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INTRODUÇÃO

A população angolana acusa uma composição bastante complexa. Cerca de 95% dos
angolanos são africanos bantu, pertencentes a uma diversidade de etnias. Entre estas, a
mais importante é a dos Ovimbundu que representam mais de um terço da população,
seguidos dos Ambundu com cerca de um quarto, e os Bakongo com mais de 10%.
Menor peso demográfico têm os Lunda - Côkwe, os Ovambo, os Nyaneka-Nkhumbi, os
Ganguela e os Xindonga. Existem ainda pequenos grupos residuais de Khoisan
(ocasionalmente designados como bosquímanos ou hotentotes), habitantes originais do
território da Angola de hoje (e, portanto pré-bantu).

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CONCEITO DE POPULAÇÃO

Uma população pode ser definida como um grupo de organismos pertencentes à mesma
espécie e que vivem em uma mesma área geográfica. Complementando esse conceito,
podemos dizer que esses organismos possuem maior chance de reproduzirem-se entre si
do que com outros grupos de indivíduos de outra região.

O tamanho de uma população é limitado pelo meio em que ela vive, uma vez que o
aumento exagerado, por exemplo, pode causar desequilíbrios ecológicos e afetar
também os indivíduos com os quais essa população interage. Podemos concluir,
portanto, que existe um tamanho ideal para cada população que se mantém mais ou
menos constante ao longo do tempo.

Ao estudar uma população, os ecólogos preocupam-se em analisar todos os fatores que


influenciam esse grupo de organismos, como o número de nascimentos e mortes. Além
disso, é fundamental analisar os movimentos migratórios, a quantidade de alimento
disponível, o número de predadores, entre outras variantes que afetam diretamente o
tamanho de uma população.

Como exemplo de população, podemos citar grupos de elefantes na savana africana ou


ainda os grupos de borboletas-monarcas no Canadá (veja imagem acima).

Uma comunidade, por sua vez, é formada por todos os organismos que vivem em uma
área, em um determinado período de tempo, ou seja, todas as populações viventes de
uma região. Alguns autores definem ainda a comunidade como a parte viva de um
ecossistema.

Ao analisar as características de uma comunidade, é possível observar como as


populações interagem e conhecer os processos ecológicos existentes nesse grupo de
organismos. Além disso, é possível entender como as espécies agrupam-se e como o
meio ambiente tem efeito sobre esses agrupamentos.

Como exemplo de comunidade, podemos citar os organismos que vivem no fundo dos
ambientes aquáticos (comunidade bentônica), tais como crustáceos, poliquetas,
equinodermos e algumas espécies de moluscos. Outro exemplo de comunidade é o
conjunto de plantas de uma área de floresta ou ainda os animais existentes em uma área
de Mata Atlântica.

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ESTRUTURA DA POPULAÇÃO ANGOLANA

O recenseamento geral da população e habitação de Angola, o primeiro desde a


independência do país, foi realizado entre 16 e 31 de maio de 2014, mobilizando cerca
de 105.000 recenseadores em todo o território, e os números provisórios, apresentados
em outubro do mesmo ano, apontavam para 24,3 milhões de habitantes.

Na divulgação dos resultados definitivos, o diretor do INE, Camilo Ceita, destacou a


subida da esperança média de vida em Angola, que agora está fixada, oficialmente, em
60,29 anos (57,59 anos nos homens e 63 anos nas mulheres), contra os últimos
indicadores conhecidos, que apontavam para 52 anos.

"Este é um número que vai surpreender muita gente", enfatizou o responsável. As


mulheres continuam a ser maioria da população em Angola, com 13.289.983, contra
12.499.041 homens. Acresce que 65% da população total tem até 24 anos.

Os dados definitivos, conhecidos 16 meses depois da informação preliminar, apontam


para uma densidade demográfica em Angola de 20,6 pessoas por quilómetro quadrado,
mas que na província de Luanda sobe para 368,9.

A província capital viu a população recenseada em 2014 subir para 6.945.386


habitantes, contra os cerca de 6,5 milhões dos dados preliminares. A província do
Bengo é a menos populosa de Angola, com pouco mais de 356.000 habitantes. Da
população total, 586.480 são cidadãos estrangeiros, equivalente a 2,3% do total,
concentrados, sobretudo em Luanda.

