Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Fale conosco
0800 761 6151
contato@lmcursosdetransito.com.br
Bibliografia.
ISBN 978-65-88245-10-1
Página 3
Estado físico e mental do condutor, consequências da ingestão e consumo de bebida alcoólica
e substâncias psicoativas ....................................................................................................................................................... 119
Resumo do Módulo .................................................................................................................................................................. 126
Exercícios de fixação ................................................................................................................................................................ 127
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS, RESPEITO AO MEIO AMBIENTE E CONVÍVIO SOCIAL ...... 129
Objetivos de Aprendizagem ................................................................................................................................................ 130
Plano de estudo .......................................................................................................................................................................... 130
Introdução ..................................................................................................................................................................................... 132
Noções de Primeiros Socorros ........................................................................................................................................... 133
Sinalização do local do acidente ....................................................................................................................................... 135
Acionamento de recursos em caso de acidentes ................................................................................................... 142
Verificação das condições gerais da vítima ............................................................................................................... 144
Cuidados com a vítima - o que não fazer ....................................................................................................................147
Regulamentação do CONAMA sobre poluição ambiental causada por veículos ................................. 150
Emissão de gases e partículas (fumaça) ...................................................................................................................... 155
Emissão sonora ........................................................................................................................................................................... 157
Manutenção preventiva do veículo para a preservação do meio ambiente ........................................... 159
O indivíduo, o grupo e a sociedade ................................................................................................................................ 164
Relacionamento interpessoal ............................................................................................................................................. 165
O indivíduo como cidadão ................................................................................................................................................... 167
A responsabilidade civil e criminal do condutor e o CTB ...................................................................................168
Resumo do Módulo .................................................................................................................................................................. 169
Exercícios de fixação ................................................................................................................................................................170
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL .............................................................................................................................. 172
Objetivos de Aprendizagem ................................................................................................................................................ 173
Plano de estudo .......................................................................................................................................................................... 173
Introdução .....................................................................................................................................................................................174
Aspectos do comportamento e de segurança no transporte de passageiros ....................................... 175
Comportamento solidário no trânsito ........................................................................................................................... 178
Responsabilidade do condutor em relação aos demais atores do processo de circulação .......... 180
Respeito às normas estabelecidas para segurança no trânsito ..................................................................... 187
Papel dos agentes de fiscalização de trânsito ......................................................................................................... 188
Atendimento às diferenças e especificidades dos usuários (pessoas portadoras de necessidades
especiais, faixas etárias diversas, outras condições)..............................................................................................189
Necessidades básicas do ser humano ......................................................................................................................189
Atendimento às diferenças e especificidades dos usuários ....................................................................... 190
Características das faixas etárias dos usuários mais comuns de transporte coletivo de
passageiros ................................................................................................................................................................................... 192
Resumo do Módulo .................................................................................................................................................................. 193
Página 4
Exercícios de fixação ................................................................................................................................................................ 195
Referências Bibliográficas .................................................................................................................................................... 197
Página 5
LEGISLAÇÃO
DE TRÂNSITO
Página 6
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Objetivos de Aprendizagem
Objetivos de Aprendizagem
- Entender o propósito do Código de Trânsito Brasileiro e reconhecer a importância de
seus conceitos e definições.
- Conhecer as determinações do CTB quanto às categorias de habilitação e sua relação
direta com o tipo de veículo conduzido.
- Conhecer e utilizar corretamente a sinalização viária na condução dos diferentes veículos
existentes.
- Conhecer as infrações, penalidades e medidas administrativas relacionadas ao trânsito.
- Utilizar corretamente regras gerais de estacionamento, parada, conduta e circulação no
trânsito.
- Conhecer a legislação que dispõe sobre o exercício da profissão de motorista
profissional.
- Conhecer as responsabilidades do condutor do veículo de transporte coletivo de
passageiro.
Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará neste módulo:
Determinações do CTB quanto a:
- Categoria de habilitação e relação com veículos conduzidos;
- Documentação exigida para condutor e veículo;
- Sinalização viária;
- Infrações, crimes de trânsito e penalidades;
- Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e circulação;
- Legislação específica sobre transporte de passageiros;
- Responsabilidades do condutor do veículo de transporte coletivo de passageiros.
Página 7
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Formação do Condutor
Introdução
Caro(a) Aluno (a),
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB), documento que rege a movimentação nas vias
terrestres em todo o território nacional, comemorou 20 anos de publicação em setembro de
2018. O atual CTB representa uma inovação na legislação de trânsito por apresentar
capítulos que tratam da Educação, da proteção ao Pedestre e do Meio Ambiente.
Entretanto, duas décadas depois, verifica-se que o desconhecimento e o desrespeito aos
seus artigos são constantes e respondem por inúmeros acidentes registrados todos os dias
em nosso país.
Com o intuito de revisar e atualizar seus conhecimentos, neste módulo abordaremos
diversos tópicos do CTB, assim como outros documentos que interferem legalmente em
nosso trânsito, e indicaremos amplo material complementar que possibilitará a
continuidade de seus estudos sobre o tema.
Esperamos, ao final desta jornada, possibilitar a compreensão da relação existente entre o
cumprimento das normas de trânsito, o respeito ao direito constitucional de ir e vir e a
construção coletiva da mobilidade consciente pacífica e consciente que todos desejamos.
Afinal, conforme prevê o Código de Trânsito Brasileiro, capítulo I, Art. 1º §2º:
Bons estudos!
Página 8
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Categoria de habilitação e relação com veículos
conduzidos
Página 9
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Categoria de habilitação e relação com veículos
conduzidos
"B" PARA "C" - Somente após o motorista ter cumprido um ano na categoria "B"
Página 10
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Categoria de habilitação e relação com veículos
conduzidos
SAIBA MAIS
Conforme redação dada pela Lei nº 13.097, de 2015, em seu parágrafo único, “O
trator de roda e os equipamentos automotores destinados a executar trabalhos
agrícolas poderão ser conduzidos em via pública também por condutor habilitado
na categoria B.”
Página 11
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Categoria de habilitação e relação com veículos
conduzidos
Página 12
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Categoria de habilitação e relação com veículos
conduzidos
Art. 145 Para habilitar-se nas categorias “D” e “E” ou para conduzir veículo de transporte
coletivo de passageiros, de escolares, de emergência ou de produto perigoso, o candidato
deverá preencher os seguintes requisitos:
I - ser maior de vinte e um anos;
II - estar habilitado:
a) no mínimo há dois anos na categoria “B”, ou no mínimo há um ano na categoria “C”,
quando pretender habilitar-se na categoria “D”; e
b) no mínimo há um ano na categoria “C”, quando pretender habilitar-se na categoria “E”;
III - não ter cometido mais de uma infração gravíssima nos últimos doze meses;
IV - ser aprovado em curso especializado e em curso de treinamento de prática veicular
em situação de risco, nos termos da normatização do CONTRAN.
Parágrafo único. A participação em curso especializado previsto no inciso IV independe da
observância do disposto no inciso III.
Art. 145-A Além do disposto no art. 145, para conduzir ambulâncias, o candidato deverá
comprovar treinamento especializado e reciclagem em cursos específicos a cada 5 (cinco)
anos, nos termos da normatização do Contran.
Página 13
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Documentos do condutor e do veículo: apresentação
e validade
Mudanças na CNH
• A cor verde deixa de ser predominante no documento, que passa a ter também a
cor amarela;
• Elementos gráficos foram inseridos no modelo para dificultar fraudes e falsificações;
• Uma tabela identifica os tipos de veículos que o motorista está apto a conduzir;
Página 14
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Documentos do condutor e do veículo: apresentação
e validade
• A nova CNH também permite que o condutor use o nome social e, se desejar,
filiação afetiva;
• Outra novidade é a indicação das letras "P" ou "D", para motoristas que possuem,
respectivamente, apenas permissão para dirigir ou a CNH definitiva;
• No mesmo documento deverão constar informações sobre possíveis restrições
médicas do motorista e se ele exerce atividade remunerada;
• Um código internacional utilizado nos passaportes foi incorporado ao modelo, o que
permitirá ao condutor embarcar em terminais de autoatendimento nos aeroportos
brasileiros com a CNH;
• O documento também vai contar com versões traduzidas para inglês e espanhol.
Página 15
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Documentos do condutor e do veículo: apresentação
e validade
ATENÇÃO
ACC e Permissão para Dirigir, também poderá ser emitida em meio físico e/ou
digital.
Cabe observar que os DETRANS, com o advento dessa Resolução passaram a expedir
vias originais do Certificado de Registro e Licenciamento Anual – CRLV, desde que
solicitadas pelo proprietário do veículo, da via mencionada deverá constar o seu número
de ordem, respeitada a cronologia de sua expedição.
Importante observar também que sempre que for obrigatória a aprovação em curso
especializado, o condutor deverá portar sua comprovação até que essa informação seja
Página 16
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Documentos do condutor e do veículo: apresentação
e validade
ATENÇÃO
SAIBA MAIS
O IPVA não é documento de porte obrigatório, haja vista uma das condições para o
licenciamento é o seu pagamento. O licenciamento é expedido apenas após o
pagamento do IPVA. A Resolução 205/06 não considera o IPVA documento de
porte obrigatório.
Página 17
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária
Sinalização viária
Página 18
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária
SINALIZAÇÃO VERTICAL
A sinalização vertical é aquela cujo meio de comunicação está na posição vertical,
normalmente em placa, fixada ao lado ou suspenso sobre a pista, transmitindo mensagens
de caráter permanente e, eventualmente, variáveis. A sinalização vertical classifica-se de
acordo com sua função, compreendendo os seguintes tipos:
I - Regulamentação;
II - Advertência;
III - Indicação.
Página 19
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária
Regulamentação
Advertência
Indicação
Página 20
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária
SINALIZAÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO
A sinalização vertical de regulamentação informa aos usuários as condições, proibições,
obrigações ou restrições no uso das vias urbanas e rurais. O desrespeito a estes sinais
constitui infrações do Código de Trânsito Brasileiro.
Veja alguns exemplos de placas de regulamentação:
Página 21
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária
Página 22
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária
SINALIZAÇÃO DE INDICAÇÃO
A sinalização vertical de indicação tem por finalidade identificar as vias e os locais de
interesse, bem como orientar condutores de veículos quanto aos percursos, os destinos,
as distâncias, os serviços auxiliares e ter como função a educação do usuário.
As Placas de Identificação posicionam o condutor ao longo do seu deslocamento ou com
relação a distâncias ou ainda aos locais de destino.
Veja exemplo de placa de identificação:
Placa de Identificação
Rodovias e Estradas Federais.
Página 23
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária
As Placas Educativas têm a função de educar aos usuários da via quanto ao seu
comportamento adequado e seguro no trânsito. Podem conter mensagens que reforcem
normas gerais de circulação.
Veja exemplo de placa de educativa:
Sinalização de Indicação
Placa Educativa.
As Placas de Serviços Auxiliares indicam aos usuários da via os locais onde os mesmos
podem dispor dos serviços indicados, orientando sua direção ou identificando estes
serviços.
Veja exemplo de placa de serviços auxiliares:
As Placas de Atrativos Turísticos indicam aos usuários da via os locais onde os mesmos
podem dispor de atrativos turísticos existentes, orientando sobre sua direção ou
identificando estes pontos de interesse.
Veja exemplo de placa de atrativo turístico:
Página 24
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária
SINALIZAÇÃO HORIZONTAL
A sinalização horizontal utiliza linhas, marcações, símbolos e legendas sobre o pavimento
das vias. Sua função é:
I - Organizar o fluxo de veículos e pedestres;
II - Controlar e orientar os deslocamentos em situações com problemas de
geometria, topografia ou obstáculos;
III - Além de complementar os sinais verticais de regulamentação, advertência ou
indicação.
Em casos específicos, tem poder de regulamentação.
PADRÃO DE TRAÇADO
Página 25
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária
Vermelha: utilizada para contrastar a marca viária e o pavimento das ciclo faixas e
ciclovias e nos símbolos de hospitais e farmácias (cruz).
Página 26
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária
Azul: utilizada nas pinturas de símbolos de pessoas com deficiência, em áreas especiais
de estacionamento ou de parada para embarque e desembarque.
DISPOSTITIVOS AUXILIARES
Sua função é organizar o fluxo de veículos e pedestres; controlar e orientar os
deslocamentos em situações com problemas de geometria, topografia ou obstáculos, além
de complementar os sinais verticais de regulamentação, advertência ou indicação. Em
casos específicos, tem poder de regulamentação.
Os dispositivos auxiliares subdividem-se em:
I - Dispositivos luminosos;
II - Dispositivos sonoros;
III - Gestos do agente de trânsito.
Página 27
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária
DISPOSITIVOS LUMINOSOS
São elementos que utilizam recursos luminosos para proporcionar melhor visualização, ou
que, conjugados a elementos eletrônicos, permitem a variação da sinalização ou de
mensagens.
SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA
É um subsistema da sinalização viária que se compõe de indicações luminosas acionadas
alternada ou intermitentemente através de sistema elétrico/eletrônico, cuja função é
controlar os deslocamentos.
Existem dois grupos:
Sinalização semafórica de regulamentação;
Sinalização semafórica de advertência.
A sinalização semafórica de regulamentação tem a função de efetuar o controle do trânsito
num cruzamento ou seção de via, através de indicações luminosas, alternando o direito de
passagem dos vários fluxos de veículos e/ou pedestres.
Cabe destacar que é livre o movimento de conversão à direita diante de sinal vermelho do
semáforo onde houver sinalização indicativa que permita essa conversão, observados
as seguintes precauções:
Art. 44 Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o condutor do veículo deve
demonstrar prudência especial, transitando em velocidade moderada, de forma que possa
deter seu veículo com segurança para dar passagem a pedestre e a veículos que tenham
o direito de preferência.
Página 28
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária
Art. 45 Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe seja favorável, nenhum condutor
pode entrar em uma interseção se houver possibilidade de ser obrigado a imobilizar o
veículo na área do cruzamento, obstruindo ou impedindo a passagem do trânsito
transversal.
Art. 70 Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre as faixas delimitadas para
esse fim terão prioridade de passagem, exceto nos locais com sinalização semafórica,
onde deverão ser respeitadas as disposições deste Código.
Para pedestres:
Verde: Atravessar
Página 29
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária
Para veículos:
DISPOSITIVOS SONOROS
Sinal sonoro é aquele emitido por um agente da autoridade de trânsito e somente deve ser
utilizado junto com os gestos dos agentes.
Página 30
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária
Existem os gestos efetuados tanto pelos agentes de trânsito quanto pelos condutores, que
também são sinais de trânsito.
Sinal
Diminuir a marcha
Significado Dobrar à esquerda Dobrar à direita
ou parar
Página 31
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária
ATENÇÃO
SAIBA MAIS
Página 32
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária
Sinal
Sinal
Página 33
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária
Sinal
Sinal
Página 34
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Sinalização viária
Sinal
Sinal
Página 35
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade
PENALIDADES
O Art. 256 do CTB define as seguintes penalidades para os infratores:
I. Advertência por escrito;
II. Multa;
III. Suspensão do direito de dirigir;
V. Cassação da Carteira Nacional de Habilitação – CNH;
VII. Frequência obrigatória em curso de reciclagem.
Art. 258. As infrações punidas com multa classificam-se, de acordo com sua gravidade,
em quatro categorias:
I - infração de natureza gravíssima, punida com multa no valor de R$ 293,47 (duzentos
e noventa e três reais e quarenta e sete centavos);
II - infração de natureza grave, punida com multa no valor de R$ 195,23 (cento e
noventa e cinco reais e vinte e três centavos);
III - infração de natureza média, punida com multa no valor de R$ 130,16 (cento e trinta
reais e dezesseis centavos);
IV - infração de natureza leve, punida com multa no valor de R$ 88,38 (oitenta e oito
reais e trinta e oito centavos).
Página 36
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade
Art. 319-A. Os valores de multas constantes deste Código poderão ser corrigidos
monetariamente pelo Contran, respeitado o limite da variação do Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no exercício anterior.
Parágrafo único. Os novos valores decorrentes do disposto no caput¹ serão divulgados
pelo Contran com, no mínimo, 90 (noventa) dias de antecedência de sua aplicação.
¹Caput é um termo em latim que significa "cabeça", utilizado em textos legislativos
para se referir ao enunciado do artigo. Seguidos de parágrafos (§), incisos (I, V, X),
alíneas (a, b, c).
Art. 259. A cada infração cometida são computados os seguintes números de pontos:
I - gravíssima - sete pontos;
II - grave - cinco pontos;
III - média - quatro pontos;
IV - leve - três pontos.
Existem infrações no código de trânsito brasileiro que não são pontuáveis, como por
exemplo, infrações mandatórias.
