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AUTOR(A)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE

Orientador(a):

Piracicaba, XX de Novembro de 2007.

Nome do Autor do Trabalho

TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS

Trabalho de conclusão de curso apresentado


como parte das atividades para obtenção do
título de Técnico de Segurança do Trabalho,
do curso de Segurança do colégio Enfermap.
: Trabalho de conclusão de curso apresentado
como parte das atividades para obtenção do
título de Técnico de Segurança do Trabalho,
do curso de Segurança, do colégio Enfermap.

Os componentes da banca de avaliação, abaixo listados,


consideram este trabalho aprovado.

Nome Titulação Assinatura Instituição

Data da aprovação: ____ de _____________________ de ________.


Dedico este trabalho de conclusão de
curso para uma pessoa muito
especialxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxx
AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos os que me ajudaram


na elaboração deste trabalho:
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Não agradeça ao orientador, porque


ele tem obrigação de ajudá-lo.
RESUMO

O transporte de produtos perigosos cresce anualmente, como conseqüência da


expansão do mercado, assim como novos processos exigem novos produtos embora
haja uma preocupação cada vez maior das autoridades em controlar o tráfego de carga de
produtos perigosos, exigindo treinamento especializado do condutor, condições melhores
de acondicionamento, roteamento prévio e medidas de segurança preventivas mais
severas, mesmo assim acidentes acontecem todos os dias.

.
Sumário

Introdução.................................................................................................................. 7

Ações de Regulamentação.......................................................................................8

Ações de Fiscalização.......................................................................................................... 8

Legislação do Transporte de Produtos Perigosos.........................................................................9

Legislação Atual............................................................................................................................... 9

Legislação de Ambito do Mercosul.......................................................................10

Produtos Perigosos............................................................................................................ 10

Resolução 420 – Disposições Gerais............................................................................................ 11

Responsabilidades........................................................................................................................ 11

Exigencias – Cargas e Acondicionamento.......................................................................13

Documentação............................................................................................................................... 14

Acidentes, Emergências ou Avarias............................................................................................. 14

Procedimentos em caso de Emergências.....................................................................................15

Medidas de Seguranças para Produtos Perigosos......................................................................15

Equipamentos de Proteção Individual..........................................................................................20

Sinalização......................................................................................................................................20

Descrição da NBR 7501 - Transporte de Produtos Perigosos - Terminologia............................21

Fotos da Atuação da Brigada de Emergência...............................................................................37

Considerações finais...............................................................................................38

Referências Bibliográficas......................................................................................40
INTRODUÇÃO

A reestruturação do setor federal de transportes pela lei nº10.233, de 5 de junho de 2001,


começou através dos seguinte órgãos:

Conit - ligado à presidência com atribuição de propor políticas nacionais de integração dos
diferentes modos de transporte.

Ministério dos Transportes – Órgão Político e Supervisor.

ANTT e ANTAQ - Órgãos reguladores e fiscalizadores, dos segmentos do sistema federal de


viação sob exploração da iniciativa privada, dos serviços concedidos e dos bens arrendados.

DNIT - Órgão responsável pela gestão dos investimentos de implantação e manutenção da


infra-estrutura.

Sendo que ANTT que é a Agencia Nacional de Transporte Terrestres, tem como objetivo
Implementar, em suas esferas de atuação, as políticas formuladas pelo Ministério dos
Transportes e pelo CONIT.

Regular ou supervisionar as atividades de prestação de serviços e de exploração da infra-


estrutura de transportes exercidas por terceiros, com vistas a:

a) garantir a movimentação de pessoas e bens, em cumprimento a padrões de eficiência,


segurança, conforto, regularidade, pontualidade e modicidade de fretes e tarifas;

b) harmonizar, preservado o interesse público, os objetivos dos usuários, concessionárias ,


arbitrando conflitos de interesses.

Esfera de atuação: Transporte de produtos perigosos em rodovias e ferrovias.

Atribuição: introduzir modificações de caráter técnico necessárias à permanente atualização


da regulamentação do segmento e à obtenção de níveis adequados de segurança nesse tipo
transporte de carga .

Competências: expedir documento legal complementar, estabelecendo padrões e normas


técnicas, e fiscalizar as operações de transportes terrestres de produtos perigosos.
Ações de Regulamentação:

â Resolução nº 420, 12/02/04, que aprova as instruções complementares ao Regulamento do


Transporte Terrestre de Produtos Perigosos.

â Revisão do Acordo para facilitação do Transporte de Produtos Perigosos no Mercosul.

â Revisão da Proposta de Decreto que institui o regulamento do transporte rodoviário e


ferroviário de produtos perigosos.

â Participação, como representante do governo brasileiro, no Comitê de Peritos em


Transporte de Produtos Perigosos da ONU.

Ações de Fiscalização:

â Revisão da Portaria Nº 349, que aprova instruções para fiscalização do transporte


rodoviário de produtos perigosos.

â Estabelecimento de Convênio com Polícia Rodoviária Federal para a realização das ações
de fiscalização do transporte de produtos perigosos nas rodovias federais.

â Implementação de programa de inspeção do transporte ferroviário de produtos perigosos


no território nacional, inclusive quanto às regras do Mercosul.

â Concepção, preparação e desenvolvimento de programa de treinamento para agentes de


fiscalização do transporte terrestre de produtos perigosos.
LEGISLAÇÃO DO TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS

Decreto-Lei Nº 2.063 (6/10/83) dispõe sobre a regulamentação do transporte de Produtos


Perigosos.

Decreto Nº 96.044 ( 18/5/88 ) aprova o regulamento do transporte rodoviário de produtos


perigosos.

Decreto Nº 4.097 (23/1/02) altera a redação de artigos do Decreto Nº 96.044 e do Decreto Nº


98.973.

Decreto Nº 1.832 (5/3/96) aprova o Regulamento do Transporte Ferroviário.

LEGISLAÇÃO ATUAL

Decreto-Lei Nº 2.063

Decreto Nº 1832( RTF )

Projeto de Lei PL Nº 1155C/95

Decreto Nº 96.044

Decreto Nº 4.097

Decreto Nº 98.973

Proposta de Decreto Nº 50.000.02761/95-18

Portarias do CONTRAN; DENATRAN; INMETRO e MINISTÉRIO DO TRABALHO.


LEGISLAÇÃO DE AMBITO DO MERCOSUL

 Decreto nº 1797/96 – Acordo de Alcance Parcial para facilitação do Transporte


Terrestre de Produtos Perigosos, entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

 Decreto nº 2.866/98 – Estabelece o Regime de Sanções e Penalidades, no âmbito do


Mercosul.