Cada mulher angolana tem em média 5,7 filhos, um número "ainda elevado", destacou o
diretor do INE, sublinhando igualmente que Angola apresenta uma taxa de crescimento
natural positiva de 2,7% e conta com 5.544.834 agregados familiares.

O censo angolano concluiu ainda que 7.803.810 de pessoas em Angola possuíam, na


altura, telemóvel e 2.119.946 acesso à Internet, mas em cada 100 agregados familiares
58 não fazia qualquer tipo de tratamento da água que consome. Em cada 100 habitantes
de Angola, 71 falam português, enquanto 23 falam a língua nacional umbundu, a
segunda mais falada.

Ao discursar na abertura da cerimónia de apresentação dos números definitivos do


censo, o ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República,

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Edeltrudes Costa, afirmou que este levantamento constituiu um "feito marcante" e que
os dados servirão para o Governo melhorar a planificação das intervenções públicas no
território e para uma distribuição "mais equitativa" dos recursos financeiros do Estado.

ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO JOVEM

Estrutura Etária da População Jovem

Relativamente aos grupos etários nota-se no gráfico, que o número da população de


8.133.507 diminui progressivamente à medida que aumenta a idade, tanto para os
homens como para as mulheres. De realçar que mais da metade 57,6% desta população
se encontra essencialmente no grupo etário dos 15-24, sem diferenças importantes entre
homens e mulheres.

Figura 1 Gráfico - Estrutura etária da população jovem

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Características Sociodemográficas da População Feminina em Angola
Em termos etários, a população feminina segue a tendência nacional em que 51% da
população angolana tem menos de 15 anos de idade, e apresenta uma estrutura jovem,
rondando a média de 21 anos e mediana de 15 anos. Em números, tal significa que, da
população com idade compreendida entre os 15-24 anos, 18,4%, ou 2.441.539 são do
sexo feminino; para a faixa etária dos 25-64, a percentagem cresce para 32,8% ou
4.356.274 pessoas. Por fim, 2,6% da população feminina tem 65 ou mais anos de idade
(Gráfico 2). O índice de envelhecimento para a população feminina nacional é de 5.5.
Este índice é bastante superior no espaço rural com o índice de 7.3, comparativamente
ao espaço urbano com índice de 4.0. Os dados para a população masculina evidenciam
um índice de envelhecimento de 4.3 a nível nacional; 2.8 urbano e 6.6 rural (INE,
2016).

Figura 2 Estrutura Etária da População Feminina

À jovialidade da população feminina acresce-se uma taxa de fecundidade de 5.7 filhos


por mulher no cenário nacional; 5.2 e 6.5 nos espaços urbano e rural, respectivamente.
No âmbito familiar, o cruzamento de dados entre o Censo de 2014 e o IIMS 2015-2016
mostram uma ligeira variação a nível da percentagem dos agregados chefiados por
mulheres. Assim, o número de agregados familiares geridos por mulheres decresce de
38% em 2014 (INE, 2016) para 35% em 2016 (INE; MINSA; MPDT e ICF
International, 2016) (Gráfico 3). Este dado influencia, por exemplo, a facilidade com
que os membros do agregado acederão a recursos naturais, energéticos, económicos e

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também à saúde e educação, bem como a forma como os rendimentos são distribuídos pelo
grupo familiar nuclear. A nível dos agregados familiares regista-se ainda um claro predomínio
de elementos do sexo feminino, particularmente nos grupos etários 15-44 e 50-54 (Pirâmide 2).

TAXA DE FECUNDIDADE EM ANGOLA

Angola tem das taxas de fecundidade mais elevadas do mundo, estimada em 6.2, na
qual cada mulher sexualmente activa tem entre dois a seis filhos, revelou o Ministério
da Saúde, num estudo sobre a Estratégia Nacional de Planeamento Familiar no período
2017-2021.

De acordo com o estudo, a taxa de fecundidade em Angola varia de 5.3 na área urbana,
ou seja, cada mulher sexualmente activa tem três a cinco filhos, e 8.2 na área rural (dois
a oito filhos).

A fertilidade entre as adolescentes é elevada, sendo que 34 por cento das mulheres
angolanas tiveram o primeiro filho ainda durante a fase de adolescência.

