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MATERIAL DO ALUNO

CURSO PARA CONDUTORES


DE VEÍCULO DE TRANSPORTE
COLETIVO DE PASSAGEIROS
CURSO PARA CONDUTORES DE
VEÍCULO DE TRANSPORTE COLETIVO
DE PASSAGEIROS
CURSO PARA CONDUTORES DE
VEÍCULO DE TRANSPORTE COLETIVO
DE PASSAGEIROS
MATERIAL DO ALUNO

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Material do aluno [livro eletrônico] : Curso para


condutores de veículo de transporte coletivo de
passageiros. – –
Rio de Janeiro : LM Curso de Trânsito, 2022. PDF.

Bibliografia.
ISBN 978-65-88245-10-1

1. Legislação de Trânsito 2. Direção Defensiva 3.


Noções de primeiros socorros, respeito ao meio ambiente
e convívio social no trânsito 4. Relacionamento
Interpessoal.
CURSO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE
TRANSPORTE COLETIVO DE PASSAGEIROS
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO ..................................................................................................................................................... 6
Objetivos de Aprendizagem .................................................................................................................................................... 7
Plano de estudo .............................................................................................................................................................................. 7
Introdução ......................................................................................................................................................................................... 8
Categoria de habilitação e relação com veículos conduzidos ............................................................................. 9
Documentos do condutor e do veículo: apresentação e validade .................................................................. 14
Sinalização viária .......................................................................................................................................................................... 18
Infrações, crimes de trânsito e penalidade ...................................................................................................................36
Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e circulação ................................................................... 61
Legislação específica sobre transporte de passageiros ....................................................................................... 69
Responsabilidades do condutor do veículo de transporte coletivo de passageiros ............................ 70
Manter o veículo em condições adequadas ............................................................................................................72
Cuidados durante a operação .........................................................................................................................................72
Cuidados com a velocidade ..............................................................................................................................................73
Cuidados em cruzamentos e semáforos ...................................................................................................................73
Atenção no embarque e desembarque de passageiros ................................................................................. 74
Nos casos de acidente ........................................................................................................................................................ 74
Registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo ....................................................................75
Resumo do módulo ................................................................................................................................................................... 77
Exercícios de fixação ................................................................................................................................................................. 78
DIREÇÃO DEFENSIVA .............................................................................................................................................................. 80
Objetivos de Aprendizagem .................................................................................................................................................. 81
Plano de estudo ............................................................................................................................................................................ 81
Introdução ...................................................................................................................................................................................... 82
Conceito de direção defensiva ............................................................................................................................................ 83
Condições adversas ................................................................................................................................................................... 86
Acidente evitável ou não evitável ...................................................................................................................................... 98
Como ultrapassar e ser ultrapassado .............................................................................................................................. 99
O acidente de difícil identificação de causa .............................................................................................................. 100
Como evitar acidentes com outros veículos ...............................................................................................................101
Como evitar acidentes com pedestres e outros integrantes do trânsito ................................................. 109
A importância de ver e ser visto ......................................................................................................................................... 113
A importância do comportamento seguro na condução de veículos especializados ........................114
Comportamento seguro e comportamento de risco – diferença que pode poupar vidas .............. 115

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Estado físico e mental do condutor, consequências da ingestão e consumo de bebida alcoólica
e substâncias psicoativas ....................................................................................................................................................... 119
Resumo do Módulo .................................................................................................................................................................. 126
Exercícios de fixação ................................................................................................................................................................ 127
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS, RESPEITO AO MEIO AMBIENTE E CONVÍVIO SOCIAL ...... 129
Objetivos de Aprendizagem ................................................................................................................................................ 130
Plano de estudo .......................................................................................................................................................................... 130
Introdução ..................................................................................................................................................................................... 132
Noções de Primeiros Socorros ........................................................................................................................................... 133
Sinalização do local do acidente ....................................................................................................................................... 135
Acionamento de recursos em caso de acidentes ................................................................................................... 142
Verificação das condições gerais da vítima ............................................................................................................... 144
Cuidados com a vítima - o que não fazer ....................................................................................................................147
Regulamentação do CONAMA sobre poluição ambiental causada por veículos ................................. 150
Emissão de gases e partículas (fumaça) ...................................................................................................................... 155
Emissão sonora ........................................................................................................................................................................... 157
Manutenção preventiva do veículo para a preservação do meio ambiente ........................................... 159
O indivíduo, o grupo e a sociedade ................................................................................................................................ 164
Relacionamento interpessoal ............................................................................................................................................. 165
O indivíduo como cidadão ................................................................................................................................................... 167
A responsabilidade civil e criminal do condutor e o CTB ...................................................................................168
Resumo do Módulo .................................................................................................................................................................. 169
Exercícios de fixação ................................................................................................................................................................170
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL .............................................................................................................................. 172
Objetivos de Aprendizagem ................................................................................................................................................ 173
Plano de estudo .......................................................................................................................................................................... 173
Introdução .....................................................................................................................................................................................174
Aspectos do comportamento e de segurança no transporte de passageiros ....................................... 175
Comportamento solidário no trânsito ........................................................................................................................... 178
Responsabilidade do condutor em relação aos demais atores do processo de circulação .......... 180
Respeito às normas estabelecidas para segurança no trânsito ..................................................................... 187
Papel dos agentes de fiscalização de trânsito ......................................................................................................... 188
Atendimento às diferenças e especificidades dos usuários (pessoas portadoras de necessidades
especiais, faixas etárias diversas, outras condições)..............................................................................................189
Necessidades básicas do ser humano ......................................................................................................................189
Atendimento às diferenças e especificidades dos usuários ....................................................................... 190
Características das faixas etárias dos usuários mais comuns de transporte coletivo de
passageiros ................................................................................................................................................................................... 192
Resumo do Módulo .................................................................................................................................................................. 193

Página 4
Exercícios de fixação ................................................................................................................................................................ 195
Referências Bibliográficas .................................................................................................................................................... 197

Página 5
LEGISLAÇÃO
DE TRÂNSITO

Página 6
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Objetivos de Aprendizagem

Objetivos de Aprendizagem
- Entender o propósito do Código de Trânsito Brasileiro e reconhecer a importância de
seus conceitos e definições.
- Conhecer as determinações do CTB quanto às categorias de habilitação e sua relação
direta com o tipo de veículo conduzido.
- Conhecer e utilizar corretamente a sinalização viária na condução dos diferentes veículos
existentes.
- Conhecer as infrações, penalidades e medidas administrativas relacionadas ao trânsito.
- Utilizar corretamente regras gerais de estacionamento, parada, conduta e circulação no
trânsito.
- Conhecer a legislação que dispõe sobre o exercício da profissão de motorista
profissional.
- Conhecer as responsabilidades do condutor do veículo de transporte coletivo de
passageiro.

Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará neste módulo:
Determinações do CTB quanto a:
- Categoria de habilitação e relação com veículos conduzidos;
- Documentação exigida para condutor e veículo;
- Sinalização viária;
- Infrações, crimes de trânsito e penalidades;
- Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e circulação;
- Legislação específica sobre transporte de passageiros;
- Responsabilidades do condutor do veículo de transporte coletivo de passageiros.

Página 7
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Formação do Condutor

Introdução
Caro(a) Aluno (a),
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB), documento que rege a movimentação nas vias
terrestres em todo o território nacional, comemorou 20 anos de publicação em setembro de
2018. O atual CTB representa uma inovação na legislação de trânsito por apresentar
capítulos que tratam da Educação, da proteção ao Pedestre e do Meio Ambiente.
Entretanto, duas décadas depois, verifica-se que o desconhecimento e o desrespeito aos
seus artigos são constantes e respondem por inúmeros acidentes registrados todos os dias
em nosso país.
Com o intuito de revisar e atualizar seus conhecimentos, neste módulo abordaremos
diversos tópicos do CTB, assim como outros documentos que interferem legalmente em
nosso trânsito, e indicaremos amplo material complementar que possibilitará a
continuidade de seus estudos sobre o tema.
Esperamos, ao final desta jornada, possibilitar a compreensão da relação existente entre o
cumprimento das normas de trânsito, o respeito ao direito constitucional de ir e vir e a
construção coletiva da mobilidade consciente pacífica e consciente que todos desejamos.
Afinal, conforme prevê o Código de Trânsito Brasileiro, capítulo I, Art. 1º §2º:

O trânsito em condições seguras, é um direito de todos.

Para começar o curso, vamos apresentar a legislação de trânsito, a documentação


exigida dos condutores do transporte de passageiros, e especificar os documentos
veiculares que, quando solicitados, devem ser apresentados ao agente de
fiscalização. Vamos conhecer a sinalização viária, definida pelo CTB e as principais
normas que os condutores devem seguir, as infrações de trânsito a que estão
sujeitos, bem como suas respectivas penalidades.
Vamos conhecer as principais normas que os condutores devem seguir, as infrações
de trânsito a que estão sujeitos, bem como suas respectivas penalidades. Vamos
conhecer ainda quais as orientações e regras de estacionamento, parada, conduta e
circulação, e os aspectos importantes relativos à responsabilidade do condutor de
transporte coletivo de passageiros.

Bons estudos!

Página 8
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Categoria de habilitação e relação com veículos
conduzidos

Categoria de habilitação e relação com veículos


conduzidos

Todo condutor deve possuir um documento de habilitação, denominado Carteira Nacional


de Habilitação (CNH).
O Art. 143 estabelece que os candidatos à CNH podem habilitar-se nas categorias de “A”
a “E”:

CATEGORIA A - Motos e Triciclos

Condutor de veículo motorizado de duas ou três rodas, com ou sem carro


lateral.

CATEGORIA B - Carros de passeio

Condutor de veículo motorizado, não abrangido pela categoria A cujo


peso bruto total não exceda a três mil e quinhentos quilogramas e cuja
lotação não exceda a oito lugares, excluído o do motorista.

Página 9
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Categoria de habilitação e relação com veículos
conduzidos

CATEGORIA C - Veículos de carga acima de 3,5 toneladas

Condutor de veículo motorizado utilizado em transporte de carga, cujo


peso bruto total exceda a três mil e quinhentos quilogramas.

CATEGORIA D - Veículos com mais de 8 passageiros

Condutor de veículo motorizado utilizado no transporte de passageiros,


cuja lotação exceda a oito lugares, excluído o do motorista.

CATEGORIA E - Veículos com unidade acoplada acima de 6


toneladas

Condutor de combinação de veículos em que a unidade tratora se


enquadre nas categorias B, C ou D e cuja unidade acoplada, reboque,
semirreboque, trailer ou articulada tenha 6.000 kg (seis mil quilogramas)
ou mais de peso bruto total, ou cuja lotação exceda a 8 (oito) lugares.

"B" PARA "C" - Somente após o motorista ter cumprido um ano na categoria "B"

"B" PARA "D" - Somente após dois anos na categoria "B"

"B" PARA "E" - Está mudança não é permitida

"C" PARA "D" - Somente após um ano na categoria "C"

"C" PARA "E" - Somente após um ano na categoria "C"

- Embora o CTB, não mencione o prazo; a praxe administrativa fixou


"D" PARA "E"
em um ano

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Categoria de habilitação e relação com veículos
conduzidos

Os condutores da categoria B são autorizados a conduzir:


• Veículos automotores e elétricos, não abrangidos pela categoria A, cujo Peso Bruto
Total (PBT) não exceda a 3.500 kg e cuja lotação não exceda a oito lugares,
excluído o do motorista; - Combinações de veículos automotores e elétricos em que
a unidade tratora se enquadre na categoria B, com unidade acoplada, reboque,
semirreboque, trailer ou articulada, desde que a soma das duas unidades não
exceda o peso bruto total de 3.500 kg e cuja lotação total não exceda a oito
lugares, excluído o do motorista;
• Veículos automotores da espécie motor-casa, cujo peso não exceda a 6.000 kg e
cuja lotação não exceda a oito lugares, excluído o do motorista;
• Quadriciclos de cabine aberta ou fechada.
Anexo I, Resolução 789/20

SAIBA MAIS

Conforme redação dada pela Lei nº 13.097, de 2015, em seu parágrafo único, “O
trator de roda e os equipamentos automotores destinados a executar trabalhos
agrícolas poderão ser conduzidos em via pública também por condutor habilitado
na categoria B.”

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Categoria de habilitação e relação com veículos
conduzidos

A Autorização para Conduzir Ciclomotor é um documento necessário para os condutores


de ciclomotores. De acordo com o Anexo I do CTB, a definição desse veículo é a
seguinte:
“Veículo de 2 (duas) ou 3 (três) rodas, provido de motor de combustão interna, cuja
cilindrada não exceda a 50 cm3 (cinquenta centímetros cúbicos), equivalente a 3,05
pol 3 (três polegadas cúbicas e cinco centésimos), ou de motor de propulsão elétrica com
potência máxima de 4 kW (quatro quilowatts), e cuja velocidade máxima de fabricação não
exceda a 50 Km/h (cinquenta quilômetros por hora).”
A Carteira Nacional de Habilitação na categoria "A" substitui a "ACC", pois permite que o
condutor possa conduzir veículos de duas ou três rodas, inclusive o ciclomotor.
Para habilitar-se na ACC, o condutor precisa realizar curso teórico de 45 horas/aula, prova
com trinta questões, além de 20 horas/aulas práticas, conforme regulamentação
da Resolução 789/20 do CONTRAN. Cabe destacar que a Resolução 898/22, alterou
a 789/20.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Categoria de habilitação e relação com veículos
conduzidos

Art. 145 Para habilitar-se nas categorias “D” e “E” ou para conduzir veículo de transporte
coletivo de passageiros, de escolares, de emergência ou de produto perigoso, o candidato
deverá preencher os seguintes requisitos:
I - ser maior de vinte e um anos;
II - estar habilitado:
a) no mínimo há dois anos na categoria “B”, ou no mínimo há um ano na categoria “C”,
quando pretender habilitar-se na categoria “D”; e
b) no mínimo há um ano na categoria “C”, quando pretender habilitar-se na categoria “E”;
III - não ter cometido mais de uma infração gravíssima nos últimos doze meses;
IV - ser aprovado em curso especializado e em curso de treinamento de prática veicular
em situação de risco, nos termos da normatização do CONTRAN.
Parágrafo único. A participação em curso especializado previsto no inciso IV independe da
observância do disposto no inciso III.

Art. 145-A Além do disposto no art. 145, para conduzir ambulâncias, o candidato deverá
comprovar treinamento especializado e reciclagem em cursos específicos a cada 5 (cinco)
anos, nos termos da normatização do Contran.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Documentos do condutor e do veículo: apresentação
e validade

Documentos do condutor e do veículo:


apresentação e validade
São documentos de porte obrigatório de acordo com a Resolução 205/06 (alterada pela
848/21):
I – Autorização para Conduzir Ciclomotor - ACC, Permissão para Dirigir ou Carteira
Nacional de Habilitação - CNH, no original;
A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em meio físico e/ou digital, à escolha do
condutor, em modelo único e de acordo com as especificações do Contran, atendidos os
pré-requisitos estabelecidos neste Código, conterá fotografia, identificação e número de
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do condutor, terá fé pública e equivalerá a
documento de identidade em todo o território nacional.
O porte é por meio físico ou digital.
A partir de 1º de junho de 2022, entrou em vigor a nova Carteira Nacional de Habilitação
(CNH).

Mudanças na CNH
• A cor verde deixa de ser predominante no documento, que passa a ter também a
cor amarela;
• Elementos gráficos foram inseridos no modelo para dificultar fraudes e falsificações;
• Uma tabela identifica os tipos de veículos que o motorista está apto a conduzir;

Página 14
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Documentos do condutor e do veículo: apresentação
e validade

• A nova CNH também permite que o condutor use o nome social e, se desejar,
filiação afetiva;
• Outra novidade é a indicação das letras "P" ou "D", para motoristas que possuem,
respectivamente, apenas permissão para dirigir ou a CNH definitiva;
• No mesmo documento deverão constar informações sobre possíveis restrições
médicas do motorista e se ele exerce atividade remunerada;
• Um código internacional utilizado nos passaportes foi incorporado ao modelo, o que
permitirá ao condutor embarcar em terminais de autoatendimento nos aeroportos
brasileiros com a CNH;
• O documento também vai contar com versões traduzidas para inglês e espanhol.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Documentos do condutor e do veículo: apresentação
e validade

ATENÇÃO

ACC e Permissão para Dirigir, também poderá ser emitida em meio físico e/ou
digital.

II – Certificado de Registro e Licenciamento Anual - CRLV, no original;


O Certificado de Licenciamento Anual será expedido ao veículo licenciado, vinculado ao
Certificado de Registro de Veículo, em meio físico e/ou digital, à escolha do
proprietário, de acordo com o modelo e com as especificações estabelecidos pelo
Contran.
O porte é por meio físico ou digital.

Cabe observar que os DETRANS, com o advento dessa Resolução passaram a expedir
vias originais do Certificado de Registro e Licenciamento Anual – CRLV, desde que
solicitadas pelo proprietário do veículo, da via mencionada deverá constar o seu número
de ordem, respeitada a cronologia de sua expedição.
Importante observar também que sempre que for obrigatória a aprovação em curso
especializado, o condutor deverá portar sua comprovação até que essa informação seja

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Documentos do condutor e do veículo: apresentação
e validade

registrada no RENACH e incluída, em campo específico da CNH, nos termos do § 4º do


art. 27 da resolução do CONTRAN nº 789/20 (alterada pela 848/21)

ATENÇÃO

O não cumprimento das disposições desta Resolução implicará nas sanções


previstas no art. 232 do Código de Trânsito Brasileiro - CTB – INFRAÇÃO LEVE.

SAIBA MAIS

O IPVA não é documento de porte obrigatório, haja vista uma das condições para o
licenciamento é o seu pagamento. O licenciamento é expedido apenas após o
pagamento do IPVA. A Resolução 205/06 não considera o IPVA documento de
porte obrigatório.

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 238, DE 25 DE MAIO DE 2007


Considerando o disposto no art. 118 da Lei 9.503/97;
Considerando o disposto no Decreto nº 99.704, de 20 de novembro de 1990;
e considerando o que dispõe a Resolução MERCOSUL/GM/RES. nº 120/94, e o que
consta do Processo nº 80001.027497/2006-36-SENATRAN, resolve:
O Certificado de Apólice Única do Seguro de Responsabilidade Civil de que trata a
Resolução MERCOSUL/GMC/RES. Nº 120/94 é documento de porte obrigatório do
condutor/proprietário de automóvel particular ou de aluguel, registrados no exterior, em
circulação no Território Nacional.
O não cumprimento desta Resolução implicará nas sanções previstas no art. 232 do
Código de Trânsito Brasileiro: INFRAÇÃO LEVE.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária

Sinalização viária

A sinalização de trânsito no Brasil inicialmente divide-se:


I - Vertical;
II - Horizontal;
III - Dispositivos Auxiliares:
a) Luminosos;
b) Sonoros;
c) Gestos do Agente e do Condutor.
A sinalização terá a seguinte ordem de prevalência:
1° As ordens do agente de trânsito sobre as normas de circulação e outros
sinais;
2° As indicações do semáforo sobre os demais sinais;
3° As indicações dos sinais sobre as demais normas de trânsito.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária

SINALIZAÇÃO VERTICAL
A sinalização vertical é aquela cujo meio de comunicação está na posição vertical,
normalmente em placa, fixada ao lado ou suspenso sobre a pista, transmitindo mensagens
de caráter permanente e, eventualmente, variáveis. A sinalização vertical classifica-se de
acordo com sua função, compreendendo os seguintes tipos:
I - Regulamentação;
II - Advertência;
III - Indicação.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária

A sinalização vertical compreende os seguintes tipos:

Regulamentação

As placas de Regulamentação têm por finalidade informar aos usuários as proibições,


restrições e obrigações no uso da via. Suas mensagens são imperativas e o seu
desrespeito constitui "infração".

Advertência

As placas de Advertência destinam-se a "alertar" os usuários da existência de


condições potencialmente perigosas. Suas mensagens possuem caráter de
recomendação.

Indicação

As placas de indicação visam a fornecer ao usuário "informações" úteis ao seu


deslocamento.

Página 20
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária

SINALIZAÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO
A sinalização vertical de regulamentação informa aos usuários as condições, proibições,
obrigações ou restrições no uso das vias urbanas e rurais. O desrespeito a estes sinais
constitui infrações do Código de Trânsito Brasileiro.
Veja alguns exemplos de placas de regulamentação:

R-1 — Parada obrigatória


Informa ao condutor que deve parar seu veículo antes
de entrar ou cruzar a via ou a pista

R-6c — Proibido parar e estacionar


Informa ao condutor que é proibido a parada e o
estacionamento de veículos

R-26 — Siga em frente


Informa ao condutor do veículo a obrigatoriedade de
realizar o movimento indicado, de seguir em frente.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária

A sinalização vertical de advertência alerta aos usuários as condições potencialmente


perigosas, obstáculos ou restrições existentes na via ou adjacentes a ela, indicando a
natureza dessas situações à frente, quer sejam permanentes ou eventuais.
Veja alguns exemplos de placas de advertência:

A-1a — Curva acentuada à esquerda


Adverte ao condutor do veículo da existência, adiante, de
uma curva acentuada à esquerda.

A-18 — Saliência ou Lombada


Adverte ao condutor do veículo da existência, adiante, de
saliência, lombada ou ondulação transversal sobre a
superfície.

A-32b — Passagem sinalizada de pedestres


Adverte ao condutor do veículo da existência, adiante, de
local sinalizado com faixa de travessia de pedestres.

Página 22
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária

SINALIZAÇÃO DE INDICAÇÃO
A sinalização vertical de indicação tem por finalidade identificar as vias e os locais de
interesse, bem como orientar condutores de veículos quanto aos percursos, os destinos,
as distâncias, os serviços auxiliares e ter como função a educação do usuário.
As Placas de Identificação posicionam o condutor ao longo do seu deslocamento ou com
relação a distâncias ou ainda aos locais de destino.
Veja exemplo de placa de identificação:

Placa de Identificação
Rodovias e Estradas Federais.

As Placas de Orientação de Destino indicam ao condutor a direção que o mesmo deve


seguir para atingir determinados lugares, orientando seu percurso e/ou distâncias.
Veja exemplo de placa de orientação de destino:

Placa de Orientação de Destino


Placa indicativa de sentido (direção)

Página 23
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária

As Placas Educativas têm a função de educar aos usuários da via quanto ao seu
comportamento adequado e seguro no trânsito. Podem conter mensagens que reforcem
normas gerais de circulação.
Veja exemplo de placa de educativa:

Sinalização de Indicação
Placa Educativa.

As Placas de Serviços Auxiliares indicam aos usuários da via os locais onde os mesmos
podem dispor dos serviços indicados, orientando sua direção ou identificando estes
serviços.
Veja exemplo de placa de serviços auxiliares:

Placas de Serviços Auxiliares


Pronto socorro.

As Placas de Atrativos Turísticos indicam aos usuários da via os locais onde os mesmos
podem dispor de atrativos turísticos existentes, orientando sobre sua direção ou
identificando estes pontos de interesse.
Veja exemplo de placa de atrativo turístico:

Atrativos históricos e culturais


Museu.

Página 24
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária

SINALIZAÇÃO HORIZONTAL
A sinalização horizontal utiliza linhas, marcações, símbolos e legendas sobre o pavimento
das vias. Sua função é:
I - Organizar o fluxo de veículos e pedestres;
II - Controlar e orientar os deslocamentos em situações com problemas de
geometria, topografia ou obstáculos;
III - Além de complementar os sinais verticais de regulamentação, advertência ou
indicação.
Em casos específicos, tem poder de regulamentação.

PADRÃO DE TRAÇADO

Contínua: linhas sem interrupção; podem estar longitudinalmente ou transversalmente


apostas à via. A simples contínua proíbe a ultrapassagem em ambos os sentidos e a dupla
dá ênfase na proibição.

Tracejado ou seccionado: linhas interrompidas, com espaçamentos iguais ou maior que


o traço. A simples tracejada permite a ultrapassagem em ambos os sentidos, a dupla
contínua e tracejada proíbe a ultrapassagem no lado contínuo e permite no lado tracejado.

Página 25
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária

Símbolos e legendas: informações escritas ou desenhadas no pavimento, indicando uma


situação ou complementando uma sinalização vertical existente.
CORES

Amarela: utilizada na regulação de fluxos de sentidos opostos, na delimitação de espaços


proibidos para estacionamento e/ou parada e na marcação de obstáculos.

Branca: utilizada na regulação de fluxos de mesmo sentido, na delimitação de trechos de


vias, destinados ao estacionamento regulamentado de veículos em condições especiais;
na marcação de faixas de travessias de pedestres, símbolos e legendas.

Vermelha: utilizada para contrastar a marca viária e o pavimento das ciclo faixas e
ciclovias e nos símbolos de hospitais e farmácias (cruz).

Página 26
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária

Azul: utilizada nas pinturas de símbolos de pessoas com deficiência, em áreas especiais
de estacionamento ou de parada para embarque e desembarque.

Preta: utilizada para proporcionar contraste entre o pavimento e a pintura.

DISPOSTITIVOS AUXILIARES
Sua função é organizar o fluxo de veículos e pedestres; controlar e orientar os
deslocamentos em situações com problemas de geometria, topografia ou obstáculos, além
de complementar os sinais verticais de regulamentação, advertência ou indicação. Em
casos específicos, tem poder de regulamentação.
Os dispositivos auxiliares subdividem-se em:
I - Dispositivos luminosos;
II - Dispositivos sonoros;
III - Gestos do agente de trânsito.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária

DISPOSITIVOS LUMINOSOS
São elementos que utilizam recursos luminosos para proporcionar melhor visualização, ou
que, conjugados a elementos eletrônicos, permitem a variação da sinalização ou de
mensagens.

SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA
É um subsistema da sinalização viária que se compõe de indicações luminosas acionadas
alternada ou intermitentemente através de sistema elétrico/eletrônico, cuja função é
controlar os deslocamentos.
Existem dois grupos:
Sinalização semafórica de regulamentação;
Sinalização semafórica de advertência.
A sinalização semafórica de regulamentação tem a função de efetuar o controle do trânsito
num cruzamento ou seção de via, através de indicações luminosas, alternando o direito de
passagem dos vários fluxos de veículos e/ou pedestres.
Cabe destacar que é livre o movimento de conversão à direita diante de sinal vermelho do
semáforo onde houver sinalização indicativa que permita essa conversão, observados
as seguintes precauções:
Art. 44 Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o condutor do veículo deve
demonstrar prudência especial, transitando em velocidade moderada, de forma que possa
deter seu veículo com segurança para dar passagem a pedestre e a veículos que tenham
o direito de preferência.

Página 28
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária

Art. 45 Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe seja favorável, nenhum condutor
pode entrar em uma interseção se houver possibilidade de ser obrigado a imobilizar o
veículo na área do cruzamento, obstruindo ou impedindo a passagem do trânsito
transversal.

Art. 70 Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre as faixas delimitadas para
esse fim terão prioridade de passagem, exceto nos locais com sinalização semafórica,
onde deverão ser respeitadas as disposições deste Código.

Para pedestres:

Vermelho: Não atravessar

Verde: Atravessar

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária

Para veículos:

Vermelho: parar (sinal fechado)

Amarelo: atenção (advertência)

Verde: trânsito livre (sinal aberto)

DISPOSITIVOS SONOROS
Sinal sonoro é aquele emitido por um agente da autoridade de trânsito e somente deve ser
utilizado junto com os gestos dos agentes.

Sinais de apito Significado Emprego

Um silvo Atenção Libera o trânsito em direção e/ou


breve siga! sentindo indicado pelo agente.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária

Indica parada de determinado veículo


Dois silvos
Pare para a fiscalização de documento ou
breves
outro fim.

Um silvo Diminua a Quando for necessário, diminuir a


longo marcha marcha do veículo.

Existem os gestos efetuados tanto pelos agentes de trânsito quanto pelos condutores, que
também são sinais de trânsito.

GESTOS DOS CONDUTORES


São movimentos convencionais de braço, adotados exclusivamente pelos condutores, para
orientar ou indicar que vão efetuar uma manobra de mudança de direção, redução brusca
de velocidade ou parada.

Sinal

Diminuir a marcha
Significado Dobrar à esquerda Dobrar à direita
ou parar

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária

GESTOS DOS AGENTES


São movimentos de braço, adotados exclusivamente pelos agentes de autoridades de
trânsito nas vias, para orientar, indicar o direito de passagem dos veículos ou pedestres ou
emitir ordens, sobrepondo-se ou completando outra sinalização ou norma constante no
CTB.

ATENÇÃO

As normas emanadas por gestos de Agentes da Autoridade de Trânsito


prevalecem sobre as regras de circulação e as normas definidas por outros sinais
de trânsito.

SAIBA MAIS

Toda a sinalização viária do Código de Trânsito Brasileiro está reunida no anexo II


do CTB, que foi aprovado pela resolução 160/2004, do Conselho Nacional de
Trânsito (Contran).

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária

Sinal

Braço levantado verticalmente, com a palma da mão para a frente

Ordem de parada obrigatória para todos os veículos. Quando executada


Significado em interseções, os veículos que já se encontrem nela não são obrigados a
parar.

Sinal

Braços estendidos horizontalmente, com a palma da mão para a


frente.

Ordem de parada para todos os veículos que venham de direções que


Significado cortem ortogonalmente a direção indicada pelos braços estendidos,
qualquer que seja o sentido de seu deslocamento.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária

Sinal

Braço estendido horizontalmente, com a palma da mão para a


frente, do lado do trânsito a que se destina.

Ordem de parada para todos os veículos que venham de direções que


Significado cortem ortogonalmente a direção indicada pelo braço estendido,
qualquer que seja o sentido de seu deslocamento.

Sinal

Braço estendido horizontalmente, com a palma da mão para baixo,


fazendo movimentos verticais.

Significado Ordem de diminuição da velocidade.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária

Sinal

Braço estendido horizontalmente, agitando uma luz vermelha para


um determinado veículo.

Significado Ordem de parada para os veículos aos quais a luz é dirigida.

Sinal

Braço levantado, com movimento de antebraço da frente para a


retaguarda e a palma da mão voltada para trás.

Significado Ordem de seguir.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

Infrações, crimes de trânsito e penalidade

PENALIDADES
O Art. 256 do CTB define as seguintes penalidades para os infratores:
I. Advertência por escrito;
II. Multa;
III. Suspensão do direito de dirigir;
V. Cassação da Carteira Nacional de Habilitação – CNH;
VII. Frequência obrigatória em curso de reciclagem.

Art. 258. As infrações punidas com multa classificam-se, de acordo com sua gravidade,
em quatro categorias:
I - infração de natureza gravíssima, punida com multa no valor de R$ 293,47 (duzentos
e noventa e três reais e quarenta e sete centavos);
II - infração de natureza grave, punida com multa no valor de R$ 195,23 (cento e
noventa e cinco reais e vinte e três centavos);
III - infração de natureza média, punida com multa no valor de R$ 130,16 (cento e trinta
reais e dezesseis centavos);
IV - infração de natureza leve, punida com multa no valor de R$ 88,38 (oitenta e oito
reais e trinta e oito centavos).

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

Art. 319-A. Os valores de multas constantes deste Código poderão ser corrigidos
monetariamente pelo Contran, respeitado o limite da variação do Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no exercício anterior.
Parágrafo único. Os novos valores decorrentes do disposto no caput¹ serão divulgados
pelo Contran com, no mínimo, 90 (noventa) dias de antecedência de sua aplicação.
¹Caput é um termo em latim que significa "cabeça", utilizado em textos legislativos
para se referir ao enunciado do artigo. Seguidos de parágrafos (§), incisos (I, V, X),
alíneas (a, b, c).

Art. 259. A cada infração cometida são computados os seguintes números de pontos:
I - gravíssima - sete pontos;
II - grave - cinco pontos;
III - média - quatro pontos;
IV - leve - três pontos.

Existem infrações no código de trânsito brasileiro que não são pontuáveis, como por
exemplo, infrações mandatórias.
São infrações mandatórias, ou seja, aquelas que, pela sua gravidade, são punidas com a
suspensão do direito de dirigir, independentemente de pontuação, de acordo com o CTB,
como por exemplo: Efetuar manobra perigosa (art. 175).

Art. 175. Utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir manobra perigosa, mediante
arrancada brusca, derrapagem ou frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e remoção do veículo.
Perceba que na penalidade, já tem prevista a suspensão do direito de dirigir. Estamos
diante de uma infração de trânsito mandatória, conhecida também como: auto suspensiva;
pois já está prevista a suspensão do direito de dirigir.

Com o advento da Lei n. 14.071/2020, essas infrações mandatórias, como por exemplo, do
art. 175, não tem o computo de pontos no prontuário do condutor, pois já está prevista a
suspensão, logo os pontos não são necessários para que possa ter a imposição da
penalidade de suspensão do direito de dirigir. Além das infrações mandatórias, existem
outras infrações que não são pontuáveis:

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

• Art. 241 - Deixar de atualizar o cadastro de registro da habilitação do condutor ou


cadastro de registro de veículo. É uma infração de trânsito de natureza leve.
• Art. 240 - Deixar o responsável de promover a baixa do registro de veículo
irrecuperável ou definitivamente desmontado. É uma infração de trânsito de
natureza grave.
• Art. 230, VII - Conduzir veículo com a cor ou característica alterada. É uma infração
de trânsito de natureza grave.
• Art. 221 - Portar no veículo placas de identificação em desacordo com as
especificações e modelos estabelecidos pelo CONTRAN. É uma infração de trânsito
de natureza média.
• Art. 230, XXI - Conduzir veículo de carga, com a falta de inscrição da tara e demais
inscrições previstas no código de trânsito. É uma infração de trânsito de natureza
média.
• Art. 233 - Deixar efetuar o registro de veículo no prazo de trinta dias, junto ao órgão
executivo de trânsito. É uma infração de trânsito de natureza média.