 Portaria nº 22/01 – Aprova Instruções de Fiscalização do Transporte Rodoviário de


Produtos Perigosos, no âmbito do Mercosul.

 Resolução nº 82/00 – Aprova Instruções de Fiscalização do Transporte Ferroviário de


Produtos Perigosos no âmbito do Mercosul.

PRODUTOS PERIGOSOS.

Para fins de transporte, por via pública, considera-se como PRODUTO PERIGOSO
substâncias encontradas na natureza ou produzidas por qualquer processo que possuam
propriedades físico-químicas, biológicas ou radioativas que representem risco para a saúde
de pessoas, para a segurança pública e para o meio ambiente.

Para os efeitos da Regulamentação de Transporte é considerado PRODUTO


PERIGOSO o relacionado em Resolução ANTT.

RESOLUÇÃO 420 – DISPOSIÇÕES GERAIS.

Ninguém pode oferecer ou aceitar produtos perigosos para transporte se tais não estiverem
adequadamente classificados, embalados, marcados, rotulados, sinalizados conforme
declaração emitida pelo expedidor, constante na documentação de transporte e, além disso,
em desacordo com as condições de transporte exigidas no Regulamento.

RESPONSABILIDADES.

FABRICANTE / IMPORTADOR

- Fornecer ao Transportador

· as informações relativas aos cuidados a serem tomados no transporte e manuseio do


produto, assim como as necessárias ao preenchimento da Ficha de Emergência;

· especificações para o acondicionamento do produto.

- O importador de produto perigoso assume, em território brasileiro, as obrigações e


responsabilidades do fabricante.

EXPEDIDOR / CONTRATANTE DO TRANSPORTE

• Exigir o uso de veículos e equipamentos em boas condições operacionais e adequados


para a carga a ser transportada;

• É responsável pelo acondicionamento do produto, adotando todas as precauções


quanto à compatibilidade;

• Entregar os produtos rotulados, etiquetados e marcados, bem assim como os rótulos


de risco e os painéis de segurança:
• Exigir o emprego dos rótulos de risco e painéis de segurança.

• Entregar os produtos rotulados, etiquetados e marcados, bem assim como os rótulos


de risco e os painéis de segurança:

• Exigir o emprego dos rótulos de risco e painéis de segurança;

TRANSPORTADOR

• Dar adequada manutenção e utilização aos veículos e equipamentos;

• Fazer acompanhar as operações executadas pelo expedidor;

• Providenciar e instruir sobre o uso do conjunto de equipamentos necessários às


situações de emergência;

• Zelar pela qualificação do pessoal envolvido, proporcionando treinamentos, exames


de saúde e condições de trabalho;

• Providenciar a correta utilização dos rótulos de risco e painéis de segurança;

• Treinamento específico - Programa do CONTRAN proposto pelo MT.

CONDUTOR

• Deverá possuir um certificado de habilitação, através de um curso de treinamento


específico ( MOPP – Resolução 91/99 - CONTRAN );

• É o responsável, durante a viagem, pela guarda, conservação e bom uso dos


equipamentos e acessórios do veículo;

• Não participará das operações de carregamento, descarregamento e transbordo da


carga, salvo se devidamente orientado pelo expedidor/destinatário e com anuência do
transportador;

• Como todos que participam destas atividades, deve utilizar os equipamentos de


proteção individual.

• Devem garantir a segurança compatível com os riscos transportados;


• Durante as operações de carga, transporte, descarga, transbordo, limpeza e
descontaminação, os veículos e equipamentos utilizados deverão portar os rótulos de
risco e painéis de segurança;

• Os veículos deverão portar o conjunto de equipamentos para situações de emergência


indicado em norma e tacógrafo;

• Todos os veículos e equipamentos rodoviários, destinados ao transporte a granel


devem possuir o Certificado de Capacitação fornecido pelo INMETRO;

EXIGENCIAS – CARGAS E ACONDICIONAMENTO.

• O produto fracionado deverá ser acondicionado de forma a suportar os riscos de


carregamento, transporte, descarregamento e transbordo;

• No transporte fracionado, também as embalagens externas deverão estar rotuladas,


etiquetadas e marcadas de acordo com a classificação e o tipo de risco;

• É proibido o transporte no mesmo veículo com outro tipo de mercadoria ou com


outro produto perigoso, salvo se houver compatibilidade;

• É proibido o transporte juntamente com alimentos, medicamentos, animais ou objetos


de uso humano ou animal, salvo se os produtos estiverem em pequenos cofres
distintos;

ITINERÁRIO E ESTACIONAMENTO.

• Evitar o uso de vias em áreas densamente povoadas, reservatórios de água ou reservas


florestais;

• Verificar a existência de restrições ao tráfego de veículos transportando produtos


perigosos;

• Estacionar somente em áreas previamente determinadas pelas autoridades


competentes;

• Evitar o estacionamento em zonas residenciais e logradouros públicos;


• Quando parar, por motivo de emergência, em local não autorizado, o veículo deverá
permanecer sinalizado e sob vigilância do condutor ou da autoridade local.

DOCUMENTAÇÃO.

• Documento Fiscal com nome e número apropriado para embarque, classe ou


subclasse, e declaração do expedidor atestando a adequação do acondicionamento do
produto;

• Ficha de Emergência e Envelope para o Transporte, emitidos pelo expedidor,


preenchidos conforme instruções fornecidas pelo fabricante ou importador do produto
a respeito do que fazer e como proceder em caso de emergência e telefones de
autoridades;

• Certificado de Capacitação do veículo e dos equipamentos usados no transporte de


produtos perigosos a granel; expedido pelo Inmetro ou por entidade credenciada;

• Admite-se o Certificado Internacional de Capacitação de equipamentos para o


transporte de produtos perigosos a granel;

ACIDENTES, EMERGÊNCIAS OU AVARIAS.

• Nos casos que obriguem a imobilização do veículo, o condutor deve adotar as medidas
indicadas na Ficha de Emergência e no Envelope de Transporte e dar ciência às
autoridades de trânsito informando a ocorrência, local, classe e quantidades dos
produtos transportados;

• Em função da dimensão da emergência, a autoridade que atender o caso determinará


ao expedidor ou ao fabricante do produto a presença de técnicos ou pessoal
especializado;

• O fabricante, o expedidor e o destinatário darão apoio e prestarão os esclarecimentos


que lhes forem solicitados pelas autoridades públicas;
PROCEDIMENTOS EM CASO DE EMERGÊNCIA

• Adotar as medidas indicadas na ficha de emergência e no envelope para o transporte,

• Avisar a autoridade de trânsito, detalhando a ocorrência, local, classes e quantidades


dos materiais transportados

• O contrato de transporte deve designar quem suportará as despesas decorrentes da


assistência à emergência. Caso contrário o ônus caberá ao transportador;

• Todo manuseio do produto deve ser realizado por pessoal qualificado e com
equipamento de proteção individual

OBSERVAÇÕES:

• A declaração do expedidor, quando se tratar de exportação ou importação, será aceita


no idioma oficial dos países de origem acompanhado de tradução no idioma do país
de destino;

• A documentação, rótulos, etiquetas e outras inscrições serão válidas e aceitas no


idioma oficial dos países de origem ou destino;

• As instruções das Fichas de Emergências serão redigidas nos idiomas oficiais dos
países de origem, trânsito e destino, tanto para expedições no âmbito do Mercosul
quanto para os demais fluxos de importação e exportação.

