Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
São Paulo
2013
Giovanna Malavolta Ramello
São Paulo
2013
SUMÁRIO
1. RESUMO.............................................................................................................
2. JUSTIFICATIVA.................................................................................................5
3. OBJETIVOS.....................................................................................................10
4. METODOLOGIA...............................................................................................11
5. CRONOGRAMA..............................................................................................12
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................13
7. BIBLIOGRAFIA GERAL...................................................................................14
1. RESUMO
5
that occurred in Russia following the disintegration of the USSR.” 1(LIGHT,
2002, p. 43).
In the absence of any clear sense of the national good, the conduct of
external relations reflected the dominant reality of the times: the
volatile interplay between generally opposing – but occasionally allied
– influences and interests. The product of this fluid interaction was a
foreign policy rich in expediency, but with little unifying logic,
consistency or even continuity.2(LO, 2002, p. 6)
1
A dificuldade em conceituar a política externa sem a ajuda de uma ideologia que estivesse
infiltrada foi agravada pela crise de identidade que acometeu a Rússia após a desintegração da
URSS. (tradução livre)
2
Na falta de uma noção clara de um interesse nacional, a conduta das relações exteriores
refletiu a dominante realidade dos tempos: a volátil interação entre geralmente opostos – mas
ocasionalmente aliados – influências e interesses. O produto dessa fluida interação foi uma
política externa bastante conveniente mas com pouca lógica unificante, consistência ou
continuidade. (tradução livre)
6
politicamente coerente através de documentos emitidos pelo Kremlin como o
Foreign Policy Concept, o National Security Concept e a Military Doctrine. O
ocidente também exerceu papel notório na concepção da política externa russa
no período de Boris Yeltsin, revelando-a como ocidentalizada, mas de forma
alguma pró-ocidente, tendo nas ações americanas no cenário mundial um
ponto de referência para as suas próprias, sendo nas políticas de
desarmamento estratégico, relações com o FMI, determinação do nível de
comprometimento russo em nível regional e mundial ou na percepção de uma
identidade própria.
Putin is likely to maneuver Russia into a position where the West will have to
choose between admitting Russia into the Western community of nations "as
is" or isolating it, and paying the price. The central challenge rests with the
words "as is." Some of Putin's policies will be seen by the West as positive,
others as negative, but he will refuse to change the latter, and the West will
have to decide which component is more important. 3(SOKOV, 2000, p. 1)
3
Putin tende a manobrar a Rússia e colocá-la em uma posição em que o Ocidente terá que
escolher entre admitir a Rússia como ela é na comunidade de nações ocidentais ou isolá-la e
pagar um preço por isso. O principal desafio se encontra em “como ela é”. Algumas das
políticas de Putin serão vistas pelo Ocidente como positivas, outras como negativas, mas ele
se recusará a muda-las, e o Ocidente terá que decidir qual componente é mais importante.
(tradução livre)
7
Vladimir Putin buscou impulsionar o status russo como um ator mundial,
atribuindo a Rússia muito mais do que um papel subordinado nas negociações
internacionais apesar de muito da política adotada se basear nos imperativos
daquela que fora exercida nos anos 90. Os imperativos estratégicos condutores
foram: a definição da Rússia como potência nuclear, demonstração de grande
poder e influência no cenário internacional e estabelecer uma hegemonia
política, militar e econômica sobre a região anteriormente pertencente ao
comando da União Soviética, recuperando o controle sobre os recursos que
foram perdidos em sua dissolução. O caráter doméstico da política de Putin
exerce agora muito mais influência sobre as atuações internacionais,
especialmente quanto à retomada do comando da economia pelo estado,
principalmente do setor energético, a reafirmação do controle sobre as políticas
nacionais e a mídia.
