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Prevenção de comportamentos
inseguros para motoristas
Parceria
SEST – Serviço Social do Transporte
64 p. :il. - (EaD)
107
1.Transporte de produtos químicos. 2. Gestão de riscos
no trânsito. 3.Comportamento inseguro no trânsito. I. Serviço
Social do Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem
do Transporte.
CDU 656.073.436
ead.sestsenat.org.br
Sumário
UNIDADE I – DADOS ESTATÍSTICOS.............................................................................8
Cenário brasileiro......................................................................................................... 10
ATIVIDADES................................................................................................. 26
CONCEITO DE RISCO..................................................................................... 28
Riscos inerentes ao transporte...................................................................................28
PROGRAMAS DA ABIQUIM............................................................................. 30
ABIQUIM.......................................................................................................................30
3
SASSMAQ....................................................................................................................32
O que é?........................................................................................................................33
Áreas de avaliação......................................................................................................33
Tipos de acidentes......................................................................................................36
Acidente.......................................................................................................................38
PIRÂMIDE DE DESVIOS.................................................................................. 38
ATIVIDADES..................................................................................................41
Luminosidade..............................................................................................................47
Condições climáticas..................................................................................................49
Competência................................................................................................................51
4
Estado físico e mental do motorista..........................................................................52
ATIVIDADES................................................................................................. 54
PAPÉIS E RESPONSABILIDADES..................................................................... 56
OPERACIONALIZAÇÃO DO PROGRAMA.......................................................... 58
RESUMINDO................................................................................................. 60
ATIVIDADES..................................................................................................61
REFERÊNCIAS..........................................................................................................63
5
APRESENTAÇÃO
Olá!
O SEST SENAT, sempre atento às inovações e demandas por uma educação profissional
de qualidade, reestruturou o curso Prevenção de Comportamentos Inseguros para
Motoristas, do Programa Olho Vivo na Estrada, com o objetivo de engajar motoristas
na condução segura do veículo no transporte de produtos químicos.
Que tal enfrentar esse desafio? Vamos trabalhar juntos para desenvolver novos
conhecimentos e aprofundar as competências que você já possui!
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INTRODUÇÃO
O programa “Olho Vivo na Estrada” tem como objetivo prevenir acidentes no transporte
de produtos químicos através da conscientização dos motoristas observando
atitudes inseguras de outros motoristas. Este programa faz parte de um sistema de
gerenciamento de riscos onde a meta é a redução à zero no número de acidentes nas
estradas com produtos químicos.
O conceito básico do programa é de que um acidente sério sempre ocorre após várias
falhas menores, sem que tenham sido devidamente identificadas, analisadas e ações
corretivas implementadas. O “Olho Vivo na Estrada” incentiva o motorista a observar
e relatar comportamentos inseguros na estrada (pequenos desvios), possibilitando a
adoção de ações preventivas ou corretivas, e por fim evitando acidentes sérios.
Estamos certos de que o Programa Olho Vivo na Estrada ajudará sua empresa e
motoristas a refletir sobre práticas operacionais e contribuir para melhoria continua
das operações de transporte.
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UNIDADE I – DADOS ESTATÍSTICOS
SOBRE TRANSPORTE DE PRODUTOS
QUÍMICOS
Iniciemos nosso estudo com algumas questões
importantes.
CENÁRIO MUNDIAL
Em seu relatório mundial sobre segurança nas estradas, a OMS afirma ainda
que os acidentes de trânsito são atualmente a principal causa de morte entre
crianças e jovens com idades entre 5 e 29 anos. A OMS também ressalta a
importância de infraestruturas mais seguras, como pistas reservadas para
ciclistas e motociclistas, assim como de reforçar as condições de segurança
dos veículos, como o controle eletrônico da estabilidade e dos freios.
Ainda de acordo com a OMS, apesar de uma situação melhor nos países ricos, o número
de mortes nas estradas não caiu em nenhum país de renda baixa, sobretudo pela
ausência de medidas para melhorar a segurança, afirma o relatório. O risco de morte
nas estradas continua sendo três vezes maior nos países pobres em comparação às
nações mais ricas, com as taxas mais elevadas de mortalidade na África (26,6 para
cada 100.000 habitantes) e as menores na Europa (9,3 para cada 100.000 habitantes).
Brasil reduz mortes no trânsito, mas está longe da meta para 2020.
Lei Seca completa 11 anos, mas álcool ainda é uma das principais causas de
acidentes de trânsito.