Quem tem que fazer esse registro é o novo proprietário, caso ele não faça nesses 30 dias,
abre um prazo de 60 dias para que o antigo proprietário faça essa comunicação de venda.

• Infração praticadas por passageiros usuários do serviço de transporte


rodoviário de passageiros em viagens de longa distância transitando em
rodovias com a utilização de ônibus, em linhas regulares intermunicipal,
interestadual, internacional e aquelas em viagem de longa distância por fretamento
e turismo ou de qualquer modalidade, excluídas as situações regulamentadas
pelo Contran conforme disposto no art. 65 deste Código;
• Infração mandatória, ou seja, já tenha como penalidade a suspensão do direito de
dirigir.
• Art. 232 - Conduzir veículos sem os documentos de porte obrigatório. É uma
infração de trânsito de natureza leve. Lembrando que o porte pode ser em meio
físico ou digital.

SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR


Art. 261. A penalidade de suspensão do direito de dirigir será imposta nos seguintes
casos:
I - sempre que o infrator atingir, no período de 12 (doze) meses, a seguinte contagem de
pontos:
a) 20 (vinte) pontos, caso constem 2 (duas) ou mais infrações gravíssimas na pontuação;
b) 30 (trinta) pontos, caso conste 1 (uma) infração gravíssima na pontuação;

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

c) 40 (quarenta) pontos, caso não conste nenhuma infração gravíssima na pontuação;


II - por transgressão às normas estabelecidas neste Código, cujas infrações preveem, de
forma específica, a penalidade de suspensão do direito de dirigir, ou seja, infrações
mandatórias.
§ 1º Os prazos para aplicação da penalidade de suspensão do direito de dirigir são os
seguintes:
I - no caso do inciso I do caput: de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e, no caso de reincidência
no período de 12 (doze) meses, de 8 (oito) meses a 2 (dois) anos;
II - no caso do inciso II do caput: de 2 (dois) a 8 (oito) meses, exceto para as infrações com
prazo descrito no dispositivo infracional, e, no caso de reincidência no período de 12 (doze)
meses, de 8 (oito) a 18 (dezoito) meses, respeitado o disposto no inciso II do art. 263.
§ 2º Quando ocorrer a suspensão do direito de dirigir, a Carteira Nacional de Habilitação
será devolvida a seu titular imediatamente após cumprida a penalidade e o curso de
reciclagem.
§ 3° A imposição da penalidade de suspensão do direito de dirigir elimina a quantidade de
pontos computados, prevista no inciso I do caput ou no § 5º deste artigo, para fins de
contagem subsequente.
§ 5º No caso do condutor que exerce atividade remunerada ao veículo, a penalidade de
suspensão do direito de dirigir de que trata o caput deste artigo será imposta quando o
infrator atingir o limite de pontos previsto na alínea c do inciso I do caput deste artigo, ou
seja, 40 (quarenta) pontos. Independentemente da natureza das infrações cometidas,
facultado a ele participar de curso preventivo de reciclagem sempre que, no período de 12
(doze) meses, atingir 30 (trinta) pontos, conforme regulamentação do Contran.
§ 7º O motorista que optar pelo curso previsto no § 5º não poderá fazer nova opção no
período de 12 (doze) meses.
§ 9º Incorrerá na infração de: dirigir veículo com a CNH, permissão para dirigir ou ACC,
cassada ou suspensa (prevista no inciso II do art. 162), o condutor que, notificado da
penalidade de que trata este artigo, dirigir veículo automotor em via pública.
§ 10º O processo de suspensão do direito de dirigir a que se refere o inciso II
do caput deste artigo deverá ser instaurado concomitantemente ao processo de aplicação
da penalidade de multa, e ambos serão de competência do órgão ou entidade responsável
pela aplicação da multa, na forma definida pelo Contran.
§ 11º O Contran regulamentará as disposições deste artigo.” (NR)

CASSAÇÃO DA CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO


Art. 263. A cassação do documento de habilitação dar-se-á:
I - quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir qualquer veículo;
II - no caso de reincidência, no prazo de doze meses, das infrações previstas no inciso III
do art. 162 e nos arts. 163, 164, 165, 173, 174 e 175;

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

III - quando condenado judicialmente por delito de trânsito, observado o disposto no art.
160.
§ 1º Constatada, em processo administrativo, a irregularidade na expedição do documento
de habilitação, a autoridade expedidora promoverá o seu cancelamento.
§ 2º Decorridos dois anos da cassação da Carteira Nacional de Habilitação, o infrator
poderá requerer sua reabilitação, submetendo-se a todos os exames necessários à
habilitação, na forma estabelecida pelo CONTRAN.

ADVERTÊNCIA POR ESCRITO


Art. 267. Deverá ser imposta a penalidade de advertência por escrito à infração de
natureza leve ou média, passível de ser punida com multa, caso o infrator não tenha
cometido nenhuma outra infração nos últimos 12 (doze) meses.

CURSO DE RECICLAGEM
Art. 268. O infrator será submetido a curso de reciclagem, na forma estabelecida pelo
CONTRAN:
I - (Revogado);
II - quando suspenso do direito de dirigir;
III - quando se envolver em acidente grave para o qual haja contribuído,
independentemente de processo judicial;
IV - quando condenado judicialmente por delito de trânsito;
V - a qualquer tempo, se for constatado que o condutor está colocando em risco a
segurança do trânsito;
VI - (Revogado).

REGISTRO NACIONAL POSITIVO DE CONDUTORES


Muito interessante é que foi criado o Registro Nacional Positivo de Condutores (RNPC),
para que possa beneficiar os condutores que tenham um bom comportamento no trânsito,
mas eles têm que autorizar que seu nome entre nesse registro que será administrado pelo
SENATRAN.
Art. 268-A Fica criado o Registro Nacional Positivo de Condutores (RNPC), administrado
pelo órgão máximo executivo de trânsito da União, com a finalidade de cadastrar os
condutores que não cometeram infração de trânsito sujeita à pontuação prevista no art.
259 deste Código, nos últimos 12 (doze) meses, conforme regulamentação do Contran.
§ 1º O RNPC deverá ser atualizado mensalmente.
§ 2º A abertura de cadastro requer autorização prévia e expressa do potencial cadastrado.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

§ 3º Após a abertura do cadastro, a anotação de informação no RNPC independe de


autorização e de comunicação ao cadastrado.
§ 4º A exclusão do RNPC dar-se-á:
I - por solicitação do cadastrado;
II - quando for atribuída ao cadastrado pontuação por infração;
III - quando o cadastrado tiver o direito de dirigir suspenso;
IV - quando a Carteira Nacional de Habilitação do cadastrado estiver cassada ou com
validade vencida há mais de 30 (trinta) dias;
V - quando o cadastrado estiver cumprindo pena privativa de liberdade.
§ 5º A consulta ao RNPC é garantida a todos os cidadãos, nos termos da regulamentação
do Contran.
§ 6º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão utilizar o RNPC para
conceder benefícios fiscais ou tarifários aos condutores cadastrados, na forma da
legislação específica de cada ente da Federação.”

Cabe observar que antes da aplicação da penalidade pela autoridade de trânsito, a


autoridade de trânsito, deve instaurar processo administrativo, como fundamento nas
seguintes Resoluções do CONTRAN:
• Multa e advertência por escrito: resolução 918/22;
• Suspensão do direito de dirigir e Cassação da Carteira Nacional de Habilitação –
CNH: resolução 723/18 (alterada pela 844/21);
• Cassação decorrente de crime de trânsito: resolução 300/08.

CRIMES DE TRÂNSITO
O Código de Trânsito Brasileiro, atento à realidade de violência e impunidade que reinava
nas vias terrestres abertas à circulação em território nacional, onde continua sendo comum
a prática de atos que, não raro, acabam por levar a morte pessoas inocentes, tratou de
tipificar condutas que, acaso praticadas na direção de veículos, serão consideradas como
crimes de trânsito.
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) descreve os crimes de trânsito em seu Capítulo XIX,
Seção II. Constitui crime de trânsito:

Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:


Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

§ 1º No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada


de 1/3 (um terço) à metade, se o agente:
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do
acidente;
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de
passageiros.
§ 3º Se o agente conduz veículo automotor sob a influência de álcool ou de qualquer outra
substância psicoativa que determine dependência:
Penas - reclusão, de cinco a oito anos, e suspensão ou proibição do direito de se obter a
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Ao cometer o homicídio culposo sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância
que determine dependência, não pode trocar a pena privativa de liberdade por uma
restritiva de direito.

Art. 303 – Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor:


Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
§ 1º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses:
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do
acidente;
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de
passageiros.
§ 2º A pena privativa de liberdade é de reclusão de dois a cinco anos, sem prejuízo das
outras penas previstas neste artigo, se o agente conduz o veículo com capacidade
psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa
que determine dependência, e se do crime resultar lesão corporal de natureza grave ou
gravíssima.
Ao cometer a lesão corporal em razão de influência de álcool ou outra substância
psicoativa que determine dependência, não pode trocar a pena privativa de liberdade
por restritiva de direito.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

Art. 304 – Omissão de socorro.


Somente aquele que se envolveu em acidente de trânsito pode ser o causador. Se houve
homicídio ou lesão corporal e o causador do acidente não prestar socorro, ele responderá
pelo crime correspondente (art. 303 ou 304) e sua pena será aumentada de um terço à
metade.
A pena para a omissão como crime isolado é de seis meses a um ano de detenção.

Art. 305 – Fugir da responsabilidade penal ou civil ao se afastar do local do acidente.


É um crime de constitucionalidade duvidosa, cometido por aquele que foge do local com o
intuito de não ser responsabilizado civil ou penalmente pelo acidente. A pena é de seis
meses a um ano de detenção.

Art. 306 – Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da
influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência:
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se
obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
§ 1º As condutas previstas no caput serão constatadas por:
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou
superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade
psicomotora.
§ 2º A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia
ou toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova
em direito admitidos, observado o direito à contraprova.
§ 3º O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia ou
toxicológicos para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo.
§ 4º Poderá ser empregado qualquer aparelho homologado pelo Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO - para se determinar o previsto no caput.

Art. 307 – Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para


dirigir veículo automotor.
Comete esse crime aquele que teve seu direito de dirigir suspenso judicialmente,
normalmente por algum outro crime cometido e é flagrado na direção de veículo automotor,
a pena é de seis meses a um ano de detenção, com nova imposição adicional de idêntico
prazo de suspensão ou de proibição.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

Art. 308 – Disputar corrida em via pública ou ainda de exibição ou demonstração de


perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente,
gerando situação de risco à incolumidade pública ou privada:
Temos popularmente conhecido como crime de “racha”, praticado por dois condutores que
decidem deliberadamente disputar corrida em via pública colocando em risco à segurança.
Além do crime de "racha" quem fica fazendo manobras, como por exemplo, "cavalo de
paú" responde por crime de trânsito também.
A pena é de seis meses a três anos de detenção, mas se da prática do crime resultar
lesão corporal de natureza grave, a pena é de três a seis anos de reclusão. Se houver
morte, a pena privativa de liberdade é de reclusão de cinco a dez anos.

Art. 309 – Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir
ou Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano.
Importante frisar que o crime só ocorre se a conduta gerar perigo de dano (pena de seis
meses a um ano de detenção), do contrário teremos somente a infração administrativa por
conduzir veículo sem possuir CNH, PPD ou ACC prevista no art. 162, inciso I, do CTB.

Art. 162 – Dirigir veículo:


I - sem possuir Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para Dirigir ou Autorização
para Conduzir Ciclomotor:
Infração – gravíssima;
Penalidade - multa (três vezes);
Medida administrativa - retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado.

Art. 310 – Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor à pessoa inabilitada.
O simples fato de entregar o veículo a uma pessoa que não seja habilitada já configura
esse crime, que prevê pena de seis meses a um ano de detenção.

Art. 311 – Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de


escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros
estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando
perigo de dano.
A pena para aqueles que cometem esse crime é de seis meses a um ano de detenção.

Art. 312 – Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na


pendência do respectivo procedimento policial preparatório, inquérito policial ou processo

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o
perito, ou juiz.
Qualquer pessoa pode cometer esse crime, que basicamente pune com pena de seis
meses a um ano de detenção aquele que mexe na cena do acidente com o intuito de
ludibriar peritos e a própria justiça.

Art. 312-A. Para os crimes relacionados nos arts. 302 a 312 deste Código, nas situações
em que o juiz aplicar a substituição de pena privativa de liberdade por pena restritiva de
direitos, esta deverá ser de prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas,
em uma das seguintes atividades:
I - trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos corpos de bombeiros e em
outras unidades móveis especializadas no atendimento a vítimas de trânsito;
II - trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais da rede pública que recebem
vítimas de acidente de trânsito e politraumatizados;
III - trabalho em clínicas ou instituições especializadas na recuperação de acidentados de
trânsito;
IV - outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento e recuperação de vítimas de
acidentes de trânsito.

No caso do cometimento de crimes, estes podem ser agravados em razão da própria


conduta ou comportamento daquele que praticou o crime. São circunstâncias que sempre
agravam as penalidades dos crimes de trânsito ter o condutor do veículo cometido a
infração:
• Com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave dano
patrimonial a terceiros;
• Utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas;
• Sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
• Com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria diferente da do
veículo;
• Quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o transporte de
passageiros ou de carga;
• Utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou características
que afetem a sua segurança ou o seu funcionamento de acordo com os limites de
velocidade prescritos nas especificações do fabricante;
• Sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a pedestres.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

ATENÇÃO

Prestação de socorro (Art. 301): o código beneficia aquele que presta socorro,
afirmando que ao condutor de veículo, nos casos de acidente de trânsito de que
resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar
pronto e integral socorro àquela.

O art. 301 do Código de Trânsito Brasileiro prevê que “Ao condutor de veículo, nos casos
de acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se
exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela”. A intenção do legislador ao
incluir esse dispositivo no CTB é fazer com que o causador do acidente possa permanecer
no local e socorrer a vítima, sem que sua permanência possa ser interpretada em seu
desfavor. Todo aquele que se envolver em algum acidente de trânsito tem o dever de
prestar socorro, sob pena de cometer o crime de omissão de socorro (art. 304 do CTB) ou
ter sua pena agravada em virtude da omissão.
Prestar socorro a uma vítima de acidente atende a um dos principais objetivos da lei de
trânsito, que é a preservação da vida.

Institui o Código de Trânsito Brasileiro no seu Art. 161:


“Constitui infração de trânsito a inobservância de qualquer preceito deste Código, da
legislação complementar ou das resoluções do CONTRAN, sendo o infrator sujeito às
penalidades e medidas administrativas indicadas em cada artigo, além das punições
previstas no Capítulo XIX.”

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

A seguir algumas das infrações mais comuns no cotidiano do condutor brasileiro.


São infrações sobre documentação do condutor e do veículo:
Art. 162. Dirigir veículo:
I - sem possuir Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para Dirigir ou Autorização
para Conduzir Ciclomotor:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (três vezes);
Medida administrativa - retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado;

II - com Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para Dirigir ou Autorização para


Conduzir Ciclomotor cassada ou com suspensão do direito de dirigir:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (três vezes);
Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo
até a apresentação de condutor habilitado;
III - com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão para Dirigir de categoria diferente
da do veículo que esteja conduzindo:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (duas vezes);
Medida administrativa - retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado;
V - com validade da Carteira Nacional de Habilitação vencida há mais de trinta dias:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação e retenção do
veículo até a apresentação de condutor habilitado;
VI - sem usar lentes corretoras de visão, aparelho auxiliar de audição, de prótese física ou
as adaptações do veículo impostas por ocasião da concessão ou da renovação da licença
para conduzir:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo até o saneamento da irregularidade ou
apresentação de condutor habilitado.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

São infrações sobre documentação do condutor e do veículo:


Art. 163. Entregar a direção do veículo a pessoa nas condições previstas no artigo
anterior:
Infração - as mesmas previstas no artigo anterior;
Penalidade - as mesmas previstas no artigo anterior;
Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III do artigo anterior.
Entregar a direção do veículo significa que: quem entregou está presente com o condutor.

Art. 164. Permitir que pessoa nas condições referidas nos incisos do art. 162 tome posse
do veículo automotor e passe a conduzi-lo na via:
Infração - as mesmas previstas nos incisos do art. 162;
Penalidade - as mesmas previstas no art. 162;
Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III do art. 162.
Permitir que uma pessoa tome posse do veículo, significa que: quem permitiu não está
presente com o condutor.
São infrações sobre documentação do condutor e do veículo:

Art. 230. Conduzir o veículo:


[...]
V - que não esteja registrado e devidamente licenciado;
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo;

Art. 232. Conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório referidos neste Código:
Infração - leve;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo até a apresentação do documento.
A infração do art. 232, segundo a lei 14.071/20, não tem o computo de pontos.

Art. 233. Deixar de efetuar o registro de veículo no prazo de trinta dias, junto ao órgão
executivo de trânsito, ocorridas as hipóteses previstas no art. 123:
Infração - média ;

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização.
A infração do art. 233, segundo a lei 14.071/20, não tem o computo de pontos.
Art. 238. Recusar-se a entregar à autoridade de trânsito ou a seus agentes, mediante
recibo, os documentos de habilitação, de registro, de licenciamento de veículo e outros
exigidos por lei, para averiguação de sua autenticidade:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo.

Parada: imobilização do veículo com a finalidade e pelo tempo estritamente necessário


para efetuar embarque ou desembarque de passageiros.
Estacionamento: imobilização de veículos por tempo superior ao necessário para
embarque ou desembarque de passageiros.

Veja a seguir algumas infrações de estacionamento em desacordo com o CTB:


Art. 181. Estacionar o veículo:
I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do alinhamento da via transversal:
Infração - média;
Penalidade - multa;

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

Medida administrativa - remoção do veículo;


II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinquenta centímetros a um metro:
Infração - leve;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um metro:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste Código:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das vias de trânsito rápido e das vias
dotadas de acostamento:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
VI - junto ou sobre hidrantes de incêndio, registro de água ou tampas de poços de visita de
galerias subterrâneas, desde que devidamente identificados, conforme especificação do
CONTRAN:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
VII - nos acostamentos, salvo motivo de força maior:
Infração - leve;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
VIII - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestre, sobre ciclovia ou ciclofaixa, bem
como nas ilhas, refúgios, ao lado ou sobre canteiros centrais, divisores de pista de
rolamento, marcas de canalização, gramados ou jardim público:
Infração - grave;
Penalidade - multa;

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

Medida administrativa - remoção do veículo;


IX - onde houver guia de calçada (meio-fio) rebaixada destinada à entrada ou saída de
veículos:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
X - impedindo a movimentação de outro veículo:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
XI - ao lado de outro veículo em fila dupla:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
XII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a circulação de veículos e pedestres:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
XIII - onde houver sinalização horizontal delimitadora de ponto de embarque ou
desembarque de passageiros de transporte coletivo ou, na inexistência desta sinalização,
no intervalo compreendido entre dez metros antes e depois do marco do ponto:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
XIV - nos viadutos, pontes e túneis:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
XV - na contramão de direção:
Infração - média;
Penalidade - multa;

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

XVI - em aclive ou declive, não estando devidamente freado e sem calço de segurança,
quando se tratar de veículo com peso bruto total superior a três mil e quinhentos
quilogramas:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
XVII - em desacordo com as condições regulamentadas especificamente pela sinalização
(placa - Estacionamento Regulamentado):
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
XVIII - em locais e horários proibidos especificamente pela sinalização (placa - Proibido
Estacionar):
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
XIX - em locais e horários de estacionamento e parada proibidos pela sinalização (placa -
Proibido Parar e Estacionar):
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo.
XX - nas vagas reservadas às pessoas com deficiência ou idosos, sem credencial que
comprove tal condição:
Infração - gravíssima;
Medida administrativa - remoção do veículo.
§ 1º Nos casos previstos neste artigo, a autoridade de trânsito aplicará a penalidade
preferencialmente após a remoção do veículo.
§ 2º No caso previsto no inciso XVI é proibido abandonar o calço de segurança na via.
Veja a seguir algumas infrações por parada em desacordo com o CTB:

Art. 182. Parar o veículo:


I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do alinhamento da via transversal:
Infração - média;
Penalidade - multa;

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinquenta centímetros a um metro:


Infração - leve;
Penalidade - multa;
III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um metro:
Infração - média;
Penalidade - multa;
IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste Código:
Infração - leve;
Penalidade - multa;
V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das vias de trânsito rápido e das
demais vias dotadas de acostamento:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
VI - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestres, nas ilhas, refúgios, canteiros centrais
e divisores de pista de rolamento e marcas de canalização:
Infração - leve;
Penalidade - multa;
VII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a circulação de veículos e pedestres:
Infração - média;
Penalidade - multa;
VIII - nos viadutos, pontes e túneis:
Infração - média;
Penalidade - multa;
IX - na contramão de direção:
Infração - média;
Penalidade - multa;
X - em local e horário proibidos especificamente pela sinalização (placa - Proibido Parar):
Infração - média;
Penalidade - multa.
XI - sobre a ciclovia ou ciclofaixa
Infração - grave;
Penalidade - multa;

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

Veja a seguir algumas infrações por circulação em desacordo com o CTB:


Art. 184. Transitar com o veículo:
I - na faixa ou pista da direita, regulamentada como de circulação exclusiva para
determinado tipo de veículo, exceto para acesso a imóveis lindeiros ou conversões à
direita:
Infração - leve;
Penalidade - multa;
II - na faixa ou pista da esquerda regulamentada como de circulação exclusiva para
determinado tipo de veículo:
Infração - grave;
Penalidade - multa.
III - na faixa ou via de trânsito exclusivo, regulamentada com circulação destinada aos
veículos de transporte público coletivo de passageiros, salvo casos de força maior e com
autorização do poder público competente:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida Administrativa - remoção do veículo.

Art. 185. Quando o veículo estiver em movimento, deixar de conservá-lo:


I - na faixa a ele destinada pela sinalização de regulamentação, exceto em situações de
emergência;
II - nas faixas da direita, os veículos lentos e de maior porte:
Infração - média;
Penalidade - multa.
Art. 186. Transitar pela contramão de direção em:
I - vias com duplo sentido de circulação, exceto para ultrapassar outro veículo e apenas
pelo tempo necessário, respeitada a preferência do veículo que transitar em sentido
contrário:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
II - vias com sinalização de regulamentação de sentido único de circulação:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

Art. 187. Transitar em locais e horários não permitidos pela regulamentação estabelecida
pela autoridade competente:
I - para todos os tipos de veículos:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Art. 188. Transitar ao lado de outro veículo, interrompendo ou perturbando o trânsito:
Infração - média;
Penalidade - multa.

Art. 189. Deixar de dar passagem aos veículos precedidos de batedores, de socorro de
incêndio e salvamento, de polícia, de operação e fiscalização de trânsito e às ambulâncias,
quando em serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos
regulamentados de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitentes:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.

Art. 190. Seguir veículo em serviço de urgência, estando este com prioridade de
passagem devidamente identificada por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e
iluminação vermelha intermitentes:
Infração - grave;
Penalidade - multa.

Art. 191. Forçar passagem entre veículos que, transitando em sentidos opostos, estejam
na iminência de passar um pelo outro ao realizar operação de ultrapassagem:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir.
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência no
período de até 12 (doze) meses da infração anterior.
Perceba que a infração do art. 191 é mandatória, conhecida também como auto
suspensiva. Logo, não tem o computo dos pontos.

Art. 192. Deixar de guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu veículo e os
demais, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a
velocidade, as condições climáticas do local da circulação e do veículo:
Infração - grave;

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

Penalidade - multa.

Art. 193. Transitar com o veículo em calçadas, passeios, passarelas, ciclovias, ciclofaixas,
ilhas, refúgios, ajardinamentos, canteiros centrais e divisores de pista de rolamento,
acostamentos, marcas de canalização, gramados e jardins públicos:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (três vezes).

Art. 194. Transitar em marcha à ré, salvo na distância necessária a pequenas manobras e
de forma a não causar riscos à segurança:
Infração - grave;
Penalidade - multa.

Art. 250. Quando o veículo estiver em movimento:


I - deixar de manter acesa a luz baixa:
a) durante a noite;
b) de dia, em túneis e sob chuva, neblina ou cerração;
c) de dia, no caso de veículos de transporte coletivo de passageiros em circulação em
faixas ou pistas a eles destinadas;
d) de dia, no caso de motocicletas, motonetas e ciclomotores;
e) de dia, em rodovias de pista simples situadas fora dos perímetros urbanos, no caso de
veículos desprovidos de luzes de rodagem diurna;
III - deixar de manter a placa traseira iluminada, à noite;
Infração - média;
Penalidade - multa.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

A nossa Lei de Trânsito nos informa no seu artigo 3º, que a sua abrangência, quanto as
pessoas extrapolam, condutores e proprietários de veículos:
“Art. 3º As disposições deste Código são aplicáveis a qualquer veículo, bem como aos
proprietários, condutores dos veículos nacionais ou estrangeiros e às pessoas nele
expressamente mencionadas.”
Antes de colocar o veículo em circulação, o condutor deve verificar as boas condições de
funcionamento dos equipamentos de uso obrigatório, bem como assegurar-se da
existência de combustível suficiente para chegar ao local de destino. Ter o veículo parado
na pista para reparo (salvo nos casos de impedimento total e desde que o veículo esteja
devidamente sinalizado) ou por falta de combustível são infrações.
Além disso, o condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o
com atenção e cuidado, zelando pela segurança. O ideal é que o calçado tenha um solado
fino, não saia do pé, não escorregue e permita ao motorista sentir bem os pedais. Até
mesmo os cadarços de tênis merecem atenção, devendo estar sempre bem amarrados.
Saltos altos, plataformas ou anabelas não são os mais adequados, podendo atrapalhar o
movimento dos pés.

São consideradas infrações graves (5 pontos na CNH), passível de multa, o condutor


que:
• Não usar o cinto de segurança (todos os integrantes do veículo devem utilizar o
cinto em todas as vias e estarão sujeitos a retenção do veículo até colocação do
cinto);

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

• Transportar pessoas, animais ou carga nas partes externas do veículo. Exceto para
carga presa em suporte apropriado com altura máxima de 50 cm e sem ultrapassar
comprimento e largura do veículo. Sujeito a retenção do veículo para transbordo.

O condutor deve respeitar as faixas da direita destinadas aos veículos mais lentos e de
maior porte (quando não houver faixa especial para estes), e, as da esquerda à
ultrapassagem e aos veículos de maior velocidade, além de manter distância segura. Caso
contrário, fica sujeito a multa.
Fique atento à sinalização, pois transitar na faixa ou pista de circulação exclusiva de outros
veículos é considerada uma infração, estando o infrator sujeito a multa, além da apreensão
e remoção do veículo.

Art. 203. Ultrapassar pela contramão outro veículo:


V - Onde houver marcação viária longitudinal de divisão de fluxos opostos do tipo linha
dupla contínua ou simples contínua amarela:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (cinco vezes).
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência no
período de até 12 (doze) meses da infração anterior.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

Art. 167. Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de segurança, conforme previsto
no art. 65:
Infração: grave
Penalidade: multa
Medida administrativa: retenção do veículo até colocação do cinto pelo infrator

Art. 168. Transportar crianças em veículo automotor sem observância das normas de
segurança especiais estabelecidas neste Código:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo até que a irregularidade seja sanada.

Art. 252. Dirigir o veículo:


II - transportando pessoas, animais ou volume à sua esquerda ou entre os braços e
pernas;
Infração - média;
Penalidade - multa.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade

Art. 254. É proibido ao pedestre:


I - permanecer ou andar nas pistas de rolamento, exceto para cruzá-las onde for permitido;
II - cruzar pistas de rolamento nos viadutos, pontes, ou túneis, salvo onde exista
permissão;
III - atravessar a via dentro das áreas de cruzamento, salvo quando houver sinalização
para esse fim;
IV - utilizar-se da via em agrupamentos capazes de perturbar o trânsito, ou para a prática
de qualquer folguedo, esporte, desfiles e similares, salvo em casos especiais e com a
devida licença da autoridade competente;
V - andar fora da faixa própria, passarela, passagem aérea ou subterrânea;
VI - desobedecer à sinalização de trânsito específica;
Infração - leve;
Penalidade - multa, em 50% (cinquenta por cento) do valor da infração de natureza leve.

Art. 255. Conduzir bicicleta em passeios onde não seja permitida a circulação desta, ou de
forma agressiva, em desacordo com o disposto no parágrafo único do art. 59:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção da bicicleta, mediante recibo para o pagamento da multa.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e
circulação

Regras gerais de estacionamento, parada, conduta


e circulação

Antes de colocar o veículo em circulação nas vias públicas, o condutor


deverá verificar a existência e as boas condições de funcionamento dos equipamentos
de uso obrigatório, bem como assegurar-se da existência de combustível suficiente para
chegar ao local de destino.
O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção
e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.
A circulação será feita pelo lado direito da via, admitindo-se as exceções devidamente
sinalizadas.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e
circulação

ULTRAPASSAGEM
A ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá ser feita pela esquerda e antes de
efetuar uma ultrapassagem o condutor deve certificar-se de que:
• Nenhum condutor que venha atrás haja começado uma manobra para ultrapassá-lo;
• Quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja indicado o propósito de
ultrapassar um terceiro;
• A faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa extensão suficiente para que sua
manobra não ponha em perigo ou obstrua o trânsito que venha em sentido
contrário.

ATENÇÃO

O condutor que tenha o propósito de ultrapassar um veículo de transporte coletivo


que esteja parado, efetuando embarque ou desembarque de passageiros, deverá
reduzir a velocidade, dirigindo com atenção redobrada ou parar o veículo com
vistas à segurança dos pedestres.

Quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem, se aproximarem de local não
sinalizado, terá preferência de passagem:
• No caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, aquele que estiver
circulando por ela;
• No caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela;
• Nos demais casos, o que vier pela direita do condutor.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e
circulação

ULTRAPASSAGEM USO DA BUZINA


O condutor de veículo só poderá fazer uso de buzina, desde que em toque breve, nas
seguintes situações:
• Para fazer as advertências necessárias a fim de evitar acidentes;
• Fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir um condutor de que se
tem o propósito de ultrapassá-lo.

PARADA E ESTACIONAMENTO
Quando proibido o estacionamento na via, a parada deverá restringir-se ao tempo
indispensável para embarque ou desembarque de passageiros, desde que não interrompa
ou perturbe o fluxo de veículos ou a locomoção de pedestres.
Estacionamento: Imobilização de veículos por tempo superior ao necessário para
embarque ou desembarque de passageiros.
Parada: Imobilização do veículo com a finalidade e pelo tempo estritamente necessário
para efetuar embarque ou desembarque de passageiros.
O condutor e os passageiros não deverão abrir a porta do veículo, deixá-la aberta ou
descer do veículo sem antes se certificarem de que isso não constitui perigo para eles e
para outros usuários da via.
O embarque e o desembarque devem ocorrer sempre do lado da calçada, exceto para o,
condutor.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e
circulação

Em motocicletas, motonetas e ciclomotores o embarque e desembarque devem ocorrer


pelo lado da esquerda para evitar se queimar com o escapamento, com o veículo
perpendicular a via.

O USO DO PISCA-ALERTA
O condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes situações:
• Em imobilizações ou situações de emergência;
• Quando a regulamentação da via assim o determinar.

O USO DE LUZES EM VEÍCULO


O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes determinações:
I - o condutor manterá acesos os faróis do veículo, utilizando luz baixa, durante à noite e
mesmo durante o dia, nos túneis e sob chuva, neblina ou cerração; (Incluída pela Lei n.
14.071/20);

ATENÇÃO

Em rodovias de pista simples situadas fora dos perímetros urbanos, mesmo


durante o dia deverão manter os faróis acessos, caso o veículo não tenha luz de
rodagem diurna.

II - nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta, exceto ao cruzar com outro
veículo ou ao segui-lo;

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e
circulação

III - a troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e por curto período de tempo, com o
objetivo de advertir outros motoristas, só poderá ser utilizada para indicar a intenção de
ultrapassar o veículo que segue à frente ou para indicar a existência de risco à segurança
para os veículos que circulam no sentido contrário;
IV - (Revogado) pela Lei 14.071/20.
V - O condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes situações:
a) em imobilizações ou situações de emergência;
b) quando a regulamentação da via assim o determinar;
VI - durante à noite, em circulação, o condutor manterá acesa a luz de placa;
VII - o condutor manterá acesas, à noite, as luzes de posição quando o veículo estiver
parado para fins de embarque ou desembarque de passageiros e carga ou descarga de
mercadorias.
§ 1º Os veículos de transporte coletivo de passageiros, quando circularem em faixas ou
pistas a eles destinadas, e as motocicletas, motonetas e ciclomotores deverão utilizar-se
de farol de luz baixa durante o dia e à noite.

REGRAS DE MUDANÇA DE DIREÇÃO


Art. 37 Nas vias providas de acostamento, a conversão à esquerda e a operação de
retorno deverão ser feitas nos locais apropriados e, onde estes não existirem, o condutor
deverá aguardar no acostamento, à direita, para cruzar a pista com segurança.

