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SUMÁRIO

1. EMENTA............................................................................................... 06

2. JUSTIFICATIVA................................................................................... 06

3. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM.................................................... 07

3.1. Objetivo Geral........................................................................... 07


3.2. Objetivos Específicos............................................................... 07

UNIDADE 1
AS POLÍTICAS PÚBLICAS

4. INTRODUÇÃO..................................................................................... 09

5. PDDE E AS AÇÕES INTEGRADAS.................................................... 10

6. PDDE ESTRUTURA............................................................................. 11

6.1. Programa Água e Esgotamento Sanitário nas Escolas


Rurais............................................................................................... 11
6.2. Programa Escolas Rurais: Campo, Indígenas e
Quilombolas..................................................................................... 12
6.3. Programa Escola Acessível...................................................... 16
6.4 Programa Sala da Recursos Multifuncionais.............................

1
7. PDDE QUALIDADE............................................................................ 20

7.1. Inovação Educação Conectada................................................ 20


7.2. PDDE Emergencial................................................................... 22
7.3. Programa Novo Ensino Médio................................................. 23
7.4. Programa Brasil na escola........................................................ 23
7.5. Programa Tempo de Aprender.................................................. 25
7.6. Programa Itinerários Formativos............................................... 26
7.7. Educação e Família................................................................... 27
.

UNIDADE 2
CAMINHO DA ESCOLA E TRANSPORTE ESCOLAR –
PROGRAMAS DO PDDE

8. O PROGRAMA NACIONAL DE APOIO AO TRANSPORTE


ESCOLAR(PNATE) E O PROGRAMA CAMINHO DA ESCOLA:
ACESSO, PERMANÊNCIA DE ESTUDANTES DA EDUCAÇÃO
BÁSICA PÚBLICA NA ESCOLA............................................................. 34

8.1. A política pública de transporte escolar.................................... 34


8.2. Marco legal da política pública de transporte escolar.............. 36
8.2.1. Por que as políticas públicas voltadas para o transporte
escolar são importantes?........................................................... 36
8.2.2. Quem pode ser gestor/a do transporte escolar?............. 37
8.2.3. Qual o ponto de partida para adesão aos programas
PNATE e/ou CAMINHO DA ESCOLA? Primeiros passos......... 39
8.2.4. Papéis e atribuições do transporte escolar...................... 39
8.2.5. Metodologia e gestão do transporte escolar.................... 40

2
9. OS PROGRAMAS PNATE E CAMINHO DA ESCOLA....................... 41

9.1. Apresentação dos programas................................................... 41


9.2. Os programas, seus marcos legais e objetivos......................... 42
9.2.1. Marcos legais................................................................... 42
9.2.2. Objetivos.......................................................................... 43
9.3. Critérios de distribuição, repasse e uso dos recursos.............. 44
9.3.1. Distribuição de Recursos................................................. 44
9.3.2. Forma de repasse dos recursos PNATE e Caminho da
Escola........................................................................................ 45
9.3.3. Síntese de Custos e Despesas do Transporte Escolar... 46
9.3.4. O uso adequado de recursos e suas consequências...... 47
9.3.5. O uso inadequado de recursos e suas consequências... 48
9.3.6. Recursos de Custeio e Capital do PNATE e Caminho
da Escola................................................................................... 50
9.3.7. Adesão ao Programas e execução dos Recursos........... 52
9.3.8. Sistema Eletrônico de Gestão do Transporte Escolar
(SETE)....................................................................................... 55
9.3.9. Fiscalização, Controle Social e Prestação de Contas
dos Programas de Transporte Escolar...................................... 57

10. O PNATE E O CAMINHO DA ESCOLA: DESAFIOS DO ACESSO


E DA PERMANÊNCIA NO TRANSPORTE ESCOLAR........................... 60

11. QUEM SOMOS NÓS.......................................................................... 63

12. REFERÊNCIAS.................................................................................. 66

3
AS POLÍTICAS PÚBLICAS DO PDDE

Jane Maria dos Santos Reis


http://lattes.cnpq.br/7034791367733866

Janine Cecília Gonçalves Peixoto


http://lattes.cnpq.br/064435349834048

Luciane Ribeiro Dias Gonçalves


http://lattes.cnpq.br/9836292136030338

Luciane Márcia de Oliveira Teodoro Silva


http://lattes.cnpq.br/4165551876487265

4
Olá! Prezado/a cursista:

Estamos iniciando um novo conteúdo. Trataremos aqui sobre as AÇÕES


INTEGRADAS E SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE APOIO AO
TRANSPORTE ESCOLAR (PNATE) E O PROGRAMA CAMINHO DA ESCOLA:
ACESSO E PERMANÊNCIA DOS/AS ALUNOS/AS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
PÚBLICA NA ESCOLA.
Conheceremos um pouco mais sobre ações integradas e programas
oriundos do FNDE, propiciando o aprendizado objetivo e completo de tudo o que
é necessário saber sobre seus respectivos programas; essenciais para as escolas
públicas brasileiras; que visam consolidar direitos sociais inalienáveis para as
crianças e adolescentes no acesso à educação pública, gratuita, social e
etnicamente referenciada. Vamos lá?
Quando o assunto é educação, a primeira coisa que precisamos pensar é
sobre o acesso e a permanência do/a aluno/a, ou seja, para estar na escola é
preciso que o/a aluno/a chegue e permaneça nela até a fim da escolarização
básica. Pensando nisso, o Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação
(FNDE) elaborou e implementou políticas públicas exclusivamente voltadas para
proporcionar a possibilidade de acesso e de permanência dos/as estudantes
na escola, bem como a mobilidade deles/as até ela.

Então, mãos à obra e bons estudos!

Atenciosamente,

Equipe CECAMPE-Sudeste.

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1. EMENTA

Refletir sobre os fundamentos e aspectos relevantes da gestão de


programas com seus processos de adesão, de execução e de prestação de
contas, que são pontos constitutivos do PDDE, de suas Ações Integradas e das
duas Políticas Públicas do Transporte Escolar, a saber: o Programa Nacional de
Transporte Escolar (PNATE) e o Programa Caminho da Escola.

2. JUSTIFICATIVA

A Política Pública do Transporte Escolar, a partir de seus dois programas,


o PNATE e o Caminho da Escola, é voltada para o acesso e para a permanência
dos/as estudantes da educação básica até o fim de seu percurso formativo. Esses
programas têm como objetivo ofertar deslocamento seguro, confortável e eficaz
de alunos/as, oferta essa que é preparada por gestores/as públicos,
conselheiros/as de educação e demais responsáveis pelos setores de transporte
escolar. Para que possam atuar nesses programas de maneira adequada às
legislações e normativas vigentes, compreendendo os princípios e eixos
norteadores da política pública de transporte escolar, ofertamos esse material
formativo.
Nesta parte da sua formação, estaremos discutindo sobre as Ações
Integradas importantes para as escolas. Ressaltamos que essas ações são
programas do PDDE Básico, que é formado pelo PDDE Estrutura e pelo PDDE
Qualidade. O PDDE Básico, com suas Ações Integradas, segue as mesmas
normas de descentralização, inclusive as ações ligadas às pesquisas de preço e
às prestações de contas. As Ações Integradas intencionam atingir um público alvo
específico.

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3. OBJETIVOS

3.1. Objetivo Geral

Compreender as especificidades das Ações Integradas no contexto do


Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE).

3.2. Objetivos Específicos

 apresentar e discutir os princípios do Programa PDDE e suas Ações


Integradas;
 apresentar a Política Pública do Transporte Escolar a partir de seus dois
programas, o PNATE e o Caminho da Escola.

7
UNIDADE 1
AS POLÍTICAS PÚBLICAS DO PDDE

8
4. INTRODUÇÃO

O conceito de “Política” é bastante amplo. Por isso, pode causar certo tipo
de confusão em seu entendimento. Esta palavra, “política”, aparece representada
em todos os momentos da nossa vida, pois está associada a manifestações,
protestos, demonstrações, discursos, em experiências que, muitas vezes,
vivenciamos sem ao menos nos darmos conta do impacto que elas podem
ocasionar em nossa vida.
Basicamente a política pública é considerada um ajuntamento, um
conjunto de ações e de atividades de governo, que podem envolver diversas
áreas no campo social (educação, saúde, segurança, cultura, transportes,
habitação, crianças e adolescentes), no campo estrutural (indústria, agricultura
reforma agrária, ambiente e afins) e no campo econômico (política fiscal,
comercial, internacional ,impostos, subsídios, preços, inflação, taxa juros, câmbio
e outros).
As políticas são divididas nas tipologias:1 distributivas, redistributivas,
reguladoras e constituicionais e, na maioria das vezes, se “entrelaçam” e
buscam atender às demandas oriundas da sociedade, com a pretensão de
resolvê-las, produzindo resultados mais assertivos e efetivos a um determinado
grupo de pessoas. Esse tipo de política possui processos, fluxos, tramitações,
decisões e ações para que o objetivo almejado seja atingido.
O processo de discussão, criação e execução das Políticas Públicas são
efetivados por diferentes segmentos que integram o Sistema Político e, nesse
processo, encontram-se dois tipos de atores: os oriundos do Governo ou do
Estado (governamentais) e os oriundos da Sociedade Civil (privados). As
funções exercidas por esses atores são diferenciadas, sendo os governamentais
aqueles que exercem funções públicas no Estado, tendo sido eleitos pela

1
Distributivas - fornecem benefícios específicos a grupos sociais, ou setoriais ou regionais,
redistributivas- fornecem benefícios a grandes faixas sociais; reguladoras – condicionam os
comportamentos de determinadas categorias com leis, resoluções, tetos de gastos, códigos e
afins e as constitucionais – estabelecem procedimentos, determinam adoção de documentos e
decisões públicas entre os diferentes níveis do Estado. (SECCHI, 2010).

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sociedade para um cargo por tempo determinado, ou aqueles designados
politicamente, ou ainda os que atuam de forma permanente, como por exemplo
os/as demais servidores/as públicos/as, existindo importante diferença no modo
de agir de cada um desses segmentos.
Assim, como em nossa vida cotidiana, o governo precisa fazer escolhas e
enfrentar dilemas os quais; enquanto cidadãos/âs, também o fazemos, só que em
outra proporção; dizem respeito a conciliar os recursos limitados e escassos com
os desejos e com as necessidades por serviços públicos crescentes e de boa
qualidade, o que se trata, sem dúvida, de um grande desafio.
Esperamos fortalecer compreensões sobre a importância das políticas
públicas para o estabelecimento de uma educação pública com qualidade e
equidade, pois, para se desenvolver boas Políticas Públicas, a condição
necessária são planejamento, envolvimento dos setores da sociedade e
recursos, que sempre serão menores que as demandas (por isso a necessidade
de se estabelecer prioridades de acordo com um plano de longo prazo), sendo
essa questão dos recursos bastante sensível.