MEDIDAS DE SEGURANÇA PARA PRODUTOS PERIGOSOS.

O funcionamento das edificações com áreas reservadas para manipulação, estoque e


movimentação interna de produtos perigosos fica condicionada à autorizaçào e
fiscalização dos órgãos competentes para expedição do alvará de funcionamento, após o
projeto ter sido aprovado pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São
Paulo.
Por analogia, não se aplicam as disposições desta Instrução a todas as edificações que
armazenem até as quantidades consideradas isentas previstas na tabela do Decreto nº
96044/1988.

Deve ser mantida uma distância mínima entre as áreas com a presença de produtos
perigosos de pelo menos quatro metros. Deve haver a construção de canaletas de coleta e
contenção em número suficiente para garantir o abandono das pessoas e a intervenção das
guarnições do Corpo de Bombeiros durante 30 minutos.

A canaleta de coleta e contenção deve ser executada de forma a não permitir a mistura de
produtos incompatíveis.

Para todas as classes de produtos perigosos devem ser previstas guaritas externas a
edificação em área mais afastada junto ao perímetro externo, de fácil acesso, com
Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para atuação de estancamento e resgate de
pessoas em área contaminada, além de indicação do tipo de EPI mais adequado ao tratamento
do produto, com a devida Ficha de Emergência (NBR 7503) dos produtos manipulados na
edificação.

Nas edificações que recebam caminhões-tanque ou contêineres-tanque em seus pátios


internos devem ser previstos pelo menos uma vaga para estacionamento de veículo
com vazamento para controle e contenção do produto transportado.

A área da edificação deve ser identificada de tal forma que impeça o acesso de pessoas
não autorizadas, preferencialmente com qualquer obstáculo físico o qual impeça o in -
gresso.

Independentemente de possuir brigada de incêndio,os vigilantes, motoristas e pessoal


de logística devem ser treinados nas primeiras ações emergenciais envolvendo produ -
tos perigosos, tendo como base o currículo do Curso de Movimentação de Produtos
Especiais - MOPE.

As classes de armazenagem de gases perigosos devem possuir, as mesmas proteções


ativa e passiva determinadas pela IT-28 Proteção na área de produção, utilização e
comercialização de gás liqüefeito de petróleo (GLP), desde que tenham riscos primário
ou subsidiário de inflamabilidade;

A classificação de áreas de armazenagem obedece ao mesmo critério da IT-28.

O local que armazene no mínimo 250 kg de gases infectantes, tóxicos ou corrosivos


devem ser observados os seguintes requisitos:

a ) possuir ventilação natural;

b) estar o recipiente protegido do sol, da chuva e da umidade;

c) estar afastado de outros gases envasados desde que não haja compatibilidade entre os
mesmos, e estar afastado, no mínimo, de 1,5m de ralos, caixas de gordura e de esgotos, bem
como de galerias subterrâneas e similares, quando possuírem peso específico maior que “1” .

Os locais de armazenamento classificados, de acordo com a IT-28, devem estar afastados no


mínimo 150 metros de locais de reunião de público, escolas, hospitais e habitações
unifamiliares, no caso de gases infectantes, tóxicos e corrosivos com limite de tolerância
abaixo de 500mg/kg.

No laboratório é exigido sistema de detecção e alarme para vazamentos, de forma a permitir


leituras de no mínimo 10% do limite de tolerância das substâncias manipuladas, com
acionamento em no máximo três segundos.

Em todas as classes de instalações fixas de gases deve-se adotar o painel de segurança e rótulo
de risco, especificados por meio da NBR 7500, sendo as quantidades especificadas, conforme
segue:

a) uma placa, quando se tratar de área de armazenamento classe I ;


b) duas placas, quando se tratar de área de armazenamento classe II

c) quatro placas, quando se tratar de área de armazenamento classe III;

d) seis placas, quando se tratar de área de armazenamento classe IV, e

e) oito placas, quando se tratar de área de armazenamento de classe V ou VI.

Instalações nucleares ou radiativas

Estas instalações devem obedecerão o Decreto nº 46076/2001 no que couber, além das
exigências específicas das normas do CNEN.

Na solicitação de vistoria final do CB, deverá ser apresentado a autorização de fun -


cionamento expedida pelo CNEN, de acordo com as normas CNEN-NE 1.04, 6.02 e
6.04.

Sistema de contenção e drenagem

A ocupação com a presença de produtos perigosos em estado líquido deve ser contor -
nada por uma canaleta de contenção, que, interligadas entre si, conduzem a um tanque
de contenção. As canaletas de drenagem devem ser revestidas com material imperme -
ável, compatível com os produtos, com as dimensões mínimas de 0,2 m de largura por
0,15 m de profundidade, com inclinação para o tanque de contenção de modo a permi -
tir um rápido escoamento do líquido ou das águas residuais de combate a incêndio ou
rescaldo.
No caso de acúmulo de líquido, a mistura só pode ser retirada do tanque por meio de
bomba a ar comprimido, anti-explosão e corrosão, e compatível com o produto a ser
bombeado.

A canaleta de contenção deve ser construída em nível com caixa sifonada, de forma a
impedir que o produto contido escoe para outras canaletas, evitando, em caso de incên -
dio ou contaminação que os riscos se propaguem para outra edificação e/ou áreas de
risco.

A canaleta deve receber grade, de forma a impedir o assoreamento e resistir à pas-


sagem de veículos em harmonia com a IT-06 ( acesso de viaturas de bombeiros ).

A bacia de contenção deve possuir um volume que possa abrigar o líquido e o agente
extintor durante 30 minutos de combate ao sinistro, demonstrado em planílha de cálcu -
los.