Art. 38 Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via ou em lotes lindeiros, o


condutor deverá:
I - ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o máximo possível do bordo direito da pista
e executar sua manobra no menor espaço possível;
II - ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar-se o máximo possível de seu eixo ou da
linha divisória da pista, quando houver, caso se trate de uma pista com circulação nos dois
sentidos, ou do bordo esquerdo, tratando-se de uma pista de um só sentido.
Parágrafo único. Durante a manobra de mudança de direção, o condutor deverá ceder
passagem aos pedestres e ciclistas, aos veículos que transitem em sentido contrário pela
pista da via da qual vai sair, respeitadas as normas de preferência de passagem.

Art. 39 Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá ser feita nos locais para isto
determinados, quer por meio de sinalização, quer pela existência de locais apropriados, ou,
ainda, em outros locais que ofereçam condições de segurança e fluidez, observadas as
características da via, do veículo, das condições meteorológicas e da movimentação de
pedestres e ciclistas.

Página 65
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e
circulação

CLASSIFICAÇÃO DE VIAS
As vias abertas à circulação, de acordo com sua utilização, classificam-se em vias urbanas
e rurais.
São vias urbanas as de trânsito rápido, arterial, coletora e local. Enquanto as vias rurais
são as estradas e rodovias.
De acordo com o Anexo I do CTB, a definição de cada uma dessas vias é a seguinte:

VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO: aquela caracterizada por acessos especiais com trânsito
livre, sem interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem
travessia de pedestres em nível.

VIA ARTERIAL: aquela caracterizada por interseções em nível, geralmente controlada por
semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais,
possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade.

VIA COLETORA: aquela destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade
de entrar ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das
regiões da cidade.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e
circulação

VIA LOCAL: aquela caracterizada por interseções em nível não semaforizadas, destinada
apenas ao acesso local ou a áreas restritas.

RODOVIA: via rural pavimentada.

ESTRADA: via rural não pavimentada.

Página 67
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e
circulação

VELOCIDADES PERMITIDAS
A velocidade máxima permitida nessas vias quando NÃO houver sinalização indicando a
velocidade será:

VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO 80 km/h

VIA ARTERIAL 60 km/h

VIA COLETORA 40 km/h

VIA LOCAL 30 km/h

VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO 80 km/h

NAS RODOVIAS DE PISTA DUPLA


AUTOMÓVEIS
CAMIONETAS
110 km/h
MOTOCICLETAS

DEMAIS VEÍCULOS 90 km/h

NAS RODOVIAS DE PISTA SIMPLES


AUTOMÓVEIS
CAMIONETAS
100 km/h
MOTOCICLETAS

DEMAIS VEÍCULOS 90 km/h

NAS ESTRADAS 60 km/h

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Legislação específica sobre transporte de passageiros

Legislação específica sobre transporte de


passageiros
A condução de veículos de transporte coletivo está sujeita as normas específicas
elaboradas pelos Estados e Municípios, com a finalidade de disciplinar esse tipo de
transporte em relação à realidade local, disciplinadas pela lei 10.233/01 no que couber das
leis 8.887/95 e 9.074/95.
Regulamentadas pelo decreto 2.521/98 e pelas normas aprovadas em resoluções da
ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre). Além disso, há regras nacionais
estabelecidas pelo CTB que são válidas para todos os condutores.
Estão relacionados a seguir os artigos (e alguns incisos) do CTB que dizem respeito, direta
ou indiretamente, ao transporte coletivo de passageiros. O conteúdo apresentado é apenas
o ponto de partida para que você procure conhecer melhor, e detalhadamente, todos os
artigos do CTB.

Art. 107. Os veículos de aluguel, destinados ao transporte individual ou coletivo de


passageiros, deverão satisfazer, além das exigências previstas neste Código, às condições
técnicas e aos requisitos de segurança, higiene e conforto estabelecidos pelo poder
competente para autorizar, permitir ou conceder a exploração dessa atividade.

Art. 108. Onde não houver linha regular de ônibus, a autoridade com circunscrição sobre a
via poderá autorizar, a título precário, o transporte de passageiros em veículo de carga ou
misto, desde que obedecidas as condições de segurança estabelecidas neste Código e
pelo CONTRAN.

Art. 135. Os veículos de aluguel, destinados ao transporte individual ou coletivo de


passageiros de linhas regulares ou empregados em qualquer serviço remunerado, para
registro, licenciamento e respectivo emplacamento de característica comercial, deverão
estar devidamente autorizados pelo poder concedente.

Art. 170. Dirigir ameaçando os pedestres que estejam atravessando a via pública, ou os
demais veículos:
Infração - gravíssima.
Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir.
Medida administrativa - retenção do veículo e recolhimento do documento de habilitação.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Legislação específica sobre transporte de passageiros

Art. 193. Transitar com o veículo em calçadas, passeios, passarelas, ciclovias, ciclofaixas,
ilhas, refúgios, ajardinamentos, canteiros centrais e divisores de pista de rolamento,
acostamentos, marcas de canalização, gramados e jardins públicos:
Infração - gravíssima.
Penalidade - multa (três vezes).

Art. 216. Entrar ou sair de áreas lindeiras sem estar adequadamente posicionado para
ingresso na via e sem as precauções com a segurança de pedestres e de outros veículos:
Infração - média.
Penalidade - multa.

Responsabilidades do condutor do veículo de


transporte coletivo de passageiros
A Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995 (Brasil, 1995) dispõe sobre o regime de
concessão e permissão da prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da
Constituição Federal, dentre os quais os serviços de transporte. Veja a seguir o que diz o
primeiro artigo dessa lei.

Art. 1º. As concessões de serviços públicos e de obras públicas e as permissões de


serviços públicos reger-se-ão pelos termos do art. 175 da Constituição Federal, por esta
Lei, pelas normas legais pertinentes e pelas cláusulas dos indispensáveis contratos.

Parágrafo único. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios promoverão a


revisão e as adaptações necessárias de sua legislação às prescrições desta Lei, buscando
atender as peculiaridades das diversas modalidades dos seus serviços.

O Decreto nº 2.521, de 20 de março de 1998 (Brasil, 1988), dispõe sobre a exploração,


mediante permissão e autorização, de serviços de transporte rodoviário interestadual e
internacional de passageiros e dá outras providências. Veja a seguir os principais artigos
que determinam quem são os responsáveis por cuidar do transporte de passageiros em
cada instância.

Art. 1º Cabe à União explorar, diretamente ou mediante permissão ou autorização, os


serviços rodoviários interestadual e internacional de transporte coletivo de passageiros.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Responsabilidades do condutor do veículo de
transporte coletivo de passageiros

Art. 2º A organização e a coordenação dos serviços de que trata este Decreto caberão ao
Ministério dos Transportes. (Redação dada pelo Decreto nº 8.083, de 2013)

Art. 2º-A. O controle das outorgas, a delegação e a fiscalização dos serviços de que trata
este Decreto caberão à Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT. (Incluído pelo
Decreto nº 8.083, de 2013) A seguir as principais responsabilidades do condutor, as quais
devem ser respeitadas por todos os condutores de transporte público rodoviário,
regulamentados pela ANTT, órgãos executivos dos estados e municípios.

Fique atento, também, na legislação complementar de estados e municípios. Um condutor


de ônibus precisa ocupar-se de muitas atividades e tarefas:
• Verificar as condições do carro: uma boa checagem da parte mecânica, elétrica,
pneus, estepe, água no radiador e tudo que influenciar na dirigibilidade do veículo.
• Verificar se o tanque de combustível está cheio, para ter mais segurança (com
menos espaço vazio no tanque, há menos vapores de combustível).
• Conferir os documentos do ônibus (licenciamento, seguro etc.) e pessoais
(identidade, habilitação etc.).
• Preservar a higiene e a conservação do veículo. Para evitar que alguém se suje ou
se machuque, manter o veículo limpo e íntegro é muito importante.
• Conduzir o veículo com segurança e perícia.
• Obedecer às leis de trânsito e à sinalização nas estradas. A viagem deve ser
tranquila; dirigir com segurança, concentração e responsabilidade.
• Zelar pela integridade física dos passageiros. Lembre-se de que os idosos se
movimentam mais lentamente e podem sofrer de osteoporose – nesses casos,
qualquer queda pode trazer graves problemas de saúde.

DICA
Sempre leve consigo o Certificado do Curso Especializado de que trata a
Resolução 789/2020, alterada pela Resolução 849/21 do CONTRAN. Esse
documento é de porte obrigatório para todos os condutores de transporte de
passageiros, até que a informação seja registrada no RENACH, em campo
específico da CNH.

A seguir serão apresentadas as principais normas, baseadas nos artigos do CTB, que são
especialmente importantes para esclarecer as responsabilidades dos condutores de
veículos de transporte coletivo de passageiros.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Responsabilidades do condutor do veículo de
transporte coletivo de passageiros

Manter o veículo em condições adequadas


Art. 27. Antes de colocar o veículo em circulação nas vias públicas, o condutor deverá
verificar a existência e as boas condições de funcionamento dos equipamentos de uso
obrigatório, bem como assegurar-se da existência de combustível suficiente para chegar
ao local de destino.

Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros a serem estabelecidos
pelo CONTRAN:
I - Cinto de segurança, conforme regulamentação específica do CONTRAN, com exceção
dos veículos destinados ao transporte de passageiros em percursos em que seja permitido
viajar em pé.
II - Para os veículos de transporte e de condução escolar, os de transporte de passageiros
com mais de dez lugares e os de carga com peso bruto total superior a quatro mil,
quinhentos e trinta e seis quilogramas, equipamento registrador instantâneo inalterável de
velocidade e tempo.
III - Encosto de cabeça, para todos os tipos de veículos automotores, segundo normas
estabelecidas pelo CONTRAN.
V - Dispositivo destinado ao controle de emissão de gases poluentes e de ruído, segundo
normas estabelecidas pelo CONTRAN.
VI - Para as bicicletas, a campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos
pedais, e espelho retrovisor do lado esquerdo.
VII - Equipamento suplementar de retenção - air bag frontal para condutor e passageiro do
banco dianteiro (Incluído pela Lei nº 11.910, de 2009).
VIII - luzes de rodagem diurna.

Cuidados durante a operação


Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode
executá-la sem perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão
cruzar com ele, considerando sua posição, sua direção e sua velocidade.

Art. 35. Antes de iniciar qualquer manobra que implique deslocamento lateral, o condutor
deverá indicar seu propósito de forma clara e com a devida antecedência, por meio da luz
indicadora de direção de seu veículo, ou fazendo gesto convencional de braço.

Art. 65. É obrigatório o uso do cinto de segurança para condutor e passageiros em todas
as vias do território nacional, salvo em situações regulamentadas pelo CONTRAN.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Responsabilidades do condutor do veículo de
transporte coletivo de passageiros

Cuidados com a velocidade


Art. 42. Nenhum condutor deverá frear bruscamente seu veículo, salvo por razões de
segurança.

Art. 43. Ao regular a velocidade, o condutor deverá observar constantemente as condições


físicas da via, do veículo e da carga, as condições meteorológicas e a intensidade do
trânsito, obedecendo aos limites máximos de velocidade estabelecidos para a via, além de:
I - Não obstruir a marcha normal dos demais veículos em circulação sem causa justificada,
transitando a uma velocidade anormalmente reduzida.
II - Sempre que quiser diminuir a velocidade de seu veículo deverá antes certificar-se de
que pode fazê-lo sem risco nem inconvenientes para os outros condutores, a não ser que
haja perigo iminente.
III - Indicar, de forma clara, com a antecedência necessária e a sinalização devida, a
manobra de redução de velocidade.

De acordo com o Art. 220, deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível
com a segurança do trânsito quando se aproximar de passeatas, aglomerações, cortejos,
préstitos e desfiles, ou nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e
desembarque de passageiros, ou ainda onde houver intensa movimentação de pedestres,
constitui infração gravíssima.

De acordo com o Art. 311, este é considerado um crime em espécie pelo CTB.

Cuidados em cruzamentos e semáforos


Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o condutor do veículo deve
demonstrar prudência especial, transitando em velocidade moderada, de forma que possa
deter seu veículo com segurança para dar passagem a pedestre e a veículos que tenham
o direito de preferência.
Cabe observar a possibilidade de fazer a conversão à direita no semáforo com luz
vermelha.

Art. 44-A. É livre o movimento de conversão à direita diante de sinal vermelho do


semáforo onde houver sinalização indicativa que permita essa conversão, observados os
arts. 44, 45 e 70 deste Código.

Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe seja favorável, nenhum
condutor pode entrar em uma interseção se houver possibilidade de ser obrigado a

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Responsabilidades do condutor do veículo de
transporte coletivo de passageiros

imobilizar o veículo na área do cruzamento, obstruindo ou impedindo a passagem do


trânsito transversal.
Art. 70. Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre as faixas delimitadas para
esse fim terão prioridade de passagem, exceto nos locais com sinalização semafórica,
onde deverão ser respeitadas as disposições deste Código.

Atenção no embarque e desembarque de passageiros


Art. 47. Quando proibido o estacionamento na via, a parada deverá restringir-se ao tempo
indispensável para embarque ou desembarque de passageiros, desde que não interrompa
ou perturbe o fluxo de veículos ou de pedestres.

Art. 48. Nas paradas, operações de carga ou descarga e nos estacionamentos, o veículo
deverá ser posicionado no sentido do fluxo, paralelo ao bordo da pista de rolamento e junto
à guia da calçada (meio-fio), admitidas as exceções devidamente sinalizadas.

Art. 49. O condutor e os passageiros não deverão abrir a porta do veículo, deixá-la aberta
ou descer do veículo sem antes se certificarem de que isso não constitui perigo para eles e
para outros usuários da via.

Nos casos de acidente


Art. 176. Deixar o condutor envolvido em acidente com vítima:
I - De prestar ou providenciar socorro à vítima, podendo fazê-lo.
II - De adotar providências, podendo fazê-lo, no sentido de evitar perigo para o trânsito no
local.
III - De preservar o local, de forma a facilitar os trabalhos da polícia e da perícia.
IV - De adotar providências para remover o veículo do local, quando determinadas por
policial ou agente da autoridade de trânsito.
V - De identificar-se ao policial e de lhe prestar informações necessárias à confecção do
boletim de ocorrência.
Infração - gravíssima.
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação.

Art. 177. Deixar o condutor de prestar socorro à vítima de acidente de trânsito quando
solicitado pela autoridade e seus agentes:

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Responsabilidades do condutor do veículo de
transporte coletivo de passageiros

Infração - grave.
Penalidade - multa.
Art. 279. Em caso de acidente com vítima, envolvendo veículo equipado com registrador
instantâneo de velocidade e tempo, somente o perito oficial encarregado do levantamento
pericial poderá retirar o disco ou unidade armazenadora do registro.

Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima,
não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral
socorro aquela.

Registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo


O item II do Art. 105 do CTB determina que são equipamentos obrigatórios dos veículos,
entre outros a serem estabelecidos pelo Contran:

II - para os veículos de transporte e de condução escolar, os de transporte de passageiros


com mais de dez lugares e os de carga com peso bruto total superior a quatro mil,
quinhentos e trinta e seis quilogramas, equipamento registrador instantâneo inalterável de
velocidade e tempo.

O tacógrafo é um equipamento registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo,


que grava as informações relativas as viagens do veículo. Suas funções são realizadas
instantaneamente e em período integral (ininterruptamente), pois o tempo em que o veículo
está parado durante a operação também é registrado. Os tacógrafos podem ser
encontrados em três distintas tecnologias: mecânico, eletrônico e digital, apresentando as
seguintes características:
• Tacógrafo mecânico: utiliza disco-diagrama e seu acionamento é feito através de
eixo flexível;
• Tacógrafo eletrônico: utiliza disco-diagrama e seu acionamento é feito através de
chicote elétrico;
• Tacógrafo digital: utiliza disco ou fita-diagrama, apresenta unidade de registro e
gravação em separado; possui um visor de cristal líquido com todas as informações
registradas.

O aparelho possui um relógio de horas, uma luz indicadora de limite de velocidade e um


indicador de quilometragem percorrida. O aparelho possui, em sua parte frontal, uma
tampa com fechadura que permite o acesso aos discos-diagramas do aparelho. Nesses
discos, registram-se, de forma inalterável, os dados relativos à viagem, permitindo uma
análise sobre a operação do veículo

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Responsabilidades do condutor do veículo de
transporte coletivo de passageiros

O disco de tacógrafo, ou disco-diagrama, é uma folha de papel que possui uma camada de
cera e outra camada de tinta em sua superfície. Quando o disco é instalado no tacógrafo,
as agulhas do equipamento “removem” a cera depositada na folha, deixando, assim, uma
marca que pode ser interpretada posteriormente.
Existem dois tipos de discos de tacógrafo, o diário e o semanal. O diário (24 horas) utiliza
apenas um disco-diagrama, que deve ser substituído impreterivelmente após a vigésima
quarta hora. O semanal (7 ou 8 dias) utiliza um conjunto com 7 ou 8 discos de 24 horas
cada. Neste caso, automaticamente, o registrador faz uma troca de disco a cada 24 horas
de utilização.
Para conservar a integralidade dos registros, o disco-diagrama: não deve ser contaminado
por derivados de petróleo ou produtos químicos; não deve ser dobrado, perfurado ou ainda
ficar sob peças pesadas ou pontiagudas. Recomenda-se guardá-lo em envelope, como
proteção contra golpes e riscos. O tacógrafo deverá passar por testes de aferição e
selagem a cada dois anos.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Exercícios de fixação

Resumo do módulo
Prezado (a) condutor (a), neste módulo revisamos os preceitos de dirigibilidade defensiva,
bem como, aos fatores que comprometem a segurança no trânsito. Trazemos como
destaque deste conteúdo:
- O Brasil possui um conjunto de leis que regem e disciplinam o transporte. A principal
delas é a Lei nº 9.503/1997, que institui o CTB. Existem, ainda, a legislação complementar,
as Resoluções do CONTRAN, as Portarias do Denatran e outras regulamentações
estaduais e municipais. Embora o CTB tenha mais de duas décadas de publicação, ainda
se verifica o desconhecimento de boa parte de suas determinações. Neste sentido, somos
convidados a refletir sobre a importância de conhecer e respeitar as regras para a garantia
dos direitos individuais e a convivência pacífica na coletividade.
- Os condutores de veículos de transporte coletivo de passageiros devem,
obrigatoriamente, portar o original da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e estar
habilitados nas Categorias D ou E.
- A sinalização viária tem como objetivos: garantir a melhor fluidez no trânsito e uma maior
segurança para veículos e pedestres.
- Com o propósito de tornar o trânsito mais seguro, com menor número de acidentes e de
vítimas, o Código de Trânsito Brasileiro estabelece normas de circulação e conduta.
- As determinações apresentadas pelo Código de Trânsito, em especial no capítulo que
trata das Normas Gerais de Circulação e Conduta, têm como principal objetivo fomentar a
prática da direção defensiva/preventiva. As regras gerais de circulação definem o
comportamento correto dos usuários das vias, principalmente dos condutores.
- Alguns equipamentos são essenciais e obrigatórios, como o cinto de segurança para
todos os passageiros e o registrador de velocidade e tempo, para monitorar a conduta do
motorista.
- Quando pensamos na responsabilidade do motorista que transporta outras vidas além da
dele, não é difícil concluir que cada um, individualmente, tem muito a contribuir para
melhorar as relações entre todos os usuários das vias.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Exercícios de fixação

Exercícios de fixação
1 - São órgãos normativos, que elaboram as leis de trânsito, dentro do Sistema Nacional
de Trânsito:
a) Secretaria Municipal de Trânsito e SENATRAN.
b) CONTRAN, CETRAN e CONTRANDIFE.
c) CONTRANDIFE e Guarda Municipal.
d) SENATRAN e JARI.

2 - A Carteira Nacional de Habilitação somente terá validade para a condução do veículo


quando apresentada:
a) junto com o Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo
b) em cópia autenticada pelo DETRAN
c) junto com a Carteira de Identidade
d) em original, por meio físico ou digital

3 - Para dirigir um ônibus o condutor precisa estar habilitado em qual categoria de


habilitação?
a) Categoria A
b) Categoria B
c) Categoria C
d) Categoria D

4 - O veículo "A" circula a 90 Km/h e o veículo "B" circula a 70 Km/h. Considerando que
ambos circulam em uma via arterial, quem está desrespeitando a velocidade máxima
permitida?
a) o veículo A
b) o veículo B
c) os dois
d) nenhum dos dois

5 - Todo condutor, numa rodovia, ao perceber que outro veículo no sentido contrário iniciou
uma ultrapassagem sem distância suficiente para realizar a manobra, deverá:
a) aumentar a velocidade, buzinar e desviar do veículo que iniciou a ultrapassagem.
b) aumentar a velocidade, e se necessário, dirigir-se ao acostamento até que o outro
veículo conclua a ultrapassagem.
c) reduzir a velocidade, e se necessário, dirigir-se ao acostamento até que o outro
veículo conclua a ultrapassagem.
d) reduzir a velocidade até parar, para que o outro veículo conclua a ultrapassagem.

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Exercícios de fixação

GABARITO
1 - São órgãos normativos, que elaboram as leis 4 - O veículo "A" circula a 90 Km/h e o veículo "B"
de trânsito, dentro do Sistema Nacional de circula a 70 Km/h. Considerando que ambos
Trânsito: circulam em uma via arterial, quem está
desrespeitando a velocidade máxima permitida?
a) Secretaria Municipal de Trânsito e
SENATRAN. a) o veículo A
b) CONTRAN, CETRAN e CONTRANDIFE. b) o veículo B
c) CONTRANDIFE e Guarda Municipal. c) os dois
d) SENATRAN e JARI. d) nenhum dos dois
Comentário: O artigo 12, I, do CTB, diz: compete Comentário: O art. 61, do CTB, nos informa que
ao CONTRAN, estabelecer as normas onde não houver sinalização regulamentadora de
regulamentares referidas neste Código e as velocidade, deverá ser seguida a norma. Em uma
diretrizes da Política Nacional de Trânsito. Já no via arterial a velocidade máxima permitida é de 60
art. 14, II diz que: compete ao Km/h. Logo o veículo "A" e o veículo "B", estão
CETRAN/CONTRANDIFE, elaborar normas no desrespeitando a velocidade máxima permitida da
âmbito das respectivas competências. via.

2 - A Carteira Nacional de Habilitação somente 5 - Todo condutor, numa rodovia, ao perceber que
terá validade para a condução do veículo quando outro veículo no sentido contrário iniciou uma
apresentada: ultrapassagem sem distância suficiente para
realizar a manobra, deverá:
a) junto com o Certificado de Registro e
Licenciamento do Veículo a) aumentar a velocidade, buzinar e desviar
b) em cópia autenticada pelo DETRAN do veículo que iniciou a ultrapassagem.
c) junto com a Carteira de Identidade b) aumentar a velocidade, e se necessário,
d) em original, por meio físico ou digital dirigir-se ao acostamento até que o outro
veículo conclua a ultrapassagem.
Comentário: Carteira Nacional de Habilitação e a
c) reduzir a velocidade, e se necessário,
Permissão para Dirigir somente terão validade
dirigir-se ao acostamento até que o
para a condução de veículo quando apresentada
outro veículo conclua a ultrapassagem.
em original. Art. 159, § 5º do CTB. Vale destacar
d) reduzir a velocidade até parar, para que o
que a CNH, pode ser emitida em meio físico e/ou
outro veículo conclua a ultrapassagem.
digital a escolha do condutor.
Comentário: Todos os usuários da via devem,
3 - Para dirigir um ônibus o condutor precisa estar
abster-se de todo ato que possa constituir perigo
habilitado em qual categoria de habilitação?
ou obstáculo para o trânsito de veículos, de
a) Categoria A pessoas ou de animais, ou ainda causar danos a
b) Categoria B propriedades públicas ou privadas. O motorista
c) Categoria C deve sempre adotar procedimentos preventivos no
d) Categoria D trânsito, sempre com cautela e civilidade, abrindo
mão do seu direito de modo a priorizar a
Comentário: Categoria "D", condutor de veículo
segurança viária. O trânsito seguro é um direito de
motorizado utilizado no transporte de passageiros,
todos, logo para exercer esse direito todos tem
cuja lotação exceda a 8 lugares, excluído o do
responsabilidades. Art. 26, do CTB C/C Art. 1, §
motorista. Art. 142, IV, do CTB.
2º, do CTB.

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DIREÇÃO
DEFENSIVA

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Objetivos de Aprendizagem

Objetivos de Aprendizagem
- Reconhecer que o principal fator relacionado ao acidente de trânsito é o humano.
- Conhecer os procedimentos e cuidados para evitar e prevenir acidentes envolvendo
outros veículos, pedestres e demais integrantes do trânsito.
- Agir com antecipação em possíveis situações de risco, prevenindo acidentes.
- Relembrar a importância da recolha da informação, da tomada de decisão e da ação na
tarefa da condução.
- Rever os fatores físicos e emocionais que interferem na condução; relembrar e identificar
a influência desses fatores na sua própria condução.
- Conhecer os riscos que traz a ingestão de bebida alcoólica e o uso de drogas para
condutores de veículos especializados.
- Identificar os fatores comportamentais e as ações de prevenção a serem adotadas em
situações adversas.
-Realizar autoavaliação em relação à realização de todas as manobras e identificar
conhecimentos e habilidades necessários para o aprimoramento e redução de riscos.

Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará neste módulo:
- Conceito de direção defensiva;
- Acidente evitável ou não evitável;
- Como ultrapassar e ser ultrapassado;
- O acidente de difícil identificação da causa;
- Como evitar acidentes com outros veículos;
- Como evitar acidentes com pedestres e outros integrantes do trânsito;
- A importância de ver e ser visto;
- A importância do comportamento seguro na condução de veículos especializados;
- Comportamento seguro e comportamento de risco – diferença que pode poupar vidas;
- Estado físico e mental do condutor, consequências da ingestão e consumo de bebida
alcoólica e substâncias psicoativas.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Introdução

Introdução
Caro(a) Aluno (a),
O trânsito é a movimentação de veículos, pessoas e animais nas vias terrestres com o
propósito de locomoção. Todas nós fazemos parte da circulação da cidade, cada um com
seus interesses e necessidades e com sua própria condição de deslocamento. Portanto,
pensar sobre o trânsito não é apenas uma questão técnica e de engenharia, mas,
sobretudo, uma questão social, econômica e política.
Neste contexto, algo importante a se considerar é o fato de que os acidentes de trânsito
não são eventos naturais, não precisam acontecer e podem ser evitados com medidas
simples e fáceis, que, no entanto, envolvem mudanças de mentalidade e comportamento.
Sendo assim, compreendemos que o principal fator relacionado ao acidente de trânsito é o
humano, estando no homem a grande possibilidade de transformação. É pensando nisso,
que neste módulo convidamos você a revisar as técnicas e habilidades necessárias para a
prática da Direção Defensiva e a autoavaliação sobre os seus comportamentos que podem
comprometer a sua segurança no trânsito. Lembre-se:

Ver, pensar e agir com conhecimento, rapidez e responsabilidade, são os


princípios básicos de qualquer método de prevenção de acidentes.

Neste módulo, vamos estudar a respeito dos acidentes de trânsito. Vamos identificar
as causas dos acidentes, entender quais podem ser de fato evitados, e aprender a
relacionar nosso comportamento com a ocorrência dos acidentes, passando a
conhecer os procedimentos e cuidados para evitar e prevenir acidentes envolvendo
outros veículos, pedestres e demais integrantes do trânsito.
Vamos ainda detalhar alguns comportamentos humanos que podem afetar a
segurança do transporte coletivo de passageiros. O foco principal é o condutor, mas
vamos tratar do comportamento geral das pessoas, que pode causar riscos ao
transporte.

Bons estudos!

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Conceito de direção defensiva

Conceito de direção defensiva

Direção Defensiva é dirigir de modo a evitar acidentes, apesar das ações incorretas
(erradas) dos outros e das condições adversas (contrárias), que encontramos nas vias de
trânsito. Para que um condutor possa praticar a
Direção Defensiva, precisa de certos elementos e conhecimentos, não só de legislação de
trânsito, mas também de comportamentos que devem ser praticados no dia-a-dia, no uso
do veículo. São eles:

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Conceito de direção defensiva

Conheça o que representa cada um dos elementos:

CONHECIMENTO
O Código de Trânsito Brasileiro é o seu maior aliado na busca desse conhecimento, mas
também é necessário desenvolver um rápido conhecimento dos riscos no trânsito e da
maneira de prevenir-se contra eles. Você precisa conhecer seus direitos e deveres em
qualquer situação de trânsito, como condutor ou como pedestre, para evitar tomar atitudes
que possam causar acidentes ou danos aos usuários da via.

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO


Fornece muitas informações que devemos conhecer, além disso, existem livros e revistas
especializadas para o trânsito e publicações jornalísticas sérias que nos mantêm em dia
com as novas leis e resoluções.
Existem alguns procedimentos do condutor ou problemas com o veículo que são
considerados infrações, tendo como consequência penalidades previstas nas leis de
trânsito, por isso você tem que conhecer todos eles. Outros procedimentos dependem do
bom senso de todos os condutores e pedestres, são as atitudes educadas, compreensivas,
de paciência, que ajudam a fazer um trânsito mais seguro.

IMPORTANTE

O veículo motorizado que circula em vias terrestres é o que mais exige a atenção
do condutor. Um navio ou avião conta com aparelhos e auxiliares que podem
ajudar nessa tarefa. Portanto, mantenha sua atenção no trânsito e não se distraia
com conversas, com som alto ou no uso de rádio ou aparelho celular.

ATENÇÃO
A atenção deve ser direcionada a todos os elementos da via (condições, sinalização,
tempo, etc.), e as condições físicas e mentais do condutor, os cuidados e a manutenção do
veículo, tempo de deslocamento, conhecimento prévio do percurso, entre outros.
O condutor deve manter-se em estado de alerta durante todo o tempo em que estiver
conduzindo o veículo, consciente das situações de risco em que pode envolver-se e pronto
a tomar a atitude necessária em tal situação para evitar o acidente.

PREVISÃO
Você não precisa de uma bola de cristal para prever os perigos do trânsito, apenas precisa
prever e preparar-se para algumas eventualidades comuns no dia-a-dia, como furar um

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Conceito de direção defensiva

pneu, um buraco ou óleo na pista, um pedestre fazendo a travessia fora do local


adequado, um acidente, etc.
Essas previsões podem ser desenvolvidas e treinadas no uso do seu veículo e são
exercidas numa ação próxima (imediata) ou distante (mediata), dependendo sempre do
seu bom senso e conhecimento.
A direção defensiva exige tanto a previsão mediata como a imediata, sendo que algumas,
inclusive, fazem parte das leis de trânsito (cuidados com o veículo, equipamentos
obrigatórios).

DECISÃO
Sempre que for necessário tomar uma decisão, numa situação de perigo, ela dependerá
do conhecimento das alternativas que se apresentem e do seu conhecimento das
possibilidades do veículo, das leis e normas que regem o trânsito, do tempo e do espaço
que você dispõe para tomar uma atitude correta. Essa decisão ou tomada de atitude vai
depender da sua habilidade, tempo e prática de direção, previsão das situações de risco,
conhecimento das condições do veículo e da via. Ao renovar o exame de habilitação, o
condutor que não tenha curso de Direção Defensiva e Primeiros Socorros, deverá a eles
ser submetido conforme art. 150 do CTB e Resolução nº 789 - CONTRAN. Portanto,
esteja sempre preparado para fazer a escolha correta nas situações imprevistas, de modo
que possa contribuir para evitar acidentes de trânsito, mantendo-se atento a tudo que
circunda a via, mesmo à sua traseira, para que esta decisão possa ser rápida e precisa,
salvando sua vida e a de outros envolvidos numa situação de risco.

HABILIDADE
A habilidade se desenvolve por meio de aprendizado e da prática. Devemos aprender o
modo correto de manuseio do veículo e executar várias vezes essas manobras, de forma a
fixar esses procedimentos e adquirir a habilidade necessária à prática de direção no
trânsito das vias urbanas e rurais.
Esse requisito diz respeito ao manuseio dos controles do veículo e à execução, com
bastante perícia e sucesso, de qualquer uma das manobras básicas de trânsito, tais como
fazer curvas, ultrapassagens, mudanças de velocidade e estacionamento.
Atualmente a Permissão para Dirigir tem a validade de 12 meses, sendo conferida a
Carteira Nacional de Habilitação ao término desse prazo, desde que o condutor não tenha
cometido nenhuma infração de natureza grave ou gravíssima nem seja reincidente em
infração média.
Ser um condutor hábil ou com habilidade significa que você é capaz de manusear os
controles de um veículo e executar com perícia e sucesso qualquer manobra necessária
no trânsito, tais como: fazer curvas, ultrapassar, mudar de velocidade ou de faixa,
estacionar, etc.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Conceito de direção defensiva

DICA

A prática conduz à perfeição, tornando você um condutor defensivo. É necessário


conhecimento e atenção para que você possa fazer uma previsão dos problemas
que vai encontrar no trânsito e tomar, no momento necessário, a decisão mais
correta, com habilidade adquirida pelo trino no uso da direção, tornando o trânsito
mais humano e seguro para você e para todos.