Fonte: CNT
Fonte: CNT
VEÍCULOS
ACIDENTES VÍTIMAS MORTES FERIDOS
ENVOLVIDOS
Fonte: CNT
Fonte: CNT
Fonte: CNT
TODOS OS VEÍCULOS
NÚMERO DE ACIDENTES POR BR
Fonte: CNT
ÓBITOS A
ACIDENTES
ACIDENTES CADA 100
COM MORTES POR
ACIDENTES COM MORTES ACIDENTES
VÍTIMAS POR DIA
VÍTIMAS COM
DIA
VÍTIMAS
Fonte: CNT
Fonte: CNT
ÓBITOS A
ACIDENTES
ACIDENTES CADA 100
COM MORTES POR
ACIDENTES COM MORTES ACIDENTES
VÍTIMAS POR DIA
VÍTIMAS COM
DIA
VÍTIMAS
Fonte: CNT
Fonte: CNT
Fonte: CNT
Fonte: CNT
Fonte: CNT
Fonte: CNT
São substâncias ou artigos que podem apresentar ou não risco para a saúde das
pessoas, para a segurança pública ou para o meio ambiente. Podem ser utilizados na
“Química é a Vida”.
Carga perigosa
Uma carga é considerada insegura ou arriscada quando
é transportada de modo inadequado, mal acondicionado,
empacotado e, ainda, sem a correta etiquetagem ou
documentação.
Propriedades intrínsecas: Todo produto químico possui risco, mas que sob
determinadas condições de uso e manuseio podem ser controlados, minimizados,
porem nunca desprezados ou ignorados.
Conheça alguns itens que explanam algumas atitudes referentes à gestão segura do
transporte:
ATIVIDADES
4. São substâncias ou artigos que podem apresentar ou não risco para a saúde
das pessoas, para a segurança pública ou para o meio ambiente. Elas podem ser
utilizadas, por exemplo, na fabricação de todos os bens de que necessitamos na
nossa vida diária, como: pasta de dente, colchão, sabonetes, etc.
a) ( ) Carga explosiva.
b) ( ) Produto químico.
c) ( ) Produto químico perigoso.
d) ( ) Carga perigosa.
CONCEITO DE RISCO
Durante o século XX, o mundo foi marcado por diversos acidentes de grande impacto
envolvendo indústrias, processos de fabricação, manuseio e distribuição. Esses
acidentes resultaram na eliminação de negócios e na reestruturação de empresas.
Por certo, um único acidente com produto químico pode gerar a perda de vidas e causar
um forte impacto sobre o meio ambiente, exigindo décadas para a sua recuperação.
Diante disso, o grande desafio do século XXI consiste em definir como as organizações
industriais irão garantir a sustentabilidade de seus negócios. Um sistema de
gerenciamento de riscos que leve as organizações a uma condição ideal próxima ao
“nível zero em acidentes”, inclusive na distribuição, é elemento essencial da resposta
a esse desafio.
• Problemas tecnológicos
Unidades de transporte sem manutenção adequada ou muito velhos.
• Problemas de infraestrutura
Rodovias mal sinalizadas, mal conservadas ou com falhas estruturais de
pavimentação.
• Problemas com procedimentos e regulamentações
Exemplo: aplicação inadequada das legislações e dos procedimentos de gestão.
• Problemas de falhas humanas
PROGRAMAS DA ABIQUIM
ABIQUIM
Para atender as demandas do setor, a ABIQUIM também conta com trabalhos das
comissões setoriais e temáticas, formadas por representantes das empresas
associadas e profissionais da própria entidade, que apoiam e executam as atividades.
SASSMAQ
ÁREAS DE AVALIAÇÃO
• gerenciamento;
• saúde, segurança e meio ambiente;
• equipamentos;
• planejamento das operações;
• segurança patrimonial e confidencialidade; e
• inspeção local.
Define-se acidente no transporte rodoviário, aquele evento não planejado que ocorre
durante a movimentação rodoviária de produtos classificados ou não como perigosos,
embalados ou a granel e que ocasione perdas materiais ou pessoais e ou danos ao
meio ambiente e consequentemente à imagem do produto ou da Indústria.
• ao financeiro;
Custos na sua tratativa e perdas.
• à imagem da empresa;
Divulgação, comunidade.
• ao meio pessoal e familiar;
Autoestima e estrutura da família.
• ao material;
Equipamento e carga.
• ao meio ambiente.
Rios, ar, solo, animais, vegetais, homem.
Grave
Moderado
Leve
Na análise das causas presumíveis dos acidentes graves, as mais citadas foram as do
gráfico a seguir:
Continue estudando!
No site da Polícia Rodoviária Federal (PRF), você encontra
dados importantes referentes aos diversos tipos de
acidentes e suas causas.
TIPOS DE ACIDENTES
Ocorrem entre 50 a 100 acidentes menores para cada acidente sério. E o segredo
nós já conhecemos, não é? Basta manter a atenção sobre esses acidentes menores,
considerando-os importantes, mesmo que suas consequências sejam também
menores.
PIRÂMIDE DE DESVIOS
A pirâmide de desvios, também chamada de pirâmide de Heinrich, é um método que
relaciona o erro humano como uma das principais causas de acidentes.
Estudos apontam que a primeira pirâmide de desvios teve origem na década de 30.