E em algumas zonas do país, a fertilidade na adolescência é ainda mais elevada,


representando por isso “um grande problema de saúde pública”, a julgar pelo facto de as
jovens que engravidam entre os 15 e os 19 anos enfrentarem o dobro da probabilidade
de morte materna.

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A alta taxa de fecundidade no país, segundo o estudo, está associada a uma baixa
utilização dos métodos contraceptivos entre mulheres sexualmente activas, bem como o
acesso limitado aos serviços de saúde.

Outros aspectos que concorrem para a baixa utilização dos métodos de contracepção
estão relacionados com as crenças religiosas, a pobreza, a escassez de recursos
financeiros e a falta de envolvimento do homem em questões do planeamento familiar.

Gravidez na Adolescência
A população em Angola é extremamente jovem, e o país detém uma taxa de natalidade
elevada. Mais de 1/3 de mulheres adolescentes, entre os 15 e 19 anos, já iniciou a vida
reprodutiva. A gravidez e maternidade na adolescência são matéria de preocupação de
saúde pública e um desafio de políticas públicas. Isso deve se aos seus efeitos sobre a
saúde das adolescentes e dos bebés, bem como pelas consequências sociais e
económicas. Tais consequências incluem, por exemplo, o abandono escolar, e a
discriminação e ostracização social em relação à adolescente grávida. A gravidez e
maternidade na adolescência são fenómenos fortemente associados ao casamento
infantil. Estes constituem factores de desemperramento das meninas, agentes
catalisadores e perpetuadores da pobreza entre as mulheres, e da pobreza inter-
geracional, influindo também sobre a mortalidade infantil. Isso porque “a probabilidade
de morrer na infância é maior para as crianças nascidas de mãe muito jovens (com
menos de 18 anos)” pela fragilidade física da mãe (INE; MINSA; MPDT e ICF
International, 2016).

Mortalidade Materna
Dados do IBEP (INE, 2011) para 2008-2009 situaram a taxa de mortalidade materna
entre os 400 e 450 óbitos por cada 100 mil nados vivos. Em 2000, ao comprometer-se
com a agenda dos ODM, Angola estabeleceu empenhar-se com a redução da
mortalidade materna para 250 por 100 mil nados-vivos, tendo 1990 como ano base de
referência, e com a universalização do acesso aos serviços de saúde reprodutiva.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (WHO, UNICEF; UNFPA, World Bank
Group, The United Nations Population Division, 2015), desde 1990 e 2015 Angola
reduziu a sua taxa de mortalidade em 58.9%, passando de 1160 mortes por 100 mil
nados vivos para 477 mortes em 2015, indicando que o país estava a progredir para
alcançar o ODM 5.

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Com a Agenda 2030, estabeleceu-se como meta global, a atingir até 2030, a redução do
número de mortes maternas para menos de 70 em cada 100 mil nados vivos. Segundo
apurado pela CNPAMMNI, a hemorragia é a primeira causa de morte obstétrica directa
(29%), seguida da eclâmpsia/ pré-eclâmpsia (22%) e da rotura uterina (9%).
Relativamente à mortalidade obstétrica indirecta, a malária foi responsável por 39% das
mortes, seguida das hepatites (10 %) e VIH/ Sida (9%). Porém, O IIMS 2015-2016
aponta que a malária é responsável por 25% da mortalidade materna no país.

TAXA DE MORTALIDADE EM ANGOLA

Angola é o país lusófono - e um dos oito países africanos - com maior taxa de
mortalidade associada à poluição atmosférica, com 50 pessoas em cada 100 mil a
morrerem devido à exposição a ar exterior de má qualidade.

Os dados constam do relatório "Poluição do ar ambiente: Uma avaliação Global da


Exposição e do peso da doença", hoje divulgado pela Organização Mundial de Saúde
(OMS) e que conclui que três milhões de pessoas morrem todos os anos por causas
associadas à poluição do ar exterior e que 92% da população mundial respira ar poluído,
informa a agência Lusa.

Com recurso a um novo modelo de avaliação da qualidade do ar, a OMS confirma que
mais de nove em cada dez humanos vivem em locais onde a qualidade do ar exterior
excede os limites definidos.