SAIBA MAIS

Outros conceitos importantes:


Direção Ofensiva: É utilizado nos casos em que é preciso agir para evitar alguma
situação como uma perseguição. Essa forma de dirigir não é indicada para
motoristas comuns e é amplamente adotada por policiais.
Direção Evasiva: É o tipo de direção aplicada em casos de emergência, como
acidentes de trânsito ou situações perigosas, como emboscadas ou sequestros.
Esse tipo é muito aplicado por veículos responsáveis por escolta.

Condições adversas

As condições adversas são aqueles fatores que podem atrapalhar o motorista,


aumentando a possibilidade de acidentes. Alguns fatores prejudicam o rendimento do
condutor e podem levá-lo a ser mais uma vítima do trânsito.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas

Os riscos e os perigos a que estamos sujeitos no trânsito são conhecidos como condições
adversas e estão relacionados com:
• Luz;
• Tempo;
• Veículo;
• Via;
• Trânsito;
• Condutor.
Vamos examinar separadamente os principais riscos e perigos que encontramos no
trânsito.

LUZ
A falta de luz (iluminação) atrapalha os motoristas. Mas também um excesso da mesma
traz um empecilho. O ofuscamento causado por outros condutores, no momento em que
ativam o farol alto, é considerado uma condição adversa, pois tira parte da visão do
condutor que recebe a luz. Por isso, nas vias de mão dupla, é bom abaixar a luz alta
quando outro motorista se aproxima.

O farol alto também pode cegar temporariamente o carro da frente, quando a luz incide no
retrovisor. Nesses casos, também é aconselhável diminuir o farol quando atrás de outro
veículo no mesmo sentido. É indicado, sempre que possível, trafegar com luz baixa.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas

Ao passar em túneis escuros, no período diurno, a mudança de luz causa uma espécie de
ofuscação. Uma solução para esse fenômeno pode ser feita através de uma técnica bem
fácil. Feche um olho e mantenha o outro aberto até o final do túnel. Ao sair, o motorista
terá uma visão bem melhor do que estando com os dois abertos.
Recomendações:
• Evitar viajar nos horários em que o sol esteja mais forte;
• Usar óculos escuros ou pala de proteção;
• Em caso de crepúsculo, ligue os faróis.
No caso de farol alto em sentido contrário:
• Piscar os faróis;
• Reduzir a velocidade;
• Não olhar diretamente para os faróis;
• Se orientar pela linha de bordo da pista.

TEMPO
Outro fator que atrapalha bastante o condutor são as condições do tempo.
A chuva é um grande contribuinte para acidentes no trânsito. Uma pista molhada é como
um chão ensaboado. Havia uma propaganda que alertava sobre isso. Ela usava um slogan
que dizia: “choveu, virou sabão”. Trouxe à tona que o motorista precisa dirigir com atenção
em situações como essa.
• A pista molhada diminui a aderência entre os pneus e o solo, o que pode gerar a
aquaplanagem e perda de controle. Diminua a velocidade e freie com cuidado;

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas

• Usar o limpador de para-brisa, desembaçador;


• Em casos extremos (chuvas fortes) analise as condições da via para optar entre
parar em local seguro e aguardar a melhoria do tempo ou seguir.

Em casos de neblina, é essencial ficar atento. O carro da frente é quase impossível de se


enxergar, por isso, ela é considerada um elemento contra os condutores.
• Recomenda-se ligar o farolete ou os faróis baixos e só parar em locais com
acostamento, sinalizando com o pisca.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas

A fumaça causada por incêndios, da mesma forma. Ou seja, a cautela se torna bem
relevante.
Se o vento estiver transversal, a recomendação é abrir as janelas; se vier de frente,
aconselha-se diminuir a velocidade. Atenção com objetos que podem ser arremessados
contra os vidros.

VEÍCULOS
O motorista defensivo deve manter seu veículo em condições de reagir eficientemente a
todos os comandos, pois não é possível dirigir com segurança um veículo defeituoso.

Os defeitos mais comuns que podem causar acidentes são:


• pneus gastos;
• freios desregulados;
• lâmpadas queimadas;
• limpadores de para-brisa com defeito;
• falta de buzina;
• espelho retrovisor deficiente;
• cintos de segurança defeituosos;
• amortecedores vencidos;
• folga na direção e suspensão empenada.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas

Uma manutenção bem executada é fundamental para que a vida útil prescrita de um
veículo ou de um equipamento seja maximizada, tanto no que se refere ao seu
desempenho quanto à sua disponibilidade. Alguns dos principais objetivos da manutenção
preventiva são:
• Otimizar os insumos, garantindo mais segurança e reduzindo os impactos
ambientais.
• Garantir a frota disponível para a operação do serviço.
• Manter o controle do histórico da manutenção ao longo de toda a vida útil do
veículo.
A manutenção preventiva é efetuada frequentemente de acordo com critérios pré-
estabelecidos para reduzir a probabilidade de falha do veículo ou a degradação de um
serviço efetuado. Os tipos de manutenção preventiva são:

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas

• Manutenção sistemática: de acordo com o tempo de uso do equipamento.


• Manutenção condicional: executada de acordo com o estado do equipamento
após a evolução de um sintoma significativo.
A manutenção sistemática ou programada é realizada geralmente em intervalos fixos.
Especialistas recomendam que ela seja adotada somente se sua utilização criar uma
oportunidade para reduzir falhas que não são detectáveis antecipadamente ou se ela for
imposta por exigência de produção ou segurança.
A manutenção preventiva evita que potenciais problemas ocorram e possibilita a tomada
de ações para aumentar a segurança e evitar acidentes. Dentre outros, são itens básicos
que devem ser verificados:
• Pneus e rodas.
• Cintos de segurança.
• Faróis, lanternas, luz de freio, pisca-pisca e pisca-alerta.
• Freios.
• Limpadores de para-brisa.
• Nível de água do radiador.
• Nível de óleo.
• Direção.

Os pneus devem estar em perfeitas condições, pois representam um fator importante de


segurança. O desgaste dos pneus deve se dar por igual tanto no sentido radial quanto no

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas

transversal. No entanto, há várias causas que provocam um desgaste irregular, mesmo


que o pneu esteja calibrado corretamente.

O freio dispositivo mais importante para a segurança e tem por finalidade fazer o veículo
parar. Os veículos leves são equipados com freio de serviço e de estacionamento. Já os
veículos médios e pesados, além do freio de serviço e de estacionamento, são equipados
com o freio motor.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas

Os espelhos retrovisores, internos e externos devem ser mantidos limpos, firmes e


regulados para a posição que permita boa visibilidade pelo motorista.
A suspensão diminui as trepidações e os choques resultantes do contato dos pneus do
veículo com o solo. Atenção aos amortecedores, molas e estabilizadores, pois eles são
muito importantes na manutenção da dirigibilidade, da estabilidade e da segurança do seu
veículo.
Toda parte elétrica do veículo deve estar funcionando perfeitamente. Qualquer sinal de
mau funcionamento no painel de instrumento merece ser investigado.

VIA
As vias podem ser inimigas também, visto que muitas delas estão esburacadas, com as
faixas apagadas e sem sinalização. Conhecer o veículo, saber do que ele precisa, além de
checar todos os itens de segurança é imprescindível. As luzes de freio devem estar
acendendo corretamente, os pneus têm que ser calibrados, o sistema de suspensão, os
espelhos, extintor e etc.
Em caso de problemas na conservação das pistas, é indicado adequar a velocidade às
condições observadas.
• Recomenda-se atenção a desvios, trechos em meia pista ou sem acostamento;
• Em vias sem sinalização, atenção redobrada;
• Definir o trajeto antecipadamente é uma forma de evitar conversões bruscas e
velocidades abaixo das mínimas ao se procurar um endereço;
• Em descidas, a indicação é usar o freio rápido e suavemente, e manter-se com a
marcha engatada (em vez de utilizar "banguela").

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas

TRÂNSITO
Um congestionamento, os horários de grande fluxo de veículos e pessoas são empecilhos
e comprometem a concentração e a tranquilidade dos motoristas. Os ciclistas e animais
nas ruas e estradas são coisas que entram na parte da atenção do condutor de veículo
automotor. As cargas levadas por um carro são consideradas, quando não se encontra de
acordo com a lei de trânsito, uma condição adversa.
• Procurar vias alternativas;
• Manter distância de segurança;
• Procurar o melhor horário para evitar congestionamentos;
• Ajustar a velocidade de acordo com a fluidez do trânsito.

CONDUTOR
As condições para que o condutor do veículo transite em segurança são fatores humanos
e está relacionado com a atenção e distração. Para conduzir um veículo é sempre
necessária atenção redobrada e dedicada ao volante, pois, dirigir um veículo é um ato
composto por múltiplas tarefas que envolvem a tomada de informação, o processamento
de informação, a tomada de decisão e as atividades motoras.
Existem vários fatores, tanto físicos quanto emocionais, que afetam diretamente a
capacidade de dirigir com segurança:
Fadiga: é uma das maiores causas de acidentes, pois afeta a tomada de decisões, retarda
os reflexos e prejudica a visão. A fadiga é um tipo de cansaço permanente, para suavizar

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas

seus efeitos, recomenda-se dormir e se alimentar com regularidade e planejar as horas de


descanso.

Atenção: não se distraia com celulares, fumo, problemas pessoais e conversas. Se


perceber que sua atenção está falha, procure parar e descansar.
Audição: o som faz parte da comunicação do trânsito, como, por exemplo, a buzina e os
apitos do agente de trânsito. Mas o barulho em excesso prejudica a direção, por isso não
ligue o rádio do seu carro com som alto e use a buzina somente quando necessário.
Visão: é um fator muito importante na sua condução, faz parte inclusive do processo de
habilitação.

ATENÇÃO

Dirigir veículo sem usar lentes corretoras de visão ou aparelho auxiliar de audição
impostos por ocasião da concessão ou da renovação da licença para conduzir é
uma infração gravíssima (CTB, Art. 162, inciso VI).

As principais funções psicológicas do condutor para uma condução bem-sucedida são:


correta capacidade de percepção e atenção para captar o que ocorre ao redor, identificar e
discriminar os estímulos de situações e problemas de trânsito a serem resolvidos; percebê-
las e interpretá-las corretamente para tomar uma decisão sobre a ação ou manobra mais
adequada; executar a decisão com a rapidez e precisão possíveis.
A sua posição correta ao dirigir evita desgaste físico e contribui para evitar situações de
perigo. Siga as orientações:

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas

• Dirija com os braços e pernas ligeiramente dobrados, evitando tensões;


• Apoie bem o corpo no assento e no encosto do banco, o mais próximo possível de
um ângulo de 90 graus;
• Ajuste o encosto de cabeça de acordo com a altura dos ocupantes do veículo, de
preferência na altura dos olhos;
• Segure o volante com as duas mãos, como os ponteiros do relógio na posição de 9
horas e 15 minutos. Assim você enxerga melhor o painel, acessa melhor os
comandos do veículo e, nos veículos com “air bag”, não impede o seu
funcionamento;
• Procure manter os calcanhares apoiados no assoalho do veículo e evite apoiar os
pés nos pedais, quando não os estiver usando;
• Utilize calçados que fiquem bem fixos aos seus pés, para que você possa acionar
os pedais rapidamente e com segurança;
• Coloque o cinto de segurança, de maneira que ele se ajuste firmemente ao seu
corpo. A faixa inferior deve passar pela região do abdome e a faixa transversal
passar sobre o peito e não sobre o pescoço.

DICA

Fique em posição que permita enxergar bem as informações do painel e verifique


sempre o funcionamento de sistemas importantes como, por exemplo, a
temperatura do motor.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Acidente evitável ou não evitável

Acidente evitável ou não evitável


Acidente evitável é aquele em que os motoristas envolvidos, ou pelo menos um deles, não
fizeram tudo que poderia ser feito para evitar que o acidente acontecesse.

IMPORTANTE

O acidente não acontece por acaso, por destino ou por azar. Na maioria dos casos,
o fator humano está presente, ou seja, cabe aos condutores e aos pedestres uma
boa dose de responsabilidade.

Todo acidente de trânsito é evitável?


Grande parte dos acidentes sim, pois quase sempre há algo que poderia ser feito.
Acidentes acontecem devido a um fator ou a uma combinação de fatores causadores.
Nesse sentido, a direção defensiva ajuda a prever tais fatores e ensina técnicas para
controlá-los, de forma a evitar que os acidentes ocorram. Porém, não existe uma divisão
clara entre os dois tipos de acidente — evitáveis e não evitáveis, de maneira que muitas
vezes fica impossível classificá-los.
Normalmente as pessoas perguntam quem é o culpado, quando o mais correto seria
indagar: Quem poderia ter evitado o acidente? Lembre-se de que uma das principais
causas dos acidentes de trânsito é o comportamento do próprio condutor do veículo.
Exemplos de causas dos acidentes:
• Fatores humanos: estresse, pressa, sono, cansaço, problemas familiares, estado
de saúde, efeitos de substâncias psicoativas etc.
• Condições adversas: clima, luminosidade, condições das vias, trânsito etc.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Como ultrapassar e ser ultrapassado

Como ultrapassar e ser ultrapassado


Quando houver sinalização proibindo a ultrapassagem, não ultrapasse. A sinalização é a
representação da lei. Ela foi pensada e implantada por uma equipe técnica que já calculou
que naquele trecho não é possível realizar a ultrapassagem de forma segura.
De acordo com o Art 29 do CTB:
IX - a ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá ser feita pela esquerda,
obedecida a sinalização regulamentar e as demais normas estabelecidas neste Código,
exceto quando o veículo a ser ultrapassado estiver sinalizando o propósito de entrar à
esquerda;
Ainda, de acordo com o Art. 29 do CTB: XI - todo condutor ao efetuar a ultrapassagem
deverá:
a) Indicar com antecedência a manobra pretendida, acionando a luz indicadora de direção
do veículo ou por meio de gesto convencional de braço.
b) Afastar-se do usuário ou de usuários que ultrapassa, de tal forma que deixe livre uma
distância lateral de segurança.
c) Retomar, após a efetivação da manobra, a faixa de trânsito de origem, acionando a luz
indicadora de direção do veículo ou fazendo gesto convencional de braço, adotando os
cuidados necessários para não pôr em perigo ou obstruir o trânsito dos veículos que
ultrapassou.
Nas subidas, só ultrapasse quando estiver disponível a terceira faixa, destinada a veículos
lentos. Se não existir essa faixa, siga as orientações anteriores, mas considere que a
potência exigida do seu veículo vai ser maior que na pista plana. Lembre-se de que nas
subidas é mais difícil ultrapassar do que em locais planos.
Nos declives, as velocidades dos veículos tendem a ser maiores. Para ultrapassar, tome
cuidado adicional com a velocidade necessária para a manobra. Lembre-se de que mesmo
para ultrapassar você não pode exceder a velocidade máxima permitida naquele trecho da
via.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
O acidente de difícil identificação de causa

O acidente de difícil identificação de causa


SAIBA MAIS

O acidente de difícil identificação da causa – também denominado de colisão


misteriosa — é o acidente de trânsito que envolve um único veículo.

As principais causas desse tipo de colisão estão relacionadas com as condições adversas,
tais como: luz, tempo, via, trânsito, carga, veículo e motorista. É preciso ter em mente que
existe uma ou mais defesas para cada condição adversa, mas, se não souber usá-las, o
motorista pode se envolver em uma colisão dessa natureza.
A maioria dos motoristas envolvidos não sabem a causa (quando esta for, por exemplo, um
defeito mecânico), não querem dizer qual a causa (quando for algo constrangedor para o
motorista como, por exemplo, ter dormido ao volante ou estar embriagado) ou ainda, não
podem dizer qual a causa (porque morreram).
Em muitos casos, não é possível identificar, exatamente, qual foi a causa ou o conjunto de
fatores que causaram o acidente. Um exemplo desta situação são as chamadas colisões
misteriosas. A colisão misteriosa é definida como o acidente de trânsito que envolve
apenas um veículo, e seu condutor, quando sai vivo do acidente, não sabe ou não se
lembra, exatamente, do que ocorreu ou de qual foi a causa. Não há testemunhas e
ninguém sabe o que houve. Estatísticas comprovam que este tipo de colisão representa
1/3 dos acidentes de trânsito e, na grande maioria, envolvem a morte do condutor, de
passageiros e até de pedestres.
Novas técnicas de perícia são desenvolvidas e, a cada dia, mais acidentes têm suas
verdadeiras causas reveladas. Mesmo que o condutor não se lembre do ocorrido, ou que
não queira admitir que tenha cometido uma falha, muitas vezes, ainda é possível
comprovar a sua responsabilidade.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com outros veículos

Como evitar acidentes com outros veículos

COLISÃO COM O VEÍCULO DA FRENTE


É aquela em que o condutor bate no veículo que está à sua frente e diz: “não foi possível
parar porque o veículo à frente parou de repente”. O condutor defensivo evitaria facilmente
o acidente, utilizando-se corretamente da distância de segurança, que significa evitar dirigir
muito próximo ao veículo da frente.
Deixar de guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu veículo e os demais,
bem como em relação ao bordo da pista, resulta em multa, sendo considerada infração
grave. Art. 192 - CTB. Velocidades maiores exigem tempos mais longos de frenagem.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com outros veículos

Veja o quadro abaixo:

COLISÃO COM O VEÍCULO DE TRÁS


Uma das principais causas de colisões na traseira é motivada por motoristas que dirigem
"colados" e nem sempre pode-se escapar dessa situação, principalmente numa
emergência.
Também não adianta o fato de que "quem bate na traseira é legalmente culpado", pois isso
pode trazer-lhe consequências graves ou até mesmo matá-lo, como no caso de fratura no
pescoço.
Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança, resulta em multa,
sendo considerado infração leve. Art 169 - CTB.
A primeira atitude do condutor defensivo é livrar-se do condutor que o segue a curta
distância, reduzindo a velocidade ou deslocando-se para outra faixa de trânsito, levando-o
a ultrapassá-lo com segurança. Algumas recomendações:
• Regule os retrovisores;
• Regule o encosto de cabeça;
• Evite bagagens no interior do veículo;
• Observe pelos retrovisores e evite o ponto cego.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com outros veículos

Como evitar esse tipo de colisão:


• Saiba a manobra que vai realizar;
• Sinalize suas intenções;
• Pare suave e gradativamente;
• Facilite a ultrapassagem de quem o segue a curta distância, reduzindo a velocidade
e/ou deslocando-se para faixa de rolamento mais à direita.

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Como evitar acidentes com outros veículos

COLISÃO FRONTAL - NAS RETAS


É a pior das colisões, pois, as velocidades dos veículos se somam. Considerando-se uma
colisão frontal em uma via onde a velocidade regulamentada é 80km/h, os ocupantes dos
veículos podem chegar a sofre uma força resultante de um impacto a 160km/h. Esse tipo
de colisão pode ocorrer em qualquer tipo de via, sendo mais comum em pistas de duplo
sentido de circulação, principalmente, durante ultrapassagens, em curvas e onde a
visibilidade é ruim. Saiba o que fazer:
• Não fique indeciso quanto ao percurso, entradas ou saídas que irá usar;
• Esquematize antes o seu trajeto para não confundir os outros condutores com
manobras bruscas;
• Pesquise antes o percurso em mapas atualizados e as sinalizações que irá
encontrar, não seja surpreendido com vias em reformas ou em situações precárias;
• Sinalize suas atitudes: informe através da sinalização correta e antecipada o que
você pretende fazer;
• Certifique-se de que todos viram sua sinalização e a entenderam, dessa forma os
outros condutores terão tempo para se planejar.

COLISÃO FRONTAL - NAS CURVAS


A reunião de vários fatores, tais como: velocidade, tipo de pavimento, raio de curva,
condições dos pneus entre outros, podem levar o veículo a sair de sua mão de direção,
jogando-o para a contramão ou acostamento. Neste caso se o condutor não tomar certas
precauções pode vir a perder o controle do veículo, causando um acidente. Um veículo em
movimento está sujeito às atuações das leis da física em seu percurso. Sendo assim,
observe os seguintes cuidados:

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com outros veículos

Força centrifuga: se você entrar acelerando em uma curva, seu veículo receberá menos
peso (massa) em seu eixo dianteiro, tendendo a desgarrar as rodas dianteiros, podendo
sair fora da curva.

COLISÃO FRONTAL - NOS CRUZAMENTOS


Ocorre por manobras ocupando espaço de quem vem em sentido contrário. Veja dicas de
como evitar a colisão nos cruzamentos: Antever a entrada; Manter-se à direita; Reduzir a
velocidade; Sair pela direita se necessário.
Abalroamento é o choque lateral entre veículos ou colisão em "T". A maioria dos
abalroamentos acontecem devido ao desconhecimento das regras de preferências,
circulação, conduta e má visibilidade nos cruzamentos.
Art. 44 (CTB) – Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o condutor de veículo
deve demonstrar prudência especial, transitando em velocidade moderada, de forma que
possa deter seu veículo com segurança para dar passagem a pedestres e a veículos que
tenham direito de preferência.
1/3 dos acidentes acontecem nos cruzamentos.
Principais causas:
• Falta de visibilidade;
• Desconhecimento de preferências;
• Manobras inesperadas de veículos, etc.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com outros veículos

COLISÃO NAS ULTRAPASSAGENS


Ultrapassagens mal feitas, aliadas a excesso de velocidade, ocasionam os acidentes mais
graves e normalmente com vítimas fatais. Imprudência e falta de conhecimento/habilidade
agravam ainda mais as consequências.
Para ultrapassar com segurança são necessários alguns cuidados:
• Ultrapasse somente em locais onde seja permitido, em plenas condições de
segurança e visibilidade;
• Ultrapasse somente pela esquerda, salvo se o condutor do veículo à frente
demonstrar intenção de convergir à esquerda;
• Antes de ultrapassar, evite ficar muito próximo do veículo à frente, isso reduz a
visibilidade;
• Sinalize sua intenção;
• Certifique-se de que há espaço suficiente para executar a manobra;
• Verifique a situação do trânsito pelos retrovisores, não esqueça os pontos cegos;
• Se outro condutor já estiver iniciando a ultrapassagem, facilite e aguarde sua vez;
• Se todas as condições forem favoráveis, realize a ultrapassagem;
• Para retornar à sua faixa de origem, confira pelo retrovisor da direita;
• Não retorne até ter certeza que concluiu a manobra e não se esqueça de sinalizar;
• Jamais ultrapasse em curvas, túneis, viadutos, aclives, lombadas, cruzamentos e
outros pontos que você não veja e seja visto.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com outros veículos

ATENÇÃO

Só faça uma ultrapassagem com absoluta certeza de que conseguirá completá-la


sem colocar em risco sua segurança e a dos demais usuários da via. Ao ser
ultrapassado, não tente apostar corrida e facilite a manobra diminuindo sua
velocidade até que o outro carro passe e atinja uma distância segura.

O Brasil apresenta índices elevadíssimos de acidentes de trânsito, dentre os maiores do


mundo. Isto, com certeza, deve-se: ao comportamento errado com que os motoristas
conduzem, ao grande movimento de pedestres sob condições inseguras, precariedade da
educação e da fiscalização de trânsito.
A sua contribuição poderá fazer com que os altos índices de acidentes sejam reduzidos.
Não deixe de colocar em prática as regras básicas de segurança no trânsito e aconselhe
seus colegas a fazerem o mesmo.
• Dirija com velocidade adequada ao local;
• Ultrapasse com segurança;
• Mantenha distância adequada do veículo da frente;
• Sinalize as intenções;
• Só utilize farol alto se necessário;
• Use o cinto de segurança;
• Pare somente em locais permitidos;
• Evite dirigir sozinho longas distâncias.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes

ATENÇÃO

Ver, pensar e agir com conhecimento, rapidez e responsabilidade, são os


princípios básicos de qualquer método de prevenção de acidentes.

Para minimizar os danos decorrentes dos acidentes, é imprescindível o uso de todos os


itens de segurança para pilotar uma motocicleta. O de maior destaque, sem dúvida, é o
capacete, que quando utilizado corretamente minimiza os efeitos causados por impactos
contra a cabeça do usuário em um acidente. Quem não usa o capacete, além do risco de
trauma em acidentes, comete uma infração gravíssima, com multa de R$ 293,47 e
suspensão do direito de dirigir.
Qual é a distância mais segura entre os veículos?
Peritos de todo mundo, após vários tipos de testes, garantem que a distância garantida
de parar o carro sem atingirmos o da frente é a DISTÂNCIA DOS DOIS
SEGUNDOS. Segundo eles, estando a dois segundos do veículo da frente, a distância
aumenta automaticamente com o aumento da velocidade. Para ter a certeza de que está a
dois segundos do veículo, preste atenção, quando a traseira do veículo da frente passar
por um ponto fixo, um poste, uma placa ou uma marca na via, por exemplo, conte dois
segundos: um mil e um, um mil e dois.
• Escolha um ponto fixo à margem da via;
• Quanto ao veículo que vai à sua frente passar pelo ponto fixo, comece a contar;
• Conte dois segundos pausadamente. Uma maneira fácil é contar palavras em
sequência "cinquenta e um, cinquenta e dois";
• A distância entre o seu veículo e o que vai à frente vai ser segura se o seu veículo
passar pelo ponto fixo após a contagem de dois segundos;
• Caso contrário, reduza a velocidade e faça nova contagem. Repita até estabelecer a
distância segura.

O USO DO CINTO DE SEGURANÇA


O uso do cinto é obrigatório para todos os passageiros do carro, quem não usar
comete infração de natureza grave, punida com multa no valor de R$ 195,23.
Crianças menores de 10 anos que não tenham atingido 1,45 m (um metro e quarenta e
cinco centímetros) de altura devem ser transportadas nos bancos traseiros, em dispositivo
de retenção adequado para cada idade, peso e altura.
O cinto de segurança existe para limitar a movimentação dos ocupantes de um veículo, em
casos de acidentes ou numa freada brusca. Nestes casos, o cinto impede que as pessoas
se choquem com as partes internas do veículo ou sejam lançados para fora dele,
reduzindo assim a gravidade das possíveis lesões.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes

Para isso, os cintos de segurança devem estar em boas condições de conservação e todos
os ocupantes devem usá-los, inclusive os passageiros dos bancos traseiros, mesmo as
gestantes e as crianças.
Faça sempre uma inspeção dos cintos:
• Veja se os cintos não têm cortes, para não se romperem numa emergência;
• Confira se não existem dobras que impeçam a perfeita elasticidade;
• Teste o travamento para ver se está funcionando perfeitamente;
• Verifique se os cintos dos bancos traseiros estão disponíveis para utilização dos
ocupantes.
Uso correto do cinto:
• Ajuste firmemente ao corpo, sem deixar folgas;
• A faixa inferior deverá ficar abaixo do abdome, sobretudo para as gestantes;
• A faixa transversal deve vir sobre o ombro, atravessando o peito, sem tocar o
pescoço.

Como evitar acidentes com pedestres e outros


integrantes do trânsito

PEDESTRE
O pedestre é o usuário mais importante da via pública e, no entanto, é o mais indefeso,
principalmente crianças, idosos, portadores de deficiência física e necessidades especiais.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com pedestres e outros
integrantes do trânsito

Para evitar atropelamentos, a regra para o condutor é ser cuidadoso com o pedestre e dar-
lhe sempre o direito de passagem, principalmente nos locais adequados (faixas, área de
cruzamento, área escolar).

O condutor deve respeitar as normas estabelecidas pelo CTB, que determina:


• Os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos
menores;
• Os motorizados, pelos não motorizados;
• E, todos juntos, respondem pela incolumidade (livre do perigo, são e salvo) dos
pedestres.

CICLISTA
O ciclista com o seu veículo não motorizado é frágil e vulnerável. Além de que, tem a
preferência sobre os veículos automotores. Porém, para evitar que você se envolva nesse
tipo de acidente, o melhor é ficar atento, checar constantemente os retrovisores, tendo
cuidado com os pontos cegos dos veículos, anunciando sua presença com leves toques na
buzina.
A bicicleta é um veículo de passageiros que tem direito de trânsito como qualquer outro
veículo.
Por ser um veículo silencioso e pequeno, muitas vezes não é percebida.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com pedestres e outros
integrantes do trânsito

O CTB determina que, o condutor deve deixar uma distância lateral de 1,50 m ao passar
ou ultrapassar bicicleta.
Recomendações para evitar esse tipo de acidente:
• Cuidados com ciclistas entre o seu veículo e a guia;
• Alerte o ciclista ao ultrapassá-lo;
• Cuidado ao abrir portas de veículos.

ATENÇÃO

O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se ao pedestre em direitos


e deveres.

MOTOCICLISTA
O motociclista conduz um veículo motorizado, estando sujeito a direitos e deveres como
qualquer outro. Muitos condutores desse tipo de veículo costumam ter comportamentos
que põem em risco a segurança do trânsito e dos usuários da via. É importante lembrar
que as acidentes envolvendo motociclistas sempre têm consequências trágicas, devido à
sua fragilidade.
Não importa de quem é o erro, neste tipo de colisão o motociclista fica mais exposto e
sujeito a sofrer lesões. Independente das atitudes dos motociclistas, os condutores dos
demais veículos devem zelar por eles, até porque os veículos de porte maior devem prezar
pela segurança dos menores.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com pedestres e outros
integrantes do trânsito

Recomendações para evitar esse tipo de acidente:


• Cuidados com motociclistas entre o seu veículo e a guia;
• Cuidado ao abrir portas de veículos;
• Ajuste adequadamente os retrovisores para evitar o ponto cego.

ATENÇÃO

O motociclista desmontado, empurrando a motocicleta, NÃO se equipara ao


pedestre em direitos e deveres.

Velocidades mais altas aumentam a chance de morte de pedestres e ciclistas em


acidentes.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com pedestres e outros
integrantes do trânsito

ANIMAIS
Ocorre com mais frequência nas zonas rurais, pois os animais muitas vezes invadem a
estrada. Portanto, assim que perceber qualquer animal na pista reduza a marcha até que o
tenha ultrapassado e nunca use a buzina, pois poderá assustá-lo e fazer com que se volte
contra o seu veículo.
• Em áreas rurais, redobre a atenção e transite com os vidros fechados.
Caso perceba algum animal na via:
• Reduza a marcha até que o tenha ultrapassado e evite usar a buzina, pois poderá
assustá-lo e fazer com que se volte contra o seu veículo.

A importância de ver e ser visto


Quanto mais você enxerga o que acontece à sua volta, maior a possibilidade de evitar
situações de perigo. Os retrovisores externos, esquerdo e direito, devem ser ajustados de
maneira que você, sentado na posição correta para dirigir, enxergue o limite traseiro do
seu veículo abrindo o máximo (90 graus) e com isso reduza a possibilidade de pontos
cegos.

Nos veículos com o retrovisor interno, sente-se na posição correta e ajuste-o de modo que
lhe dê uma visão ampla do vidro traseiro. Não coloque bagagens ou objetos que impeçam
sua visão pelo retrovisor interno.

Caso seu veículo não possua o retrovisor interno, a regra para os externos continua a
mesma, mas é imprescindível que sejam colocados retrovisores convexos adicionais nas

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DIREÇÃO DEFENSIVA
A importância do comportamento seguro na
condução de veículos especializados

laterais para possibilitar maior amplitude de visão, facilitando pequenas manobras e


permitindo a visão completa do veículo.

O uso adequado de faróis, luzes indicadoras de direção (setas) e pisca-alerta também é


essencial. Eles auxiliam você a ser visto pelos demais condutores. Mantenha sempre em
perfeito funcionamento as luzes de ré e de freio. Lembre-se de que sinalizar corretamente
as manobras no trânsito é fundamental para que todas as pessoas que utilizam as vias
possam perceber a presença do seu veículo e prever seus movimentos.

A importância do comportamento seguro na


condução de veículos especializados
Muitas coisas que fazemos no trânsito são automáticas. Isso, no entanto, esconde um
problema que está na base de muitos acidentes.

SAIBA MAIS
Em condições normais, nosso cérebro leva alguns décimos de segundo para
registrar o que enxergamos. Isso significa que, por mais atento que você esteja, não
será possível observar tudo.

Os veículos de grande porte, em função de suas dimensões, apresentam uma capacidade


de manobra muito limitada quando comparados aos veículos menores. Assim, todas as
manobras, sem exceção, são mais difíceis de executar:
• As curvas precisam ter raios maiores, ou seja, ser mais abertas.
• Em frenagens, os veículos de grande porte precisam do dobro, ou até do triplo, da
distância para parar, quando comparados aos veículos menores.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Comportamento seguro e comportamento de risco –
diferença que pode poupar vidas

Comportamento seguro e comportamento de risco


– diferença que pode poupar vidas

VELOCIDADE
• A velocidade máxima permitida nem sempre é uma velocidade segura;
• A velocidade adequada é aquela compatível com todos os elementos do trânsito,
principalmente às condições adversas;
• A velocidade inadequada reduz o tempo disponível para uma reação eficiente em
caso de perigo;
• A velocidade deve ser compatível com as condições locais: o tipo de piso,
condições climáticas, quantidade e posição de pedestres, motociclistas, caminhões
e elementos do trânsito;
• Mesmo velocidades baixas podem ser incompatíveis em caso de aglomerações ou
outras situações de risco;
• Mesmo que não existam fatores adversos, nunca exceder a velocidade máxima
permitida;
• Quanto maior e mais pesado o veículo, menor é a capacidade de manobras de
velocidade.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Comportamento seguro e comportamento de risco –
diferença que pode poupar vidas

FRENAGEM
• Frenagens e reduções devem ser graduais e progressivas;
• Frenagens bruscas deve ser usada apenas em emergências;
• Nas frenagens de emergência, instintivamente acionamos o freio até o final,
causando o bloqueio das rodas e fazendo com que os pneus “arrastem” (diferente
dos veículos com sistema ABS). Esse travamento deve ser evitado, porque o
veículo com as rodas travadas percorre um espaço maior para parar, não obedece à
direção e pode sair pela tangente nas curvas;
• É preciso treinar frenagens no menor espaço possível, sem travar as rodas. Esse
treinamento deve ser feito em uma rua afastada que não ofereça perigo.