São infrações mandatórias, ou seja, aquelas que, pela sua gravidade, são punidas com a
suspensão do direito de dirigir, independentemente de pontuação, de acordo com o CTB,
como por exemplo: Efetuar manobra perigosa (art. 175).
Art. 175. Utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir manobra perigosa, mediante
arrancada brusca, derrapagem ou frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e remoção do veículo.
Perceba que na penalidade, já tem prevista a suspensão do direito de dirigir. Estamos
diante de uma infração de trânsito mandatória, conhecida também como: auto suspensiva;
pois já está prevista a suspensão do direito de dirigir.
Com o advento da Lei n. 14.071/2020, essas infrações mandatórias, como por exemplo, do
art. 175, não tem o computo de pontos no prontuário do condutor, pois já está prevista a
suspensão, logo os pontos não são necessários para que possa ter a imposição da
penalidade de suspensão do direito de dirigir. Além das infrações mandatórias, existem
outras infrações que não são pontuáveis:
Página 37
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade
Quem tem que fazer esse registro é o novo proprietário, caso ele não faça nesses 30 dias,
abre um prazo de 60 dias para que o antigo proprietário faça essa comunicação de venda.
Página 38
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade
Página 39
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade
III - quando condenado judicialmente por delito de trânsito, observado o disposto no art.
160.
§ 1º Constatada, em processo administrativo, a irregularidade na expedição do documento
de habilitação, a autoridade expedidora promoverá o seu cancelamento.
§ 2º Decorridos dois anos da cassação da Carteira Nacional de Habilitação, o infrator
poderá requerer sua reabilitação, submetendo-se a todos os exames necessários à
habilitação, na forma estabelecida pelo CONTRAN.
CURSO DE RECICLAGEM
Art. 268. O infrator será submetido a curso de reciclagem, na forma estabelecida pelo
CONTRAN:
I - (Revogado);
II - quando suspenso do direito de dirigir;
III - quando se envolver em acidente grave para o qual haja contribuído,
independentemente de processo judicial;
IV - quando condenado judicialmente por delito de trânsito;
V - a qualquer tempo, se for constatado que o condutor está colocando em risco a
segurança do trânsito;
VI - (Revogado).
Página 40
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade
CRIMES DE TRÂNSITO
O Código de Trânsito Brasileiro, atento à realidade de violência e impunidade que reinava
nas vias terrestres abertas à circulação em território nacional, onde continua sendo comum
a prática de atos que, não raro, acabam por levar a morte pessoas inocentes, tratou de
tipificar condutas que, acaso praticadas na direção de veículos, serão consideradas como
crimes de trânsito.
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) descreve os crimes de trânsito em seu Capítulo XIX,
Seção II. Constitui crime de trânsito:
Página 41
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade
Página 42
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade
Art. 306 – Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da
influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência:
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se
obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
§ 1º As condutas previstas no caput serão constatadas por:
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou
superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade
psicomotora.
§ 2º A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia
ou toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova
em direito admitidos, observado o direito à contraprova.
§ 3º O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia ou
toxicológicos para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo.
§ 4º Poderá ser empregado qualquer aparelho homologado pelo Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO - para se determinar o previsto no caput.
Página 43
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade
Art. 309 – Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir
ou Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano.
Importante frisar que o crime só ocorre se a conduta gerar perigo de dano (pena de seis
meses a um ano de detenção), do contrário teremos somente a infração administrativa por
conduzir veículo sem possuir CNH, PPD ou ACC prevista no art. 162, inciso I, do CTB.
Art. 310 – Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor à pessoa inabilitada.
O simples fato de entregar o veículo a uma pessoa que não seja habilitada já configura
esse crime, que prevê pena de seis meses a um ano de detenção.
Página 44
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade
penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o
perito, ou juiz.
Qualquer pessoa pode cometer esse crime, que basicamente pune com pena de seis
meses a um ano de detenção aquele que mexe na cena do acidente com o intuito de
ludibriar peritos e a própria justiça.
Art. 312-A. Para os crimes relacionados nos arts. 302 a 312 deste Código, nas situações
em que o juiz aplicar a substituição de pena privativa de liberdade por pena restritiva de
direitos, esta deverá ser de prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas,
em uma das seguintes atividades:
I - trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos corpos de bombeiros e em
outras unidades móveis especializadas no atendimento a vítimas de trânsito;
II - trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais da rede pública que recebem
vítimas de acidente de trânsito e politraumatizados;
III - trabalho em clínicas ou instituições especializadas na recuperação de acidentados de
trânsito;
IV - outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento e recuperação de vítimas de
acidentes de trânsito.
Página 45
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade
ATENÇÃO
Prestação de socorro (Art. 301): o código beneficia aquele que presta socorro,
afirmando que ao condutor de veículo, nos casos de acidente de trânsito de que
resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar
pronto e integral socorro àquela.
O art. 301 do Código de Trânsito Brasileiro prevê que “Ao condutor de veículo, nos casos
de acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se
exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela”. A intenção do legislador ao
incluir esse dispositivo no CTB é fazer com que o causador do acidente possa permanecer
no local e socorrer a vítima, sem que sua permanência possa ser interpretada em seu
desfavor. Todo aquele que se envolver em algum acidente de trânsito tem o dever de
prestar socorro, sob pena de cometer o crime de omissão de socorro (art. 304 do CTB) ou
ter sua pena agravada em virtude da omissão.
Prestar socorro a uma vítima de acidente atende a um dos principais objetivos da lei de
trânsito, que é a preservação da vida.
Página 46
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade
Página 47
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade
Art. 164. Permitir que pessoa nas condições referidas nos incisos do art. 162 tome posse
do veículo automotor e passe a conduzi-lo na via:
Infração - as mesmas previstas nos incisos do art. 162;
Penalidade - as mesmas previstas no art. 162;
Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III do art. 162.
Permitir que uma pessoa tome posse do veículo, significa que: quem permitiu não está
presente com o condutor.
São infrações sobre documentação do condutor e do veículo:
Art. 232. Conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório referidos neste Código:
Infração - leve;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo até a apresentação do documento.
A infração do art. 232, segundo a lei 14.071/20, não tem o computo de pontos.
Art. 233. Deixar de efetuar o registro de veículo no prazo de trinta dias, junto ao órgão
executivo de trânsito, ocorridas as hipóteses previstas no art. 123:
Infração - média ;
Página 48
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização.
A infração do art. 233, segundo a lei 14.071/20, não tem o computo de pontos.
Art. 238. Recusar-se a entregar à autoridade de trânsito ou a seus agentes, mediante
recibo, os documentos de habilitação, de registro, de licenciamento de veículo e outros
exigidos por lei, para averiguação de sua autenticidade:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo.
Página 49
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade
Página 50
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade
Página 51
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade
XVI - em aclive ou declive, não estando devidamente freado e sem calço de segurança,
quando se tratar de veículo com peso bruto total superior a três mil e quinhentos
quilogramas:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
XVII - em desacordo com as condições regulamentadas especificamente pela sinalização
(placa - Estacionamento Regulamentado):
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
XVIII - em locais e horários proibidos especificamente pela sinalização (placa - Proibido
Estacionar):
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
XIX - em locais e horários de estacionamento e parada proibidos pela sinalização (placa -
Proibido Parar e Estacionar):
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo.
XX - nas vagas reservadas às pessoas com deficiência ou idosos, sem credencial que
comprove tal condição:
Infração - gravíssima;
Medida administrativa - remoção do veículo.
§ 1º Nos casos previstos neste artigo, a autoridade de trânsito aplicará a penalidade
preferencialmente após a remoção do veículo.
§ 2º No caso previsto no inciso XVI é proibido abandonar o calço de segurança na via.
Veja a seguir algumas infrações por parada em desacordo com o CTB:
Página 52
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade
Página 53
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade
Página 54
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade
Art. 187. Transitar em locais e horários não permitidos pela regulamentação estabelecida
pela autoridade competente:
I - para todos os tipos de veículos:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Art. 188. Transitar ao lado de outro veículo, interrompendo ou perturbando o trânsito:
Infração - média;
Penalidade - multa.
Art. 189. Deixar de dar passagem aos veículos precedidos de batedores, de socorro de
incêndio e salvamento, de polícia, de operação e fiscalização de trânsito e às ambulâncias,
quando em serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos
regulamentados de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitentes:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.
Art. 190. Seguir veículo em serviço de urgência, estando este com prioridade de
passagem devidamente identificada por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e
iluminação vermelha intermitentes:
Infração - grave;
Penalidade - multa.
Art. 191. Forçar passagem entre veículos que, transitando em sentidos opostos, estejam
na iminência de passar um pelo outro ao realizar operação de ultrapassagem:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir.
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência no
período de até 12 (doze) meses da infração anterior.
Perceba que a infração do art. 191 é mandatória, conhecida também como auto
suspensiva. Logo, não tem o computo dos pontos.
Art. 192. Deixar de guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu veículo e os
demais, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a
velocidade, as condições climáticas do local da circulação e do veículo:
Infração - grave;
Página 55
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade
Penalidade - multa.
Art. 193. Transitar com o veículo em calçadas, passeios, passarelas, ciclovias, ciclofaixas,
ilhas, refúgios, ajardinamentos, canteiros centrais e divisores de pista de rolamento,
acostamentos, marcas de canalização, gramados e jardins públicos:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (três vezes).
Art. 194. Transitar em marcha à ré, salvo na distância necessária a pequenas manobras e
de forma a não causar riscos à segurança:
Infração - grave;
Penalidade - multa.
Página 56
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade
A nossa Lei de Trânsito nos informa no seu artigo 3º, que a sua abrangência, quanto as
pessoas extrapolam, condutores e proprietários de veículos:
“Art. 3º As disposições deste Código são aplicáveis a qualquer veículo, bem como aos
proprietários, condutores dos veículos nacionais ou estrangeiros e às pessoas nele
expressamente mencionadas.”
Antes de colocar o veículo em circulação, o condutor deve verificar as boas condições de
funcionamento dos equipamentos de uso obrigatório, bem como assegurar-se da
existência de combustível suficiente para chegar ao local de destino. Ter o veículo parado
na pista para reparo (salvo nos casos de impedimento total e desde que o veículo esteja
devidamente sinalizado) ou por falta de combustível são infrações.
Além disso, o condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o
com atenção e cuidado, zelando pela segurança. O ideal é que o calçado tenha um solado
fino, não saia do pé, não escorregue e permita ao motorista sentir bem os pedais. Até
mesmo os cadarços de tênis merecem atenção, devendo estar sempre bem amarrados.
Saltos altos, plataformas ou anabelas não são os mais adequados, podendo atrapalhar o
movimento dos pés.
Página 57
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade
• Transportar pessoas, animais ou carga nas partes externas do veículo. Exceto para
carga presa em suporte apropriado com altura máxima de 50 cm e sem ultrapassar
comprimento e largura do veículo. Sujeito a retenção do veículo para transbordo.
O condutor deve respeitar as faixas da direita destinadas aos veículos mais lentos e de
maior porte (quando não houver faixa especial para estes), e, as da esquerda à
ultrapassagem e aos veículos de maior velocidade, além de manter distância segura. Caso
contrário, fica sujeito a multa.
Fique atento à sinalização, pois transitar na faixa ou pista de circulação exclusiva de outros
veículos é considerada uma infração, estando o infrator sujeito a multa, além da apreensão
e remoção do veículo.
Página 58
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade
Art. 167. Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de segurança, conforme previsto
no art. 65:
Infração: grave
Penalidade: multa
Medida administrativa: retenção do veículo até colocação do cinto pelo infrator
Art. 168. Transportar crianças em veículo automotor sem observância das normas de
segurança especiais estabelecidas neste Código:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo até que a irregularidade seja sanada.
Página 59
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Infrações, crimes de trânsito e penalidade
Art. 255. Conduzir bicicleta em passeios onde não seja permitida a circulação desta, ou de
forma agressiva, em desacordo com o disposto no parágrafo único do art. 59:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção da bicicleta, mediante recibo para o pagamento da multa.
Página 60
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e
circulação
Página 61
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e
circulação
ULTRAPASSAGEM
A ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá ser feita pela esquerda e antes de
efetuar uma ultrapassagem o condutor deve certificar-se de que:
• Nenhum condutor que venha atrás haja começado uma manobra para ultrapassá-lo;
• Quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja indicado o propósito de
ultrapassar um terceiro;
• A faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa extensão suficiente para que sua
manobra não ponha em perigo ou obstrua o trânsito que venha em sentido
contrário.
ATENÇÃO
Quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem, se aproximarem de local não
sinalizado, terá preferência de passagem:
• No caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, aquele que estiver
circulando por ela;
• No caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela;
• Nos demais casos, o que vier pela direita do condutor.
Página 62
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e
circulação
PARADA E ESTACIONAMENTO
Quando proibido o estacionamento na via, a parada deverá restringir-se ao tempo
indispensável para embarque ou desembarque de passageiros, desde que não interrompa
ou perturbe o fluxo de veículos ou a locomoção de pedestres.
Estacionamento: Imobilização de veículos por tempo superior ao necessário para
embarque ou desembarque de passageiros.
Parada: Imobilização do veículo com a finalidade e pelo tempo estritamente necessário
para efetuar embarque ou desembarque de passageiros.
O condutor e os passageiros não deverão abrir a porta do veículo, deixá-la aberta ou
descer do veículo sem antes se certificarem de que isso não constitui perigo para eles e
para outros usuários da via.
O embarque e o desembarque devem ocorrer sempre do lado da calçada, exceto para o,
condutor.
Página 63
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e
circulação
O USO DO PISCA-ALERTA
O condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes situações:
• Em imobilizações ou situações de emergência;
• Quando a regulamentação da via assim o determinar.
ATENÇÃO
II - nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta, exceto ao cruzar com outro
veículo ou ao segui-lo;
Página 64
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e
circulação
III - a troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e por curto período de tempo, com o
objetivo de advertir outros motoristas, só poderá ser utilizada para indicar a intenção de
ultrapassar o veículo que segue à frente ou para indicar a existência de risco à segurança
para os veículos que circulam no sentido contrário;
IV - (Revogado) pela Lei 14.071/20.
V - O condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes situações:
a) em imobilizações ou situações de emergência;
b) quando a regulamentação da via assim o determinar;
VI - durante à noite, em circulação, o condutor manterá acesa a luz de placa;
VII - o condutor manterá acesas, à noite, as luzes de posição quando o veículo estiver
parado para fins de embarque ou desembarque de passageiros e carga ou descarga de
mercadorias.
§ 1º Os veículos de transporte coletivo de passageiros, quando circularem em faixas ou
pistas a eles destinadas, e as motocicletas, motonetas e ciclomotores deverão utilizar-se
de farol de luz baixa durante o dia e à noite.
Art. 39 Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá ser feita nos locais para isto
determinados, quer por meio de sinalização, quer pela existência de locais apropriados, ou,
ainda, em outros locais que ofereçam condições de segurança e fluidez, observadas as
características da via, do veículo, das condições meteorológicas e da movimentação de
pedestres e ciclistas.
Página 65
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e
circulação
CLASSIFICAÇÃO DE VIAS
As vias abertas à circulação, de acordo com sua utilização, classificam-se em vias urbanas
e rurais.
São vias urbanas as de trânsito rápido, arterial, coletora e local. Enquanto as vias rurais
são as estradas e rodovias.
De acordo com o Anexo I do CTB, a definição de cada uma dessas vias é a seguinte:
VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO: aquela caracterizada por acessos especiais com trânsito
livre, sem interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem
travessia de pedestres em nível.
VIA ARTERIAL: aquela caracterizada por interseções em nível, geralmente controlada por
semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais,
possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade.
VIA COLETORA: aquela destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade
de entrar ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das
regiões da cidade.
Página 66
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e
circulação
VIA LOCAL: aquela caracterizada por interseções em nível não semaforizadas, destinada
apenas ao acesso local ou a áreas restritas.
Página 67
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e
circulação
VELOCIDADES PERMITIDAS
A velocidade máxima permitida nessas vias quando NÃO houver sinalização indicando a
velocidade será:
Página 68
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Legislação específica sobre transporte de passageiros
Art. 108. Onde não houver linha regular de ônibus, a autoridade com circunscrição sobre a
via poderá autorizar, a título precário, o transporte de passageiros em veículo de carga ou
misto, desde que obedecidas as condições de segurança estabelecidas neste Código e
pelo CONTRAN.
Art. 170. Dirigir ameaçando os pedestres que estejam atravessando a via pública, ou os
demais veículos:
Infração - gravíssima.
Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir.
Medida administrativa - retenção do veículo e recolhimento do documento de habilitação.