A OMS define como limite uma concentração anual média de 10 microgramas por
metro cúbico de partículas finas (PM2,5), valor que, segundo o relatório, é excedido em
todos os países lusófonos exceto Portugal (nove) e Brasil (10).

Nesta tabela, o país lusófono mais mal classificado é Cabo Verde, que apresenta uma
concentração média de 36 microgramas de partículas finas por cada metro cúbico,
quando se tem em conta as medições em ambiente rural e urbano.

A Guiné Equatorial apresenta uma concentração média anual de 33 microgramas de


partículas finas por metro cúbico, a Guiné-Bissau 27, Moçambique 17, Timor-Leste 15
e São Tomé e Príncipe 13.

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Quando consideradas apenas as medições em ambiente urbano, Angola é o país
lusófono com piores resultados, apresentando uma concentração média anual de 42
microgramas de partículas finas por metro cúbico de ar, valor que desce para 27 quando
se tem em conta as zonas rurais e urbanas.

Os números têm por base medições através de satélite, modelos de transporte aéreo e
estações de medição da poluição atmosférica em mais de 3.000 localidades, tanto rurais
como urbanas, e o estudo foi desenvolvido pela OMS em colaboração com a
Universidade de Bath, no Reino Unido.

O relatório faz também uma avaliação do impacto da exposição ao ar poluído na saúde,


tendo em conta dados do ano 2012.

A nível global, os autores concluem que três milhões de mortes anuais estão associadas
à poluição atmosférica, nomeadamente doenças respiratórias agudas, doença pulmonar
obstrutiva crónica, cancro do pulmão, doença isquémica do coração e acidente vascular
cerebral.

Entre os países lusófonos, Angola é o país com mais mortes associadas à poluição
atmosférica - 51 por cada 100 mil habitantes.

Quando comparado com os restantes países africanos, apenas sete têm uma taxa
superior: Mali (60), Burkina Faso (58), Níger (57), Eritreia (56), e Benim, Chade e
República Democrática do Congo (52).

A Guiné Equatorial apresenta uma taxa de 50 mortes associadas à poluição do ar


exterior em cada 100 mil habitantes, a Guiné-Bissau 47, Cabo Verde 37, Timor Leste
31, São Tomé e Príncipe 26, Brasil 14 e Portugal sete.

Segundo o relatório, as partículas poluentes consistem numa mistura complexa de


partículas sólidas e líquidas de substâncias orgânicas e inorgânicas em suspensão no ar.

A maioria dos seus componentes são sulfatos, nitratos, amónia, cloreto de sódio, negro
de carbono e pó mineral, entre outros.

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Taxa de mortalidade em angola infantil
De acordo com dados fornecidos pelo ministro da Saúde, Luís Sambo, no final da
reunião do Conselho de Ministros, a taxa baixou de 115 mortes por cada mil nascidos
para as 44 mortes. Estes resultados foram recolhidos pelo Instituto Nacional de
Estatística (INE) e são referentes ao período 2015-2016. Estes indicadores tiram Angola
do fundo da tabela, lugar que tem ocupado nos últimos anos.

As conclusões estavam prontas há cerca de seis meses, mas o Governo resistia em


publicá-los e só muito recentemente o Ministério da Saúde teve acesso a eles.

O estudo foi elaborado pelo INE em conjunto com instituições internacionais como a
UNICEF e a USAID e faz parte de um Inquérito de Indicadores Múltiplos e de Saúde
(IIMS), elaborado entre Outubro de 2015 e Março de 2016, e que não sido tornado
público “por questões de agenda eleitoral”, revelou uma fonte ao NG.

A Organização Mundial da Saúde, em Maio deste ano, ainda colocava Angola na cauda
da tabela da mortalidade infantil mundial, apontando que por cada mil nados vivos,
morreriam 156,9 crianças até aos cinco anos, a mais alta taxa de mortalidade mundial,
referida frequentemente por jornalistas estrangeiros em reportagens sobre Angola.
Números que o Governo, e em particular o anterior ministro da Saúde, sempre
disputaram, alegando que os dados estariam desactualizados.

Migração em Angola

Devido a diferentes causas, a migração interna é um fenómeno essencial da sociedade


angolana. A guerra civil que teve lugar entre 1975 e 2002, assim como a procura de
melhores oportunidades, tem um papel importante na migração de milhões de
Angolanos.

