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ÍNDICE

INTRODUÇÃO.....................................................................................................................1
O BIÉ E O BAILUNDO..........................................................................................................2
Organização territorial...................................................................................................4
Reis do Bié até ao ano de 1890......................................................................................4
O BAILUNDO......................................................................................................................5
CONCLUSÃO......................................................................................................................6
INTRODUÇÃO
O presente trabalho com o tema Bié e o Bailundo poderemos falar das suas
origens, as suas regiões e a diversidade de suas tradições. Estes povos normalmente
estão localizados no planalto central (centro de Angola) que por sua vez as suas
histórias foram muito marcantes na sociedade angolana. Então falar desse povo é falar
um pouco da cultura e das tradições angolanas no planalto central. No entanto
poderemos fazer o detalhe de cada cultura, neste caso Bailundo que pertence na
província do Huambo e Bié que pertence na Província do Bié.
O BIÉ E O BAILUNDO
O Reino do Bié, também chamado de Reino Bieno ou Bwié, foi um Estado
nacional africano, localizado no Planalto Central de Angola, que teve como capitais as
localidades de Vilé (atual Ecovongo) e Belmonte (atual Kuíto).
Seu território compreendia boa parte das províncias de Bié e Huambo, além de
porções do Moxico, sendo uma das quatro grandes entidades nacionais dos ovimbundos.
Sua formação como entidade nacional se deu por volta de 1750, sob a égide do
Soma Inene (Rei) Viye, sendo que só foi finalmente subjugado pelo Império Colonial
Português em 1903.
O Planalto do Bié é habitado pelos Ovimbundu, essencialmente agricultores,
criadores de gado e ferreiros. A sua agricultura próspera permitiu produzir excedentes,
que foram utilizados no comércio com povos vizinhos. Essa prosperidade económica
permitiu uma maior consolidação do poder político dos diferentes reinos existentes,
nomeadamente Wambu-fundado por Wambu Kalunga-, Tchiyaka - fundado por
Tchilulu-, e Ndulu ou Andulo, fundado por Katekulu-Mengu. Existiam ainda outros
reinos, como o do Bailundo, fundado por Katiavala, Bié por Viye e Kakonda. Havia
ainda outros reinos no Planalto do Bié nomeadamente Ngalang, Sambu, Tchivula,
Tchingola, Tchikomba, Tchitata, Ekekete, Tchikuma, Kalulembe.

De todos esses Estados, o que registou maior grau de desenvolvimento foi o do


Bailundo. Situado entre os rios Kuvo e Kutato, contava com cerca de 450.000 habitantes
dispersos pelas/mais de 300 aldeias existentes.

Formação do Reino do Bié


As férteis terras altas do Planalto Central de Angola, também conhecidas como
nano, eram tradicionalmente cultivadas pelos povos bantos antes da chegada dos bienas
e bailundos. A invasão do início do século XVII, pelos povos imbangalas, levou a uma
fusão das duas populações e a subsequente criação dos reinos ovimbundos. Assim
nascia um dos estados ovimbundos mais poderosos, o reino do Bié, com muitas ombalas
(aldeia/cidade principal) e aldeias sob sua tutela. Sua formação política se deu entre o
século XVII e XVIII.
Conquista e fixação portuguesa
A região foi explorada pela primeira vez por mercadores portugueses em meados
do século XVII, iniciando o comércio de escravos, marfim, cera de abelha e borracha.
Confrontos ocasionais entre portugueses e os povos que habitavam no território da
província do Bié ocorreram nos séculos XVIII e XIX. Exércitos particulares
pertencentes a comerciantes e chefes tribais lutavam entre si pelo controle das rotas
comerciais. Após os portugueses derrotarem o reino do Bié e o reino Bailundo na guerra
de 1774-1778, os povos do palnalto permaneceram em paz compartilhando o controle
das rotas comerciais com o poder colonial.
A sede pelo controle da região levou a algumas campanhas militares, que
transformaram-se em grandes exercícios bélicos que marcaram a mudança nos rumos do
colonialismo lusitano, como foi o caso da Segunda Guerra Luso-Ovimbundo (1890-
1904). Este foi um conflito armado, ocorrido em território bienense, entre os reinos dos
povos ovimbundos, principalmente na figura dos reinos Bailundo, Huambo e Bié,
contra o Império Português, motivado pela ambição colonial pelo controle das rotas
comerciais e pelo súbito declínio do preço da borracha de raiz. Portugal venceu e
subjugou os povos do planalto central, restando somente um último grande bastião de
resistência no reino Cuanhama.
Fundação do distrito do Bié
Em 1902 é fundado o concelho do Bié, dependente do distrito de Benguela e a 2
de janeiro de 1922 é criada a câmara municipal do Cuíto; pelo decreto nº 134 de 1 de
maio de 1922, do então alto-comissário Norton de Matos, surge o distrito do Bié tendo
sido seu primeiro governador, Manuel Espregueira Góis Pinto.
Período das guerras
O Bié foi muito atingido pela Guerra de Independência de Angola, porém os
conflitos somente atingiriam a região em cheio no final da década de 1960, nos
confrontos entre Portugal, MPLA e UNITA. Durante a "Frente Leste", o MPLA, através
da III Região Militar, mantinha uma grande frequência de ataques do então distrito. Em
1973 a UNITA conseguiu expulsar as últimas unidades do MPLA ainda operantes em
Bié.
Durante Guerra Civil Angolana a região permaneceu como um dos grandes
bastiões da UNITA, sendo a última área sob domínio de Jonas Savimbi, quando este foi
morto em 2002.
Organização territorial
Os reinos do Planalto dividiam-se também em províncias, os Tumbus, e estes em
distritos. Cada Tumbu era constituído por numerosas aldeias e cada uma delas em
bairros. Os chefes de todas estas organizações eram os Muene. Os da província eram
nomeados pelo rei, os restantes eram nomeados pelo povo, depois de consultado o
Conselho de Velhos.