Iluminação

O sistema elétrico deve ser todo blindado e garantir uma boa visibilidade em toda a
área, inclusive quando for acionada a iluminação de emergência, privilegiando-se os
locais de guarda dos equipamentos de proteção individual, materiais de controle de
vazamentos e rotas de fuga ( NBR 5413, 5382 e 10898 ).
Equipamentos de proteção individual (EPI)

O número de conjuntos EPI deve ser igual ao número de pessoas habilitadas e creden -
ciadas a lidar com os produtos. O conjunto EPI consiste em:

a) luvas para produtos perigosos em cano longo;

b) capacetes de boa resistência;

c) máscara panorâmica com filtro para o produto ou polivalente ou EPR, de acordo


com o tipo de proteção exigido;

d) roupa encapsulada para ações de controle de vazamentos (nível A, B ou C),

e) botas para uso em produtos perigosos.

Nota. O fabricante dos produtos perigosos deverá indicar o tecido e/ou o material do
EPI compatível com os produtos, para melhor segurança dos usuários, Os EPI deverão
ser cetificados com fé pública por órgão de certificacao nacional.

Sinalização

Além da sinalização de paredes e pilares para a fácil localização dos sistemas ativo e
passivo de prevenção e combate a incêndios, o gerente de logística de produtos
perigosos deve reunir todas as informações necessárias para estabecer o diagnóstico da
situação, para serem expressas em um plano de intervenção de incêndio, sob a orien -
tação do Comandante do Posto de Bombeiros do CBPMESP, mais próximo da edifi -
cação, contemplando:

a) identificar dos riscos existentes conforme mapa de riscos físicos, químicos e bi -


ológicos expressos na Portaria nº 25, de 29dez94 do Ministério do Trabalho;

b) identificar com círculos coloridos os riscos

físicos, químicos e biológicos de acordo com sua grandeza;

c) indicar o número de trabalhadores expostos aos riscos, e o tempo de evasão da edi -


ficação;

d) anexar ao PPI os nomes e apelidos comerciais dos produtos perigosos, com suas re -
spectivas fichas de emergência ( NBR 7503 ) e seu local de armazenamento e estoque;

e) seguir as orientações sobre sinalização e rotulagem de embalagens externas e inter -


nas para acondicionamento de produtos, conforme o capítulo 8 da Portaria 204 do
Ministério dos Transportes, com seus respectivos ensaios de manuseio. É vedada a
presença de animais, alimentos e medicamentos de consumo humano e animal junto
com produtos perigosos, salvo se houver compatibilidade entre os produtos, e

a) pintar todas tubulações externas na edificação de acordo com o produto na qual ela
é utilizada (NBR6493).
DESCRIÇÃO DA NBR 7501 TRANSPORTES PERIGOSOS TERRESTRES TERMI-
NOLOGIA.

Agente extintor : Produto utilizado para extinção do fogo.

Almofada: Dispositivo de material impermeável e antifaiscante que não é atacado pelo


produto transportado e que se molda à superfície do recipiente.

Armazenamento temporário no decorrer do transporte: Armazenamento ocorrido


entre a saída do produto do expedidor e a entrega do mesmo ao destinatário.

Asfixiante: Gás não tóxico que pode causar inconsciência ou morte pela redução da
concentração de oxigênio ou pela total troca de oxigênio no ar.

Artigo explosivo : Produto que contém uma ou mais substâncias explosivas.

Avaliação de emergência: Observação da unidade de transporte e das adjacências


imediatas, visando verificar e avaliar a iminência de uma emergência e a possibilidade
de seu controle.

Baia: Local dem arcado para estacionamento de veículo.

Bitrem: Combinação de três equipamentos acoplados: a um caminhão trator (CT) trucado (ou
seja, com 3º eixo);

um semi-reboque dianteiro, acoplado à 5ª roda do CT acima e com a infra-estrutura


prolongada na traseira, de modo a permitir a instalação de uma outra 5ª roda sobre ela, à
qual deve ser acoplada;

um semi-reboque traseiro.

Ambos os semi-reboques têm suspensão de dois eixos (Peso Bruto Total Combinado (PBTC)
= 57 ton).

Bitrenzão: Bitre m com suspensão de três eixos nos semi-reboques, caminhão trator traçado e
PBTC = 74 ton.

Boca-de-visita: Abertura destinada a permitir o acesso ao interior do tanque de


carga, podendo também ser utilizada como conexão para enchimento. Deve ser
provida de tampa com meios apropriados de vedação, estanque à pressão de
trabalho, de abertura rápida ou não.

Canaleta de contenção: Dispositivo destinado a conter parte ou todo o


produto vazado do(s) veículo(s) estacionado(s) na baia que circunda.

Canaleta de drenagem: Dispositivo destinado a receber o produto da canaleta de


contenção e a realizar a drenagem para o tanque de contenção.

Capacidade extintora: Medida do poder de extinção de fogo de um extintor,


obtida em ensaio prático segundo normas específicas.

Carga a granel: Produto que é transportado sem qualquer embalagem, sendo


contido apenas pelo equipamento de transporte (tanque, vaso, caçamba ou
contêiner-tanque).

Carga embalada : Produto que, no ato de carregamento, descarregamento ou


transbordo do veículo transportador, é manuseado juntamente com o seu recipiente
(embalagem).

Compartimento: Cada um dos espaços estanques de um tanque de carga, destinado a conter e


medir líquidos.

Conjunto: Veículo contendo um tanque de carga sobre seu chassi.

Conjunto bocal

Contêiner: Rec eptáculos especiais concebidos e equipados para serem


transportados em um ou mais meios de transporte (transporte intermodal). São
providos de dispositivos (ganchos, anéis, suportes, roldanas, etc.) para facilitar a
movimentação da carga a bordo do veículo. São de construção sólida para
permitir o uso repetido. Prestam-se aos transporte porta-a-porta de mercadorias
sem troca de embalagem desde o ponto de partida até o local de chegada.

Contêiner-tanque: Contêiner montado em armação apropriada que permite


a sua acomodação num veículo qualquer.

Corrosivo: Substância que, por ação química, causa severo dano quando em
contato com tecidos vivos ou, em caso de vazamento, danifica ou mesmo destrói
outra carga ou o próprio veículo, podendo apresentar também outros riscos.

Criogênico: Substância que torna-se liquefeita quando refrigerada a temperaturas inferiores a


150°C.

Descontaminação: Processo que consiste na remoção física dos contaminantes


ou na alteração de sua natureza química para substâncias inócuas.

Desvaporização : Remoção dos gases ou vapores inflamáveis do interior de um tanque.

Dispersão de vapor: Movimento de uma nuvem no ar devido à ação do vento e da densidade


do produto.

Documento de controle ambiental: Documento emitido por órgão ambiental,


que permite conhecer e controlar a forma de destinação dada pelo gerador,
transportador e receptor dos resíduos.