Este estudo analisa os movimentos internos em Angola e as suas consequências em


termos de urbanismo e provisão de serviços de saúde. As conclusões do estudo provam
que os fluxos migratórios provocam um crescimento descontrolado das cidades. As
entrevistas realizadas em Angola, Huambo e Benguela sublinham que os migrantes
internos não sofrem de discriminação no acesso a serviços de saúde. No entanto, é
preciso que as autoridades levem em consideração a situação dos migrantes para adaptar
a atenção sanitária.

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Este estudo é uma iniciativa piloto e oferece informações em primeira mão sobre as
migrações internas no país, sendo por tanto uma referência necessária para o
desenvolvimento de políticas públicas.

Fluxo migratório ilegal lesou economia do país


Angola conheceu no período 2002-2007 um aumento da imigração ilegal, incluindo de
marginais, cujo principal objectivo consistia na prática de actividades ilícitas
consubstanciadas na desestabilização sócio-economica do país, com prejuízos
incalculáveis, particularmente no sector mineiro.

As Causas das migrações


Durante vários anos as migrações foram realizadas por motivos diversos, tais como: as
deslocações derivadas das calamidades naturais, invasão, conquista ou expansão
imperialista, pela colonização e mais recentemente destacam-se as migrações associadas
a causas políticas, militares, religiosas, culturais e económicas associadas a procura de
novas oportunidades de trabalho partindo principalmente dos países menos
desenvolvidos para os países desenvolvidos (COMISSÃO MUNDIAL SOBRE AS
MIGRAÇÕES INTERNACIONAIS, 2005).

Destacam-se aqui no final do século XX e início do século XXI, as seguintes causas:

a) as migrações por causas económicas: provavelmente deverá ser a causa fundamental


que levam os indivíduos a migrarem, quase sempre resultantes das assimetrias de
desenvolvimento socioeconómico entre países e regiões (o desemprego e os reduzidos
ordenados, o sobre povoamento, o superpovoamento e a não satisfação das necessidades
essenciais são os fatores de natureza económica que levam os indivíduos a deixarem
determinadas áreas e dirigem-se para outras, na tentativa de melhorarem a sua condição
financeira e subsequentemente de vida);

b) as migrações por causas políticas: de modo geral são migrações externas, que devido
a mudança de governos de países, alguns indivíduos são forçados a saírem (as guerras,
as perseguições e a existência de regimes políticos ditatoriais e autoritários, onde a
democracia e as liberdades fundamentais não são respeitadas, fazem com que os
indivíduos fujam de determinadas áreas para se refugiarem em outras, que considerarem
mais seguras);

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c) as migrações por causas naturais ou ambientais: os indivíduos abandonam o seu
habitat por ocorrência de catástrofes naturais, sismos, inundações, erupções vulcânicas e
condições ambientais indesejadas; d) as migrações por causas étnicas: por sua vez
ocorrem por rivalidades entre grupos étnicos diferenciados e que provocam a saída de
numerosas pessoas de uma determinada região;

e) as migrações por causas religiosas: ocorre por perseguições religiosas ou grupos


religiosos diferentes (o caso dos muçulmanos e cristãos na Nigéria);

ECONOMIA DE ANGOLA

A economia de Angola foi bastante afetada pela guerra civil que durou quase trinta
anos, colocando o país juntamente com a Guiné-Bissau entre os mais pobres do planeta.
Todavia, Angola apresenta boas taxas de crescimento apoiadas principalmente pelas
suas exportações de petróleo. As jazidas de petróleo estão localizadas em quase toda a
extensão da sua costa marítima.

Segundo índices de liberdade económica, Angola possui uma economia repressiva,


ocupando o 149º lugar no índice de liberdade económica elaborado pela Heritage
Fundation.

Com a proclamação da independência, seria normal que o ambiente geral fosse de


enorme euforia e entusiasmo, que faria esquecer as dificuldades quotidianas. Na
realidade, não foi isto que se deu.

Setor primário
Agricultura

Já teve o café como seu principal cultivo. Seguem-se-lhe cana-de-açúcar, sisal, milho,
óleo de coco e amendoim. Entre as culturas comerciais, destacam-se o algodão, o fumo
e a borracha. A produção de batata, arroz, cacau e banana é relativamente importante.
Os maiores rebanhos são o bovino, o caprino e o suíno. Toda esta capacidade de
produção perdeu-se durante o período da guerra civil, mas o país vai recuperando
paulatinamente essas produções agora que foi alcançada a paz.