MANOBRAS
É o movimento executado pelo condutor para alterar a posição em que o veículo está no
momento em relação à via. O condutor deve executar as manobras após garantir que não
há perigo para os demais usuários das vias, cedendo passagem àqueles que têm a
preferência. Antes de iniciar uma manobra, o condutor deve sinalizar com a luz indicadora
de direção do veículo (pisca ou seta) ou, ainda, com o gesto convencional de braço. Vale
lembrar que, deixar de acionar a luz indicadora de direção é uma infração grave (5 pontos
na CNH), passível de multa.

CONVERSÕES
Durante a manobra de mudança de direção, o condutor deverá ceder passagem aos
pedestres, ciclistas e veículos que transitem em sentido contrário pela pista da via da qual
vai sair, respeitando a preferência de passagem, do contrário cometerá uma infração e
estará sujeito a multa, penalidades e medidas cabíveis.
Consiste em infração e o condutor estará sujeito a multa cabível, se:
• Caso não seja possível executar a conversão no local, o condutor deve seguir
adiante até que as condições da via e do trânsito permitam.
Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via ou em lotes lindeiros (terrenos
que fazem limite com a via), o condutor deverá:
• Ao sair pelo lado direito, aproximar-se o máximo possível do bordo direito;
• Ao sair pelo lado esquerdo, aproximar-se o máximo possível de seu eixo ou linha
divisória da pista;
• No caso de mão única, deslocar-se totalmente à esquerda.
Para acessar lotes lindeiros e garagens, deve-se seguir os mesmos procedimentos
adotados para conversão.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Comportamento seguro e comportamento de risco –
diferença que pode poupar vidas

Entrar ou sair de lotes lindeiros sem se posicionar corretamente ou sem zelar pela
segurança dos pedestres e demais veículos, é uma infração média (4 pontos na CNH),
passível de multa.
Nas vias providas de acostamento, a conversão à esquerda e a operação de retorno
deverão ser feitas nos locais sinalizados. O condutor deve aguardar no acostamento, à
direita, para cruzar a pista com segurança.
São infrações graves (5 pontos na CNH) e sujeitas a multa: realizar conversão (à direita ou
esquerda) em locais proibidos; e, não aguardar no acostamento à direita para cruzar a
pista.
Caso não seja possível executar a conversão no local, o condutor deve seguir adiante até
que as condições da via e do trânsito permitam.

RETORNOS
Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá ser feita nos locais determinados, quer
por meio de sinalização, quer pela existência de locais apropriados (canteiros), ou ainda,
em outros locais que ofereçam condições de segurança e fluidez; observadas as
características da via, do veículo, das condições meteorológicas e da movimentação de
pedestres e ciclistas. Em vias rurais (rodovias ou estradas), o retorno deve ser realizado
nos locais apropriados. Caso não exista, o condutor deve aguardar no acostamento para
cruzar com segurança.
Executar o retorno em locais proibidos por sinalização, curvas, descidas, subidas, pontes,
viadutos, túneis, cruzamentos, entrando na contramão da via transversal, passado por
cima de calçadas, passeios, canteiros, faixas de pedestres é uma infração gravíssima (7
pontos na CNH) e o condutor estará sujeito a multa.

PASSAGEM E ULTRAPASSAGEM
Passagem é o movimento de passar à frente de outro veículo que se desloca no mesmo
sentido, em menor velocidade, mas em faixas distintas da via. Ao realizar a mudança de
faixa, o condutor deve observar se no local é permitido realizar a mudança e fazê-la com
segurança, para isso, deve reduzir a velocidade e sinalizar avisando aos outros de sua
intenção, com luzes (pisca ou seta) ou gestos de braço. A mudança deve ser feita
gradativamente quando existirem várias faixas.
Ultrapassagem é o movimento de passar à frente de outro veículo que se desloca no
mesmo sentido, em menor velocidade e na mesma faixa de tráfego, necessitando sair e
retornar à faixa de origem. A ultrapassagem deve ser feita pela esquerda, obedecendo a
sinalização e as demais normas. Antes de efetuar uma ultrapassagem, certifique-se de
que:
• Nenhum condutor que venha atrás tenha começado a ultrapassá-lo;
• Quem o precede na mesma faixa não tenha intenção de ultrapassar;

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Comportamento seguro e comportamento de risco –
diferença que pode poupar vidas

• A faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa extensão suficiente para que a
manobra não ponha em perigo ou obstrua o trânsito.
Ao efetuar a ultrapassagem o condutor deverá:
• Indicar com antecedência a manobra, acionando a luz indicadora de direção;
• Afastar-se do usuário aos quais ultrapassa;
• Retornar, após a efetivação da manobra, à faixa de origem.

INFRAÇÕES REFERENTE À ULTRAPASSAGEM


INFRAÇÃO GRAVÍSSIMA - (7 pontos na CNH)
• Ultrapassar pela direita transporte coletivo ou de escolares parado para embarque
ou desembarque de passageiro;
• Ultrapassar nos acostamentos ou cruzamentos e passagens de nível; Vale destacar
que a multa dessa infração tem um fator multiplicador de 5 vezes.
São infrações sujeitas a multa (5 vezes o valor), aplicada em dobro na reincidência
em 12 meses, ultrapassar na contramão:
• Nas curvas, em subidas e descidas, sem visibilidade;
• Parado em fila junto a qualquer impedimento à livre circulação;
• Em vias com duplo sentido de direção e pista única;
• Nas pontes, nos viadutos e nas travessias de pedestres, exceto quando houver
sinalização permitindo a ultrapassagem.
INFRAÇÃO GRAVE - (5 pontos na CNH)
• Ultrapassar veículos parados em fila de semáforo, cancela, bloqueio ou qualquer
outro obstáculo.
INFRAÇÃO MÉDIA - (4 pontos na CNH)
• Ultrapassar pela direita, exceto se o veículo da frente der sinal que vai entrar à
esquerda.
INFRAÇÃO LEVE - (3 pontos na CNH)
• Ultrapassar o veículo que esteja em cortejo.

RESPONSABILIDADES DO CONDUTOR DEFENSIVO


• Conhecer as leis do trânsito e obedecer à sinalização;
• Usar sempre o cinto de segurança;
• Conhecer o veículo que está dirigindo e saber como comandá-lo;
• Manter o veículo sempre em boas condições de funcionamento;

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Comportamento seguro e comportamento de risco –
diferença que pode poupar vidas

• Prever possibilidades de acidentes e ser capaz de evitá-los;


• Ser capaz de decidir com rapidez e corretamente em situações de perigo;
• Não aceitar desafios e provocações;
• Não dirigir cansado, sob efeito de álcool e/ou drogas;
• Ver e ser visto;
• Não abusar da autoconfiança.

Estado físico e mental do condutor,


consequências da ingestão e consumo de bebida
alcoólica e substâncias psicoativas

O ato de dirigir é algo extremamente complexo no âmbito cognitivo, segundo especialistas,


a capacidade intelectual do ser humano está classificada em oito inteligências: a da
comunicação, a do raciocínio lógico, a da noção de espaço, a da coordenação motora, a
de se situar no meio ambiente e a da distinção e interpretação de sons. Em geral, para
cada tarefa que realizamos, utilizamos várias dessas inteligências, já o ato de dirigir exige
a utilização de todas as oito.
Neste sentido, a condição física e mental do condutor poderá ser o principal fator de risco
na sua condução segura, tendo em vista que afetam diretamente a capacidade de dirigir.
Alguns fatores que influenciam negativamente o desempenho do condutor são: cansaço,
sono, uso de álcool, drogas ou medicamentos e estados psicológicos alterados como

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Estado físico e mental do condutor

pressa, distração, agressividade, irritação e espírito competitivo. Veremos a seguir, como


alguns fatores afetarão diretamente o desempenho do motorista, bem como, quais as
medidas adequadas para preveni-los ou minimizá-lo.

ESTRESSE
O estresse é um conjunto de reações do organismo que prejudica o desenvolvimento das
atividades diárias e a própria saúde do indivíduo, provocando alterações indesejáveis no
metabolismo e no comportamento, podendo ter consequências perigosas. Cada pessoa
reage ao estresse de maneira diferente.
Muitos podem ser os fatores estressantes: pressões do trabalho ou da família, dívidas,
compromissos profissionais, ambiente hostil, trabalho excessivo, alterações bruscas na
vida, brigas, rompimentos de relacionamentos, falecimento de pessoas próximas,
problemas de saúde, deixar de fumar ou beber, fazer dieta e diversos outros.
Algumas das condições que facilitam ou agravam o estresse: pouca atividade física, comer
demais ou de menos, refeições irregulares, alimentação rica em gorduras e/ou pobre em
fibras, baixo consumo de líquidos, dormir pouco, perder noites e vida desorganizada.
No início, o estresse pode apresentar os seguintes sintomas:
• Insônia, falta de concentração, perda de memória, baixo desempenho profissional;
• Alteração do apetite, alterações do peso;
• Dores de estômago, problemas digestivos, náuseas, azia, gastrite;
• Dores de cabeça, dores nas costas, tensões musculares, sensações de
formigamento;
• Extremidades frias, boca seca, suor excessivo;
• Alterações do humor, diminuição do desejo sexual;
• Emotividade exagerada, irritabilidade;
• Alterações da pressão arterial, mal-estar, tonturas;
• Problemas de pele, alergias.
No trânsito, o estresse afeta o comportamento. Por exemplo, o indivíduo que apresenta
características de irritabilidade, quanto estiver estressado certamente irá piorar seu
comportamento, tornando-se agressivo ou hostil e provocando acidentes.
As pressões e tensões extras que o trânsito proporciona podem funcionar como a “gota
d’água”, alterando padrões de comportamento do condutor e fazendo-o criar situações de
risco e insegurança, para si e para os demais usuários.
Para sair e voltar sem stress:
• Ao sair de casa pense em coisas positivas;
• Tenha uma boa alimentação (a fome também acarreta o stress);

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Estado físico e mental do condutor

• Ouça músicas baixas que te faça sentir bem;


• Saia sempre com minutos de antecedência;
• Antes de se estressar, conte até dez e respire fundo;
• Não brigue nem resmungue (todos estão na mesma situação que você);
• Pense sempre que você vai chegar e que alguém está a sua espera.

SONO
Esta é uma das condições mais adversas à segurança rodoviária, pois durante a
sonolência a pessoa entra num estado fisiológico caracterizado pela falha de sensações e
de movimentos voluntários, que originam uma série de desordens no organismo muito
perigosas para condução.
A sonolência diminui muito a capacidade de dirigir. Cada um de nós tem sua própria
necessidade de sono e, em geral, dormimos menos do que precisamos. Muitas pessoas
acreditam que podem controlar o sono utilizando artifícios como café, música alta ou vento
no rosto, mas sem perceber elas podem “tirar” um cochilo fatal.
Sinais de sonolência:
• Necessidade de se esforçar para se concentrar e manter os olhos abertos;
• Sensação de peso na cabeça;
• Bocejos constantes;
• Visão sem foco;

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Estado físico e mental do condutor

• Pensamentos vagos e desconexos;


• Pequenos “desligamentos” com desvios de trajetória do veículo.
Cuidados indispensáveis:
• Nas primeiras horas da manhã redobre os cuidados, pois a maioria dos acidentes,
devido a sonolência, ocorrem neste período;
• Só dirigir se estiver realmente descansado e bem-disposto;
• Ficar atento aos períodos em que há baixa no nível de energia, como após refeições
e durante a madrugada;
• Em trajetos longos, planejar paradas e revezamentos, para não chegar ao limite.

ATENÇÃO

O sono não é proveniente apenas do cansaço, mas está ligado também a muitos
outros distúrbios de saúde. Portanto, se apesar de dormir adequadamente você
continua com sono constante, recomenda-se uma visita ao médico.

FADIGA
A fadiga é uma sensação de cansaço permanente, resultante de certas doenças como
estresse e esgotamento, podendo ser originada por má distribuição entre horas de trabalho
e descanso, por períodos prolongados. Essa condição é muito perigosa para quem passa
muitas horas no trânsito.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Estado físico e mental do condutor

Em estado de fadiga a pessoa:


• Cochila em qualquer lugar;
• Apresenta “desligamentos” e tem dificuldade de concentração;
• Apresenta falha de memória constantemente;
• Sente que o corpo parece pesado demais.
Quando tiver esses sintomas, os reflexos do condutor estarão muito mais lentos, neste
caso, deve-se evitar dirigir ou pilotar. Se isso não for possível, deve-se reduzir a velocidade
e redobrar a atenção.
Para amenizar os efeitos da fadiga, é necessário dormir e se alimentar com regularidade,
além de planejar corretamente os períodos de trabalho e descanso. Se os sintomas
persistirem, deve-se procurar ajuda médica.

BEBIDAS ALCOÓLICAS
Excesso no consumo de álcool ainda é uma das principais causas de acidentes de trânsito.
Dependendo da quantidade ingerida, o álcool causa inicialmente um estímulo no cérebro,
associado a uma sensação de alegria, de confiança e de força, quando na direção de um
veículo ele leva ao excesso de velocidade, às manobras para exibir perícia e à confiança
excessiva em si mesmo, no veículo, na via, etc.
Dependendo da quantidade de bebida ingerida, o cérebro começa a perder a capacidade
de resposta e coordenação, tirando e retardando as reações do condutor ao volante. Nas
fases mais avançadas de embriaguez, o motorista já não percebe o que se passa ao seu

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Estado físico e mental do condutor

redor, perdendo a noção de distâncias e direções, como também o controle dos seus
movimentos.
Como regra geral jamais dirija após ter ingerido bebidas alcoólicas, pois em cada três
condutores mortos em acidentes, um está sob o efeito do álcool. Saiba ainda que nos
finais de semana dobra o número de vítimas fatais alcoolizadas.
O organismo demora algum tempo para eliminar o álcool ingerido e o tempo necessário
para a eliminação do álcool pode variar de pessoa para pessoa. A Lei em vigor rege que é
proibido o consumo de bebidas alcoólicas quando for dirigir.
Ano após ano, 50% de todas as mortes em acidentes de trânsito são devido à
incapacidade causada pelo álcool.
Não seja passageiro de ninguém que tenha bebido mesmo que só um pouco. Mesmo
doses pequenas podem comprometer a habilidade do condutor, o condutor embriagado
apresenta as pupilas totalmente dilatadas e os olhos em geral estão mais sensíveis à luz,
mãos e pernas trêmulas (frias).
Tomar café forte sem açúcar, banho frio ou remédios e chás caseiros na tentativa de
diminuir os efeitos do álcool no organismo, não adianta. Essas ações conseguem apenas
transformar um bêbado com sono num bêbado acordado.
Se beber, tomar remédio ou fizer uso de qualquer tipo de droga, não dirija. Procure um
meio alternativo como transporte coletivo, táxi, carona ou espere passar o efeito do produto
ingerido.
Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que
determine dependência:
Infração – gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses.
Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo,
observado o disposto no § 4º do art. 270 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - do
Código de Trânsito Brasileiro.
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência no
período de até 12 (doze) meses.
Em 2018 entrou em vigor a Lei 13.546, que altera o Código de Trânsito Brasileiro (CTB)
em relação às penalidades referentes aos crimes cometidos na direção de veículos
automotores.
Portanto, a partir de agora, o condutor que cometer homicídio culposo ou causar lesão
grave ou gravíssima ao dirigir alcoolizado ou sob efeito de qualquer outra substância
psicoativa terá, como penalidade prevista, a reclusão de cinco a oito anos e de dois a cinco
anos, respectivamente.
As mudanças que entrarão em vigor são referentes aos crimes em que ocorre lesão à vida.
Nos outros aspectos, a lei continua igual.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Estado físico e mental do condutor

Até então, como a detenção prevista era de até quatro anos, era possível que o condutor
pagasse fiança e fosse liberado em casos de crimes de trânsito em decorrência da
ingestão de bebida alcoólica.
Entretanto, a partir de agora, nesses casos, os delegados não poderão mais arbitrar fiança
aos motoristas.
Também estão previstas, pela legislação, penalidades mais severas aos motoristas que
causarem lesões graves ou gravíssimas, como reclusão de dois a cinco anos.
Anteriormente, a penalidade prevista em casos em que acontecia lesão corporal culposa
na direção de veículo automotor era de seis meses a dois anos, mais a suspensão ou
proibição de obter a permissão ou habilitação para dirigir.
A autoridade policial está autorizada a conceder fiança para os crimes cuja pena privativa
de liberdade máxima não ultrapasse os quatro anos, como é o caso da situação citada no
parágrafo anterior.

SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS
Além do álcool, existem outras drogas que o condutor defensivo também deve ficar
distante. Porém, não é isso que se verifica nas vias nacionais. Infelizmente, as drogas
estão presentes em todos os níveis da sociedade e o trânsito não fica fora.
As drogas são divididas basicamente em três classes distintas: depressoras, estimulantes
e perturbadoras.
Todas alteram o funcionamento do sistema nervoso central, retardando, acelerando ou
desgovernando. Dificultam a coordenação motora, mental e emocional. Os sintomas
variam de acordo com vários fatores: grau de pureza da droga, quantidade da substância
usada e indivíduo, dentre outros.
Drogas Depressoras: São as drogas que baixam ou reduzem a atividade mental,
diminuindo a disposição psicológica geral, intelectual e a capacidade de vigilância.
Drogas Estimuladoras: Agem como estimulantes no sistema nervoso central, iniciando-se
os efeitos por euforia, bem-estar, disposição pronta, aumento de atividade e outros.
Provocam também excitação, irritabilidade e insônia. Após a fase estimulante, geralmente
surge uma fase depressiva.
Drogas Perturbadoras: Estas drogas causam alucinações, alterações ilusórias, isto é,
alterações de ordem psicológica do sistema sensorial do ser humano. As pessoas veem
imagens distorcidas criadas pela mente, imagens inexistentes no mundo real, alucinações
auditivas, perseguições e sensação de bichos andando sobre a pele. Dirigir sob o efeito de
substâncias tóxicas ou determinados remédios é muito perigoso para si mesmo e para os
outros.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Resumo do Módulo

Resumo do Módulo
Prezado (a) condutor (a), neste módulo revisamos os preceitos de dirigibilidade defensiva,
bem como, aos fatores que comprometem a segurança no trânsito. Trazemos como
destaque deste conteúdo:
- Direção defensiva, ou direção segura, é a melhor maneira de dirigir e de se comportar no
trânsito.
- Ao aplicar os conceitos e atitudes da direção defensiva, é possível conduzir preservando
a vida, a saúde e o meio ambiente, e prevendo situações de risco que podem causar
acidentes envolvendo o seu veículo, os de outros, e também os demais usuários da via.
- Sua atitude no trânsito pode evitar muitos acidentes ou ao menos reduzir os estragos que
eles causam.
- A compreensão de que o ato de dirigir é de extrema complexidade e requer
conhecimentos e habilidades específicas, sendo assim, o aprimoramento destas
competências deve ser constante, contemplando acesso à informação e vivências práticas.
- A percepção da supremacia do fator humano enquanto responsável pela ocorrência dos
inúmeros acidentes de trânsito; para transformação desta realidade, faz-se necessária a
autoavaliação individual para detecção de comportamentos e posturas que comprometam
a segurança.
- Grande parte dos acidentes envolve mais de um veículo. No entanto, é sempre possível
reduzir as chances de que os acidentes ocorram.
- O método básico de prevenção de acidentes deve ser utilizado diariamente por todos os
condutores, inclusive os do transporte de passageiros. Quando for necessário dirigir em
estradas e rodovias, é recomendável que se faça, antes da viagem, uma avaliação das
condições das vias.
- Durante o trajeto ou nas paradas para embarque e desembarque, alguns cuidados devem
ser obrigatoriamente observados com todos os passageiros, especialmente com aqueles
que possuem alguma dificuldade de deslocamento.
- O condutor de veículos de grande porte, como ônibus e caminhões, ao realizar manobras
como conversões, ultrapassagens, manobras em cruzamentos, frenagens ou paradas,
deve ser mais cuidadoso do que os outros condutores.
- Algumas atitudes dos condutores podem salvar muitas vidas. É indispensável manter
atenção aos requisitos de segurança, utilizando sempre a direção defensiva a seu favor.
- Todo condutor em estado de embriaguez, mesmo leve, compromete sua segurança, a
dos demais usuários da via e a dos passageiros que estão apostando suas próprias vidas
nas boas condições de atuação do motorista.

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Exercícios de fixação

Exercícios de fixação
1 - Um condutor está dirigindo seu veículo, quando percebe um motorista tentando
ultrapassá-lo. Nesse momento, reduz a velocidade e aproxima seu veículo da borda direita
da pista para facilitar a manobra do outro. Nesse caso, esse condutor agiu com:
a) Cortesia
b) Reciprocidade
c) Mutualidade
d) Coesão

2 - Do ponto de vista da direção defensiva, um condutor responsável pode ser reconhecido


quando:
a) manifesta tal controle sobre o veículo que não precisa dirigir com as duas mãos ao
volante
b) dimensiona os riscos e age com cautela antecipadamente, mesmo que a situação
tenha sido criada por outro usuário da via
c) acha que é seguro ao fazer ultrapassagem de outro veículo sobre pontes em uma
rodovia
d) consegue fazer curva em segurança, mesmo quando acessa a curva em excesso
de velocidade

3 - De acordo com os conceitos básicos da Direção Defensiva, o condutor ao parar em um


acostamento devido as condições climáticas de neblina ou cerração, deverá:
a) manter o pisca-alerta ligado
b) acender os faróis altos
c) abrir os vidros do veículo
d) ligar o limpador de para-brisa

4 - Carlos não tem o hábito de realizar periodicamente a manutenção preventiva em seu


carro, o que é fundamental para minimizar o risco de acidentes de trânsito. Nessa situação,
segundo os conceitos de Direção Defensiva, Carlos age com:
a) Imprudência
b) Estupidez
c) Negligência
d) Imperícia

5 - A fadiga é uma das causas de acidentes. Dentre outros fatores podemos dizer que a
fadiga decorre:
a) da falta de atividade física e mental
b) da excessiva atividade física e mental, da tensão nervosa e privação do sono
c) da tranquilidade dos fins de semana
d) da ausência de coordenação motora

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DIREÇÃO DEFENSIVA
Exercícios de fixação

GABARITO
1 - Um condutor está dirigindo seu veículo, Comentário: O código de trânsito brasileiro define
quando percebe um motorista tentando o pisca-alerta como uma luz intermitente do
ultrapassá-lo. Nesse momento, reduz a velocidade veículo, utilizada em caráter de advertência,
e aproxima seu veículo da borda direita da pista destinada a indicar aos demais usuários da via
para facilitar a manobra do outro. Nesse caso, que o veículo está imobilizado ou em situação de
esse condutor agiu com: emergência. Como o nome indica, ele serve para
alertar outros motoristas de quaisquer condições
a) Cortesia
ou situações incomuns na estrada. O art. 40, V,
b) Reciprocidade
alínea "a", do CTB, diz: o condutor utilizará o
c) Mutualidade
pisca-alerta em imobilizações ou situações de
d) Coesão
emergência.
Comentário: Além de ser uma cortesia, vale
ressaltar que o art. 30 do CTB, diz: todo condutor, 4 - Carlos não tem o hábito de realizar
ao perceber que outro que o segue tem o periodicamente a manutenção preventiva em seu
propósito de ultrapassá-lo, deverá, se estiver carro, o que é fundamental para minimizar o risco
circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se de acidentes de trânsito. Nessa situação, segundo
para a faixa da direita, sem acelerar a marcha. os conceitos de Direção Defensiva, Carlos age
Caso, o motorista reduza a marcha, facilitará a com:
manobra de ultrapassagem, logo vai gerar mais a) Imprudência
segurança a todos os usuários. b) Estupidez
c) Negligência
2 - Do ponto de vista da direção defensiva, um
d) Imperícia
condutor responsável pode ser reconhecido
quando: Comentário: Direção defensiva é a melhor
maneira de dirigir e se comportar no trânsito. É a
a) manifesta tal controle sobre o veículo que
possibilidade de um condutor reconhecer
não precisa dirigir com as duas mãos ao
antecipadamente as situações de perigo, prever
volante
suas consequências e estar preparado para tomar
b) dimensiona os riscos e age com
decisões que protejam os ocupantes dos veículos
cautela antecipadamente, mesmo que a
e os demais usuários da via. O art. 26, do CTB,
situação tenha sido criada por outro
diz: os usuários das vias terrestres devem, abster-
usuário da via
se de todo ato que possa constituir perigo ou
c) acha que é seguro ao fazer
obstáculo para o trânsito, ou ainda causar danos a
ultrapassagem de outro veículo sobre
propriedades públicas ou privadas.
pontes em uma rodovia
d) consegue fazer curva em segurança, 5 - A fadiga é uma das causas de acidentes.
mesmo quando acessa a curva em Dentre outros fatores podemos dizer que a fadiga
excesso de velocidade decorre:
Comentário: É aquele que adota um procedimento a) da falta de atividade física e mental
preventivo no trânsito, sempre com cautela e b) da excessiva atividade física e mental,
civilidade. O condutor responsável não dirige da tensão nervosa e privação do sono
apenas; ele está sempre pensando na segurança, c) da tranquilidade dos fins de semana
em prevenir acidentes. Independentemente de d) da ausência de coordenação motora
fatores externos ou condições adversas.
Comentário: A fadiga é uma sensação de cansaço
Lembrando que o art. 1, § 2º, do CTB, diz: que o
permanente, resultante de certas doenças como
trânsito, em condições seguras, é um direito de
estresse e esgotamento, podendo ser originada
todos.
por má distribuição entre horas de trabalho e
3 - De acordo com os conceitos básicos da descanso, por períodos prolongados. Essa
Direção Defensiva, o condutor ao parar em um condição é muito perigosa para quem passa
acostamento devido as condições climáticas de muitas horas no trânsito. É importante ressaltar
neblina ou cerração, deverá: que o condutor que dirige nessa condição
responde por uma infração de trânsito do art. 252,
a) manter o pisca-alerta ligado III, do CTB, que diz: dirigir com incapacidade física
b) acender os faróis altos ou mental temporária que comprometa a
c) abrir os vidros do veículo segurança do trânsito; logo gera uma infração de
d) ligar o limpador de para-brisa natureza média, com o computo de 4 pontos, mais
uma multa no valor de R$ 130, 16.

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NOÇÕES DE
PRIMEIROS
SOCORROS,
RESPEITO AO
MEIO AMBIENTE E
CONVÍVIO SOCIAL

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS, RESPEITO AO
MEIO AMBIENTE E CONVÍVIO SOCIAL
Objetivos de Aprendizagem

Objetivos de Aprendizagem
- Conhecer as primeiras providências de primeiros socorros e ser capaz de empregá-las
em caso de acidente de trânsito.

- Compreender a diferença entre tipos e gravidade dos acidentes.

- Verificar de forma precisa as condições gerais da vítima de acidente ou passageiro com


mal súbito.

- Sinalizar corretamente a área de segurança entorno do local do acidente.

- Rever e atualizar as informações quanto ao acionamento de recursos: bombeiros, polícia,


ambulância, concessionária da via, e outros.

- Reconhecer os impactos à saúde e ao meio ambiente causado pela poluição atmosférica


causada pelos veículos.

- Conhecer a existência das regulamentações do CONAMA, das resoluções estaduais e


municipais e sua influência no trânsito.

- Associar a emissão de gases e partículas de fumaça no meio ambiente com a adoção de


uma condução segura e econômica, as revisões periódicas do veículo e a utilização dos
equipamentos de segurança veicular.

Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará neste módulo:

Primeiras providências quanto à vítima de acidente, ou passageiro com mal súbito:

- Sinalização do local do acidente;

- Acionamento de recursos: bombeiros, polícia, ambulância, concessionária da via e


outros;

- Verificação das condições gerais da vítima;

- Cuidados com a vítima (o que não fazer);

- O veículo como agente poluidor do meio ambiente;

- Regulamentação do CONAMA sobre poluição ambiental causada por veículos;

- Emissão de gases;

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS, RESPEITO AO
MEIO AMBIENTE E CONVÍVIO SOCIAL
Objetivos de Aprendizagem

- Emissão de partículas (fumaça);

- Emissão sonora;

- Manutenção preventiva do veículo para preservação do meio ambiente;

- O indivíduo, o grupo e a sociedade;

- Relacionamento interpessoal;

- O indivíduo como cidadão;

- A responsabilidade civil e criminal do condutor e o CTB.

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS, RESPEITO AO
MEIO AMBIENTE E CONVÍVIO SOCIAL
Introdução

Introdução
Caro(a) Aluno (a),

Os acidentes de trânsito vitimam anualmente milhares de pessoas no Brasil. Somente em


2017, segundo dados apresentados pela Seguradora Líder, administradora do Seguro
DPVAT, mais de 380 mil indenizações foram pagas nos três tipos de cobertura: morte,
invalidez permanente e despesas médicas.

Neste cenário, lamentavelmente, a possibilidade de envolvimento ou testemunho de um


acidente no trânsito é bastante intensa. Por esta razão, o módulo a seguir tratará de
procedimentos e providências que devem ser adotados nestes casos, sendo possíveis de
execução a qualquer condutor, que não possua conhecimentos especializados no
segmento de Primeiros Socorros.

Esclarecemos que as orientações aqui apresentadas, tem como principal objetivo a sua
proteção, bem como a dos demais envolvidos, evitando o agravamento da situação já
existente. Somente após os devidos cuidados com a sinalização do local, deverão ser
tomadas outras medidas.

Por fim, lembramos que a omissão de socorro é crime e possui penas previstas no Código
de Trânsito e no Código Penal brasileiros. Sobretudo, defendemos que a proteção
indiscriminada à vida deve ser um compromisso abraçado por toda a sociedade.

Só podemos agir durante um socorro quando conhecemos as características do


acidente. Um veículo acidentado, um local em chamas, vítimas presas nas ferragens,
pessoa com algum mal súbito etc. são situações distintas que devem ser
consideradas na escolha da melhor forma de socorro para as vítimas. Neste módulo,
vamos conhecer a importância da sinalização do local do acidente, saber acionar
recursos, aprender a verificar as condições da vítima e conhecer os procedimentos
corretos para prestar os Primeiros Socorros.
Vamos conhecer melhor a relação entre a atividade de transporte e a poluição
resultante. Vamos entender como o transporte afeta a qualidade de vida e como
podemos reduzir a poluição causada por este serviço. Além disso, vamos
compreender nosso papel como cidadãos e como se dão as relações interpessoais,
que também afetam nossa qualidade de vida, inclusive no ambiente de trabalho.

Bons estudos!

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Noções de Primeiros Socorros

Noções de Primeiros Socorros

Acidentes de trânsito podem acontecer com todos. Mas poucos sabem como agir na hora
que eles acontecem. Para isso, esse material apresenta informações básicas que você
deve conhecer para atuar com segurança caso ocorra um acidente.

ATENÇÃO

O objetivo dessa disciplina não é ensinar primeiros socorros que necessitem de


treinamento, medidas de socorro como respiração boca-a-boca, massagens
cardíacas, imobilizações, entre outros procedimentos, exigem treinamento específico.
Caso estes conhecimentos sejam de seu interesse, procure um curso especializado.

Como agir diante de um acidente?

Com frequência os acidentes de trânsito podem provocar outros ainda mais graves do que
o primeiro. Ao prestar socorro, a regra fundamental é não colocar em risco a sua própria
segurança:

• Pare o carro em lugar seguro, nunca junto ao acidente e sim alguns metros à frente
dele;
• Sinalize devidamente o local do acidente com triângulo, folhagens, tochas etc. para
evitar novos acidentes; coloque o triângulo a pelo menos 30 metros antes do local;
• Evite a aglomeração de curiosos, o que pode provocar novos acidentes;
• Tranquilize as vítimas;
• Peça a alguém para chamar socorro especializado, informando o local exato do
acidente;

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Noções de Primeiros Socorros

• Após providenciar auxílio médico, no caso de existir vítima, solicite a presença de


autoridades policiais.

O que são Primeiros Socorros?

Segundo a ABRAMET (2005), Primeiros Socorros são as primeiras providências tomadas


no local do acidente. É o atendimento inicial e temporário, até a chegada de um socorro
profissional.

Quais são essas providências?

• Uma rápida avaliação da vítima;


• Aliviar as condições que ameacem a vida ou que possam agravar o quadro da
vítima, com a utilização de técnicas simples;
• Acionar corretamente um serviço de emergência local.

Simples, não é? As técnicas de Primeiros Socorros têm sido divulgadas para toda a
sociedade, em todas as partes do mundo. E agora, uma parte delas vai estar disponível
neste manual. Elas podem salvar vidas e não há nada no mundo que valha mais que isso.

Além de que, de acordo com o artigo 135 do Código Penal Brasileiro, deixar de prestar
socorro à vítima de acidente, ou pessoas em perigo iminente, podendo fazê-lo, caracteriza
crime.