Página 69
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Legislação específica sobre transporte de passageiros
Art. 193. Transitar com o veículo em calçadas, passeios, passarelas, ciclovias, ciclofaixas,
ilhas, refúgios, ajardinamentos, canteiros centrais e divisores de pista de rolamento,
acostamentos, marcas de canalização, gramados e jardins públicos:
Infração - gravíssima.
Penalidade - multa (três vezes).
Art. 216. Entrar ou sair de áreas lindeiras sem estar adequadamente posicionado para
ingresso na via e sem as precauções com a segurança de pedestres e de outros veículos:
Infração - média.
Penalidade - multa.
Página 70
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Responsabilidades do condutor do veículo de
transporte coletivo de passageiros
Art. 2º A organização e a coordenação dos serviços de que trata este Decreto caberão ao
Ministério dos Transportes. (Redação dada pelo Decreto nº 8.083, de 2013)
Art. 2º-A. O controle das outorgas, a delegação e a fiscalização dos serviços de que trata
este Decreto caberão à Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT. (Incluído pelo
Decreto nº 8.083, de 2013) A seguir as principais responsabilidades do condutor, as quais
devem ser respeitadas por todos os condutores de transporte público rodoviário,
regulamentados pela ANTT, órgãos executivos dos estados e municípios.
DICA
Sempre leve consigo o Certificado do Curso Especializado de que trata a
Resolução 789/2020, alterada pela Resolução 849/21 do CONTRAN. Esse
documento é de porte obrigatório para todos os condutores de transporte de
passageiros, até que a informação seja registrada no RENACH, em campo
específico da CNH.
A seguir serão apresentadas as principais normas, baseadas nos artigos do CTB, que são
especialmente importantes para esclarecer as responsabilidades dos condutores de
veículos de transporte coletivo de passageiros.
Página 71
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Responsabilidades do condutor do veículo de
transporte coletivo de passageiros
Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros a serem estabelecidos
pelo CONTRAN:
I - Cinto de segurança, conforme regulamentação específica do CONTRAN, com exceção
dos veículos destinados ao transporte de passageiros em percursos em que seja permitido
viajar em pé.
II - Para os veículos de transporte e de condução escolar, os de transporte de passageiros
com mais de dez lugares e os de carga com peso bruto total superior a quatro mil,
quinhentos e trinta e seis quilogramas, equipamento registrador instantâneo inalterável de
velocidade e tempo.
III - Encosto de cabeça, para todos os tipos de veículos automotores, segundo normas
estabelecidas pelo CONTRAN.
V - Dispositivo destinado ao controle de emissão de gases poluentes e de ruído, segundo
normas estabelecidas pelo CONTRAN.
VI - Para as bicicletas, a campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos
pedais, e espelho retrovisor do lado esquerdo.
VII - Equipamento suplementar de retenção - air bag frontal para condutor e passageiro do
banco dianteiro (Incluído pela Lei nº 11.910, de 2009).
VIII - luzes de rodagem diurna.
Art. 35. Antes de iniciar qualquer manobra que implique deslocamento lateral, o condutor
deverá indicar seu propósito de forma clara e com a devida antecedência, por meio da luz
indicadora de direção de seu veículo, ou fazendo gesto convencional de braço.
Art. 65. É obrigatório o uso do cinto de segurança para condutor e passageiros em todas
as vias do território nacional, salvo em situações regulamentadas pelo CONTRAN.
Página 72
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Responsabilidades do condutor do veículo de
transporte coletivo de passageiros
De acordo com o Art. 220, deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível
com a segurança do trânsito quando se aproximar de passeatas, aglomerações, cortejos,
préstitos e desfiles, ou nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e
desembarque de passageiros, ou ainda onde houver intensa movimentação de pedestres,
constitui infração gravíssima.
De acordo com o Art. 311, este é considerado um crime em espécie pelo CTB.
Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe seja favorável, nenhum
condutor pode entrar em uma interseção se houver possibilidade de ser obrigado a
Página 73
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Responsabilidades do condutor do veículo de
transporte coletivo de passageiros
Art. 48. Nas paradas, operações de carga ou descarga e nos estacionamentos, o veículo
deverá ser posicionado no sentido do fluxo, paralelo ao bordo da pista de rolamento e junto
à guia da calçada (meio-fio), admitidas as exceções devidamente sinalizadas.
Art. 49. O condutor e os passageiros não deverão abrir a porta do veículo, deixá-la aberta
ou descer do veículo sem antes se certificarem de que isso não constitui perigo para eles e
para outros usuários da via.
Art. 177. Deixar o condutor de prestar socorro à vítima de acidente de trânsito quando
solicitado pela autoridade e seus agentes:
Página 74
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Responsabilidades do condutor do veículo de
transporte coletivo de passageiros
Infração - grave.
Penalidade - multa.
Art. 279. Em caso de acidente com vítima, envolvendo veículo equipado com registrador
instantâneo de velocidade e tempo, somente o perito oficial encarregado do levantamento
pericial poderá retirar o disco ou unidade armazenadora do registro.
Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima,
não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral
socorro aquela.
Página 75
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Responsabilidades do condutor do veículo de
transporte coletivo de passageiros
O disco de tacógrafo, ou disco-diagrama, é uma folha de papel que possui uma camada de
cera e outra camada de tinta em sua superfície. Quando o disco é instalado no tacógrafo,
as agulhas do equipamento “removem” a cera depositada na folha, deixando, assim, uma
marca que pode ser interpretada posteriormente.
Existem dois tipos de discos de tacógrafo, o diário e o semanal. O diário (24 horas) utiliza
apenas um disco-diagrama, que deve ser substituído impreterivelmente após a vigésima
quarta hora. O semanal (7 ou 8 dias) utiliza um conjunto com 7 ou 8 discos de 24 horas
cada. Neste caso, automaticamente, o registrador faz uma troca de disco a cada 24 horas
de utilização.
Para conservar a integralidade dos registros, o disco-diagrama: não deve ser contaminado
por derivados de petróleo ou produtos químicos; não deve ser dobrado, perfurado ou ainda
ficar sob peças pesadas ou pontiagudas. Recomenda-se guardá-lo em envelope, como
proteção contra golpes e riscos. O tacógrafo deverá passar por testes de aferição e
selagem a cada dois anos.
Página 76
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Exercícios de fixação
Resumo do módulo
Prezado (a) condutor (a), neste módulo revisamos os preceitos de dirigibilidade defensiva,
bem como, aos fatores que comprometem a segurança no trânsito. Trazemos como
destaque deste conteúdo:
- O Brasil possui um conjunto de leis que regem e disciplinam o transporte. A principal
delas é a Lei nº 9.503/1997, que institui o CTB. Existem, ainda, a legislação complementar,
as Resoluções do CONTRAN, as Portarias do Denatran e outras regulamentações
estaduais e municipais. Embora o CTB tenha mais de duas décadas de publicação, ainda
se verifica o desconhecimento de boa parte de suas determinações. Neste sentido, somos
convidados a refletir sobre a importância de conhecer e respeitar as regras para a garantia
dos direitos individuais e a convivência pacífica na coletividade.
- Os condutores de veículos de transporte coletivo de passageiros devem,
obrigatoriamente, portar o original da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e estar
habilitados nas Categorias D ou E.
- A sinalização viária tem como objetivos: garantir a melhor fluidez no trânsito e uma maior
segurança para veículos e pedestres.
- Com o propósito de tornar o trânsito mais seguro, com menor número de acidentes e de
vítimas, o Código de Trânsito Brasileiro estabelece normas de circulação e conduta.
- As determinações apresentadas pelo Código de Trânsito, em especial no capítulo que
trata das Normas Gerais de Circulação e Conduta, têm como principal objetivo fomentar a
prática da direção defensiva/preventiva. As regras gerais de circulação definem o
comportamento correto dos usuários das vias, principalmente dos condutores.
- Alguns equipamentos são essenciais e obrigatórios, como o cinto de segurança para
todos os passageiros e o registrador de velocidade e tempo, para monitorar a conduta do
motorista.
- Quando pensamos na responsabilidade do motorista que transporta outras vidas além da
dele, não é difícil concluir que cada um, individualmente, tem muito a contribuir para
melhorar as relações entre todos os usuários das vias.
Página 77
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Exercícios de fixação
Exercícios de fixação
1 - São órgãos normativos, que elaboram as leis de trânsito, dentro do Sistema Nacional
de Trânsito:
a) Secretaria Municipal de Trânsito e SENATRAN.
b) CONTRAN, CETRAN e CONTRANDIFE.
c) CONTRANDIFE e Guarda Municipal.
d) SENATRAN e JARI.
4 - O veículo "A" circula a 90 Km/h e o veículo "B" circula a 70 Km/h. Considerando que
ambos circulam em uma via arterial, quem está desrespeitando a velocidade máxima
permitida?
a) o veículo A
b) o veículo B
c) os dois
d) nenhum dos dois
5 - Todo condutor, numa rodovia, ao perceber que outro veículo no sentido contrário iniciou
uma ultrapassagem sem distância suficiente para realizar a manobra, deverá:
a) aumentar a velocidade, buzinar e desviar do veículo que iniciou a ultrapassagem.
b) aumentar a velocidade, e se necessário, dirigir-se ao acostamento até que o outro
veículo conclua a ultrapassagem.
c) reduzir a velocidade, e se necessário, dirigir-se ao acostamento até que o outro
veículo conclua a ultrapassagem.
d) reduzir a velocidade até parar, para que o outro veículo conclua a ultrapassagem.
Página 78
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Exercícios de fixação
GABARITO
1 - São órgãos normativos, que elaboram as leis 4 - O veículo "A" circula a 90 Km/h e o veículo "B"
de trânsito, dentro do Sistema Nacional de circula a 70 Km/h. Considerando que ambos
Trânsito: circulam em uma via arterial, quem está
desrespeitando a velocidade máxima permitida?
a) Secretaria Municipal de Trânsito e
SENATRAN. a) o veículo A
b) CONTRAN, CETRAN e CONTRANDIFE. b) o veículo B
c) CONTRANDIFE e Guarda Municipal. c) os dois
d) SENATRAN e JARI. d) nenhum dos dois
Comentário: O artigo 12, I, do CTB, diz: compete Comentário: O art. 61, do CTB, nos informa que
ao CONTRAN, estabelecer as normas onde não houver sinalização regulamentadora de
regulamentares referidas neste Código e as velocidade, deverá ser seguida a norma. Em uma
diretrizes da Política Nacional de Trânsito. Já no via arterial a velocidade máxima permitida é de 60
art. 14, II diz que: compete ao Km/h. Logo o veículo "A" e o veículo "B", estão
CETRAN/CONTRANDIFE, elaborar normas no desrespeitando a velocidade máxima permitida da
âmbito das respectivas competências. via.
2 - A Carteira Nacional de Habilitação somente 5 - Todo condutor, numa rodovia, ao perceber que
terá validade para a condução do veículo quando outro veículo no sentido contrário iniciou uma
apresentada: ultrapassagem sem distância suficiente para
realizar a manobra, deverá:
a) junto com o Certificado de Registro e
Licenciamento do Veículo a) aumentar a velocidade, buzinar e desviar
b) em cópia autenticada pelo DETRAN do veículo que iniciou a ultrapassagem.
c) junto com a Carteira de Identidade b) aumentar a velocidade, e se necessário,
d) em original, por meio físico ou digital dirigir-se ao acostamento até que o outro
veículo conclua a ultrapassagem.
Comentário: Carteira Nacional de Habilitação e a
c) reduzir a velocidade, e se necessário,
Permissão para Dirigir somente terão validade
dirigir-se ao acostamento até que o
para a condução de veículo quando apresentada
outro veículo conclua a ultrapassagem.
em original. Art. 159, § 5º do CTB. Vale destacar
d) reduzir a velocidade até parar, para que o
que a CNH, pode ser emitida em meio físico e/ou
outro veículo conclua a ultrapassagem.
digital a escolha do condutor.
Comentário: Todos os usuários da via devem,
3 - Para dirigir um ônibus o condutor precisa estar
abster-se de todo ato que possa constituir perigo
habilitado em qual categoria de habilitação?
ou obstáculo para o trânsito de veículos, de
a) Categoria A pessoas ou de animais, ou ainda causar danos a
b) Categoria B propriedades públicas ou privadas. O motorista
c) Categoria C deve sempre adotar procedimentos preventivos no
d) Categoria D trânsito, sempre com cautela e civilidade, abrindo
mão do seu direito de modo a priorizar a
Comentário: Categoria "D", condutor de veículo
segurança viária. O trânsito seguro é um direito de
motorizado utilizado no transporte de passageiros,
todos, logo para exercer esse direito todos tem
cuja lotação exceda a 8 lugares, excluído o do
responsabilidades. Art. 26, do CTB C/C Art. 1, §
motorista. Art. 142, IV, do CTB.
2º, do CTB.
Página 79
DIREÇÃO
DEFENSIVA
Página 80
DIREÇÃO DEFENSIVA
Objetivos de Aprendizagem
Objetivos de Aprendizagem
- Reconhecer que o principal fator relacionado ao acidente de trânsito é o humano.
- Conhecer os procedimentos e cuidados para evitar e prevenir acidentes envolvendo
outros veículos, pedestres e demais integrantes do trânsito.
- Agir com antecipação em possíveis situações de risco, prevenindo acidentes.
- Relembrar a importância da recolha da informação, da tomada de decisão e da ação na
tarefa da condução.
- Rever os fatores físicos e emocionais que interferem na condução; relembrar e identificar
a influência desses fatores na sua própria condução.
- Conhecer os riscos que traz a ingestão de bebida alcoólica e o uso de drogas para
condutores de veículos especializados.
- Identificar os fatores comportamentais e as ações de prevenção a serem adotadas em
situações adversas.
-Realizar autoavaliação em relação à realização de todas as manobras e identificar
conhecimentos e habilidades necessários para o aprimoramento e redução de riscos.
Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará neste módulo:
- Conceito de direção defensiva;
- Acidente evitável ou não evitável;
- Como ultrapassar e ser ultrapassado;
- O acidente de difícil identificação da causa;
- Como evitar acidentes com outros veículos;
- Como evitar acidentes com pedestres e outros integrantes do trânsito;
- A importância de ver e ser visto;
- A importância do comportamento seguro na condução de veículos especializados;
- Comportamento seguro e comportamento de risco – diferença que pode poupar vidas;
- Estado físico e mental do condutor, consequências da ingestão e consumo de bebida
alcoólica e substâncias psicoativas.
Página 81
DIREÇÃO DEFENSIVA
Introdução
Introdução
Caro(a) Aluno (a),
O trânsito é a movimentação de veículos, pessoas e animais nas vias terrestres com o
propósito de locomoção. Todas nós fazemos parte da circulação da cidade, cada um com
seus interesses e necessidades e com sua própria condição de deslocamento. Portanto,
pensar sobre o trânsito não é apenas uma questão técnica e de engenharia, mas,
sobretudo, uma questão social, econômica e política.
Neste contexto, algo importante a se considerar é o fato de que os acidentes de trânsito
não são eventos naturais, não precisam acontecer e podem ser evitados com medidas
simples e fáceis, que, no entanto, envolvem mudanças de mentalidade e comportamento.
Sendo assim, compreendemos que o principal fator relacionado ao acidente de trânsito é o
humano, estando no homem a grande possibilidade de transformação. É pensando nisso,
que neste módulo convidamos você a revisar as técnicas e habilidades necessárias para a
prática da Direção Defensiva e a autoavaliação sobre os seus comportamentos que podem
comprometer a sua segurança no trânsito. Lembre-se:
Neste módulo, vamos estudar a respeito dos acidentes de trânsito. Vamos identificar
as causas dos acidentes, entender quais podem ser de fato evitados, e aprender a
relacionar nosso comportamento com a ocorrência dos acidentes, passando a
conhecer os procedimentos e cuidados para evitar e prevenir acidentes envolvendo
outros veículos, pedestres e demais integrantes do trânsito.
Vamos ainda detalhar alguns comportamentos humanos que podem afetar a
segurança do transporte coletivo de passageiros. O foco principal é o condutor, mas
vamos tratar do comportamento geral das pessoas, que pode causar riscos ao
transporte.
Bons estudos!
Página 82
DIREÇÃO DEFENSIVA
Conceito de direção defensiva
Direção Defensiva é dirigir de modo a evitar acidentes, apesar das ações incorretas
(erradas) dos outros e das condições adversas (contrárias), que encontramos nas vias de
trânsito. Para que um condutor possa praticar a
Direção Defensiva, precisa de certos elementos e conhecimentos, não só de legislação de
trânsito, mas também de comportamentos que devem ser praticados no dia-a-dia, no uso
do veículo. São eles:
Página 83
DIREÇÃO DEFENSIVA
Conceito de direção defensiva
CONHECIMENTO
O Código de Trânsito Brasileiro é o seu maior aliado na busca desse conhecimento, mas
também é necessário desenvolver um rápido conhecimento dos riscos no trânsito e da
maneira de prevenir-se contra eles. Você precisa conhecer seus direitos e deveres em
qualquer situação de trânsito, como condutor ou como pedestre, para evitar tomar atitudes
que possam causar acidentes ou danos aos usuários da via.