Documento de controle de resíduos perigosos: Documento emitido pelo


gerador quando não houver o documento de controle ambiental, que permite
conhecer e controlar a forma de destinação dada pelo gerador, transportador e
receptor dos resíduos perigosos.

Embalagem: Recipiente e qualquer outro componente ou material necessário


para que o recipiente desempenhe sua função de contenção.

Embalagem confiada ao transporte: Aquela destinada ao transporte. São enquadradas nesta


definição:

a) quaisquer embalagens, em especial as de pequenas dimensões, como latas,


frascos, bombonas, etc., colocadas no interior de uma embalagem confiada ao
transporte, como caixas de papelão, de madeira, engradado, etc.;

b) quaisquer embalagens transportadas sobre paletes, quando agrupadas por filme plástico;

c) quaisquer embalagens transportadas, quando agrupadas por filme plástico.

Emergência: Ocorrência caracterizada por um ou mais dos seguintes fatos:

a) vazamentos, como, por exemplo, através de válvulas, flanges, tubulações,


acessórios, fissuras ou rupturas do vaso de transporte ou rupturas de embalagens ou
proteção;

b) incêndio e princípios de incêndio;

c) explosões;

d) colisões, abalroamentos, capotagem, quedas que causem ou tornem iminentes


as ocorrências das alíneas a),

b) e/ou c) desta seção;

e) eventos que venham a provocar as ocorrências citadas acima ou causem, de


qualquer modo, a perda de confinamento do(s) produto(s) transportado(s).

Envelope para transporte de produtos perigosos: Envelope impresso que


contenha as instruções e as recomendações em caso de acidentes e indique os
números de telefone para emergência.

Equipamento de proteção individual - EPI: Dispositivo ou produto de uso


individual utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção contra riscos à segurança e
à saúde no trabalho.

Equipamento de proteção respiratória: Equipamento que visa a proteção do


usuário contra a inalação de ar contaminado ou de ar com deficiência de oxigênio.

Equipamento para situação de emergência: Equipamento composto de equipamento


de proteção individual para motorista e ajudante (se houver), de equipamento para
sinalização e isolamento de avaria, acidente e emergência e extintor de incêndio para o
veículo e carga.

Espécime para diagnóstico: Quaisquer materiais humanos ou animais, incluindo, mas


não se limitando a dejetos, secreções, sangue e seus componentes, tecidos ou fluidos
teciduais, expedidos para fins de diagnóstico, mas excluindo animais vivos infectados.

Etiqueta: Elemento de identificação que fica preso à embalagem por amarração.


É um meio de se fornecer informações complementares, tal como rótulo, ou não, que
pode ser aplicado em qualquer volume, de forma que a figura fique seguramente presa.
Pode, eventualmente, ser portadora de um rótulo de risco.

Evacuação: Procedimento de deslocamento e relocação de pessoas e de bens, de um


local onde ocorreu ou haja risco de ocorrer um sinistro até uma área segura e isenta de
riscos.

Expedidor: Responsável pela expedição do produto (emissor da nota fiscal).

Explosão: Fenômeno físico ou químico que ocorre com grande velocidade de


propagação, havendo liberação de energia acumulada, que provoca vibração e
deslocamento de ar.

Explosão em massa: Aquela que afeta virtualmente toda a carga de maneira instantânea.

Explosivo: Substância sólida ou líquida (ou mistura de substâncias) que, por si mesma,
através de reação química, seja capaz de produzir gás a temperatura, pressão e
velocidade tais que possam causar danos à sua volta. Incluem-se nesta definição as
substâncias pirotécnicas, ainda que não desprendam gases.

Explosivo dessensibilizado: Substância explosiva que mediante a adição de


quantidade suficiente de água, álcool, água e álcool ou diluídas com outras
substâncias para formar uma mistura sólida homogênea, tem suas propriedades
explosivas suprimidas. Exemplo: nitrocelulose, que é transportada adicionando-se 30%
de água.

Extintor portát il: Extintor que pode ser transportado manualmente, com massa total que não
ultrapasse 20 kg.

Faixa de inflam abilidade: Faixa compreendida entre o limite inferior e o limite superior de
inflamabilidade.

Ficha de emergência para o transporte de produtos perigosos: Documento de


apenas uma folha, com os principais riscos do produto e as providências essenciais a
serem tomadas em caso de acidente.

Filtro: Parte do equipamento de proteção respiratória destinada a purificar o ar inalado.

Filtro combinado: Conjunto formado por um filtro mecânico e químico.


Filtro mecânico: Filtro destinado a reter as partículas em suspensão no ar.

Filtro químico: Filtro destinado a reter gases e vapores específicos no ar.

Gás: Substância que a 50°C tem uma pressão de vapor superior a 300 kPa ou é
completamente gasoso à temperatura de 20°C e à pressão normal de 101,3 kPa.

Gás asfixiante: Gás que dilui ou substitui o oxigênio normalmente existente na atmosfera.

Gás comprimido : Gás que, exceto se em solução, quando acondicionado sob


pressão para transporte, é completamente gasoso à temperatura de 20°C.

Gás em solução : Gás comprimido que, quando acondicionado para transporte, é dissolvido
num solvente.

Gás inflamável : Gás que, a 20°C e a pressão de 101,3 kPa, é inflamável quando em
mistura de 13% ou menos, em volume, com o ar; ou apresenta uma faixa de
inflamabilidade com o ar de no mínimo 12 pontos percentuais, indepen dentemente do
limite inferior de inflamabilidade.

Gás liquefeito: Gás que, quando acondicionado para transporte, é parcialmente líquido à
temperatura de 20°C.

Gás liquefeito r efrigerado: Gás que, quando acondicionado para transporte, torna-se
parcialmente líquido por causa de baixa temperatura.

Gás não-inflamável e não-tóxico: Gases transportados a uma pressão não-


inferior a 280 kPa, a 20°C, ou como líquidos refrigerados e que sejam
asfixiantes (gases que diluem ou substituem o oxigênio normalmente existente
na atmosfera), ou sejam oxidantes (gases que, geralmente por fornecerem
oxigênio, causem ou contribuam, mais do que o ar, para a combustão de outro
matéria), ou não se enquadrem em outra subclasse.

Gás tóxico: Gás reconhecidamente tão tóxico ou corrosivo para pessoas, que
constitui risco à saúde; ou que é supostamente tóxico ou corrosivo para pessoas
por apresentar um valor de concentração letal (CL50) igual ou inferior a 5 000
mL/m3 (ppm).
Gerador: Aquel e que gera resíduos através de atividade ou processo industrial.

Grade para can aleta: Dispositivo de proteção da canaleta, resistente aos ataques
de agentes químicos e capaz de suportar a movimentação de veículos.