A SEQUÊNCIA DAS AÇÕES DE SOCORRO

Cada acidente é diferente de outro e, por isso, só se pode falar na melhor forma de socorro
quando se sabe quais as suas características. Um veículo que está se incendiando, um
local perigoso (uma curva, uma ponte estreita), vítimas presas nas ferragens, a presença
de cargas perigosas, etc, tudo isso interfere na forma do socorro. Estas ações também vão
ser diferentes caso haja outras pessoas iniciando os socorros, ou mesmo se você estiver
ferido.

A sequência das ações a serem realizadas será sempre a mesma:

• Manter a calma;
• Garantir a segurança;
• Pedir socorro;
• Controlar a situação;
• Verificar a situação das vítimas;
• Realizar algumas ações com as vítimas.

O importante é ter sempre em mente a sequência dessas ações. E saber que uma ação
pode ser iniciada sem que outra tenha sido terminada. Como, por exemplo, começar a
garantir a segurança, sinalizando o local, parar para pedir socorro e voltar depois a
completar a segurança do local, controlando ainda toda a situação. Com calma e bom
senso, os primeiros socorros podem evitar que as consequências do acidente sejam
ampliadas (ABRAMET, 2005). Segundo a ABRAMET (2005), para ficar calmo após um
acidente é imprescindível seguir o seguinte roteiro:

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Noções de Primeiros Socorros

• Parar e pensar! Não fazer nada por instinto ou por impulso;


• Respirar profundamente algumas vezes;
• Ver se você sofreu ferimentos, caso seja um dos envolvidos;
• Avaliar a gravidade geral do acidente;
• Confortar os ocupantes do seu veículo;
• Manter a calma. Você precisa dela para controlar a situação e agir.

Para garantir a segurança, as diversas ações num acidente de trânsito podem ser feitas
por mais de uma pessoa, ao mesmo tempo. Enquanto uma pessoa telefona, outra sinaliza
o local e assim por diante.

Sinalização do local do acidente

Os acidentes acontecem nas ruas e estradas, impedindo ou dificultando a passagem


normal dos outros veículos. Por isso, esteja certo de que situações de perigo vão ocorrer
(novos acidentes ou atropelamentos), se você demorar muito ou não sinalizar o local de
forma adequada. Segundo a ABRAMET (2005), algumas regras são fundamentais para
você fazer a sinalização do acidente:

a) Iniciar a sinalização em um ponto em que os motoristas ainda não possam ver o


acidente: não adianta ver o acidente quando já não há tempo suficiente para parar ou
diminuir a velocidade. No caso de vias de fluxo rápido, com veículos ou obstáculos na
pista, é preciso alertar os motoristas antes que eles percebam o acidente.

b) Demarcar todo o desvio do tráfego até o acidente: não é só a sinalização que deve
se iniciar bem antes do acidente. É necessário que todo o trecho, do início da sinalização
até o acidente, seja demarcado, indicando quando houver desvio de direção.

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Sinalização do local do acidente

c) Manter o tráfego fluindo: faça isso por duas razões: se ocorrer uma parada no
tráfego, o congestionamento, ao surgir repentinamente, pode provocar novas colisões.
Além disso, não se esqueça que, com o trânsito parado, as viaturas de socorro vão
demorar mais a chegar.

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Sinalização do local do acidente

Para manter o tráfego fluindo, tome as seguintes providências:

• Manter, dentro do possível, as vias livres para o tráfego fluir;


• Colocar pessoas ao longo do trecho sinalizado para cuidarem da fluidez;
• Não permitir que curiosos parem na via destinada ao tráfego.

d) Sinalizar o local do acidente: ao passar por um acidente, todos ficam curiosos e


querem ver o que ocorreu, diminuindo a marcha ou até parando. Para evitar isso, alguém
deverá ficar sinalizando no local do acidente, para manter o tráfego fluindo e garantir a
segurança.

Existem muitos materiais fabricados especialmente para sinalização, mas na hora do


acidente, provavelmente, você terá apenas o triângulo de segurança à mão, já que ele é
um dos itens obrigatórios de todos os veículos.

• Use o seu triângulo e os dos motoristas que estejam no local.


• À noite ou com neblina, a sinalização deve ser feita com materiais luminosos.
• Lanternas, pisca-alerta e faróis dos veículos devem sempre ser utilizados.

ATENÇÃO

Tudo o que for usado para sinalização deve ser de fácil visualização e não pode
oferecer risco, transformando-se em verdadeiras armadilhas para os passantes e
outros motoristas.

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Sinalização do local do acidente

PESSOAS SINALIZANDO O LOCAL DO ACIDENTE

O emprego de pessoas sinalizando é bastante eficiente, porém é sempre arriscado. Ao


se colocar pessoas na sinalização, é necessário tomar alguns cuidados:

• Suas roupas devem ser coloridas e contrastar com o terreno;


• As pessoas devem ficar na lateral da pista sempre de frente para o fluxo dos
veículos;
• Devem ficar o tempo todo agitando um pano colorido para alertar os motoristas;
• Prestar muita atenção e estar sempre preparado para o caso de surgir algum
veículo desgovernado.

ATENÇÃO

As pessoas nunca devem ficar logo depois de uma curva ou em outro local perigoso.
Elas DEVEM ser VISTAS, de longe, pelos motoristas.

DISTÂNCIA IDEAL PARA SINALIZAÇÃO

A sinalização deve ser iniciada, para ser visível pelos motoristas de outros veículos,
antes que eles vejam o acidente. Na prática, a recomendação é seguir a tabela abaixo,
onde o número de passos longos corresponde à velocidade máxima permitida no local.

Distância para Distância para início


Velocidade início da da sinalização
Tipo da via máxima sinalização
permitida (chuva, neblina,
(pista seca) fumaça, à noite)

Vias locais 40 km/h 40 passos longos 80 passos longos

Avenidas 60 km/h 60 passos longos 120 passos longos

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Sinalização do local do acidente

Distância para Distância para início


Velocidade início da da sinalização
Tipo da via máxima sinalização
permitida (chuva, neblina,
(pista seca) fumaça, à noite)

Vias de fluxo
80 km/h 80 passos longos 160 passos longos
rápido

100 passos
Rodovias 100 km/h 200 passos longos
longos

OBS: Em nevoeiro denso deve-se parar em local seguro e não se deve desembarcar do
veículo sobre a pista (para evitar risco de gerar outro acidente).

ATENÇÃO

Quando você estiver contando os passos e encontrar uma curva, pare a contagem.
Caminhe até o final da curva e então recomece a contar a partir do zero. Faça a
mesma coisa quando o acidente ocorrer no topo de uma elevação, sem visibilidade
para os veículos que estão subindo.

IDENTIFICAR RISCOS PARA GARANTIR MAIS SEGURANÇA

O maior objetivo deste manual é dar orientações para que, numa situação de acidente,
você possa tomar providências a fim de:

• Evitar o agravamento do acidente, com novas colisões, atropelamentos ou


incêndios;
• Garantir que as vítimas não terão suas lesões agravadas por uma demora no
socorro ou uma remoção mal feita.

Segundo a ABRAMET (2005), além das providências como acionar o socorro, sinalizar o
acidente e assumir o controle da situação, se deve também observar os itens
complementares de segurança, tendo em mente as seguintes questões:

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Sinalização do local do acidente

• Eu estou seguro?
• Minha família e os passageiros de meu veículo estão seguros?
• As vítimas estão seguras?
• Outras pessoas podem se ferir?
• O acidente pode tomar maiores proporções?

Para isso, é preciso evitar os riscos que surgem em cada acidente, agindo rapidamente.

IDENTIFICAR RISCOS PARA GARANTIR MAIS SEGURANÇA

É só acontecer um acidente que podem ocorrer várias situações de risco. De acordo com a
ABRAMET (2005), as principais situações com que devemos no preocupar são:

Novas Colisões: ao sinalizar adequadamente o local do acidente, seguindo as instruções


anteriormente mencionadas, fica bem reduzida a possibilidade de novas colisões. Porém,
imprevistos acontecem. Por isso, nunca é demais usar simultaneamente mais de um
procedimento, aumentando ainda mais a segurança.

Página 140
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Sinalização do local do acidente

Atropelamentos: adotar as mesmas providências empregadas para evitar novas colisões.


Mantendo o fluxo de veículos na pista livre. Orientando para que curiosos não parem na
área de fluxo e que pedestres não fiquem caminhando pela via. Isolar o local do acidente e
evitar a presença de curiosos. Fazer isso, sempre solicitando auxílio e distribuindo tarefas
entre as pessoas que querem ajudar, mesmo que estas precisem ser orientadas.

Incêndio: sempre existe o risco de incêndio. E ele aumenta bastante quando ocorre
vazamento de combustível.

Página 141
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Sinalização do local do acidente

Nesses casos é importante adotar os seguintes procedimentos:

• Afastar os curiosos;
• Se for fácil e seguro, desligar o motor do veículo acidentado;
• Orientar para que não fumem no local;
• Pegar o extintor de seu veículo e deixe-o, pronto para uso, a uma distância segura
do local de risco.

Acionamento de recursos em caso de acidentes

É necessário observar se alguém já tomou a iniciativa e está à frente das ações, caso já
tenha ocorrido ofereça-se para ajudar. Se ninguém ainda tomou a frente, verifique se entre
as pessoas presentes há algum médico, bombeiro, policial militar ou qualquer profissional
acostumado a lidar com este tipo de emergência.

Se não houver ninguém mais capacitado, assuma o controle e comece as ações.

ATENÇÃO
Solicite um socorro profissional o mais rápido possível, pois quanto mais cedo ele
chegar, melhor para as vítimas do acidente.

Nem todo mundo está preparado para assumir a liderança após um acidente. Este pode
ser o seu caso, mas numa emergência você poderá ter que tomar a frente. Siga as
recomendações adiante, para que todos trabalhem de forma organizada e eficiente,
diminuindo o impacto do acidente (ABRAMET, 2005):

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Acionamento de recursos em caso de acidentes

• Mostre decisão e firmeza nas suas ações;


• Peça ajuda aos outros envolvidos no acidente e aos que estiverem próximos;
• Distribua tarefas às pessoas, ou forme equipes para executar as tarefas;
• Não perca tempo discutindo;
• Passe as tarefas mais simples, nos locais mais afastados do acidente, às pessoas
que estejam mais desequilibradas ou contestadoras;
• Trabalhe muito, não fique só dando ordens;
• Motive a todos, elogiando e agradecendo cada ação realizada.

Atualmente, no Brasil contamos com diversos serviços de atendimento às emergências. As


Unidades de Resgate, pertencentes aos Corpos de Bombeiros, os SAMU’s, os
atendimentos das próprias rodovias ou outros tipos de socorro, recebem chamados por
telefone, fazem uma triagem prévia e enviam equipes treinadas em ambulâncias
equipadas. No próprio local, após uma primeira avaliação, os feridos são atendidos
emergencialmente para que, em seguida, possam ser transferidos aos hospitais.

São serviços gratuitos, que têm, em muitos casos, números de telefone padronizados em
todo o Brasil. Use o seu celular, o de outra pessoa, os telefones dos acostamentos das
rodovias, os telefones públicos ou peça para alguém que esteja passando pelo local que
vá até um telefone ou um posto rodoviário e acione rapidamente o Socorro.

Números de Emergência

Polícia Militar 190

SAMU 192

Bombeiros 193

Defesa Civil 199

Central de Atendimento à Mulher 180

Denunciar violações de Direitos Humanos 100

Polícia Rodoviária Federal 191

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Verificação das condições gerais da vítima

Verificação das condições gerais da vítima

Ao avaliar uma vítima, que pode estar consciente ou inconsciente, é preciso fazer a
verificação dos sinais vitais: a respiração, a pulsação e a temperatura.

COMO AGIR COM A VÍTIMA INCONSCIENTE

Verifique os sinais vitais (respiração, temperatura e pulsação) na mesma posição em que


ela estiver.

Observe a respiração e pulsação ao mesmo tempo.

Faça da seguinte maneira:

• Apoie dois dedos (indicador e médio) sobre a artéria carótida, localizada ao lado da
traqueia (no pescoço);
• Conte os batimentos durante 1 (um) minuto, aproximando seu rosto da boca e do
nariz da vítima para perceber sua respiração;
• Observe os movimentos do tórax e do abdômen da vítima.

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Verificação das condições gerais da vítima

O pulso também é um dos pontos onde você pode medir a frequência de batimentos
cardíacos.

Veja como fazer:

• Estique o braço da pessoa e coloque dois dedos (indicador e médio) sobre a artéria,
na parte interna do pulso;
• Ao sentir a artéria pulsar, você deve contar o número de pulsações durante um
minuto.

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Verificação das condições gerais da vítima

É importante acompanhar o ritmo da respiração da vítima em função do perigo de parada


cardiorrespiratória. A respiração curta e acelerada pode indiciar a ocorrência em breve de
uma convulsão, de um desmaio ou pode alertar para que a vítima esteja entrando em
estado de choque.

Frequência de batimentos cardíacos para diferentes idades:

Variam entre 130 a 160


Recém-nascidos
batimentos por minuto

Variam entre 115 a 130


Bebê maiores
batimentos por minuto

Variam entre 100 a 115


Crianças
batimentos por minuto

Variam entre 70 a 80
Adultos
batimentos por minuto

Variam entre 60 a 70
Idosos
batimentos por minuto

ATENÇÃO

As vítimas inconscientes têm prioridade de atendimento.

FAÇA O CERTO

Verificando a sensibilidade corporal: toque ou belisque partes do corpo da vítima,


enquanto pergunta se ela sente onde você está tocando ou beliscando.

Verificando a capacidade de movimentação: peça para a vítima mexer devagar os


dedos das mãos e dos pés. Depois, os braços e as pernas. Pergunte se ela sente alguma
dor no pescoço ou na coluna. Se houver suspeita de fratura, não movimente a vítima.
Verifique com mais detalhes o corpo da vítima, procurando outras lesões como fraturas e
ferimentos. Faça todos esses testes no local e na posição em que a vítima se encontra.
Faça a verificação com muito cuidado e delicadeza, para evitar outras lesões.

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Verificação das condições gerais da vítima

Verificando a temperatura: Coloque sua mão no pescoço ou na testa da vítima para


verificar a temperatura. Se a vítima estiver muito quente, coloque compressas úmidas e
frias na testa e nas axilas dela. Assim, você poderá evitar convulsões, principalmente em
crianças, aqueça-as com cobertores, casacos ou mesmo jornais.

ATENÇÃO

Qualquer problema com a mobilidades dos membros, sensação de dormência ou


formigamento pode indicar suspeita de lesão ou fratura da coluna. Movimentar a
vítima pode ser fatal.

Mas, e se existir risco de morte para a vítima, como incêndio ou desabamento?

Somente em casos extremos, onde a vida da vítima corre real perigo, você deve mudá-la
de lugar. Mesmo assim, há vários procedimentos para evitar causar danos maiores à
coluna e à saúde em geral. A primeira regra para transportar uma vítima com suspeita de
lesão na coluna é nunca dobrar o pescoço ou as costas dela. Ela deve ser movimentada
como um bloco único, por mais de uma pessoa.

Cuidados com a vítima - o que não fazer

Na maioria dos acidentes, o condutor e demais envolvidos não são profissionais de resgate
e por isso devem se limitar a fazer o mínimo necessário com a vítima até a chegada do
socorro, até então se deve observar se a pessoa está respirando, e cuidar para mantê-la
respirando. Talvez a vítima esteja consciente, se isso ocorrer, é necessário perguntar o

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Cuidados com a vítima - o que não fazer

que está sentindo e observar possíveis hemorragias. Em hipótese alguma se pode dar
líquidos à vítima, e só encostar nos ferimentos se for para evitar grande perda de sangue.

Infelizmente, vão existir algumas situações que o socorro, mesmo chegando rapidamente
com equipamentos e profissionais treinados, pouco poderá fazer pela vítima. Mesmo
nestas situações difíceis, não se espera que alguém não habilitado faça algo para o qual
não esteja preparado ou treinado.

Segundo a ABRAMET (2005) são quatro os procedimentos que podem agravar a


situação das vítimas:

• Movimentar uma vítima;


• Retirar capacetes de motociclistas;
• Aplicar torniquetes para estancar hemorragias;
• Dar alguma coisa para a vítima tomar.

NÃO MOVIMENTAR A VÍTIMA!

A movimentação da vítima poderá causar piora de uma lesão na coluna ou em uma fratura
de um braço ou perna. A movimentação da cabeça ou do tronco de uma vítima que sofreu
um acidente com impacto que deforma ou amassa veículos, ou num atropelamento, pode
agravar muito uma lesão de coluna. Num acidente pode haver uma fratura ou
deslocamento de uma vértebra da coluna, por onde passa a medula espinhal. É ela que
transporta todo o comando nervoso do corpo, que sai do cérebro e atinge o tronco, os
braços e as pernas. Movimentando a vítima nessa situação, pode-se deslocar ainda mais a
vértebra lesada e danificar a medula, causando paralisia dos membros ou ainda da
respiração, o que com certeza vai provocar danos muito maiores, talvez irreversíveis.

No caso dos membros fraturados, a movimentação pode causar agravamento das lesões
internas no ponto de fratura, provocando o rompimento de vasos sanguíneos ou lesões
nos nervos, levando a graves complicações. Assim, a movimentação de uma vítima só
deve ser realizada antes da chegada de uma equipe de socorro, se houver perigos
imediatos como incêndio, perigo do veículo cair, ou seja, desde que esteja presente algum
risco incontrolável. Não havendo risco imediato, não movimente as vítimas. Até mesmo no
caso das vítimas que saem andando do acidente, é melhor que não se movimentem e
aguardem o socorro chegar para uma melhor avaliação. Aconselhe-as a aguardar
sentadas no veículo, ou em outro lugar seguro.

NÃO TIRAR O CAPACETE DE UM MOTOCICLISTA!

Retirar o capacete de um motociclista que se acidenta é uma ação de alto risco. A atitude
será de maior risco ainda, se ele estiver inconsciente. A simples retirada do capacete pode
movimentar intensamente a cabeça e agravar lesões existentes no pescoço ou mesmo no
crânio. Por isso deve-se aguardar a equipe de socorro ou pessoas habilitadas para que
eles realizem essa ação.

NÃO APLICAR TORNIQUETES!

O torniquete não deve ser realizado para estancar hemorragias externas. Atualmente este
procedimento é feito só por profissionais treinados e mesmo assim, em caráter de

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Cuidados com a vítima - o que não fazer

exceção, quase nunca é aconselhado. Sua utilização se restringe aos casos de


amputação, avulsão e esmagamento.

NÃO DAR NADA PARA A VÍTIMA INGERIR!

Nada deve ser dado para ingerir a uma vítima de acidente que possa ter lesões internas ou
fraturas e certamente será transportada para um hospital. Nem mesmo água. Se o socorro
já foi chamado, aguarde os profissionais que vão decidir sobre a conveniência ou não. O
motivo é que a ingestão de qualquer substância poderá interferir de forma negativa nos
procedimentos hospitalares. Por exemplo, se a vítima for submetida à cirurgia, o estômago
com água ou alimentos, é fator que aumentará o risco no atendimento hospitalar.

Com exceção, dos casos de pessoas cardíacas que fazem uso de alguns medicamentos
em emergências, geralmente aplicados embaixo da língua. Não impeça o uso dos
medicamentos que são rotina para eles. Recomenda-se sempre aguardar o socorro
especializado, porém, infelizmente, no extenso território brasileiro, existem áreas em que
este tipo de serviço especializado da saúde é escasso ou ineficiente.

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RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Regulamentação do CONAMA sobre poluição
ambiental causada por veículos

Regulamentação do CONAMA sobre poluição


ambiental causada por veículos
Os meios de transporte são responsáveis pela maior parte da emissão de gases e
partículas na atmosfera. No entanto, a poluição gerada pelos veículos não é apenas a
poluição do ar!
Entende-se por poluição a deterioração das condições ambientais que pode atingir o ar, a
água e o solo. Várias cidades vêm adotando medidas restritivas com o intuito de minimizar
os impactos negativos ao ambiente. Esse tema é considerado uma preocupação de caráter
internacional, resguardadas as especificidades de cada local, havendo necessidade de ser
abordada de forma sistemática.
A Legislação de Trânsito prevê sanções aos condutores e proprietários de veículos que
agridem o meio ambiente, tanto de forma ativa quanto passiva.
Para reduzir a poluição atmosférica causada pelos veículos, o Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA) instituiu o Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos
Automotores (PROCONVE), que engloba a conscientização da população a respeito da
poluição causada pelos veículos, o incentivo ao desenvolvimento da tecnologia no setor
automobilístico para redução de poluentes emitidos, o aprimoramento da qualidade dos
combustíveis líquidos utilizados e a fiscalização e a criação de programas de inspeção e
manutenção para veículos automotores em uso.
O CONAMA estabelece normas referentes a dispositivos destinados ao controle de
emissão de gases poluentes e de ruído, bem como prazos para sua fabricação e
instalação obrigatória nos veículos.
Por sua vez, o CTB estabelece características básicas dos veículos e a proteção ao meio
ambiente:
• Resolução 716/17 – CONTRAN: Inspeção de Segurança Veicular, critérios a serem
definidos em tempo hábil e ITV – Inspeção Técnica de Veículos - Quando deverá
ser realizada, Forma da Inspeção e critérios para sua Concessão.
• Artigo 41 – CTB: Quais situações em que pode se fazer uso da buzina.
• Artigo 98 – CTB: Emissão de Poluentes: Alteração dos motores para utilização de
CMV– Gás Metano Veicular como combustível.
• Artigo 105 - Item V – CTB: Dispositivo destinado ao controle de emissão de gases
poluentes e de ruído, como equipamento obrigatório.
• Artigo 171 – CTB: Arremessar água ou detritos sobre pedestres; (infração média
com multa).
• Artigo 172 – CTB: Atirar do veículo ou abandonar na via, objeto ou substâncias;
(infração média com multa).

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RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Regulamentação do CONAMA sobre poluição
ambiental causada por veículos

• Artigo 226 – CTB: Não retirar qualquer objeto da via, que serviu como sinalização
temporária em caso de avaria no veículo; (infração média com multa).
• Artigo 227 – CTB: Uso da Buzina. Quais situações e horários; (infração leve com
multa).
• Artigo 228 – CTB: Uso de equipamento de som. Volume e frequência; (infração
grave com multa).
• Artigo 229 – CTB: Uso de alarme que produza som e ruído que perturbem o
sossego público; (infração média, com multa, apreensão e remoção do veículo).
• Artigo 230 - Item XI – CTB: Veículo com descarga livre ou silenciador de motor de
explosão, com defeito ou inoperante; (infração grave, com multa e retenção do
veículo).
• Artigo 230, Item XVIII: Mau estado de conservação dos veículos ou reprovado na
avaliação de inspeção de segurança e de emissão de poluentes e ruído; (infração
grave com multa e retenção do veículo).
• Artigo 231 – Itens I e II – CTB: Derramando, lançando ou arrastando sobre a via
carga: qualquer objeto ou combustível; (infração gravíssima com multa e retenção
do veículo).
• Artigo 231 - Item III: Produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis superiores
ao permitido; (infração grave com multa e retenção do veículo).
• Artigo 245 – CTB: Utilizar a via para depósito de materiais, mercadorias ou
equipamentos em vias sem autorização; (infração grave com multa e remoção da
mercadoria ou do material).

IMPORTANTE

O art. 104 do CTB estabelece que todos os veículos em circulação terão suas
condições de segurança, de controle de emissão de gases poluentes e de ruído
avaliadas mediante inspeção, que será obrigatória, na forma e periodicidade
estabelecidas pelo CONTRAN para os itens de segurança, e pelo CONAMA para
emissão de gases poluentes e ruídos.

Os veículos reprovados nas inspeções serão retidos para regularização, tanto os


considerados inseguros quanto os considerados poluentes. Tal reprovação compromete os
condutores tanto para a obtenção do Licenciamento Anual de Veículo quanto para a
obtenção de um novo Certificado de Registro do Veículo.

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RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Regulamentação do CONAMA sobre poluição
ambiental causada por veículos

PRINCIPAIS ÓRGÃOS FISCALIZADORES E REGULADORES


• IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis;
• CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente;
• INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia;
• ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

PROGRAMAS
• PROCONVE – Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores,
cuja base técnica foi da CETESB e resultou na Resolução 18/86 do CONAMA.
O PROCONVE estabeleceu os limites máximos de emissão de poluentes por veículos
produzidos no país ou importados a partir de 1998.
Propiciou melhorias tecnológicas como: catalisador, canister, injeção eletrônica, etc.
A CETESB também exigiu da PETROBRÁS a substituição do chumbo, por determinada
porcentagem de álcool na gasolina.

A RESOLUÇÃO DO CONAMA Nº 418 de 25/11/2009


Dispõe sobre critérios para a elaboração de Planos de Controle de Poluição Veicular PCPV
e para a implantação de Programas de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso - I/M
pelos órgãos estaduais e municipais de meio ambiente e determina novos limites de
emissão e procedimentos para a avaliação do estado de manutenção de veículos em uso.
O Conselho Nacional DO Meio Ambiente-CONAMA, no uso das atribuições que lhe são
conferidas pelo art. 8º, inciso VI da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 , arts. 3º e 12 da
Lei nº 8.723, de 28 de outubro de 1993 , arts. 104 e 131 , entre outros dispositivos, da Lei
nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 , tendo em vista o disposto em seu Regimento
Interno, e considerando que a Inspeção Veicular Ambiental, se adequadamente
implementada, pode ser um instrumento eficaz para a redução das emissões de gases e
partículas poluentes e ruído pela frota circulante de veículos automotores, no âmbito do
Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar-PRONAR, instituído pela Resolução
CONAMA nº 5, de 15 de junho de 1989, bem como do Programa de Controle da Poluição
do Ar por Veículos Automotores-PROCONVE, criado pela Resolução CONAMA nº 18, de 6
de maio de 1986, e do Programa Nacional de Controle de Ruído de Veículos, nos termos
das Resoluções CONAMA n.º 1 e 2, de 1993;
Considerando que a falta de manutenção e a manutenção incorreta dos veículos podem
ser responsáveis pelo aumento da emissão de poluentes e do consumo de combustíveis;
Considerando a necessidade de desenvolvimento de estratégias para a redução da
poluição veicular, especialmente em áreas urbanas com problemas de contaminação
atmosférica e poluição sonora; e

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RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Regulamentação do CONAMA sobre poluição
ambiental causada por veículos

Considerando a necessidade de rever, atualizar e sistematizar a legislação referente à


inspeção veicular ambiental, tendo em vista a evolução da tecnologia veicular e o
desenvolvimento de novos procedimentos de inspeção, e a necessidade de
desenvolvimento sistemático de estudos de custo-benefício, visando ao aperfeiçoamento
contínuo das políticas públicas de controle da poluição do ar por veículos automotores,

DO PROGRAMA DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE VEÍCULOS EM USO - I/M Seção


I
Art. 10. O Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso - I/M tem o objetivo
de identificar desconformidades dos veículos em uso, tendo como referências:
I - as especificações originais dos fabricantes dos veículos;
II - as exigências da regulamentação do PROCONVE; e
III - as falhas de manutenção e alterações do projeto original que causem aumento na
emissão de poluentes.
Parágrafo único. A implementação do Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos
em Uso - I/M somente poderá ser feita após a elaboração de um Plano de Controle de
Poluição Veicular - PCPV.

Art. 11. As autoridades competentes poderão desenvolver fiscalização em campo


com base nos procedimentos e limites estabelecidos nesta Resolução e em seus
regulamentos e normas complementares.

Art. 12. Os Programas de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso - I/M serão


implantados prioritariamente em regiões que apresentem, com base em estudo técnico,
comprometimento da qualidade do ar devido às emissões de poluentes pela frota
circulante.
§ 2º Os serviços técnicos inerentes à execução do Programa de Inspeção e Manutenção
de Veículos em Uso - I/M poderão ser realizados diretamente pelo respectivo órgão
responsável ou por meio da contratação pelo poder público de serviços especializados.

Art. 13. Caberá ao órgão estadual de meio ambiente a responsabilidade pela execução do
Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso - I/M, conforme definido no
PCPV.
§ 1º Os municípios com frota total igual ou superior a três milhões de veículos poderão
implantar Programas de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso - I/M próprios,
mediante convênio específico com o estado.
§ 2º Os demais municípios ou consórcios de municípios, indicados pelo Plano de Controle
de Poluição Veicular, também poderão implantar Programas de Inspeção e Manutenção de

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RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Regulamentação do CONAMA sobre poluição
ambiental causada por veículos

Veículos em Uso - I/M próprios, mediante convênio específico com o estado, cabendo a
este a responsabilidade pela supervisão do programa.

Art. 16. A periodicidade da inspeção veicular ambiental deverá ser anual.


Parágrafo único. No caso das frotas de uso intenso, deverão ser intensificadas as ações
para adoção do Programa Interno de Auto monitoramento da Correta Manutenção da
Frota, conforme diretrizes estabelecidas pelo IBAMA, bem como aquelas voltadas à
implementação de programas estaduais para a melhoria da manutenção de veículos diesel
e a programas empresariais voluntários de inspeção e manutenção.

Art. 19. O Ministério do Meio Ambiente, por meio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis-IBAMA, deverá orientar os órgãos responsáveis pela
implantação dos Programas de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso - I/M, que
venham a encontrar dificuldades técnicas.

Art. 25. As inspeções obrigatórias deverão ser realizadas em centros de inspeção


distribuídos pela área de abrangência do Programa.

Art. 26. Fica permitida a operação de estações móveis de inspeção para a solução de
problemas específicos ou para o atendimento local de grandes frotas cativas.

POLUIÇÃO: CONCEITO, CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

SAIBA MAIS

Poluição é a deterioração das condições ambientais, que pode atingir o ar, a água
e o solo. Em linhas gerais, a palavra poluição designa qualquer modificação
desfavorável do meio natural, cujos efeitos possam alterar o equilíbrio do meio
ambiente e provocar uma perda na qualidade de vida.

No que tange às causas, os agentes que provocam a poluição são chamados poluentes.
Os poluentes podem ser gasosos, líquidos ou sólidos e concentram-se na atmosfera, na
água ou no solo. Entre eles, citam-se os gases tóxicos liberados na atmosfera, os detritos
acumulados nos rios e nas praias, o ruído excessivo produzido nos centros urbanos e até
mesmo os cartazes de publicidade, que modificam o aspecto visual de uma paisagem e
confundem a compreensão do homem.
A principal fonte de poluição atmosférica ainda é o monóxido de carbono produzido pela
frota de veículos, cujo crescimento resultou do desenvolvimento da indústria

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RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Regulamentação do CONAMA sobre poluição
ambiental causada por veículos

automobilística. Para a Abetran (2015), o monóxido de carbono emitido por veículos leves
é responsável por 68,4% do total dessa fonte. Os veículos pesados contribuem com
28,6%, os processos industriais com 2,2%, e a queima de lixo com 2,6%.
Algumas das consequências causadas pela relação entre trânsito e meio ambiente são:
• poluição atmosférica, visual, sonora e de gases poluentes;
• erosão, decorrente do mau planejamento de estradas;
• agressões contra o meio ambiente, resultantes de acidentes no transporte de
produtos tóxicos poluentes;
• incêndios devastadores, devido ao uso inadequado de lugares de descanso à beira
das rodovias, ou ao ato de jogar cigarro pela janela de veículos;
• poluição do habitat natural pelos detritos jogados pelos motoristas nas rodovias;
• enchentes em vias urbanas, provocadas pelo acúmulo de lixo deixado pelos
usuários (motoristas e pedestres) em bueiros ou próximo a rios e lagos;
• mortes de animais silvestres, provocadas por excesso de velocidade e descaso à
sinalização.

Emissão de gases e partículas (fumaça)

O motor dos veículos transforma o combustível em gases que são lançados no ar.
Aproximadamente 99% desses gases podem ser considerados inofensivos. No entanto,
existe 1% dos gases que é altamente perigoso ao homem e ao meio ambiente.

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RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Emissão de gases e partículas (fumaça)

Considerando a enorme frota de veículos automotores no país, essa pequena parcela


representa uma enorme quantidade de gases poluentes.
A poluição do ar também é causada pela evaporação do óleo e do combustível, que ocorre
com o carro parado ou em movimento, devido às variações da temperatura externa e do
motor. O veículo também elimina partículas no ar pelo atrito dos pneus com o asfalto, além
das partículas liberadas pelas pastilhas do freio a disco.

SAIBA MAIS

Os escapamentos dos veículos movidos a gasolina ou diesel lançam gases tóxicos


no ar, dentre os quais se destacam o monóxido e o dióxido de carbono, além dos
compostos sulfurosos.

O CTB, em seu Art. 97, determina que as características dos veículos, inclusive em
relação às emissões, suas especificações básicas, configuração e condições essenciais
para registro, licenciamento e circulação serão estabelecidas pelo CONTRAN, em função
de suas aplicações.
Já no Art. 231, o CTB estabelece que transitar com veículo produzindo fumaça, gases ou
partículas em níveis superiores aos fixados pelo Contran é infração grave, prevendo
penalidade de multa e medida administrativa de retenção do veículo para regularização.