IMPORTANTE
O veículo motorizado que circula em vias terrestres é o que mais exige a atenção
do condutor. Um navio ou avião conta com aparelhos e auxiliares que podem
ajudar nessa tarefa. Portanto, mantenha sua atenção no trânsito e não se distraia
com conversas, com som alto ou no uso de rádio ou aparelho celular.
ATENÇÃO
A atenção deve ser direcionada a todos os elementos da via (condições, sinalização,
tempo, etc.), e as condições físicas e mentais do condutor, os cuidados e a manutenção do
veículo, tempo de deslocamento, conhecimento prévio do percurso, entre outros.
O condutor deve manter-se em estado de alerta durante todo o tempo em que estiver
conduzindo o veículo, consciente das situações de risco em que pode envolver-se e pronto
a tomar a atitude necessária em tal situação para evitar o acidente.
PREVISÃO
Você não precisa de uma bola de cristal para prever os perigos do trânsito, apenas precisa
prever e preparar-se para algumas eventualidades comuns no dia-a-dia, como furar um
Página 84
DIREÇÃO DEFENSIVA
Conceito de direção defensiva
DECISÃO
Sempre que for necessário tomar uma decisão, numa situação de perigo, ela dependerá
do conhecimento das alternativas que se apresentem e do seu conhecimento das
possibilidades do veículo, das leis e normas que regem o trânsito, do tempo e do espaço
que você dispõe para tomar uma atitude correta. Essa decisão ou tomada de atitude vai
depender da sua habilidade, tempo e prática de direção, previsão das situações de risco,
conhecimento das condições do veículo e da via. Ao renovar o exame de habilitação, o
condutor que não tenha curso de Direção Defensiva e Primeiros Socorros, deverá a eles
ser submetido conforme art. 150 do CTB e Resolução nº 789 - CONTRAN. Portanto,
esteja sempre preparado para fazer a escolha correta nas situações imprevistas, de modo
que possa contribuir para evitar acidentes de trânsito, mantendo-se atento a tudo que
circunda a via, mesmo à sua traseira, para que esta decisão possa ser rápida e precisa,
salvando sua vida e a de outros envolvidos numa situação de risco.
HABILIDADE
A habilidade se desenvolve por meio de aprendizado e da prática. Devemos aprender o
modo correto de manuseio do veículo e executar várias vezes essas manobras, de forma a
fixar esses procedimentos e adquirir a habilidade necessária à prática de direção no
trânsito das vias urbanas e rurais.
Esse requisito diz respeito ao manuseio dos controles do veículo e à execução, com
bastante perícia e sucesso, de qualquer uma das manobras básicas de trânsito, tais como
fazer curvas, ultrapassagens, mudanças de velocidade e estacionamento.
Atualmente a Permissão para Dirigir tem a validade de 12 meses, sendo conferida a
Carteira Nacional de Habilitação ao término desse prazo, desde que o condutor não tenha
cometido nenhuma infração de natureza grave ou gravíssima nem seja reincidente em
infração média.
Ser um condutor hábil ou com habilidade significa que você é capaz de manusear os
controles de um veículo e executar com perícia e sucesso qualquer manobra necessária
no trânsito, tais como: fazer curvas, ultrapassar, mudar de velocidade ou de faixa,
estacionar, etc.
Página 85
DIREÇÃO DEFENSIVA
Conceito de direção defensiva
DICA
SAIBA MAIS
Condições adversas
Página 86
DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas
Os riscos e os perigos a que estamos sujeitos no trânsito são conhecidos como condições
adversas e estão relacionados com:
• Luz;
• Tempo;
• Veículo;
• Via;
• Trânsito;
• Condutor.
Vamos examinar separadamente os principais riscos e perigos que encontramos no
trânsito.
LUZ
A falta de luz (iluminação) atrapalha os motoristas. Mas também um excesso da mesma
traz um empecilho. O ofuscamento causado por outros condutores, no momento em que
ativam o farol alto, é considerado uma condição adversa, pois tira parte da visão do
condutor que recebe a luz. Por isso, nas vias de mão dupla, é bom abaixar a luz alta
quando outro motorista se aproxima.
O farol alto também pode cegar temporariamente o carro da frente, quando a luz incide no
retrovisor. Nesses casos, também é aconselhável diminuir o farol quando atrás de outro
veículo no mesmo sentido. É indicado, sempre que possível, trafegar com luz baixa.
Página 87
DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas
Ao passar em túneis escuros, no período diurno, a mudança de luz causa uma espécie de
ofuscação. Uma solução para esse fenômeno pode ser feita através de uma técnica bem
fácil. Feche um olho e mantenha o outro aberto até o final do túnel. Ao sair, o motorista
terá uma visão bem melhor do que estando com os dois abertos.
Recomendações:
• Evitar viajar nos horários em que o sol esteja mais forte;
• Usar óculos escuros ou pala de proteção;
• Em caso de crepúsculo, ligue os faróis.
No caso de farol alto em sentido contrário:
• Piscar os faróis;
• Reduzir a velocidade;
• Não olhar diretamente para os faróis;
• Se orientar pela linha de bordo da pista.
TEMPO
Outro fator que atrapalha bastante o condutor são as condições do tempo.
A chuva é um grande contribuinte para acidentes no trânsito. Uma pista molhada é como
um chão ensaboado. Havia uma propaganda que alertava sobre isso. Ela usava um slogan
que dizia: “choveu, virou sabão”. Trouxe à tona que o motorista precisa dirigir com atenção
em situações como essa.
• A pista molhada diminui a aderência entre os pneus e o solo, o que pode gerar a
aquaplanagem e perda de controle. Diminua a velocidade e freie com cuidado;
Página 88
DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas
Página 89
DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas
A fumaça causada por incêndios, da mesma forma. Ou seja, a cautela se torna bem
relevante.
Se o vento estiver transversal, a recomendação é abrir as janelas; se vier de frente,
aconselha-se diminuir a velocidade. Atenção com objetos que podem ser arremessados
contra os vidros.
VEÍCULOS
O motorista defensivo deve manter seu veículo em condições de reagir eficientemente a
todos os comandos, pois não é possível dirigir com segurança um veículo defeituoso.
Página 90
DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas
Uma manutenção bem executada é fundamental para que a vida útil prescrita de um
veículo ou de um equipamento seja maximizada, tanto no que se refere ao seu
desempenho quanto à sua disponibilidade. Alguns dos principais objetivos da manutenção
preventiva são:
• Otimizar os insumos, garantindo mais segurança e reduzindo os impactos
ambientais.
• Garantir a frota disponível para a operação do serviço.
• Manter o controle do histórico da manutenção ao longo de toda a vida útil do
veículo.
A manutenção preventiva é efetuada frequentemente de acordo com critérios pré-
estabelecidos para reduzir a probabilidade de falha do veículo ou a degradação de um
serviço efetuado. Os tipos de manutenção preventiva são:
Página 91
DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas
Página 92
DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas
O freio dispositivo mais importante para a segurança e tem por finalidade fazer o veículo
parar. Os veículos leves são equipados com freio de serviço e de estacionamento. Já os
veículos médios e pesados, além do freio de serviço e de estacionamento, são equipados
com o freio motor.
Página 93
DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas
VIA
As vias podem ser inimigas também, visto que muitas delas estão esburacadas, com as
faixas apagadas e sem sinalização. Conhecer o veículo, saber do que ele precisa, além de
checar todos os itens de segurança é imprescindível. As luzes de freio devem estar
acendendo corretamente, os pneus têm que ser calibrados, o sistema de suspensão, os
espelhos, extintor e etc.
Em caso de problemas na conservação das pistas, é indicado adequar a velocidade às
condições observadas.
• Recomenda-se atenção a desvios, trechos em meia pista ou sem acostamento;
• Em vias sem sinalização, atenção redobrada;
• Definir o trajeto antecipadamente é uma forma de evitar conversões bruscas e
velocidades abaixo das mínimas ao se procurar um endereço;
• Em descidas, a indicação é usar o freio rápido e suavemente, e manter-se com a
marcha engatada (em vez de utilizar "banguela").
Página 94
DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas
TRÂNSITO
Um congestionamento, os horários de grande fluxo de veículos e pessoas são empecilhos
e comprometem a concentração e a tranquilidade dos motoristas. Os ciclistas e animais
nas ruas e estradas são coisas que entram na parte da atenção do condutor de veículo
automotor. As cargas levadas por um carro são consideradas, quando não se encontra de
acordo com a lei de trânsito, uma condição adversa.
• Procurar vias alternativas;
• Manter distância de segurança;
• Procurar o melhor horário para evitar congestionamentos;
• Ajustar a velocidade de acordo com a fluidez do trânsito.
CONDUTOR
As condições para que o condutor do veículo transite em segurança são fatores humanos
e está relacionado com a atenção e distração. Para conduzir um veículo é sempre
necessária atenção redobrada e dedicada ao volante, pois, dirigir um veículo é um ato
composto por múltiplas tarefas que envolvem a tomada de informação, o processamento
de informação, a tomada de decisão e as atividades motoras.
Existem vários fatores, tanto físicos quanto emocionais, que afetam diretamente a
capacidade de dirigir com segurança:
Fadiga: é uma das maiores causas de acidentes, pois afeta a tomada de decisões, retarda
os reflexos e prejudica a visão. A fadiga é um tipo de cansaço permanente, para suavizar
Página 95
DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas
ATENÇÃO
Dirigir veículo sem usar lentes corretoras de visão ou aparelho auxiliar de audição
impostos por ocasião da concessão ou da renovação da licença para conduzir é
uma infração gravíssima (CTB, Art. 162, inciso VI).
Página 96
DIREÇÃO DEFENSIVA
Condições adversas
DICA
Página 97
DIREÇÃO DEFENSIVA
Acidente evitável ou não evitável
IMPORTANTE
O acidente não acontece por acaso, por destino ou por azar. Na maioria dos casos,
o fator humano está presente, ou seja, cabe aos condutores e aos pedestres uma
boa dose de responsabilidade.
Página 98
DIREÇÃO DEFENSIVA
Como ultrapassar e ser ultrapassado
Página 99
DIREÇÃO DEFENSIVA
O acidente de difícil identificação de causa
As principais causas desse tipo de colisão estão relacionadas com as condições adversas,
tais como: luz, tempo, via, trânsito, carga, veículo e motorista. É preciso ter em mente que
existe uma ou mais defesas para cada condição adversa, mas, se não souber usá-las, o
motorista pode se envolver em uma colisão dessa natureza.
A maioria dos motoristas envolvidos não sabem a causa (quando esta for, por exemplo, um
defeito mecânico), não querem dizer qual a causa (quando for algo constrangedor para o
motorista como, por exemplo, ter dormido ao volante ou estar embriagado) ou ainda, não
podem dizer qual a causa (porque morreram).
Em muitos casos, não é possível identificar, exatamente, qual foi a causa ou o conjunto de
fatores que causaram o acidente. Um exemplo desta situação são as chamadas colisões
misteriosas. A colisão misteriosa é definida como o acidente de trânsito que envolve
apenas um veículo, e seu condutor, quando sai vivo do acidente, não sabe ou não se
lembra, exatamente, do que ocorreu ou de qual foi a causa. Não há testemunhas e
ninguém sabe o que houve. Estatísticas comprovam que este tipo de colisão representa
1/3 dos acidentes de trânsito e, na grande maioria, envolvem a morte do condutor, de
passageiros e até de pedestres.
Novas técnicas de perícia são desenvolvidas e, a cada dia, mais acidentes têm suas
verdadeiras causas reveladas. Mesmo que o condutor não se lembre do ocorrido, ou que
não queira admitir que tenha cometido uma falha, muitas vezes, ainda é possível
comprovar a sua responsabilidade.
Página 100
DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com outros veículos
Página 101
DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com outros veículos
Página 102
DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com outros veículos
Página 103
DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com outros veículos
Página 104
DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com outros veículos
Força centrifuga: se você entrar acelerando em uma curva, seu veículo receberá menos
peso (massa) em seu eixo dianteiro, tendendo a desgarrar as rodas dianteiros, podendo
sair fora da curva.
Página 105
DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com outros veículos
Página 106
DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com outros veículos
ATENÇÃO
Página 107
DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes
ATENÇÃO
Página 108
DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes
Para isso, os cintos de segurança devem estar em boas condições de conservação e todos
os ocupantes devem usá-los, inclusive os passageiros dos bancos traseiros, mesmo as
gestantes e as crianças.
Faça sempre uma inspeção dos cintos:
• Veja se os cintos não têm cortes, para não se romperem numa emergência;
• Confira se não existem dobras que impeçam a perfeita elasticidade;
• Teste o travamento para ver se está funcionando perfeitamente;
• Verifique se os cintos dos bancos traseiros estão disponíveis para utilização dos
ocupantes.
Uso correto do cinto:
• Ajuste firmemente ao corpo, sem deixar folgas;
• A faixa inferior deverá ficar abaixo do abdome, sobretudo para as gestantes;
• A faixa transversal deve vir sobre o ombro, atravessando o peito, sem tocar o
pescoço.
PEDESTRE
O pedestre é o usuário mais importante da via pública e, no entanto, é o mais indefeso,
principalmente crianças, idosos, portadores de deficiência física e necessidades especiais.
Página 109
DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com pedestres e outros
integrantes do trânsito
Para evitar atropelamentos, a regra para o condutor é ser cuidadoso com o pedestre e dar-
lhe sempre o direito de passagem, principalmente nos locais adequados (faixas, área de
cruzamento, área escolar).
CICLISTA
O ciclista com o seu veículo não motorizado é frágil e vulnerável. Além de que, tem a
preferência sobre os veículos automotores. Porém, para evitar que você se envolva nesse
tipo de acidente, o melhor é ficar atento, checar constantemente os retrovisores, tendo
cuidado com os pontos cegos dos veículos, anunciando sua presença com leves toques na
buzina.
A bicicleta é um veículo de passageiros que tem direito de trânsito como qualquer outro
veículo.
Por ser um veículo silencioso e pequeno, muitas vezes não é percebida.
Página 110
DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com pedestres e outros
integrantes do trânsito
O CTB determina que, o condutor deve deixar uma distância lateral de 1,50 m ao passar
ou ultrapassar bicicleta.
Recomendações para evitar esse tipo de acidente:
• Cuidados com ciclistas entre o seu veículo e a guia;
• Alerte o ciclista ao ultrapassá-lo;
• Cuidado ao abrir portas de veículos.
ATENÇÃO
MOTOCICLISTA
O motociclista conduz um veículo motorizado, estando sujeito a direitos e deveres como
qualquer outro. Muitos condutores desse tipo de veículo costumam ter comportamentos
que põem em risco a segurança do trânsito e dos usuários da via. É importante lembrar
que as acidentes envolvendo motociclistas sempre têm consequências trágicas, devido à
sua fragilidade.
Não importa de quem é o erro, neste tipo de colisão o motociclista fica mais exposto e
sujeito a sofrer lesões. Independente das atitudes dos motociclistas, os condutores dos
demais veículos devem zelar por eles, até porque os veículos de porte maior devem prezar
pela segurança dos menores.
Página 111
DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com pedestres e outros
integrantes do trânsito
ATENÇÃO
Página 112
DIREÇÃO DEFENSIVA
Como evitar acidentes com pedestres e outros
integrantes do trânsito
ANIMAIS
Ocorre com mais frequência nas zonas rurais, pois os animais muitas vezes invadem a
estrada. Portanto, assim que perceber qualquer animal na pista reduza a marcha até que o
tenha ultrapassado e nunca use a buzina, pois poderá assustá-lo e fazer com que se volte
contra o seu veículo.
• Em áreas rurais, redobre a atenção e transite com os vidros fechados.
Caso perceba algum animal na via:
• Reduza a marcha até que o tenha ultrapassado e evite usar a buzina, pois poderá
assustá-lo e fazer com que se volte contra o seu veículo.
Nos veículos com o retrovisor interno, sente-se na posição correta e ajuste-o de modo que
lhe dê uma visão ampla do vidro traseiro. Não coloque bagagens ou objetos que impeçam
sua visão pelo retrovisor interno.
Caso seu veículo não possua o retrovisor interno, a regra para os externos continua a
mesma, mas é imprescindível que sejam colocados retrovisores convexos adicionais nas
Página 113
DIREÇÃO DEFENSIVA
A importância do comportamento seguro na
condução de veículos especializados
SAIBA MAIS
Em condições normais, nosso cérebro leva alguns décimos de segundo para
registrar o que enxergamos. Isso significa que, por mais atento que você esteja, não
será possível observar tudo.