Grau de risco: Nível de efeitos adversos que um dado produto pode ou não
apresentar, considerando sua composição, finalidade e modo de uso.

Iluminação de emergência: Sistema automático que tem por finalidade a


iluminação de ambientes, sempre que houver interrupção do suprimento de
energia elétrica da edificação, para facilitar, por exemplo, a saída dos veículos
estacionados e das pessoas do local, quando necessário.

Incêndio: Resultado de uma reação química que produz luz e calor.

Incompatibilidade química: Risco potencial entre dois ou mais produtos de


ocorrer explosão, desprendimento de chamas ou calor, formação de gases,
vapores, compostos ou misturas perigosas, assim como alterações de
características físicas ou químicas originais de qualquer um dos produtos.

Inflamável: Qualquer substância sólida, líquida, gasosa ou em forma de vapor,


que pode entrar em ignição com facilidade e queimar rapidamente.

Isolamento: Conjunto de ações destinadas a impedir a propagação de um


acidente a outras regiões além daquela diretamente afetada pelo evento.

Limite inferior d e explosividade ou de inflamabilidade - LIE: Mínima


concentração de gás ou vapor que, misturada ao ar atmosférico, é capaz de
provocar a combustão do produto, a partir do contato com uma fonte de
ignição. Concentrações de gás ou vapor abaixo do LIE não são combustíveis,
pois, nesta condição, tem-se excesso de oxigênio e pequena quantidade do
produto para queima; é a chamada “mistura pobre”.

Limite superior de explosividade ou de inflamabilidade - LSE: Máxima


concentração de gás ou vapor que, misturada ao ar atmosférico, é capaz de
provocar a combustão do produto, a partir de uma fonte de ignição.
Concentrações de gás ou vapor acima do LSE não são combustíveis, pois, nesta
condição, tem-se excesso de produto e pequena quantidade de oxigênio para que a
combustão ocorra; é a chamada “mistura rica”.

Limite de explosividade ou de inflamabilidade: Concentração percentual


em volume, de gases ou vapores inflamáveis no ar, em condições ambiente de
pressão e temperatura, que podem inflamar-se em contato com uma fonte de
ignição. A menor e a maior concentrações de gases ou vapores no ar que podem
inflamar-se indicam, respectivamente, o limite inferior de explosividade ou
inflamabilidade (LIE) e o limite superior de explosividade ou inflamabilidade
(LSE).

Líquido inflamá vel: Líquidos, mistura de líquidos ou líquido que contenha


sólido em solução ou suspensão (por exemplo: tintas, vernizes, lacas etc;
excluídas as substâncias que tenham sido classificadas de forma diferente, em
função de suas características perigosas), que produza vapor inflamável à
temperatura de até 60,5°C, em ensaio de vaso fechado, ou até 65,6°C, em
ensaio de vaso aberto, normalmente referido como ponto de fulgor. Inclui
também os líquidos oferecidos para transporte a temperatura igual ou superior a
seu ponto de fulgor e substância transportada ou oferecida para transporte a
temperatura elevada, em estado líquido, que desprenda vapor inflamável a
temperatura igual ou inferior à temperatura máxima de transporte.

Máscara de fuga: Equipamento de proteção respiratória constituído por bocal


preso pelos dentes e com vedação nos lábios do usuário, através do qual o ar é
inalado e exalado enquanto o nariz fica fechado por uma pinça nasal.

Material físsil: Abrange urânio-233, urânio-235, plutônio-239, plutônio-


241, ou qualquer combinação desses radionuclídeos. Excetuam-se desta
definição: urânio natural ou urânio empobrecido não-irradiados, e urânio
natural ou urânio empobrecido que tenham sido irradiados somente em reatores
térmicos.

Moldura: Faixa usada para envolver e ressaltar os símbolos.


Movimentação: Ato de movimentar um produto, veículo ou equipamento de um lugar para
outro.

Nome apropriado para embarque: Nome constante na relação de produtos


perigosos, a ser usado para descrever um artigo ou produto perigoso em
particular, em todos os documentos e notificações de transporte e, quando
apropriado, nas embalagens.

Nome técnico: Nome químico reconhecido ou outro nome correntemente


utilizado em manuais, periódicos ou compêndios técnicos ou científicos.
Nomes comerciais não devem ser empregados com este propósito. No caso
de pesticidas, deve ser usado, sempre que possível, um nome comum ISO.

Óculos de segurança: Equipamento de proteção individual para os olhos.

Oxidante: Substância que, embora não sendo necessariamente combustível, pode,


em geral por liberação de
oxigênio, causar a combustão de outros materiais ou contribuir para isso. Tais
substâncias podem estar contidas em um artigo.

Painel de segurança: Retângulo padronizado de cor alaranjada, indicativo de


transporte terrestre de produtos perigosos.

Peça facial: Parte do equipamento de proteção respiratória que cobre as vias


respiratórias, podendo ou não proteger os olhos.

Peça facial inteira: Peça que cobre a boca, o nariz e os olhos. Também conhecida como
máscara panorâmica ou máscara facial total.

Peça semifacial : Peça que cobre a boca e o nariz, apoiando-se sob o queixo.
Também conhecida como máscara facial parcial, semimáscara ou máscara semifacial.
Peça semifacial filtrante: Peça constituída, parcial ou totalmente, de material filtrante.
Também conhecida como respirador para poeira.

Pequenos recipientes: Limitações de quantidades estabelecidas, para determinadas


classes de produtos perigosos, para as quais certas exigências relativas ao transporte são
dispensadas.

Perigo: Proprie dade inerente do sistema, da planta, do processo ou da substância,


que tem potencial para causar danos à vida, à propriedade ou ao meio ambiente.

Peróxido orgânico: Substância orgânica que contém a estrutura bivalente “-0-0-“


e pode ser considerada como
derivada do peróxido de hidrogênio, na qual um ou ambos os átomos de hidrogênio,
foi(ram) substituído(s) por radical(ais) orgânico(s). O peróxido orgânico é uma
substância termicamente instável e pode sofrer uma decomposição exotérmica auto-
acelerável. Além disso, pode apresentar uma ou mais das seguintes propriedades:
ser sujeito a decomposição explosiva; queimar rapidamente; ser sensível a choque
ou atrito; reagir perigosamente com outras substâncias; causar danos aos olhos.

Pessoa habilitada: Indivíduo treinado para desenvolver as atividades previstas no transporte


de produtos perigosos.
Placa autoportante: Placa de sinalização que permanece erguida sem necessidade de ajuda de
outros acessórios.

Ponto de fulgor : Menor temperatura na qual uma substância libera vapores em


quantidade suficiente para que a
mistura de vapor e ar, logo acima de sua superfície livre, propague uma chama, a
partir do contato com uma fonte de
ignição.