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Mineração

Angola é rica em minerais, especialmente diamantes, petróleo e minério de ferro; possui


também jazidas de cobre, manganês, fosfatos, sal, mica, chumbo, estanho, ouro, prata e
platina. As minas de diamante estão localizadas perto de Dundo, na província da Lunda
Norte. Importantes jazidas de petróleo foram descobertas em 1966, ao largo de Cabinda,
assegurando ao país a auto-suficiência. Em 1975 foram localizados depósitos de urânio
perto da fronteira com a Namíbia.

SETOR SECUNDÁRIO

Indústria

As principais indústrias do território são as de beneficiamento de oleaginosas, cereais,


carnes, algodão e fumo. Merece destaque, também, a produção de açúcar, cerveja,
cimento, e madeira, além do refino de petróleo. Entre as indústrias destacam-se as de
pneus, fertilizantes, celulose, vidro e aço. O parque fabril é alimentado por cinco usinas
hidroelétricas, que dispõem de um potencial energético superior ao consumo.

SETOR TERCIÁRIO

Transporte

O principal modal da rede de transportes angolana ainda é o rodoviário, que conecta,


razoavelmente, todas as grandes cidades do país. As principais rodovias da nação são a
EN-100 (oeste-litorânea), a EN-250 e a EN-260 (centro-oeste/leste), a EN-230 e a EN-
230A (norte-oeste/leste), a EN-140, EN-120 e EN-105 (centro norte/sul), a EN-180
(leste-norte/sul) e a EN-280 (sul-oeste/leste).

O sistema ferroviário de Angola compõe-se de três linhas que ligam o litoral ao interior,
sendo os caminhos de ferro de Benguela, Luanda e Moçâmedes. O mais importante é o
caminho de ferro de Benguela, que faz a conexão com as linhas de Catanga (Ferrovia
Cabo-Cairo), na República Democrática do Congo.

Os portos do país servem como pontas de lança principalmente para as ferrovias, sendo
que os mais movimentados são os de Luanda, Lobito, Namibe, Soyo e Cabinda.

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O território angolano é servido por uma série de aeródromos, sendo que os principais
estão localizados nos grandes centros, como é o caso do Aeroporto Internacional da
Catumbela (Benguela/Lobito), do Aeroporto Maria Mambo Café (Cabinda), do
Aeroporto Albano Machado (Huambo/Caála), do Aeroporto Internacional da Mukanka
(Lubango) e do Aeroporto Internacional Welwitschia Mirabilis (Moçâmedes). O maior
é o Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, em Luanda, que é o centro de linhas aéreas
que põem o país em contacto com outras cidades africanas, europeias e do resto do
mundo.

Construção Civil

Após décadas de guerra, Angola teve sua infra-estrutura bastante danificada. Com a
chegada da paz e as divisas provenientes da descoberta do petróleo, o sector da
construção civil tem experimentado um grande crescimento. O setor é atualmente
responsável por 29% dos investimentos externos no país, segundo a Agência Nacional
para o Investimento Privado (carece de fontes). O crescimento do sector pode ser
observado tanto na reeconstrução da infra-estrutura nacional como no setor imobiliário
que sofre um grande défice. Importantes construturas e incorporadoras estrangeiras tem
se instalado no país, como destaque para as portuguesas Mota-Engil, Teixeira Duarte,
Soares da Costa, Somague ou Edifer, e para as Brasileiras Odebrecht, Camargo Corrêa,
Genea Angola, Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez. Além disso, também há empresas
angolanas a surgir, como por exemplo, o Grupo Opaia SA e a Termopainel SA indústria
de painéis isotérmicos.

Mercado de Capitais

No dia 19 de Dezembro de 2014 arrancou o Mercado de Capitais em Angola. A


BODIVA (Bolsa da Dívida e de Valores de Angola) recebeu o mercado secundário de
dívida pública, estando previsto para 2015 o arranque do mercado de dívida corporativa,
sendo que o mercado accionista só deverá ser uma realidade em 2017.