Nestes, para cada 300 acidentes sem lesões observados, ocorreram 29 acidentes
com lesões leves e um acidente com lesão incapacitante.
• personalidade do trabalhador.
Além disso, os estudos desse autor concluíram que, se uma atitude levava à outra, a
sequência de acontecimentos que levavam aos acidentes poderia ser interrompida ao
se remover uma peça do caminho.
Em resumo, essa pirâmide elenca o erro humano antes de qualquer outro fator causador
do acidente. Por isso a importância da prevenção, das atitudes, das habilidades e do
conhecimento na condução dos veículos. Além do mais, não se podem deixar de lado
outros fatores que envolvem o trabalhador, tais como:
ATIVIDADES
O programa “Olho Vivo na Estrada” é parte do trabalho realizado pela indústria química
visando à melhoria contínua em todas as etapas da cadeia produtiva.
Lembre-se
Para Cardo (2015) e Andrade (2012), dirigir de forma segura inclui habilidade em
controlar o veículo, de maneira que não haja envolvimento em acidentes, apesar das
Em regra, SIM, porque sempre há algo que poderia ter sido feito por alguém que usasse
a razão e o bom senso.
• bem informado;
• cuidadoso;
• prudente; e
• observador.
Uma imagem a seguir representa uma interação entre esses elementos de forma
sistemática.
Fonte: http://pesquisarodoviascms.cnt.org.br//Relatorio%20Geral/Pesquisa%20CNT%20(2017)%20
-%20ALTA.pdf
Algumas situações são imprevisíveis. Por exemplo, todo motorista sabe que a luz deve
estar baixa ao cruzar veículos ou que as placas de sinalização repetem o alerta nas
rodovias exaustivamente, mas o motorista preventivo sabe que, mais cedo ou mais
tarde, um condutor descuidado irá esquecer tais procedimentos.
Condições adversas
LUMINOSIDADE
Este é, infelizmente, um dos fatores adversos mais presentes nas estradas brasileiras.
As condições de iluminação, tanto natural como artificial, podem afetar a visão. Sem
que o motorista tenha condições de ver ou de ser visto perfeitamente, há um risco
muito grande de ocorrer acidentes.
São fenômenos atmosféricos como chuva, vento, neblina, cerração, neve e granizo.
Além de dificultar a visão do motorista, também tornam a pista perigosa e tiram a
estabilidade do veículo.
COMPETÊNCIA
Fadiga e sono
Uma pessoa cansada ou com sono não tem condições de dirigir. O cansaço
e o sono, muitas vezes, são mais fortes do que a vontade de permanecer
acordado e a pessoa adormece sem perceber. Assim, é importante descansar
nos momentos de folga, para poder dirigir com mais tranquilidade durante a
jornada de trabalho. Em resumo, um motorista cansado não tem condições de
dirigir com segurança.
Para dirigir com segurança, o motorista precisa contar com boas condições
físicas e mentais, e o álcool, ao contrário do que se imagina, é uma droga
depressora do sistema nervoso. Após beber, o motorista pode se envolver em
acidentes, pois o álcool afeta o cérebro, diminuindo o senso de cuidado, tornando
lentos os reflexos, prejudicando a visão, a audição, enfim, comprometendo toda
a capacidade para dirigir. Uma estatística preocupante: a cada cinco brasileiros,
dois serão vítimas de acidente de trânsito provocado por um motorista dirigindo
sob efeito de drogas ou álcool. Na prática, isso significa que 40% das pessoas
que você ama poderão se tornar vítimas de acidentes de trânsito provocados
por motoristas alterados por uso de drogas ou álcool.
Aspectos Emocionais
Outra condição que, assim como a raiva, poderá interferir em suas atitudes é o
estresse. O fato de você estar atrasado para um compromisso pode desencadear
uma situação de estresse. E isso poderá ganhar prioridade de atenção e mudar
sua forma de dirigir.
ATIVIDADES
PAPÉIS E RESPONSABILIDADES
Motorista
Embarcadores
ABIQUIM
SEST SENAT
OPERACIONALIZAÇÃO DO PROGRAMA
A TRANSPORTADORA
• ser treinado no programa “Olho vivo na estrada” por meio da plataforma EaD
do SEST SENAT;
Importante
FORMULÁRIO DE OBSERVAÇÕES
Por certo, ao tomar atitudes como essas ao conduzir um veículo, a direção se torna
muito mais segura, mesmo quando há condições adversas nas vias de trânsito.
RESUMINDO
Vimos neste curso o programa “Olho Vivo na Estrada”, o qual tem como objetivo prevenir
atitudes inseguras no transporte de produtos perigosos por meio da conscientização
dos motoristas no transporte de produtos químicos.
ATIVIDADES
___. Lei n° 13.097, de 19 de janeiro de 2015. Altera a Lei n° 9.503/1997, entre outros.
Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em janeiro de 2016.
Referências 63
___. Resolução no 493/2014. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em janeiro
de 2016.
Referências 64