Página 114
DIREÇÃO DEFENSIVA
Comportamento seguro e comportamento de risco –
diferença que pode poupar vidas
VELOCIDADE
• A velocidade máxima permitida nem sempre é uma velocidade segura;
• A velocidade adequada é aquela compatível com todos os elementos do trânsito,
principalmente às condições adversas;
• A velocidade inadequada reduz o tempo disponível para uma reação eficiente em
caso de perigo;
• A velocidade deve ser compatível com as condições locais: o tipo de piso,
condições climáticas, quantidade e posição de pedestres, motociclistas, caminhões
e elementos do trânsito;
• Mesmo velocidades baixas podem ser incompatíveis em caso de aglomerações ou
outras situações de risco;
• Mesmo que não existam fatores adversos, nunca exceder a velocidade máxima
permitida;
• Quanto maior e mais pesado o veículo, menor é a capacidade de manobras de
velocidade.
Página 115
DIREÇÃO DEFENSIVA
Comportamento seguro e comportamento de risco –
diferença que pode poupar vidas
FRENAGEM
• Frenagens e reduções devem ser graduais e progressivas;
• Frenagens bruscas deve ser usada apenas em emergências;
• Nas frenagens de emergência, instintivamente acionamos o freio até o final,
causando o bloqueio das rodas e fazendo com que os pneus “arrastem” (diferente
dos veículos com sistema ABS). Esse travamento deve ser evitado, porque o
veículo com as rodas travadas percorre um espaço maior para parar, não obedece à
direção e pode sair pela tangente nas curvas;
• É preciso treinar frenagens no menor espaço possível, sem travar as rodas. Esse
treinamento deve ser feito em uma rua afastada que não ofereça perigo.
MANOBRAS
É o movimento executado pelo condutor para alterar a posição em que o veículo está no
momento em relação à via. O condutor deve executar as manobras após garantir que não
há perigo para os demais usuários das vias, cedendo passagem àqueles que têm a
preferência. Antes de iniciar uma manobra, o condutor deve sinalizar com a luz indicadora
de direção do veículo (pisca ou seta) ou, ainda, com o gesto convencional de braço. Vale
lembrar que, deixar de acionar a luz indicadora de direção é uma infração grave (5 pontos
na CNH), passível de multa.
CONVERSÕES
Durante a manobra de mudança de direção, o condutor deverá ceder passagem aos
pedestres, ciclistas e veículos que transitem em sentido contrário pela pista da via da qual
vai sair, respeitando a preferência de passagem, do contrário cometerá uma infração e
estará sujeito a multa, penalidades e medidas cabíveis.
Consiste em infração e o condutor estará sujeito a multa cabível, se:
• Caso não seja possível executar a conversão no local, o condutor deve seguir
adiante até que as condições da via e do trânsito permitam.
Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via ou em lotes lindeiros (terrenos
que fazem limite com a via), o condutor deverá:
• Ao sair pelo lado direito, aproximar-se o máximo possível do bordo direito;
• Ao sair pelo lado esquerdo, aproximar-se o máximo possível de seu eixo ou linha
divisória da pista;
• No caso de mão única, deslocar-se totalmente à esquerda.
Para acessar lotes lindeiros e garagens, deve-se seguir os mesmos procedimentos
adotados para conversão.
Página 116
DIREÇÃO DEFENSIVA
Comportamento seguro e comportamento de risco –
diferença que pode poupar vidas
Entrar ou sair de lotes lindeiros sem se posicionar corretamente ou sem zelar pela
segurança dos pedestres e demais veículos, é uma infração média (4 pontos na CNH),
passível de multa.
Nas vias providas de acostamento, a conversão à esquerda e a operação de retorno
deverão ser feitas nos locais sinalizados. O condutor deve aguardar no acostamento, à
direita, para cruzar a pista com segurança.
São infrações graves (5 pontos na CNH) e sujeitas a multa: realizar conversão (à direita ou
esquerda) em locais proibidos; e, não aguardar no acostamento à direita para cruzar a
pista.
Caso não seja possível executar a conversão no local, o condutor deve seguir adiante até
que as condições da via e do trânsito permitam.
RETORNOS
Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá ser feita nos locais determinados, quer
por meio de sinalização, quer pela existência de locais apropriados (canteiros), ou ainda,
em outros locais que ofereçam condições de segurança e fluidez; observadas as
características da via, do veículo, das condições meteorológicas e da movimentação de
pedestres e ciclistas. Em vias rurais (rodovias ou estradas), o retorno deve ser realizado
nos locais apropriados. Caso não exista, o condutor deve aguardar no acostamento para
cruzar com segurança.
Executar o retorno em locais proibidos por sinalização, curvas, descidas, subidas, pontes,
viadutos, túneis, cruzamentos, entrando na contramão da via transversal, passado por
cima de calçadas, passeios, canteiros, faixas de pedestres é uma infração gravíssima (7
pontos na CNH) e o condutor estará sujeito a multa.
PASSAGEM E ULTRAPASSAGEM
Passagem é o movimento de passar à frente de outro veículo que se desloca no mesmo
sentido, em menor velocidade, mas em faixas distintas da via. Ao realizar a mudança de
faixa, o condutor deve observar se no local é permitido realizar a mudança e fazê-la com
segurança, para isso, deve reduzir a velocidade e sinalizar avisando aos outros de sua
intenção, com luzes (pisca ou seta) ou gestos de braço. A mudança deve ser feita
gradativamente quando existirem várias faixas.
Ultrapassagem é o movimento de passar à frente de outro veículo que se desloca no
mesmo sentido, em menor velocidade e na mesma faixa de tráfego, necessitando sair e
retornar à faixa de origem. A ultrapassagem deve ser feita pela esquerda, obedecendo a
sinalização e as demais normas. Antes de efetuar uma ultrapassagem, certifique-se de
que:
• Nenhum condutor que venha atrás tenha começado a ultrapassá-lo;
• Quem o precede na mesma faixa não tenha intenção de ultrapassar;
Página 117
DIREÇÃO DEFENSIVA
Comportamento seguro e comportamento de risco –
diferença que pode poupar vidas
• A faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa extensão suficiente para que a
manobra não ponha em perigo ou obstrua o trânsito.
Ao efetuar a ultrapassagem o condutor deverá:
• Indicar com antecedência a manobra, acionando a luz indicadora de direção;
• Afastar-se do usuário aos quais ultrapassa;
• Retornar, após a efetivação da manobra, à faixa de origem.
Página 118
DIREÇÃO DEFENSIVA
Comportamento seguro e comportamento de risco –
diferença que pode poupar vidas
Página 119
DIREÇÃO DEFENSIVA
Estado físico e mental do condutor
ESTRESSE
O estresse é um conjunto de reações do organismo que prejudica o desenvolvimento das
atividades diárias e a própria saúde do indivíduo, provocando alterações indesejáveis no
metabolismo e no comportamento, podendo ter consequências perigosas. Cada pessoa
reage ao estresse de maneira diferente.
Muitos podem ser os fatores estressantes: pressões do trabalho ou da família, dívidas,
compromissos profissionais, ambiente hostil, trabalho excessivo, alterações bruscas na
vida, brigas, rompimentos de relacionamentos, falecimento de pessoas próximas,
problemas de saúde, deixar de fumar ou beber, fazer dieta e diversos outros.
Algumas das condições que facilitam ou agravam o estresse: pouca atividade física, comer
demais ou de menos, refeições irregulares, alimentação rica em gorduras e/ou pobre em
fibras, baixo consumo de líquidos, dormir pouco, perder noites e vida desorganizada.
No início, o estresse pode apresentar os seguintes sintomas:
• Insônia, falta de concentração, perda de memória, baixo desempenho profissional;
• Alteração do apetite, alterações do peso;
• Dores de estômago, problemas digestivos, náuseas, azia, gastrite;
• Dores de cabeça, dores nas costas, tensões musculares, sensações de
formigamento;
• Extremidades frias, boca seca, suor excessivo;
• Alterações do humor, diminuição do desejo sexual;
• Emotividade exagerada, irritabilidade;
• Alterações da pressão arterial, mal-estar, tonturas;
• Problemas de pele, alergias.
No trânsito, o estresse afeta o comportamento. Por exemplo, o indivíduo que apresenta
características de irritabilidade, quanto estiver estressado certamente irá piorar seu
comportamento, tornando-se agressivo ou hostil e provocando acidentes.
As pressões e tensões extras que o trânsito proporciona podem funcionar como a “gota
d’água”, alterando padrões de comportamento do condutor e fazendo-o criar situações de
risco e insegurança, para si e para os demais usuários.
Para sair e voltar sem stress:
• Ao sair de casa pense em coisas positivas;
• Tenha uma boa alimentação (a fome também acarreta o stress);
Página 120
DIREÇÃO DEFENSIVA
Estado físico e mental do condutor
SONO
Esta é uma das condições mais adversas à segurança rodoviária, pois durante a
sonolência a pessoa entra num estado fisiológico caracterizado pela falha de sensações e
de movimentos voluntários, que originam uma série de desordens no organismo muito
perigosas para condução.
A sonolência diminui muito a capacidade de dirigir. Cada um de nós tem sua própria
necessidade de sono e, em geral, dormimos menos do que precisamos. Muitas pessoas
acreditam que podem controlar o sono utilizando artifícios como café, música alta ou vento
no rosto, mas sem perceber elas podem “tirar” um cochilo fatal.
Sinais de sonolência:
• Necessidade de se esforçar para se concentrar e manter os olhos abertos;
• Sensação de peso na cabeça;
• Bocejos constantes;
• Visão sem foco;
Página 121
DIREÇÃO DEFENSIVA
Estado físico e mental do condutor
ATENÇÃO
O sono não é proveniente apenas do cansaço, mas está ligado também a muitos
outros distúrbios de saúde. Portanto, se apesar de dormir adequadamente você
continua com sono constante, recomenda-se uma visita ao médico.
FADIGA
A fadiga é uma sensação de cansaço permanente, resultante de certas doenças como
estresse e esgotamento, podendo ser originada por má distribuição entre horas de trabalho
e descanso, por períodos prolongados. Essa condição é muito perigosa para quem passa
muitas horas no trânsito.
Página 122
DIREÇÃO DEFENSIVA
Estado físico e mental do condutor
BEBIDAS ALCOÓLICAS
Excesso no consumo de álcool ainda é uma das principais causas de acidentes de trânsito.
Dependendo da quantidade ingerida, o álcool causa inicialmente um estímulo no cérebro,
associado a uma sensação de alegria, de confiança e de força, quando na direção de um
veículo ele leva ao excesso de velocidade, às manobras para exibir perícia e à confiança
excessiva em si mesmo, no veículo, na via, etc.
Dependendo da quantidade de bebida ingerida, o cérebro começa a perder a capacidade
de resposta e coordenação, tirando e retardando as reações do condutor ao volante. Nas
fases mais avançadas de embriaguez, o motorista já não percebe o que se passa ao seu
Página 123
DIREÇÃO DEFENSIVA
Estado físico e mental do condutor
redor, perdendo a noção de distâncias e direções, como também o controle dos seus
movimentos.
Como regra geral jamais dirija após ter ingerido bebidas alcoólicas, pois em cada três
condutores mortos em acidentes, um está sob o efeito do álcool. Saiba ainda que nos
finais de semana dobra o número de vítimas fatais alcoolizadas.
O organismo demora algum tempo para eliminar o álcool ingerido e o tempo necessário
para a eliminação do álcool pode variar de pessoa para pessoa. A Lei em vigor rege que é
proibido o consumo de bebidas alcoólicas quando for dirigir.
Ano após ano, 50% de todas as mortes em acidentes de trânsito são devido à
incapacidade causada pelo álcool.
Não seja passageiro de ninguém que tenha bebido mesmo que só um pouco. Mesmo
doses pequenas podem comprometer a habilidade do condutor, o condutor embriagado
apresenta as pupilas totalmente dilatadas e os olhos em geral estão mais sensíveis à luz,
mãos e pernas trêmulas (frias).
Tomar café forte sem açúcar, banho frio ou remédios e chás caseiros na tentativa de
diminuir os efeitos do álcool no organismo, não adianta. Essas ações conseguem apenas
transformar um bêbado com sono num bêbado acordado.
Se beber, tomar remédio ou fizer uso de qualquer tipo de droga, não dirija. Procure um
meio alternativo como transporte coletivo, táxi, carona ou espere passar o efeito do produto
ingerido.
Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que
determine dependência:
Infração – gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses.
Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo,
observado o disposto no § 4º do art. 270 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - do
Código de Trânsito Brasileiro.
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência no
período de até 12 (doze) meses.
Em 2018 entrou em vigor a Lei 13.546, que altera o Código de Trânsito Brasileiro (CTB)
em relação às penalidades referentes aos crimes cometidos na direção de veículos
automotores.
Portanto, a partir de agora, o condutor que cometer homicídio culposo ou causar lesão
grave ou gravíssima ao dirigir alcoolizado ou sob efeito de qualquer outra substância
psicoativa terá, como penalidade prevista, a reclusão de cinco a oito anos e de dois a cinco
anos, respectivamente.
As mudanças que entrarão em vigor são referentes aos crimes em que ocorre lesão à vida.
Nos outros aspectos, a lei continua igual.
Página 124
DIREÇÃO DEFENSIVA
Estado físico e mental do condutor
Até então, como a detenção prevista era de até quatro anos, era possível que o condutor
pagasse fiança e fosse liberado em casos de crimes de trânsito em decorrência da
ingestão de bebida alcoólica.
Entretanto, a partir de agora, nesses casos, os delegados não poderão mais arbitrar fiança
aos motoristas.
Também estão previstas, pela legislação, penalidades mais severas aos motoristas que
causarem lesões graves ou gravíssimas, como reclusão de dois a cinco anos.
Anteriormente, a penalidade prevista em casos em que acontecia lesão corporal culposa
na direção de veículo automotor era de seis meses a dois anos, mais a suspensão ou
proibição de obter a permissão ou habilitação para dirigir.
A autoridade policial está autorizada a conceder fiança para os crimes cuja pena privativa
de liberdade máxima não ultrapasse os quatro anos, como é o caso da situação citada no
parágrafo anterior.
SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS
Além do álcool, existem outras drogas que o condutor defensivo também deve ficar
distante. Porém, não é isso que se verifica nas vias nacionais. Infelizmente, as drogas
estão presentes em todos os níveis da sociedade e o trânsito não fica fora.
As drogas são divididas basicamente em três classes distintas: depressoras, estimulantes
e perturbadoras.
Todas alteram o funcionamento do sistema nervoso central, retardando, acelerando ou
desgovernando. Dificultam a coordenação motora, mental e emocional. Os sintomas
variam de acordo com vários fatores: grau de pureza da droga, quantidade da substância
usada e indivíduo, dentre outros.
Drogas Depressoras: São as drogas que baixam ou reduzem a atividade mental,
diminuindo a disposição psicológica geral, intelectual e a capacidade de vigilância.
Drogas Estimuladoras: Agem como estimulantes no sistema nervoso central, iniciando-se
os efeitos por euforia, bem-estar, disposição pronta, aumento de atividade e outros.
Provocam também excitação, irritabilidade e insônia. Após a fase estimulante, geralmente
surge uma fase depressiva.
Drogas Perturbadoras: Estas drogas causam alucinações, alterações ilusórias, isto é,
alterações de ordem psicológica do sistema sensorial do ser humano. As pessoas veem
imagens distorcidas criadas pela mente, imagens inexistentes no mundo real, alucinações
auditivas, perseguições e sensação de bichos andando sobre a pele. Dirigir sob o efeito de
substâncias tóxicas ou determinados remédios é muito perigoso para si mesmo e para os
outros.
Página 125
DIREÇÃO DEFENSIVA
Resumo do Módulo
Resumo do Módulo
Prezado (a) condutor (a), neste módulo revisamos os preceitos de dirigibilidade defensiva,
bem como, aos fatores que comprometem a segurança no trânsito. Trazemos como
destaque deste conteúdo:
- Direção defensiva, ou direção segura, é a melhor maneira de dirigir e de se comportar no
trânsito.
- Ao aplicar os conceitos e atitudes da direção defensiva, é possível conduzir preservando
a vida, a saúde e o meio ambiente, e prevendo situações de risco que podem causar
acidentes envolvendo o seu veículo, os de outros, e também os demais usuários da via.
- Sua atitude no trânsito pode evitar muitos acidentes ou ao menos reduzir os estragos que
eles causam.
- A compreensão de que o ato de dirigir é de extrema complexidade e requer
conhecimentos e habilidades específicas, sendo assim, o aprimoramento destas
competências deve ser constante, contemplando acesso à informação e vivências práticas.