Essa tríade que compôs a base da política externa de Vladimir Putin tem
nas ações russas ao longo desses oito anos sua aplicação e efetivação. A
manutenção do poder militar e nuclear é evidenciada através dos gastos do
governo que superam a marca de bilhões de rublos, exportação de tecnologia
nuclear para países como Irã e China, a busca de paridade nuclear com os
Estados Unidos através de programas de redução de arsenais atômicos e
oposição a qualquer atividade por parte da OTAN e do ocidente que venha a
enfraquecer essa paridade. A aspiração à elevação do status russo a potência
determinante no cenário internacional mostra-se na impermeabilidade às
vontades e desejos americanos, principalmente por meio do uso do veto no
Conselho de Segurança das Nações Unidas às resoluções americanas e o
estabelecimento de laços com antigos aliados e clientes soviéticos. Ao
aprofundar a integração entre os países que compunham a URSS, Moscou
pretende atuar fortemente sobre eles, controlando as escolhas econômicas e
domésticas desses países, mas vetando qualquer parte de suas políticas
externas que não fosse agradável, como visto quando a Geórgia pretendeu
fazer parte da OTAN ou quando a Ucrânia quis tornar-se membro da União
Europeia e teve seu governo desestabilizado por Moscou.4
4
ARON, Leon. The Putin doctrine: Russia’s quest to rebuild the soviet state, Foreign Affairs.
2013
8
Mostra-se evidente o caráter parcialmente autoritário da política russa
durante o período do governo de Vladimir Putin, compreendido pela noção de
Besieged Fortress5, montando uma propaganda do regime como este tendo o
mundo contra ele e assim legitimando a atitude agressiva do governo por tentar
proteger a Rússia desses perigos externos. De forma geral, a política externa
russa de Vladimir Putin pouco se alterou quanto à de Boris Yeltsin, tendo os
mesmos norteamentos estratégicos e geopolíticos, mas buscando recuperar a
Rússia dos problemas criados desde 1991. Vladimir Putin preocupou-se menos
em criar uma identidade que ditasse os caminhos que a Rússia deveria seguir
e pautou-se mais nos erros e acertos de Boris Yeltsin para constituir uma
política externa que fosse sua própria, perseguindo o que fora escrito em seu
Foreign Policy Concept de maneira determinada que garantiu um relativo
sucesso em face da situação em que a Rússia se encontrava ao início de seu
governo.
5
Fortaleza sitiada.
6
Termo introduzido por Ludwig August Von Rochau designa a política que se baseia em
considerações práticas em detrimento de noções ideológicas. Henry Kissinger conceitua
Realpolitik como sendo “política externa baseadas em avaliações de poder e interesse
nacional”.
9
3. OBJETIVOS
a) Objetivos Gerais
b) Objetivos Especificos
10
4. METODOLOGIA CIENTÍFICA
11
5. CRONOGRAMA DE TRABALHO (2013/2015)
Atividade/Períodos 1 2 3 4 5 6
3. Levantamento de
X
Literatura
2. Montagem do Projeto X X
3. Coleta de Dados X X X X
Atividade/Períodos 7 8 9 10 11 12
1. Coleta de Dados X X X
Atividade/Períodos 13 14 15 16 17 18
1. Coleta de Dados X X
4. Revisão do Texto X X
5. Entrega do Trabalho X
12
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- LEON, Aron. The Putin doctrine: Russia’s quest to rebuild the Soviet
state. New York: Foreign Policy, 2013.
<http://www.foreignaffairs.com/articles/139049/leon-aron/the-putin-doctrine>
Acesso em: 28 mar. 2013.
- LIGHT, Margot. In search of an identity: Russian foreign policy and the
end of ideology, Journal of Communist Studies and Transition Politics, p. 42-59,
2003.
- LO, Bobo. Russian foreign policy in the post-soviet era: Reality, illusion
and mythmaking. New York: Palgrave Macmillan, p. 230, 2002.
- MAKARYCHEV, Andrey. Post-Soviet Realpolitik: Russian policy after
the Color Revolutions. Novgorod: PONARS Eurasia, n. 4, 4 p., 2008.
- MANKOFF, Jeffrey. Russian foreign policy: The return of great power
politics. Maryland: Rowman & Littlefield Publishers, 372 p., 2009.
- SOKOV, Nikolai. Foreign policy under Putin: Pro-western pragmatism
might be a greater challenge to the West. Program on new approaches to
russian security, p. 1-4.
13
7. BIBLIOGRAFIA À SER LIDA
14