5. PDDE E AS AÇÕES INTEGRADAS

O Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) é uma forma de


financiamento suplementar que objetiva principalmente colaborar para que as
escolas atendidas possam receber sua comunidade com infraestrutura e suporte
pedagógico melhorados. A intenção é que, com esse recurso, as ações
pedagógicas das escolas atendidas possam aprimorar o desempenho acadêmico
dos/as estudantes e elevar o rendimento da Educação Básica.
As Ações Integradas compõem esse programa e, por conta disso,
seguem as mesmas normas de descentralização, inclusive as ações ligadas às
pesquisas de preço e às prestações de contas.

10
Nesta parte da sua formação, discutiremos sobre das Ações Integradas
importantes para as escolas. Ressaltamos que as Ações Integradas são: PDDE
Estrutura e PDDE Qualidade.
O PDDE Estrutura são os programas: Sala de Recursos Multifuncionais,
Água e Esgotamento Sanitário nas Escolas Rurais e Escolas Rurais: Campo,
Indígenas e Quilombolas. E o PDDE Qualidade são os programas: Inovação e
Educação Conectada; Novo Ensino Médio; Emergencial; Tempo de Aprender;
Brasil na Escola; Educação e Família; e Itinerários Formativos. A relevância de
conhecê-los está justamente em poder usufruir de suas formas de atendimento às
escolas com o propósito de melhorar o atendimento à Educação Básica.

6. PDDE ESTRUTURA

6.1. Programa Água e Esgotamento Sanitário nas Escolas Rurais:

Segundo dados coletados no Censo Escolar (INEP, 2019)2, a


porcentagem de escolas sem condições de abastecimento de água e
esgotamento sanitário seria de: escolas do campo: 12,10%; escolas indígenas:
39,50%; escolas quilombolas: 12,17% e escolas urbanas: 0,29%. Essa realidade
numérica pode ser comparada de forma proporcional também com a porcentagem
do abastecimento de água nas residências dos/as estudantes. Ainda possuímos
grande parte da população sem acesso à água potável e ao saneamento básico.
Nesse caso, o Programa Água e Esgotamento Sanitário nas Escolas
Rurais visa propiciar o acesso à água potável como direito humano, o que
pretende garantir o funcionamento adequado das escolas públicas com qualidade
socialmente referenciada. O financiamento do Programa Água e Esgotamento
Sanitário nas Escolas Rurais destina-se a efetivar o abastecimento de água

2
Disponível em; < http://portal.inep.gov.br/web/guest/resultados-e-resumos>. Acesso em 22 mar
2021.

11
própria para o consumo e o esgotamento sanitário em escolas de zona rural que
tenham declarado no Censo Escolar essa privação.
Não podemos esquecer que a Entidade Executora (EEx) deverá ter
realizado a adesão ao programa. As escolas com direito à verba poderão adquirir
equipamentos de instalações hidráulicas e mão de obra para construção de
cisternas, fossas sépticas, dentre outros equipamentos. Todos os gastos deverão
ser descritos no termo de aplicação para monitoramento e avaliação.
Para saber mais, acesse clicando a seguir:

Programa Água e Esgotamento Sanitário nas Escolas Rurais

Resolução 32/2012

6.2. Programa Escolas Rurais: Campo, Indígenas e Quilombolas

O Programa Escolas Rurais: Campo, Indígenas e Quilombolas apresenta-


se como possibilidade de enfrentamento às diversas desigualdades em relação às
escolas situadas na zona rural. Segundo dados do Censo (INEP, 2018), o cenário
das escolas do campo que não possuem infraestrutura escolar mínima é
desenhado com os seguintes percentuais: 60,27% de escolas do campo, 83,24%
de escolas indígenas e 65,43% de escolas quilombolas.
Podemos perceber um alto índice de escolas do campo, indígenas e
quilombolas em condições precárias de funcionamento. Comparando com o
percentual de escolas urbanas nas mesmas condições, que é de 12,34%,
entendemos a relevância do Programa Escolas Rurais: Campo, Indígenas e
Quilombolas que está apoiado no princípio da equidade para a construção da

12
escola social e etnicamente referenciada, tendo como objetivo a diminuição das
desigualdades.
O financiamento desse programa busca operacionalizar melhorias na
infraestrutura física das escolas do campo com a realização de pequenos reparos,
conservação, melhorias e aquisição de equipamentos com intuito de melhorar a
aprendizagem dos/as estudantes. O repasse do recurso é feito de acordo com
faixas estabelecidas pelo número de estudantes matriculados/as (de 04 a 50
matrículas; de 51 a 150 matrículas e com mais de 150 matrículas). A escola que
solicitar adesão ao programa, o fará pelo PDDE Interativo com o termo de
aplicação.
A plataforma do PDDE Interativo está organizada de forma a direcionar o
olhar da equipe para as dificuldades existentes na escola e a encontrar formas de
solucioná-las. O preenchimento das informações solicitadas passa por 4 etapas
distintas que, ao final, tem como resultado o retrato da escola, apresentando seus
problemas e apontando soluções capazes de interferir positivamente no
rendimento escolar.

Figura 01: Etapas do processo

Fonte: Página do MEC http://pddeinterativo.mec.gov.br

13
A plataforma PDDE Interativo está disponível para todas as escolas
públicas utilizá-la e pode ser acessada por meio do endereço eletrônico:

http://pddeinterativo.mec.gov.br

Dica!!! Para melhor conhecer essa ferramenta tão importante, os


documentos e o Manual do PDDE Interativo devem ser lidos com atenção.

Para isso, é só acessar o link clicando aqui

Para saber mais, clique nos links a seguir:

Programa Escolas Rurais: Campo, Indígenas e Quilombolas

Resolução n. 36 de 21 de agosto de 2012

14
PARA SABER MAIS!

Veja os dados do Censo Escolar (2020) da região Sudeste em relação a


Infraestrutura das escolas rurais e urbanas:

Figura 02: Dados da Infraestrutura escolar dedobradas por urbano, rural e


características das escolas.

Fonte: Censo Escolar 2020.

A tabela detalha as escolas situadas em terras quilombolas, em terras


indígenas e em assentamentos, além daquelas não diferenciadas. Além disso,
também apresenta uma divisão entre escolas urbanas e escolas rurais. Essa
configuração se dá pela comparação entre o percentual de existência dos
indicadores disponibilizados a partir do Censo Escolar de 2020. Para cada
indicador existe uma análise do percentual apresentado como (alto

percentual) como (médio percentual) e como (baixo


percentual). Quando comparados entre si, esses indicadores são descritos a partir
de dados estruturais escolares (existência de água encanada, banheiro,

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biblioteca, cozinha, energia elétrica, refeitório e tratamento de lixo) e de dados
estruturais de informática e comunicação (se tem um computador, se tem
computadores para os/as alunos/as, se tem acesso à internet e se tem acesso à
internet no nível administrativo). Além disso, se existem órgãos de gestão
vinculados.
Com base nesses dados, podemos perceber que as escolas não
diferenciadas possuem indicadores estruturais e de internet muito melhores que
aqueles apresentados nas escolas situadas em terras quilombolas, em terras
indígenas ou em assentamentos. Para todos os indicadores, as escolas urbanas
apresentam melhores índices.
Se a sua escola está em área quilombola, em terras indígenas, em
comunidades rurais ou assentamentos, a adesão; seguida de uma execução
consciente e voltada para as necessidades essenciais da sua escola,
acompanhada de uma prestação de contas em conformidade com as diretrizes
legais do PDDE; pode colaborar e muito para a efetivação de ações exitosas e, ao
mesmo tempo, redimensionar os índices de desenvolvimento da gestão escolar,
amenizando situações destacadas na Figura 2 . Pense nisso!

6.3. Programa Escola Acessível

O programa Escola Acessível destina recursos financeiros, nos mesmos


moldes do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), priorizando estudantes
Público-Alvo da Educação Especial (PAEE) em classes comuns do ensino
regular.
Os recursos de Custeio e de Capital das Unidades Executoras (UEx)
promovem ações de acessibilidade. Esses recursos são destinados na proporção
de 80% (CUSTEIO) e 20% (CAPITAL).
Importante ressaltar que esses recursos devem ser empregados em:

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I - aquisição de materiais e bens e/ou contratação de serviços para construção e
adequação de rampas, alargamento de portas e passagens, instalação de
corrimão, construção e adequação de sanitários para acessibilidade e colocação
de sinalização visual, tátil e sonora;
II - aquisição de jogos pedagógicos;
III - aquisição de cadeiras de rodas, bebedouros acessíveis e mobiliários
acessíveis; e
IV - aquisição de outros produtos de tecnologia assistiva.
As UEx precisam elaborar um Plano de Atendimento e suas finalidades para que
possam ser reprogramados os repasses e a utilização dos recursos. Caso ocorra
modificações no Plano de Atendimento, a justificativa para essa mudança deve
sempre estar registrada em atas a serem anexadas nas respectivas prestações
de contas a serem submetidas à Entidade Executora (EEx).
Para saber mais sobre o programa Escola Acessível leia na íntegra a resolução:

Programa Escola Acessível

Para saber mais, clique:

Manual da Escola Acessível

Além disso, não deixe de acessar o Caderno II – PDDE - GESTÃO


DEMOCRÁTICA E AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCLUSÃO E DIVERSIDADE
DIALOGADA NA ESCOLA que trata especificamente de como esses princípios

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podem colaborar com a aplicação consciente de recursos, contribuindo para a
transformação social.

6.4. Programa Sala de Recursos Multifuncionais:

De acordo com a Resolução CD/FNDE/MEC nº 15, de 07 de outubro de


2020, o Programa Sala de Recursos Multifuncionais foi planejado para equipar as
salas de recursos multifuncionais e bilíngues de surdos/as. As Salas de Recursos
Multifuncionais são os espaços em que ocorrem os Atendimentos Educacionais
Especializados (AEE) para os/as estudantes Público-Alvo da Educação Especial
(PAEE).
Esse programa auxilia as Unidades Executoras (UEx) na promoção de uma
educação bilíngue e no processo de escolarização, atendendo às necessidades
educacionais específicas desse público.
Segundo o programa, as escolas são pré-selecionadas de acordo com os
alguns critérios de priorização, considerando os limites orçamentários do
Programa Escola Acessível (PEA). São eles:

I - escola com matrículas de estudantes do público da Educação Especial ou


escolas com estudantes surdos/as; ou escolas especializadas (incluindo as
escolas bilíngues de surdos/as) identificadas no Censo Escolar do ano anterior ao
do atendimento, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira, do Ministério da Educação (INEP/MEC);
II - no termo de adesão, as Entidades Executoras (EEx) deverão declarar que a
escola indicada possui espaço físico adequado destinado para a utilização dos
materiais pedagógicos e equipamentos e que conta com a presença de, no
mínimo, um/a profissional com formação inicial ou continuada em Educação
Especial para coordenar o atendimento educacional especializado; ou profissional
com formação inicial ou continuada em educação bilíngue libras-língua

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portuguesa para coordenar o atendimento educacional bilíngue na referida escola;
e
III - as escolas com os recursos recebidos poderão equipar uma ou mais salas de
recursos multifuncionais específicas ou bilíngues de surdos/as, em face das
especificidades do público que a escola atende.