- A percepção da supremacia do fator humano enquanto responsável pela ocorrência dos
inúmeros acidentes de trânsito; para transformação desta realidade, faz-se necessária a
autoavaliação individual para detecção de comportamentos e posturas que comprometam
a segurança.
- Grande parte dos acidentes envolve mais de um veículo. No entanto, é sempre possível
reduzir as chances de que os acidentes ocorram.
- O método básico de prevenção de acidentes deve ser utilizado diariamente por todos os
condutores, inclusive os do transporte de passageiros. Quando for necessário dirigir em
estradas e rodovias, é recomendável que se faça, antes da viagem, uma avaliação das
condições das vias.
- Durante o trajeto ou nas paradas para embarque e desembarque, alguns cuidados devem
ser obrigatoriamente observados com todos os passageiros, especialmente com aqueles
que possuem alguma dificuldade de deslocamento.
- O condutor de veículos de grande porte, como ônibus e caminhões, ao realizar manobras
como conversões, ultrapassagens, manobras em cruzamentos, frenagens ou paradas,
deve ser mais cuidadoso do que os outros condutores.
- Algumas atitudes dos condutores podem salvar muitas vidas. É indispensável manter
atenção aos requisitos de segurança, utilizando sempre a direção defensiva a seu favor.
- Todo condutor em estado de embriaguez, mesmo leve, compromete sua segurança, a
dos demais usuários da via e a dos passageiros que estão apostando suas próprias vidas
nas boas condições de atuação do motorista.
Página 126
DIREÇÃO DEFENSIVA
Exercícios de fixação
Exercícios de fixação
1 - Um condutor está dirigindo seu veículo, quando percebe um motorista tentando
ultrapassá-lo. Nesse momento, reduz a velocidade e aproxima seu veículo da borda direita
da pista para facilitar a manobra do outro. Nesse caso, esse condutor agiu com:
a) Cortesia
b) Reciprocidade
c) Mutualidade
d) Coesão
5 - A fadiga é uma das causas de acidentes. Dentre outros fatores podemos dizer que a
fadiga decorre:
a) da falta de atividade física e mental
b) da excessiva atividade física e mental, da tensão nervosa e privação do sono
c) da tranquilidade dos fins de semana
d) da ausência de coordenação motora
Página 127
DIREÇÃO DEFENSIVA
Exercícios de fixação
GABARITO
1 - Um condutor está dirigindo seu veículo, Comentário: O código de trânsito brasileiro define
quando percebe um motorista tentando o pisca-alerta como uma luz intermitente do
ultrapassá-lo. Nesse momento, reduz a velocidade veículo, utilizada em caráter de advertência,
e aproxima seu veículo da borda direita da pista destinada a indicar aos demais usuários da via
para facilitar a manobra do outro. Nesse caso, que o veículo está imobilizado ou em situação de
esse condutor agiu com: emergência. Como o nome indica, ele serve para
alertar outros motoristas de quaisquer condições
a) Cortesia
ou situações incomuns na estrada. O art. 40, V,
b) Reciprocidade
alínea "a", do CTB, diz: o condutor utilizará o
c) Mutualidade
pisca-alerta em imobilizações ou situações de
d) Coesão
emergência.
Comentário: Além de ser uma cortesia, vale
ressaltar que o art. 30 do CTB, diz: todo condutor, 4 - Carlos não tem o hábito de realizar
ao perceber que outro que o segue tem o periodicamente a manutenção preventiva em seu
propósito de ultrapassá-lo, deverá, se estiver carro, o que é fundamental para minimizar o risco
circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se de acidentes de trânsito. Nessa situação, segundo
para a faixa da direita, sem acelerar a marcha. os conceitos de Direção Defensiva, Carlos age
Caso, o motorista reduza a marcha, facilitará a com:
manobra de ultrapassagem, logo vai gerar mais a) Imprudência
segurança a todos os usuários. b) Estupidez
c) Negligência
2 - Do ponto de vista da direção defensiva, um
d) Imperícia
condutor responsável pode ser reconhecido
quando: Comentário: Direção defensiva é a melhor
maneira de dirigir e se comportar no trânsito. É a
a) manifesta tal controle sobre o veículo que
possibilidade de um condutor reconhecer
não precisa dirigir com as duas mãos ao
antecipadamente as situações de perigo, prever
volante
suas consequências e estar preparado para tomar
b) dimensiona os riscos e age com
decisões que protejam os ocupantes dos veículos
cautela antecipadamente, mesmo que a
e os demais usuários da via. O art. 26, do CTB,
situação tenha sido criada por outro
diz: os usuários das vias terrestres devem, abster-
usuário da via
se de todo ato que possa constituir perigo ou
c) acha que é seguro ao fazer
obstáculo para o trânsito, ou ainda causar danos a
ultrapassagem de outro veículo sobre
propriedades públicas ou privadas.
pontes em uma rodovia
d) consegue fazer curva em segurança, 5 - A fadiga é uma das causas de acidentes.
mesmo quando acessa a curva em Dentre outros fatores podemos dizer que a fadiga
excesso de velocidade decorre:
Comentário: É aquele que adota um procedimento a) da falta de atividade física e mental
preventivo no trânsito, sempre com cautela e b) da excessiva atividade física e mental,
civilidade. O condutor responsável não dirige da tensão nervosa e privação do sono
apenas; ele está sempre pensando na segurança, c) da tranquilidade dos fins de semana
em prevenir acidentes. Independentemente de d) da ausência de coordenação motora
fatores externos ou condições adversas.
Comentário: A fadiga é uma sensação de cansaço
Lembrando que o art. 1, § 2º, do CTB, diz: que o
permanente, resultante de certas doenças como
trânsito, em condições seguras, é um direito de
estresse e esgotamento, podendo ser originada
todos.
por má distribuição entre horas de trabalho e
3 - De acordo com os conceitos básicos da descanso, por períodos prolongados. Essa
Direção Defensiva, o condutor ao parar em um condição é muito perigosa para quem passa
acostamento devido as condições climáticas de muitas horas no trânsito. É importante ressaltar
neblina ou cerração, deverá: que o condutor que dirige nessa condição
responde por uma infração de trânsito do art. 252,
a) manter o pisca-alerta ligado III, do CTB, que diz: dirigir com incapacidade física
b) acender os faróis altos ou mental temporária que comprometa a
c) abrir os vidros do veículo segurança do trânsito; logo gera uma infração de
d) ligar o limpador de para-brisa natureza média, com o computo de 4 pontos, mais
uma multa no valor de R$ 130, 16.
Página 128
NOÇÕES DE
PRIMEIROS
SOCORROS,
RESPEITO AO
MEIO AMBIENTE E
CONVÍVIO SOCIAL
Página 129
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS, RESPEITO AO
MEIO AMBIENTE E CONVÍVIO SOCIAL
Objetivos de Aprendizagem
Objetivos de Aprendizagem
- Conhecer as primeiras providências de primeiros socorros e ser capaz de empregá-las
em caso de acidente de trânsito.
Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará neste módulo:
- Emissão de gases;
Página 130
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS, RESPEITO AO
MEIO AMBIENTE E CONVÍVIO SOCIAL
Objetivos de Aprendizagem
- Emissão sonora;
- Relacionamento interpessoal;
Página 131
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS, RESPEITO AO
MEIO AMBIENTE E CONVÍVIO SOCIAL
Introdução
Introdução
Caro(a) Aluno (a),
Esclarecemos que as orientações aqui apresentadas, tem como principal objetivo a sua
proteção, bem como a dos demais envolvidos, evitando o agravamento da situação já
existente. Somente após os devidos cuidados com a sinalização do local, deverão ser
tomadas outras medidas.
Por fim, lembramos que a omissão de socorro é crime e possui penas previstas no Código
de Trânsito e no Código Penal brasileiros. Sobretudo, defendemos que a proteção
indiscriminada à vida deve ser um compromisso abraçado por toda a sociedade.
Bons estudos!
Página 132
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Noções de Primeiros Socorros
Acidentes de trânsito podem acontecer com todos. Mas poucos sabem como agir na hora
que eles acontecem. Para isso, esse material apresenta informações básicas que você
deve conhecer para atuar com segurança caso ocorra um acidente.
ATENÇÃO
Com frequência os acidentes de trânsito podem provocar outros ainda mais graves do que
o primeiro. Ao prestar socorro, a regra fundamental é não colocar em risco a sua própria
segurança:
• Pare o carro em lugar seguro, nunca junto ao acidente e sim alguns metros à frente
dele;
• Sinalize devidamente o local do acidente com triângulo, folhagens, tochas etc. para
evitar novos acidentes; coloque o triângulo a pelo menos 30 metros antes do local;
• Evite a aglomeração de curiosos, o que pode provocar novos acidentes;
• Tranquilize as vítimas;
• Peça a alguém para chamar socorro especializado, informando o local exato do
acidente;
Página 133
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Noções de Primeiros Socorros
Simples, não é? As técnicas de Primeiros Socorros têm sido divulgadas para toda a
sociedade, em todas as partes do mundo. E agora, uma parte delas vai estar disponível
neste manual. Elas podem salvar vidas e não há nada no mundo que valha mais que isso.
Além de que, de acordo com o artigo 135 do Código Penal Brasileiro, deixar de prestar
socorro à vítima de acidente, ou pessoas em perigo iminente, podendo fazê-lo, caracteriza
crime.
Cada acidente é diferente de outro e, por isso, só se pode falar na melhor forma de socorro
quando se sabe quais as suas características. Um veículo que está se incendiando, um
local perigoso (uma curva, uma ponte estreita), vítimas presas nas ferragens, a presença
de cargas perigosas, etc, tudo isso interfere na forma do socorro. Estas ações também vão
ser diferentes caso haja outras pessoas iniciando os socorros, ou mesmo se você estiver
ferido.
• Manter a calma;
• Garantir a segurança;
• Pedir socorro;
• Controlar a situação;
• Verificar a situação das vítimas;
• Realizar algumas ações com as vítimas.
O importante é ter sempre em mente a sequência dessas ações. E saber que uma ação
pode ser iniciada sem que outra tenha sido terminada. Como, por exemplo, começar a
garantir a segurança, sinalizando o local, parar para pedir socorro e voltar depois a
completar a segurança do local, controlando ainda toda a situação. Com calma e bom
senso, os primeiros socorros podem evitar que as consequências do acidente sejam
ampliadas (ABRAMET, 2005). Segundo a ABRAMET (2005), para ficar calmo após um
acidente é imprescindível seguir o seguinte roteiro:
Página 134
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Noções de Primeiros Socorros
Para garantir a segurança, as diversas ações num acidente de trânsito podem ser feitas
por mais de uma pessoa, ao mesmo tempo. Enquanto uma pessoa telefona, outra sinaliza
o local e assim por diante.
b) Demarcar todo o desvio do tráfego até o acidente: não é só a sinalização que deve
se iniciar bem antes do acidente. É necessário que todo o trecho, do início da sinalização
até o acidente, seja demarcado, indicando quando houver desvio de direção.
Página 135
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Sinalização do local do acidente
c) Manter o tráfego fluindo: faça isso por duas razões: se ocorrer uma parada no
tráfego, o congestionamento, ao surgir repentinamente, pode provocar novas colisões.
Além disso, não se esqueça que, com o trânsito parado, as viaturas de socorro vão
demorar mais a chegar.
Página 136
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Sinalização do local do acidente
ATENÇÃO
Tudo o que for usado para sinalização deve ser de fácil visualização e não pode
oferecer risco, transformando-se em verdadeiras armadilhas para os passantes e
outros motoristas.
Página 137
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Sinalização do local do acidente
ATENÇÃO
As pessoas nunca devem ficar logo depois de uma curva ou em outro local perigoso.
Elas DEVEM ser VISTAS, de longe, pelos motoristas.
A sinalização deve ser iniciada, para ser visível pelos motoristas de outros veículos,
antes que eles vejam o acidente. Na prática, a recomendação é seguir a tabela abaixo,
onde o número de passos longos corresponde à velocidade máxima permitida no local.
Página 138
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Sinalização do local do acidente
Vias de fluxo
80 km/h 80 passos longos 160 passos longos
rápido
100 passos
Rodovias 100 km/h 200 passos longos
longos
OBS: Em nevoeiro denso deve-se parar em local seguro e não se deve desembarcar do
veículo sobre a pista (para evitar risco de gerar outro acidente).
ATENÇÃO
Quando você estiver contando os passos e encontrar uma curva, pare a contagem.
Caminhe até o final da curva e então recomece a contar a partir do zero. Faça a
mesma coisa quando o acidente ocorrer no topo de uma elevação, sem visibilidade
para os veículos que estão subindo.
O maior objetivo deste manual é dar orientações para que, numa situação de acidente,
você possa tomar providências a fim de:
Segundo a ABRAMET (2005), além das providências como acionar o socorro, sinalizar o
acidente e assumir o controle da situação, se deve também observar os itens
complementares de segurança, tendo em mente as seguintes questões:
Página 139
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Sinalização do local do acidente
• Eu estou seguro?
• Minha família e os passageiros de meu veículo estão seguros?
• As vítimas estão seguras?
• Outras pessoas podem se ferir?
• O acidente pode tomar maiores proporções?
Para isso, é preciso evitar os riscos que surgem em cada acidente, agindo rapidamente.
É só acontecer um acidente que podem ocorrer várias situações de risco. De acordo com a
ABRAMET (2005), as principais situações com que devemos no preocupar são:
Página 140
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Sinalização do local do acidente
Incêndio: sempre existe o risco de incêndio. E ele aumenta bastante quando ocorre
vazamento de combustível.
Página 141
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Sinalização do local do acidente
• Afastar os curiosos;
• Se for fácil e seguro, desligar o motor do veículo acidentado;
• Orientar para que não fumem no local;
• Pegar o extintor de seu veículo e deixe-o, pronto para uso, a uma distância segura
do local de risco.
É necessário observar se alguém já tomou a iniciativa e está à frente das ações, caso já
tenha ocorrido ofereça-se para ajudar. Se ninguém ainda tomou a frente, verifique se entre
as pessoas presentes há algum médico, bombeiro, policial militar ou qualquer profissional
acostumado a lidar com este tipo de emergência.
ATENÇÃO
Solicite um socorro profissional o mais rápido possível, pois quanto mais cedo ele
chegar, melhor para as vítimas do acidente.
Nem todo mundo está preparado para assumir a liderança após um acidente. Este pode
ser o seu caso, mas numa emergência você poderá ter que tomar a frente. Siga as
recomendações adiante, para que todos trabalhem de forma organizada e eficiente,
diminuindo o impacto do acidente (ABRAMET, 2005):
Página 142
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Acionamento de recursos em caso de acidentes
São serviços gratuitos, que têm, em muitos casos, números de telefone padronizados em
todo o Brasil. Use o seu celular, o de outra pessoa, os telefones dos acostamentos das
rodovias, os telefones públicos ou peça para alguém que esteja passando pelo local que
vá até um telefone ou um posto rodoviário e acione rapidamente o Socorro.
Números de Emergência
SAMU 192
Bombeiros 193
Página 143
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Verificação das condições gerais da vítima
Ao avaliar uma vítima, que pode estar consciente ou inconsciente, é preciso fazer a
verificação dos sinais vitais: a respiração, a pulsação e a temperatura.
• Apoie dois dedos (indicador e médio) sobre a artéria carótida, localizada ao lado da
traqueia (no pescoço);
• Conte os batimentos durante 1 (um) minuto, aproximando seu rosto da boca e do
nariz da vítima para perceber sua respiração;
• Observe os movimentos do tórax e do abdômen da vítima.
Página 144
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Verificação das condições gerais da vítima
O pulso também é um dos pontos onde você pode medir a frequência de batimentos
cardíacos.
• Estique o braço da pessoa e coloque dois dedos (indicador e médio) sobre a artéria,
na parte interna do pulso;
• Ao sentir a artéria pulsar, você deve contar o número de pulsações durante um
minuto.
Página 145
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Verificação das condições gerais da vítima
Variam entre 70 a 80
Adultos
batimentos por minuto
Variam entre 60 a 70
Idosos
batimentos por minuto
ATENÇÃO
FAÇA O CERTO
Página 146
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Verificação das condições gerais da vítima
ATENÇÃO
Somente em casos extremos, onde a vida da vítima corre real perigo, você deve mudá-la
de lugar. Mesmo assim, há vários procedimentos para evitar causar danos maiores à
coluna e à saúde em geral. A primeira regra para transportar uma vítima com suspeita de
lesão na coluna é nunca dobrar o pescoço ou as costas dela. Ela deve ser movimentada
como um bloco único, por mais de uma pessoa.