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CONCLUSÃO

Concluímos que A densidade absoluta da população angolana (9 pessoas por km2), mas
a distribuição é muito desigual: quase 70 por 100 angolanos que vivem no norte e no
litoral.

Entre as muitas comunidades que habitam Angola, quatro grandes grupos formam quase
três quartos da população. Os Bakongo (10 a 15 por 100 habitantes) vivem
principalmente no noroeste do kimbundos (20 a 25 por 100 habitantes) no Norte e
Centro, os Ovimbundu (30 a 35 por 100 da população) na Europa Central e do Sul e
Lunda-Tchokwe no Leste. Alguns milhares de bosquímanos (bosquímanos) vaguear
perto da fronteira com a Zâmbia. Antes da independência, em 1975, a comunidade
Português tinha cerca de 400 000 pessoas. A maioria dos colonos estão agora regressou
a Portugal. A Métis são cerca de 2 por 100 da população.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

https://brasilescola.uol.com.br/biologia/populacao-comunidade.htm

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/populacao-de-angola-sobe-para-mais-de-257-
milhoes-de-pessoas_n906065

https://www.ine.gov.ao/biblioteca-e-media/destaques/635-estrutura-etaria-da-
populacao-jovem

https://www.undp.org/content/dam/angola/docs/Publications/undp_ao_PrimeiroRelatori
oAnaliticodeGenero_Angola_2017.pdf

https://publications.iom.int/books/caminho-da-cidade-migracao-interna-urbanizacao-e-
saude-em-angola

http://www.valoreconomico.co.ao/economia-politica/item/1393-governo-divulga-taxa-
de-mortalidade-infantil

https://hotelcontinentalluanda.com/index.php/pt/noticias/719-angola-e-um-dos-paises-
africanos-com-maior-taxa-de-mortalidade-associada-a-poluicao-atmosferica

https://dspace.uevora.pt/rdpc/bitstream/10174/17558/1/DISSERTAÇÃO%20DE%20M
ESTRADO%20-%20ANÍBAL%20LOPES.pdf

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1
CONCEITO DE POPULAÇÃO....................................................................................... 2
ESTRUTURA DA POPULAÇÃO ANGOLANA ........................................................... 3
ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO JOVEM ..................................................... 4
Estrutura Etária da População Jovem ........................................................................... 4
Características Sociodemográficas da População Feminina em Angola ...................... 5
TAXA DE FECUNDIDADE EM ANGOLA .................................................................. 6
Gravidez na Adolescência............................................................................................. 7
Mortalidade Materna..................................................................................................... 7
TAXA DE MORTALIDADE EM ANGOLA ................................................................. 8
Taxa de mortalidade em angola infantil...................................................................... 10
Migração em Angola ...................................................................................................... 10
Fluxo migratório ilegal lesou economia do país ......................................................... 11
As Causas das migrações ............................................................................................ 11
ECONOMIA DE ANGOLA .......................................................................................... 12
Setor primário ............................................................................................................. 12
SETOR SECUNDÁRIO ................................................................................................. 13
SETOR TERCIÁRIO ..................................................................................................... 13
CONCLUSÃO ................................................................................................................ 15
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ................................................................................ 16
REPÚBLICA DE ANGOLA
GOVERNO DA PROVÍNCIA DO BENGO
ADMINISTRAÇÃO MUNICÍPAL DO DANDE
DIREÇÃO MUNICÍPAL DA EDUCAÇÃO, C.T E INOVAÇÃO
COMPLEXO ESCOLAR Nº 315-11 DE NOVEMBRO

GEOGRÁFIA

A ESTRUTURA DA POPULAÇÃO ANGOLANA

ELABORADO PELO GRUPO Nº 03

CLASSE: 8ª

TURMA: A

SALA: 07

PERÍODO: Tarde

PROFESSORA
______________________
Lourete

BENGO, JUNHO, 2019


GEOGRÁFIA

A ESTRUTURA DA POPULAÇÃO ANGOLANA

INTEGRANTES DO GRUPO
Nº Nome Completo Classificação do Grupo Nota Individual
21 Lucas Domingos Firmino
22 Lutonadio Lucas Kissanga
23 Luzia António Filipe
24 Madalena Francisco
25 Manuel Simão
26 Maria Cassule Castigo
28 Maria Mousa
29 Mariza Daniel
43 Victória António Filipe

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