABRAMET. Noções de primeiros socorros no trânsito. São Paulo: Casa
Brasileira do Livro, 2005.
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Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos, as suas Instruções
Complementares, e dá outras providências.
Página 401
CONTRAN. Resolução nº 789, de 18 de junho de 2020. Consolida normas
sobre o processo de formação de condutores de veículos automotores e
elétricos.
Página 402
Ibama. Instrução Normativa nº 5, de 9 de maio de 2012. Dispõe sobre o
procedimento transitório de autorização ambiental para o exercício da atividade
de transporte marítimo e interestadual, terrestre e fluvial, de produtos
perigosos.
Página 403