Na maioria dos acidentes, o condutor e demais envolvidos não são profissionais de resgate
e por isso devem se limitar a fazer o mínimo necessário com a vítima até a chegada do
socorro, até então se deve observar se a pessoa está respirando, e cuidar para mantê-la
respirando. Talvez a vítima esteja consciente, se isso ocorrer, é necessário perguntar o
Página 147
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Cuidados com a vítima - o que não fazer
que está sentindo e observar possíveis hemorragias. Em hipótese alguma se pode dar
líquidos à vítima, e só encostar nos ferimentos se for para evitar grande perda de sangue.
Infelizmente, vão existir algumas situações que o socorro, mesmo chegando rapidamente
com equipamentos e profissionais treinados, pouco poderá fazer pela vítima. Mesmo
nestas situações difíceis, não se espera que alguém não habilitado faça algo para o qual
não esteja preparado ou treinado.
A movimentação da vítima poderá causar piora de uma lesão na coluna ou em uma fratura
de um braço ou perna. A movimentação da cabeça ou do tronco de uma vítima que sofreu
um acidente com impacto que deforma ou amassa veículos, ou num atropelamento, pode
agravar muito uma lesão de coluna. Num acidente pode haver uma fratura ou
deslocamento de uma vértebra da coluna, por onde passa a medula espinhal. É ela que
transporta todo o comando nervoso do corpo, que sai do cérebro e atinge o tronco, os
braços e as pernas. Movimentando a vítima nessa situação, pode-se deslocar ainda mais a
vértebra lesada e danificar a medula, causando paralisia dos membros ou ainda da
respiração, o que com certeza vai provocar danos muito maiores, talvez irreversíveis.
No caso dos membros fraturados, a movimentação pode causar agravamento das lesões
internas no ponto de fratura, provocando o rompimento de vasos sanguíneos ou lesões
nos nervos, levando a graves complicações. Assim, a movimentação de uma vítima só
deve ser realizada antes da chegada de uma equipe de socorro, se houver perigos
imediatos como incêndio, perigo do veículo cair, ou seja, desde que esteja presente algum
risco incontrolável. Não havendo risco imediato, não movimente as vítimas. Até mesmo no
caso das vítimas que saem andando do acidente, é melhor que não se movimentem e
aguardem o socorro chegar para uma melhor avaliação. Aconselhe-as a aguardar
sentadas no veículo, ou em outro lugar seguro.
Retirar o capacete de um motociclista que se acidenta é uma ação de alto risco. A atitude
será de maior risco ainda, se ele estiver inconsciente. A simples retirada do capacete pode
movimentar intensamente a cabeça e agravar lesões existentes no pescoço ou mesmo no
crânio. Por isso deve-se aguardar a equipe de socorro ou pessoas habilitadas para que
eles realizem essa ação.
O torniquete não deve ser realizado para estancar hemorragias externas. Atualmente este
procedimento é feito só por profissionais treinados e mesmo assim, em caráter de
Página 148
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
Cuidados com a vítima - o que não fazer
Nada deve ser dado para ingerir a uma vítima de acidente que possa ter lesões internas ou
fraturas e certamente será transportada para um hospital. Nem mesmo água. Se o socorro
já foi chamado, aguarde os profissionais que vão decidir sobre a conveniência ou não. O
motivo é que a ingestão de qualquer substância poderá interferir de forma negativa nos
procedimentos hospitalares. Por exemplo, se a vítima for submetida à cirurgia, o estômago
com água ou alimentos, é fator que aumentará o risco no atendimento hospitalar.
Com exceção, dos casos de pessoas cardíacas que fazem uso de alguns medicamentos
em emergências, geralmente aplicados embaixo da língua. Não impeça o uso dos
medicamentos que são rotina para eles. Recomenda-se sempre aguardar o socorro
especializado, porém, infelizmente, no extenso território brasileiro, existem áreas em que
este tipo de serviço especializado da saúde é escasso ou ineficiente.
Página 149
RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Regulamentação do CONAMA sobre poluição
ambiental causada por veículos
Página 150
RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Regulamentação do CONAMA sobre poluição
ambiental causada por veículos
• Artigo 226 – CTB: Não retirar qualquer objeto da via, que serviu como sinalização
temporária em caso de avaria no veículo; (infração média com multa).
• Artigo 227 – CTB: Uso da Buzina. Quais situações e horários; (infração leve com
multa).
• Artigo 228 – CTB: Uso de equipamento de som. Volume e frequência; (infração
grave com multa).
• Artigo 229 – CTB: Uso de alarme que produza som e ruído que perturbem o
sossego público; (infração média, com multa, apreensão e remoção do veículo).
• Artigo 230 - Item XI – CTB: Veículo com descarga livre ou silenciador de motor de
explosão, com defeito ou inoperante; (infração grave, com multa e retenção do
veículo).
• Artigo 230, Item XVIII: Mau estado de conservação dos veículos ou reprovado na
avaliação de inspeção de segurança e de emissão de poluentes e ruído; (infração
grave com multa e retenção do veículo).
• Artigo 231 – Itens I e II – CTB: Derramando, lançando ou arrastando sobre a via
carga: qualquer objeto ou combustível; (infração gravíssima com multa e retenção
do veículo).
• Artigo 231 - Item III: Produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis superiores
ao permitido; (infração grave com multa e retenção do veículo).
• Artigo 245 – CTB: Utilizar a via para depósito de materiais, mercadorias ou
equipamentos em vias sem autorização; (infração grave com multa e remoção da
mercadoria ou do material).
IMPORTANTE
O art. 104 do CTB estabelece que todos os veículos em circulação terão suas
condições de segurança, de controle de emissão de gases poluentes e de ruído
avaliadas mediante inspeção, que será obrigatória, na forma e periodicidade
estabelecidas pelo CONTRAN para os itens de segurança, e pelo CONAMA para
emissão de gases poluentes e ruídos.
Página 151
RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Regulamentação do CONAMA sobre poluição
ambiental causada por veículos
PROGRAMAS
• PROCONVE – Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores,
cuja base técnica foi da CETESB e resultou na Resolução 18/86 do CONAMA.
O PROCONVE estabeleceu os limites máximos de emissão de poluentes por veículos
produzidos no país ou importados a partir de 1998.
Propiciou melhorias tecnológicas como: catalisador, canister, injeção eletrônica, etc.
A CETESB também exigiu da PETROBRÁS a substituição do chumbo, por determinada
porcentagem de álcool na gasolina.
Página 152
RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Regulamentação do CONAMA sobre poluição
ambiental causada por veículos
Art. 13. Caberá ao órgão estadual de meio ambiente a responsabilidade pela execução do
Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso - I/M, conforme definido no
PCPV.
§ 1º Os municípios com frota total igual ou superior a três milhões de veículos poderão
implantar Programas de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso - I/M próprios,
mediante convênio específico com o estado.
§ 2º Os demais municípios ou consórcios de municípios, indicados pelo Plano de Controle
de Poluição Veicular, também poderão implantar Programas de Inspeção e Manutenção de
Página 153
RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Regulamentação do CONAMA sobre poluição
ambiental causada por veículos
Veículos em Uso - I/M próprios, mediante convênio específico com o estado, cabendo a
este a responsabilidade pela supervisão do programa.
Art. 19. O Ministério do Meio Ambiente, por meio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis-IBAMA, deverá orientar os órgãos responsáveis pela
implantação dos Programas de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso - I/M, que
venham a encontrar dificuldades técnicas.
Art. 26. Fica permitida a operação de estações móveis de inspeção para a solução de
problemas específicos ou para o atendimento local de grandes frotas cativas.
SAIBA MAIS
Poluição é a deterioração das condições ambientais, que pode atingir o ar, a água
e o solo. Em linhas gerais, a palavra poluição designa qualquer modificação
desfavorável do meio natural, cujos efeitos possam alterar o equilíbrio do meio
ambiente e provocar uma perda na qualidade de vida.
No que tange às causas, os agentes que provocam a poluição são chamados poluentes.
Os poluentes podem ser gasosos, líquidos ou sólidos e concentram-se na atmosfera, na
água ou no solo. Entre eles, citam-se os gases tóxicos liberados na atmosfera, os detritos
acumulados nos rios e nas praias, o ruído excessivo produzido nos centros urbanos e até
mesmo os cartazes de publicidade, que modificam o aspecto visual de uma paisagem e
confundem a compreensão do homem.
A principal fonte de poluição atmosférica ainda é o monóxido de carbono produzido pela
frota de veículos, cujo crescimento resultou do desenvolvimento da indústria
Página 154
RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Regulamentação do CONAMA sobre poluição
ambiental causada por veículos
automobilística. Para a Abetran (2015), o monóxido de carbono emitido por veículos leves
é responsável por 68,4% do total dessa fonte. Os veículos pesados contribuem com
28,6%, os processos industriais com 2,2%, e a queima de lixo com 2,6%.
Algumas das consequências causadas pela relação entre trânsito e meio ambiente são:
• poluição atmosférica, visual, sonora e de gases poluentes;
• erosão, decorrente do mau planejamento de estradas;
• agressões contra o meio ambiente, resultantes de acidentes no transporte de
produtos tóxicos poluentes;
• incêndios devastadores, devido ao uso inadequado de lugares de descanso à beira
das rodovias, ou ao ato de jogar cigarro pela janela de veículos;
• poluição do habitat natural pelos detritos jogados pelos motoristas nas rodovias;
• enchentes em vias urbanas, provocadas pelo acúmulo de lixo deixado pelos
usuários (motoristas e pedestres) em bueiros ou próximo a rios e lagos;
• mortes de animais silvestres, provocadas por excesso de velocidade e descaso à
sinalização.
O motor dos veículos transforma o combustível em gases que são lançados no ar.
Aproximadamente 99% desses gases podem ser considerados inofensivos. No entanto,
existe 1% dos gases que é altamente perigoso ao homem e ao meio ambiente.
Página 155
RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Emissão de gases e partículas (fumaça)
SAIBA MAIS
O CTB, em seu Art. 97, determina que as características dos veículos, inclusive em
relação às emissões, suas especificações básicas, configuração e condições essenciais
para registro, licenciamento e circulação serão estabelecidas pelo CONTRAN, em função
de suas aplicações.
Já no Art. 231, o CTB estabelece que transitar com veículo produzindo fumaça, gases ou
partículas em níveis superiores aos fixados pelo Contran é infração grave, prevendo
penalidade de multa e medida administrativa de retenção do veículo para regularização.
Página 156
RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Emissão sonora
Emissão sonora
O veículo não polui apenas o ar! Ele também provoca poluição sonora. Uma pessoa que
fica exposta aos ruídos excessivos dos veículos está sujeita ao estresse precoce, ao
desgaste físico e a outros aborrecimentos, como: desequilíbrio emocional, dor de cabeça,
zumbido no ouvido, deficiência auditiva, agitação, irritação, distúrbios gástricos, palpitação,
insônia etc.
A poluição sonora, causada pelo excesso de barulho, tem muitas fontes, sendo que os
veículos contribuem em grande parte com esse tipo de poluição. Suas consequências
sobre cada organismo dependem de fatores como a intensidade, frequência, continuidade
ou intermitência, duração da exposição e, também, de características físicas e de saúde da
pessoa.
DICA
Para tentar reduzir a poluição sonora, o CTB estabelece como infrações o uso prolongado
e sucessivo da buzina, o uso de equipamentos com som ou volume de frequência que não
sejam autorizados pelo CONTRAN, e o uso indevido de aparelho de alarme que produza
sons e ruídos que perturbem o sossego público, entre outras.
Página 157
RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
Emissão sonora
De acordo com o Art. 227. do CTB, constitui infração leve, com penalidade de multa,
usar a buzina:
I - Em situação que não a de simples toque breve como advertência ao pedestre ou a
condutores de outros veículos.
II - Prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto.
III - Entre as vinte e duas e as seis horas.
IV - Em locais e horários proibidos pela sinalização.
V - Em desacordo com os padrões e frequências estabelecidas pelo Contran.
O CTB estabelece como infração grave, em seu Art. 228, usar no veículo equipamento
com som em volume ou frequência que não sejam autorizados pelo Contran. Haverá
penalidade de multa com retenção do veículo, para regularização.
O Art. 229 estabelece que usar indevidamente no veículo aparelho de alarme ou que
produza sons e ruído que perturbem o sossego público, em desacordo com normas fixadas
pelo Contran, constitui infração média, com penalidades de multa e remoção do veículo.
Página 158
CONVÍVIO SOCIAL
O indivíduo, o grupo e a sociedade
Uma manutenção bem executada é fundamental para que a vida útil prescrita de um
veículo ou de um equipamento seja maximizada, tanto no que se refere ao seu
desempenho quanto à sua disponibilidade. Alguns dos principais objetivos da manutenção
preventiva são:
• Otimizar os insumos, garantindo mais segurança e reduzindo os impactos
ambientais.
• Garantir a frota disponível para a operação do serviço.
• Manter o controle do histórico da manutenção ao longo de toda a vida útil do
veículo.
Uma manutenção bem executada é fundamental para que a vida útil prescrita de um
veículo ou de um equipamento seja maximizada, tanto no que se refere ao seu
desempenho quanto à sua disponibilidade. Alguns dos principais objetivos da manutenção
preventiva são:
• Otimizar os insumos, garantindo mais segurança e reduzindo os impactos
ambientais.
• Garantir a frota disponível para a operação do serviço.
• Manter o controle do histórico da manutenção ao longo de toda a vida útil do
veículo.
Página 159
CONVÍVIO SOCIAL
O indivíduo, o grupo e a sociedade
Página 160
CONVÍVIO SOCIAL
O indivíduo, o grupo e a sociedade
• Cintos de segurança.
• Faróis, lanternas, luz de freio, pisca-pisca e pisca-alerta.
• Freios.
• Limpadores de para-brisa.
• Nível de água do radiador.
• Nível de óleo.
• Direção.
Fazer manutenção periódica do veículo é uma das medidas preventivas para evitar
acidentes de trânsito.
Com algumas ações você evita danos ao meio ambiente, à sua saúde e dirige com mais
economia:
• Mantenha o motor regulado: você economiza cerca de 10% de combustível e evita a
transmissão excessiva de poluentes;
• Siga o plano de manutenção estabelecido pelo fabricante de seu veículo;
• Observe a vida útil dos componentes e equipamentos do veículo como filtros de ar
condicionado, óleo etc.;
• Abasteça o veículo com combustíveis de procedência comprovada;
• Conserve o nível de óleo de seu motor;
• Controle a pressão dos pneus: a pressão baixa aumenta o consumo de combustível;
• Evite carregar peso inútil.
Página 161
CONVÍVIO SOCIAL
O indivíduo, o grupo e a sociedade
Página 162
CONVÍVIO SOCIAL
O indivíduo, o grupo e a sociedade
O freio dispositivo mais importante para a segurança e tem por finalidade fazer o veículo
parar. Os veículos leves são equipados com freio de serviço e de estacionamento. Já os
veículos médios e pesados, além do freio de serviço e de estacionamento, são equipados
com o freio motor.
Página 163
CONVÍVIO SOCIAL
O indivíduo, o grupo e a sociedade
IMPORTANTE
Cada pessoa tem um jeito de falar, de vestir e de viver. E para manter uma boa
convivência com as pessoas é importante conhecer e respeitar as diferenças
individuais, que são divididas em: sociais, físicas, psicológicas, culturais e religiosas.
Ou seja, cada pessoa tem a sua personalidade, que é o conjunto de características que
tornam o indivíduo único e diferente dos outros. A personalidade possui diferentes
aspectos, tais como a aparência física, a capacidade intelectual, a emotividade, as
qualidades sociais e o sistema de valores.
Alguns fatores podem determinar a personalidade: a herança biológica ou a natureza do
indivíduo, o ambiente e a idade.
Página 164
CONVÍVIO SOCIAL
Relacionamento interpessoal
Relacionamento interpessoal
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
Página 165
CONVÍVIO SOCIAL
Relacionamento interpessoal
DICA
Todos possuímos habilidades que são mais desenvolvidas e outras que são menos. A
mudança é difícil, pois exige de cada um a compreensão dolorosa de que algumas de
suas atitudes não são adequadas.
Página 166
CONVÍVIO SOCIAL
O indivíduo como cidadão
IMPORTANTE
O CTB estabelece as regras a serem respeitadas pelos usuários das vias, com o
objetivo de garantir a segurança do trânsito. Portanto, como cidadão, o condutor
tem o direito a um trânsito seguro e o dever de respeitar o CTB para garantir esse
direito a todos os usuários, sejam motoristas, passageiros ou pedestres.
Página 167
CONVÍVIO SOCIAL
A responsabilidade civil e criminal do condutor e o
CTB
O Art. 291 do CTB estabelece que, aos crimes cometidos na direção de veículos
automotores, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo
Penal, se o CTB não dispuser de modo diverso, bem como, no que couber, a Lei nº 9.099,
de 26 de setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e
dá outras providências.