Princípio de incêndio: O momento inicial de um incêndio.

Produtos quimicamente incompatíveis para fins de transporte: Dois ou mais produtos


que, quando transportados
em uma mesma unidade de transporte, no caso de contato entre si (por vazamento,
ruptura da embalagem ou outra causa qualquer), possam apresentar alterações das suas
características físicas ou químicas, potencializando o seu risco de provocar
explosão, desprendimento de chamas ou de calor, formação de compostos,
misturas, vapores ou gases perigosos.

Protetor facial: Equipamento de proteção individual para proteção da face contra respingos de
produtos químicos.

Quantidade isenta: Quantidade igual ou inferior aos limites de quantidade por unidade
de transporte, estabelecidos na relação de produtos perigosos1, para os quais certas
exigências relativas ao transporte são dispensadas.

Reativo com água: Substância que, em contato com a água, reage violentamente,
gerando extremo calor e explosão ou que produz rapidamente gás ou vapor inflamável,
tóxico ou corrosivo.
Receptor de resíduos: Pessoa física ou jurídica responsável pela destinação final de
resíduos (reciclagem, tratamento e/ou disposição).

Redespacho: Ato praticado por qualquer agente de transporte ou não, que


implique descarregamento e novo carregamento.

Resíduos: Materiais resultantes de atividades da comunidade de origem: industrial,


doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição.

Classificados pela Portaria nº 204 do Ministério dos Transportes.

Resíduos perigosos: Substâncias, soluções, misturas ou artigos que contêm ou


estão contaminados por um ou mais produtos perigosos1), para os quais não há
um uso direto, mas que são transportados para fins de disposição final,
reciclagem, reprocessamento, eliminação por incineração, coprocessamento ou
outro método de disposição.

Revestimento interno: Camada de material quimicamente resistente, que


reveste internamente o tanque de carga, com a finalidade de impedir que ele
entre em contato com o produto transportado.

Risco: Possibili dade de ocorrência de perigo.


Rodotrem: Combinação de quatro equipamentos acoplados: um CT traçado (ou seja, com
duplo diferencial);

Um semi-reboque dianteiro, acoplado à 5ª roda do CT acima e dotado de engate traseiro para


reboque;

Um reboque-plataforma com 5ª roda (dolly), acoplado ao engate traseiro do


semi-reboque dianteiro e em cuja 5ª roda deve ser acoplado;

Um semi-reboque traseiro, geralmente idêntico ao dianteiro, permitindo sua intercambialiade.


Ambos os semi-reboques, assim como o dolly, têm suspensão de dois eixos; PBTC = 74 ton.

Romeu e Julieta : Composto de um caminhão trator (sem 5ª roda) dotado de


carroceria montada sobre seu chassi e de engate traseiro para atrelar um reboque
carroceria, geralmente do mesmo tipo da dianteira (tanque, carga seca, gaiola,
etc.). Este equipamento está submetido ao regime de PBTC = 45 ton (máx.).

Rotulagem: Ato de identificar por impressão, por litografia, por pintura, por
gravação a fogo, por pressão ou por decalque. Inclui a complementação sob a
forma de etiqueta, carimbo indelével, bula ou folheto. Pode ser aplicada em
quaisquer tipos de embalagem unitária de produtos químicos ou afins, ou
sobre qualquer outro tipo de protetor de embalagem.

Rótulo: Element o que apresenta símbolos, figuras e/ou expressões


emolduradas, referentes à natureza, ao manuseio, aos riscos e à identificação do
produto.

Rótulo de risco: Rótulo com a forma de um quadrado apoiado sobre um


dos seus vértices (forma de um losango/diamante), que apresenta símbolos,
figuras e/ou expressões emolduradas, referentes à classe/subclasse do produto
perigoso.

Rótulo de segurança: Local onde constam a identificação do produto e as


informações primárias de manuseio, armazenamento, emergência, transporte e
descarte. Deve ser impresso ou litografado; pintado ou gravado a fogo; aderido
por pressão ou decalque ou carimbado de forma indelével, aplicado sobre
quaisquer tipos de embalagem de produtos químicos.
Símbolo: Figura com significado convencional, usada para exprimir
graficamente um risco, um aviso, uma recomendação ou uma instrução, de
forma rápida e facilmente identificável.

Simbologia: Elemento que apresenta símbolos, figuras e expressões


referentes à natureza, ao manuseio, ao armazenamento e ao transporte para
identificação do produto. Compreende símbolos de perigo, símbolos de manuseio,
rótulos de risco, rótulos especiais e painéis de segurança.

Sólido inflamá vel: Sólido que, em condições de transporte, seja facilmente


combustível, ou que, por atrito, possa causar fogo ou contribuir para tal;
substância auto-reagente que possa sofrer reação fortemente exotérmica;
explosivo sólido insensibilizado que possa explodir se não estiver suficientemente
diluído

Solubilidade: H abilidade ou tendência de uma substância misturar-se uniformemente com


outra.

Substância infectante: Substância que contém patógeno ou esteja sob suspeita


razoável de tal. Patógeno é um
microorganismo (incluindo bactérias, vírus, rickéttsias, parasitas, fungos) ou
microorganismo recombinante (híbridos ou mutantes) que possa - ou esteja sob
suspeita razoável de poder - provocar doenças infecciosas em seres humanos ou
em animais.

Substância piro fórica: Substância, incluindo mistura e solução (líquida ou


sólida), que, mesmo em pequenas quantidades, inflama-se dentro de 5 min após
contato com o ar.

Substância piro técnica: Substância, ou mistura de substâncias, concebida para


produzir um efeito de calor, luz, som, gás ou fumaça, ou a combinação destes,
como resultado de reações químicas exotérmicas auto-sustentáveis e
nãodetonantes.

Substância que , em contato com a água, emite gases inflamáveis: Substância que,
por interação com água, pode tornar-se espontaneamente inflamável ou liberar gases
inflamáveis em quantidades perigosas.
Substância radioativa: Substância que apresenta radioatividade superior a 7,4 x
107 Bq (0,002 microcurie por grama).

Substância sólida: Substância viscosa com um tempo de escoamento, a 20°C,


superior a 10 min em orifício DIN-CUP de 4 mm (correspondente a um tempo de
escoamento superior a 690 s a 20°C, em copo Ford nº 4, ou a mais de 2860 cs), exceto
se houver uma indicação explícita ou implícita em contrário.

Substância sujeita à combustão espontânea: Substância sujeita a aquecimento


espontâneo nas condições normais de transporte ou que se aquece em contato com
o ar, sendo, então, capaz de se inflamar. São as substâncias pirofóricas e as passíveis
de auto-aquecimento.