Após selecionadas, as Unidades Executoras (UEx) precisam desenvolver


seus Planos de Atendimento e inseri-los no Sistema PDDE Interativo. Esses
Planos de Atendimento passam por análise e, se for o caso, posterior aprovação
para o repasse dos recursos financeiros.
O monitoramento do Programa é realizado pelo PDDE Interativo e é
exigida a elaboração de um ‘Relatório de Execução das Atividades’. Por isso é
muito importante que o Plano de Atendimento seja seguido corretamente para
não gerar problemas à EEx em função de prestações de contas.

Para saber como Implementar uma Sala de Recursos Multifuncionais em


sua escola, clique aqui:

Implantar Salas de Recursos Multifuncionais

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7. PDDE QUALIDADE

7.1. Inovação Educação Conectada

O momento pandêmico (2020-2022) pelo qual estamos passando, fez


com que questões relacionadas à falta de acesso à internet se tornassem um dos
principais problemas para a elaboração de estratégias que pudessem contribuir
com a manutenção dos processos educacionais. Para solucionar essa
necessidade, foi criado o programa Inovação Educação Conectada, que liberou
parcelas em 2020 e 2021, por causa da pandemia, para contribuir com a
equidade no acesso à internet.
O ensino remoto foi adotado como forma de garantirmos a saúde e a vida
dos/as estudantes e de todos/as os/as profissionais da Educação, sem a
interrupção do processo formativo. Contudo, essa alternativa passou a ser
reveladora da imensa desigualdade de acesso às tecnologias, em especial, ao
mundo virtual. Muitos/as estudantes não possuem o acesso tecnológico.
A finalidade do programa Inovação Educação Conectada é apoiar: na
reestruturação dos projetos pedagógicos; no desenvolvimento das atividades
educacionais, para revisão de conteúdos e avaliação da aprendizagem; em
pequenos reparos, adequações ou serviços necessários à manutenção dos
procedimentos de segurança; na contratação de serviços especializados na
desinfecção de ambientes; na aquisição de itens de consumo para higienização
de ambientes e das mãos, assim como na compra de Equipamentos de Proteção
Individual (EPI); nos gastos com a melhoria de conectividade e acesso à
internet para alunos/as e professores/as; e, na aquisição de materiais
permanentes.
O PDDE Inovação Educação Conectada tem como princípio apoiar a
universalização do acesso à Internet de alta velocidade, contribuindo para

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práticas pedagógicas com uso das tecnologias digitais, a fim de promover a
melhoria da educação ofertada. Suas ações são voltadas para a garantia do
acesso à internet e seu uso enquanto ferramenta tecnológica digital. As escolas
que ainda não possuem Internet deverão fazer a adesão junto ao FNDE.
Esse programa possibilita avanços para minimizar as precariedades e
inexistências tecnológicas nas escolas públicas, por meio da universalização do
acesso à internet de alta velocidade, via terrestre e satélite, o que facilita o uso de
tecnologia digital na Educação Básica.
Com o recurso, é possível a contratação de serviços de acesso à internet;
contratação de serviços de infraestrutura para distribuição do sinal de internet e
aquisição de dispositivos eletrônicos e/ou recursos educacionais digitais e suas
licenças. As escolas interessadas inscrevem-se no PDDE Interativo para a
adesão ao programa e, após validada, elabora o Plano de Aplicação Financeira
(PAF).
Para saber mais, clique a seguir:

Orientações

Perguntas e respostas

Manuais:

Conectividade

Inovação

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7.2. PDDE Emergencial

O PDDE Emergencial surgiu com a finalidade de atender às escolas nas


adequações necessárias relacionadas ao movimento pandêmico de 2020/2021,
para atender aos protocolos de segurança para higienização e controle do vírus
COVID-19. Esses recursos foram passados na proporção de 30% (trinta por
cento) na categoria capital e 70% (setenta por cento) na categoria custeio,
devendo ter sido empregados:

I – na aquisição de itens de consumo para higienização do ambiente e das mãos,


assim como para a compra de Equipamentos de Proteção Individual, com o
objetivo de prevenir o contágio dos/asprofissionais da escola bem como dos/as
alunos/as no momento de pandemia;
II – na contratação de serviços especializados na desinfecção de ambientes;
III – na realização de pequenos reparos, adequações e serviços necessários à
manutenção dos procedimentos de segurança para o trânsito dentro das
dependências da unidade escolar;
IV – no gasto com acesso e/ou melhoria de acesso à internet para alunos/as e
professores/as; e
V – na aquisição de material permanente.

Esse repasse foi uma parcela excepcional do PDDE Qualidade, em decorrência


da situação de pandemia decretada.

Leia a Resolução na íntegra.

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7.3. Programa Novo Ensino Médio

O Programa Novo Ensino Médio é alicerçado em mudanças provocadas


pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que instaura mudanças
curriculares no Ensino Médio. As principais mudanças são os itinerários
formativos.
A intenção do Novo Ensino Médio é despertar o protagonismo juvenil,
oportunizando ao/à estudante a possibilidade de escolha do percurso formativo
em aspectos com os quais tenha desejo e se identifique. Nesse sentido, as
escolas precisam elaborar uma Proposta de Flexibilização Curricular (PFC) para
atingir a critérios necessários de adesão ao programa
Pretende-se, com isso, fazer conexão com a formação técnica e
profissionalizante, contribuindo para a permanência e para o êxito na formação.

Para Saber mais clique aqui

Novo Ensino Médio

7.4. Programa Brasil Na Escola

O programa Brasil na Escola destina recursos financeiros para o


desenvolvimento de ações para as seguintes finalidades:

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I - ressarcimento de despesas com transporte e alimentação de voluntários/as
para a implementação das estratégias de permanência e aprendizagem indicadas
no Plano de Atendimento da Escola;
II - aquisição de material de consumo;
III - contratação de serviços necessários às atividades de implementação do
Programa ou adaptação e revitalização dos espaços para atividades de ensino e
aprendizagem;
IV - aquisição de material permanente;
V - desenvolvimento de atividades de acompanhamento personalizado dos/as
estudantes, incluindo avaliações de desempenho;
VI - desenvolvimento de atividades de enfrentamento da evasão, do abandono e
da infrequência escolar; e
VII - contratação de serviços, preferencialmente com suporte digital, que apoiem e
complementem o processo de aprendizagem dos/as estudantes, inclusive quanto
ao desenvolvimento de competências socioemocionais e projetos de vida.

Podemos nos orientar pelo Caderno Técnico do Programa Brasil na


Escola, que pode ser acessado pelo link:

https://www.gov.br/mec/pt-br/brasil-na-escola/

O Programa Brasil na Escola possibilita apoio técnico e financeiro. Além


disso, rendimentos possíveis desse recursos poderão ser utilizados única e
exclusivamente para os itens anteriormente citados.

Leia a Resolução na íntegra.

24
7.5. Programa Tempo de Aprender

O programa Tempo de Aprender visa implementar a atuação de


assistentes de alfabetização e cobre outras despesas como aquisição de
materiais pedagógicos que podem ser utilizados em sala de aula.
Os recursos transferidos podem ser para:

I – o ressarcimento de despesas com transporte e alimentação dos/as assistentes


de alfabetização;
II – a aquisição de material de consumo, como apontador, borracha, cola em
bastão, giz de cera, lápis de cor, tesoura, caderno, caixas de modelagem de boa
qualidade, lápis, kit de letras, kit de números, jogos educativos de preparação
para alfabetização ou cartões de imagens, entre outros;
III – a contratação de serviços necessários às atividades complementares com
foco na alfabetização, como o acompanhamento individualizado de alunos/as com
dificuldade na aprendizagem, a adoção de estratégias ou atividades específicas
para a consolidação ou aplicação dos conteúdos da alfabetização, a verificação
ou avaliação individual de habilidades, entre outros.

Importante!!!! O/A assistente de alfabetização tem caráter de atuação voluntária


e precisa realizar um curso Online de Práticas de Alfabetização do Programa
Tempo de Aprender.

Os/As estudantes que terão direito à participar deste programa deverão


ter sido inseridos/as no Censo Escolar.
A Resolução CD/FNDE/MEC nº 06, de 20 de abril de 2021, entrou em
vigor em 3 de maio de 2021.

Leia a Resolução na íntegra.

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7.6. Programa Itinerários Formativos

Com o intuito de apoiar a implementação do Novo Ensino Médio nas


escolas Municipais, Estaduais e no Distrito Federal, institui-se o Programa
Itinerários Formativos, que destina recursos para:

I - aquisição de material de consumo e para a contratação de serviços


necessários à implantação dos itinerários formativos;
II - contratação de serviços para a realização de atividades pedagógicas,
acompanhamento personalizado da aprendizagem ou realização de pequenos
reparos e adequações de infraestrutura necessários à implantação dos Itinerários
formativos;
III - aquisição de equipamentos e mobiliários necessários à implantação dos
itinerários formativos.

O percentual de recursos é de 50% para despesas de capital e 50% para


despesas de custeio e a adesão ao Programa Itinerários Formativos está ligada
ao Eixo de "Apoio Técnico e Financeiro".
São necessários alguns procedimentos específicos para a adesão da
Entidade Exexcutora (EEx), e acontecem por meio de um sistema indicado pelo
MEC, são eles:

I - assinatura do Termo de Compromisso;


II - seleção das escolas que poderão participar do Eixo Apoio Técnico e
Financeiro, com base na lista de escolas elegíveis disponibilizada em sistema
específico a ser informado pela Secretaria de Educação Básica - SEB/MEC; e
III - indicação dos/as coordenadores/as estaduais do Programa.

26
Cursista, conheça mais sobre esse programa lendo a Resolução:

Leia a Resolução na íntegra.

7.7. Programa Educação e Família

A família e a escola são fundamentais para a formação do/a cidadão/ã. Por


isso, o o objetivo do Programa Educação e Família é “fomentar e qualificar a
participação da família na escola”, de modo a melhorar ainda mais a educação
brasileira.
Esse programa cobre despesas de custeio e capital, inserindo a
participação da família de forma mais efetiva na vida escolar dos/as estudantes,
além de propiciar a eles/as a construção de seu projeto de vida, de planejamento
para o seu próprio futuro.
Nesse projeto, acontecem oficinas, palestras, visitas guiadas ou outras
iniciativas que devem estar inseridas no Plano de Ação da escola, incluindo nele
as despesas necessárias para essa articulação pedagógica integrada à família,
aumentando assim o desempenho estudantil.
Podem solicitar esse apoio financeiro as escolas que:

I - pertençam a um sistema/rede de ensino estadual, distrital ou municipal;


II - tenham declarado, no Censo Escolar, estar ativa e com matrículas nos anos
iniciais e nos anos finais da etapa do ensino fundamental da educação básica;
III - tenham declarado, no Censo Escolar, que possuem Conselho Escolar;
IV - apresentem os níveis 4, 5 ou 6 no indicador de complexidade de gestão da
escola;
V - possuam os níveis 1, 2, 3 ou 4 no indicador de nível socioeconômico;
VI - possuam sua Unidade Executora Própria (UEx); e

27
VII - enviem à Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação -
SEB/MEC seu Plano de Ação.

O Plano de Ação da escola precisa estar em consonância com as ideias e


sugestões do Conselho Escolar, além de se orientar quanto aos prazos e a
proporção dos recursos possíveis para a sua utilização .
Para saber mais:

Leia a Resolução na íntegra.