O Art. 301 deixa claro que ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito com
vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se o condutor prestar
pronto e integral socorro à vítima. Dessa forma lembre-se: em caso de acidente, oferecer
socorro à vítima é uma obrigação!
DICA
Infringir o CTB, além de ser um fator de risco de acidentes, não condiz com uma boa
imagem profissional.
Página 168
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS, RESPEITO AO
MEIO AMBIENTE E CONVÍVIO SOCIAL
Resumo do Módulo
Resumo do Módulo
Caro (a) condutor (a), neste módulo revisamos os procedimentos que devemos adotar em
caso de envolvimento ou testemunho de acidente de trânsito. É importante não esquecer:
- Para prestar os Primeiros Socorros, é importante ter o devido preparo pois, caso
contrário, pode-se agravar a situação e causar lesões graves, até mesmo definitivas.
- A sua segurança e dos envolvidos, deverá ser sempre a primeira preocupação. Portanto,
sinalizar o local adequadamente e providenciar o socorro especializado são as principais
providências.
- A sinalização para indicar a ocorrência de um acidente deve ser colocada de maneira que
as pessoas sejam avisadas antes de se aproximarem muito do local. Além disso, ela deve
ser visível.
- Após garantir a sua segurança, você poderá iniciar contato com a vítima, preocupando-se
inicialmente com os sinais vitais.
- É por meio das interações e das relações com as pessoas que estabelecemos nossos
valores, propósitos, atitudes e comportamentos.
Página 169
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS, RESPEITO AO
MEIO AMBIENTE E CONVÍVIO SOCIAL
Exercícios de fixação
Exercícios de fixação
1 - As primeiras providências a serem tomadas são essenciais, pois podem salvar vidas e
evitar acidentes, a saber:
a) Sinalização do local do acidente
b) Acionamento de recursos: bombeiros, polícias, ambulância, concessionária da via,
etc.
c) Verificação das condições gerais da vítima
d) Todas as alternativas estão corretas
Página 170
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS, RESPEITO AO
MEIO AMBIENTE E CONVÍVIO SOCIAL
Exercícios de fixação
GABARITO
Página 171
RELACIONAMENTO
INTERPESSOAL
Página 172
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Objetivos de Aprendizagem
Objetivos de Aprendizagem
- Promover a reflexão sobre o respeito e o compartilhamento do espaço público com os
demais usuários do trânsito.
Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará neste módulo:
- Características das faixas etárias dos usuários mais comuns de transporte coletivo de
passageiros.
Página 173
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Introdução
Introdução
Caro(a) Aluno (a),
As ações das pessoas devem ser orientadas pelos seus valores — que se
manifestam em opiniões, atitudes, preferências, desejos, temores e ações. Os valores
podem ser pessoais, profissionais, empresariais ou sociais. Eles orientam as decisões
que as pessoas tomam no seu dia a dia e estão no cerne da cultura de uma empresa,
assim como no centro da personalidade das pessoas. Quando aprendemos a ver as
coisas do ponto de vista do outro, entendendo seus valores, tem início a possibilidade
de se estabelecerem relações.
Os motoristas profissionais são capacitados para dirigir defensivamente. Conduzir
veículos do transporte coletivo exige muita preparação e consciência, pois nas mãos
dos profissionais estão muitas pessoas. Estudaremos suas responsabilidades quanto
à segurança e vamos entender, também, o papel dos agentes de fiscalização.
Para finalizar o nosso curso, vamos conhecer algumas especificidades dos
passageiros e entender que cada um deve ser tratado segundo suas características.
Alguns possuem mais dificuldades que os outros e o atendimento a eles deve ser
diferenciado. Por fim, vamos compreender como as características dos passageiros
do transporte coletivo se modificam em função de sua idade.
Bons estudos!
Página 174
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Aspectos do comportamento e de segurança no
transporte de passageiros
De acordo com seus interesses e afinidades, participa de diversos grupos sociais, com a
família ou o trânsito, que se renova a cada minuto. Pessoas que nunca se viram, passam a
ter uma relação momentânea de convívio.
DICA
Importante entender...
"O trânsito pode ser concebido como um espaço de convivência social, formado por
pessoas com necessidades e interesses diversos, as quais terão de negociar o uso
do espaço público da melhor forma possível, uma vez que dois corpos não podem
ocupar o mesmo lugar simultaneamente".
(VASCONCELLOS,1998)
Página 175
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Aspectos do comportamento e de segurança no
transporte de passageiros
SAIBA MAIS
Para que haja uma harmonização no trânsito é necessário conhecer e cumprir as regras de
circulação e conduta.
Assim, quando pensamos o espaço público como um espaço a ser utilizado por todos
percebemos que a violência do trânsito não é um problema isolado, mas deve ser tratado
por todo o conjunto da sociedade.
Página 176
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Aspectos do comportamento e de segurança no
transporte de passageiros
ATENÇÃO
• Todos são iguais perante a Lei, sem qualquer distinção de cor, sexo, raça ou
religião.
• Preservar a sinalização de trânsito, o meio ambiente e o patrimônio público é
exercer a cidadania.
Página 177
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Comportamento solidário no trânsito
Alguns valores são fundamentais para que os cidadãos mantenham a calma no trânsito e
possam dessa maneira evitar brigas, discussões e acidentes.
“Enquanto todo o indivíduo necessita dos demais, todos os indivíduos podem ser
necessitados por outros. A mesma limitação, que força o indivíduo a viver em
sociedade, também o converte em elemento útil dela... Em outras palavras, o
homem não é apenas chamado a viver, mas a conviver.”
Página 178
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Comportamento solidário no trânsito
RESPEITO
Por ser um dos valores mais importantes, o respeito é a viga mestra dos relacionamentos.
É importante respeitar os outros, as diferenças individuais e a diversidade de opiniões.
FLEXIBILIDADE
As pessoas têm interesses distintos. É preciso “jogo de cintura” para evitar conflitos e
buscar soluções criativas para problemas criados pelos relacionamentos. Além disso, as
pessoas mais flexíveis têm melhor capacidade de adaptação quando expostas a diferentes
situações ou ambientes.
Qualquer situação ou problema tem mais de uma maneira de ser interpretado ou resolvido.
O controle das situações está sempre na mão de quem age com bom senso e ponderação.
HUMILDADE
PACIÊNCIA
As pessoas pacientes não precisam resolver tudo na hora, não são afobadas, nem tiram
conclusões precipitadas.
EQUILÍBRIO
EDUCAÇÃO
Cultivar as boas maneiras, saber o valor da civilidade, tratar bem as pessoas, ser gentil e
cordial são atributos indispensáveis.
Página 179
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Respeito às normas estabelecidas para segurança no
trânsito
Boa parte da população mundial gasta horas diárias enfrentando o trânsito e dirigindo para
se locomover de um lugar para o outro. Para que o ato de dirigir seja algo cada vez mais
seguro é primordial conhecer as diversas normas de trânsito para ser um bom motorista.
Entretanto, poucos são os que seguem à risca todas as condutas de bom comportamento
no trânsito, como, por exemplo, o respeito às placas e sinalizações.
CONDUTOR DEPRESSIVO
CONDUTOR AGRESSIVO
Este é um dos tipos de motoristas que pode ser considerado o mais danoso ao trânsito e à
segurança de todos como um todo. Ele costuma conduzir perigosamente e se envolve
facilmente em problemas no trânsito, que o torna mais propenso a causar acidentes
graves.
Página 180
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Respeito às normas estabelecidas para segurança no
trânsito
CONDUTOR INTROVERTIDO
CONDUTOR INSEGURO
Este motorista costuma apresentar muita indecisão e dúvidas. Ele é incapaz de tomar
atitudes rápidas enquanto dirige: uma atitude potencialmente perigosa.
CONDUTOR APRENDIZ
CONDUTOR IMPULSIVO
Não costuma pesar suas decisões no trânsito e as consequências que elas possam ter.
Tem um excesso de confiança, que pode vir a se tornar prejudicial, pois ele não tem o
hábito de analisar os riscos.
CONDUTOR SUGESTIONÁVEL
Dentre os tipos de motoristas já citados, este pode ser considerada uma mistura do tipo
inseguro com o aprendiz. Ele não consegue tomar decisões e sendo muito imperito.
CONDUTOR DISTRAÍDO
Este tipo de motorista tem muita dificuldade em manter a concentração por muito tempo,
que acarreta a falta de atenção e, possivelmente, acidentes de trânsito, por conta do uso
de eletrônicos enquanto dirige, por exemplo.
CONDUTOR NEGATIVISTA
CONDUTOR INQUIETO
Muito semelhante ao condutor impulsivo, este, o inquieto está sempre muito agitado e tem
dificuldades em manter a atenção, o equilíbrio e está sempre distraído com algo.
CONDUTOR ESTRESSADO
Este tipo de motorista perde o controle com muita facilidade e tem muita tendência à
agressividade, sendo um dos tipos de motoristas mais perigosos com altas tendências a
provocar acidentes de trânsito.
Página 181
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Respeito às normas estabelecidas para segurança no
trânsito
Como o próprio nome já diz, este condutor dirige sob o efeito de entorpecentes, seja ele
qual for, e não se importa se está ou não comprometendo a sua segurança ou a do outro.
Este tipo de condutor é o responsável pela criação da Lei Seca, que visa evitar acidentes e
mortes no trânsito devido ao uso de álcool.
É importante ter sempre em mente que dividimos o espaço público com outros indivíduos
que também necessitam utilizar as vias e deslocar-se com segurança.
Veja abaixo números publicados pela Seguradora Líder, que administra o Seguro DPVAT:
FONTE: https://www.seguradoralider.com.br/Documents/boletim-estatistico/boletim-ano7-volume-2.pdf
Com o intuito de proteger os elementos mais frágeis com compõem o cenário do trânsito, o
Código de Trânsito Brasileiro estabelece:
Página 182
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Respeito às normas estabelecidas para segurança no
trânsito
Art. 70. Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre as faixas delimitadas para
esse fim terão prioridade de passagem, exceto nos locais com sinalização semafórica,
onde deverão ser respeitadas as disposições deste Código.
Os pedestres ficaram em 2º lugar nas indenizações pagas por acidentes fatais no ano de
2017 (26%), assim como nos acidentes dos quais as vítimas possuem sequelas
permanentes, segundo o relatório anual da Seguradora Líder.
Página 183
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Respeito às normas estabelecidas para segurança no
trânsito
Art. 192. Deixar de guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu veículo e
os demais, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a
velocidade, as condições climáticas do local da circulação e do veículo: Infração -
grave; Penalidade - multa.
Vale destacar que a bicicleta é um veículo de propulsão
humana que deve cumprir as normas de trânsito, ou seja,
respeitar e ser respeitada no cenário trânsito.
Um leve toque de retrovisor na ponta de um guidão de
bicicleta faz com que ele vire para a direita,
desequilibrando o ciclista para a esquerda e fazendo com
que ele caia na via em meio aos carros. Não há destreza
do ciclista que supere a física e a gravidade, portanto
depois do toque é impossível impedir o processo de
queda. Se o próprio carro que tocou o guidão não passar
por cima de um braço ou perna da vítima, o veículo que
vier atrás pode passar por cima de sua cabeça.
DICA
Página 184
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Respeito às normas estabelecidas para segurança no
trânsito
Página 185
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Respeito às normas estabelecidas para segurança no
trânsito
Veja abaixo dicas importantes para garantir a segurança de todos que compõem o
trânsito:
Página 186
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Respeito às normas estabelecidas para segurança no
trânsito
O ato de dirigir apresenta riscos e pode gerar grandes consequências, tanto físicas como
financeiras. Assim, é necessário manter a atenção concentrada durante o tempo todo. Ao
dirigir, estamos sendo constantemente observados por nossos passageiros. Se
respeitarmos as leis de trânsito, as crianças transportadas tomarão esse comportamento
como exemplo.
Página 187
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Respeito às normas estabelecidas para segurança no
trânsito
Dicas importantes:
Página 188
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Papel dos agentes de fiscalização de trânsito
Mas não são todos os tipos de infrações que podem ser aplicados pelos agentes
municipais e estaduais. Cada agente de trânsito tem a sua competência, estabelecida pela
Tabela de Distribuição de Competência, Fiscalização de Trânsito, Aplicação de Medidas
Administrativas, Penalidades Cabíveis e Arrecadação de Multas Aplicadas.
Por exemplo:
I. Estacionamento irregular é uma infração que somente pode ser aplicada pelo Município.
Se o Estado aplicar, o auto de infração é nulo.
III. Excesso de velocidade é uma infração que pode ser aplicada tanto pelo Estado como
pelo Município.
Os agentes de trânsito têm o dever de agir sempre dentro dos princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade e urbanidade, além de outros, pautando-se pela preservação
da vida e do patrimônio.
Página 189
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Atendimento às diferenças e especificidades dos
usuários
Página 190
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Atendimento às diferenças e especificidades dos
usuários
Mulheres gestantes:
• Auxiliá-las para entrar e sair do veículo, se necessário.
• Dependendo do mês de gestação, as grávidas não conseguem passar pela catraca
(pagam a passagem, o cobrador gira a catraca e a gestante desce pela porta da
frente).
• Verificar a existência de livre acomodação no assento reservado das primeiras
poltronas.
Página 191
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Características das faixas etárias dos usuários mais
comuns de transporte coletivo de passageiros
Página 192
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Resumo do Módulo
Resumo do Módulo
Condutor (a), no módulo Relacionamento Interpessoal, dialogamos sobre a importância do
relacionamento interpessoal para a construção da cidadania e a conquista da segurança
no trânsito. A seguir, alguns tópicos que destacamos para sua reflexão:
- Vimos que para que haja relações amistosas, é importante conhecer seus valores e os de
seu interlocutor. Ser acessível, amigável e colaborador, ouvir as pessoas com atenção,
demonstrar respeito, comunicar-se claramente e ser agradável são características que se
destacam nas boas relações interpessoais.
- É por meio das interações e das relações com as pessoas que estabelecemos nossos
valores, propósitos, atitudes e comportamentos.
Página 193
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Resumo do Módulo
- O condutor deve entender que os agentes de trânsito são seus aliados para a
manutenção do trânsito seguro. Afinal, quem respeita as leis de trânsito e dirige com uma
atitude preventiva e defensiva não precisa temer as fiscalizações.
- Todos nós somos ou já fomos usuários do transporte coletivo algum dia. Sabemos,
portanto, que os passageiros estão cada vez mais exigentes, cobrando um serviço de
qualidade por parte dos profissionais, pois sabem avaliar as condições do serviço
oferecido.
- O motorista deve ajudar também na integração social, mostrando que todos são iguais e
devem ser tratados com educação e respeito.
- Fique atento e use todos os conhecimentos adquiridos para o seu próprio auxílio, nas
atividades como condutor.
Página 194
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Exercícios de fixação
Exercícios de fixação
1 - Para melhorar o convívio e a qualidade de vida, existem alguns princípios que devem
ser a base das nossas relações no trânsito, dentre eles, a dignidade da pessoa humana,
que se caracteriza por:
a) seja coerente com os seus valores morais, respeitando apenas aos pedestres
b) tenha consciência dos seus direitos e deveres enquanto cidadão
c) perceba que os seus direitos são mais importantes que seus deveres frente às
condições de trânsito
d) possa discutir sobre a precariedade de muitas vias de transporte existentes em sua
cidade
Página 195
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Exercícios de fixação
GABARITO
Página 196
Referências Bibliográficas
ABRAMET. Noções de primeiros socorros no trânsito. São Paulo: Casa Brasileira do Livro,
2005.
BRASIL. Lei nº 12.971, de 9 de maio de 2014. Altera os arts. 173, 174, 175, 191, 202, 203,
292, 302, 303, 306 e 308 da Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código
de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre sanções administrativas e crimes de trânsito.
Página 197
CONTRAN. Resolução nº 160, de 22 de abril de 2004. Aprova o Anexo II do Código de
Trânsito Brasileiro.
Página 198
FREDERICO, C. de S.; NETTO, C. J.; PEREIRA, A. L. S. Transporte metropolitano e seus
usuários. Estud. av., Jan./Apr. 1997, vol.11, no.29, p.413-428. ISSN 0103-4014.
PAROLIN, F. (2005). Princípios para a atuação do poder público em mobilidade urbana. In:
IV Congresso Brasileiro de Regulação da ABAR – Associação Brasileira de Agências de
Regulação, Manaus.
PIAGET, J.; BARBEL, I. A psicologia da criança. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1993.
PORTAL DO TRÂNSITO. Celular no trânsito causa 1,3 milhão de acidentes por ano.
Disponível em: <http://portaldotransito.com.br/noticias/celular-no-transito-causa-13- milhao-
de-acidentes-por-ano/>.
Página 199