Reis do Bié até ao ano de 1859


·         Vyie (cerca de 1750);
·         Ulundu I;
·         Eyambi I;
·         Njilahulu I;
·         Kangombe I (coroado em 1795);
·         Kawewe I (1795);
·         Morna (Vasovava Il);
·         Mbandua I (1833 a 1839);
·         Kakembembe I (1839 a 1842);
·         Liambula I (1842 a 1847);
·         Kayangula I (1847 a 1850);
·         Mukinda I (1850 a 1857);
·         Nguvenge I (1857 a 1859);

O BAILUNDO
Entre os Bailundos, as propriedade da terra era colectiva. Militarmente muitos
fortes e bem organizados, lutaram de 1645 a 1776 contra a ocupação colonial
Portuguesa, praticamente sem tréguas nem concessões.
Bailundo é uma cidade e município da província do Huambo, em Angola. Tem 7
065 km² e cerca de 56 mil habitantes. É limitado a norte pelos municípios
de Cela e Andulo, a leste pelos municípios de Mungo, Cunhinga e Chinguar, a sul pelos
municípios de Cachiungo, Chicala-Choloanga e Huambo, e a oeste pelos municípios
de Ecunha, Londuimbale e Cassongue.
O município é constituído pela comuna-sede, correspondente à cidade de
Bailundo, e pelas comunas de Lunge, Luvemba, Bimbe e Hengue-Caculo.
A região do Bailundo era, anteriormente à organização política dos ovimbundos,
constituída de várias aldeias e ombalas (aldeia principal/cidade). Uma dessas ombalas
era a de Halã-Vala, assim denominada pela proximidade ao monte Halavala. Esta
ombala é a atual cidade do Bailundo.
Ela tornou-se a cabeça das demais ombalas próximas por influência
de Katyavala Bwila I, que, vindo do norte (Cuanza Sul), fundou o Reino Bailundo, o
maior, mais poderoso e influente reino da parte central de Angola. Halã-Vala era, assim,
a capital do reino.
A cidade de Halã-Vala e o Reino Bailundo mantiveram-se seguros e prósperos
até o final do reinado de Ekuikui II, quando seus sucessores entraram em atrito
com Portugal.
Queda do Bailundo e domínio colonial
Entre 1891 e 1903 Halã-Vala e o reino foram sucessivamente atacados
pelas tropas portuguesas comandadas inicialmente pelo capitão Justino Teixeira da
Silva, na Segunda Guerra Luso-Bailundo. O último dos reis que subsistiu independente
foi Mutu-ya-Kevela (1902-1903).
Em 1903 Halã-Vala cai definitivamente e, em 16 de julho de 1903, passa a
sediar uma guarnição portuguesa, passando a denominar-se Posto do Bimbe-Catapi,
data que é considerada a fundação do município; foi o primeiro município a ser fundado
a nível da província. Na criação, abrangia, além do próprio Bailundo, o Balombo, o
Huambo e o Sambo.
A circunscrição civil do Bailundo foi criada em 1911, ainda permanecendo
como vila. A sede municipal só foi elevada a cidade no ano de 1917.
Chegou a ser a capital do distrito do Huambo (predecessor da actual província de
mesmo nome) num breve período entre 1911 e 1912, sendo substituída pela vila
do Huambo. A localidade acabou por ser denominada de Teixeira da Silva, em 1928.
CONCLUSÃO
Chegamos à conclusão de que tanto a cultura do povo Bailundo como a cultura
do povo do Bié faziam sentir as suas tradições e que com estas tradições foram
marcando passos para demonstrar as tradições angolanas. Falar de Bailundo e Bié
remete-nos na imaginação dos tempos antigos que viveram os nossos antepassados e
como foram capazes de suportar a colonização dos portugueses. É muito importante
cada vez mais falar desta matéria atendo a sociedade actual, então falando deste
conteúdo facilita-nos ao saber a história dos nossos antepassados, como eles foram até
ao fim dos seus tempos.

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