LEMBRETES GERAIS PARA QUALQUER PROGRAMA:

 atenção para a veracidade de dados declarados no Censo Escolar. Esses dados


são base de acesso a qualquer programa;

 apropriar-se das normativas que regulamentam o programa, o que facilita a sua


consecução;

 criar a Unidade Executora Própria (UEx) de sua escola de forma participativa e


com representatividade dos diferentes segmentos da comunidade escolar. No
caso de UEx coletiva, participe e acompanhe o andamento das atividades
financeiras;

 contemplar os compromissos sociais, legais e organizacionais da UEx. Isso é


importante para a execução com sucesso dos recursos;

 não se afastar do compromisso social de melhoria da qualidade do ensino na


sua execução financeira;

28
 atentar-se para os tipos de recurso e a suas finalidades para compreender no
que é permitido ou não ser utilizada a verba;

 utilizar-se das vias legais para a aquisição dos bens por meio de licitações e de
consultas públicas de preços e de fornecedores/as;

 acompanhar a execução financeira para que a utilização do recurso fique


estritamente ligada às ações fins do programa;

 utilizar a verba de acordo com o plano de aplicação financeira e com a finalidade


de melhoria da qualidade do ensino;

 realizar as prestações de contas de acordo com estabelecido pelo programa e


pela legislação vigente;

 elaborar as prestações de contas da UEx para envio à EEx dentro dos prazos
estabelecidos e com toda a documentação comprobatória.

Assim, o PDDE e as Ações Integradas serão suas aliadas e contribuirão


de forma contundente para a melhoria da sua escola e da Educação Básica na
forma de uma gestão democrática, baseada na equidade, na perspectiva da
educação social e eticamente referenciada.

Muito importante que, para saber mais sobre todas as ações e programas
do PDDE, você consulte:

Home - PDDE Interativo (mec.gov.br)

29
PDDE ESTRUTURA
PROGRAMA / CARACTERÍSTICAS
AÇÃO INTEGRADA

Água e Esgotamento Financiamento de infraestrutura básica para a


Sanitário nas Escolas garantia de abastecimento contínuo de água
Rurais adequada ao consumo humano e de esgotamento
Resolução CD/FNDE/MEC nº sanitário, para saúde dos/as estudantes e
2, de 20 abril de 2021 colaboradores/as da escola.

Escola do Campo, Ações que proporcionem adequação e benfeitoria na


Indígenas e infraestrutura física dessas unidades educacionais,
Quilombolas necessárias à realização de atividades educativas e
Resolução CD/FNDE/MEC nº pedagógicas voltadas à melhoria da qualidade do
5, de 20 de abril de 2021 ensino e à elevação do desempenho escolar.

Programa Escola O programa promove a acessibilidade por meio de


Acessível recursos que atendem estudantes público-alvo da
educação especial em classes comuns do ensino
Resolução CD/FNDE/MEC nº
20, de 19 de outubro de 2018 regular, nas esferas municipais, estaduais e Dstrito
Federal.

Programa Salas de Destina recursos financeiros para equipar salas de


Recursos recursos multifuncionais e bilíngues de surdos/as,
Multifuncionais em atendimento à estudantes Público-Alvo da
Educação Especial, visando à aquisição ou
Resolução CD/FNDE/MEC nº
15, de 07 de outubro de 2020 adequação de itens que compõem essas salas.

PDDE QUALIDADE
PROGRAMA / CARACTERÍSTICAS
AÇÃO INTEGRADA

Novo Ensino Médio Destina recursos financeiros para apoiar a


Resolução CD/FNDE/MEC nº implementação do Novo Ensino Médio e a realização
21, de 14 de novembro de da avaliação de impacto do Programa de Fomento
2018 às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral.

30
Inovação Educação Autoriza a destinação de recursos financeiros, para
Conectada apoiar as escolas, na inserção da tecnologia como
ferramenta pedagógica de uso cotidiano.

Resolução CD/FNDE/MEC nº
9, de 13 de abril de 2018

Emergencial Dispõe sobre os critérios e as formas de


transferência e prestação de contas dos recursos
destinados à execução do Programa Dinheiro Direto
Resolução CD/FNDE/MEC nº na Escola – PDDE Emergencial, para auxiliar nas
16, de 07 de outubro de 2020
adequações necessárias, segundo protocolo de
segurança para retorno às atividades presenciais no
contexto da situação provocada pela pandemia da
Covid-19.
Brasil na Escola Dispõe sobre os critérios e as formas de
Resolução CD/FNDE/MEC nº transferência, execução e prestação de contas dos
10, de 23 de julho de 2021 recursos financeiros, para as escolas participantes
dos Eixos Apoio Técnico e Financeiro e Valorização
de Boas Práticas do Programa Brasil na Escola,
instituído pela Portaria MEC nº 177, de 30 de março
de 2021.
Tempo de Aprender Dispõe sobre a implementação das medidas
Resolução CD/FNDE/MEC nº necessárias para atuação de assistentes de
06, de 20 de abril de 2021 alfabetização e de cobertura de outras despesas de
custeio, no âmbito do Programa Tempo de Aprender.
Intinerários Formativos Destina recursos financeiros, a fim de apoiar a
Resolução CD/FNDE/MEC nº implementação do Programa Itinerários Formativos,
22, de 16 de novembro de com aquisição de material de consumo; contratação
2021 de serviços para realização de atividades
pedagógicas; acompanhamento personalizado da
aprendizagem ou realização de pequenos reparos e
adequações de infraestrutura; ou aquisição de
equipamentos e mobiliários necessários à
implantação dos itinerários formativos.
Educação e Família Dispõe sobre os critérios para destinação de
Resolução CD/FNDE/MEC nº recursos financeiros, para apoiar a participação da
11, de 31 de agosto de 2021 família na vida escolar e no projeto de vida dos/as
estudantes, no âmbito do Programa Educação e
Família.

31
Assim, apresentamos as Ações Integradas mais detalhadamente de
acordo com a resolução mais atualizada até o atual momento do PDDE Estrutura,
em 2022. São elas: Água e Esgotamento Sanitário das Escolas Rurais; Escola do
Campo, Indígenas e Quilombolas; Escola Acessível e Sala de Recursos
Multifuncionais. Já do PDDE Qualidade, apresentamos as ações Inovação
Educação Conectada, Brasil na Escola, Tempo de Aprender, Itinerários
Formativos, Emergencial, Educação e Família; e Novo Ensino Médio.
A intenção desses programas e ações é a de eliminar as diferenças e os
desequilíbrios sociais que encontramos no contexto escolar. As ações integradas
tem por princípio a equidade, compreendendo as diferenças e buscando saná-las
por meio de políticas públicas que atendam às necessidades dos/as estudantes.

32
UNIDADE 2
CAMINHO DA ESCOLA E TRANSPORTE
ESCOLAR – PROGRAMAS DO PDDE

33
8. O PROGRAMA NACIONAL DE APOIO AO TRANSPORTE
ESCOLAR (PNATE) E O PROGRAMA CAMINHO DA ESCOLA:
ACESSO E PERMANÊNCIA DE ESTUDANTES DA
EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA NA ESCOLA

Nesse capítulo, conheceremos a política pública do transporte escolar


em seus principais aspectos, propiciando a você o aprendizado objetivo e
completo de tudo o que é necessário saber sobre seus respectivos
programas; essenciais para as escolas públicas brasileiras; que visam à
cosolidação de direitos sociais inalienáveis para as crianças e adolescentes
para/no acesso à educação pública, gratuita, social e etnicamente
referenciada. Vamos lá?
Quando o assunto é educação, a primeira coisa que precisamos
pensar é sobre o acesso, ou seja, para estar na escola é preciso chegar
até ela.
Pensando nisso, o Fundo Nacional do Desenvolvimento da
Educação (FNDE) elaborou e implementou políticas públicas
exclusivamente voltadas para proporcionar a mobilidade do/a estudante
da sua residência até a escola por meio do 1) Programa Nacional de
Apoio ao Transporte Escolar e do 2) Programa Caminho da Escola.

8.1. A política pública de transporte escolar

A complexa realidade do Brasil, por sua própria dimensão geográfica e


sua multidiversidade cultural, dificulta muito a elaboração e execução de políticas
públicas que possam atender de igual modo à realidade de cada localidade. No
âmbito do direito constitucional à educação, estão definidos oito princípios para o
ensino, sendo o primeiro deles a “[...] igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola” (CF/88, Art. 206, Inc. I). Um dos grandes desafios

34
enfrentados pelo poder público é o de oferecer a todos/as o acesso à
educação escolar, sobretudo no âmbito do Ministério da Educação.
Nesse sentido, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE); responsável pela execução de políticas educacionais do Ministério da
Educação (MEC), em um crescente esforço de melhorias; tem sido o maior
parceiro dos 26 estados, dos 5.570 municípios e do Distrito Federal, inovando
processos, procedimentos, capacitando gestores/as e estreitando a relação com
eles/elas. Essas ações impactam sobremaneira nos diversos projetos e
programas em execução, e contribuem para uma melhor oferta de transporte
escolar, o que é fundamental para o acesso e para a permanência dos/as
alunos/as às/nas escolas da educação básica pública, preferencialmente
daqueles/as residentes em área rural. Essa oferta é promovida por dois
programas: Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE) e o
Programa Caminho da Escola, ambos ancorados por legislações específicas
que norteiam a POLÍTICA DE TRANSPORTE ESCOLAR.

IMAGEM: SANTOS, Rodrigo Oliveira. Uberlândia, 2021.

35
8.2. Marco legal da política pública de transporte escolar

O que antecedeu os atuais programas de transporte escolar (PNATE e


Caminho da Escola) foi o Programa Nacional de Transporte Escolar (PNTE). Esse
programa foi criado por meio da Portaria Ministerial nº 955, de 21 de junho de
1994, com o objetivo de contribuir financeiramente com os municípios e com as
organizações não governamentais para a aquisição de veículos automotores zero
quilômetro, destinados ao transporte diário de estudantes da rede pública de
ensino fundamental residentes na área rural e das escolas de ensino fundamental
que atendiam estudantes com deficiências.
Ao longo dos anos, visando ao seu aprimoramento, os programas
voltados para o transporte escolar vêm passando por sucessivas alterações
oriundas do esforço do Governo Federal para criar critérios mais equitativos de
distribuição dos recursos voltados para o transporte escolar. A partir dessas
mudanças, esses programas visam ao atendimento de seu objetivo maior, que é o
de garantir o acesso à educação escolar e a permanência de estudantes nas
escolas de educação básica, contribuindo para a efetivação do direito
constitucional à educação. Visando o avanço e o aperfeiçoamento da política
pública relacionada ao PNATE e Caminhos da escola, o MEC reavalia as ações
de cada política no intuito de alcançar o princípio de acesso e permanência
dos/as estudantes em idade escolar à educação de qualidade.