EMISSÃO DE GASES E PARTÍCULAS (FUMAÇA), EFEITO ESTUFA E A


DISTRIBUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO
A camada de ozônio é uma camada gasosa que envolve o planeta Terra, protegendo-o
dos raios ultravioletas. Esses raios são nocivos, podendo causar câncer de pele e
queimaduras graves se estiverem em contato muito próximo da pele humana. A poluição e
a liberação de gases como o clorofluorcarbono (CFC), provocam a destruição dessa
camada.
O gás CFC quando entra em contato com a camada de ozônio, produz uma substância
que a dilui. Se a destruição continuar, daqui a alguns anos os raios ultravioletas estarão
muito fortes. Mesmo se a poluição parar, o buraco ainda existirá. O ideal é tentar reduzir,
ou ainda, substituir os gases poluentes, para gases naturais e não poluentes.
Cada veículo tem sua parcela de contribuição na poluição existente no nosso planeta. A
poluição causada pelos veículos contribui para o agravamento do efeito estufa. Devido ao
fato de os gases se acumularem na atmosfera, a irradiação de calor da superfície fica nela
retida e o calor não é lançado para o espaço. Assim, essa retenção provoca o efeito estufa
artificial.

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RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Emissão sonora

Emissão sonora

O veículo não polui apenas o ar! Ele também provoca poluição sonora. Uma pessoa que
fica exposta aos ruídos excessivos dos veículos está sujeita ao estresse precoce, ao
desgaste físico e a outros aborrecimentos, como: desequilíbrio emocional, dor de cabeça,
zumbido no ouvido, deficiência auditiva, agitação, irritação, distúrbios gástricos, palpitação,
insônia etc.
A poluição sonora, causada pelo excesso de barulho, tem muitas fontes, sendo que os
veículos contribuem em grande parte com esse tipo de poluição. Suas consequências
sobre cada organismo dependem de fatores como a intensidade, frequência, continuidade
ou intermitência, duração da exposição e, também, de características físicas e de saúde da
pessoa.

DICA

A consequência mais grave da poluição sonora para a saúde humana é a


redução da capacidade auditiva. Muitas pessoas não sabem, mas a perda de
audição é irreversível.

Para tentar reduzir a poluição sonora, o CTB estabelece como infrações o uso prolongado
e sucessivo da buzina, o uso de equipamentos com som ou volume de frequência que não
sejam autorizados pelo CONTRAN, e o uso indevido de aparelho de alarme que produza
sons e ruídos que perturbem o sossego público, entre outras.

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RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Emissão sonora

De acordo com o Art. 227. do CTB, constitui infração leve, com penalidade de multa,
usar a buzina:
I - Em situação que não a de simples toque breve como advertência ao pedestre ou a
condutores de outros veículos.
II - Prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto.
III - Entre as vinte e duas e as seis horas.
IV - Em locais e horários proibidos pela sinalização.
V - Em desacordo com os padrões e frequências estabelecidas pelo Contran.

O CTB estabelece como infração grave, em seu Art. 228, usar no veículo equipamento
com som em volume ou frequência que não sejam autorizados pelo Contran. Haverá
penalidade de multa com retenção do veículo, para regularização.

O Art. 229 estabelece que usar indevidamente no veículo aparelho de alarme ou que
produza sons e ruído que perturbem o sossego público, em desacordo com normas fixadas
pelo Contran, constitui infração média, com penalidades de multa e remoção do veículo.

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CONVÍVIO SOCIAL
O indivíduo, o grupo e a sociedade

Manutenção preventiva do veículo para a


preservação do meio ambiente

Uma manutenção bem executada é fundamental para que a vida útil prescrita de um
veículo ou de um equipamento seja maximizada, tanto no que se refere ao seu
desempenho quanto à sua disponibilidade. Alguns dos principais objetivos da manutenção
preventiva são:
• Otimizar os insumos, garantindo mais segurança e reduzindo os impactos
ambientais.
• Garantir a frota disponível para a operação do serviço.
• Manter o controle do histórico da manutenção ao longo de toda a vida útil do
veículo.
Uma manutenção bem executada é fundamental para que a vida útil prescrita de um
veículo ou de um equipamento seja maximizada, tanto no que se refere ao seu
desempenho quanto à sua disponibilidade. Alguns dos principais objetivos da manutenção
preventiva são:
• Otimizar os insumos, garantindo mais segurança e reduzindo os impactos
ambientais.
• Garantir a frota disponível para a operação do serviço.
• Manter o controle do histórico da manutenção ao longo de toda a vida útil do
veículo.

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CONVÍVIO SOCIAL
O indivíduo, o grupo e a sociedade

A manutenção preventiva é efetuada frequentemente de acordo com critérios pré-


estabelecidos para reduzir a probabilidade de falha do veículo ou a degradação de um
serviço efetuado. Os tipos de manutenção preventiva são:
• Manutenção sistemática: de acordo com o tempo de uso do equipamento.
• Manutenção condicional: executada de acordo com o estado do equipamento
após a evolução de um sintoma significativo.
A manutenção sistemática ou programada é realizada geralmente em intervalos fixos.
Especialistas recomendam que ela seja adotada somente se sua utilização criar uma
oportunidade para reduzir falhas que não são detectáveis antecipadamente ou se ela for
imposta por exigência de produção ou segurança.

A manutenção preventiva evita que potenciais problemas ocorram e possibilita a tomada


de ações para aumentar a segurança e evitar acidentes. Dentre outros, são itens básicos
que devem ser verificados:
• Pneus e rodas.

Página 160
CONVÍVIO SOCIAL
O indivíduo, o grupo e a sociedade

• Cintos de segurança.
• Faróis, lanternas, luz de freio, pisca-pisca e pisca-alerta.
• Freios.
• Limpadores de para-brisa.
• Nível de água do radiador.
• Nível de óleo.
• Direção.
Fazer manutenção periódica do veículo é uma das medidas preventivas para evitar
acidentes de trânsito.
Com algumas ações você evita danos ao meio ambiente, à sua saúde e dirige com mais
economia:
• Mantenha o motor regulado: você economiza cerca de 10% de combustível e evita a
transmissão excessiva de poluentes;
• Siga o plano de manutenção estabelecido pelo fabricante de seu veículo;
• Observe a vida útil dos componentes e equipamentos do veículo como filtros de ar
condicionado, óleo etc.;
• Abasteça o veículo com combustíveis de procedência comprovada;
• Conserve o nível de óleo de seu motor;
• Controle a pressão dos pneus: a pressão baixa aumenta o consumo de combustível;
• Evite carregar peso inútil.

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CONVÍVIO SOCIAL
O indivíduo, o grupo e a sociedade

Os pneus devem estar em perfeitas condições, pois representam um fator importante de


segurança. O desgaste dos pneus deve se dar por igual tanto no sentido radial quanto no
transversal. No entanto, há várias causas que provocam um desgaste irregular, mesmo
que o pneu esteja calibrado corretamente.

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CONVÍVIO SOCIAL
O indivíduo, o grupo e a sociedade

O freio dispositivo mais importante para a segurança e tem por finalidade fazer o veículo
parar. Os veículos leves são equipados com freio de serviço e de estacionamento. Já os
veículos médios e pesados, além do freio de serviço e de estacionamento, são equipados
com o freio motor.

Os espelhos retrovisores, internos e externos devem ser mantidos limpos, firmes e


regulados para a posição que permita boa visibilidade pelo motorista.
A suspensão diminui as trepidações e os choques resultantes do contato dos pneus do
veículo com o solo. Atenção aos amortecedores, molas e estabilizadores, pois eles são
muito importantes na manutenção da dirigibilidade, da estabilidade e da segurança do seu
veículo.
Toda parte elétrica do veículo deve estar funcionando perfeitamente. Qualquer sinal de
mau funcionamento no painel de instrumento merece ser investigado.

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CONVÍVIO SOCIAL
O indivíduo, o grupo e a sociedade

O indivíduo, o grupo e a sociedade


Todos os seres vivos têm a tendência de viver em grupos de estruturas definidas,
principalmente quanto à divisão de trabalho. Deste modo, é mais fácil obter alimentos,
defender a prole, sem contar que a possibilidade de sobrevivência é muito maior do que
com a vida isolada.
O homem, apesar de viver em comunidade, mantém um alto grau de individualidade, o que
não acontece com os outros seres vivos. E da atividade mental do homem surge a
originalidade, que também só se aplica ao ser humano, e cuja ausência em outros tipos de
sociedade permite maior rigidez de estrutura e automatismo.
O estudo do meio ambiente no trânsito, se faz necessário, para que haja consciência e
humanização no trânsito, respeitando assim os elementos que o compõem. Desse modo
poderemos diagnosticar os problemas causados pelo comportamento inadequado do
homem, principalmente no meio urbano, apontando assim medidas práticas para a solução
dos problemas. Para que haja uma harmonização no trânsito é necessário conhecer e
cumprir as regras de circulação e conduta.
Você, condutor, como a maioria das pessoas, pertence a algum grupo de indivíduos
atraídos por interesses comuns, como, por exemplo: família, amigos, clube, igreja. Esses
grupos, por sua vez, são integrantes e formadores da sociedade.
Apesar de fazer parte dos grupos, o indivíduo possui características próprias que o
diferenciam dos outros. O motorista precisa conhecer a caracterização da população com
a qual irá trabalhar.

IMPORTANTE

Cada pessoa tem um jeito de falar, de vestir e de viver. E para manter uma boa
convivência com as pessoas é importante conhecer e respeitar as diferenças
individuais, que são divididas em: sociais, físicas, psicológicas, culturais e religiosas.

Ou seja, cada pessoa tem a sua personalidade, que é o conjunto de características que
tornam o indivíduo único e diferente dos outros. A personalidade possui diferentes
aspectos, tais como a aparência física, a capacidade intelectual, a emotividade, as
qualidades sociais e o sistema de valores.
Alguns fatores podem determinar a personalidade: a herança biológica ou a natureza do
indivíduo, o ambiente e a idade.

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CONVÍVIO SOCIAL
Relacionamento interpessoal

Relacionamento interpessoal
SAIBA MAIS

O relacionamento interpessoal é um conceito do âmbito da sociologia e psicologia que


significa uma relação entre duas ou mais pessoas. Esse tipo de relacionamento é
marcado pelo contexto em que o indivíduo está inserido, podendo ser no ambiente
familiar, escolar, de trabalho, de comunidade (CARDO, 2015; MARIUZA e GARCIA,
2010).

É imprescindível que os profissionais do transporte, de sua parte, saibam agir


corretamente frente às diversas situações cotidianas, identificando e mudando as más
atitudes e posturas negativas. A fim de que isso ocorra, é necessário relembrar, resgatar e
colocar em uso os valores descritos em seguida:
• Educação: corresponde ao cultivo de boas maneiras no trato com todas as pessoas;
• Empatia: está relacionada à habilidade de se colocar no lugar do outro;
• Receptividade: diz respeito à facilidade de manter a mente aberta e explicitar boa
vontade no atendimento às pessoas;
• Respeito: constitui a base de qualquer relacionamento entre os colegas, superiores,
subordinados e os clientes;
• Bom senso: está associado à capacidade de entender uma situação e resolvê-la da
melhor forma possível;
• Flexibilidade: corresponde à aptidão de lidar com pontos de vista distintos;
• Paciência: está relacionada a saber não tomar decisões de forma precipitada;
• Persistência: é a perseverança da utilização de todos os valores positivos no
cotidiano;
• Equilíbrio: corresponde a ter as rédeas do próprio comportamento;
• Igualdade: está associada à percepção de que todos merecem ser tratados com
cortesia, sem diferenciação;
• Humildade: constitui a aptidão de reconhecimento dos próprios equívocos;
• Simplicidade: consiste na habilidade de simplificar questões a serem resolvidas,
bem como em se fazer entender por meio de linguagem de fácil compreensão.

SAIBA MAIS

Habilidade interpessoal é a capacidade que uma pessoa tem de relacionar-se


eficazmente com outras pessoas, de forma adequada às necessidades do outro e às
exigências da situação.

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CONVÍVIO SOCIAL
Relacionamento interpessoal

Para que tenhamos um ambiente de trabalho saudável, é importante desenvolver


competências interpessoais, já que os sentimentos de cada um influenciam a execução
das atividades. Sentimentos positivos de comunicação, cooperação, respeito e amizade
repercutem favoravelmente e aumentam a produtividade. Por outro lado, sentimentos
negativos de antipatia e rejeição tenderão à diminuição das interações, ao afastamento, à
menor comunicação, acarretando resultados desfavoráveis, com provável queda da
produtividade.
As pessoas possuem diversas características que podem ser consideradas habilidades
pessoais e que facilitam as relações, por exemplo:
• Habilidade de comunicar ideias de forma clara e precisa em situações individuais e
de grupo.
• Habilidade de ouvir e compreender o que os outros dizem.
• Habilidade de aceitar críticas sem fortes reações emocionais defensivas (tornando-
se hostil ou “fechando-se”).
• Habilidade de dar feedback aos outros de modo útil e construtivo.
• Habilidade de percepção e consciência de necessidades, sentimentos e reações
dos outros.
• Habilidade de reconhecer e lidar com conflitos e hostilidade dos outros.
• Habilidade de modificar um ponto de vista em função do feedback dos outros e dos
objetivos a alcançar.
• Tendência a procurar relacionamento mais próximo com as pessoas, dar e receber
afeto no seu grupo de trabalho.

DICA

Todos possuímos habilidades que são mais desenvolvidas e outras que são menos. A
mudança é difícil, pois exige de cada um a compreensão dolorosa de que algumas de
suas atitudes não são adequadas.

Competência interpessoal não é, portanto, um dom ou talento inato da personalidade, e


sim, uma capacidade que se pode desenvolver por meio de treinamento próprio. No
entanto, é preciso conhecer melhor as pessoas para podermos utilizar de maneira mais
apropriada as nossas habilidades.

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CONVÍVIO SOCIAL
O indivíduo como cidadão

O indivíduo como cidadão


Um verdadeiro cidadão é um indivíduo consciente de seu papel na sociedade. A cidadania
pode ser definida como o conjunto de direitos e deveres que um indivíduo tem perante o
Estado, que constituem as normas de conduta do cidadão.
Ser cidadão é participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Vamos
conhecer mais sobre esses direitos e deveres
As normas de conduta são definidas por leis e códigos. No Brasil, a lei máxima é a
Constituição Federal (BRASIL, 1988), que prevê uma série de direitos individuais,
compostos tanto por direitos do homem quanto por direitos fundamentais. Essa distinção
se faz porque os chamados direitos do homem são aqueles inerentes à condição humana,
cabendo ao Estado, por meio da Constituição, não o dever de criá-los, mas somente de
reconhecê-los como pré-existentes.
A Constituição trata dos direitos sociais em um capítulo próprio, classificando-os em
trabalhistas, ou seja, o homem enquanto produtor, e os direitos do homem enquanto
destinatário de um serviço, que dizem respeito, por exemplo, à previdência social que deve
ser prestada ao indivíduo.
São direitos sociais definidos na Constituição: educação, saúde, moradia, lazer,
segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância e a assistência
aos desamparados. Entende-se que, ao falar nisso, a Constituição está tratando do
mínimo necessário à realização da dignidade humana.
O direito à saúde implica que, nos casos de doença, cada indivíduo tenha direito a um
tratamento condizente com os avanços da medicina, não importando a sua situação
econômica. Esse direito exige do Estado garantia da continuidade da vida, executando
medidas e serviços que previnam e tratem as doenças.
Ainda sob essa perspectiva, existe o direito à educação. A Constituição diz que “a
educação é direito de todos, dever do Estado e da família”. Isso significa, em primeiro
lugar, que o Estado deve fornecer ou possibilitar, a todos, acesso aos serviços
educacionais e que, em segundo lugar, é dever da família verificar que seus membros
tenham acesso à educação.

IMPORTANTE

O CTB estabelece as regras a serem respeitadas pelos usuários das vias, com o
objetivo de garantir a segurança do trânsito. Portanto, como cidadão, o condutor
tem o direito a um trânsito seguro e o dever de respeitar o CTB para garantir esse
direito a todos os usuários, sejam motoristas, passageiros ou pedestres.

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CONVÍVIO SOCIAL
A responsabilidade civil e criminal do condutor e o
CTB

A responsabilidade civil e criminal do condutor e o


CTB
O CTB prevê penalidades na forma de multa pecuniária e medidas administrativas para
quem desrespeita as leis de trânsito. Além disso, no Capítulo XIX – Dos Crimes de
Trânsito, o infrator poderá ser punido com pena de detenção nos casos previstos nos arts.
302, 303, 304, 305, 306, 307, 308, 309, 310, 311 e 312.
De acordo com o CTB, ao proprietário do veículo caberá sempre a responsabilidade pela
infração referente à prévia regularização e preenchimento das formalidades e condições
exigidas para o trânsito do veículo na via terrestre, conservação e inalterabilidade de suas
características, componentes, agregados, habilitação legal e compatível de seus
condutores, quando esta for exigida, e outras disposições que deva observar. Já ao
condutor caberá a responsabilidade pelas infrações decorrentes de atos praticados na
direção do veículo.

O Art. 291 do CTB estabelece que, aos crimes cometidos na direção de veículos
automotores, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo
Penal, se o CTB não dispuser de modo diverso, bem como, no que couber, a Lei nº 9.099,
de 26 de setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e
dá outras providências.

O Art. 301 deixa claro que ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito com
vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se o condutor prestar
pronto e integral socorro à vítima. Dessa forma lembre-se: em caso de acidente, oferecer
socorro à vítima é uma obrigação!

DICA

Infringir o CTB, além de ser um fator de risco de acidentes, não condiz com uma boa
imagem profissional.

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS, RESPEITO AO
MEIO AMBIENTE E CONVÍVIO SOCIAL
Resumo do Módulo

Resumo do Módulo
Caro (a) condutor (a), neste módulo revisamos os procedimentos que devemos adotar em
caso de envolvimento ou testemunho de acidente de trânsito. É importante não esquecer:

- Para prestar os Primeiros Socorros, é importante ter o devido preparo pois, caso
contrário, pode-se agravar a situação e causar lesões graves, até mesmo definitivas.

- A sua segurança e dos envolvidos, deverá ser sempre a primeira preocupação. Portanto,
sinalizar o local adequadamente e providenciar o socorro especializado são as principais
providências.

- A sinalização para indicar a ocorrência de um acidente deve ser colocada de maneira que
as pessoas sejam avisadas antes de se aproximarem muito do local. Além disso, ela deve
ser visível.

- Após garantir a sua segurança, você poderá iniciar contato com a vítima, preocupando-se
inicialmente com os sinais vitais.

- Em situações de emergência, o controle emocional é responsável por grande parte do


êxito do socorro. Caso não se sinta preparado, não realize nenhum procedimento, a
melhor escolha é aguardar o socorro especializado. Há situações em que uma manobra
equivocada poderá deixar sequelas irreparáveis.

- Os elevados volumes de tráfego, principalmente nas cidades grandes, geram


concentração de poluentes e ruídos em níveis que, dependendo da intensidade, frequência
e volume, prejudicam a saúde das pessoas.

- O trânsito é um dos ambientes onde há grande quantidade de interações entre diferentes


grupos. Dizemos que o trânsito é democrático, pois qualquer um pode participar dele, seja
como condutor, seja como pedestre.

- É por meio das interações e das relações com as pessoas que estabelecemos nossos
valores, propósitos, atitudes e comportamentos.

- Conhecer as normas e saber lidar com as pessoas no trânsito é fundamental.


Desrespeitar as leis de trânsito, além de ser um fator de risco de acidentes, não condiz
com uma boa imagem profissional. O comportamento do condutor é muito importante em
sua atividade.

- A prestação de socorro é um ato de cidadania. Portanto, estando ou não envolvido num


acidente, minimizar o sofrimento de outro indivíduo, podendo fazê-lo, é uma obrigação
moral de todos nós.

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS, RESPEITO AO
MEIO AMBIENTE E CONVÍVIO SOCIAL
Exercícios de fixação

Exercícios de fixação
1 - As primeiras providências a serem tomadas são essenciais, pois podem salvar vidas e
evitar acidentes, a saber:
a) Sinalização do local do acidente
b) Acionamento de recursos: bombeiros, polícias, ambulância, concessionária da via,
etc.
c) Verificação das condições gerais da vítima
d) Todas as alternativas estão corretas

2 - Qual número de telefone acionamos o RESGATE DO CORPO DE BOMBEIRO?


a) 190
b) 191
c) 192
d) 193

3 - O atendimento inicial, feito no local do acidente, tem como finalidade principal:


a) manter a vítima viva independentemente das consequências
b) preparar a vítima para uma cirurgia, caso necessário
c) socorrer a vítima antes da chegada de atendimento médico
d) manter os sinais vitais

4 - Um motorista depara-se com um acidente ocasionado pela colisão de dois ônibus. No


interior dos veículos encontram-se algumas vítimas queixando-se de fome, sede e dores
musculares. Neste caso, a conduta correta do motorista é:
a) oferecer, após rápida avaliação, bebidas quentes e analgésicos
b) não oferecer alimentos ou bebidas, até ordem contrária dos médicos socorristas
c) estimular que todos comam alimentos com sal para evitar queda da pressão arterial
d) oferecer, após rápida avaliação, apenas alimentos doces

5 - Uma das regras principais de Primeiros Socorros é a sinalização do local do acidente.


Numa situação de chuva, em uma via de trânsito rápido, a distância do acidente para
iniciar a sinalização deverá ser de:
a) 80 passos
b) 100 passos
c) 160 passos
d) 200 passos

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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS, RESPEITO AO
MEIO AMBIENTE E CONVÍVIO SOCIAL
Exercícios de fixação

GABARITO

1 - As primeiras providências a serem tomadas 4 - Um motorista depara-se com um acidente


são essenciais, pois podem salvar vidas e evitar ocasionado pela colisão de dois ônibus. No interior
acidentes, a saber: dos veículos encontram-se algumas vítimas
queixando-se de fome, sede e dores musculares.
e) Sinalização do local do acidente Neste caso, a conduta correta do motorista é:
f) Acionamento de recursos: bombeiros,
polícias, ambulância, concessionária da e) oferecer, após rápida avaliação, bebidas
via, etc. quentes e analgésicos
g) Verificação das condições gerais da vítima f) não oferecer alimentos ou bebidas, até
h) Todas as alternativas estão corretas ordem contrária dos médicos
socorristas
Comentário: Primeiramente, deve-se sinalizar o g) estimular que todos comam alimentos
local a fim de não gerar outro acidente, verifique com sal para evitar queda da pressão
as condições da vítima, chame socorro arterial
especializado e informe as condições da vítima ao h) oferecer, após rápida avaliação, apenas
atendente. alimentos doces

2 - Qual número de telefone acionamos o Comentário: Não dê nada para a vítima de


RESGATE DO CORPO DE BOMBEIRO? acidente tomar ou comer, mesmo que com
intenção de acalmá-la. Pois, a vítima pode ter
alteração da consciência e apresentar vômitos,
e) 190 engasgando-se e “aspirar” o líquido ou comida
f) 191 para os pulmões, gerando asfixia. É importante
g) 192 destacar que não se deve dar medicamentos, pois
h) 193 não sabe qual vai ser a reação no organismo da
pessoa, então nunca de remédios a vítima.
Comentário: CORPO DE BOMBEIROS: 193;
SAMU: 192; POLÍCIA MILITAR: 190; POLÍCIA
5 - Uma das regras principais de Primeiros
RODOVIÁRIA FEDERAL: 191.
Socorros é a sinalização do local do acidente.
Numa situação de chuva, em uma via de trânsito
3 - O atendimento inicial, feito no local do rápido, a distância do acidente para iniciar a
acidente, tem como finalidade principal: sinalização deverá ser de:

e) manter a vítima viva independentemente e) 80 passos


das consequências f) 100 passos
f) preparar a vítima para uma cirurgia, caso g) 160 passos
necessário h) 200 passos
g) socorrer a vítima antes da chegada de
atendimento médico
Comentário: As distâncias para o início da
h) manter os sinais vitais sinalização são calculadas com base no espaço
necessário para o veículo parar após iniciar a
Comentário: No atendimento inicial, feito no local frenagem, mais o tempo de reação do motorista.
do acidente, tem como finalidade manter os sinais Assim, quanto maior a velocidade, maior deverá
vitais. Vale ressaltar que os sinais vitais são ser à distância para iniciar a sinalização. Quando
indicadores indispensáveis das funções condições adversas estiverem presentes, deve-se
desempenhadas pelo nosso corpo. dobrar os passos, por exemplo, via de trânsito
rápido: 160 passos largos; caso esteja em
condições normais: 80 passos largos.

Página 171
RELACIONAMENTO
INTERPESSOAL

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RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Objetivos de Aprendizagem

Objetivos de Aprendizagem
- Promover a reflexão sobre o respeito e o compartilhamento do espaço público com os
demais usuários do trânsito.

- Refletir sobre o respeito e o compartilhamento do espaço com pessoas que apresentam


diferentes necessidades.

- Compreender a função e a importância do agente de fiscalização de trânsito para a


segurança viária.

- Compreender os conceitos de responsabilidade, cooperação igualdade e equidade.

- Apresentar comportamento responsável na condução em relação aos demais usuários do


trânsito.

- Compreender e respeitar o papel dos agentes de fiscalização de trânsito.

- Atuar de forma apropriada na condução de veículos em relação aos usuários do trânsito,


considerando suas especificidades como idade e necessidades especiais.

- Respeitar as normas estabelecidas para a segurança no trânsito.

- Utilizar, em situações concretas de trânsito, as noções de ética e cidadania.

Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará neste módulo:

- Aspectos do comportamento e de segurança no transporte de passageiros;

- Comportamento solidário no trânsito;

- Responsabilidade do condutor em relação aos demais atores do processo de circulação;

- Respeito às normas estabelecidas para segurança no trânsito;

- Papel dos agentes de fiscalização de trânsito;

- Atendimento às diferenças e especificidades dos usuários (pessoas portadoras de


necessidades especiais, faixas etárias diversas, outras condições);

- Características das faixas etárias dos usuários mais comuns de transporte coletivo de
passageiros.

Página 173
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Introdução

Introdução
Caro(a) Aluno (a),

Trânsito é a movimentação de veículos, pessoas e animais nas vias terrestres com o


propósito único de locomoção. Todas as pessoas fazem parte da circulação geral da
cidade, cada um com seus interesses e necessidades e com sua própria condição de
deslocamento. Pensar sobre o trânsito não é apenas uma questão técnica e de
engenharia, mas, sobretudo, uma questão social, econômica e política.

Considerando a necessidade urgente de redução dos elevados índices de acidentes no


trânsito em nosso país, compreendemos que uma solução eficaz requer, necessariamente,
uma formação que possibilite a todos nós, condutores e pedestres, ampliar a consciência
sobre nossas obrigações no trânsito, cada um cuidando de si e responsabilizando-se pelos
demais elementos que constituem este cenário.

Com intuito de proporcionar um momento de reflexão, trataremos a seguir da importância


do Relacionamento Interpessoal para a construção de uma mobilidade consciente nas vias
terrestres brasileiras.

As ações das pessoas devem ser orientadas pelos seus valores — que se
manifestam em opiniões, atitudes, preferências, desejos, temores e ações. Os valores
podem ser pessoais, profissionais, empresariais ou sociais. Eles orientam as decisões
que as pessoas tomam no seu dia a dia e estão no cerne da cultura de uma empresa,
assim como no centro da personalidade das pessoas. Quando aprendemos a ver as
coisas do ponto de vista do outro, entendendo seus valores, tem início a possibilidade
de se estabelecerem relações.
Os motoristas profissionais são capacitados para dirigir defensivamente. Conduzir
veículos do transporte coletivo exige muita preparação e consciência, pois nas mãos
dos profissionais estão muitas pessoas. Estudaremos suas responsabilidades quanto
à segurança e vamos entender, também, o papel dos agentes de fiscalização.
Para finalizar o nosso curso, vamos conhecer algumas especificidades dos
passageiros e entender que cada um deve ser tratado segundo suas características.
Alguns possuem mais dificuldades que os outros e o atendimento a eles deve ser
diferenciado. Por fim, vamos compreender como as características dos passageiros
do transporte coletivo se modificam em função de sua idade.

Bons estudos!

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RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Aspectos do comportamento e de segurança no
transporte de passageiros

Aspectos do comportamento e de segurança no


transporte de passageiros

Cada ser humano é único no planeta, possuindo características físicas, biológicas e


comportamentais únicas.

De acordo com seus interesses e afinidades, participa de diversos grupos sociais, com a
família ou o trânsito, que se renova a cada minuto. Pessoas que nunca se viram, passam a
ter uma relação momentânea de convívio.

DICA

A regra básica para a harmonia dentro de qualquer grupo é conhecer as regras do


mesmo, para respeitá-las e exercer os seus direitos.

Importante entender...

"O trânsito pode ser concebido como um espaço de convivência social, formado por
pessoas com necessidades e interesses diversos, as quais terão de negociar o uso
do espaço público da melhor forma possível, uma vez que dois corpos não podem
ocupar o mesmo lugar simultaneamente".

(VASCONCELLOS,1998)

Página 175
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Aspectos do comportamento e de segurança no
transporte de passageiros

Todos os seres vivos têm a tendência de viver em grupos de estruturas definidas,


principalmente quanto à divisão de trabalho. Deste modo, é mais fácil obter alimentos,
defender a prole, sem contar que a possibilidade de sobrevivência é muito maior do que
com a vida isolada.

O homem, apesar de viver em comunidade, mantém um alto grau de individualidade, o que


não acontece com os outros seres vivos.

E da atividade mental do homem surge a originalidade, que também só se aplica ao ser


humano, e cuja ausência em outros tipos de sociedade permite maior rigidez de estrutura e
automatismo.

SAIBA MAIS

Habilidade interpessoal é a capacidade que uma pessoa tem de relacionar-se


eficazmente com outras pessoas, de forma adequada às necessidades do outro e às
exigências da situação.

Para que haja uma harmonização no trânsito é necessário conhecer e cumprir as regras de
circulação e conduta.

Assim, quando pensamos o espaço público como um espaço a ser utilizado por todos
percebemos que a violência do trânsito não é um problema isolado, mas deve ser tratado
por todo o conjunto da sociedade.

Afinal, o trânsito só muda quando a gente muda.

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RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Aspectos do comportamento e de segurança no
transporte de passageiros

ATENÇÃO

Quando há respeito pela opinião do outro e as ideias são ouvidas e discutidas,


estabelece-se um relacionamento de grupo. No entanto, quando ideias e sentimentos
não são ouvidos, ou são ignorados, e quando não há troca de informações, as
relações ficam prejudicadas.

PRINCÍPIO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS

• Todos são iguais perante a Lei, sem qualquer distinção de cor, sexo, raça ou
religião.
• Preservar a sinalização de trânsito, o meio ambiente e o patrimônio público é
exercer a cidadania.

Art. 5º da Constituição Federal do Brasil:

“XV – É livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer


pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;”

Desse modo é necessário compreender o espaço público como um espaço a ser


utilizado por todos e perceber que a violência do trânsito não é um problema
isolado, mas deve ser tratado por todo o conjunto da sociedade.

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RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Comportamento solidário no trânsito

Comportamento solidário no trânsito

O trânsito é o mais importante ponto de junção de diversos grupos, segmentos e indivíduos


de uma sociedade e por este motivo o comportamento dos usuários envolvidos é tão
importante. Mesmo sem querer, no trânsito nos relacionamos com várias pessoas ao
mesmo tempo, é importante sempre manter o equilíbrio.

Alguns valores são fundamentais para que os cidadãos mantenham a calma no trânsito e
possam dessa maneira evitar brigas, discussões e acidentes.

“Enquanto todo o indivíduo necessita dos demais, todos os indivíduos podem ser
necessitados por outros. A mesma limitação, que força o indivíduo a viver em
sociedade, também o converte em elemento útil dela... Em outras palavras, o
homem não é apenas chamado a viver, mas a conviver.”

A EDUCAÇÃO DO HOMEM SEGUNDO PLATÃO – EVILÁZIO F. B. TEIXEIRA

Para que se construa uma convivência solidária no trânsito faz-se necessário:

• Conhecer e respeitar as normas que regem o trânsito e o direito do outro;


• Preservar o meio ambiente e o patrimônio público;
• Ser cordial, tolerante e cooperativo com os demais usuários da via, relevando erros
e equívocos dos demais;
• Abrir mão dos seus direitos em favor do bem comum e da segurança de todos;
• Evitar confrontos e comportamentos agressivos;
• Ter autocrítica, reconhecendo seus próprios erros e procurando evitá-los.

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RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Comportamento solidário no trânsito

RESPEITO

Por ser um dos valores mais importantes, o respeito é a viga mestra dos relacionamentos.
É importante respeitar os outros, as diferenças individuais e a diversidade de opiniões.

FLEXIBILIDADE

As pessoas têm interesses distintos. É preciso “jogo de cintura” para evitar conflitos e
buscar soluções criativas para problemas criados pelos relacionamentos. Além disso, as
pessoas mais flexíveis têm melhor capacidade de adaptação quando expostas a diferentes
situações ou ambientes.

BOM SENSO E SABEDORIA

Qualquer situação ou problema tem mais de uma maneira de ser interpretado ou resolvido.
O controle das situações está sempre na mão de quem age com bom senso e ponderação.

HUMILDADE

Reconhecer os próprios erros, com humildade e simplicidade tema propriedade de


dissolver os desentendimentos na raiz. Entretanto, nos relacionamentos, poucos são
aqueles que reconhecem os erros.

PACIÊNCIA

As pessoas pacientes não precisam resolver tudo na hora, não são afobadas, nem tiram
conclusões precipitadas.

EQUILÍBRIO

Controlar o próprio temperamento é fundamental para quem quer, deseja e necessita


desenvolver uma boa capacidade de se comunicar e negociar.