Substância sujeita a auto-aquecimento: Substância (pirofórica exclusive) que, em


contato com o ar, sem fornecimento de energia, pode se auto-aquecer. Essa substância
somente se inflama quando em grandes quantidades (quilogramas) e após longos
períodos (horas ou dias).

Substância tóxica: Substância capaz de provocar a morte, lesões graves ou danos à


saúde humana, se ingerida, inalada ou se entrar em contato com a pele.

Tanque compartimentado: Tanque de carga constituído de vários compartimentos


independentes uns dos outros.

Tanque de carga : Recipiente fechado, montado permanentemente sobre o


chassi de um veículo, isolado termicamente ou não, e com estrutura, proteção e
acessórios para acondicionar, medir e transportar líquidos a granel.

Tanque de contenção: Reservatório destinado a receber o líquido oriundo das canaletas de


drenagem.

Taxa de expansão: Relação entre o volume gerado pela evaporação de uma substância
no estado gasoso e seu volume inicial no estado líquido, nas mesmas condições de
pressão e temperatura.

Tirante: Dispos itivo para fixação da almofada ao recipiente, feito com material antifaiscante.

Trabalho a quente: Trabalho no qual podem ser produzidas centelhas ou chamas, ou que
pode gerar calor de suficiente intensidade para se constituir em fonte de ignição.

Transbordo: Transferência de carga de uma unidade de transporte para outra.

Transportador: Pessoa física ou jurídica que transporta produtos e/ou resíduos


por qualquer modalidade de transporte.

Transporte de resíduos: Toda movimentação de resíduos por qualquer modalidade de


transporte.

Treminhão: Caminhão trator (CT) com carroceria sobre seu chassi, tracionando dois
reboques. O CT para tração deve ser do tipo 6x4; o PBTC = 74 ton.

Unidade de acondicionamento: Recipiente destinado a conter a carga a ser transportada,


por exemplo: tanque de carga, carroceria, caçamba, contêiner, contêiner-tanque, etc.

Unidade de transporte: Conjunto formado por uma ou mais unidades de


acondicionamento e um meio de tração e/ou propulsão, compreendendo veículo de
carga e veículo-tanque para o transporte rodoviário, o vagão e o vagão-tanque para o
transporte ferroviário e o contêiner de carga e contêiner-tanque para o transporte
multimodal.

Vapor: Gás a uma temperatura inferior à sua temperatura crítica.

ATUAÇÕES DA BRIGADA DE EMERGÊNCIA NO

TRANSPORTE E CONTENÇÃO DE VASAMENTOS

DE PRODUTOS PERIGOSOS.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

. A atuação do Poder Público no que tange ao transporte rodoviário de produtos


perigosos deve não apenas assegurar condições ao desenvolvimento sócio-econômico, mas
prioritária e vinculadamente, a máxima proteção e preservação da segurança, da saúde e do
meio ambiente sadio e ecologicamente equilibrado;

Constitui dever do Poder Público, e não mera faculdade, a imposição de restrições ao


uso do solo e das vias terrestres, urbanas e rurais e respectivos equipamentos às operações
relacionadas ao transporte rodoviário de produtos perigosos.

As autoridades competentes circunscritas às vias terrestres deverão promover


levantamentos, vistorias, diagnósticos, estudos e realizar simulações de acidentes envolvendo
todas as operações com produtos perigosos, com a participação do Ministério da Saúde,
Ministério dos Transportes; dos órgãos e entidades executivos de trânsito e rodoviários da
União, do Estado e Município; da Polícia Militar, inclusive do Corpo de Bombeiros; da
Defesa Civil e da Agência Ambiental.

É dever do Poder Público adotar todas as medidas legais e administrativas visando


vedar o tráfego rodoviário de produtos perigosos nos túneis ainda não operados, ainda que
implantados, bem como restringir com máximo e inequívoco rigor a atividade naqueles já
existentes e já operados.

É dever do Poder Público produzir informações e dados relacionados ao transporte de


produtos perigosos, assim como sobre seus eventos, acidentes, veículos, cargas, produtos,
substâncias, materiais, normas de regência, sinalização, etc., disponibilizando-as e
divulgando-as à coletividade, com vistas inclusive à promoção da educação ambiental em
todos os níveis, e da conscientização pública para a preservação do meio ambiente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Norma Regulamentadora nº 9 - Ministério do Trabalho - Programa de Prevenção de Riscos


Ambientais;

- Norma Regulamentadora n.º 15 – Ministério do Trabalho – atividades e operações


insalubres;

- Norma Regulamentadora nº 16 – Ministério do Trabalho – alterada pelas Portarias nº 026


de 02 de agosto de 2000 e nº 545 de 10 de julho de 2000 – Atividades e Operações Perigosas;

- Norma Regulamentadora n.º 19 – Ministério do Trabalho – explosivos;

- Norma Regulamentadora n.º 20 – Ministério do Trabalho – líquidos combustíveis e


inflamáveis;

- Norma Regulamentadora nº 23 – Ministério do Trabalho – Proteção contra incêndios;

- Norma Regulamentadora n.º 26 – Ministério do Trabalho – sinalização de segurança;

- NBR 5382. 1985 – Verificação de Iluminância de Interiores;

- NBR 7501: 1989 - Transporte de Produtos Perigosos;

- NBR 5413: 1992 – Iluminância de Interiores;

- NBR 6493:1994 – Emprego de cores para identificação de tubulações;

- NBR 7195: 1995 – Cores de segurança;

- NBR 14064: 1998 – Atendimento a emergência no transporte de produtos perigosos;

- NBR 14095: 1998 - Área de estacionamento para veículo rodoviário de produtos


perigosos;

- NBR 7504: 1999 - Envelope de emergência;

- NBR 7500: 2000 – Símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento


de materiais perigosos;
- NBR 7503: 2000 - Ficha de emergência para o transporte de produtos perigosos;

- NBR 8285: 2000 - Preenchimento da ficha de emergência;

- NBR 9734: 2000 - Conjunto de equipamentos para avaliação e fuga em emergência


com produtos perigosos;

- NBR 9735: 2000 – Conjunto de Equipamentos para emergências no transporte de


produtos perigosos;

- NBR 10898: 1999 – Sistema de Iluminação de emergência;

- NBR 12710: 2000 – Proteção por extintores contra incêndio envolvendo produtos
perigosos;

- CNEN-NE 6.02 – Licenciamento de Instalações radiativas

- CNEN-NE 1.04 – Licenciamento de instalações nucleares

- CNEN-NE 6.04 – Funcionamento de instalações de radiografia Industrial

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