8.2.1. Por que as políticas públicas voltadas para o transporte escolar


são importantes?

As políticas públicas voltadas para o transporte escolar são importantes


para garantir o acesso e a permanência de estudantes da zona rural a/em escolas
públicas da educação básica. E, ainda, para garantir o acesso dos/as estudantes
a atividades pedagógicas, esportivas, culturais ou de lazer previstas no

36
planejamento das escolas. Nesse caso, estende-se o acesso às instituições de
educação superior, mediante autorização expressa no FNDE.3
Observe, a seguir, a estrutura lógica do transporte escolar brasileiro, que
envolve ambos os programas:

8.2.2. Quem pode ser gestor/a do transporte escolar?

Para assumir a responsabilidade pela oferta de transporte escolar, que


colabora para o acesso e para a permanência do/a estudante na escola, há um
cargo, cuja atribuição não é padronizada em todos os municípios, uma vez que
isso depende da estrutura hierárquica organizada em cada um deles, ou seja, ele
pode sofrer a seguinte variação:

3
Vide Resolução CD/FNDE nº 1 de 20 de abril de 2021 https://www.fnde.gov.br/index.php/acesso-
a-informacao/institucional/legislacao/item/14156-resolu%C3%A7%C3%A3o-n%C2%BA-1,-de-20-
de-abril-de-2021

37
ESFERA MUNICIPAL ESFERA ESTADUAL

Prefeito/a do Município; Qualquer setor vinculado à


Secretaria de Estado da Educação como,
Secretário/a da Educação; por exemplo, as Superintendências de
Ensino.
Secretário/a de Transportes;

Ou assessor/a subordinado/a a
alguma das duas secretarias.

Numa perspectiva ampla, os elementos do transporte escolar, como política


pública, são:

Elementos físicos: equipamentos e recursos financeiros.

Elementos lógicos: estruturas Político Institucional, Normativa e de


Planejamento, Gestão e Controle, Funcional e de Produção.

Atores do Sistema de Transporte Escolar: empresa, condutor/a, pais/mães e


responsáveis, estudantes, gestor/a público/a etc.

Relações importantes entre gestores/as:

Gestor/a e operador/a: entre o/a gestor/a e a pessoa contratada para


execução do serviço (concurso ou terceirização);

Gestora/a e condutor/a (motorista): o/a condutor/a não é necessariamente


o/a motorista e o foco é a segurança dos/as estudantes e continuidade do serviço
prestado;

38
Gestor/a e gestor/a: no caso de transporte escolar entre municípios
vizinhos; entre gestores/as municipais e estaduais; entre gestor/a e proprietário/a
rural etc.

8.2.3. Qual o ponto de partida para adesão aos programas PNATE e/ou
Caminho da Escola? Primeiros Passos

 Você tem três opções para delegar o serviço. Ou seja, ele pode ser atribuído à:

a) gestão pública;
b) terceirizados/as, ou seja, terceirização de serviço;
c) gestão pública e terceirização (forma mista).

 Planejamento da operação (sempre considerando os recursos disponíveis):


demanda quantitativa; escolha de percursos; pontos de embarque/desembarque;
estrutura do Sistema de Transporte Escolar etc.

8.2.4. Papéis e atribuições do transporte escolar

GESTOR/A DO TRANSPORTE ESCOLAR

39
8.2.5. Metodologia e gestão do transporte escolar

E, para aqueles/as que se interessarem por uma visão sistêmica dos


programas, organizamos dois mapas mentais conceituais, apresentando uma
visão sistêmica do PNATE e do CAMINHO DA ESCOLA. Vide anexo 2.

40
9. OS PROGRAMAS PNATE E CAMINHO DA ESCOLA

9.1. Apresentação dos programas

PNATE CAMINHO DA ESCOLA

Programa de destinação de recursos Programa de destinação de recursos de


financeiros voltados para o custeio de capital voltados para a aquisição,
despesas para a manutenção de veículos padronização e/ou renovação da frota de
escolares, seja de cota própria e/ou de veículos escolares.
contratação de serviços terceirizados de
transporte escolar. Visa garantir conforto, qualidade e
segurança no transporte escolar de
Possui caráter suplementar, de assistência estudantes da zona rural ou de populações
financeira aos estados, Distrito Federal e de acesso restrito (populações indígenas,
municípios. quilombolas ribeirinhas etc.), por meio da
renovação e padronização da frota (ônibus,
Oferece assistência financeira voltada para o embarcações e bicicletas), reduzindo, dessa
transporte escolar destinado aos/às forma, a evasão escolar e o custo com o
estudantes residentes em área rural e /as rede transporte escolar.
pública de educação básica.
Ou seja, seu foco é destinar recursos
Ou seja, seu foco é destinar recursos financeiros para a aquisição, para a
financeiros para os gastos com transporte padronização e para o melhoramento da
escolar. frota utilizada no transporte escolar.

41
9.2. Os programas, seus marcos legais e objetivos

9.2.1. Marcos legais

PNATE CAMINHO DA ESCOLA

No Brasil, o transporte escolar é direito social amparado pela Constituição Federal


de 1988 (direitos constitucionais de acesso à educação em igualdade de
condições) e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (todas as crianças
e adolescentes têm direito ao acesso à escola pública, gratuita e próxima de sua
residência).

Implementação: Lei 10.880, de 9 de junho Implementação: Resolução FNDE/CD nº 03;


de 20044, instituindo o Programa Nacional Decreto da Presidência da República nº
de Apoio ao Transporte Escolar. 6.768 de 10 de fevereiro de 20095.

Execução: FNDE Execução: FNDE

VOCÊ SABIA? VOCÊ SABIA?

O PNATE possui 27 anos e O Programa Caminho da Escola possui


regulamentação específica para realizar o 14 anos.
repasse de recursos. Há um Conselho Deliberativo do FNDE
Há um Conselho Deliberativo do regulamentado por resolução, cuja
FNDE regulamentado por resolução, cuja responsabilidade periódica é disciplinar,
responsabilidade periódica é a de calcular acompanhar, controlar e fiscalizar o acesso à
o valor do repasse de recursos para os escola.
estados, Distrito Federal e municípios,
bem como orientar a sua execução.

4
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.880.htm
5
Disponível em: https://www.fnde.gov.br/index.php/legislacoes/decretos/item/7944-decreto-
n%C2%BA-6-768,-de-10-de-fevereiro-de-2009

42
9.2.2. Objetivos

PNATE CAMINHO DA ESCOLA

Ofertar transporte escolar aos/às Adquirir, renovar e padronizar a frota


estudantes da rede pública de ensino do Transporte Escolar de forma a
que residem nas zonas rurais. garantir qualidade dos veículos, tendo
como foco o acesso e a permanência
dos/as alunos/as nas escolas.
Contribuir para o aprendizado
dos/as estudantes
Atender estudantes de áreas rurais e
ribeirinhas com transporte adequado
Viabilizar o acesso à educação para para locomoção e viabilização da
estudantes das zonais rurais do país. redução de custos de veículos
necessários para o transporte escolar.

Garantir prioritariamente o deslocamento diário até a escola pública;

Promover a permanência dos/as estudantes da zona rural na escola;

Viabilizar o acesso dos/as estudantes às atividades intra e extraclasse.

43
9.3. Critérios de distribuição, repasse e uso dos recursos
9.3.1. Distribuição de recursos

PNATE CAMINHO DA ESCOLA


Como calcular o número de Meios de aquisição6:
alunos/as beneficiários/as?

Pelos dados do Censo Escolar RECURSOS PRÓPRIOS dos


do ano anterior ao repasse. estados, Distrito Federal e
7
O custo varia de região para municípios: via SIGARP (Sistema
região a partir do princípio da de Gerenciamento de Atas
equidade. Registro de Preços);
O balizamento é pelo Fator de
Necessidade de Recursos do Assistência financeira via PAR
Município (FNR-M) e de Correção (SIMEC - Sistema Integrado de
de Desigualdade Regional (FCDR), Monitoramento, Execução e
que gera o resultado de valor para Controle do Ministério da
cada município ou estado. Educação e PAR - Plano de
Ações Articuladas);

Financiamento por linha de crédito


- resolução específica do FNDE -
de forma que municípios, estados,
Distrito Federal interessados são
responsáveis pela realização dos
procedimentos para habilitação de
operação8.

Público-alvo (ou beneficiários/as): alunos/as matriculado/as em escolas da rede


básica de ensino (estadual ou municipal), que residem em área rural e que
utilizam transporte escolar.

6
Observação importante: autorizam-se estudantes da zona urbana e ensino superior, desde que
não se prejudique o público-alvo (estudantes residentes em zona rural matriculados/as em escolas
públicas da rede de educação básica de ensino).
7
PASSO A PASSO SIGARP:
1º - Acessar o Sistema Gerenciamento de Atas de Registro de Preços) -
http://www.fnde.gov.br/sigarpweb/
2º - Solicitar a adesão à ata de registro de preços (para aquisição dos veículos desejados);
3º - Acompanhar as anuências do FNDE e do/a fornecedor/a;
4º - Instruir procedimento interno para aquisição de veículos e assinatura de contrato.
8
Observação importante: não existe mais a opção de financiamento pelo BNDES. O ente
federado poderá contratar linha de crédito junto às instituições financeiras. (Após aprovados, os
trâmites são realizados diretamente no SIGARP).

44
9.3.2. Forma de repasse dos recursos PNATE e Caminho da Escola

PNATE CAMINHO DA ESCOLA

A transferência de recursos As diretrizes e orientações do


financeiros do PNATE é realizada de PROGRAMA CAMINHO DA ESCOLA
forma automática, sem necessidade de são estabelecidas pela Resolução
convênio, ajuste, acordo, contrato ou nº1, de 20 de abril de 2021, que
qualquer outro tipo de instrumento direciona os recursos ao apoio
congênere, mediante depósito em conta técnico e financeiro na aquisição,
corrente específica, conforme disposto na utilização e monitoramento da gestão
Lei 10.880, de 09 de junho de 1994. de veículos de transporte escolar.
Os valores são transferidos
diretamente a cada EEx em dez parcelas,
no período de fevereiro a novembro do
exercício corrente, por meio de depósito
em conta corrente específica aberta e
mantida exclusivamente em instituições
financeiras oficiais com as quais o FNDE
tenha parceria.
Os SALDOS EXISTENTES nas contas
bancárias do PNATE em 31 de dezembro
serão reprogramados para o exercício
subsequente, sem a necessidade de
anuência do FNDE.

45
9.3.3. Síntese de Custos e Despesas do Transporte Escolar

TRANSPORTE ESCOLAR

CUSTOS DESPESAS

Valores empenhados para a oferta de Valores empenhados por uma


serviços ou produção de bens. instituição para garantir
minimamente o seu funcionamento
Fixos: depreciação, remuneração,
despesa de pessoal e administrativo.