EDUCAÇÃO

Colocando em prática as dicas sugeridas, o ambiente do trânsito se tornará menos


agressivo e o condutor pode, dessa forma, evitar situações de risco para ele e para os
demais.

Cultivar as boas maneiras, saber o valor da civilidade, tratar bem as pessoas, ser gentil e
cordial são atributos indispensáveis.

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RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Respeito às normas estabelecidas para segurança no
trânsito

Responsabilidade do condutor em relação aos


demais atores do processo de circulação

Boa parte da população mundial gasta horas diárias enfrentando o trânsito e dirigindo para
se locomover de um lugar para o outro. Para que o ato de dirigir seja algo cada vez mais
seguro é primordial conhecer as diversas normas de trânsito para ser um bom motorista.

Entretanto, poucos são os que seguem à risca todas as condutas de bom comportamento
no trânsito, como, por exemplo, o respeito às placas e sinalizações.

Este desrespeito e outros fatores refletem a existência de diferentes tipos de condutores.


Cada um com uma característica principal que compromete o seu desempenho no trânsito.

Vejamos abaixo a descrição de alguns destes perfis:

CONDUTOR DEPRESSIVO

Dentre os tipos de motoristas, este perfil é facilmente identificável. Costuma apresentar


indícios muito evidentes de desmotivação ao dirigir e pouco ou nenhum interesse pela
própria vida, enquanto está no trânsito.

CONDUTOR AGRESSIVO

Este é um dos tipos de motoristas que pode ser considerado o mais danoso ao trânsito e à
segurança de todos como um todo. Ele costuma conduzir perigosamente e se envolve
facilmente em problemas no trânsito, que o torna mais propenso a causar acidentes
graves.

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RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Respeito às normas estabelecidas para segurança no
trânsito

CONDUTOR INTROVERTIDO

Geralmente apresenta um comportamento inseguro e tímido. Dentre os tipos de


motoristas, este apresenta um grau de desmotivação dos mais altos, sendo que muitos
não aparentam se interessar em manter a própria segurança.

CONDUTOR INSEGURO

Este motorista costuma apresentar muita indecisão e dúvidas. Ele é incapaz de tomar
atitudes rápidas enquanto dirige: uma atitude potencialmente perigosa.

CONDUTOR APRENDIZ

Geralmente associado a um conhecimento teórico insuficiente do trânsito e suas normas,


dentre os tipos de motoristas, este pode ser considerado um dos mais impetuosos.

CONDUTOR IMPULSIVO

Não costuma pesar suas decisões no trânsito e as consequências que elas possam ter.
Tem um excesso de confiança, que pode vir a se tornar prejudicial, pois ele não tem o
hábito de analisar os riscos.

CONDUTOR SUGESTIONÁVEL

Dentre os tipos de motoristas já citados, este pode ser considerada uma mistura do tipo
inseguro com o aprendiz. Ele não consegue tomar decisões e sendo muito imperito.

CONDUTOR DISTRAÍDO

Este tipo de motorista tem muita dificuldade em manter a concentração por muito tempo,
que acarreta a falta de atenção e, possivelmente, acidentes de trânsito, por conta do uso
de eletrônicos enquanto dirige, por exemplo.

CONDUTOR NEGATIVISTA

Entre os tipos de motoristas, o negativista assemelha-se muito com o primeiro citado


(depressivo), ainda que não apresente traços da doença. Está sempre de mau humor, com
sono e desanimado. Por conta disto, acaba se desinteressando pelo trânsito e não se
importa em dirigir corretamente.

CONDUTOR INQUIETO

Muito semelhante ao condutor impulsivo, este, o inquieto está sempre muito agitado e tem
dificuldades em manter a atenção, o equilíbrio e está sempre distraído com algo.

CONDUTOR ESTRESSADO

Este tipo de motorista perde o controle com muita facilidade e tem muita tendência à
agressividade, sendo um dos tipos de motoristas mais perigosos com altas tendências a
provocar acidentes de trânsito.

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RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Respeito às normas estabelecidas para segurança no
trânsito

CONDUTOR DEPENDENTE QUÍMICO

Como o próprio nome já diz, este condutor dirige sob o efeito de entorpecentes, seja ele
qual for, e não se importa se está ou não comprometendo a sua segurança ou a do outro.
Este tipo de condutor é o responsável pela criação da Lei Seca, que visa evitar acidentes e
mortes no trânsito devido ao uso de álcool.

Conhecer a diversidade de características dos diversos condutores que encontraremos nas


vias, nos permite perceber a necessidade de adotar um comportamento que nos previna
em relação às possíveis ações de negligência, imperícia ou imprudência desses
motoristas.

É importante ter sempre em mente que dividimos o espaço público com outros indivíduos
que também necessitam utilizar as vias e deslocar-se com segurança.

O índice de acidentes e mortes no trânsito envolvendo motocicletas, pedestres e ciclistas é


alarmante em nosso país.

Veja abaixo números publicados pela Seguradora Líder, que administra o Seguro DPVAT:

FONTE: https://www.seguradoralider.com.br/Documents/boletim-estatistico/boletim-ano7-volume-2.pdf

Com o intuito de proteger os elementos mais frágeis com compõem o cenário do trânsito, o
Código de Trânsito Brasileiro estabelece:

Art. 29 – § 2º – C.T.B.: Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas


neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre
responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e,
juntos, pela incolumidade dos pedestres.

Em conformidade com o previsto no Art. 29, o Código apresenta normas e punições


específicas para o condutor que desrespeitar a segurança dos menores ou dos pedestres.

Vejamos algumas delas.

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RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Respeito às normas estabelecidas para segurança no
trânsito

CUIDADOS ESPECIAIS COM O PEDESTRE

Art. 70. Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre as faixas delimitadas para
esse fim terão prioridade de passagem, exceto nos locais com sinalização semafórica,
onde deverão ser respeitadas as disposições deste Código.

Parágrafo único. Nos locais em que houver sinalização semafórica de controle de


passagem será dada preferência aos pedestres que não tenham concluído a travessia,
mesmo em caso de mudança do semáforo liberando a passagem dos veículos.

Os pedestres ficaram em 2º lugar nas indenizações pagas por acidentes fatais no ano de
2017 (26%), assim como nos acidentes dos quais as vítimas possuem sequelas
permanentes, segundo o relatório anual da Seguradora Líder.

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RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Respeito às normas estabelecidas para segurança no
trânsito

CUIDADOS ESPECIAIS COM O CICLISTA

Colar na traseira do ciclista ou apertá-lo contra a calçada é infração grave.

Art. 192. Deixar de guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu veículo e
os demais, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a
velocidade, as condições climáticas do local da circulação e do veículo: Infração -
grave; Penalidade - multa.
Vale destacar que a bicicleta é um veículo de propulsão
humana que deve cumprir as normas de trânsito, ou seja,
respeitar e ser respeitada no cenário trânsito.
Um leve toque de retrovisor na ponta de um guidão de
bicicleta faz com que ele vire para a direita,
desequilibrando o ciclista para a esquerda e fazendo com
que ele caia na via em meio aos carros. Não há destreza
do ciclista que supere a física e a gravidade, portanto
depois do toque é impossível impedir o processo de
queda. Se o próprio carro que tocou o guidão não passar
por cima de um braço ou perna da vítima, o veículo que
vier atrás pode passar por cima de sua cabeça.

Art. 201. Deixar de guardar a distância lateral de um metro e cinquenta centímetros ao


passar ou ultrapassar bicicleta: Infração - média; Penalidade - multa.

DICA

LEMBRE-SE! TRÂNSITO SEGURO É UM DIREITO DE TODOS!

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RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Respeito às normas estabelecidas para segurança no
trânsito

CUIDADOS ESPECIAIS COM O MOTOCICLISTA

Os cuidados com o motociclista, são um capítulo especial quando tratamos sobre os


demais integrantes do trânsito. Segundo a Seguradora Líder, administradora do seguro
DPVAT, a motocicleta foi o veículo com o maior número de acidentes no ano de 2017.
Apesar de representar apenas 27% da frota nacional, concentrou 74% das indenizações.
88% das indenizações por morte em acidentes com motocicletas foram para vítimas do
sexo masculino. No caso de acidentes de motos que resultaram em sequelas
permanentes, 79% das indenizações também foram para vítimas do sexo masculino,
enquanto as indenizações por acidentes com os demais veículos, pagas também para
homens, representaram 65%. Isso demonstra que motociclistas do sexo masculino se
envolvem em mais acidentes que condutores homens dos demais veículos.

As vítimas de acidentes com motocicletas são em sua maioria jovens em idade


economicamente ativa, o que representa, além do sofrimento inestimável para todos os
envolvidos no acidente – vítima e familiares – altos níveis de prejuízo para o setor
produtivo da economia. O quadro abaixo demonstra a representatividade deste veículo nos
índices de acidentes no Brasil.

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RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Respeito às normas estabelecidas para segurança no
trânsito

Veja abaixo dicas importantes para garantir a segurança de todos que compõem o
trânsito:

• Não esqueça: O tamanho do veículo indica responsabilidade. Os maiores devem


tomar cuidado com os menores, mais frágeis em caso de acidente: motos, bicicletas
e pedestres;
• Não aceite desafios e nem provocações no trânsito;
• Não abuse da autoconfiança;
• Mantenha o veículo sempre em boas condições de funcionamento, falhas
mecânicas também são causas de graves acidentes;
• Não dirija se estiver sob o efeito do álcool, remédios ou qualquer outra substância
tóxica;
• Certifique-se de que os demais motoristas e os pedestres estão vendo o seu
veículo. Use a sinalização de forma correta;
• Respeite sempre a sinalização de trânsito, em qualquer local, horário ou
circunstância;
• De carro, cuidado com o farol alto. Você pode ofuscar a visão do motorista na via de
sentido oposto;
• Os equipamentos de segurança são essenciais, para todos os ocupantes do
veículo, em todos os assentos disponíveis.

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RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Respeito às normas estabelecidas para segurança no
trânsito

Respeito às normas estabelecidas para segurança


no trânsito

A implantação do CTB, em 1998, reforçou a responsabilidade, a necessidade de mudança


de comportamento e a educação no trânsito. Um dos objetivos do Código é deixar o
trânsito mais humano e civilizado. O respeito a essa lei tem como consequência direta o
respeito à vida.

O ato de dirigir apresenta riscos e pode gerar grandes consequências, tanto físicas como
financeiras. Assim, é necessário manter a atenção concentrada durante o tempo todo. Ao
dirigir, estamos sendo constantemente observados por nossos passageiros. Se
respeitarmos as leis de trânsito, as crianças transportadas tomarão esse comportamento
como exemplo.

O condutor tem a obrigação de dirigir numa velocidade compatível com as condições da


via, respeitando os limites de velocidade estabelecidos. Para realizar paradas ou
estacionar, o condutor deve ir diminuindo a velocidade aos poucos, até a total parada do
veículo, de forma segura. Todos os passageiros devem continuar sentados e com o cinto
de segurança afivelado até a parada total do veículo.

A agressividade no trânsito é outro fator de risco e demonstra a falta de solidariedade do


condutor para com os demais usuários das vias. O respeito ao ser humano e a atitude
solidária tornam a vida e o exercício das profissões uma tarefa melhor. A paciência, a
cortesia e o bom trato do condutor com todos os passageiros fazem parte dessa atitude
solidária.

O respeito a essa lei tem como consequência direta o respeito à vida.

Página 187
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Respeito às normas estabelecidas para segurança no
trânsito

Dicas importantes:

• O tamanho do veículo indica responsabilidade. Os maiores devem tomar cuidado


com os menores, mais frágeis em caso de acidente: motos, bicicletas e pedestres;
• Os equipamentos de segurança são essenciais;
• Não aceite desafios e nem provocações no trânsito;
• Não abuse da autoconfiança;
• Mantenha o veículo sempre em boas condições de funcionamento;
• Não dirija se estiver sob o efeito do álcool, remédios ou qualquer outra substância
tóxica;
• Certifique-se de que os demais motoristas e os pedestres estão vendo o seu
veículo;
• Use a sinalização de forma correta;
• Respeite sempre a sinalização de trânsito, em qualquer local e horário.

Papel dos agentes de fiscalização de trânsito

De acordo com os conceitos e definições do CTB, o agente da autoridade de trânsito é a


pessoa, civil ou policial militar, credenciada pela autoridade de trânsito para o exercício das
atividades de fiscalização, operação, policiamento ostensivo de trânsito ou patrulhamento.

Agentes de trânsito são prestadores de serviço da administração pública com competência


para a aplicação de multas de trânsito e demais assuntos referentes ao tráfego em geral.
Esses agentes podem ser federais, estaduais e municipais.

Página 188
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Papel dos agentes de fiscalização de trânsito

Os principais agentes de trânsito são:

Nível federal – Polícia Rodoviária Federal;

Nível estadual – Polícia Rodoviária Estadual e Companhia de Trânsito da Polícia Militar;

Nível municipal – Autarquia ou Secretaria Municipal de Trânsito (apenas em cidades que


municipalizaram o trânsito).

Mas não são todos os tipos de infrações que podem ser aplicados pelos agentes
municipais e estaduais. Cada agente de trânsito tem a sua competência, estabelecida pela
Tabela de Distribuição de Competência, Fiscalização de Trânsito, Aplicação de Medidas
Administrativas, Penalidades Cabíveis e Arrecadação de Multas Aplicadas.

Portanto, existem infrações que são de competência exclusiva do Estado e outras de


competência exclusiva do Município. Da mesma forma, há outras que são da competência
de ambos.

Por exemplo:

I. Estacionamento irregular é uma infração que somente pode ser aplicada pelo Município.
Se o Estado aplicar, o auto de infração é nulo.

II. Falta de equipamento obrigatório é uma infração de competência exclusiva do Estado,


ou seja, somente o Estado poderá aplicar a multa.

III. Excesso de velocidade é uma infração que pode ser aplicada tanto pelo Estado como
pelo Município.

Os agentes de trânsito têm o dever de agir sempre dentro dos princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade e urbanidade, além de outros, pautando-se pela preservação
da vida e do patrimônio.

Atendimento às diferenças e especificidades dos


usuários (pessoas portadoras de necessidades
especiais, faixas etárias diversas, outras
condições)
Necessidades básicas do ser humano
As necessidades básicas não seguem uma hierarquia rígida, podendo variar sua posição e
predominância, já que os indivíduos são diferentes. A dose certa de insatisfação de
necessidades é que caracteriza a saúde física e mental, pois mobiliza energias
direcionadas para o crescimento pessoal.

Página 189
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Atendimento às diferenças e especificidades dos
usuários

• As necessidades fisiológicas constituem a sobrevivência do indivíduo e a


preservação da espécie: alimentação, sono, repouso, abrigo etc.
• A necessidade de segurança constitui a busca de proteção contra a ameaça ou
privação, a fuga e o perigo.
• A necessidade social inclui a necessidade de associação, de participação, de
aceitação por parte dos companheiros, de troca de amizade, de afeto e de amor.
• A necessidade de estima envolve a auto apreciação, a autoconfiança, a
necessidade de aprovação social e de respeito, de status, prestígio e consideração,
além de desejo de força e de adequação, de confiança perante o mundo,
independência e autonomia.
• A necessidade de autorrealização é a mais elevada. É a necessidade de cada
pessoa realizar o seu próprio potencial e de se desenvolver continuamente.

Atendimento às diferenças e especificidades dos usuários


Na sua vida em sociedade, o condutor precisa perceber as características da população
em que trabalha, pois as pessoas têm diferentes jeitos de ser e de viver. Apesar de
fazermos parte de grupos sociais, possuímos características próprias que nos diferenciam
uns dos outros. A pessoa com deficiência é aquela que possui limitação ou incapacidade
permanente para o desempenho de algumas atividades e se enquadra nas seguintes
categorias de deficiência: física, mental, sensorial, orgânica e múltipla.
Como exemplos dessa categoria, podemos citar: as pessoas que utilizam cadeira de
rodas, pessoas com Síndrome de Down, os deficientes visuais ou pessoas submetidas a
tratamento renal que apresentem alguma dificuldade de locomoção. Além dos deficientes
físicos, podemos citar as pessoas idosas, gestantes, pessoas que passaram por cirurgia
recentemente, com criança de colo, obesas, crianças, dentre outras.

Pessoas que apresentem alguma deficiência:


• Auxiliar o embarque e o desembarque dos deficientes em cadeira de rodas ou com
apoios, mesmo quando houver elevadores e rampas. Eles precisam de auxílio para
subir e para equilibrar-se.
• Ficar atento aos demais deficientes físicos, sensoriais, mentais ou orgânicos que
apresentem alguma dificuldade para embarque, desembarque ou para
deslocamento interno no veículo.
• Dispensar maior atenção. Não exponha a deficiência da pessoa, de forma que ela
fique constrangida.
• Acomodar os equipamentos de locomoção utilizados pelo deficiente físico.

Página 190
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Atendimento às diferenças e especificidades dos
usuários

• Se necessário, os passageiros com deficiência ou restrição de mobilidade devem


descer pela porta da frente (pagam a passagem, o cobrador gira a catraca e o
passageiro desce pela porta da frente).
• Verificar a existência de livre acomodação no assento reservado nas primeiras
poltronas. Pessoas com outras dificuldades:
• Procurar dar informações e esclarecimentos a todos os usuários. É importante
lembrar que muitas pessoas no Brasil não são alfabetizadas e não conseguem ler o
número da linha nem o itinerário.
• Cumprir corretamente os horários e os itinerários e obedecer a todas as paradas
solicitadas. Usuários que não conhecem a região ou que não podem ler as placas
podem ficar confusos.

Pessoas obesas ou com excesso de peso:


• Se essa pessoa apresentar dificuldades para se locomover sozinha, o condutor
deverá auxiliá-la.
• Se o passageiro não apresentar condições de entrar no veículo sozinho, é
necessário ajudá-lo.
• Se a pessoa não conseguir passar pela catraca, o mais adequado é que desça pela
porta da frente (ela paga normalmente a passagem e o cobrador gira a catraca).

Mulheres gestantes:
• Auxiliá-las para entrar e sair do veículo, se necessário.
• Dependendo do mês de gestação, as grávidas não conseguem passar pela catraca
(pagam a passagem, o cobrador gira a catraca e a gestante desce pela porta da
frente).
• Verificar a existência de livre acomodação no assento reservado das primeiras
poltronas.

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RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Características das faixas etárias dos usuários mais
comuns de transporte coletivo de passageiros

Características das faixas etárias dos usuários


mais comuns de transporte coletivo de
passageiros
Pessoas que pertencem a uma mesma faixa etária costumam apresentar algumas
características semelhantes. Por exemplo, os adultos tendem a ser mais responsáveis que
jovens e adolescentes, enquanto os idosos e crianças necessitam de atenção redobrada.
O trabalho do condutor do transporte de passageiros poderá ter melhor resultado, em
relação ao seu relacionamento com os usuários do serviço, se ele tiver conhecimento de
alguns aspectos que interferem no comportamento das pessoas, como a percepção, as
necessidades básicas do ser humano e a comunicação. Fique atento para perceber as
características de cada passageiro e suas necessidades. A seguir alguns cuidados
importantes.
Cuidados gerais:
• Ficar atento aos assentos preferenciais, pois muitos passageiros não sabem que
eles estão reservados para as pessoas que realmente necessitam.
• Dirigir com cuidado, evitando acelerações ou desacelerações bruscas que possam
causar acidentes.
• Sempre que possível, auxiliar as pessoas com deficiências ou outras necessidades
específicas quando perceber dificuldades no tratamento recebido pelos demais
passageiros.
Pessoas idosas e crianças:
• Ter paciência para esclarecimentos das informações pedidas.
• Saber que o idoso tem direito a andar gratuitamente nos ônibus por meio da
utilização do passe livre. Nos casos de viagens rodoviárias intermunicipais e
interestaduais, verificar a legislação local.
• Parar o veículo o mais próximo possível da calçada, facilitando o embarque e o
desembarque dos passageiros, especialmente de idosos e crianças, pois o primeiro
degrau do veículo pode ser alto para eles.
• Verificar a existência de livre acomodação no assento reservado aos idosos nas
primeiras poltronas.
• Lembre-se de que a lei permite o desembarque de idosos fora dos pontos de parada
(mediante apresentação de documento que comprove a idade maior que 65 anos).
Isso é permitido, pois muitos idosos não podem caminhar distâncias longas.
• Seja paciente durante o embarque das crianças: muitas vezes elas estão
carregando material escolar e não podem se segurar.
• Não permita que crianças façam a viagem com a cabeça ou mãos para fora da
janela, ou em pé no banco.

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RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Resumo do Módulo

Resumo do Módulo
Condutor (a), no módulo Relacionamento Interpessoal, dialogamos sobre a importância do
relacionamento interpessoal para a construção da cidadania e a conquista da segurança
no trânsito. A seguir, alguns tópicos que destacamos para sua reflexão:

- O comportamento no trânsito é um reflexo das características pessoais do indivíduo. Nas


vias nos deparamos com condutores em diversos níveis de equilíbrio emocional. O desafio,
que nos convida a todos, é como se preparar para conviver harmoniosamente com esta
diversidade.

- Vimos que para que haja relações amistosas, é importante conhecer seus valores e os de
seu interlocutor. Ser acessível, amigável e colaborador, ouvir as pessoas com atenção,
demonstrar respeito, comunicar-se claramente e ser agradável são características que se
destacam nas boas relações interpessoais.

- É importante aceitar críticas interpretando-as como construtivas e evitar julgamentos


antecipados.

- É responsabilidade do condutor conhecer as regras de trânsito, a técnica de dirigir com


segurança e saber como agir em situações de risco, procurando sempre revisar e
aperfeiçoar os conhecimentos.

- No trânsito, o grande objetivo dos condutores, pilotos, pedestres e profissionais – é o


deslocamento com segurança. Portanto, os cuidados com os passageiros que
transportamos, com os demais usuários das vidas e, inclusive, com a preservação do meio
ambiente é cuidar de si e contribuirá para uma mobilidade pacífica nas vias do nosso país.

- Reconhecer que o respeito às normas de trânsito e aos agentes aplicadores da norma, é


respeitar o direito coletivo de ir e vir no compartilhamento do espaço viário. A
transformação que almejamos inicia, necessariamente, pelo comprometimento de cada um
de nós.

- Os elevados volumes de tráfego, principalmente nas cidades grandes, geram


concentração de poluentes e ruídos em níveis que, dependendo da intensidade, frequência
e volume, prejudicam a saúde das pessoas.

- O trânsito é um dos ambientes onde há grande quantidade de interações entre diferentes


grupos. Dizemos que o trânsito é democrático, pois qualquer um pode participar dele, seja
como condutor, seja como pedestre.

- É por meio das interações e das relações com as pessoas que estabelecemos nossos
valores, propósitos, atitudes e comportamentos.

- Conhecer as normas e saber lidar com as pessoas no trânsito é fundamental.


Desrespeitar as leis de trânsito, além de ser um fator de risco de acidentes, não condiz
com uma boa imagem profissional. O comportamento do condutor é muito importante em
sua atividade.

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RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Resumo do Módulo

- O condutor deve manter-se atualizado sobre assuntos relacionados ao trânsito e sobre as


legislações pertinentes.

- O condutor deve entender que os agentes de trânsito são seus aliados para a
manutenção do trânsito seguro. Afinal, quem respeita as leis de trânsito e dirige com uma
atitude preventiva e defensiva não precisa temer as fiscalizações.

- Todos nós somos ou já fomos usuários do transporte coletivo algum dia. Sabemos,
portanto, que os passageiros estão cada vez mais exigentes, cobrando um serviço de
qualidade por parte dos profissionais, pois sabem avaliar as condições do serviço
oferecido.

- O motorista deve ajudar também na integração social, mostrando que todos são iguais e
devem ser tratados com educação e respeito.

- Fique atento e use todos os conhecimentos adquiridos para o seu próprio auxílio, nas
atividades como condutor.

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RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Exercícios de fixação

Exercícios de fixação
1 - Para melhorar o convívio e a qualidade de vida, existem alguns princípios que devem
ser a base das nossas relações no trânsito, dentre eles, a dignidade da pessoa humana,
que se caracteriza por:

a) considerar as diferenças das pessoas para garantir a igualdade, fundamentando a


solidariedade
b) fundamentar a mobilização das pessoas para organização dos problemas de
trânsito e suas consequências para a sociedade
c) valorizar comportamentos necessários à segurança no trânsito e à efetivação do
direito de mobilidade a todos os cidadãos
d) ser o princípio universal do qual derivam os Direitos Humanos e os valores e
atitudes fundamentais para o convívio social democrático

2 - Uma das condições principais para que um condutor venha a desenvolver


comportamentos e atitudes adequadas na condução de veículos é que ele:

a) seja coerente com os seus valores morais, respeitando apenas aos pedestres
b) tenha consciência dos seus direitos e deveres enquanto cidadão
c) perceba que os seus direitos são mais importantes que seus deveres frente às
condições de trânsito
d) possa discutir sobre a precariedade de muitas vias de transporte existentes em sua
cidade

3 - Ter comportamento seguro no trânsito é fundamental para

a) diminuir o fluxo de veículos automotores


b) aumentar o congestionamento nas grandes cidades
c) preservar a vida, a saúde e o meio ambiente
d) aumentar a poluição atmosférica

4 - Duas atitudes que dependem do comportamento do condutor e que representam


importantes causas de acidentes de trânsito são:

a) ultrapassagem imperfeita e condições climáticas adversas


b) condições mentais e pistas irregulares
c) falta de atenção e excesso de velocidade
d) estado alcoólico e falhas mecânicas do veículo

5 - A educação para o trânsito é um direito de todos e tem por finalidade primordial:

a) educar o comportamento dos condutores e pedestres para que haja respeito e


cidadania no trânsito
b) somente formação e reciclagem dos condutores infratores
c) treinar candidatos à obtenção de CNH
d) reciclar os trabalhadores da área do trânsito

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RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Exercícios de fixação

GABARITO

1 - Para melhorar o convívio e a qualidade de deveres e obrigações que descumpridos podem


vida, existem alguns princípios que devem ser a gerar possíveis penalizações.
base das nossas relações no trânsito, dentre eles,
a dignidade da pessoa humana, que se 3 - Ter comportamento seguro no trânsito é
caracteriza por: fundamental para

e) considerar as diferenças das pessoas e) diminuir o fluxo de veículos automotores


para garantir a igualdade, fundamentando f) aumentar o congestionamento nas
a solidariedade grandes cidades
f) fundamentar a mobilização das pessoas g) preservar a vida, a saúde e o meio
para organização dos problemas de ambiente
trânsito e suas consequências para a h) aumentar a poluição atmosférica
sociedade
g) valorizar comportamentos necessários à
Comentário: Comportamento seguro no trânsito é
segurança no trânsito e à efetivação do
a base para preservação da vida, da saúde e do
direito de mobilidade a todos os cidadãos
meio ambiente.
h) ser o princípio universal do qual
derivam os Direitos Humanos e os
valores e atitudes fundamentais para o 4 - Duas atitudes que dependem do
convívio social democrático comportamento do condutor e que representam
importantes causas de acidentes de trânsito são:
Comentário: Com o passar dos anos, a
convivência das pessoas em sociedade fez com e) ultrapassagem imperfeita e condições
que fossem criadas formas de organização a fim climáticas adversas
de garantir a ordem e a pacificidade. Surgiram f) condições mentais e pistas irregulares
Estados, normas, regras e direitos; criados g) falta de atenção e excesso de
conforme as relações evoluíam e se tornavam velocidade
mais complexas. Temos o princípio da dignidade h) estado alcoólico e falhas mecânicas do
humana, como: princípio universal do qual veículo
derivam os direitos humanos e os valores e
atitudes fundamentais para o convívio social Comentário: Segundo estatística de trânsito, a
democrático. maior parte dos acidentes, inclusive com mortes,
tem relação ainda com o excesso de velocidade e
2 - Uma das condições principais para que um a falta de atenção do condutor.
condutor venha a desenvolver comportamentos e
atitudes adequadas na condução de veículos é 5 - A educação para o trânsito é um direito de
que ele: todos e tem por finalidade primordial:

e) seja coerente com os seus valores morais, e) educar o comportamento dos


respeitando apenas aos pedestres condutores e pedestres para que haja
f) tenha consciência dos seus direitos e respeito e cidadania no trânsito
deveres enquanto cidadão f) somente formação e reciclagem dos
g) perceba que os seus direitos são mais condutores infratores
importantes que seus deveres frente às g) treinar candidatos à obtenção de CNH
condições de trânsito h) reciclar os trabalhadores da área do
h) possa discutir sobre a precariedade de trânsito
muitas vias de transporte existentes em
sua cidade Comentário: A educação para o trânsito visa
estimular hábitos e comportamentos seguros no
Comentário: é importante que o condutor tenha trânsito, transformando o conhecimento em ação,
ciência dos seus direitos e deveres enquanto por meio de observações, vivências e situações
cidadão, para poder reclamar quando necessário, encontradas no cotidiano. Com isso educando o
pois se existem direitos, na contrapartida há comportamento dos condutores e pedestres para
que haja respeito e cidadania no trânsito.

Página 196
Referências Bibliográficas
ABRAMET. Noções de primeiros socorros no trânsito. São Paulo: Casa Brasileira do Livro,
2005.

BRASIL. Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília/DF: Senado, 1988.


Disponível em: www.presidencia.gov.br. Acesso em 28/06/09.

BRASIL. Lei nº 11.705, de 19 de junho de 2008. Altera a Lei n° 9.503, de 23 de setembro


de 1997, que ‘institui o Código de Trânsito Brasileiro’, e a Lei n° 9.294, de 15 de julho de
1996, que dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígeros,
bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, nos termos do § 4º do
Art. 220 da Constituição Federal, para inibir o consumo de bebida alcoólica por condutor de
veículo automotor, e dá outras providências.

BRASIL. Lei nº 12.760, de 20 de dezembro de 2012. Altera a Lei n° 9.503, de 23 de


setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro.

BRASIL. Lei nº 12.971, de 9 de maio de 2014. Altera os arts. 173, 174, 175, 191, 202, 203,
292, 302, 303, 306 e 308 da Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código
de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre sanções administrativas e crimes de trânsito.

BRASIL. Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão de


motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do
motorista profissional; e dá outras providências.

BRASIL. Lei nº 13.154, de 30 de julho de 2015. Altera a Lei n° 9.503, de 23 de setembro


de 1997 — Código de Trânsito Brasileiro, a Consolidação das Leis do Trabalho — CLT,
aprovada pelo Decreto-Lei n° 5.452, de 1º de maio de 1943, e a Lei nº 13.001, de 20 de
junho de 2014; e dá outras providências.

CONAMA. Resolução nº 18, de 6 de maio de 1986. Instituir, em caráter nacional, o


Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores — Proconve.

CONAMA. Resolução nº 8, de 31 de agosto de 1993. Em complemento à Resolução


Conama n° 18, de 6 de maio de 1986, estabelecer os Limites Máximos de Emissão de
poluentes para os motores destinados a veículos pesados novos, nacionais e importados.

CONAMA. Resolução nº 258, de 26 de agosto de 1999. Determina que as empresas


fabricantes e as importadoras de pneumáticos ficam obrigadas a coletar e dar destinação
final ambientalmente adequada aos pneus inservíveis.

CONAMA. Resolução nº 416, de 30 de setembro de 2009. Dispõe sobre a prevenção à


degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua destinação ambientalmente
adequada, e dá outras providências.

Página 197
CONTRAN. Resolução nº 160, de 22 de abril de 2004. Aprova o Anexo II do Código de
Trânsito Brasileiro.

CONTRAN. Resolução nº 166 de 15 de setembro de 2004. Aprova as diretrizes da Política


Nacional de Trânsito.

CONTRAN. Resolução nº 182 de 09 de setembro de 2005. Dispõe sobre uniformização do


procedimento administrativo para imposição das penalidades de suspensão do direito de
dirigir e de cassação da Carteira Nacional de Habilitação.

CONTRAN. Resolução nº 205 de 20 de outubro de 2006. Dispõe sobre os documentos de


porte obrigatório e dá outras providências.

CONTRAN. Resolução nº 285 de 29 de julho de 2008. Altera e complementa o Anexo II da


Resolução no 168, de 14 de dezembro de 2004 do Contran, que trata dos cursos para
habilitação de condutores de veículos automotores e dá outras providências.

CONTRAN. Resolução nº 517 de 29 de janeiro de 2015. Altera a Resolução Contran nº


425, de 27 de novembro de 2012, que dispõe sobre o exame de aptidão física e mental, a
avaliação psicológica e o credenciamento das entidades públicas e privadas de que tratam
o Art. 147, I e §§ 1º a 4º, e o Art. 148 do Código de Trânsito Brasileiro.

CONTRAN. Resolução nº 529, de 14 de maio de 2015. Altera o Art. 3º da Resolução


Contran nº 517, de 29 de janeiro de 2015, de forma a prorrogar o prazo para a exigência
do exame toxicológico de larga janela de detecção.

CONTRAN. Resolução nº 557, de 15 de outubro de 2015. Altera os incisos I e II do Art. 16


da Resolução nº 182, de 09 de setembro de 2005, que dispõe sobre uniformização do
procedimento administrativo para imposição das penalidades de suspensão do direito de
dirigir e de cassação da Carteira Nacional de Habilitação.

SENATRAN Secretaria Nacional de Trânsito. Manual brasileiro de sinalização de trânsito


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DETRAN/SP. Dicas de Direção Defensiva. Secretaria de Estado de Segurança Pública.


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