Variáveis: combustíveis, óleo e


lubrificantes, rodagem, peças e
acessórios.

O mais importante é ter transparência e valor de referência obtido por meio


de metodologia previamente elaborada (modos viário e aquaviário), em
conformidade com as particularidades de cada contexto.

46
9.3.4. O uso adequado de recurso e suas consequências

PNATE CAMINHO DA ESCOLA

Pagamento de despesas9 com: Reduz o índice de evasão escolar

Pode-se adquirir: ônibus,


veículos próprios para transporte embarcações e bicicletas – de uso
escolar; gratuito para os/as estudantes;

seguros, impostos e taxas de Manutenção poderá ser


veículos; compartilhada com estudantes,
pais/mães e responsáveis.
manutenção de veículos,
aquisição de passe estudantil10

Como gastar adequadamente o recurso do PNATE? Procure o CACS/FUNDEB


(Conselho de acompanhamento e Controle Social do FUNDEB). Ele pode
orientar quanto ao emprego do recurso, pois sua função é controlar a
execução e a prestação de contas do PNATE.
Cabe aos estados, Distrito Federal e municípios regular o uso adequado desses
transportes (distância máxima, pontos de embarque e desembarque, itinerários
etc.).

9
I - Despesas de manutenção em veículos escolares rodoviários, de propriedade das
Entidades Executoras (EEx), devidamente licenciados pelo órgão de trânsito competente, tais
como: reformas, seguros, licenciamento, impostos e taxas (do ano em curso), pneus, câmaras,
peças, serviços de mecânica em freio, suspensão, câmbio, motor, elétrica, funilaria, recuperação
de assentos, aquisição de combustíveis e lubrificantes, além de outras peças e serviços
necessários para adequada manutenção dos veículos; - manutenção de veículos escolares de cota
própria, II - Despesas de manutenção em embarcações utilizadas no transporte escolar que
pertençam à EEx e estejam devidamente inscritas e registradas pelo órgão competente, tais
como: reforma, seguros, impostos, registro e taxas (do ano em curso), peças, serviços de
mecânica do motor, conjunto de propulsão, equipamentos embarcados, aquisição de combustíveis
e lubrificantes, além de outros serviços necessários para a adequada manutenção das
embarcações; III - Contratação de serviços terceirizados para a oferta do transporte escolar
rodoviário ou aquaviário; e IV – Aquisição de passe estudantil, quando houver oferta de serviço
regular detransporte coletivo de passageiros na EEx.
10
Disponível em (destaque aos artigos 136 e 138:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503compilado.htm#:~:text=Art.%201%C2%BA%20O%20
tr%C3%A2nsito%20de,rege%2Dse%20por%20este%20C%C3%B3digo.&text=%C2%A7%205%C
2%BA%20Os%20%C3%B3rg%C3%A3os%20e,sa%C3%BAde%20e%20do%20meio%2Dambient
e.

47
9.3.5. O uso inadequado de recursos e suas consequências

PNATE CAMINHO DA ESCOLA

A interrupção ou a não oferta do serviço de transporte escolar para estudantes do


campo configura-se como uma violação do direito à educação e é de inteira
responsabilidade do/a gestor/a municipal e estadual. O grave problema da falta de
atendimento, que se configura como uso inadequado de recurso, poderá ter como
consequência a responsabilização do/a gestor/a e ensejar motivos de suspensão
dos repasses.

I - Constar, no Sistema Geral de


Prestação de Contas (SIGPC), o Em caso de o veículo estar
registro de inadimplência referente à inadequado ao uso, será necessário
prestação de contas do programa, em nomear comissão para avaliação do
qualquer ano, desde que não haja desfazimento do bem mediante
documentação ou situação que relatório que justifique a decisão
suspenda os efeitos da inadimplência, para leilão ou doação e que informe
com o devido registro no sistema; a idade do veículo.

II - Os recursos forem utilizados em O bem estará de posse de um ente


desacordo com os critérios federado, conforme na Resolução
estabelecidos para a execução do CD FNDE nº 45/2013 (Art. 9 e Art.
PNATE, provocando potencial prejuízo 12).
ao erário, mediante constatação de
análise técnica documental do FNDE, A média de alienação é de 5 ou
auditoria, fiscalização ou outros meios mais anos de uso, exceto em caso
legais, como por exemplo: de sinistro ou situação de
trafegabilidade.
Pagamentos de tarifas bancárias,
multas de trânsito, despesas Condutas irregulares deverão ser
pessoais e tributos não vinculados comunicadas ao Ministério Público
a materiais e serviços voltados Federal por qualquer pessoa, para
para os objetivos do PNATE. devidas providências.

48
Aplicação de recursos do PNATE
em desacordo com as normas do
programa ou não previstas por
elas;

Pagamento sem recibo fiscal;

Transferência de recursos para


outras contas bancárias ou para
fornecedor/a não contratado/a;

Saques sem comprovação de


despesas.

III - Houver determinação judicial,


com prévia apreciação pela
Procuradoria Federal no FNDE

O uso inadequado de recursos impacta em indícios de danos ao erário, bem como


no registro de inadimplência do município e ao/a seu/sua gestor/a responsável em
âmbito civil, penal e administrativo.
Em caso de situações de irregularidades, pode-se se acionar os seguintes
contatos:
Ministério da Educação pelo telefone 0800 61 61 61; ou, se preferir, basta entrar
em contato com:

CACS sigecon.cacs@fnde.gov.br - caso tenha problema de acesso ao SIGECON;

FUNDEB fundeb@fnde.gov.br - caso tenha problema com o cadastro no FUNDEB.

49
9.3.6. Recursos de Custeio e Capital do PNATE e Caminho da Escola

PNATE CAMINHO DA ESCOLA

Ambos são executados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação


(FNDE), com instrumentos legais específicos.

É um RECURSO DE CAPITAL que


É um RECURSO DE CUSTEIO
envolve os entes federados (estados,
para ser usado exclusivamente
municípios e Distrito Federal) para
para a manutenção de transportes
aquisição de veículos licitados pelo
escolares rodoviários e
FNDE.
aquaviários.

Critérios para execução: preço de


Os critérios e formas de
referência; valor por aluno/a, seja por
transferências de recursos estão
quilômetro rodado, seja por quilômetro
fundamentados na Resolução nº 5, de
transportando ou por valor fixo mensal.
08 de maio de 2020, que disciplina a
Esses critérios também estão
contratação de serviços e/ou
fundamentados pela Resolução nº 5, de
aquisição de produtos com os
08 de maio de 2020.
recursos do PNATE,
obrigatoriamente, e cabe ao ente
Pregão eletrônico para registro de
federado a realização de processo
preços e aquisições de veículos
licitatório, na modalidade de
Cabe ao FNDE:
pregão, na forma eletrônica,
ressalvadas as hipóteses legais de
Estabelecer as normativas para a
dispensa e/ou inexigibilidade; realização de processo seletivo de
deverão, ainda, ser observadas propostas, juntamente com
demais disposições previstas na Lei cronograma e estabelecimento de
critérios.
nº 8.666, de 1993, bem como na Lei
nº 10.520, de 2002, no Decreto nº
5.450, de 2005, além das legislações
correlatas dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios.

50
ATENÇÃO: A partir de Definir modelos e quantidades para
aquisição de veículos, tendo como
02/01/2022 está em vigor a Resolução referência os indicadores de
CD/FNDE Nº 18, de 22 de outubro de demandas de cada região (estados,
2021, publicada em 25 de outubro de Distrito Federal e municípios)
apresentados pelo INEP, bem como
2021, com o objetivo de implementar
os limites anuais de legislação
algumas inovações para o Programa orçamentária e financeira.
Nacional de Apoio ao Transporte
Escolar.
É importante estar atento às
alterações ocorridas com a O INMETRO faz parte desse
publicação da nova Lei das programa, assessorando o FNDE na
Licitações, Lei nº 14.133, de 1º de especificação dos veículos e sua
abril de 2021, que estabeleceu prazo padronização.
de dois anos, a partir de sua
publicação, para adequação dos Responsáveis: gestores/as locais
entes federados. devem cuidar da aquisição de veículos.

Tabela de valores e montante de


recursos financeiros por exercício
https://www.fnde.gov.br/index.php/pro
gramas/pnate/sobre-o-plano-ou-
programa/consultas

51
9.3.7. Adesão ao programa e execução dos recursos

PNATE CAMINHO DA ESCOLA

No caso de contratação de Categorização de veículos:


prestação de serviços firmada por parte bicicleta, ônibus e embarcações12.
dos estados, Distrito Federal e
municípios, há a necessidade de Bicicleta:
assegurar, por meio do termo de
referência, tudo o que se resguarde a Veículo de uso individual
segurança, conforto e bem-estar dos/as movimentado por propulsão
estudantes a serem transportados/as. humana e designada de bicicleta
Itens indispensáveis para a escolar. Seu uso não é
celebração do contrato: recomendado para estudantes
menores de seis anos, exceto sob
Edital de licitação com detalhamento autorização expressa, preenchida e
do processo e cronograma de assinada pelo/a pai/mãe ou
etapas; responsável.

Prazo de execução do serviço A compra de bicicletas deve ser


coerente com o ano letivo, com o realizada por estados, Distrito
objetivo de não prejudicar o Federal, municípios e/ou outros
transporte dos/as estudantes; órgãos vinculados à educação que
tenham recursos próprios ou
Comprovação documental (certidões advindos de transferência
negativas) das empresas que financeira do FNDE, mediante ata
apresentarem interesse em de registro de preços e
participar do processo licitatório – observâncias às suas respectivas
inclusive garagens e pontos de normas vigentes.

12
Importante:
_Manutenção de ônibus e embarcações é de responsabilidade do ente federativo que está com a
posse e com o uso. Deve ser gratuito.
_Manutenção de bicicletas poderá ser compartilhada com pais/mães e/ou responsáveis ou com
os/as estudantes.
_Os itinerários devem ser definidos a partir dos seguintes critérios: menor tempo e maior
segurança dos/as estudantes nos trajetos.

52
apoio;

Os veículos não podem ter mais que


sete anos de uso e devem ter itens Especificações de bicicletas
de segurança devidamente definidas pelo FNDE podem ser
funcionando; acessadas em www.
fnde.gov.br/portaldecompras/
Há duas fases do processo (devem ser novas, aro 20 ou aro
licitatório: 1) habilitação da empresa; 26);
2) habilitação da proposta;
É facultativa a cessão de bicicletas
Devem-se evitar contratos de aos seus respectivos municípios
pessoas físicas; por meio de Termo de Referência
ou documento semelhante.
Parâmetros preponderantes para
escolha de veículos e/ou qualidade Importante realizar cursos ou
do serviço11: a) capacidade; b) palestras por parte do ente
segurança; c) conforto; d) federativo responsável, orientando
acessibilidade; e) condições físicas no uso racional e sustentável da
das vias; f) manutenção da frota bicicleta, bem como aspectos de
(conservação, higiene, tempo de segurança.
uso).
Ônibus:
Tipos de manutenção:
Veículo rodoviário automotor,
Preventiva: rotineira, para evitar adequado para o transporte de um
reparos inesperados; porém, sem número maior de passageiros/as,
periodicidade. considerado como Ônibus Escolar.

11
Importante mencionar:
Cartilha de Manutenção dos Veículos do Transporte Escolar
https://www.fnde.gov.br/index.php/centrais-de-conteudos/publicacoes/category/121-caminho-da-
escola?download=13142:cartilha_manutencao_dos_veiculos
Para o uso adequado dos veículos escolares http://www.fnde.gov.br/index.php/centrais-de-
conteudos/publicacoes/category/131-transporte-escolar?download=13533:cartilhas-pnate-
caminho-da-escola

53
Corretiva: mais onerosa, que é o Embarcação:
reparo quando necessário, ou seja,
quando defeitos ou falhas são Veículo aquaviário, automotor,
apresentados. considerado como lancha ou barco
escolar.
Preditiva: planejada, que requer
ajustes periódicos. Todos os veículos deverão constar
nos registros de tombamento dos
municípios, Distrito Federal ou
estados, que também são os
responsáveis por manter a
caracterização original dos
veículos, inclusive suas marcas
institucionais.

54
9.3.8.Sistema Eletrônico de Gestão do Transporte Escolar (SETE)

PNATE CAMINHO DA ESCOLA

Conforme previsto no Art. 24 da Resolução nº 01, de


20 de abril de 2021, a governança e a utilização do
transporte escolar no âmbito do Programa Caminho
da Escola serão monitorados por meio do Sistema
Eletrônico de Gestão do Transporte Escolar (SETE).
Trata-se de um software de e-governança desenvolvido pelo CECATE/UFG, em
parceria com o FNDE, voltado a auxiliar na gestão do transporte escolar dos estados e
dos municípios brasileiros consideradas as suas singularidades e destina-se a
Entidades Executoras (EEx – Prefeituras e Secretarias Estaduais e Distrital de
Educação).
A Resolução CD/FNDE Nº 18 de 22 de outubro de 2021, publicada em 25 de
outubro de 2021, torna obrigatório o uso do Sistema Eletrônico de Gestão do
Transporte Escolar (Art. 24).
O SETE é distribuído gratuitamente sob a licença de software livre MIT, que
possibilita o compartilhamento e modificação de seu código por terceiros. Ele foi
projetado com intuito de não depender de nenhum software proprietário. Dessa forma,
é possível utilizá-lo sem ter de licenciar programas dependentes, pois possui
flexibilidade suficiente para operar sem internet e não necessita de muitos dados para a
sua funcionalidade.
Esse software foi lançado pelo FNDE em dezembro de 2020. O objetivo desse
recurso, que tem a capacidade de monitorar toda a frota utilizada para o transporte
escolar realizado sob a responsabilidade do ente federado, é o de apoiar os estados e
municípios na gestão do transporte escolar, considerando suas singularidades.

55
Acesso ao Sistema SETE

Saiba mais sobre o SETE

Webinário para técnicos/as e gestores/as educacionais Políticas Públicas de


Transporte Escolar – FNDE e Capacitação do Sistema Esletrônico de Gestão do
Transporte Escolar – SETE

https://www.youtube.com/watch?v=H92YBaWd16o

Qualiffique-se:

Capacitação virtual sobre o SETE (Sistema Eletrônico de Gestão de Transporte


Escolar)

O FNDE organizou uma capacitação virtual ao Software que está disponível em:

https://youtu.be/H92YBaWd16o

56
9.3.9. Fiscalização, Controle Social e Prestação de Contas dos
Programas de Transporte Escolar

PNATE CAMINHO DA ESCOLA


FISCALIZAÇÃO

Realizada pelo Conselho de Assim como no PNATE, é


Acompanhamento e Controle Social de realizada pelo Conselho de
FUNDEB (CACS-FUNDEB). Acompanhamento e Controle Social
É o CACS-FUNDEB que faz a análise de FUNDEB (CACS-FUNDEB) no
da prestação de contas das ações do Plano âmbito do Plano de Ações Articuladas
de Ações Articuladas (PAR) e envia um (PAR).
parecer conclusivo ao FNDE, juntamente É o CACS-FUNDEB que faz a
com o demonstrativo sintético anual da análise da prestação de contas das
execução físico financeira. ações do PAR e envia um parecer
conclusivo ao FNDE, juntamente com
o demonstrativo sintético anual da
execução físico financeira.
Logo, a fiscalização, no que tange
ao cumprimento das normas no
Programa, cabe ao FNDE.

CONTROLE SOCIAL

Quem realiza o acompanhamento e o controle social sobre a distribuição, a


transferência, o planejamento e a administração dos recursos destinados às ações do
PNATE e do CAMINHO DA ESCOLA; no âmbito de cada esfera: Municipal, Estadual,
Distrital ou Federal; é o Conselho de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB -
(CACS-FUNDEB/ instituído Lei nº 14.113, de 25 de dezembro de 2020).

57
A atuação dos/as conselheiros/as serve para manter uma relação com o FNDE,
expondo a real situação existente da política pública de transporte escolar no município
e essa conexão com o FNDE resulta nos pareces conclusivos acerca da execução dos
recursos das diversas ações e programas, e da conservação e da manutenção do
cadastro atualizado dos CACS, além de outras formas.

PRESTAÇÃO DE CONTAS

A partir da Resolução CD/FNDE nº 02, Apresentar a documentação


de 18 de janeiro de 2012, as prestações de prevista, em sua totalidade, no
contas passaram a ser realizadas de forma sistema de prestação de contas do
online, com a criação do Sistema Geral de FNDE13.
Prestação de Contas (SIGPC).

13
PASSO A PASSO:
1. A prestação de contas do Programa Caminho da Escolha deve ser realizada no SIMEC
(Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle), do Ministério da Educação
http://simec.mec.gov.br/login.php
2. O/A executor/a local indica as despesar realizadas categorizando-as em conformidade
com a tipologia dos gastos e enfatizando os dados que demonstram o alcance dos objetivos do
programa.
3. Envio da prestação de contas ao FNDE.
4. No Caminho da Escola, há a necessidade de referendar a prestação de contas pelo CACS
(Conselho de Acompanhamento e Controle Social), sendo passível de reprovação pelo FNDE,
caso não seja apresentado esse parecer. O CACS é fundamental para os programas voltados
para o transporte escolar. Seu acesso ocorre por meio do Sistema de Gestão de Conselhos:
https://www.fnde.gov.br/sigecon/login.xhtml
5. O SIGECON permite acesso ao parecer do Conselho sobre a execução física do PNATE e
do Caminho da Escola, quanto ao posicionamento da autarquia no que se refere à regularidade de
aplicação dos recursos e cumprimento do objeto, desencadeando, consequentemente, a
aprovação ou não do processo de prestação de contas.
6. Uma vez preenchido o formulário de gestão, sua devolutiva haverá um dos seguintes
status: a) aprovado; b) aprovado com ressalvas; c) não aprovado. Além disso, a conclusão de
preenchimento do formulário validará o acesso ao “Recibo do Parecer Conclusivo de
Acompanhamento e Controle Social”.
7. Prazo para iniciar a prestação de contas: até o dia 28 de fevereiro do ano subsequente ao
da efetivação do crédito dos recursos. O prazo para o/a gestor/a municipal enviar a prestação de
contas é de, no máximo, 60 dias após o encerramento da vigência do Termo de Compromisso ou
de sua rescisão, por meio do SIMEC.

58
A comprovação da execução da Análise por parte do FNDE com
totalidade dos recursos recebidos com fundamento em pareceres financeiro
rendimentos financeiros deve ser e técnico.
submetida ao Sistema de Gestão de
Prestação de Contas (SiGPC) -
https://www.fnde.gov.br/sigpc/login.seam, Análise financeira: observância
desenvolvido pelo FNDE. do cumprimento e conformidade
O SiGPC possui um modelo de acesso dos documentos no que tange à
para o público interno (ambiente correta e regular aplicação dos
administrativo) e um para o público externo, recursos e legalidade dos gastos
também chamado de SiGPC-Acesso – sendo possível utilizar laudos e
Público. O segundo informa sobre os relatórios de inspeção in loco.
recursos públicos, que podem ser
acompanhados de forma transparente, sem Análise técnica: exame da
necessidade de cadastro prévio. execução física e do alcance do
O FNDE apresenta um detalhado objetivo que consta no termo de
roteiro com passo a passo para a referência.
prestação de contas via SiGPC, contendo
34 vídeos tutoriais, disponíveis em: Caso sejam identificadas falhas
formais, haverá a realização de
https://www.fnde.gov.br/fnde_sistem diligências, com prazo máximo de 30
as/sigpc-contas-online dias para regularização ou devolução
de recursos.
Os entes executores (ESTADOS e Após esgotamento do prazo,
MUNICÍPIOS) devem prestar contas até o haverá parecer de aprovação total
dia 28 de fevereiro do ano subsequente ao das contas ou parecer de não
da efetivação do crédito dos recursos. aprovação ou aprovação parcial,
cabendo providências de cada alçada
envolvida.

59
Os/As servidores/as podem acessar o Falhas sem prejuízo ao erário e
sistema e prestar contas. Porém, o envio aplicação dos recursos são passíveis
final da prestação de contas é realizado de aprovação, desde que informadas
exclusivamente com a senha do/ a ao Tribunal de Contas da União.
Prefeito/a.
Observação importante: caso a
prestação de contas não seja
realizada, ou caso o parecer seja
desfavorável, cabe ao FDNE instar
Tomada de Contas Especial ou a
inscrição do débito e registro dos/as
responsáveis no Cadastro Informativo
dos créditos não quitados de órgãos e
entidades federais, ambos seguindo
Instrução Normativa do TCU.

10. O PNATE E O CAMINHO DA ESCOLA: DESAFIOS DO


ACESSO E DA PERMANÊNCIA NO TRANSPORTE ESCOLAR

À guisa de considerações finais, feito o levantamento objetivo das


semelhanças e especificidades dos Programas PNATE e do Caminho da Escola,
é nítido que um dos principais desafios; para o aperfeiçoamento contextualizado
do transporte escolar em uma realidade educacional tão diversa e simultânea e
com realidades significativamente distintas; incide em pensar para além de
padronizações, mirando no atendimento igualitário e seguro a todas as pessoas
que dependem dessa política para ir e permanecer na escola.

60
Além disso, a efetiva implementação de uma política pública e dos
respectivos programas que a constuituem também é desafiadora e preocupante,
trazendo consigo a importância de que o atendimento dessa demanda dê certo e
chegue da forma mais eficaz possível em todas as escolas da rede pública de
educação básica que dependem de programas como o PNATE e o Caminho da
Escola.
É por esse motivo que o trabalho que se materializa com o CECAMPE-
Sudeste (Centros Colaboradores de Apoio ao Monitoramento e à Gestão de
Programas Educacionais), sob a forma do Curso “Trilhas no PDDE”, foi
minuciosamente sistematizado para levar o conhecimento sobre os programas
acima citados aos/às profissionais da rede pública de ensino para que eles/elas
possam melhor atender às demandas escolares com as políticas públicas de
transporte escolar, em especial os programas PNATE e Caminho da Escola.
Nesse sentido, os estudos dessa trilha têm como eixo norteador o acesso
e a permanência dos/as estudantes da educação básica pública na escola,
atendendo à normativa vigente voltada para o deslocamento via transporte
escolar.
Além disso, hoje há a experiência consoliada com os CECATE (Centro
Colaborador de Apoio ao Transporte Escolar), que teve a Universidade Federal de
Goiás como instituição gestora das ações desenvolvidas para a política pública do
transporte escolar juntamente com o FNDE, em que se destaca o vasto material
desenvolvido com foco nessa temática, bem como o SETE, que também foi
abordado durante nossos estudos.
Dos avanços tecnológicos, vale ressaltar que a falta de pessoal técnico do
FNDE, em número insuficiente, consistia em um grande dificultador na análise
das prestações de contas, quando ela não era realizada em formato online. Com
o SIGPC, além de representar maior facilidade para os/as gestores/as prestarem
contas dos recursos federais recebidos na educação; tais como o Programa
Dinheiro Direto na Escola (PDDE), Programa Nacional de Apoio ao Transporte
Escolar (PNATE) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE); o próprio
FNDE passou a ter um acompanhamento consolidado de maneira sistêmica e

61
particularizada do controle dos recursos repassados a todos os 5.570 municípios,
dos 26 estados e do Distrito Federal. Ora, trata-se de uma série de ações que
foram, de fato, grandes avanços e necessitavam, e necessitam, de assim o
serem.

SAIBA MAIS: O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), em


sua página, tem diversos materiais que podem auxiliar Gestores/as,
conselheiros/as a conhecerem e executarem de maneira mais assertiva o
Programa Caminho da Escola e o PNATE:

CARTILHA: Escolha de veículos para o transporte escolar


CARTILHA: Uso adequado dos veículos escolares
CARTILHA: Manutenção dos Veículos do Transporte Escolar
CARTILHA: Prestação de Contas do PNATE e do Caminho da Escola

PNATE:

CLIQUE AQUI

CAMINHO DA ESCOLA:

CLIQUE AQUI

62
11. QUEM SOMOS NÓS

JANE MARIA DOS SANTOS REIS

Graduada em Ciências Sociais - Licenciatura e Bacharelado pela Universidade


Federal de Uberlândia (UFU) e em Pedagogia - Séries Iniciais e Gestão Escolar
pela Universidade de Uberaba (UNIUBE). Mestre e doutora em Educação; pela
Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Certificada pela Universidade de
Harvard em Estudos Afro-latino-americanos. Coordenadora da Divisão de
Licenciatura e do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da Universidade Federal de
Uberlândia.
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7034791367733866

JANINE CECÍLIA GONÇALVES PEIXOTO

Pedagoga (UNITRI). Especialista em Atendimento Educacional Especializado


(UNIANDRADE). Mestra em Educação (FACED/UFU). Atualmente é Assessora
Pedagógica e docente da área de Educação Especial da Escola de Educação
Básica da UFU (ESEBA/UFU).
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/064435349834048

LUCIANE MÁRCIA DE OLIVEIRA TEODORO SILVA

Graduada em Administração de Empresas. Especialista em Metodologia do


Trabalho nas IFES pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Mestre em
Educação pela Universidade de Uberaba (UNIUBE).
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4165551876487265

LUCIANE RIBEIRO DIAS GONÇALVES

Graduada em Matemática e Pedagogia pela Universidade Estadual de Minas


Gerais (UEMG). Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP). Mestre em Educação pela Universidade Federal de Uberlândia
(UFU). Pós-doutora pelo Centro de Estudos Sociais - CES/UC da Universidade de
Coimbra – Portugal. Professora adjunta no Instituto de Ciências Humanas do
Pontal (CHPO/UFU), no curso de Pedagogia. Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/9836292136030338

63
Colaboradores:

Atualizações e ajustes técnicos foram realizados de janeiro a março de 2022; em


virtude da nova Resolução Nº 15 de 16 de setembro de 2021, publicada pelo
FNDE, referente ao Programa Dinheiro Direto na Escola. Essas alterações e
ajustes foram realizados com a assessoria da Equipe Pedagógica
CECAMPE/Sudeste com a revisão técnica de profissionais da Secretaria Regional
do Estado de Minas Gerais e da Secretaria Municipal de Educação da cidade de
Uberlândia:

Coordenação Equipe Pedagógica CECAMPE/Sudeste:

Sônia Maria dos Santos


http://lattes.cnpq.br/9281057859793276

Assessoria Pedagógica CECAMPE-Sudeste:

Janine Cecília Gonçalves Peixoto


http://lattes.cnpq.br/0644353498340485

Revisão Técnica Equipe SRE/SME/MG:

Ana Rita da Silva e Souza


http://lattes.cnpq.br/2332661290698126

Anderson Silva Cantu


http://lattes.cnpq.br/5338983789452961

Denise da Costa Barbosa


http://lattes.cnpq.br/4964529400775174

Guilherme Dhiunior Pereira de Sousa


http://lattes.cnpq.br/4313533181015468

Jonas dos Reis Jaques


http://lattes.cnpq.br/3611412195085914

64
Lucélia Tizzo
http://lattes.cnpq.br/2311840042767922

Lúcia Ferraz da Silva


http://lattes.cnpq.br/3580837978819547

Luciane Alves da Silva


http://lattes.cnpq.br/6497141164395763

Lunara Costa Borges


http://lattes.cnpq.br/5146517401989064

Marcelo Evaristo da Silva


http://lattes.cnpq.br/7556296149057750

William Henrique Ferreira Martins


http://lattes.cnpq.br/7301987274507761

Diagramação:

Anderson Aparecido Gonçalves de Oliveira


http://lattes.cnpq.br/6101727325810793

REVISÃO

Maria Cecília de Lima


http://lattes.cnpq.br/9906648091045845

Janaína Jácome dos Santos


http://lattes.cnpq.br/9918760398122717

65
12. REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.


Brasília: Senado Federal, 1988.
_____. Decreto no 6.768, de 10 de fevereiro de 2019. Disciplina o Programa
Caminho da Escola.
_____. Lei n° 10.880, de 09 de junho de 2004. Institui o Programa Nacional de
Apoio ao Transporte Escolar – PNATE. Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação – FNDE, Brasília, DF, 2012. Disponível em: www.fnde.gov.br. Acesso
em: 1 out. 2021.
_____. Resolução CD/FNDE n° 01, de janeiro de 2012 – Disponível em:
https://www.fnde.gov.br/index.php/acesso-a
informacao/institucional/legislacao/item/3511-resolu%C3%A7%C3%A3o-cd-fnde-
n%C2%BA-1-de-3-de-janeiro-de-
2012#:~:text=Estabelece%20as%20diretrizes%20e%20orienta%C3%A7%C3%B5
es,do%20Programa%20Caminho%20da%20Escola.
_____. Resolução nº 4, de 4 de maio de 2020 que traz a diretrizes para o novo
ciclo. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-n-4-de-4-de-
maio-de-2020-255167285. Estabelece os critérios para o apoio técnico e
financeiro às redes públicas de educação básica dos estados, municípios e do
Distrito Federal, no âmbito do quarto ciclo (2021-2024) do Plano de Ações
Articuladas - PAR.
______.Resolução Nº 1, De 20 De Abril De 2021 Disponível em:
https://www.fnde.gov.br/index.php/acesso-a-
informacao/institucional/legislacao/item/14156-resolu%C3%A7%C3%A3o-
n%C2%BA-1,-de-20-de-abril-de-2021. Estabelece diretrizes e orientações para o
apoio técnico e financeiro na aquisição, utilização e monitoramento da gestão de
veículos de transporte escolar, pelas redes públicas de educação básica dos
municípios, dos estados e do Distrito Federal, no âmbito do Programa Caminho
da Escola.
_______. Resolução Nº 18, De 22 De Outubro De 2021 Estabelece diretrizes e
orientações para o apoio técnico e financeiro na execução, no monitoramento e
na fiscalização da gestão de veículos de transporte escolar, pelas redes públicas
de educação básica dos Municípios, Estados e do Distrito Federal, no âmbito do
Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar - PNATE. Disponivel em:
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-n-18-de-22-de-outubro-de-2021-
354322713 . Acesso em 23 jul. 2021.
______. Resolução Nº 5, de 8 de maio de 2020 Estabelece os critérios e as
formas de transferência de recursos financeiros do Programa Nacional de Apoio
ao Transporte do Escolar - PNATE. Disponível em:
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-n-5-de-8-de-maio-de-2020-
256310064. Acesso em 24 jul 2021

66
______. Resolução Nº 1, de 20 de abril de 2021. Estabelece diretrizes e
orientações para o apoio técnico e financeiro na aquisição, utilização e
monitoramento da gestão de veículos de transporte escolar, pelas redes públicas
de educação básica dos municípios, dos estados e do Distrito Federal, no âmbito
do Programa Caminho da Escola. Disponível em:
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-n-1-de-20-de-abril-de-2021-
315711206
______. Resolução Nº 18, de 22 de outubro de 2021.Estabelece diretrizes e
orientações para o apoio técnico e financeiro na execução, no monitoramento e
na fiscalização da gestão de veículos de transporte escolar, pelas redes públicas
de educação básica dos Municípios, Estados e do Distrito Federal, no âmbito do
Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar – PNATE.- Disponível em:
https://www.fnde.gov.br/index.php/acesso-a-
informacao/institucional/legislacao/item/14220-resolu%C3%A7%C3%A3o-
n%C2%BA-18,-de-22-de-outubro-de-2021

BRASIL.MEC.PDDE. PDDE Interativo. Disponível em:


http://pdeescola.mec.gov.br/index.php/pde-interativo. Acesso em 9 jun. 2021.

BRASIL.MEC.PDE.Documentos e Manual do PDDE Interativo. Disponível em:


http://pdeescola.mec.gov.br/index.php/documentos-importantes. Acesso em 9 jun.
2021.

BRASIL.MEC.GOV. Lei nº 14.113, de 25 de dezembro de 2020. Regulamenta o


Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização
dos Profissionais da Educação (Fundeb), de que trata o art. 212-A da Constituição
Federal; revoga dispositivos da Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007; e dá outras
providências. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-14.113-de-
25-de-dezembro-de-2020-296390151. Acesso em 23 jil. 2021.

Conselho Deliberativo do Fundo Nacional de desenvolvimento da Educação do


Ministério da Educação - Resolução/CD/FNDE nº 49, de 11 de dezembro de 2013
- PDDE Escola. Disponível em: http://www.fnde.gov.br/index.php/acesso-a-
informacao/institucional/legislacao/item/5087-resolu%C3%A7%C3%A3o-cd-fnde-
n%C2%BA-49,-de-11-de-dezembro-de-
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